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A N Ú N C I O

A N Ú N C I O

LEIA MAIS:

umárioS

10No jantar de encerramento

do ano, realizado pela

ABRATI em Brasília, foram

homenageados sete

empresários que, desde

1975, trabalharam pelo

fortalecimento do setor de

transporte rodoviário de

passageiros. Também foi

prestada homenagem

especial a José Paulo

Gandolfo, que durante mais

de 45 anos atuou na área de

vendas de ônibus da

Mercedes-Benz do Brasil.

Presente à última reunião do ano

da ABRATI, o Ministro dos

Transportes, Alfredo Nascimento,

anunciou a licitação de oito novos

trechos de rodovias que serão

concedidos à iniciativa privada para

exploração e conservação.

14

Cartas ............................... 6

Carta do Presidente .......... 7

Bagageiro ......................... 8

Marcopolo na África ........26

Miniônibus Volare ...........28

O Classis ainda melhor ...38

A Volks no México ...........40

A recordista Cummins .....46

Culto aos antigos ............54

Sprinter eletrônico ..........56

Opinião ...........................58

Mais de 10.000 pessoas

visitaram a 7ª Feria

Internacional del Autobus y el

Autocar – FIAA –, realizada

em Madrid, Espanha. Veja os

principais lançamentos.

16

50No ano de seu 55º

aniversário, a ReunidasPaulista, de Araçatuba-SP,

integra 15 novos ônibusDouble-Decker à sua frota.

42A Brasil Sul, de Londrina-PR, ainda não

completou um ano de atividades. Mas usa a

longa experiência acumulada por seus

controladores para firmar-se como moderna e

eficiente transportadora de passageiros.

Ônibus confortáveis,tratamento atencioso,carros sempre muitolimpos e modernos.Juntando tradição e visãodo futuro, a ExpressoBrasileiro segue cativandoseus usuários.

22

Após um processo de reestruturação

iniciado há três anos, mais uma injeção

de capital e a compra de novos ônibus,

a São Luiz, de Três Lagoas-MS,

está pronta para iniciar uma nova fase

em suas operações.

32

Fo

tos:

Div

ulg

ação

6 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

A Revista ABRATI é uma publicação da

Associação Brasileira das Empresas

de Transporte Terrestre

de Passageiros

Editor Responsável

Ciro Marcos Rosa

Produção, diagramação e editoração

eletrônica

Plá Comunicação – Brasília

Editor Executivo

Nélio Lima

Impressão

Gráfica e Editora Charbel

Foto da capa

Edi Pereira/Horus

Esta revista pode ser acessada via

Internet: http://www.abrati.org.br

Associação Brasileira das

Empresas de Transporte Terrestre

de Passageiros

Pioneiros

Gostaria de parabenizar a Associa-

ção por premiar e lembrar com tanto

carinho e respeito nossos pioneiros. Tal

iniciativa engrandece a todos os que

ajudaram a construir este país, supe-

rando tantos desafios e dificuldades

para formarem seus conglomerados,

resultado do trabalho de anos de lutas

e glórias.

Andres Luciano Esquivel do Amaral

Av. das Bandeiras, 2196

Vila Marcos Roberto

79080-001 – Campo Grande – MS

Exemplo

É de admirar o exemplo desses ho-

mens: pioneiros que do nada ergueram

suas empresas, das quais hoje desfru-

tamos, viajando em ônibus luxuosos por

este nosso Brasil. Sugiro uma reporta-

gem sobre o Expresso Brasileiro, que

há mais de quatro décadas presta um

serviço de altíssima qualidade com os

seus ônibus verde-amarelos.

Jair Fernando

São Paulo – SP

Fotografias

Colecionar materiais de ônibus dei-

xou de ser um gosto excêntrico e indivi-

dual e passou a ter características e

valores iguais a outros tipos de cole-

ções. Infelizmente, muitas fotos deixam

a desejar no que diz respeito à qualida-

de. Fotos bem tiradas melhoram a ima-

gem do ônibus e do hobby.

João Donizete dos Santos

Indaiatuba – SP

Paulistas

Sugiro fazerem matéria sobre duas

importantes empresas do Estado de São

Paulo: Pássaro Marrom e Expresso Bra-

sileiro.

Paulo Ferreira Vidal

São Paulo – SP

Garcia

Ótima a reportagem sobre a Viação

Garcia, uma história de sucesso pelos

caminhos do Paraná e do Brasil. Deixo

meu endereço para correspondência.

Adriano Alex

Rua Padre João Francisco S.

Andrade, 134

Parque Califórnia

12300-000

Busólogos

Sou fundador da UBO (União Brasi-

leira do Ônibus) e estou dando iniciati-

va à criação de uma associação nacio-

nal para essa categoria – ônibus. Gos-

taria que as pessoas interessadas en-

trassem em contato comigo no endere-

ço abaixo para podermos trocar infor-

mações e lançar a base para essa as-

sociação.

Walber Miranda Costa

Rua Bernardo Augusto Sperandio

nº 282-A, Novo Horizonte, Colatina/ES

CEP: 29704-380

E-mail: [email protected]

Museu

Muito interessante a matéria sobre

o Museu Rodoviário de Paraibuna

(DNER). Gostaria de sugerir matéria

sobre outro acervo, cuja coleção tam-

bém deve ser interessantíssima: o do

Museu Conde de Linhares, no Rio de

Janeiro.

Alexandre Moitinho de Medeiros

São Paulo – SP

Amazônia

A Revista ABRATI cita empresas do

Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas fala

pouco das do Nordeste e do Norte. Elas

também merecem destaque e acredi-

to que os leitores da revista gostariam

de conhecê-las.

Júlio César da Silva

Rio de Janeiro – RJ

artasC

Presidente

Sérgio Augusto de Almeida Braga

Diretor Administrativo-Financeiro

Cláudio Nelson Calhau R. Abreu

Diretores

Armando Ribeiro Prata, Francisco Tude

de Melo Neto, José Paulo Garcia

Pedriali, Letícia Sampaio Pineschi,

Odilon Santos Neto, Paulo Alencar

Porto Lima, Renan Chieppe, Ronaldo

Cézar Fassarella, Telmo Joaquim

Nunes e Washington Coura

Superintendente

José Luiz Santolin

Secretário-Geral

Carlos Augusto Faria Féres

Assessoria da Presidência

Ciro Marcos Rosa

SAS Quadra 6 - Bloco J - Lote 3

Edifício Camilo Cola, 5o andar

CEP 70070-916

Brasília - Distrito Federal

Telefone: (061) 322-2004

Fax: (061) 322-2058/322-2022

E-mail: [email protected]

Internet: http://www.abrati.org.br

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 7

arta do PresidenteC

Sérgio Augusto de Almeida Braga

Presidente da ABRATI

Louve-se a

capacidade de

algumas

empresas, apesar

do quadro

desfavorável,

persistirem em

fazer

investimentos

em frotas, embora

não nos índices

desejados.

Insegurança institucional

Júli

o F

ern

an

des

O empresariado do setor de transporte rodoviário de passageiros passa por um

momento muito delicado. As incertezas geradas pela indefinição de setores

governamentais quanto à prorrogação e renovação dos atuais contratos de permis-

são faz com que o mercado se retraia, planos de novos investimentos sejam adia-

dos e ampliações de serviços arquivadas.

A instabilidade institucional agora vivida pela nossa categoria é decorrente de

medidas equivocadas como o descumprimento de contratos, formalizados por atos

jurídicos perfeitos, que caracterizavam direitos adquiridos, previstos constitucional-

mente – descumprimento que se configura como agressão ao bom direito, trazendo

grande abalo à estabilidade do setor.

O que vemos é a indústria que produz chassis e carroçarias para ônibus vender

cada vez menos para o mercado interno e buscar uma saída nas exportações quando

a conjuntura é favorável. A retração é danosa em todos os sentidos, pois ao não

renovar suas frotas dentro dos padrões recomendados, as empresas deixam de

contratar mão-de-obra adicional, fazendo com que a engrenagem que move a econo-

mia gire mais lentamente.

Não obstante esse momento adverso, existe ainda a confiança e a certeza do

empresariado do setor de transporte rodoviário de passageiros de que os poderes

constituídos valorizam o trabalho, a geração de empregos e a distribuição de renda,

fatores que tão bem marcam o segmento representado pela ABRATI. Existe também

a certeza de que as autoridades governamentais sabem muito bem distinguir uma

categoria que não goza de nenhum benefício fiscal e não recebe nenhum tipo de

subsídio governamental.

Essa classe, que construiu um modelo de referência mundial na prestação de

serviços de transporte rodoviário de passageiros, não deixa de fazer investimento,

em que pese o elevado risco para manter esse patrimônio constituído ao longo de

décadas de muito sacrifício e trabalho. Busca a excelência da prestação do serviço

de transporte rodoviário de passageiros, acreditando que equívocos de um passado

tão recente sejam corrigidos, restabelecendo-se a segurança e a confiança de todo

o empresariado.

Louve-se, então, a capacidade de algumas empresas, apesar do quadro desfavo-

rável, persistirem em fazer investimentos em frotas, embora não nos índices dese-

jados, como mostra a presente edição da Revista ABRATI.

é o grande problema

8 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

agageiroB

Mercedes-Benz

antecipa Proconve P5

em ônibus rodoviário

A Mercedes-Benz tornou-

se a primeira montadora,

no segmento de ônibus

rodoviário, a ser

certificada por atender

as novas normas

brasileiras sobre

emissões, do Proconve

P5, que entram em vigor

em janeiro próximo.

O motor eletrônico

OM 926 LA, que equipa

o chassi rodoviário

O 500 R, recebeu o

atestado de que sua

motorização já atende

aos restritos índices

estabelecidos pelo

Ibama. Os ensaios foram

realizados nos bancos

de provas de motores

do Centro de

Desenvolvimento da

DaimlerChrysler do

Brasil, e acompanhados

por um representante da

Cetesb. Os caminhões

dos modelos Accelo e

Atego, e os utilitários

Sprinter, também são

exemplos de veículos da

marca Mercedes-Benz

cujos motores atendem

antecipadamente a

nova norma.

O Grupo Julio Simões

comprou mais 250

caminhões Volkswagen. São

dos modelos VW8.120, VW

15.180, VW 17.210 e VW

Titan Tractor 18.310.

Destinam-se a operar na

coleta de lixo e transporte

de cargas em geral. Agora,

a frota VW da empresa

passa a ter 1.000

unidades da marca.

Grupo Julio Simõescompra 250caminhões Volks

A Mercedes-Benz conquistou

o prêmio Top de Vendas da

Associação dos Dirigentes

de Vendas e Marketing do

Brasil, ADVB, com o case

de Marketing “Accelo, um

produto Inovador, um

posicionamento

diferenciado, um grande

sucesso de vendas”. O case

foi escolhido com 12 outros

projetos. Ele contempla e

divulga as ações que

utilizam com maior

profundidade e criatividade

as ferramentas de vendas. O

caminhão Accelo foi lançado

no ano passado.

Prêmio Top deVendas para case docaminhão Accelo

A Iveco Latin America lançou seu mais novo caminhão

fabricado no Brasil, o modelo médio EuroCargo 170E21. Está

voltado ao segmento de 16 a 30 toneladas e é mais um passo

da montadora para ampliar seu leque de produtos

nacionalizados e aumentar a participação no concorrido

segmento de médios. O EuroCargo 170E21 será produzido no

Complexo Industrial de Sete Lagoas, em Minas Gerais. De

acordo com o presidente da Iveco para a América Latina e

Central, Jorge Garcia, a nacionalização do EuroCargo permitirá

à empresa oferecer ao cliente todas as possibilidades de

financiamento existentes no Brasil, inclusive o Finame. Para

ele, o lançamento reforça a

estratégia da Iveco de oferecer

produtos altamente competitivos,

com cada vez mais conteúdo

nacional. O veículo foi concebido

para aplicação urbana,

rodoviária e

intermunicipal.

Iveco lança o caminhão EuroCargo 170E21

Scania bate recorde de produção de ônibuse caminhões em sua fábrica brasileira

O presidente da Scania Latin America, Hans-Christer

Holgersson, anunciou, durante o tradicional almoço de

confraternização de fim de ano, realizado no dia 30 de

novembro, que em 2004 a montadora está superando o seu

recorde de produção no Brasil. De janeiro a outubro saíram

das linhas de montagem da fábrica 13.147 unidades, entre

caminhões e ônibus (no recorde anterior, de 1997, foram

produzidas, em 12 meses, pouco mais de 12.000 unidades).

