revista mundo fiat 111
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Colaboração: chefe de reportagem e editora-executivaTRANSCRIPT
Conheça o Novo Palio: maior, melhor e mais bonito • Fiat 500: uma obra-prima italiana • Case IH lança colhedora Axial-Flow 2566 • Iveco fornecerá escolar para programa Caminho da Escola • Expedição Fiat Palio Elétrico • Magneti Marelli cria a Semana de Boas Ideias e Sugestões • Isvor desenvolve programa
de inovação • Fundação Torino é premiada por ensino inovador • Árvore da Vida lança pedra fundamental da futura sede • Equipe Fiat/Minas conquista o Troféu José Finkel de natação • Momento
Itália-Brasil é lançado em Minas Gerais • Um passeio gastronômico em Ushuaia, Argentina
REVISTA DO GRUPO FIAT DO BRASILNúMERO 111 - OUT/NOV 2011
Concerto de Andrea Bocelli celebra
FIAT 35 ANOS
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NOVO FIAT PALIO.
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P a r a b é n s !
Tecnologia de Vanguarda.
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por Cledorvino Belini*
As grandes transformações que colocaram o Brasil em novos rumos foram fruto da capacidade de articulação e mobilização dos vários setores sociais. Foi assim com a democratização e com a es-tabilização da economia, que constituem hoje valores destacados que a sociedade está disposta
a defender. E para que o País dê o salto em direção à plena realização de seu potencial, é preciso que o tema da competitividade seja colocado no centro das atenções e na prioridade das decisões.
Há um paradoxo a ser superado. A economia brasileira vive um ciclo de expansão, mas o cres-cimento não se tem traduzido em ganhos sistêmicos de produtividade e competitividade. Sem tais avanços da eficiência, a indústria brasileira terá dificuldades para competir no mercado global e estará demasiadamente exposta aos efeitos das oscilações internacionais das moedas fortes.
Muitos passos importantes já foram dados. As empresas brasileiras estão investindo estrategica-mente em instalações, tecnologia e equipamentos, mas deparam-se com deficiências estruturais que precisam ser superadas. O custo do capital ao longo da cadeia produtiva é elevado, a política tribu-tária pode ser racionalizada, gargalos logísticos e de infraestrutura devem ser eliminados. Mas não podemos perder de vista jamais que a produtividade e a competitividade são obra humana, isto é, dependem de mão de obra educada, preparada e treinada para operar todos os níveis da produção e, principalmente, do desenvolvimento de novos projetos, novas tecnologias e processos. O Brasil tem o capital humano necessário ao seu crescimento sustentável, constituído por 20 milhões de jovens na fase crucial de seu processo de educação e capacitação. Nosso desafio transformador é permitir a esta geração que se prepare para superar seus próprios limites, qualificando toda a sociedade e expandindo a capacidade de desenvolvimento no País.
Muitas ações consistentes têm sido articuladas entre governo e setor produtivo, a fim de con-solidar claramente os contornos de uma nova política industrial para o País, que crie as condições para o avanço tecnológico e competitivo da indústria nacional. Há linhas já claramente delinea-das para esta política, como o foco em cadeias produtivas, estímulo ao conteúdo local, fomento à Pesquisa&Desenvolvimento, através de um conjunto de ações que extrapolam a visão imediatista para sinalizar uma definição de Estado para um modelo de desenvolvimento de preservação e fo-mento da produção industrial, da tecnologia e da inovação, com o País aberto a investimentos de todos aqueles interessados em explorar o formidável potencial do mercado brasileiro.
São questões que demandam um debate profundo, para a construção de convergências entre go-verno e os diversos setores da sociedade quanto ao modelo produtivo que pretendemos consolidar. O certo é que o Brasil tem uma base econômica promissora, com amplo espaço a conquistar no cenário global, como mostra o vigor do comércio exterior. No entanto, o próprio perfil de nossas exportações ressalta o calibre de nossos desafios: mais de 56% do valor das exportações brasileiras nos nove primeiros meses deste ano foram obtidos com produtos básicos, de baixo valor agregado, enquanto os manufaturados representaram apenas 37%, uma proporção incompatível com a complexidade e diversidade da indústria brasileira.
Trabalhemos pela transformação necessária para o nosso desenvolvimento sustentável!
*Presidente da Fiat-Chrysler para a América Latina
A transformação necessária
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EXPEDIENTE Mundo Fiat é uma publicação da
Fiat do Brasil S/A, destinada aos stakeholders das empresas do grupo no Brasil.
www.eticagrupofiat.com.br
FIAT DO BRASIL S/APresidente: Cledorvino Belini
MONTADORASFIAT AUTOMÓVEIS
Presidente: Cledorvino BeliniCASE NEW HOLLAND
Presidente: Valentino RizzioliIVECO LATIN AMERICAPresidente: Marco Mazzu
COMPONENTESFPT – POWERTRAIN TECHNOLOGIES
Superintendente: Enrico VassalloMAGNETI MARELLI
Presidente: Virgilio CeruttiTEKSID DO BRASIL
CEO Nafta e Mercosul: Rogério Silva Jr.
SISTEMAS DE PRODUÇÃOCOMAU
Superintendente: Gerardo Bovone
SERVIÇOS FINANCEIROSBANCO FIDIS
Superintendente: Gunnar MurilloBANCO CNH CAPITAL
Superintendente: Derci AlcântaraFIAT FINANÇAS
Superintendente: Gilson de Oliveira Carvalho
SERVIÇOS FIAT SERVICES
Superintendente: José Paulo Palumbo da SilvaFIAT REVI
Superintendente: Marco PierroFIDES CORRETAGENS DE SEGUROS
Superintendente: Marcio JannuzziFAST BUYER
Superintendente: Valmir EliasISVOR
Superintendente: Márcia Naves
ASSISTÊNCIA SOCIAL FUNDAÇÃO FIAT
Diretor-Presidente: Adauto Duarte
CULTURACASA FIAT DE CULTURA
Presidente: José Eduardo de Lima Pereira
EDUCAÇÃOFUNDAÇÃO TORINO
Presidente: Raffaele Peano
COMITÊ DE COMUNICAÇÃOAlexandre Campolina Santos (Fiat Services ), Ana Vilela (Casa Fiat de Cultura), Pollyane Bastos (Teksid), Cristielle Pádua (Fun-dação Torino), Luiz Arthur Peres (FPT – Powertrain Technologies), Elena Moreira (Fundação Fiat), Fabíola Sanchez (Magneti Ma-relli), Fernanda Palhares (Isvor), Jorge Görgen (CNH), Marco An-tônio Lage (Fiat Automóveis), Marco Piquini (Iveco), Milton Rego (CNH), Othon Maia (Fiat Automóveis), Renata Ramos (Comau) e Roberto Baraldi (Fiat do Brasil).
Jornalista Responsável: Marco Antônio Lage (Diretor de Comu-nicação da Fiat). MTb: 4.247/MGGestão Editorial: Margem 3 Comunicação Estratégica. Editora-Executiva e Chefe de reportagem: Juliana Garcia. Colaboraram nesta edição: Carla Medeiros, Daniela Venân-cio, Frederico Machado, Frederico Tonucci, Jô Almeida, Joel Leite, Lilian Lobato, Pasquale Cipro Neto, Rúbia Piancastelli. Projeto Gráfico e Diagramação: Sandra Fujii. Produção Gráfica: Ilma Costa. Impressão: EGL - Editores Gráficos Ltda. Tiragem: 19.500 exemplares. Redação: Rua Oriente, 445 – Serra – CEP 30220-270 – Belo Horizonte – MG – Tel.: (31) 3261-7517.Fale conosco: [email protected] Para anunciar: José Maria Neves (31) 3297-8194 –
(31) 9993-0066 – [email protected]
A História se escreve todos os dias, mas constitui seus marcos em eventos especiais que se transformam em referência para as pessoas, para as empresas, para os
que virão depois. A Fiat está vivendo um destes momentos históricos marcantes, em que passado e futuro se encontram, engendrando o novo.
A Fiat completa 35 anos de sua instalação no Brasil, mais especificamente em Betim, Minas Gerais, e começa a comemo-rar a data com um grande e inesquecível presente à comuni-dade – um concerto aberto do tenor italiano mais popular da atualidade, Andrea Bocelli. Foi uma homenagem à cidade e à comunidade, na forma de uma manifestação artística de alta qualidade, aberta à população em um dos marcos históricos e geográficos de Belo Horizonte, a cidade-síntese de Minas Gerais.
Simbolicamente, somaram-se neste momento cultural a italianidade e a brasilidade, traços dominantes da Fiat, uma empresa com DNA italiano e jeito brasileiro, que ajudou a escrever a história econômica de Minas Gerais nas últimas décadas. Foi o encontro da técnica com a arte, da Itália com o Brasil, do povo com sua praça, da tradição com o futuro. Foi também uma das primeiras manifestações do Momento Itália-Brasil em Minas Gerais. O MIB consiste em uma série de atividades em homenagem aos laços culturais estabelecidos entre Itália e Brasil e tem entre seus destaques a exposição Roma – A Vida e os Imperadores, um sucesso de público que está na Casa Fiat de Cultura até 18 de dezembro.
O momento luminoso da Fiat também é marcado pelo lan-çamento do novo Palio, que, ao mesmo tempo encerra e inau-gura ciclos virtuosos. No mercado desde 1996, quando foi lançado com pompa e circunstância em Belo Horizonte, o Pa-lio fez história e superou a marca de 2,5 milhões de unidades vendidas no país. Seu bom desempenho de vendas foi decisi-vo para a Fiat conquistar a liderança de mercado, que é man-tida há uma década. Quinze anos depois de seu lançamento, a nova geração do Palio é apresentada ao público brasileiro em Belo Horizonte, com ímpeto de surpreender, encantar e despertar paixões. O carro está totalmente novo. Está maior, melhor e mais bonito e com um preço altamente competitivo.
