“retrospectiva covid-19”

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Health & Medicine


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A primeira morte por Covid-19 foi registrada no dia 11 de janeiro de 2020, em Wuhan. Um homem de 61 anos, vítima de pneumonia grave, sofreu uma parada cardíaca. Ocorreu dois dias depois de a China revelar o genoma do Sars-Cov-2. Era o início de uma escalada que dominaria o mundo em poucas semanas. Para se ter uma ideia, em 20 de janeiro, EUA, Japão, Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Vietnã já tinham registros da infecção. A velocidade de contágio levou a OMS a declarar o surto de coronavírus como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o mais alto nível de alerta da entidade. Isso ocorreu em 30 de janeiro. Já havia, então, 7.700 casos confirmados. O Brasil teve o seu primeiro caso em 26 de fevereiro. Foi um homem de São Paulo, de 61 anos, que acabara de chegar de uma viagem à Itália. Em 11 de março, a OMS considerou o novo coronavírus como uma pandemia

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Page 2: “Retrospectiva COVID-19”

RELEMBRE OS MARCOS DA PANDEMIA E SEU IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA

Page 3: “Retrospectiva COVID-19”

SUM

ÁR

IO2.

3.

5.

8.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1 – CORONAVÍRUS: COMO A PANDEMIA COMEÇOU

CAPÍTULO 2 – ASCENSÃO: A RÁPIDA ESCALADA DO VÍRUS

CAPÍTULO 3 – COMBATE À PANDEMIA: CONTROVÉRSIAS E EVIDÊNCIAS

CAPÍTULO 4 – IMUNIZAÇÃO: A CORRIDA PELA VACINA

CAPÍTULO 5 – FUTURO: AS INCERTEZAS DE 2021

CONCLUSÃO

11.

14.

17.

20.

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Page 4: “Retrospectiva COVID-19”

INTRODUÇÃO

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Page 5: “Retrospectiva COVID-19”

Ao longo de 2020, cerca de 72 milhões de pessoas foram infec-

tadas com o novo coronavírus. Mais de 1,6 milhão morreram.

Os profissionais da saúde representaram um a cada sete óbitos,

segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Já o Brasil

somou cerca de 7 milhões de casos de Covid-19 e passou dos

180 mil mortos. Por aqui, a pandemia evidenciou a importância

do Sistema Único de Saúde (SUS) e acelerou a consolidação de

inovações fundamentais, como a telemedicina.

Neste e-book, o Sistema de Educação Continuada a Distância

(Secad) busca reconstruir a trajetória de uma das maiores crises

sanitárias da humanidade e projeta o seu desenrolar em 2021.

Boa leitura!

Introdução

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Page 6: “Retrospectiva COVID-19”

CAPÍTULO 1 CORONAVÍRUS: COMO A PANDEMIA COMEÇOU

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Page 7: “Retrospectiva COVID-19”

Linha do tempo

2019 20201º de dezembro: primeiro paciente com sintomas de uma estranha pneumonia é identificado em Wuhan, na China.

9 de janeiro: China divulga identificação de um novo coronavírus e código genético do Sars-CoV-2.

31 de dezembro: China notifica a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre centenas de casos de uma ‘pneumonia misteriosa’.

11 de janeiro: Em Wuhan, morre o primeiro paciente vítima de complicações da Covid-19

Em dezembro de 2019, uma “pneumonia misteriosa” infectou

centenas de pessoas em Wuhan, na China. Elas desenvolviam

sintomas como febre, tosse e fadiga, segundo um artigo publi-

cado na revista Lancet. No dia 31 de dezembro, a OMS foi no-

tificada e começou a acompanhar a situação. Alguns estudos,

entretanto, apontam que o coronavírus já circulava na China e

nos EUA em novembro. Ou seja, ainda não se pode precisar com

exatidão o surgimento da doença.

Modos de Infecção

• Contato físico com pessoas, objetos ou superfícies contaminadas

• Gotículas de saliva

• Espirro

• Tosse

• Catarro

Maus precedentes

Coronavírus são comuns em morcegos e roedores. Existem sete tipos que podem afetar os humanos. Desses, três são potencialmente fatais por causarem síndromes respiratórias agudas graves (Sars, na sigla em inglês). Eles provocaram duas epidemias anteriores: a de Sars-CoV, em 2002, na China, e a de Mers-CoV, em 2012, no Oriente Médio. O vírus descoberto em 2019 foi batizado como Sars-Cov-2. Já Covid-19 é um acrônimo que significa Doença do Coronavírus de 2019 em inglês.

Capítulo 1 | Coronavírus: como a pandemia começou

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CAPÍTULO 2 ASCENSÃO: A RÁPIDA ESCALADA DO VÍRUS

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Linha do tempo

202026 de fevereiro: primeiro caso de coronavírus confirmado no Brasil, em São Paulo.