A Scania também já atingiu a marca de 150.000 unidades

produzidas no País. Holgersson avaliou que 2004 foi um ano

bom para toda a indústria nacional e para o Brasil. No caso

específico da Scania, houve a retomada, em vários meses, da

liderança do mercado interno de caminhões pesados.

Na linha de montagem, comemoração dos 150.000 Scania produzidos.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 9

Wolfgang Haenle (foto), que durante 12 anos

foi gerente da fábrica de ônibus rodoviários em

Ulm, assumiu a vice-presidênciada de Ônibus

para a América Latina da DaimlerChrysler, que

tem sua base em São Bernardo do Campo-SP.

O desafio do executivo é integrar e intensificar

uma filosofia de trabalho em torno do negócio

ônibus. Ao mesmo tempo, a DaimlerChrysler

do Brasil passou a contar com uma gerência nacional de

vendas de ônibus, ocupada por Arnaldo Teixeira, profissional

da área que já havia passado pela empresa

entre 1982 e 1996.

DaimlerChrysler designa vice-presidente deÔnibus para a América Latina

A nova linha “Midibus” que a Agrale recém-lançou para o

transporte urbano de passageiros vem equipada com motor

Cummins Interact 4 de 170 cavalos de potência e torque de

600 Nm. O motor tem gerenciamento eletrônico e está

adequado às normas da certificação ambiental Euro.

O Interact 4, terceira geração de motores eletrônicos da

Cummins, foi lançado no ano passado na Fenatran

(Salão Internacional do Transporte).

Midibus Agrale passa a ser equipado comnovo motor Cummins 30% mais potente

A Nokia, a Royal Philips

Electronics e a Rhein-Main

Verkehrsverbund (RMV)

anunciaram que vão testar

ao longo de 2005 um projeto

de utilização de aparelhos

celulares para a compra,

armazenagem e utilização

prática de passagens de

ônibus urbanos. A solução,

designada pela sigla NFC,

Compra de passagens de ônibus pelo celular

De 8 a 12 de agosto do

próximo ano, será realizado

em Goiânia-GO o 15º

Congresso Brasileiro de

Transporte e Trânsito.

Promovido pela ANTP, o

encontro vai debater

propostas em torno de

quatro temas: política

nacional de mobilidade no

contexto da reforma urbana;

redução das tarifas e

15º Congresso Brasileiro deTransporte e Trânsito

A Euro FuelSaver do Brasil

está lançando um dispositivo

economizador de óleo diesel

e de redução das emissões

de gases, destinado ao

transporte de cargas e

passageiros. Chama-se

SuperTech e já vem sendo

utilizado por empresas como

a Ouro Verde e a Ouro &

Prata (cargas), além da

Rimatur e da Graciosa

(passageiros).

fará com que o celular

funcione como uma espécie

de bilhete eletrônico para

liberar as catracas dos

ônibus. Bastará apenas o

usuário encostar o

aparelho em uma leitora no

interior do coletivo. Os

“bilhetes” serão

armazenados no próprio

telefone celular.

inclusão social; paz no

trânsito e direitos humanos;

financiamento e qualidade

dos serviços e

sustentabilidade ambiental.

Mais informações estão no

site www.antp.org.br

Os entusiastas das viagens de ônibus,

principalmente aquelas dos anos 40 e 50,

irão se deliciar com o ótimo texto de “As

raparigas da Rua de Baixo”, novo livro do

escritor mineiro Reynaldo Domingos

Ferreira. Ele rememora viagens em antigas

jardineiras e sua infância em Uberaba.

O livro pode ser encontrado nas boas

livrarias por R$ 24,00 ou comprado pela

internet (www.livrariacultura.com.br).

Um livro para se viajar de ônibus nos anos 40

O grupo Itapemirim

estabeleceu parceria com a

Renctas – Rede Nacional de

Combate ao Tráfico de

Animais Silvestres – para

uma campanha educativa

junto à população sobre os

prejuízos desse comércio

ilegal. A partir de janeiro

próximo, serão realizadas

várias ações para inibir essa

atividade que causa sérios

prejuízos ambientais.

Itapemirim fazcampanha contra otráfico de animais

Chega ao Brasildispositivo paraeconomizar diesel

Fo

tos:

Div

ulg

ação

10 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 200410

O setor homenageiasete ex-presidentes

omenagemH

Na noite de 9 de dezembro, na fes-

ta anual de confraternização da

ABRATI, a entidade e os transportado-

res rodoviários de passageiros home-

nagearam os sete empresários que pre-

sidiram as entidades de representação

nacional do setor. Primeiro, a Rodonal,

fundada em 1976 e voltada ao trans-

porte interestadual e internacional; em

seguida, a NTI e a NTR, voltadas ao

segmento intermunicipal; e, por fim, a

ABRATI, que em 1995 reuniu os três

segmentos, como se encontram hoje.

Foram homenageados os empresá-

rios Bernardino Rios Pim, Heloísio

Lopes,José Augusto Pinheiro, Aylmer

Chieppe e Walter Lemes Soares. Os

empresários Oscar Conte e Fernando

Garcia, também incluídos entre os ho-

menageados, não puderam comparecer.

A festa foi realizada no Hotel Brue

Tree Alvorada, em Brasília, e reuniu

cerca de 350 associados e convidados,

entre deputados federais e senadores,

representantes do Poder Concedente,

diretores e executivos das montadoras

e encarroçadoras de ônibus, e de em-

presas do setor de autopeças.

O presidente da ABRATI, Sérgio

Augusto de Almeida Braga, na ocasião,

ressaltando a importância do trabalho

realizado em nível nacional, ao longo

de quase três décadas, pelos homena-

geados que, em diversos momentos da

política brasileira, sempre atuaram em

favor do setor de transporte rodoviário

de passageiros. Lembrou que, para tan-

to, eles tiveram não só que levar adian-

te suas empresas como dar parte pre-

ciosa do seu tempo para priorizar o

coletivo. Em seguida, o Presidente tra-

çou o perfil de cada homenageado.

O secretário José Augusto Valente,

da Secretaria de Política Nacional de

Transporte, representou o Ministro dos

Transportes, Alfredo Nascimento, e

destacou o papel do setor no desloca-

mento de milhões de brasileiros.

Por sua vez, o diretor-geral da Agên-

cia Nacional de Transportes Terrestres,

José Alexandre Resende, acentuou a

relevância da atuação das entidades

representativas do transporte rodoviá-

rio de passageiros, na sua condição de

interlocutoras dos órgãos oficiais en-

carregados de gerir o sistema. Fez elo-

gios à atuação dos ex-presidentes e dis-

se que se tratava de homenagem extre-

mamente justa.

O evento contou com o patrocínio

da Mercedes-Benz do Brasil, o co-

patrocício da Companhia Brasileira de

Petróleo Ipiranga e o apoio da FABUS.

A Marcopolo ofereceu uma placa os sete

homenageados.

Os homenageados receberam o Troféu

ABRATI, criado pela artista plástica

Elisabeth Titton, e que representa o

empresário do setor de transporte

rodoviário de passageiros. Com sua

atividade, ele contribui para o

desenvolvimento do País. A artista tem

obras em numerosos acervos públicos do

Brasil e de vários outros países.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 11

Bernardino Rios Pim recebeu o troféu de Camilo Cola Filho.

José Augusto Pinheiro recebeu o Troféu ABRATI e uma placa

oferecida pela Marcopolo, entregues pelo presidente Sérgio

Augusto de Almeida Braga.

Aylmer Chieppe (Águia Branca) recebeu o troféu das mãos

de seu filho Renan Chieppe, também da Águia Branca.

Abílio Gontijo Júnior entregou o troféu a Heloísio Lopes.

O empresário pioneiro Dimas José da Silva (ao centro, ao lado do presidente Sérgio

Augusto de Almeida Braga) entregou o troféu a Walter Lemes Soares.

Arnaldo Teixeira entregou a placa a José Paulo Gandolfo. Sua

carreira na Mercedes-Benz começou na época em que Gandolfo

era Gerente de Vendas de Ônibus da empresa.

Fo

tos:

lio

Fern

an

des

12 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

Na mesa da Mercedes-Benz, José Geraldo, Paulo André Pressinotti (em pé), Edmir

Dias, Roberto Ferreira (Fabus), Arnaldo Teixeira, Roque Felício (Rápido D´Oeste),

Constantinos Valtas, Edson Carlos Brandão e Luis Perini (Denso do Brasil).Heloísio Lopes, esposa, filha e filho.

Cláudio Roberto Nielsen (Busscar), Camilo Cola Filho (Penha) e

Andréra Cola (Itapemirim).

O Deputado Federal Feu Rosa, um dos parlamentares que

compareceram, ao lado de empresários.

Joel Fernandes (Cidade do Aço), Arnaldo Teixeira (Mercedes-Benz

do Brasil), Wilson Pereira (Scania) e Paulo Corso (Marcopolo).

Aylmer Chieppe (Águia Branca) e esposa: José Paulo

Gandolfo e esposa.

omenagemH

Fo

tos:

lio

Fern

an

des

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 13

Também no dia 9, associados e a Diretoria da ABRATI rea-

lizaram, na parte da manhã, a última reunião do ano, tratando

de problemas do setor. À tarde, assistiram palestras do Minis-

tro dos Transportes, Alfredo Nascimento e do diretor-geral da

ANTT, José Alexandre Resende, com intervenções do superin-

tendente de transporte rodoviário de passageiros, José Antônio

Schmitt; do diretor-geral do Departamento de Polícia Rodoviá-

ria Federal, Hélio Cardoso Derene, e do secretário de Política

Nacional de Transporte, José Augusto Valente.

O Ministro dos Transportes informou que no próximo ano

sua pasta vai investir mais de R$ 3 bilhões em obras de recu-

peração de estradas: “Quando 2005 terminar, 60% da malha

rodoviária do País estarão em boas condições de trafe-

gabilidade”. Ele anunciou para junho a conclusão das obras de

duplicação da Rodovia Fernão Dias. Referiu-se aos 3.038 qui-

lômetros de rodovias que serão passados à iniciativa privada

nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná,

Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Finalizando, afirmou que

as empresas operadoras “precisam de certas regras para po-

derem trabalhar com uma certa tranqüilidade, precisam ter

estabilidade e segurança para fazer investimentos”.

José Alexandre Resende historiou a atuação da ANTT desde

sua criação em 2002 e falou sobre a fiscalização do transpor-

te clandestino, que foi também o tema da palestra de José

Antônio Schmitt. Hélio Derene, do DPRF, lembrou que o ônibus

é, ainda hoje, o único veículo de comunicação em inúmeras

localidades. Finalmente, José Augusto Valente informou sobre

o levantamento que vai ser feito sobre a situação dos termi-

nais rodoviários para orientar a política nacional para a área.

Diretores da Ipiranga com o Deputado Federal Mauro Lopes, Abílio

Gontijo Júnior (Empresa Gontijo) e Sérgio Augusto de Almeida Braga.

Em sua palestra, o Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento,

disse que está otimista em relação a 2005 e em relação ao setor.

Sérgio Augusto de Almeida Braga recepciona Alfredo Nascimento,

José Alexandre Resende e José Augusto Valente.

José

Alexandre

Resende e

José Antônio

Schmitt:

palestras

para os

associados.

Reuniões e palestras

Expressivo número de empresários do setor participou da última

reunião do ano com a Diretoria da ABRATI.

14 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

O Ministro dos Transportes, Alfredo

Nascimento, explicou que o Go-

verno Federal vai licitar oito trechos de

rodovias federais, totalizando 3.038 km

(veja quadro) e incluindo parte da Rodo-

via Fernão Dias, cujas obras de dupli-

cação vêm se arrastando há mais de

dez anos. No dia 9, o Ministro infor-

mou aos associados da ABRATI que a

duplicação será concluída até junho de

2005. A expectativa dele é de que, até

lá, todos os contratos de concessão dos

novos trechos à iniciativa privada terão

sido assinados.

Alfredo Nascimento informou tam-

bém que os oito trechos a serem licita-

dos estão localizados nos estados de

Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Rio

de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa

Catarina.