Esta feliz conjunção de acontecimentos evoca a evolução e a paixão que movem a Fiat.
Boa leitura!
* Diretor de Comunicação Corporativa do Grupo Fiat
Momentos históricospor MArCo AnTônio lAge*
10 Lançamento Novo FiAt pALio: MAior, MeLhor e MAiS BoNito Desenvolvimento do novo automóvel harmoniza mais espaço interno, novas funcionalidades, conforto e segurança, valorizando estilo e tecnologia
22 Fiat 500 Ao SoM De CArUSo, A BorDo Do CiNqUeCeNto A Fiat apresentou nos estados Unidos a nova safra do Cinquecento, que marca o retorno da empresa ao mercado norte-americano e que também será destinado ao Brasil. o professor pasquale Cipro Neto testou o novo modelo e, com forte emoção ítalobrasileira, descreve suas impressões
28 Negócios ACeLerANDo oS MotoreS A Fpt – powertrain technologies passa a operar com duas estruturas independentes e distintas, ganhando flexibilidade e sinergia
32 Negócios o Novo CityCLASS eSCoLAr DA iveCo Nova versão do iveco CityClass escolar se enquadra no programa Caminho da escola, que atende prioritariamente a área rural onde as estradas são de difícil acesso
38 expedição Fiat DeSBrAvADoreS DAS AMériCAS em uma expedição inédita Zero emission, quatro aventureiros cruzam de norte a sul o continente americano, passando por 14 países em um Fiat palio Weekend elétrico
44 Desenvolvimento progrAMA DA viNCi oFereCe NovoS CAMiNhoS pArA iNovAção programa desenvolvido pelo iSvor usa a metodologia do Design thinking para contribuir com a capacitação profissional e colabora no desenvolvimento de competências
48 educação AtiviDADe DiNâMiCA e eNSiNo iNovADor Adepta à tecnologia, a Fundação torino inova seus métodos de ensino com atividades dinâmicas e virtuais, como a rádio história
52 Sustentabilidade MAiS UM pASSo à FreNte pedra fundamental da futura sede do programa Árvore da vida é lançada em evento que reflete o amadurecimento da relação entre a Fiat e a comunidade
58 Sustentabilidade eSporte e eDUCAção: UM Direito De toDoS projeto esporte para todos incentiva a atividade física e contribui para melhoria do rendimento escolar
60 esporte hegeMoNiA NACioNAL NAS piSCiNAS equipe Fiat/Minas conquista o troféu José Finkel de natação, disputado nas piscinas do Minas tênis Clube e dá sinais que parceria renderá bons frutos até as olimpíadas de 2016
64 Cultura MoMeNto itÁLiA-BrASiL, prepAre-Se pArA viver UMA pAixão o MiB é uma viagem de aproximação e reconhecimento de dois povos, unidos por amizade secular e admiração recíproca, celebram essa relação intensa de troca e cooperação
66 Capa ANDreA BoCeLLi FAZ ShoW eMoCioNANte pArA 81 MiL peSSoAS Concerto na praça da estação, em Belo horizonte, comemora os 35 anos da Fiat no Brasil e integra o Momento itália/Brasil
70 Cultura UMA viAgeM A roMA visitantes da exposição “roma - A vida e os imperadores”, em cartaz na Casa Fiat de Cultura até 18 de dezembro, fazem uma viagem no tempo e interagem com uma das maiores civilizações que o mundo já conheceu
74 gastronomia A gAStroNoMiA De UShUAiA o passeio gastronômico inclui o cordeiro temperado desde o nascimento, a merluza negra e a centolla gigante. tudo isso sem citar a bela paisagem...
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A história do Fiat Palio todo mundo já conhece. No merca-do desde 1996, o bem-sucedido
hatchback da Fiat Automóveis marcou gerações com mais de 2,5 milhões de
Novo Fiat palioMaior, melhor e mais bonitoDesenvolvimento do novo automóvel harmoniza mais espaço interno, novas funcionalidades, conforto e segurança, valorizando estilo e tecnologia
por JuliAnA gArCiA
unidades vendidas no país. Essa his-tória de ousadia e inovação ganha agora mais um capítulo: o Fiat Palio está totalmente novo. Está maior, me-lhor e mais bonito.
Fabricado em Betim, Minas Ge-rais, o novo Fiat Palio chega ao mer-cado com todos os atributos necessá-rios para continuar essa história de sucesso. O veículo é uma evolução natural de seu antecessor: aprimora-do, completo, imponente e em total sintonia com o que o consumidor de-seja. No total, o novo modelo chega ao mercado com seis versões para contemplar os mais variados gostos, necessidades e orçamentos. São elas: Attractive 1.0, Attractive 1.4, Essen-ce 1.6 16V, Essence1.6 16V Dualo-gic, Sporting 1.6 16V e Sporting 1.6 16VDualogic.
O hatchback chega ainda com mais uma novidade: o dono do novo Fiat Palio pode escolher entre vários itens para personalizar seu carro, que pode ser direto da fábrica ou nas concessionárias da marca. São várias linhas de adesivos, badges e revesti-mentos internos para o consumidor escolher.
o PAlio CreSCeu, evoluiuPara formular o conceito do novo
modelo e chegar às suas surpreen-dentes formas, os designers do Centro Estilo Fiat da Itália e do Brasil não tentaram adivinhar o que o consumi-dor queria. Eles foram às ruas ouvir os consumidores, para depois traba-lharem na criação do novo modelo. O resultado das pesquisas influenciou todo o processo de desenvolvimento do novo Palio, desde a concepção bá-sica até as clínicas de produto com os modelos em tamanho real. “Nosso de-safio era captar todas as necessidades de nossos consumidores e construir um carro dinâmico, bonito, seguro e que supra essas necessidades”, afirma Peter Fassbender, gerente do Centro Estilo Fiat para América Latina.
Externamente tudo é diferente. O novo Fiat Palio tem o DNA do design italiano que alia a funcionalidade com belas linhas. Sua linha de cintura ele-vada e inclinada define a vocação do
Interna e externamente é tudo diferente: faróis traseiros altos e excelente acabamento interno com mais conforto e tecnologia
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Solidez, confiabilidadee competitividade, cuidando da vida e garantindo
a satisfação dos clientes
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modelo ao revelar esportividade, o para-brisa bem inclinado denota di-namismo, enquanto as curvas suaves compõem um perfil entre um hatchba-ck e um monovolume, com moderni-dade e sofisticação.
Rogério Villaça, gerente de Produ-to e Desenvolvimento Fiat, explica que o esforço para ouvir os consumidores tinha como objetivo entender como seria possível criar diferenciação emo-cional com autenticidade em um seg-mento em que as decisões de compra são extremamente racionais. As pes-quisas mostraram que o consumidor quer um carro seguro, funcional e sociável. “Percebemos que os consu-midores clamam por mais espaço in-terno, eles desejam um carro versátil para toda a família”, diz Villaça.
A evolução, além de transformar a aparência do novo Palio, o tornou maior no comprimento, largura, altu-ra e entre-eixos. Um ganho para to-dos os ocupantes, que passam a con-tar com mais espaço interno e ainda
mais conforto. Cláudio Demaria, dire-tor de Engenharia de Produto da Fiat na América Latina, detalha: o Palio cresceu 31mm na largura, 60mm na altura, 28mm no comprimento e 47,3 mm no entre-eixos. “Mesmo sendo um carro compacto, essas dimensões maiores realmente contribuem para um aumento do conforto dos ocupan-tes e um aproveitamento ainda mais inteligente do espaço interno”, afirma Demaria.
O design é absolutamente con-temporâneo e totalmente afinado com as tendências mundiais, ao mesmo tempo em que remete à identidade da marca Fiat, e se completa com a fun-cionalidade, a praticidade e o acaba-mento apurado.
Internamente, o novo Fiat Palio também vem cheio de surpresas. Es-paço interno amplo, sobretudo para um automóvel do segmento, excelente acabamento e muitos detalhes de con-forto e tecnologia. Atenção especial foi dada à harmonização de todos os
Ganho paratodos osocupantes:mais espaçointerno emais conforto
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TO elementos – painel, volante, rádio, alto-falantes e tecidos – de forma a criar um ambiente acolhedor, refinado e sempre funcional.
O conforto interno se completa com o trabalho feito pela engenharia da Fiat no sistema de climatização. O excelente resultado posicionou o novo Fiat Palio como a melhor refe-rência do mercado entre os sistemas manuais.
Todas as superfícies funcionais do carro são revestidas por painéis,
conferindo ao habitáculo um aspecto muito bem acabado e agradável ao to-que. E os porta-objetos, que ampliam a praticidade e organização, estão em todos os lugares.
do ConCeiTo Ao AuToMóvelEm termos de qualidade, confiabi-
lidade, resistência e robustez, nenhum esforço foi poupado para oferecer o melhor ao cliente Fiat: o processo de desenvolvimento do carro envolveu centenas de profissionais e milhares
de horas de dedicação. Cláudio Dema-ria revela que o desenvolvimento con-sumiu 824 mil horas dos engenheiros da montadora. Os 526 protótipos, veículos de prova e pré-série foram submetidos a 61.434 provas virtuais, 61.583 provas físicas e rodaram mais de 1,7 milhão de quilômetros até que se atingisse o resultado final que che-ga às ruas agora.