17 de março: primeira morte por Covid-19 no Brasil. País inicia o isolamento social.

11 de março: OMS declara situação de pandemia pelo novo coronavírus.

10 de abril: primeira morte de um indígena por complicações da Covid-19. Era um jovem de 15 anos, da etnia Yanomami, em Roraima.

A primeira morte por Covid-19 foi registrada no dia 11 de janeiro

de 2020, em Wuhan. Um homem de 61 anos, vítima de pneumo-

nia grave, sofreu uma parada cardíaca. Ocorreu dois dias depois

de a China revelar o genoma do Sars-Cov-2. Era o início de uma

escalada que dominaria o mundo em poucas semanas.

Para se ter uma ideia, em 20 de janeiro, EUA, Japão, Tailândia,

Taiwan, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Vietnã já tinham registros

da infecção. A velocidade de contágio levou a OMS a declarar o

surto de coronavírus como uma Emergência de Saúde Pública

de Importância Internacional (ESPII), o mais alto nível de aler-

ta da entidade. Isso ocorreu em 30 de janeiro. Já havia, então,

7.700 casos confirmados.

O Brasil teve o seu primeiro caso em 26 de fevereiro. Foi um ho-

mem de São Paulo, de 61 anos, que acabara de chegar de uma

viagem à Itália. Em 11 de março, a OMS considerou o novo coro-

navírus como uma pandemia.

A contagem mostrava 118 mil infectados e 4,2 mil mortes no mundo.

Capítulo 2 | Ascensão: a rápida escalada do vírus

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CAPÍTULO 3 COMBATE À PANDEMIA: CONTROVÉRSIAS E EVIDÊNCIAS

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Page 11: “Retrospectiva COVID-19”

Capítulo 3 | Combate à pandemia: controvérsias e evidências

Linha do tempo

202020 de maio: OMS reforça que o uso de medicamentos como cloroquina e hidroxicloroquina não são recomendados para o tratamento da Covid-19.

16 de julho: Brasil ultrapassa 2 milhões de casos de coronavírus e alcança a marca de 76 mil óbitos.

5 de junho: Brasil recebe primeiro lote de teste da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra.

11 de agosto: Rússia anuncia aprovação da primeira vacina para a Covid-19. Comunidade científica questiona eficácia do imunizante, que não passou por todas as fases de testes.

Distanciamento social, álcool em

gel e higienização de superfícies

tornaram-se as principais armas

no combate ao vírus. A OMS só

passou a encorajar o uso de más-

caras pela população a partir de

junho. Até então, eram recomen-

dadas apenas a profissionais de

saúde.

Medicina a distância

Polêmica e ineficácia

No Brasil, as medidas de isolamento social foram iniciadas em 17 de março. Desde então, na maioria dos estados, apenas serviços essenciais permanecem funcionando sem restrição, mediante protocolos de prevenção. A telemedicina (consultas a distância) foi regulamentada no dia 15 de abril , de maneira emergencial, enquanto durar a crise do novo coronavírus.

Em março, o médico francês Didier Raoult defendeu a eficácia da hidroxicloroquina, indicada para artrite e lúpus, na redução da mortalidade em pacientes com Covid-19. Sua pesquisa envolveu apenas 24 participantes. Entretanto, um estudo da Columbia University, feito com 1.376 pacientes e publicado em maio, rechaçou essas evidências. Em 20 de maio, a OMS anunciou que cloroquina e hidroxicloroquina podem trazer mais efeitos colaterais do que benefícios em casos de Covid-19. Remdesivir, lopinavir, ritovanir e interferom também foram considerados ineficientes. A dexametasona, entretanto, pode ser útil para brecar a ‘tempestade inflamatória’ causada pelo vírus.

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CAPÍTULO 4 IMUNIZAÇÃO: A CORRIDA PELA VACINA

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Capítulo 4 | Imunização: a corrida pela vacina

Linha do tempo

202030 de setembro: resultados preliminares das fases 1 e 2 de testes indicam que a vacina das farmacêuticas BioNTech e Pfizer leva à produção de anticorpos e à resposta de células de defesa em humanos.

22 de novembro: em nota técnica, um pool de pesquisadores brasileiros alerta para a segunda onda da Covid-19 no país.

15 de outubro: OMS publica estudo randomizado que atesta a ineficiência de remdesivir, hidroxicloroquina, lopinavir/ritonavir (combinação) e interferon beta para o tratamento da Covid-19.