O novo programa de concessão ro-

doviária inclui modificações importan-

tes em comparação com o modelo an-

terior. A partir de agora, segundo o Mi-

nistério dos Transportes, a escolha da

empresa vencedora de cada licitação

levará em conta, entre outros quesitos,

o valor da tarifa. Preenchida todas as

exigências, receberá a concessão a em-

presa candidata que propuser a tarifa

mais baixa. Outramudança refere-se ao

critério para reajuste das tarifas. Será

adotado como índice de correção o Ín-

dice de Preços ao Consumidor Amplo

(IPCA). Anteriormente, valia o índice es-

pecífico, montado com base em uma

série de fatores relacionados ao setor

da construção civil, como, por exem-

plo, as variações no preço do cimento.

Um dos mecanismos adotados no

novo programa de concessão deverá re-

sultar em maior estímulo para as con-

cessionárias investirem não só na con-

servação e melhoria da estrada, mas

O Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, anunciou em reunião com associados da ABRATI,

a retomada do programa de concessão rodoviária. Foi realizada em Brasília a primeira audiência

pública para apresentação das novas regras para concessão de estradas à iniciativa privada.

Ministro dos Transportes anuncialicitação de 3.038 km de estradas

também em pontos de apoio (inclusive

lanchonetes e postos de gasolina) lo-

calizados ao longo da rodovia. Parte da

receita gerada por essas melhorias fi-

cará com o investidor, o que não ocor-

ria até agora.

Quanto ao prazo das concessões, o

Governo chegou à conclusão de que os

contratos com a iniciativa privada de-

verão ser de 25 anos para todo e qual-

quer trecho. “É o prazo necessário para

o investidor obter o retorno do investi-

mento”, justifica Fábio Duarte, diretor

do Departamento de Outorgas do Mi-

nistério dos Transportes.

Por outro lado, será adotada, a par-

tir de agora, uma cláusula determinan-

do a revisão anual ordinária dos contra-

tos, que coincidirá com o reajuste anu-

al das tarifas. Os procedimentos para

a revisão ordinária foram definidos pela

Agência Nacional de Transportes Ter-

restres.

Sérgio Augusto de Almeida Braga e o Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.

BR-152/SP-MG 327,7

BR-116/PR-SC 406,5

BR-393/RJ-MG 200,5

BR-101/RJ-ES 320,8

BR-381/MG-SP 361,5

BR-116/SP-PR 401,7

BR-116/PR (km a definir)

BR-376/PR 367,6

BR-101/SC (km a definir)

BR-101/ES-BA 459,4

Trechos que serão licitados

A N Ú N C I O

16 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

xposiçãoE

Feira na Espanha comparticipação brasileira

A 7a edição da La Feria Internacional del Autobús y el Autocar – FIAA – realizada em Madrid,

Espanha, de 13 a 16 de outubro, foi sucesso de público (mais de 10.000 visitantes) e de crítica (a

Imprensa só fez elogios). Em área de aproximadamente 22.000 m2, nos Pavilhões 8 e 10 do Parque

Ferial Juan Carlos I, apresentaram-se 262 empresas, de 18 países. Inclusive a Marcopolo, pela sua

filial de Portugal, para satisfação dos brasileiros que visitaram a Feira.

A Marcopolo mostrou o já conhecido Andare Class

sobre chassi MAN (foto 1), o Viaggio II sobre chassi

Volvo (foto 2), o microônibus Senior sobre chassi

Iveco e o Viale low entry, urbano, sobre outra

versão do chassi MAN (foto 3).

De Madrid, Cláudio Nelson C. R. Abreu, diretor da Viação Santa Cruz e da ABRATI

1

3

2

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 17

Nesta página, o grande lançamento da FIAA: o Titanium, da Noge,

da Espanha (foto 4), exposto logo na entrada do Pavilhão 8. Trata-se

de um rodoviário de dois eixos, com design arrojado. Na frente, além da

ampla área em vidro, destaca-se uma espécie de radiador, incluindo

todo o conjunto óptico e dividido em duas metades que se abrem com-

pletamente. Na traseira, que é bipartida (foto 5), abrem-se ambos os

lados (foto 6). Do ponto de vista da facilidade de acesso para manuten-

ção, nota dez. Do ponto de vista de custo, entretanto, ficam dúvidas

sobre a viabilidade desse modelo. Por exemplo, qualquer pequena bati-

da na traseira obrigará a troca de pelo menos uma das metades. As-

sim, talvez o Titanium fique muito próximo de um carro-conceito.

5

6

4

Fo

tos:

Div

ulg

ação

18 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

mpresaE

A espanhola Irizar caprichou no seu estande. Além do modelo PB, topo de

linha, Coach of the Year 2004, mereceu espaço importante o New Century (foto

7), lançado este ano no IAA e que se espera venha a ser produzido em breve

também no Brasil. Chamou igualmente atenção a Hispano Carrocera (Espanha)

com vários modelos urbanos e rodoviários desenhados com a colaboração do

famoso estúdio italiano Pininfarina, entre os quais os das foto 8 e 9).

Show espanhol no FIAA8

9

7

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 19

10

A Beulas, (foto 11) e

a Obradors (foto 12),

ambas espanholas, tam-

bém participaram com vá-

rios modelos de car-

roçarias.

Foto 10: outra fabricante espanhola, a Ayats, expôs vários modelos, dentre eles o único double-decker rodoviário da FIAA.

O ônibus tinha em suas laterais adesivos alusivos aos 100 anos da empresa, a serem completados em 2005.

11

12

Fo

tos:

Div

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ação

20 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

mpresaE

Foto 13: mais uma espanhola, a Sunsundegui, mostrou os seus últimos lançamentos.

A Scania apresentou vários modelos rodoviários e urbanos. No caso dos rodoviários, destacaram-se os chassis K114 e K124,

IB e EB, vendidos no mercado espanhol, todos com motores Euro 3 (equivalentes ao Conama Fase 5), com opção de motores

de 340 cv, 380 cv e 420 cv.

A Volvo igualmente mostrou vários modelos. No caso dos rodoviários, foi colocada em lugar de destaque a plataforma TX,

com opção de motores Euro 3 de 340 cv, 380 cv e 420 cv, e o chassi B9R, com motor de 340 cv.

A MAN e a Irisbus apresentaram vários modelos urbanos e rodoviários, só os chassis ou já encarroçados. A MAN, dentre

outros, mostrou o seu Lion´s City, low floor, eleito Bus of the Year 2005, que já apareceu na IAA.

No caso da Irisbus, foi lançado um double-decker urbano, encarroçado pela UNVI, com apenas uma parte do teto coberta, e

um articulado urbano com motor a gás.

Novamente, observou-se a presença de vários midi-buses (dentre outras marcas, BMC, Beulas, Irisbus, VDL, além da

Mercedes-Benz, com o seu Tourino). A UNVI, da Espanha, tinha até o modelo Cimo II, montado sobre chassi Mercedes-Benz

Atego 1223L, com motor dianteiro.

Por fim, chamou atenção o tacógrafo digital da Siemens VDO, exigível na União Européia a partir de agosto de 2005 e que

facilitará enormemente a tarefa de gestão da frota.

A Mercedes-Benz e sua coliga-

da Setra marcaram igualmente pre-

sença, com um grande estande.

Destaque para o Setra S319 NF,

bastante utilizado no transporte

dentro da Grande Madrid (foto 14).

Variedade de opções para todos os segmentos

13

14

Fo

tos:

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ulg

ação

A N Ú N C I O

22 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

mpresaE

Em 1966, o empresário Antonio Ro-

mano, que atuava na área de trans-

porte urbano em São Paulo (era dono

da Viação Ipiranga), fez um dos gran-

des negócios de sua vida: comprou uma

empresa já tradicional, cujo nome – Ex-

presso Brasileiro – era conhecido e re-

putado em todo o País, embora só ope-

rasse o itinerário Rio-São Paulo. Fecha-

do o negócio e assumida a operação da

empresa, Romano e seus três filhos

começaram imediatamente a definir e

a colocar em prática as novas estraté-

gias para dinamizar a empresa e

melhorar ainda mais a qua-

lidade dos seus ser-

Expresso Brasileiro aliatradição e visão do futuro

Austeridade administrativa, frota sempre renovada, carros muito limpos, rigorosas práticas de

manutenção. Com esta receita, há mais de seis décadas a conhecida empresa brasileira vem

mantendo invejáveis índices de qualidade nos seus serviços.

viços. Laurindo Romano, o filho mais

velho, foi destacado para assumir a di-

reção do novo negócio.

A compra da Expresso Brasileiro não

foi surpresa para o mercado. Já há tem-

pos ela vinha mudando de mãos sem

conseguir vencer o estado de estag-

nação em que se achava des-

de alguns anos, por

conta dos pro-

b l e m a s

enfrentados pelo seu fundador, o espa-

nhol Manoel Diegues.

A história era bem conhecida nos

meios do transporte. Em outubro de

1941 – portanto, 25 anos antes –

Diegues lançara-se à tarefa de implan-

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 23

tar a Expresso Brasileiro, por ele ideali-

zada para operar a linha interestadual

São Paulo-Rio de Janeiro. O negócio deu

certo e a marca Expresso Brasileiro fir-

mou-se em poucos anos.

Na década de 50, a transportadora

vivia seu momento mais produtivo e

Manoel Diegues achou que era hora de

dar um novo salto. Na época, não exis-

tiam ônibus nem carroçarias modernas

no Brasil. Os coletivos eram montados

sobre chassis de caminhão e as

carroçarias eram de madeira, revestidas

em parte com chapas zincadas. Por

isso, as empresas de ônibus que se

interessavam em melhorar a frota só

tinham como opção importar ônibus fa-

bricados nos Estados Unidos ou, mais

raramente, na Alemanha.

PROBLEMAS

O empresário tomou então uma

decisão ousada. Comprou um lote de

ônibus do modelo Diplomata, com chas-

si General Motors e carroçaria

Flexible, na época uma das mais

modernas do mundo. Fechada a tran-

sação, Diegues iniciou o processo

de descarte dos ônibus usados de

sua frota. O problema é que quan-

do os ônibus norte-americanos

chegaram ao Brasil e foram desembar-

cados, ficaram retidos na Alfândega,

em virtude de supostas irregularidades

na importação. E as autoridades adua-

neiras não tiveram pressa. Somente três

anos depois o infortunado empresário

obteve a liberação dos veículos. Nesse

tempo todo, a Expresso Brasileiro teve

de funcionar com frota e capital de giro

sensivelmente menores. A qualidade do

serviço caiu, a frota envelheceu, as di-

ficuldades econômicas aumentaram,

até que, no inicio da década de 60, o

fundador se deu por vencido e vendeu a

companhia. Nos anos seguintes, ela

passaria pelas mãos de alguns empre-

sários, sem que estes conseguissem

estabilizar suas operações.

Com a família Romano o quadro

mudou. Lentamente, a Expresso Brasi-

leiro conseguiu recuperar-se e retomar

o espaço perdido no mercado, não

obstante as eventuais oscilações no

volume de passageiros no eixo Rio-São

Paulo e, principalmente, a acirrada com-

petição entre as empresas que opera-

vam no trecho.

Em meados da década de 80,

Laurindo Romano decidiu não só inves-

tir pesado na renovação da frota

como dar uma sacu-

dida no conceito de transporte de pas-

sageiros. Tinha consciência de que a

marca Expresso Brasileiro estava con-

solidada, mas eram necessárias ações

de modernização e permanente atuali-

zação para bem atender aos seus usu-

ários. Comprou então 60 unidades do

mais moderno chassi da Scania e en-

comendou à Nielson a mais avançada

carroçaria. Com poltronas mais eleva-

das em relação ao corredor, os ônibus

proporcionavam uma vista panorâmica

aos passageiros. A preferência deles

pelos novos veículos deu novo impulso

à empresa.

EXPANSÃO

Os negócios foram expandidos tam-

bém para outras áreas. Romano adqui-

riu linhas entre as cidades do ABC

paulista e a Baixada Santista. Depois,

interessou-se pela a área de fretamen-

to e passou a transportar pessoal de

fábricas da região do ABC. Na década

de 90, a Expresso Brasileiro assumiu a

linha São Paulo-Santos/São

Vicente-Praia Grande.