Todo este trabalho resultou em soluções inovadoras em ergonomia, para oferecer mais conforto aos pas-sageiros, mais estabilidade proporcio-nada por novas suspensões e elemen-tos de segurança ativa e passiva. “A estrutura do novo carro foi projetada para atender as melhores exigências de segurança no mercado mundial”, afirma Demaria.
Na carroceria, os materiais de alta resistência foram utilizados em larga escala, o que resultou no aumento da rigidez, redução do peso e melhor performance em segurança. Ainda foi reforçada a segurança das portas contra colisões laterais e arromba-mentos com a utilização de materiais ultrarresistentes e também com as novas barras de proteção lateral em perfil ômega.
Todas essas intervenções no novo carro resultaram em excelente perfor-mance estrutural: redução no peso,
O Fiat Palio Sporting vem com uma variedade de detalhes estéticos que ressaltam a vocação esportiva da versão por dentro e por fora
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melhora no desempenho e aumen-to da segurança. E além de todos os aspectos que reforçam a segurança passiva, o novo Fiat Palio pode ser equipado ainda com quatro airbags, sendo dois frontais e dois laterais. Na segurança ativa, destaques para freios ABS com EBD.
A área de engenharia concentrou--se também em soluções de conforto acústico, para reduzir o nível de ru-ído e de vibrações mecânicas. Entre os principais elementos utilizados no novo carro encontram-se materiais mais leves e com melhor desempe-nho, além da suspensão motopro-pulsor com coxim hidráulico feito de uma borracha altamente elástica, que juntamente com um dispositivo hidráulico se obtém uma boa filtra-gem vibracional. Isso tudo resultou na diminuição da rigidez dinâmica, proporcionando maior isolamento de
vibrações e menores níveis de ruído.A soma de todos esses esforços
técnico e criativo é um modelo alta-mente competitivo, posicionado nos segmentos A e B do mercado, que atende a diversos perfis de públicos, com variados propósitos. Para o di-retor comercial da Fiat, Lélio Ramos, esta é a fatia mais estratégica do mercado, pois, juntos, os segmentos A e B representam mais da metade das vendas no país. “Com a expansão da classe média brasileira, o segmen-to AB ganha força e aumenta ainda mais sua participação no mercado”, afirma.
POWERTRAIN, FORçA E EFICIêNCIA O novo Fiat Palio estará disponí-
vel com três motorizações: Fire 1.0 EVO, Fire 1.4 EVO e 1.6 16V E.torQ Flex. Em qualquer uma delas, está
garantido um bom desempenho e economia de combustível.
O motor Fire 1.0 EVO é o mesmo que estreou no novo Fiat Uno. Ro-dando com gasolina, produz potên-cia máxima de 73 cavalos e torque máximo de 9,5 kgfm a 3.850 rpm.
Com etanol, a potência é de 75 cv e o torque máximo, de 9,9 kgfm a 3.850 rpm. Ele equipa a versão Attractive 1.0 do novo Palio.
O Fire 1.4 EVO já equipa outros modelos da marca, como o novo Fiat Uno e o Fiat 500. Usando unicamente
O volume do porta-malas pode ser ampliado de acordo com o posicionamento do banco traseiro
Os bancos envolventes
foram projetados para
serem mais ergonômicos e oferecerem
mais conforto
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O novo Palio chega ao mercado em seis versões, com três opções de motor, duas de cambio e três de acabamento. São elas:
Um Novo Fiat palio para cada gosto e cada bolso
ATTRACTIVE 1.0
ATTRACTIVE 1.4 ESSENCE ESSENCE
DUALOGIC SPORTING SPORTING DUALOGIC
Motor1.0 8v evo
Flex1.4 8v evo
Flex1.6 16v e.torq Flex
potência
73 cv / 6.250 rpm (gas.)
75 cv / 6.250 rpm (etanol)
85 cv / 5.750rpm
(gas.)88 cv / 5.750 rpm (etanol)
115 cv / 5.500 rpm (gas.)117 cv / 5.500 rpm (etanol)
torque
9,5kgfm/ 3.850 rpm
(gas.)9,9 kgfm / 3.850 rpm
(etanol)
12,4kgfm / 3.500 rpm
(gas.)12,5 kgfm / 3.500 rpm
(etanol)
16,2kgfm / 4.500 rpm (gas.)16,8 kgfm / 4.500 rpm (etanol)
Câmbio Mecânico Mecânico Mecânico Dualogic Mecânico Dualogic
Como já é tradição na Fiat, todas as versões saem de fábrica com gran-de variedade de equipamentos de con-forto e segurança. Em sua gama de conteúdos o novo Palio traz novida-des que o torna ainda mais completo, atrativo e funcional. Alguns exem-plos: para-brisa térmico (não presente em nenhum concorrente), airbags la-terais, pneus verdes, volante em couro com comandos de rádio, parafusos de roda antifurto e vários outros itens.
O cliente do novo Palio terá 14 co-res para escolher entre sólidas e me-tálicas. Nas versões Attractive e Es-sence, são quatro cores sólidas e oito metálicas, incluindo a nova cor Azul Cosmos. A versão Sporting conta com sete cores, duas exclusivas: Vermelho Modena e Amarelo Indianápolis, esco-lhidas especificamente para acentuar sua aura esportiva.
A versão de entrada do hatchback é o Attractive 1.0, que traz o motor Fire 1.0 EVO, ideal para quem deseja con-ciliar alto desempenho e economia de combustível. A versão Attractive 1.4
gasolina, sua potência máxima é de 85 cavalos e seu torque, de 12,4 kgfm a 3.500. Com etanol, sua potência é de 88 cv e seu torque, de 12,5 kgfm a 3.500 rpm. O motor Fire 1.4 EVO equi-pa a versão Attractive 1.4.
Produzida na fábrica da Fiat Po-wertrain, em Betim, Minas Gerais, a família de motores Fire EVO possui, como um dos pontos fortes, a redução de consumo e melhor aproveitamento energético, com menor emissão de po-luentes e ruído.
Para as versões Essence e Spor-ting foi adotado o motor 1.6 16V E.torQ Flex, já presente em diversos outros modelos da Fiat Automóveis e fabricado pela Fiat Powertrain em sua planta em Campo Largo, Paraná.
Este moderno motor se destaca pelo reduzido peso de suas partes móveis, alto desempenho com economia de combustível, níveis de emissões re-duzidos, baixos índices de ruídos e vibrações e alta confiabilidade. O 1.6 16V tem potência de 115 cv e torque máximo de 16,2 kgfm a 4.500 rpm rodando somente com gasolina. Fun-cionando com etanol, sua potência é de 117 cv e seu torque, de 16,8 kgfm a 4.500 rpm.
O motor E.torQ Flex pode ser aco-plado ao câmbio Dualogic®, que per-mite tanto a condução com câmbio automático quanto em manual, com trocas de marchas controladas se-quencialmente por meio de toques na alavanca do câmbio.
O novo Fiat Palio pode ser personalizado: são váriaslinhas de adesivos, badges e revestimentosinternos
Os porta-objetos, que ampliam a praticidade
e organização, estão em todos
os lugares
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Uma história de sucesso se constrói com boas parcerias. Parabéns, Fiat, pelos 35 anos de Brasil!
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incorpora, além do motor Fire 1.4 EVO, itens de série de conforto e estilo como faróis de neblina, alças de segurança traseiras, porta-objeto e porta-óculos.
Com motor 1.6 16V E.torQ, a ver-são Essence incorpora todos os equi-pamentos de série da versão Attractive 1.4, mais ar-condicionado, indicador de temperatura externa e detalhes cro-mados no interior. A versão Essence Dualogic é igual ao Essence mecânico, exceto pela adoção, de série, do câm-bio Dualogic® e Cruise Control.
O novo Palio Sporting, também com motor 1.6 16V E.torQ, vem com uma variedade de detalhes estéticos que ressaltam a vocação esportiva da versão. Internamente, por exemplo, a linha Sporting se distingue pela co-bertura esportiva dos pedais, cores esportivas nos cintos de segurança, soleira interna esportiva nas portas, entre outros. Além desses itens, essa versão traz todos os conteúdos de sé-rie presentes no Palio Essence. A ver-são Sporting Dualogic possui os mes-mos itens de série da versão Sporting mecânica, mais câmbio Dualogic® e Cruise Control e os mesmos opcionais da versão.
O atual Palio Fire, versão de entra-da do modelo, sucesso de vendas no Brasil há vários anos, continuará sen-do comercializado.
Fiat Palio Attractive, a versão de entrada do novo hatchback
Acima motorFire 1.0 EVO,que equipa aversão de entradaAttractive.Ao lado, motorE.TorQ 16V, presente nasversões Sportinge Essence
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A América de que fala a antológica letra da canção “Lacreme Na-pulitane” (“Lágrimas Napolita-
nas”), escrita não em italiano, mas no dialeto de Nápoles, é a terra de Tio Sam, ou seja, os Estados Unidos da América. Na Itália era e ainda é muito comum as pessoas se referirem assim aos Esta-dos Unidos. Independentemente do que conseguiram na “America” (não foram poucos os que fizeram fortuna por lá), muitos desses italianos sofreram pelo que costumam sofrer os que estão no exílio – pela saudade da terra, pela falta dos parentes e amigos, pela impossibi-lidade de voltar à pátria etc.
Ao som de Caruso, a bordo do CinquecentoA Fiat apresentou nos estados Unidos a nova safra do Cinquecento, que marca o retorno da empresa ao mercado norte-americano e que também será destinado ao Brasil. o professor pasquale Cipro Neto testou o novo modelo e, com forte emoção ítalo-brasileira, descreve a seguir suas impressões
por PASquAle CiPro neTo*
noites lá na América...”). A América não sai da cabeça dos italianos…
Pois a nossa querida Fiat também tentou “fazer a América” no século passado. A primeira aventura esta-dunidense da “casa torinese” foi do início desse século até os anos 70, quando a empresa teve de bater em re-tirada, por uma série de adversidades. Passadas três décadas, a Fiat volta aos Estados Unidos e escolhe para desbra-var o terreno uma pequena joia: o Cin-quecento, agora fabricado no México e adaptado às rigorosas normas de segurança norte-americanas.