8 de dezembro: uma senhora de 90 anos, no Reino Unido, torna-se a primeira pessoa a receber a vacina produzida pela Pfizer/BioNTech

O ano de 2020 se encerra com um alento no combate à Covid-19,

em razão dos dados divulgados sobre a eficácia (acima de 90%)

das vacinas em desenvolvimento. O Reino Unido foi o primeiro

país a iniciar a vacinação, utilizando o imunizante produzido em

parceria pelas empresas Pfizer e BioNTech. A campanha come-

çou no dia 8 de dezembro. Margaret Keenan, de 90 anos, foi a

primeira a receber a dose. Jamais uma vacina foi produzida em

tão pouco tempo, segundo a OMS.

Ranking das vacinas

• 48 vacinas estão em testes

• Apenas 11 figuram na fase 3, a última antes da aprovação.

• Sinovac (CHI) Sinopharm (CHI), CanSino (CHI), AztraZeneca (RU), Moderna (EUA), Pfizer (EUA/ALE), Sputnik V (RUS), Janssen (EUA) e Novavax (EUA) são as mais promissoras.

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Início incerto

Plano Nacional

Autonomia regional

No Brasil, o governo federal apesentou um plano de imunização ao Supremo Tribunal federal (STF) no dia 12 de dezembro. A estratégia prevê a aplicação de 242 milhões de doses, sendo 108 milhões para grupos prioritários. O documento, no entanto, não detalha a previsão de início da campanha.

• Fiocruz/Astrazeneca: 100,4 milhões de doses até julho de 2021 e mais 30 milhões no segundo semestre.

• Covax Facility: 42,5 milhões de doses.

• Pfizer: 70 milhões de doses (ainda em negociação).

O governo de São Paulo fez um acordo com a Sinovac para receber 46 milhões de doses. Dessas, 6 milhões virão prontas da China. As outras 40 milhões serão produzidas em uma fábrica que está sendo construída pelo Instituto Butantan na capital paulista.

Capítulo 4 | Imunização: a corrida pela vacina

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CAPÍTULO 5 FUTURO: AS INCERTEZAS DE 2021

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Capítulo 5 | Futuro: as incertezas de 2021

Linha do tempo

202010 de dezembro: confirmado o primeiro caso de reinfecção por coronavírus no Brasil.

12 de dezembro: Brasil encaminha plano de vacinação nacional ao Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, não há previsão de data para início da imunização no país.

12 de dezembro: Food And Drugs Administration (FDA) aprova uso emergencial da vacina da Pfizer/BioNTech nos Estados Unidos.

A Europa teve seu pico de contaminação em maio, sucedido por

uma queda nos meses de verão. Com o avanço do outono, paí-

ses como Alemanha, Espanha e Inglaterra passaram a viver uma

segunda onda da Covid-19, marcada pelo aumento no número

de casos e pela identificação de mutações do vírus. Em novem-

bro, um pool de pesquisadores brasileiros emitiu uma nota téc-

nica alertando para o risco de o país também viver um quadro

semelhante.

A rigor, o Brasil jamais saiu da primeira onda. Os maiores índi-

ces foram registrados em julho, com médias próximas de 1.100

mortes por dia. Houve um declínio entre setembro e novembro,

chegando a 319 óbitos diários. A partir daí, entretanto, os núme-

ros voltaram a subir, atingindo patamares semelhantes aos do

primeiro semestre.

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Page 17: “Retrospectiva COVID-19”

Capítulo 5 | Futuro: as incertezas de 2021

Aceleração perigosa

O ritmo de transmissão (RT) é o fator que determina a evolução da pandemia. Valores abaixo de RT 1 indicam tendência de contenção do contágio. Cidades como Fortaleza, Curitiba e Palmas encerraram 2020 com taxa próxima a RT 2, considerado um estágio grave. Já o Imperial College, de Londres, aponta que o ritmo de contaminação chegou a RT 1,3 no Brasil no começo de dezembro – o maior desde maio.

Reinfecção confirmada

Em 10 de dezembro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou o primeiro caso de reinfecção no Brasil. Há outros 58 casos suspeitos em análise. São pessoas que testaram positivo por meio da técnica RT-PCR num intervalo igual ou superior a 90 dias entre os dois episódios. Ainda assim, estudos indicam que a janela de imunidade para contaminados pelo coronavírus seja de, no mínimo, seis meses.

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CONCLUSÃO

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Conclusão

Atualmente, sabemos bem mais sobre a Covid-19 do que no iní-

cio da crise. Ainda assim, alguns complicadores devem ser le-

vados em conta. A aproximação do verão e das festas de final

de ano tende a agravar o contágio no país. É o comportamento

da população nesse período que definirá o quadro nos primeiros

meses de 2021.

Além disso, o próprio caráter prematuro das análises relaciona-

das à eficácia e aos efeitos colaterais das vacinas exigirá aten-

ção por parte dois profissionais de saúde. Caberá a eles buscar

aprimoramento constante e alicerçar sua atuação nas evidên-

cias científicas mais atualizadas sobre o tema.

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