Foto

: E

di

Pere

ira/H

oru

s

24 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

Novas mudanças ocorreram mais

recentemente. A companhia voltou a

atuar exclusivamente no transporte ro-

doviário interestadual e intermunicipal

de passageiros e Laurindo Romano di-

vidiu a administração da Expresso Bra-

sileiro com seu filho Lauro Roberto Ro-

mano. Para eles, austeridade e renova-

ção da frota são duas diretrizes perma-

nentes. Apesar da ausência de progra-

mas oficiais de financiamento em con-

dições mais compatíveis com um ser-

viço da importância do rodoviário de

passageiros, a empresa procura cum-

prir à risca seus programas anuais de

compra de novos ônibus. As mais re-

centes incluíram veículos da marca

Mercedes-Benz (maioria na frota)

encarroçados pela Marcopolo. São car-

ros equipados com ar-condicionado,

monitores de TV e video-cassete.

A frota atual conta com 220 ônibus

e a Expresso Brasileiro dispõe de gara-

gens na cidade de São Paulo, na Praia

Grande-SP, em São Vicente-SP e no Rio

de Janeiro. O quadro de pessoal reúne

550 colaboradores, que não escondem

o seu orgulho de estar na empresa. A

maioria dos funcionários tem muito tem-

po de casa.

Manter a frota limpa e com boa

aparência sempre foi uma diretriz da

administração. As oficinas de manuten-

ção contam com áreas e equipamen-

tos específicos para a lavagem dos veí-

culos e equipes de faxineiras entram

em ação cada vez que um deles retorna

de viagem. Cobertores e encostos de

cabeça recebem tratamento especial,

a cargo da lavanderia.

A Expresso Brasileiro opera 25 li-

nhas e atende cidades como Osasco,

mpresaE

A pintura da frota evolui, sempre mantendo as cores tradicionais que tornaram a Expresso Brasileiro tão conhecida nas estradas brasileiras.

A Expresso Brasileiro hoje

Funcionários 550

Frota 220

Linhas 25

Passageiros transportados por mês 200.000

Segmentos Intermunicipal e interestadual

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 25

Guarulhos, São Caetano do Sul, São

Bernardo do Campo e Santo André, além

da Baixada Santista e de São Paulo. No

Rio de Janeiro, serve a capital e os

municípios de Nova Iguaçu e Duque de

Caxias. O movimento de passageiros é

de cerca de 200.000 por mês.

QUALIDADE

A qualidade dos serviços, outra tra-

dição da empresa, é mantida a partir

de uma série de procedimentos e nor-

mas internas. O treinamento e recicla-

gem do pessoal ocupa lugar de desta-

que nesse contexto, com ênfase em as-

pectos como segurança, boa educação,

competência e preparo adequado para

cada função, especialmente no caso

dos motoristas e dos demais funcioná-

rios que se relacionam com o usuário.

Graças a isso, os índices de segurança

nas viagens são os melhores e os pas-

sageiros se mantêm sempre fiéis.

A política de pessoal inclui atenção

especial à saúde dos colaboradores. O

moderno ambulatório da maior gara-

gem, em São Paulo, proporciona aten-

dimento diário, oferecendo tratamento

médico e serviço de emergências. A

companhia está sempre atenta às ne-

cessidades das comunidades onde atua

e mantém a prática de fornecer trans-

porte gratuito às entidades empenha-

das na realização de atividades de ca-

ráter social.

Também dá muita atenção às práti-

cas de proteção ao meio ambiente, de-

senvolvendo rigoroso programa de con-

trole de emissões e resíduos. As gara-

gens e ônibus são permanentemente

monitorados para controle das emissões

de fumaça e da destinação de graxas e

óleos. Ao adquirir novos veículos, a pre-

ocupação é estendida aos equipamen-

tos de ar-condicionado, todos do tipo

ecológico. É feito o controle seletivo

de lixo nas instalações internas.

O rígido controle das operações de manutenção contribui para viagens mais tranqüilas.

Programas de treinamento e reciclagem ajudam a formar os melhores motoristas.

O conforto dos passageiros é garantido por ônibus modernos e poltronas espaçosas.

Foto

s: E

di

Pere

ira/H

oru

s

26 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

ncarroçadoraE

Alguns dos modelos que foram apre-

sentados são produzidos na unida-

de africana da Marcopolo. Outros fo-

ram levados do Brasil nos sistemas CBU

(unidades completamente montadas) e

PKD (parcialmente montadas). Segun-

do José Antonio Martins, vice-presiden-

te corporativo da encarroçadora, ela

tem cerca de 30% de participação no

mercado africano, com cerca de 450

unidades produzidas em 2004, além de

outras 100 levadas do Brasil. Os negó-

cios na África deverão gerar receita de

US$ 25 milhões este ano.

INVESTIMENTOS

A Marcopolo produz na África des-

de 2000. Sua primeira unidade de mon-

tagem foi instalada em Pietersburgo e

dedicava-se à produção de ônibus urba-

nos. Em 2002, a empresa investiu US$

3 milhões e transferiu as operações

para nova fábrica, em Joanesburgo, onde

hoje são produzidos os modelos Torino,

Andare Class e Paradiso 1200.

O sistema de produção obedece ao

mesmo modelo utilizado no Brasil. Os

recursos são aplicados em equipamen-

tos e processos, e no treinamento e

formação de mão-de-obra especializa-

da. Atualmente, a empresa conta com

300 colaboradores e já produziu perto

Marcopolo mostra sualinha completa na África

A Marcopolo apresentou recentemente em Joanesburgo, na África do Sul, sua linha completa

de ônibus comercializados na região, com destaque para os modelos rodoviários Paradiso

1550 LD, Paradiso 1800 Double Decker, Paradiso 1200, Viaggio 1050 e Andare Class. Também

foram mostrados o urbano Torino e o microônibus Senior.

e Scania F94. O modelo foi desenvolvi-

do para oferecer os mais elevados pa-

drões de resistência e confiabilidade,

e excelente relação custo/benefício.

Daí o interesse que desperta dos

frotistas locais. O pára-choque dian-

teiro é fabricado em fibra e dividido

em três partes. O pára-choque trasei-

ro tem ponteiras em fibra e a parte

central em aço, o que garante redução

nos custos de manutenção, além de

possibilitar reparos mais rápidos, di-

minuindo o tempo que o veículo fica

parado na oficina.

de 1.200 ônibus, todos comercializados

no mercado africano.

José Rubens De La Rosa, diretor-

geral da Marcopolo, informa que em

2005 a empresa deverá fazer investi-

mentos da ordem de US$ 2 milhões

para o desenvolvimento e produção de

novos modelos, atualização tecnológica

e treinamento. Está prevista a expan-

são da área da fábrica.

Um dos veículos que mais atraem

as atenções dos sul-africanos é o ôni-

bus urbano Torino, montado sobre chas-

sis Mercedes-Benz OF 1722, Volvo B7R

O Andare Class Marcopolo faz sucesso na África do Sul.

Div

ulg

ação

A N Ú N C I O

28 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

ançamentoL

A nova família deminiônibus Volare

A linha de miniônibus Volare mudou. Depois de 12 meses de desenvolvimento, e de investimentos

superiores a R$ 2,5 milhões em pesquisas para definição das novas estruturas do chassi e da

carroçaria, design e motorização, a Volare apresentou os novos modelos do seu moderno veículo.

Os novos modelos da Volare rece-

beram nova denominação e pas-

sam a oferecer características inéditas

no segmento. Por exemplo, o comando

do câmbio fica no painel. A motorização

(tanto a mecânica como a eletrônica)

atende aos padrões de emissão da Euro

III (Conama Fase 5), bem mais exigen-

tes. Por fim, o Peso Bruto Total (PBT)

aumentou.

Projetados pela Unidade de Negó-

cios Volare, em Caxias do Sul (RS), os

novos veículos, além de terem design

arrojado, são maiores que os da linha

anterior. Moacir Moroni, diretor da

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 29

capô do motor. O Volare passa a ser o

primeiro miniônibus em sua categoria

com alavanca de câmbio no painel (o

acionamento é via cabo). Com isso, di-

minuem os níveis de ruído, vibração e

desconforto. O painel de instrumentos

é totalmente novo.

MAIOR CONFORTO

Para ampliar o conforto e a segu-

rança, o Volare passou a contar com

quatro saídas de ar para o motorista,

no painel de instrumentos. Ganhou tam-

bém desembaçador do pára-brisa, de

alta potência e eficiência.

No salão de passageiros, a grande

novidade é a opção, na versão Executi-

vo, de climatização interna, com dutos

do ar-condicionado em toda a sua ex-

tensão. Nas versões normais e nos

modelos concorrentes, o ar-condiciona-

do fica posicionado na parte traseira do

salão. Com a utilização de dutos para

melhor circulação do ar frio, a distribui-

ção é homogênea, inclusive na parte dian-

teira do salão, onde fica o motorista.

MOTORIZAÇÃO

A nova linha passa a contar com

três diferentes motores de dois fabri-

cantes – MWM e Cummins. Assim, o

comprador pode dispor da opção mais

adequada à sua aplicação. As potên-

cias ficam entre 120 a 150 cv (88 a

110 kW) e torque de 37 a 56 kgfm

(360 a 550 Nm).

A motorização eletrônica é desta-

que na linha 2005. Outra novidade é a

motorização mecânica Euro III, dispo-

nível no Volare V8, com o novo motor

Cummins Euromec III. É o único mecâ-

nico atualmente produzido no País que

atende à norma Euro III.

O sistema de suspensão foi repro-

jetado para acompanhar o aumento de

capacidade de transporte, do PBT e da

potência dos motores. Utiliza molas

parabólicas progressivas, amortecedo-

res telescópicos e barra estabilizadora

na dianteira. Na traseira, molas semi-

elípticas, amortecedores telescópicos

e barra estabilizadora.

Nos modelos V8 e W8, os freios

são do tipo S-CAM, com funcionamen-

to totalmente a ar e atuação nas qua-

tro rodas. Válvula de quatro vias isola o

circuito em caso de funcionamento ir-

regular, garantindo operação em situa-

ções de emergência.

Os veículos são produzidos em cin-

co versões – Lotação, Urbano, Executi-

vo, Vip e Escolarbus - e em cinco co-

res: amarelo citrino, azul miro, branco

real, prata andino e verde java.

Volare, destaca como principal benefí-

cio para o cliente a opção de adquirir o

veículo com motorização mecânica,

atendendo perfeitamente às normas

Euro III, só que a um custo menor em

comparação com outros veículos equi-

pados com motor eletrônico.

Externamente, os modelos Volare

ganharam novo desenho na dianteira e

na traseira. As linhas são marcantes e

limpas, realçando a grade frontal, o

conjunto ótico e as lanternas. O visual

da dianteira, mais ousado e agressivo,

realmente confere nova identidade ao

veículo, levando à comparação com os

automóveis mais modernos.

O design da grade dianteira, mais

pronunciado, é completamente diferen-

te do que se viu até agora nos

miniônibus fabricados no Brasil. Os

novos faróis, desenvolvidos em parce-

ria com fornecedores especializados,

são mais eficientes, com ganho em

qualidade de luz. “São os primeiros fa-

róis desenvolvidos especificamente para

miniônibus e, ao contrário da grande

maioria, não foram adaptados”, infor-

ma Roberto Poloni, gerente de engenha-

ria do Volare.

Também o desenho da traseira pas-

sou a ser mais saliente e marcante,

dando a impressão de maior volume e

destacando a nova vigia, o pára-choque

e as lanternas. Uma novidade é o

aerofólio com luz de advertência inte-

grada no teto.

Externamente, os modelos ganha-

ram entre 165 e 185 mm no compri-

mento total. O aumento no tamanho

resultou em maior espaço interno. São

até 110 mm a mais no comprimento

do salão. A distância entre as poltro-

nas foi ampliada, e elas ganharam novo

e exclusivo tecido com a logotipia

Volare.

Internamente, as maiores mudan-

ças ocorreram no painel dianteiro e no

Capô rebaixado e alavanca de câmbio no painel de instrumentos: conforto para o motorista.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 29

Fo

tos:

Div

ulg

ação

A N Ú N C I O

A N Ú N C I O

32 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

mpresasE

São Luiz se reestruturae inicia nova fase

Com modernos ônibus

Scania encarroçados pela

Marcopolo, a companhia

se torna mais competitiva

e prevê incremento de

30% a 40% no movimento

de passageiros.

sem acesso a melhores condições de

financiamento, comprariam mais, já que

estão sempre empenhadas em ofere-

cer o melhor aos seus usuários.