A apresentação da nova safra do belíssimo e mítico carrinho se deu em agosto, na encantadora cidade de Aventura (próxima a Miami). Lá esti-ve, a convite da Fiat, e pude sentir-me um verdadeiro embaixador da minha querida Itália ao rodar pelas ruas da Flórida com o novo Cinquecento, que, além da estrutura repaginada, apre-senta dois novos motores (1.4 8V flex, na versão Cult, e 1.4 16V MultiAir, nas versões Sport e Lounge), um novo e eficiente câmbio manual (de cinco marchas, – o Cinquecento polonês tem seis) e um câmbio Dualogic sensivel-mente melhorado.
Não foram poucas as pessoas que me abordaram nas esquinas, nos se-máforos ou nos estacionamentos dos estabelecimentos comerciais de Aven-tura e de Miami. “Que carro é esse?” foi a pergunta mais comum. Num cen-tro comercial, em que estava exposta uma belíssima unidade (branca) do Cinquecento, um simpático senhor, acompanhado da mulher, viu o crachá que os jornalistas carregávamos e me perguntou o que é Fiat. Expliquei o significado da sigla que dá origem ao nome da fábrica e, é claro, disse tam-bém por que estávamos ali. “Já está à venda?”, perguntou o senhor, com um sorriso nos olhos, sorriso de criança que vê uma pequena maravilha.
No texto que está na página ao lado, eu relato o que senti com a chegada ao
Brasil do Cinquecento polonês, há dois anos. Pois bem. Nos Estados Unidos o meu sentimento foi tão forte quanto. Explico: um dos tantos italianos que desbravaram os Estados Unidos no início do século XX foi o meu avô pa-terno (Pasquale Cipro – eis a razão pela qual sou Pasquale Cipro Neto). Tam-bém a ele a América custou “lacreme amare”, como diz a antológica canção, que Francesco Buongiovanni (melodia) e Libero Bovio (letra) compuseram no primeiro quarto do século passado. Ainda jovem, il mio Nonno, que teve uma filha nos Estados Unidos, bateu em retirada para a velha Bota.
Ao dirigir por terras americanas o renovado e sempre charmosíssimo Cin-quecento – puro, puríssimo extrato de Itália na veia –, pus-me a “conversar” com o meu querido pai e com o meu avô, o qual, infelizmente, não conhe-ci. Pude imaginar o orgulho de ambos diante do memorável feito. Senti-me ali representante deles e de várias ge-rações de uma Itália que sofreu, mas não abaixou a cabeça, que sofreu, mas se refez e voltou à luta, de uma Itália que nunca se curva, nunca esmorece.
A nova safra do Cinquecento que chega ao Brasil é exatamente igual à que ora se vende nos Estados Unidos. E essa nova safra já faz sucesso en-tre nós, que já vemos (com razão) a Fiat como empresa ítalo-brasileira le-gítima. Aos poucos, o charmosíssimo carrinho começa a ser visto aqui e ali com certa frequência. Tomara se torne logo parte viva da paisagem urbana brasileira, que certamente se tornará mais bela e graciosa com a presença do nosso mítico Cinquecento. É isso.
* professor de língua portuguesa, escritor, apresentador de televisão e filho de imigrantes italianos
Na não menos antológica canção “Caruso”, um gênio da música italiana moderna, Lucio Dalla, poetiza o fim da vida do grande tenor italiano Enrico Caruso (25/02/1873-02/08/1921), que tanto sucesso fez mundo afora. Nos Estados Unidos, sobretudo em Nova Iorque, Caruso era e ainda é endeusa-do (não por acaso há no país o “Enrico Caruso Museum of America”). Pois a letra de Dalla se refere à última noite da vida de Caruso, em Nápoles, onde o grande tenor nasceu e morreu. Diz a letra: “Vide le luci in mezzo al mare / Pensò alle notti là in America…” (“Viu as luzes no meio do mar / Pensou nas
Cinquecento:um veículourbano,confortável emuito, muitoseguro
Pasquale Cipro Neto no show de
lançamento do Cinquecento, em
Aventura, EUA
“E ‘nce ne costa lacreme st’ America / A nuje napulitane / Pe’ nuie ca ‘nce chiagnimmo / O cielo e Napule / Comme e’ amaro stu’ pane” (“E nos custa lágrimas esta América / A nós napolitanos / Para nós que choramos a falta do céu de Nápoles / Como é amargo este pão”)
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o engenheiro Roberto Cipro (meu pai) chegou ao Brasil em dezembro de 1952. Embora a
Itália já experimentasse fortíssima recuperação econômica (a Segunda Grande Guerra acabou com tudo por lá), il mio Babbo resolveu vir para o Brasil (“Fazer a América”, como se di-zia). E por aqui ficou, até o chamado de Deus, em março de 1998.
Meu pai só voltou à Itália em 64. Foi a primeira de muitas viagens que fez até 98. Na viagem de 64, pôde ver com os próprios olhos, “ao vivo”, o
Uma obra-prima italiana,orgulho meu e de meu pai
Na segunda metade desta década, quando a Fiat anunciou a ideia de re-lançar o 500, minha curiosidade (alia-da a minha paixão por automóveis e pelas coisas da Itália) me deixou aler-ta, à espera da joia rara. Quando vi o novo 500 em jornais e revistas, devo ter sentido algo muito parecido com o que meu querido Babbo sentia antes da viagem de 1964...
Pois o 1964 dele foi o meu 2008. Em minha viagem anual para a Itá-lia, pude ver, “ao vivo”, a obra-prima, genuinamente italiana, para meu or-gulho e o de meu pai. Parei diante do primeiro exemplar que vi pelas ruas e conversei com mio padre. “Ti sarebbe piaciuto vedere questo vero gioiello, caro Babbo”, disse eu comigo mesmo (“Terias gostado de ver esta verdadei-ra joia, caro Papai”).
As pessoas me olhavam de for-ma estranha cada vez que eu parava diante de um 500 estacionado numa das ruas da minha Milão (onde morei e estudei quando jovem) ou de Roma, cidade de todo terráqueo. “Ma che cosa guarda questo?”, deviam pensar (“Mas o que olha esse aí?”).
Pois o carrinho chegou ao Brasil. Apesar da indecente pronúncia num comercial do carro (a palavra “cin-quecento” é dita do jeito que o Diabo gosta), o novo 500 é apresentado com toda a graciosidade e leveza que de fato tem. É extrato puro, na veia, da criatividade, do desenho e da tecnolo-gia da terra de Giotto e Michelangelo. Modernizadíssimo, o carrinho incor-pora todos os principais itens de se-gurança ativa e passiva (airbags para todos os lados, ABS, ESP etc.) e muito, muito bom gosto no acabamento.
Pois não é que chegou minha vez de andar no novo 500? Pois bem. Fi-quei alguns dias com um modelo que tinha câmbio Dualogic. Gostei muito de tudo, ou melhor, de quase tudo. O rodar é macio e silencioso, a posição de guiar é simplesmente perfeita, a di-reção é levíssima e precisa, o sistema
de som original do carro é de primeira, os freios são ótimos, a estabilidade é elevada, o painel é puro charme etc.
E do que foi que não gostei? O mo-tor não é empolgante, o que se deve, em parte, ao câmbio, que provoca al-guns engasgos. Depois de algum tem-po com o 500 Dualogic, aprende-se a lidar melhor com o câmbio, o que significa recalibrar o movimento e a força do pé direito, sobretudo quando se ativa o modo sequencial da caixa de marchas. Dessa maneira, o desem-penho se torna razoável.
Algumas semanas depois de ficar com o Dualogic, guiei, durante cinco dias seguidos, uma unidade com câm-bio manual “puro”, de 6 marchas. A vida melhorou bastante, sobretudo por causa do desempenho desse Cin-quecento (ai! – tente dizer algo pareci-do com “txinqüetxento”, com o segun-do “e” levemente aberto).
Nada de soluços ou engasgos, mas também nada de superempolgação com o motor, que, ao fim e ao cabo, é apenas discreto. Se você optar por um 500 manual, não esqueça que ele tem 6 marchas. Use e abuse do bom torque para andar na cidade (no plano) e, com isso, conseguir alguma economia de combustível. Nas subidas, é bom esquecer a economia e apertar logo o botão “sport”, para não achar que a rampa não vai acabar nunca.
Feitas as contas, o 500 entrega quase tudo que dele se espera. E, pen-sando bem, mesmo o desempenho, um tanto acanhado, é adequado à proposta do veículo, que, por causa dos impostos, chega aqui com preço alto e acaba funcionando essencial-mente como “carro de imagem”. Na Itália e no resto da Europa, o 500 fun-ciona muito mais como um carro de uso mesmo, adequadíssimo ao que se espera de um veículo urbano, confor-tável e muito, muito seguro. E char-moso, charmosíssimo – charme italia-no, legitimamente italiano. O Fiat 500 é extrato de Itália na veia.
* professor de língua portuguesa, escritor, apresentador de televisão e filho de imigrantes italianos
há dois anos, o professor pasquale Cipro Neto guiava o Fiat 500 europeu. posteriormente, publicou no site intepress Motor, em abril de 2010, um texto relativo à sua primeira experiência com aquela versão europeia do Cinquecento, abaixo reproduzido.
por PASqUALE CIPRO NETO*
que já tinha visto em revistas e jor-nais: o Fiat 500 inundava as ruas da velha Bota. Lançado em julho de 1957, o revolucionário carrinho era a prova viva do forte boom econômico da Itália do pós-guerra (só o boom ja-ponês foi superior ao italiano).
Por aqui, a presença do 500 era rara. Não me lembro de ter visto mui-tos pelas ruas. Na verdade, era (e ain-da é) muito mais comum vê-lo pelas ruas de Buenos Aires e, sobretudo, de Montevidéu (onde também se veem exemplares do clássico Fiat 600).
Novo Fiat 500: potência, graciosidade e leveza
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Diante do crescimento do setor de agronegócio brasileiro, das boas perspectivas para os próximos
anos e da grande demanda por par-te do pequeno e médio produtor por equipamentos de alta tecnologia, a Case IH projetou e desenvolveu a nova colheitadeira Axial-Flow 2566.
Lançada em agosto, durante a edição 2011 da Expointer (Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecu-ários), a colheitadeira já encheu os olhos dos cultivadores e deverá chegar ao mercado já no final deste ano. “O equipamento foi desenvolvido para que os pequenos e médios produtores tenham a possibilidade de operar com um sistema axial, que é muito mais efi-caz. A máquina é compacta e possibili-ta maiores ganhos em áreas menores”, explica o especialista em colheitadeiras de grãos da Case IH, Tomas Lorenzzon.
Ainda segundo ele, o novo mode-lo é tão eficiente quanto as grandes colheitadeiras produzidas pela Case IH, por exemplo, a Axial-Flow 2688 e 2799. No entanto, a Axial-Flow 2566 irá atender um público específico que, cada vez mais, investe em tecnologias avançadas para impulsionar seu negó-cio. Para Lorenzzon, os grandes produ-tores já têm o benefício de operar com o sistema Axial e os pequenos e médios também precisavam ser favorecidos.
O especialista ressalta que a Case IH é pioneira na produção do siste-
Case inova mais uma vez e lança colheitadeira Axial-Flow 2566Lançada em agosto, durante a edição de 2011 da expointer, o modelo da Case ih permitemaior produtividade e melhor desempenho para os pequenos e médios produtores
por liliAn loBATo
ma axial e tem aproximadamente 35 anos de experiência e liderança na utilização da tecnologia. “Projetamos o equipamento para levar satisfação ao cliente. Investimentos em inovação para que os produtores tenham acesso às novas máquinas e possam migrar do sistema convencional para o axial. A tendência é de que isso ocorra em curto prazo”, avalia.
O produtor de soja e milho, Luiz Fernando Ortiz Junior, com proprie-dade em Lagoa Vermelha (RS), apos-ta no sistema Axial para incrementar os negócios. Ele, que já opera com a Axial-Flow 2399 e a Axial-Flow 2688, ressalta o quanto o equipamento con-tribuiu para o aumento da produção e qualidade na colheita dos grãos. “O sistema Axial não se compara ao equipamento convencional, sobretudo pela sua eficiência”, avalia.
Já o produtor de soja, milho, trigo e aveia, Guilherme Augusto Soares, adquiriu sua Axial-Flow 2388 há dois anos, o que fez toda a diferen-ça em seu processo de colhimento. Segundo ele, sua propriedade, em Ponta Grossa (PR), foi beneficiada pelo sistema que é mais eficiente e sinônimo de qualidade dos grãos. “Já não utilizo máquinas convencionais e certamente irei operar apenas com o sistema axial”, afirma.
Vale destacar, ainda, que o gran-de diferencial da colheitadeira Axial--Flow está na tecnologia de ponta do
sistema de fluxo axial. Com isso, a massa colhida é introduzida ao siste-ma de debulha em movimento espiral, o que garante um processamento sua-ve, maior produtividade e menos dano mecânico do grão. O equipamento conta também com inúmeros pontos de regulagens para alcançar a melhor performance em diferentes tipos de cultura e condições de colheita, o que aumenta a confiabilidade e desempe-nho do equipamento.
Projetado para trabalhar em con-dições extremas, o rotor AFX tem funcionamento acima do esperado em áreas de difícil colheita, com alto índice de umidade, incidência de er-vas daninhas ou muita massa verde, como os talos de feijão e soja. Com um cone de transição na entrada do
rotor e alertas propulsoras que guiam os grãos no espaço entre o canal ali-mentador e o rotor, o resultado é um fluxo contínuo de material, suavidade e uniformidade na alimentação, além de alta qualidade e produtividade.
As colheitadeiras produzidas pela Case IH são equipadas com motor CDC-Cummins, de torque elevado e baixo consumo. O modelo 2566 conta com motor de 253 cv, 8,3 litros, turbo-alimentado.
O sistema de limpeza também é um dos destaques das colheitadeiras axial, já que contém fluxo de ar Cross Flow que faz a admissão de ar por toda a extensão do ventilador. Com isso, é possível garantir eficiência na limpeza com baixos índices de perda de grãos.
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A Axial-Flow 2566 é compacta
e possibilita maiores ganhos
em áreas menores
Job: 278444 -- Empresa: Burti -- Arquivo: 278444-23182-94971-22650-038-Fiat-An Freemont Frente-35x25.5_pag001.pdfRegistro: 51536 -- Data: 16:49:38 14/10/2011
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enrico vassalloenrico vassallo, 43 anos, assumiu
a presidência da FPT industrial para a América latina em julho de 2011. For-mado em engenharia e com MBA em engenharia Mecânica pela universidade de gênova, enrico atua há alguns anos na área de administração, como em sua experiência anterior na irisbus. na marca de ônibus do grupo Fiat industrial, ele atuou como diretor mundial de vendas e Marketing.
Também na área de vendas e Marketing, vassallo ainda trabalhou anteriormente na iveco, na França e na Austrália. A experiência internacional incluiu uma estadia nos estados unidos, onde enrico atuou como gerente de desenvolvimento de produto de máquinas de construção em um projeto conjunto iveco/CnH, em Chicago.
paolo emanuele FerreroPaolo emanuele Ferre-
ro, 56 anos, é diretor da en-genharia Powertrain da Fiat Chrysler América latina. nas-cido em Torino, na itália, ele entrou para o grupo Fiat em 1980, logo depois de se for-mar em engenharia mecânica.
Após oito anos atuando no desenvolvimento de Pro-duto da Abarth, passou a atuar na Fiat Auto, onde ficou por quatro anos. Ferrero tam-bém teve uma experiência de
dois anos na elASiS, centro de pesquisas do grupo, retornou em 1994 para a Fiat Auto, onde atuou como gerente de Testes de Motores e gerente de Aplicação. em 2000, se tornou chefe de desenvolvimento de Pro-duto na Fiat Powertrain.
Sete anos depois, tornou-se vice-presidente de engenharia de Produto e no ano seguinte, em 2008, acumulou ainda o cargo de vice-presidente de Key Ac-count. no final de 2009, com a aquisição da Chrysler pelo grupo Fiat, Ferrero tornou-se vice-presidente de desenvolvimento de Produto da companhia.
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CIOs
A FPT – Powertrain Technologies passou a operar com suas estru-turas independentes e distintas
desde o inicio deste ano, constituindo a Fiat Powertrain, responsável pela produção de motores e transmissões para automóveis, e a FPT Industrial, que fabrica motores para veículos in-dustriais como tratores, máquinas e caminhões, além de propulsores náu-ticos e geradores de energia.
Acelerando os motores
por liliAn loBATo
De acordo com Vassallo, a divisão era necessária em função de existirem produtos diferentes. “A FPT Industrial procurava um perfil de clientes distin-to do negócio ligado aos motores para automóveis. Com a nova configura-ção, a empresa estará 100% focada no business de motores Diesel voltados para aplicações comerciais e indus-triais. Com isso, teremos mais condi-ções de trabalhar para garantir uma maior satisfação do cliente”, ressalta.
Os clientes da FPT Industrial são principalmente fabricantes de cami-nhões, ônibus, máquinas agrícolas e de construção. A empresa ainda busca aumentar sua presença nos segmen-tos de geradores de energia e barcos.
A expectativa de Vassallo para este ano é de dobrar o volume de vendas na América Latina em relação a 2009, salto para 70 mil unidades fabricadas,
A Fpt – powertrain technologies passa a operar com duas estruturas independentes e distintas, ganhando flexibilidade e sinergia
A divisão da empresa ocorreu ofi-cialmente em janeiro de 2011, na Itá-lia. No Brasil, as companhias convive-ram sob uma administração única até julho deste ano, quando a separação foi efetivada. Enrico Vassallo assumiu a superintendência da FPT Industrial Latin America enquanto Paolo Ema-nuele Ferrero está no comando da En-genharia Powertrain da Fiat Chrysler América Latina.
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Fábrica da FPT Industrial em Sete Lagoas, Minas Gerais
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sendo 96 % delas produzidas somente na unidade de Sete Lagoas (MG). Para 2012, ele estima crescimento a pata-mares ainda mais significativos.
A FPT Industrial reúne, no mun-do, nove plantas e seis centros de pesquisa e desenvolvimento, bem como uma rede comercial de 150 re-presentantes e mais de mil pontos de serviços que garantem a presença da empresa em mais de 95 países. Com a planta de Sete Lagoas, Minas Gerais, de onde abastece toda a América La-tina, o Brasil tem um papel estratégi-co nos planos mundiais da FPT. Além da unidade mineira, a maioria das fábricas está instalada na Europa, sobretudo na Itália onde estão locali-zadas quatro unidades: duas fábricas estão em Turim, uma em Pregnana e outra em Foggia.