A nova etapa da São Luiz tem mui-

to a ver com o atendimento e o confor-

to dos usuários. Por isso mesmo, os

novos veículos são tecnologicamente so-

fisticados. Chegaram acompanhados de

fortes investimentos em informatização

nas áreas administrativa e operacional,

e foram precedidos de um grande es-

forço, iniciado há três anos, para a mo-

dernização da gestão empresarial.

CONFORTO

Os ônibus que tanto sucesso fize-

ram nas ruas daquelas 14 cidades, e

que em seguida passaram a operar nas

linhas intermunicipais e interestaduais

da São Luiz, são comerci-

almente chamados

de Bus D´Oro e se

destacam por

itens de confor-

to como

Em toda sua história, provavelmen-

te a São Luiz nunca viveu dias tão

agitados quanto os da primeira quinze-

na de novembro passado. Primeiro, fo-

ram os preparativos para a realização,

em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul

(onde fica sua sede), da grande festa

que marcou a incorporação de 18 no-

vos ônibus à frota da empresa. Até o

presidente da Marcopolo, Paulo Bellini,

estava presente. Depois, foram os des-

files com os novos veículos em 14 ci-

dades de Mato Grosso do Sul, Mato

Grosso, São Paulo e Goiás. Na manhã

do dia 4, o primeiro desfile tirou muita

gente da cama, em Três Lagoas, e pro-

vocou entusiásticos comentários dos

moradores da cidade. A nova frota foi

assunto obrigatório em todas as con-

versas.

Nos dias seguintes, os ônibus, no-

vinhos e de pintura vistosa, criada pelo

arquiteto Carlos Ferro, repetiram o pas-

seio nas outras 13 cidades, sempre com

a mesma reação do público. O último

foi pelas ruas da capital de Mato Gros-

so do Sul, Campo Grande, no dia 12. E

assim a empresa, hoje presente em

70% do território daquele Estado, fez

sua comemoração e deu um recado de

otimismo aos cidadãos da vasta região

atendida por suas linhas.

Aos 32 nos, a São Luiz está inau-

gurando, com muita determinação, uma

nova etapa de sua existência. Isso mos-

tra a importância que novas aquisições

têm para a vida das companhias opera-

doras. E demonstra que, se elas tives-

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 33

DVD, monitores de TV, Rádio AM/FM

e CD, ar-condicionado, geladeira e car-

regador de bateria de celular. As 44

poltronas são do tipo semi-leito turis-

mo, com descanso para pernas, braço

interno individual para cada passagei-

ro, estofadas com espuma em densi-

dade especial no encosto da cabeça. A

decoração interior, de design leve e so-

fisticado, contribui para o maior des-

canso dos passageiros.

Com os rodoviários, a São Luiz ad-

quiriu também dois ônibus da catego-

ria suburbano Marcopolo Viale, com

chassi Scania K-94, os chamados Inter

City. Os carros passam a oferecer um

novo serviço nas viagens em distâncias

curtas, com muito mais conforto e co-

modidade, pois são dotados de ar-con-

dicionado e CD.

Segundo o diretor operacional Ân-

gelo Possari, a inclusão dos novos veí-

culos na frota tem o efeito de melhorar

não somente as linhas em que eles

estarão operando, mas todas as de-

mais da empresa, já que a renovação

levou a um remanejamento de toda a

frota, descartando-se os veículos

mais antigos e redistri-

buindo-se os mais novos. Praticamen-

te todos os serviços foram ou estão

sendo reformulados, e a maior parte

das linhas passa a contar com veículos

dotados de ar-condicionado.

INCREMENTO

Possari estima que a inclusão das

novas unidades resultará em incremen-

to de 30% a 40% no movimento de pas-

sageiros, possibilitando um crescimen-

to global da ordem de 20%.

Faz parte da remodelação adminis-

trativa a contratação da consultoria

Aspecto, para implantar programa de

gestão da qualidade; da empresa

NetTech, que está implantando todo o

sistema de comunicação entre as agên-

cias e garagens da São Luiz; e da em-

presa Pro Risc, especializada em

informatização de frotas. Esta última

está fornecendo softwares específicos

para transportes coletivos. Estão sen-

do informatizados a manutenção corre-

tiva e preventiva, o controle do almo-

xarifado e a venda de passagens on-

line. Também são implementados ser-

viços para facilitar a vida dos usuários,

como canal para reclamações e suges-

tões, cadastros de fidelização e siste-

ma de reserva de passagens.

A reestruturação exigiu

uma injeção de

capital para a compra dos novos ôni-

bus, operação que foi longa e cuidado-

samente amadurecida. Definidos os re-

cursos, a diretoria analisou as alterna-

tivas de marca disponíveis. Entre elas

um ônibus com chassi Scania K94 e

carroçaria Campione, da Comil, que foi

testado por 15 dias. Impressionou bem

o fato de que o consumo padrão médio

na empresa, que estava em torno de 3

km por litro de óleo diesel, chegou a

4,4 km no veículo testado.

A diretoria optou pelo produto

Scania, escolha comemorada por Wil-

son Pereira, gerente executivo de Ven-

das de Ônibus da montadora, presente

à festa em Três Lagoas. “Trata-se da

nossa maior venda em Mato Grosso do

Sul em anos recentes”, disse ele. “É

uma transação que fortalece a presen-

ça da nossa marca na região Cen-

tro-Oeste e que resulta do nos-

so compromisso de oferecer

produtos com qualidade e de

acordo com as necessidades

do cliente.” Na verdade, o

negócio foi ainda mais im-

portante porque trouxe a São

Luiz de volta à carteira de

clientes da Scania depois de

uma ausência de mais de

15 anos.

Ângelo Possari: renovação da frota trará

melhores serviços em todas as linhas.

Foto

s: E

man

uel

A.

P.

34 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

A história da São Luiz começa em

Três Lagoas, no ano de 1972, pelas

mãos dos empresários Eugênio

Possari, Ledovino Possari, José

Souza Pereira e Rubens Miranda

Mello. Eles eram donos da Águia

de Prata, detentora de duas linhas,

quando adquiriram a empresa São

Luiz, que fazia a linha para Cuiabá,

então capital do Estado de Mato

Grosso. A criação do Estado de

Mato Grosso do Sul se daria cinco

anos depois.

As velhos ônibus da empresa

cortavam atoleiros e estradas de

chão, cruzavam com boiadas, e os

passageiros sofriam com as nuvens

de poeira. Mas, lentamente, a empre-

sa ia ajudando a desbravar uma vasta

região do Centro-Oeste brasileiro.

Quatro anos depois, a frota já era

de 46 veículos e servia 32 cidades. Com

a divisão do Estado, a São Luiz passou

a atender duas capitais: Campo Gran-

de (Mato Grosso do Sul) e Cuiabá (Mato

Grosso). Um grande marco foi atingido

em 1978, com a conquista, em licita-

Uma história que começou em 1972

mpresasE

ção pública, da linha Campo Grande

(MS) a Goiânia (GO). Com ela, cidades

importantes no contexto sócio-econômi-

co da região passaram a ser atendidas

pela São Luiz, como, por exemplo, Rio

Verde de Mato Grosso e Coxim, ambas

em Mato Grosso do Sul, e Mineiros,

Jataí e Rio Verde, em Goiás.

No processo de crescimento, novas

garagens foram instaladas em Campo

Grande, Cuiabá, Rondonópolis, Goiânia,

São José do Rio Preto, Araçatuba,

Brasília e Cassilândia. Também foram

estabelecidos pontos de apoio opera-

cional em Uberlândia, Aparecida do

Taboado, Mineiros e Alto Araguaia.

EMPREGOS

Hoje, a distribuição de pontos de

vendas de passagens na área de atua-

ção totaliza 63 agências exclusivas e

150 pontos de venda, entre agências

de turismo e parcerias com outras

empresas.

Historicamente, a São Luiz é im-

portante fomentadora de empregos na

região. Atualmente, oferece 524 pos-

tos diretos e outros 300 indiretos, ge-

rando divisas para Mato Grosso do Sul,

participando ativamente da economia de

Três Lagoas e contribuindo para a maior

qualidade de vida de muitas famílias.

Mono nono n ono

nonono

Um dos primeiros ônibus

da empresa, adquirido em

1972. A carroçaria é Ciferal.

O presidente da Marcopolo, Paulo Bellini (segundo da esq. para a dir.), prestigiou a festa.

Aqui, ele aparece ladeado por Ângelo Possari, diretor operacional da São Luiz, Gustavo de

Andrade Lopes, da P. B. Lopes, e Wilson Pereira, gerente de Vendas de Ônibus da Scania.

Em

an

uel

A.

P.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 35

Ao longo dos anos, a companhia tem

estado atenta à evolução do transpor-

te rodoviário de passageiros, buscan-

do permanente sintonia com as novas

exigências dos usuários e com os mé-

todos mais modernos de gestão opera-

cional. Nestes novos cenários, foi cria-

do um grupo de trabalho integrado por

assessores e colaboradores, com o

objetivo de praticar um gerenciamento

profissionalizado e operar os equipa-

mentos que melhor se ajustem aos

anseios do mercado.

O primeiro investimento rumo a esse

novo perfil foi a compra, em 2000, de

seis ônibus JumBuss 400, que recebe-

ram a denominação comercial de Bus

D‘Oro, agora mantida. A aquisição dos

veículos, confortáveis e modernos, foi

acompanhada da mudança da pintura

da frota e da recriação do logotipo, tra-

balho feito pelo escritório de design do

arquiteto Carlos Ferro. A nova progra-

mação visual estendeu-se aos guichês

de venda de passagens, à sinalização

interna da garagem e dos escritórios, à

papelaria da empresa etc.

Em seguida, foi iniciado o proces-

so de reestruturação administrativa e

operacional, incluindo adequação da

infra-estrutura e do ambiente de traba-

lho, normatização de procedimentos,

qualificação, treinamento e reciclagem,

tudo isso com o objetivo principal de

Os diretores Rubens Miranda Mello, Ledovino Possari, Eugênio Possari e Ângelo Possari.

otimizar a frota, os recursos humanos e

os serviços oferecidos.

Com esse processo em andamen-

to, a Viação São Luiz passou a cuidar

da informatização dos diversos setores.

Um novo sistema de comunicação de

dados passa a interligar a matriz em

rede com oito garagens, em seis esta-

dos, além de todos os guichês em to-

das as cidades servidas. Todos os con-

troles passam a ser informatizados,

com a utilização de softwares específi-

cos para manutenção preventiva e cor-

retiva, estoque, emissão de passagens

e tráfego, o que viabiliza um gerencia-

mento mais eficiente da produtividade

Os 16 Scania Marcopolo serão operados

em rodízio pela São Luiz, para atender

ao maior número possível de linhas.

e a mensuração mais precisa dos ní-

veis de qualidade dos serviços.

Com a compra dos 16 novos

rodoviários Marcopolo Paradiso 1.350

para a frota Bus D´Oro, e de outros dois

veículos suburbanos Marcopolo Viale

(InterCity), todos encarroçados sobre

chassi Scania, a empresa passa a ope-

rar com 116 ônibus, 51 dos quais equi-

pados com ar-condicionado.

Renovação, portanto, na frota, no

gerenciamento e na filosofia operacional.

Não é de admirar, pois, que este seja

considerado o início de uma nova etapa

na vida dessa tradicional empresa do

Centro-Oeste e de parte do Sudeste.Fo

tos:

Div

ulg

ação

36 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

mpresaE

Principais linhas

Campo Grande (MS)/Taguatinga (DF) – via Brasília

Araçatuba (SP)/Cáceres (MT)

São José do Rio Preto (SP)/ Araputanga (MT)

Campo Grande (MS)/Goiânia (GO) – via Uberlândia

Três Lagoas (MS)/Campo Grande (MS)

Goiânia (GO)/Pedra Preta (MT)

Pedra Preta (MT)/Cuiabá (MT)

Campo Grande (MS)/Aparecida do Taboado (MS)

Três Lagoas (MS)/Costa Rica (MS)

A informatização de todos os setores está viabilizando padrões mais altos de eficiência.