Ainda na Europa, a FPT Industrial está presente nas unidades de Fecam-pa, Bourbon Lancy e Garchinzy, na França. Na China, a fábrica está loca-lizada em Chongging. Alguns dos cen-tros de pesquisa estão instalados na Suíça e nos Estados Unidos.
A Fiat Powertrain também está oti-mista com a nova estrutura e, desde setembro, incorporou-se à Fiat Chrysler América Latina. O processo de siner-gia entre as montadoras foi iniciado em 2008, com o objetivo de aumentar a competitividade das empresas. “Há alguns anos, motores e transmissões
NEW HOLLAND. HÁ 60 ANOS CONSTRUINDO NOVOS TEMPOS.
TODO MUNDO JÁ SABE QUAL É O NOME POR TRÁS DAS MAIS IMPORTANTES OBRAS BRASILEIRAS. Há 60 anos, desde quando era Fiatallis, a New Holland participa das principais obras do Brasil. Todo esse know-how a transformou numa das marcas que mais entendem a realidade do país. Mas um passado tão bem-sucedido não impede a New Holland de ser uma empresa moderna, com foco em inovação, pioneira em novas tecnologias e equipamentos de ponta. Além disso, a New Holland tem uma rede de concessionários presente em todos os estados do país. Por isso, ao construir, pense em quem tem a força e a tradição de uma marca global, com os olhos no futuro. Pense em New Holland.
www.newholland.com.br
são parte fundamental da estratégia de competitividade do Grupo Fiat. En-quanto a Fiat Powertrain se organiza-va, crescia, modernizava seus produtos e buscava novos clientes, o processo de integração entre a Fiat e a norte ame-ricana Chrysler também avançou. Ago-ra, esses dois caminhos se unem para, mais fortes, seguirem em frente”, ava-lia Paolo Emanuele Ferrero.
Ao todo, a Fiat Powertrain reúne, no mundo, 12 plantas e cinco cen-tros de pesquisa e desenvolvimento. Do montante, três fábricas estão em operação no Mercosul – Betim (MG), Campo Largo (PR) e Córdoba (Argen-tina). A expectativa é que, juntas, as plantas alcancem produção, já nos próximos anos, de aproximadamente 2,5 milhões de unidades por ano, em diversas versões de motores e trans-missões. Trata-se de um incremento da ordem de 30% em relação ao pata-mar atual de 1,9 milhão.
A tendência é que os negócios da Fiat Powertrain avancem ainda mais no mercado brasileiro e internacional. Se antes a empresa projetava e produ-zia motores e câmbios para os veículos da Fiat, passará a atender também às marcas que a Chrysler agrega ao negó-cio. Com isso, é possível que no futuro carros Chrysler, Jeep e Dodge também sejam equipados com motores e trans-missões produzidos nas plantas de Be-tim, Campo Largo e Córdoba.
Fábrica daFiat Powertrainem Campo Largo,no Paraná
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garantir acessibilidade, seguran-ça e conforto aos passageiros. É o principal objetivo da Iveco
Latin America ao desenvolver, em par-ceria com a Neobus, a nova geração do Iveco CityClass Escolar. O modelo foi apresentado ao público em agosto, du-rante a feira Transpúblico, em São Pau-lo, e irá atender uma série de exigên-cias estabelecidas pelo governo federal. Design exterior moderno e aerodinâmi-co somado a um espaço interno ainda maior, estes são alguns dos destaques da nova versão do micro-ônibus.
O modelo despertou o interesse do setor público e, após vencer licitação realizada em junho, a Iveco irá entre-gar 770 unidades para o Programa Caminho da Escola, do Fundo Nacio-nal de Desenvolvimento da Educação (FNDE), pertencente ao Ministério da Educação (MEC), que, por sua vez, promove e fomenta o transporte esco-lar em todo o país. A expectativa é de
o novo CityClass escolar da ivecoNova versão do iveco CityClass escolar se enquadra no programa Caminho da escola, que atende prioritariamente a área rural onde as estradas são de difícil acesso
por liliAn loBATo
produção e entrega dos veículos ainda em 2011.
A licitação foi realizada por meio do Sistema de Registro de Preços em que todos os órgãos públicos (federais/estaduais/municipais) podem aderir ao registro, sendo necessário apenas en-caminhar um ofício ao FNDE manifes-tando o interesse na adesão. O edital estipulou a produção de 700 veículos na versão escolar normal, que terão valor de R$ 132 mil por unidade, e 70 modelos com plataforma elevatória e preço de R$ 140 mil por unidade.
O Caminho da Escola já lançou quatro editais para aquisição de micro--ônibus desde a sua criação em 2007. Todos foram vencidos pela Iveco, que se dedica ao setor de transporte escolar e aposta na sua expansão. “A empresa tem feito constante melhorias de ajuste para atender o programa. Como a le-gislação do setor também foi alterada, procuramos nos adequar às exigências
para proporcionar ainda mais seguran-ça e conforto aos passageiros”, explica o gerente de Marketing de Produto da Plataforma de Ônibus da Iveco, Leo-nardo Coutinho.
Ele ressalta que, por meio do pro-grama, o governo federal passou a ofe-recer condições especiais, bem como isenção de impostos, aos interessados em adquirir o veículo. “Antigamente, o transporte escolar era realizado por ônibus com mais de 25 anos de uso. O programa estimulou a renovação e am-pliação das frotas brasileiras do setor de transporte escolar”, avalia.
Segundo Coutinho, a nova versão do Iveco CityClass Escolar se enquadra na realidade do Caminho da Escola, que atende prioritariamente a área rural onde as estradas são de difícil acesso. Faz-se importante observar, que melhorias na acessibilidade contri-buem para a redução da evasão escolar que já atingiu altos níveis em função de os jovens encontrarem muitas difi-culdades para chegar até as escolas.
Vale ressaltar que a nova geração do veículo já foi aprovada tanto pelo programa como pelo Instituto Nacio-nal de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Após as adequações necessárias, o mode-lo passou a ter 2.220mm de largura externa, 7.250mm de comprimento e 2.920mm de altura. A altura interna é de 1.930mm, o que facilita o desloca-mento dentro do salão de passageiros.
As poltronas também foram am-pliadas. Os assentos possuem cintos de segurança individuais e de quatro pontos na poltrona de três lugares preferenciais. O modelo ainda tem lo-cal apropriado para a acomodação da cadeira de transbordo – item de sé-rie – para pessoas com necessidades especiais.
De acordo com Coutinho, o novo design, apesar de e arrojado, preserva as linhas elementares da marca. A fren-te ganhou formato mais arredondado, com um novo conjunto óptico fron-tal, cujos contornos avançam sobre o
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Novo Iveco CityClass
oferece conforto e segurança:
os assentos, ampliados,
possuem cintosde segurança
individuais e de quatro pontos
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paralama (tendência atual). Os faróis proporcionam maior luminosidade e são montados em blocos independen-tes (farol alto, baixo e lanterna), o que diminui os custos no caso de substitui-ção. As novas lanternas traseiras são maiores e seguem o mesmo princípio, são agrupadas em um conjunto har-monioso com o design do modelo. A carroceria do veículo é de responsabi-lidade exclusiva da Neobus, que está instalada em Caxias do Sul (RS).
O piso na região do posto do mo-torista é plano, sem saliências ou ressaltos, proporcionando plena aces-sibilidade (uma exclusividade do mo-delo). O painel é moderno e todos os instrumentos estão ao alcance do mo-torista. O conjunto de instrumentos possui displays e indicadores agru-pados para facilitar a leitura e traz informações importantes como, por exemplo, a luz de alerta para o des-
gaste das pastilhas de freio. O novo e amplo pára-brisa proporciona maior visibilidade e segurança para mano-bras, ideal para o trânsito em ruas e estradas rurais estreitas. Em função de suas características de utilização, o micro-ônibus ainda tem um limitador eletrônico de velocidade (70 km/h) e um dispositivo de segurança que im-pede que o veículo se movimente com as portas abertas.
A suspensão dianteira é indepen-dente e absorve as irregularidades de terrenos sem pavimentação. Devido às características mais severas de uti-lização, o modelo tem altura livre do solo de 400mm. A robustez geral é am-pliada pelo chassi Iveco, produzido na fábrica de Sete Lagoas (MG), em aço especial (FeE 420) de alta resistência.
Com a nova geração, o Iveco Ci-tyClass Escolar vai se manter como uma referência nacional em miniôni-bus de até oito toneladas, uma posi-ção alcançada ao longo dos últimos anos e de mais de 2.500 unidades em circulação em praticamente todos os estados do Brasil. O veículo con-ta com assistência técnica e serviços da rede Iveco, que possui mais de 90 pontos de atendimento em todo o país. “A Iveco já realiza estudos para que os benefícios da nova versão de micro-ônibus também possam ser desfrutados pelo setor escolar urba-no”, conclui Coutinho.
Caminho da escolao programa Caminho da escola foi criado em
2007 com o objetivo de renovar a frota de veícu-los escolares, garantir a segurança e qualidade do transporte dos estudantes, bem como contribuir para a redução da evasão escolar em zonas rurais. o programa visa ainda padronizar os veículos esco-lares e reduzir os preços.
o governo federal, por meio do Fnde e em par-ceria com o inmetro, oferece um veículo com espe-cificações exclusivas, próprias para o transporte de estudantes e adequado às condições de trafegabi-lidade das vias.
estados e municípios podem participar do Ca-minho da escola com recursos próprios ou por meio de convênio com o Fnde e financiamento do Banco nacional de desenvolvimento econômico e Social (BndeS), que disponibiliza linha de crédito especial para a aquisição de ônibus zero quilôme-tro e de embarcações novas.