As áreas ligadas à manutenção pre-

ventiva e corretiva da São Luiz estão se

tornando mais eficientes com a ado-

ção de novos sistemas de trabalho in-

terno, baseados na informatização e na

organização. Os objetivos são proporcio-

nar maior segurança aos usuários, ra-

cionalizar os recursos materiais dispo-

níveis e, como conseqüência natural dis-

so tudo, elevar a qualidade dos servi-

ços. O ponto de partida para as mudan-

ças foi o reconhecimento de que a a

oficina tradicionalmente era um setor

provavelmente oneroso, em virtude da

divisão algo tumultuada e desorganiza-

da dos espaços entre pneus, auto-pe-

ças, combustível e mecânicos. Por isso,

a produtividade era baixa. Foi então ins-

talado o controle informatizado de toda

a oficina, cuja estrutura passou por uma

reforma. Com a introdução de um

software de gerenciamento, a equipe

passou a trabalhar com base em infor-

Novos sistemas de trabalho, maior eficiência

Números

Frota116 ônibus (urbanos, suburbanos,intermunicipais e interestaduais)36 caminhões34 caminhões terceirizados

Estados atendidosMato Grosso do Sul, Mato Grosso,Goiás, Minas Gerais, São Paulo eDistrito Federal

Cidades atendidas116

Passageiros transportados80.000/mês

Quilômetros percorridos900.000/mês

Pontos de venda63 agências exclusivas150 agências

Empregos gerados524 diretos300 indiretos

A manutenção está equipada para solucionar rapidamente os problemas da área.

mações seguras. Os depósitos de pe-

ças, equipamentos e ferramentas fo-

ram remodelados, de forma a garantir

o armazenamento correto, a localiza-

ção fácil e a maior vida útil dos mate-

riais. O aumento da eficiência do setor

já está tendo reflexos positivos não só

sobre a economia da empresa, mas

igualmente sobre o desempenho e pro-

dutividade da área de manutenção.

Foto

s: E

man

uel

A.

P.

A N Ú N C I O

38 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

mpresaE

A Empresa de Ônibus Nossa Senho-

ra da Penha está incorporando 40

novos veículos à sua frota, todos desti-

nados à operação do serviço Classis,

semi-leito. São equipados com ar-con-

dicionado ecológico, banheiro pres-

surizado, luzes de leitura com teclas

iluminadas, indicador luminoso do nú-

mero da poltrona e isolamento acústi-

co de alta eficiência. Outros itens de

conforto presentes nos novos veículos

e no serviço Classis são DVD para exi-

bição de filmes, som ambiente com CD/

Com chassis Mercedes-Benz O500 RSD e carroçaria Busscar, a Penha destina mais 40 novos

veículos à operação do serviço Classis. Eles vão atender à maioria das linhas da empresa.

MP3, poltronas anatômicas com incli-

nação de 62 graus, apoio para as per-

nas, manta, travesseiro, serviço de

bordo do tipo self service com água e

café, e kit-lanche.

Desenvolvido para utilização rodovi-

ária, o chassi O-500 RSD, robusto e de

alta durabilidade, é próprio para as mais

severas condições de operação e apli-

cação. Considerado como top de linha

mundial, o chassi proporciona desem-

penho superior, atendendo às exigen-

tes expectativas da Penha.

ainda mais conforto

Camilo Cola Filho, presidente da Penha.

Classis, da Penha:

38 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

Classis, da Penha:

Div

ulg

ação

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 39

Já na atual alta temporada 2004/2005, os

novos veículos estarão operando em várias linhas

da empresa. “Procuramos no mercado o que há

de melhor em tecnologia para adquirir nossos

novos ônibus. Só assim podemos oferecer quali-

dade e confiabilidade aos passageiros que nos

distinguem com a sua preferência”, afirma Camilo

Cola Filho, presidente da Empresa de Ônibus Nossa

Senhora da Penha.

O passageiro da Penha conta com qualidade,

segurança e pontualidade, aspectos que são vis-

tos com seriedade e responsabilidade pela com-

panhia na sua prestação de serviços. Além disso,

ele pode adquirir o seu bilhete no site da empresa

(www.nspenha.com.br) e financiar a compra pe-

los cartões de crédito Visanet e Redecard.

Teclas acionam as luzes de leitura. As poltronas são dotadas de descansa-pés.

Conforto e funcionalidade no amplo salão dos novos ônibus. As saídas de

emergência são sinalizadas por cortinas vermelhas.

Fo

tos:

Síl

vio

Au

rích

io

40 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

ontadoraM

De outubro a dezembro, a nova fá-

brica da Volkswagen, instalada em

Puebla, produziu 300 veículos. Eles

foram encaminhados para as seis re-

vendas autorizadas em fase de instala-

ção no México. O anúncio partiu de

Roberto Cortes, Vice-Presidente da

Volkswagen Veículos Comerciais e CEO

das Operações Caminhões e Ônibus, em

No México, a Volkswagenvende toda a produção

O mercado mexicano já absorveu todos os v eículos produzidos até o fim do ano

pela recém-inaugurada fábrica da Volkswagen Caminhões e Ônibus naquele país.

entrevista na Expotransporte, salão rea-

lizado anualmente na cidade mexicana

de Guadalajara.

“Em 2005, produziremos 40% aci-

ma do previsto, chegando a 1.400 ca-

minhões e ônibus montados na fábrica

de Puebla”, informou Cortes. Ele co-

mentou que a confiança na boa aceita-

ção dos produtos Volkswagen estimu-

lou os concessionários locais a faze-

rem encomendas maiores. Na avalia-

ção do executivo, mesmo consideran-

do o fato de que sua companhia está

levando conceitos inovadores ao Méxi-

co, como o caminhão de cabine avan-

çada e o atendimento pós-vendas, já

dá para saber que a decisão de abrir a

fábrica no México foi acertada.

A fábrica VW de caminhões e ôni-

bus em Puebla tem capacidade para

montar até 2.000 veículos por ano.

Localizada a 125 quilômetros da Cida-

de do México, a linha de montagem

utiliza peças e subconjuntos enviados

de Resende (RJ). A rede de concessio-

nários terá inicialmente seis revende-

dores, localizados nos estados do Mé-

xico, Puebla, Nuevo León, Guanajuato,

Jalisco e Distrito Federal. A localiza-

ção é estratégica, pois atende, de ime-

diato, os maiores mercados consumi-

dores de veículos comerciais.

Todos os produtos montados em

Puebla terão motorização eletrônica

com nível Euro III de emissões. São

modelos idênticos aos comercializados

no Brasil, com ligeiras adaptações para

os consumidores do México.Roberto Cortes: otimismo no México.

Fo

tos:

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ulg

ação

42 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

mpresaE

Modernidade e eficiência,dois trunfos da Brasil Sul

Às vésperas de completar seu primeiro aniversário (foi fundada em janeiro

de 2004), a Brasil Sul Linhas Rodoviárias está contabilizando expressivos

sucessos alcançados em curtíssimo tempo.

42 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 43

veículos fica em torno dos 20% anuais.

Mas este é o caso da Brasil Sul, uma

vez que suas operações, tão recentes,

desde o início foram feitas com carros

zero quilômetro. E menos de um ano

depois, neste mês de dezembro, a com-

panhia já está incorporando a suas li-

nhas mais 20 novos ônibus. Entre as

novidades estão monitores de TV com

tela de cristal líquido e DVD.

Os diretores da empresa fazem

Como mostra o alto índice de ocu-

pação dos ônibus da Brasil Sul, os

passageiros que viajam pelas estradas

do Sul do País receberam com agrado

a nova opção de conforto e segurança

que lhes vem sendo oferecida nas via-

gens interestaduais. Graças a essa res-

posta, a companhia vem rapidamente

ocupando seu espaço no competitivo

mercado de transporte rodoviário de

passageiros.

Originada de uma cisão do Expres-

so Nordeste, a Brasil Sul opera nos

estados de São Paulo, Paraná, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul. A sede

administrativa e a garagem central fi-

cam em Londrina.

Embora a baixa média dos ônibus

seja rotina no sistema interestadual,

não é comum encontrar uma empresa

cuja frota inteira esteja absolutamente

nova, já que o ritmo de substituição dos

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 43

Div

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ação

44 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 200444 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

mpresaE

questão de acentuar que não só os ôni-

bus são novos, mas também a filoso-

fia operacional e os métodos de ges-

tão, os quais estão isentos de even-

tuais vícios administrativos e de passi-

vos que poderiam afetar a prestação

de um serviço de alta qualidade. O re-

sultado se traduz em mais modernidade

e eficiência.

O desempenho da empresa nas es-

tradas resulta da constante busca pelo

aproveitamento máximo da frota. A

otimização dos custos de operação é

uma das suas políticas mais trabalha-

das, em benefício da competitividade e

da capacidade de investimento.

Todos os ônibus dispõem de ar-con-

dicionado, televisão e vídeo. Água mi-

neral e café são oferecidos aos passa-

geiros durante as viagens. As linhas exe-

cutivas oferecem 42 lugares, com pol-

tronas reclináveis e apoio para os pés.

Em alguns dos trechos operados é ofe-

recida a opção Leito Sleep, com 18

poltronas individuais dispostas em três

fileiras de seis. Elas têm inclinação de

até 180 graus, transformando-se em

verdadeiras camas.

MODERNIDADE

As linhas da Brasil Sul concentram-

se em dois eixos principais. O primei-

ro, entre Paraná e São Paulo, possibili-

ta aos passageiros o embarque em di-

versas cidades paranaenses. O segun-

do liga as principais cidades do Paraná

com Santa Catarina e Rio Grande do

Sul, entre elas as capitais Curitiba,

Florianópolis e Porto Alegre.

A frota da empresa também se des-

taca pela modernidade e elegância da

identidade visual. O design é do arqui-

teto Luis Antônio Misse Mota, de São

Paulo, que tem entre seus trabalhos as

identidades visuais das frotas da Co-

meta, 1001 e Itamarati. Os carros da

Brasil Sul são freqüentemente elogia-

dos por fornecedores, colaboradores e,

é claro, pelos passageiros. A utilização

O aproveitamento da superfície de vidro como prolongamento da pintura, além da combinação das cores verde, amarelo e prata, faz com

que os ônibus da Brasil Sul tenham presença marcante nas estradas do Sul e do Sudeste.

Fo

tos:

Div

ulg

ação

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 45REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 45

das cores verde e amarelo, além da

nítida referência à bandeira nacional,

ressalta o caráter de integração repre-

sentado pelos serviços da empresa nos

estados onde atua. O projeto foi classi-

ficado em primeiro lugar no concurso

de pintura de frota da editora OTM des-

te ano.

Na Brasil Sul, os colaboradores são

preparados para dedicar o máximo de

seu esforço no atendimento aos passa-

geiros. Os funcionários de cada setor

da empresa passam por rigoroso teste

admissional. Logo em seguida, rece-

bem cursos de treinamento para ade-

quação às exigências do padrão da com-

panhia. Além disso, são avaliados com

freqüência e submetidos a processos

de reciclagem. Da mesma forma, têm

acesso à administração para registrar

quaisquer insatisfações ou sugerir me-

didas que possam melhorar a qualida-

de dos serviços.

SALA VIP

Para maior comodidade dos passa-

geiros que viajam para São Paulo, a

Brasil Sul mantém na área central da

capital paulista, próxima à Estação da

Luz, uma ampla sala VIP. Além de per-

mitir o embarque e desembarque com

mais segurança, a sala dispõe de di-

versas outras facilidades como banhei-

ros, sala de estar com TV, cantina e

serviço de guarda-volumes. Assim, os

passageiros podem guardar suas baga-

gens antes do embarque e até mesmo

receber com maior segurança enco-

mendas de mercadorias adquiridas na

cidade.

A sala é de grande utilidade, por

exemplo, para os passageiros que pre-

cisam fazer viagens rápidas, de um dia,

para São Paulo. Comerciantes, profis-

sionais liberais e estudantes, entre ou-

tros, ficam à vontade para desfrutar de

um ponto de referência na cidade sem

precisar gastar com diárias de hotel.

CARGAS

A Brasil Sul também oferece um

serviço de entrega de encomendas para

os mesmos destinos servidos por seus

ônibus. Denominado Brasil Sul Express,

é rápido, simples e seguro. Os colabo-

radores estão treinados para ter todo o

cuidado necessário com os volumes e

com a pontualidade nas entregas. As

encomendas podem ser despachadas

nos guichês da companhia nos termi-

nais rodoviários. Em algumas cidades,

funciona também um serviço de busca

e entrega porta a porta.

Sala VIP: infra-estrutura de conforto permite ao passageiro usufruir uma boa viagem antes mesmo que ela comece.

46 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

xposiçãoE

A Cummins acumula recordes aos 30 anos

Em 2004, a maior

fabricante mundial de

motores diesel

comemora, entre outras

conquistas, o recorde de

62 mil unidades por ano.

Sua participação no

mercado brasileiro de

caminhões é de 35%.

Em 2004, coincidindo com a come-

moração dos seus 30 anos de ati-

vidades no Brasil, a Cummins está vi-

vendo um dos melhores momentos de

sua história. Sua produção e as vendas

vêm crescendo em média 50% ao ano.

A fábrica, que opera em três turnos,

bateu recentemente o recorde de 62

mil motores produzidos por ano (430

mil ao longo de 30 anos).

Além disso, 35% dos ca-

minhões novos vendidos no

País são equipados com

motores da empresa. A re-

ceita deste ano deve chegar a R$ 1,4

bilhão. E, finalmente, seus produtos

são embarcados para diversos países

do mundo, incluindo os distantes e pro-

missores mercados da China e da

Rússia.

O caminho que levou a Cummins a

esse excepcional desempenho foi pavi-

mentado nos últimos cinco anos por

uma profunda transformação

na área gerencial e admi-

nistrativa. “De uma orga-

nização funcional tradicio-

nal, passamos para uma or-

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 47

ganização de times autogerenciáveis”,

explica o presidente da empresa,

Ricardo Chuahy. Segundo ele, existem

hoje cerca de 150 projetos gerenciados

por 50 times de trabalho.

Todos os grupos de trabalho

objetivam desenvolver produtos e servi-

ços que atendam mais adequadamente

aos clientes; conquistar novos usuários;

obter maior participação nos mercados

em que a empresa já atua; ocupar es-

paços não atendidos devidamente; ini-

ciar negócios onde a companhia ainda

não atua e avançar em áreas que de-

pendam da principal atividade da em-

presa, que é fabricar motores diesel.

O mais recente exemplo desse es-

forço do trabalho de times é a concep-

ção do Euromec III, motor mecânico que

atende às exigências de menor emissão

de poluentes da fase 5 do Conama (veja

na página seguinte). Outro exemplo foi

o início, em 2000, da fabricação de gru-

pos geradores no país. Como todos os

projetos são fundamentados em metas

e objetivos, os times conseguem enten-

der e atender mais rapidamente às ne-

cessidades do cliente.

TECNOLOGIA

Tudo isso é sustentado por pesqui-

sas contínuas sobre como o cliente quer

ser atendido e, também, por fortes in-

vestimentos em tecnologia. Um resul-

tado concreto da evolução tecnológica

alcançada é o fato de a empresa ser

capaz de produzir, hoje (considerando a

relação potência por litro de combustí-

vel consumido), um motor 400% mais

potente do que o primeiro motor da Sé-

rie N produzido na fábrica de Guarulhos.

Tal avanço foi conseguido em razão de

uma agressiva política de investimen-

to, que remonta à década de 80, com

cerca de US$ 10 milhões (R$ 32 mi-

lhões) aplicados anualmente em pes-

quisa e desenvolvimento.

Graças a essa filosofia, a empresa

esteve sempre na vanguarda dos seto-

res onde atua. Foi a primeira a introdu-

zir no Brasil (1998) o avançado siste-

ma de gerenciamento eletrônico dos

motores diesel. Conhecido como ISM

(Interact System M), o sistema equipa-

va caminhões pesados da International.

Em 2000, a Cummins lançou os moto-

res eletrônicos da família ISB (Interact

System B), que são exportados para a

Ford da Venezuela.

Os novos sistemas incorporam avan-

çadas tecnologias, transformando o

caminhão em ferramenta essencial na

administração do transporte e logística.

Atualmente, a Cummins já fabrica no

país os modelos Interact 4 e 6, que

são versões atualizadas do motor com

gerenciamento eletrônico.

PIONEIRISMO

A Cummins também foi a primeira

fabricante de motor diesel do Brasil a

receber, em 1992, a certificação ISO

9001. E igualmente a pioneira na con-

quista da certificação QS9000 (1997).

Mais recentemente (2002), recebeu a

certificação Q1, entregue pela Ford aos

fornecedores com mais alto nível de

qualidade. Finalmente, em novembro de

2003, conquistou a certificação ISO

14001. Ela permite que a fábrica bra-

sileira forneça motores para qualquer

filial da Ford no mundo.

A realidade de hoje se tornou possí-

vel graças a uma decisão estratégica

tomada no final dos anos 70 e início

dos 80, determinante para o aumento

das exportações e a conseqüente capi-

talização da companhia. A partir do pro-

grama Befiex, instituído pelo Governo

brasileiro no início dos anos 80, as ex-

portações da empresa saltam de US$

52 milhões (R$ 166 milhões) em 1982,

para US$ 85 milhões (R$ 272 milhões),

em 1985. Com o expressivo aumento

na receita, a Cummins pôde investir nas

linhas dos motores das séries “C” e

“B”, produzidas a partir de 1986.

Disponível nas versões de quatro e

seis cilindros, o motor da Série B

garantiu o crescimento da empresa no

mercado automotivo e industrial. Em

1986, passou a equipar caminhões

VW, introduzindo a Cummins no seg-

Ricardo Chuahy: comandando uma organização de times autogerenciáveis.

Fo

tos:

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ação

48 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

xposiçãoE

O grande lançamento da Cummins

neste segundo semestre é um motor

mecânico que custa 30% menos que

os produtos concorrentes – inclusive

eletrônicos – e, como principal atrati-

vo, atende às normas de emissões da

fase 5 do Conama (correspondente ao

Euro III). Batizado de Euromec, é um

motor mecânico de 3,9 litros que de-

senvolve 120 hp de potência. Foram

introduzidos 12 novos componentes

mecânicos que não sofressem o impac-

to dos custos dos eletrônicos, os quais,

ao mesmo tempo, reduzem a emissão

de gases e material particulado.

Atualmente, a fase 5 do Conama

O motor mecânico que atende às normas Euro III

• Investimento total no País – US$ 400 milhões (R$ 1,2 bilhão)

• Investimento anual em tecnologia – US$ 10 milhões (R$ 32 milhões)

• Motores produzidos no período de 1974/2004 – 430.000 unidades

• Participação de mercado nos segmentos (dados de 2004): Caminhões – 35%;

Construção – 45%; Colheitadeiras – 30%; Geração de energia – 30%

• Total de exportações no período 1974/2003 – US$ 2 bilhões (R$ 6 bilhões)

• Número de funcionários (2004) – 950 pessoas

• Número de funcionários terceirizados (2004) – 369 pessoas

• Rede de distribuidores – 35 (incluindo toda a América Latina)

Principais indicadores da Cummins no Brasil

mento de transporte de cargas do mer-

cado brasileiro. Em 1992, equipou os

Ford Cargo 1215 e 1415. “Foram dois

importantes saltos que alavancaram o

aumento da nossa presença no Brasil”,

explica Chuahy.

AMÉRICA LATINA

Em 1996, ocorreu outra grande

reestruturação na organização, com a

criação da Cummins Latin America, que

consolidou as ações do grupo em todos

os 22 países da região. “Isso propor-

cionou significativo crescimento, em ra-

zão da sinergia existente entre o que

feito aqui e nos outrospaíses da região”,

comenta Ricardo Chuahy. Atualmente,

são comercializados no Brasil dezenas

vale para micro-ônibus que circulam em

áreas urbanas. Em 2005, será amplia-

da para todos os ônibus urbanos e, a

partir de 2006, atinge todos os veícu-

los diesel. A intenção da Cummins é

tornar os produtos dos OEMs mais com-

petitivos, mantendo a mesma confia-

bilidade e desempenho de qualquer ou-

tro motor da marca.

A expectativa da companhia é pro-

duzir no próximo ano cerca de 10 mil

unidades do novo motor, apenas para o

mercado interno. Naturalmente, ela tra-

balha com a perspectiva de que o pro-

duto atria a atenção também de usuá-

rios de outros países.

de modelos de motores provenientes das

22 fábricas Cummins existentes no mun-

do. O crescimento no mercado incluiu a

consolidação da rede de distribuidores,

formada por 34 unidades instaladas na

América Latina.

Paralelamente à consolidação da

presença no mercado automotivo, a

Cummins ampliou sua atuação para a

área de componentes. Em 1987, im-

plantou no país a Diesel ReCon, espe-

cializada na remanufatura de componen-

tes; em 1989, colocou em operação a

Holset, dedicada à produção de

turbocompressores e, em 1993, entrou

em operação a Fleetguard-Nelson, vol-

tada à produção de sistemas de

filtragem.

Em 2000, a Cummins se lançou em

outro empreendimento: uma unidade

para produzir grupos geradores de ener-

gia elétrica. A operação comercial já

existia há muitos anos com equipamen-

tos importados, mas a direção enten-

deu que o mercado brasileiro e latino-

americano já justificava a implantação

de uma planta local.

A empresa se mostra competitiva

também nos demais segmentos. Atual-

mente, detém 30% do mercado de

motores para colheitadeiras, 45% no

segmento construção e 30% na gera-

ção de energia. A receita foi de R$ 1

bilhão em 2003. Para 2004, a pers-

pectiva é de um faturamento bruto da

ordem de R$ 1,4 bilhão.

Fo

tos:

Div

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ação

A N Ú N C I O

50 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

mpresaE

Reunidas Paulista oferece

conforto em dois andares

Em 2004, a Empresas Reunidas Paulista, de Araçatuba (SP), teve muita

notícia boa para dar ao mercado. Uma delas, a recente compra de 15

ônibus Double-Decker da Scania, encarroçados pela Marcopolo.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 51

No ano que está terminando, tanto

a Reunidas Paulista como seus

passageiros tiveram muitos motivos

para comemorar. A empresa comple-

tou 55 anos de existência, inaugurou

novo e moderno Centro Administrativo,

recebeu a certificação ISO 9001:2000

conferida pelo Registro Italiano Navale

(RINO) e, para completar, comprou 15

ônibus Double-Decker Scania-Marco-

polo. Foi a maior aquisição já realizada

no Brasil envolvendo veículos de dois

andares em um único lote.

Os chassis Scania K 124 IB 8x2

receberam carroçaria Marcopolo

Paradiso 1800 DD Geração 6, ganhan-

do da Reunidas a denominação comer-

cial de “Big Star”. Estão equipados com

motor eletrônico de 420 cv. A transa-

ção foi de aproximadamente R$ 9 mi-

lhões e elevou para 18 o número de

veículos com quatro eixos da compa-

nhia. Com suspensão a ar, os ônibus

contam com Confort Shift, Freio

Retarder, Controle Eletrônico da Sus-

pensão e Sistema de Freios ABS.

Nos dois salões de passageiros, os

“Big Star” da Reunidas Paulista dis-

põem de cinco monitores de TV, siste-

ma de som e vídeo (entrada para CD e

DVD) e pontos individuais para fone de

ouvido. As poltronas têm amplo grau

de inclinação, além de apoio para as

pernas. O sistema de ar-condicionado

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 51

O salão superior de passageiros do “Big Star”.

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tos:

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ação

52 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

mpresaE

A frota de Double-Deckers da

Reunidas Paulista chega a 18 unidades.

é do tipo ecológico. “Antes de comprar

os novos ônibus, pensamos em cada

detalhe para proporcionar aos nossos

clientes uma viagem ideal”, explica

Aurivânia Constantino, presidente da

empresa. Ela acentua que investir para

proporcionar conforto e segurança aos

passageiros é uma diretriz permanente

dentro Reunidas Paulista.

TECNOLOGIA

Os novos veículos vão operar no eixo

Três Lagoas (MS) – São Paulo (SP),

atendendo as cidades paulistas de

Andradina, Ilha Solteira, Pereira Barreto,

Araçatuba, Birigui, Penápolis, Promis-

são, Lins, Pirajuí e Bauru. Também

estarão nas rotas Araçatuba–Rio de

Janeiro, São José do Rio Preto (SP)–

Rio de Janeiro (RJ) e Andradina/

Araçatuba–Campinas.

Comentando o negócio, Wilson Pe-

reira, gerente executivo de Vendas de

Ônibus da Scania observou que esta foi

a maior venda do modelo top de linha

da Scania no País. Ele garante que a

alta tecnologia oferecida pelos veículos

da montadora vai agregar segurança,

conforto e desempenho à frota da Reu-

nidas, cliente da marca há 40 anos.