O novo pára-brisa proporciona maior visibilidade e segurança, ideal para ruas e estradas rurais estreitas
A Magneti Marelli parabeniza a Fiat por mais este grande lançamento e se orgulha de equipar o novo modelo com diversas soluções que oferecem segurança, modernidade e respeito ao meio ambiente. Um carro como o Palio, que desde a sua primeira versão vem fazendo história no mercado nacional, está presente na vida dos brasileiros assim como a Magneti Marelli.
O Novo Palio estáchegando com uma
grande bagagem:inúmeras tecnologias
Magneti Marelli.
Novo Palio, com Magneti Marelli
de série.
Free
Choice
Faróis
Amortecedores
FlexFuel
Faz parte da sua vida.
Lanternas
Quadro de instrumentos
ECU
Conjuntode admissão
Pedaleiras
Spoiler
Bicos injetores
Pico ECOTCU
Bocal deabastecimento
Eixotraseiro Silenciador
Molas à gás Condutoresde ar
Travessa de suspensão dianteira
Minisaia
Coletor híbrido com catalisador integrado
Faróis deneblina
Cockpit
Body computer
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011 10:35:07
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em nosso último encontro aqui na Revista Mundo Fiat tivemos a opor-tunidade de conhecer O Melhor de
Dois Mundos. Como todos vocês puderam acompanhar, o Fiat Freemont marca a si-nergia entre as marcas Fiat e Chrysler e coloca nossa empresa diretamente na bri-ga dos SUV, segmento disputadíssimo e que vem crescendo a cada ano.
Elogiado na grande imprensa espe-cializada, o Fiat Freemont é um dos mais modernos carros em sua categoria, sobre-tudo no aspecto segurança. Este pacote de segurança fez com que nosso primeiro SUV atingisse nota máxima no Euro N Cap, o mais respeitado órgão particular de monitoramento de segurança veicular. Podemos nos orgulhar de termos um SUV cinco estrelas no quesito segurança, pon-to cada vez mais procurado entre consu-midores esclarecidos e cada vez mais dis-cutido em nossos centros de engenharia e de segurança veicular.
Vale lembrar que não é tarefa simples projetar um carro seguro. Antes de tudo, os engenheiros têm de ter completo conhe-cimento sobre o assunto, ferramentas de simulação e um amplo e respeitado labo-ratório de crash test (colisões controladas,
Novo Fiat Freemont é cinco estrelasUm dos mais conceituados centros independentes de segurança veicular divulga nota máxima para o Fiat Freemont
Brake System) é de última geração, pro-piciando conforto ao usuário (o pedal de freio vibra bem menos se comparado às versões antigas) e traz ainda o EBD (Elec-tronic Brake Distribution), um corretor de frenagem eletrônico que distribui a correta pressão nos freios entre os eixos diantei-ros e traseiros. Só para lembrar, a Fiat foi a primeira fabricante a equipar um carro popular com freios ABS (Palio, em 1996). Ele evita o travamento das rodas, dimi-nuindo o espaço de frenagem em pisos de baixa aderência e mantém o controle da direção, mesmo em frenagens de pânico.
BASVocê sabia que a grande maioria das
colisões poderia ser evitada se o motorista fizesse mais pressão no pedal de freio? Pa-rece história de pescador, mas é verdade. Algumas pessoas não usam o freio cor-retamente, ou seja, freiam pouco. Numa frenagem de emergência, por exemplo, po-demos (e devemos) aplicar muita “dedica-ção” no pedal de freio, marca as vezes su-perior a 70 kg de força. Bancos regulados muito para trás, calçados inapropriados ou simplesmente medo de apertar o freio, podem levar a colisões que poderiam ser evitadas. O BAS (Brake Assist System) au-xilia estas frenagens. Toda vez que o siste-ma identificar um rápido toque no pedal, ele automaticamente amplia a força no sistema de freios.
eSP Trata-se de um controle eletrônico de
estabilidade – Electronic Stability Pro-gram. Com sensores espalhados no volan-te, nas rodas e na carroceria, o ESP con-segue identificar a velocidade e o ângulo de esterço no volante. Com isso, identifica também a capacidade do carro em perfa-zer a mudança de trajetória em função da velocidade naquele momento. Se a veloci-dade for superior à desejada, o que pode causar uma derrapagem, o ESP – sem nenhuma interferência do motorista, irá desempenhar um trabalho específico de frenagem (atuando individualmente em cada roda) e, dependendo do caso, pode
até retirar potência do motor, mesmo que o motorista, por algum descuido, continue acelerando.
erMO ERM (Electronic Roll Mitigation)
trabalha em conjunto com o ESP, identi-ficando o ângulo das rodas dianteiras (ele sabe, por exemplo, se é uma curva aberta ou mais acentuada) e a velocidade do veí-culo. Evitando o risco de capotamento do veículo, o ERM vai atuar sobre os freios, automaticamente, mantendo a trajetória do veículo.
ASr Aqui, o Freemont mostra o controle de
patinação das rodas de tração. Interpelan-do os valores de velocidade entre as rodas dianteiras e traseiras, o ASR (Anti Slip Re-gulation) oferece arranques mais eficien-tes, mesmo em piso de baixa aderência. É o único que pode ser desligado, através de um botão no painel.
TSCExclusividade no Freemont o TSC
(Trailer Sway Control) é capaz de identi-ficar oscilações provocadas por um trailer ou reboque, que podem interferir na di-rigibilidade, controle e segurança. Tam-bém ligado ao sistema ESP, vai atuar nos freios, individualmente e sem nenhuma intervenção do motorista, para retomar a trajetória do veículo.
A Fiat sempre se preocupou com se-gurança. Mas os resultados obtidos com o Freemont e sua “sopa de letras” tecnoló-gica, que agora você conheceu com mais detalhes, é fruto de todo o esforço, traba-lho, dedicação e respeito de nossa marca com nossos produtos e nossos clientes. Parabéns a todo nosso time e parabéns ao Freemont, nosso SUV cinco estrelas.
com o carro todo instrumentado). Além de termos um dos preços mais competitivos do mercado com o Freemont, ele ainda pode ser equipado com até seis air bags, freios com ABS e EBD, capô do motor em alumínio e deformável em caso de atro-pelamento, controle de estabilidade (ESP), auxílio de frenagem (BAS), anticapota-mento (ERM), assessoria de estabilidade com uso de trailer ou reboque, o exclusivo TSC, e até controle de tração (ASR).
Vale ressaltar que todo o comporta-mento do carro foi revisto. As suspensões, por exemplo, estão mais adequadas ao nosso piso brasileiro e, com isso, trazem também mais segurança. Uma suspensão adequada às necessidades eleva o nível de segurança e conforto do veículo, deixan-do-o mais previsível nas curvas, ondula-ções e até nas retas.
Conciliar segurança e conforto em um utilitário esportivo, como o Fiat Freemont, requer dedicação, trabalho e muita com-petência. O resultado, não só pela con-quista da pontuação máxima no Euro N Cap, mas também pelos elogios de grande parte da imprensa, prova que estamos no caminho certo.
Agora que você já conheceu um pouco dos bastidores que cercam a segurança do Freemont, nosso mais novo cinco estrelas no quesito segurança, vale a pena saber também sobre a “sopa de letrinhas” que compõe o Freemont e as particularidades destas siglas ligadas à segurança.
ABS CoM eBd Não é mais novidade, mas vale uma
rápida explicação, já que a aplicação deste sistema no Freemont exigiu alguns deta-lhes. Em primeiro lugar, o ABS (Antilock
Controles eletrônicos podem até controlar a
potência do motor, para
garantir mais segurança
Além do ABS, o Freemont traz ainda um corretor eletrônico de frenagem
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O FIA
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enfrentar condições extremas como as de um deserto, uma cor-dilheira, terrenos esburacados ou
sob neve, não é tarefa fácil para ne-nhum carro. No entanto, o Fiat Palio Weekend Elétrico realizou a incrível empreitada de cruzar 14 países das Américas do Norte, Central e Sul sem apresentar qualquer problema ou de-feito. Esse desafio foi encarado por uma equipe composta por quatro tri-pulantes na expedição Zero Emission (emissão zero), que rodou mais de 20 mil quilômetros em mais de quatro meses de viagem.
Os quatro integrantes são profis-sionais das áreas de fotografia, jorna-lismo e cinematografia. A expedição partiu de Los Angeles (EUA) em abril deste ano com dois objetivos: provar que a tecnologia utilizada no Palio Elétrico é viável. Hoje isso é uma re-alidade. Eles finalizaram a expedição em Foz do Iguaçu, mais precisamente na usina de Itaipu, no mês de agosto.
Esta foi a primeira expedição mundial de longa distância realizada com um carro elétrico de passeio. A iniciativa partiu da ideia do jornalis-ta Paulo Rollo, diretor do projeto, que convidou a fotógrafa Jeanne Loock e os cinegrafistas Valdeck Ferreira e Val-dec de Souza Jr. Além de estabelecer o recorde, a expedição teve como obje-tivo produzir um vídeo documentário
Desbravadores das Américasem uma expedição inédita Zero emission, quatro aventureiros cruzam de norte a sulo continente americano, passando por 14 países em um Fiat palio Weekend elétrico
por FrederiCo TonuCCi
mostrando a riqueza dos povos e as belas paisagens das três Américas.