Fundada em 1949, no fim da déca-

da de 70 a Reunidas Paulista foi com-

prada por Constantino Oliveira, proprie-

tário do Grupo Áurea. Em 1980, para

localizar a empresa em um ponto estra-

tégico, sua sede foi transferida para

Araçatuba (SP), onde está hoje. Atual-

mente, a empresa dispõe de uma frota

de 270 veículos. A área atendida por

ela abrange cidades dos estados do Rio

de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do

Sul, Tocantins e Goiás.

Sob o comando da empresária Auri-

vânia Constantino, a Reunidas Paulista

investeconstantemente não só em con-

forto como em segurança. Todos os seus

veículos possuem computador de bor-

do, que monitora o comportamento dos

condutores e do próprio veículo. Adesi-

vos fosforescentes auxiliam na visua-

lização dos carros à noite.

PROGRAMA PAZ

Para incentivar os motoristas a ze-

lar pela segurança dos passageiros, a

Reunidas mantém o Paz – Programa

Acidente Zero. O programa, que é per-

manente, tem resultado em redução

cada vez maior das ocorrências de aci-

dentes. Os motoristas que permanecem

por mais tempo sem acidentes são

contemplados com prêmios e presen-

tes como cheque-compra no valor de

R$ 1.500,00, eletrodomésticos e apa-

relhos de som.

Na verdade, o Paz é a conseqüên-

cia lógica da política de segurança ado-

tada há anos pela companhia, que sem-

pre deu grande ênfase à preparação

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 53

A Reunidas Paulista é presidida por Aurivânia Constantino, filha de Constantino de

Oliveira, proprietário do Grupo Áurea, e de Áurea Caixeta de Oliveira. Aos 46 anos, casada,

mãe de dois filhos, ela vem desenvolvendo inúmeras ações para tornar os serviços da

empresa cada vez melhores e mais seguros, tanto para os motoristas como para os

passageiros. Estes, por exemplo, podem comprar suas passagens com maior facilidade,

inclusive pela internet.

Os cerca de 400 motoristas da companhia contam com acompanhamento médico e

nutricional. Freqüentemente, participam de seminários e cursos sobre segurança e atendi-

mento aos clientes. Aurivânia também implantou o Programa Acidente Zero, com prêmios

para os motoristas conforme o tempo de direção que acumularem sem acidentes.

Uma das preocupações da presidente da Reunidas Paulista é buscar sempre a máxima

adequação logística dos seus equipamentos e veículos, tendo em vista alcançar níveis

sempre mais elevados de eficiência.

Melhores serviços e maior segurança são objetivos permanentes

Aurivânia Constantino

Na parte da frente do salão superior, o passageiro tem visão panorâmica frontal e lateral.

técnica e psicológica dos seus profis-

sionais. Além de buscar no mercado

os mais qualificados, a empresa perio-

dicamente ministra cursos e treinamen-

tos de direção defensiva, primeiros so-

corros, atendimento ao cliente, direção

econômica e mecânica. Os monitores

procuram sempre inovar as meto-

dologias, de modo a tornar o processo

de capacitação mais atraente. Recen-

temente, por exemplo, a Reunidas pro-

moveu apresentações do grupo de tea-

tro Abracadabra, de São Paulo, nas quais

as situações cotidianas dos motoristas

ao volante eram tratadas de maneira

bem-humorada e versátil. “Chegamos

à conclusão de que a assimilação seria

bem maior com essa metodologia, já

que a diversão ajuda a produzir uma

atmosfera confortável e criativa. Assim,

a comunicação circula livremente e os

funcionários sentem-se cheios de ener-

gia e prazer para alcançar a excelên-

cia”, salienta Rosana Fava Marinho,

gerente de Recursos humanos. A peça

apresentada era uma forma de orientar

os motoristas sobre qual postura ado-

tar no atendimento ao cliente e nas ro-

dovias, inclusive diante de situações

adversas.

Na sua política de segurança, a

Reunidas também não prescinde da

cooperação e participação dos usuári-

os. Além dos canais de comunicação

normais, como internet, cartas e recla-

mações feitas pessoalmente, ela infor-

ma, na parte traseira de todos os car-

ros, o telefone da central de atendimen-

to gratuito: 0800 709 90 20.

CENTRO

A empresa também passou a funci-

onar no seu novo Centro Administrati-

vo, inaugurado em abril. Ele permite

concentrar as ações da empresa em

um único estabelecimento, agilizando

as ações operacionais e administrati-

vas. O centro tem um projeto avançado

que permite alterações no interior do

prédio conforme as necessidades

tecnológicas e estruturais internas.

Com área construída de 1,4 mil

metros quadrados, o edifício é compos-

to por dois pisos, auditório com capa-

cidade para 48 pessoas, amplas insta-

lações e equipamentos de última gera-

ção. Por exemplo, a infra-estrutura

tecnológica implantada assegura mai-

or velocidade no acesso à internet e

facilita a integração e controle dos pon-

tos de vendas. Um moderno projeto

paisagístico resultou em belos jardins

de inverno e alta captação da lumino-

sidade externa.

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tos:

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ação

54 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

xposiçãoE

O maior e mais tradicional salão de

veículos comerciais do mundo – o

IAA –, realizado em Hannover, Alema-

nha, não se limita a mostrar os avan-

ços tecnológicos mais significativos e

os lançamentos mais recentes da in-

dústria automobilística mundial. Na re-

cente 60ª edição do IAA, por exemplo,

um amplo espaço foi reservado exclu-

sivamente para a mostra de ônibus an-

tigos, que se tornou uma das áreas mais

visitadas. Passadas muitas décadas, as

linhas das carroçarias de muitos dos

exemplares continuam atraentes, mos-

trando o quanto seus designers esta-

vam à frente do seu tempo.

Em Hannover, o cultoaos velhos tempos

No país onde surgiu o ônibus, os cultores desse meio de transporte se preocupam com a

preservação dos exemplares mais representativos de sua trajetória de mais de um século.

Saurer L 4 CT ano 1954

Adorf (turismo) ano 1955

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004 55

Setra S 6 ano 1958

Steyr 380 Cabrio, ano 1949 Mercedes-Benz O 302 ano 1972

Neoplan ano 1965 Magirus Deutz

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56 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

mpresaE

Motor MWM Sprint eletrônico,agora no mercado interno

Exportado para a Alemanha desde 2001, o motor tem sua primeira aplicação brasileira na Agrale

AMWM começou a produzir o

motor eletrônico MWM Sprint 4.07

TCE voltado a clientes do Mercosul. Com

4 cilindros e 2,8 litros, tem faixa de

potência de 140 cv a 160 cv a 3.500

rpm e torque máximo de 375 Nm. É

indicado para equipar picapes, utilitá-

rios esportivos, vans, mini e micro-

ônibus e caminhões leves. Atende às

normas da fase V do Proconve.

“Com a evolução da legislação bra-

sileira, nossos motores eletrônicos,

bastante conhecidos na Europa, passam

a ser utilizados também aqui no Bra-

sil”, informa José Eduardo Luzzi, dire-

tor Executivo de Vendas e Marketing

da MWM. Para 2005, a empresa prevê

produzir cerca de 25 mil unidades do

Sprint 4.07 TCE.

O motor apresenta diversos diferen-

ciais de mercado, como sistema de in-

jeção Common Rail, cabeçote tipo Cross

Flow, eixo de comando de válvulas no

cabeçote movido por engrenagem, du-

pla válvula termostática e turbo

aftercooler.

NOVIDADE

A grande novidade é a Unidade de

Controle Eletrônica – EDC16 –, respon-

sável pela proteção do motor e sua

integração com o veículo. Ela possibili-

ta a adoção de tecnologia mais moder-

na com maior capacidade de proces-

samento, e já preparada para futuros

limites de níveis de emissões.

Toda a rede de serviços da MWM e

de seus clientes foi adequada para aten-

der o novo motor eletrônico. Treinamen-

tos com foco em eletrônica básica e

motores eletrônicos vêm sendo realiza-

dos, utilizando-se apresentações com-

pletas e uma bancada de simulação de

falhas, equipada com um motor eletrô-

nico. Com isso, os mecânicos saem

do curso com a certeza de que a eletrô-

nica vai ajudá-los na manutenção dos

novos propulsores diesel.

MWM DIAGNOSE

Além disso, a MWM equipou toda a

sua rede com o MWM Diagnose, dispo-

sitivo de diagnóstico dos motores ele-

trônicos da marca, que opera tanto em

palm top como em computador. A fer-

ramenta permite verificações e o repa-

ro eficaz de possíveis anormalidades.

A Agrale é a primeira montadora no

País a utilizar o motor MWM Sprint 4.07

TCE, aplicado nos veículos da família

Furgovan e nos chassis dos mini e

microônibus. A montadora já usa nes-

ses veículos o motor MWM na versão

mecânica, o Sprint 4.07 TCA. Também

a linha de chassis para microônibus da

Agrale passará a ser equipada com um

motor MWM, o Acteon 4.12 TCE.

Em relação ao motor exportado para

a Alemanha, e para utilização nesta apli-

cação inicial, a MWM teve de realizar

alguns ajustes técnicos em componen-

tes como bomba de alta pressão,

sensores e eletroinjetores para a insta-

lação do sistema de Common Rail.

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ação

58 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

piniãoO

58 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2004

Uma questão

Em muito boa hora vem a Polícia

Rodoviária Federal realizar semi-

nários para debater a grave questão da

segurança nas viagens rodoviárias inte-

restaduais realizadas por ônibus.

Há muito tempo as empresas rodo-

viárias que operam linhas de média e

longa distância, principalmente as que

ligam o Nordeste ao Sudeste e as que

operam no Centro- Oeste brasileiro, vêm

enfrentando problemas de assaltos. Ou-

tras rotas também têm sido vítimas

desse crime.

Em 2003, foram registradas cerca

de 400 ocorrências, com 16 vítimas

fatais e 80 feridos, envolvendo cerca

de 12.000 passageiros, ou seja, o to-

tal das pessoas que ocupavam os ôni-

bus no momento do delito. O número

total de viagens realizadas no mesmo

período foi de 4,5 milhões.

Além do constrangimento moral e

físico, dos danos à imagem do serviço

prestado pelas empresas e da fuga dos

usuários em determinadas linhas, as

permissionárias do transporte ainda

estão tendo que arcar com elevados cus-

tos indenizatórios por fatos que não são

da sua responsabilidade, já que a segu-

rança pública é dever do Estado.

Os assaltos a ônibus são crimes

de alta dinamicidade e de grande capa-

cidade migratória. A competência para

reprimi-los, hoje, está bastante pulveri-

zada, dadas as indefinições nos diver-

sos textos legais. As dúvidas quanto à

de segurança

Letícia Sampaio Pineschi

Diretora Jurídica da Viação Sampaio Ltda.

e Diretora da ABRATI

Os assaltos a

ônibus são crimes

de alta

dinamicidade e de

grande capacidade

migratória. A

competência para

reprimi-los, hoje,

está bastante

pulverizada, dadas

as indefinições nos

diversos textos

legais.

competência geram baixos níveis de

repressão.

Impressionaram a todos os que par-

ticiparam dos seminários promovidos

pela PRF os números apresentados pe-

los expositores: 40% dos casos envol-

viam criminosos não motorizados, ou

seja, que estavam a pé. Por que isso?

Por causa da situação das estradas.

Como tem mostrado a pesquisa anual

feita pela CNT, elas estão em péssimo

estado.

Existem trechos em que os ônibus

são obrigados a manter velocidades de

menos de 5 km/h.

A ABRATI apresentou vários dados

aos participantes dos seminários,

enfatizando que os desafios per-

manentes a serem adotados pela PRF

e pela ANTT são o combate aos clan-

destinos, hoje muito ligados a diversas

modalidades de crimes, a intensifica-

ção da fiscalização e maior segurança

nas rodovias, com a presença ostensi-

va de policiais equipados para exercer

o combate ao crime.

Acredito firmemente que um setor

que emprega mais de 70 mil pessoas,

que sofre uma carga tributária que che-

ga a 36% do seu faturamento bruto e

que é responsável por 95% do fluxo

interestadual de pessoas que viajam no

Brasil, merece atenção maior por parte

dos Governos Federal e estaduais na

condução de uma política de combate

aos assaltos nas rodovias federais.

Ed

i P

ere

ira/H

oru

s

A N Ú N C I O

ANÚNCIO