O diretor do projeto, Paulo Rollo, diz: “Como piloto de provas de longa duração com automóveis, sempre me interessei pelos carros elétricos. Suas evoluções e involuções. Pensei então em desenvolver um projeto inédito, com um veículo 100% elétrico, atra-vés das três Américas. Soube então da parceria da Fiat e de Itaipu no desen-volvimento do veículo elétrico e lancei o desafio. Em reunião em em Foz do Iguaçu, mostramos que nosso projeto era muito bem embasado, sólido e que o desafio traria informações valiosas,
já que a maior viagem que eles haviam realizado com o carro foi de Foz até As-suncion, ida e volta, num percurso de apenas 700 quilômetros”, comenta
diário de BordoPara viabilizar o projeto, o Palio
Weekend Elétrico foi transportado até Los Angeles, Estado Unidos. Lá, a equipe recebeu o carro e conhe-ceu o motor home de apoio, no qual passaria um longo e bom tempo. De Los Angeles partiu-se em direção ao México, pela península da Baixa Ca-lifórnia, até chegar ao sítio maia de Copan, em Honduras.
Daí rumaram para El Salvador, onde puderam registrar a pesca ex-trativista na Barra de Santiago e em Porto Del Triunfo. Rumo a Nicarágua pela Ruta 01 (rodovia Panamericana) a equipe visitou o Lago Nicarágua, onde fizeram uma reportagem sobre o Tuba-rão Touro, que vive em água doce.
“Foi complicado superar os 2,5mil quilômetros do México e quase toda a América Central. Muitos buracos, fal-ta de sinalização e lombadas no meio
O Fiat Palio elétrico no
altiplano chileno
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de curvas. Ajudou muito o fato de termos sido ‘escolados’ no Brasil, que oferece constantemente as mesmas situações citadas. O fato de o produto Palio Weekend ter sido desenvolvido de forma robusta, visando encarar o dia a dia duro daqui, fez com que ele superasse tudo com tranquilidade”, comenta Rollo.
Na Costa Rica visitaram o vulcão Arenal, foram a parques nacionais e conheceram a cultura e política locais. Já no Panamá, último país visitado na América Central, tiveram que embar-car o Palio Elétrico em um navio no porto de Colón, de onde partiram em uma viagem de mais de quatro dias até Cartagena de Índias, na Colômbia.
Da Colômbia, a expedição seguiu para o Equador e depois Peru, onde o Palio Elétrico desafiou altitudes de até 4 mil metros, superando sem proble-mas as partes altas da Cordilheira dos Andes. Outra condição adversa foi a travessia do Deserto de Atacama, no Chile, o mais árido do mundo.
Para Leonardo Cavaliere, supervisor de veículos elétricos da Fiat, essa “foi uma excelente constatação da robustez técnica, pois o carro percorreu vasta quilometragem em condições adversas de temperatura, sendo abastecido por diferentes fontes de energia, sem apre-sentar um único problema”, comemora.
O último país visitado pela expedi-ção antes da chegada ao Brasil foi a Ar-gentina, onde enfrentaram temperatu-ras abaixo de zero. A viagem terminou na chegada da equipe em Foz do Iguaçu depois de mais de 20 mil quilômetros rodados e muita história pra contar.
Os quatro integrantes da expedi-ção se apaixonaram pelo Fiat Palio Weekend Elétrico, que funcionou com perfeição durante todo o trajeto de 20,4 mil quilômetros, sem apresentar qualquer defeito ou problema. “A téc-nica do Palio elétrico é parruda e con-fiável”, argumenta Paulo Rollo.
o PAlio WeeKend eléTriCo A ideia de produzir o Palio We-
ekend elétrico nasceu em 2006, da associação da Itaipu Binacional com a Fiat para desenvolver tecnologia e para que a empresa hidrelétrica reno-vasse sua frota interna.
A bateria que move o motor do Pa-lio Elétrico é 100% reciclável e utiliza sódio ao invés de lítio. Localizada no porta malas, é recarregada em oito horas e pode ser feita em qualquer tomada.
A intensidade da corrente é de até 16 ampères (menos que um chuveiro elétrico) e pode ser utilizada em 110 e 220 volts. A bateria não sofre do efei-to memória; ou seja, sua recarga pode ser interrompida a qualquer momen-to. Quando carregada até o limite, ela consegue rodar até 120 quilômetros.
Segundo Leonardo Cavaliere, essa iniciativa dá sequência à constan-te pesquisa realizada pela Fiat para desenvolver o uso de alternativas energéticas sustentáveis, ciente da inigualável capacidade de produção de energia no Brasil por fontes reno-váveis (água, sol e ar). “Além de não poluir, este tipo de veículo pode ser abastecido com energia gerada pelas diversas matrizes energéticas reno-váveis do Brasil, o que põe o país na vanguarda mundial da utilização de mobilidade sustentável”, comenta.
Motor: elétrico Asíncrono trifase
Potência nominal: 15 Kw (20 cv)
Potência Máxima: 28 kw (37,8 cv)
Torque nominal: 50 Nm (5,1 kgfm)
Torque Máximo: 124 Nm (12,6 kgfm)
Combustível: energia elétrica
Bateria: Sódio-Níquel-Cloro
Tensão: 253 v
energia: 19,2 Kwh
Tempo de recarga: 8 horas
Câmbio - número de marchas: Drive, neutro e ré
Tração: Dianteira
Freios - de serviço: hidráulico com comando a pedal
FICHA TéCNICA
Foram 14 países e mais de 20 mil quilômetros rodados até chegar em Itaipu
O Fiat Palio Elétrico no último país da América Central
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Fazer com que 10 mil colaboradores de uma empresa - distribuídos em dez unidades fabris espalhadas
pela região sudeste - possam se sentir parte dela e contribuir com sugestões parece ser uma tarefa difícil, mas não impossível. Durante uma reunião do comitê de Boas Ideias e Sugestões
Boas ideias são sempre bem-vindasMagneti Marelli cria a Semana de Boas ideias e Sugestões, Semana Bis,que visa inserir todos os colaboradores ao plano de ação da empresa
por dAnielA venânCio
de diminuição do desperdício. O tra-balho tem sido realizado desde julho deste ano, e até o momento foram apontados resultados muito positi-vos. Para se ter uma noção de como a iniciativa foi um sucesso, somente em uma dessas semanas, 5201 novas ideias foram recebidas. Na segunda edição, que aconteceu em setembro, foi apresentada outra novidade: além dos plantões tira-dúvidas, foi im-plantada uma gincana de ideias. Os colaboradores da fábrica e do admi-nistrativo que mais inserissem boas sugestões no sistema ganhariam um vale de R$ 200 reais para comemorar com a família ou acompanhante em um jantar especial. Ao longo de cada semana, todos os colaboradores re-cebem uma camiseta da Semana Bis e são convidados a usá-la na sexta--feira. O objetivo de usar as camisetas ao final de cada Semana Bis é mostrar que todos pertencem a um único time. Além dos profissionais da Marelli, ou-tras empresas do Grupo Fiat também estão participando, como a Fiat Servi-ces e a Comau.
CoMo PArTiCiPArPara que o colaborador possa fazer
parte da iniciativa é necessário que ele pense uma sugestão que possa aper-feiçoar algum processo ou produto da empresa. Feito isso, é preciso que ele forme um grupo com no mínimo três e no máximo cinco pessoas e implan-te a ideia, acionando setores e áreas que possam ajudá-lo a viabilizar essa ideia. A sugestão deve ser inédita e tecnicamente viável. Depois a equipe deve preencher um formulário dis-ponível no site www.magnetimarelli.com.br/programabis e acompanhar o processo de aprovação. Toda propos-ta é convertida em moeda Bis que o colaborador pode trocar por diversos prêmios no site do Submarino. Só de enviar a proposta o grupo já ganha 5 Bis. Se a sugestão for aprovada, a equipe ganha mais pontos.
Segundo Nerivaldo Almeida Lima, do setor de amortecedores da Unidade de Lavras, é necessário que a empre-sa incentive o lado empreendedor de seus colaboradores. “Estamos viven-do em um mercado extremamente competitivo e globalizado, por isso temos que habilitar ferramentas e tecnologias para gerenciar adequada-mente uma iniciativa como o Progra-ma Bis”, defende. Lima conta, ainda, que é necessário administrar e otimi-zar processos, bem como incentivar colaboradores, transferindo e geren-ciando conhecimento.
Segundo o gerente de Recursos Humanos da Magneti Marelli e coor-denador do Programa, André Fernan-des, ainda restam duas Semanas Bis para acontecer e, por isso, a expectati-va é muito grande. “Esperamos supe-rar a cada evento, além de alavancar o número de ideias registradas, desper-tar o espírito empreendedor e o traba-lho em equipe em cada colaborador da Marelli”, revela.
(Bis) da Magnetti Marelli com o setor de Comunicação Interna Coorporativa, no início deste ano, o time de trabalho responsável pelo programa resolveu apostar nessa iniciativa.
Foi assim que surgiu a “Semana de Boas Ideias e Sugestões (Bis)”, que nasceu com a missão de sensibilizar os colaboradores quanto à importân-cia de estarem comprometidos com a empresa não só com o trabalho ro-tineiro, mas também com sugestões que possam melhorar os resultados e possibilitar o crescimento da empre-sa, trazendo benefícios à ambas as partes. “Tendo em vista a necessida-de de inserir o nosso colaborador em nosso plano de ação, pensamos em criar semanas especiais 100% dedica-das ao Bis. O cronograma contempla quatro etapas de três em três meses, sendo julho, setembro, novembro de 2011 e fevereiro de 2012”, explica o gerente de Recursos Humanos da Magneti Marelli e coordenador do Programa, André Fernandes. Graças a essa iniciativa a empresa, uma das maiores fabricantes de sistemas e componentes automotivos do mun-do, encontrou a solução para, além de saber a opinião de seus colabo-radores, inovar com ideias criativas propostas por eles.
Através de um sistema que fica no próprio site da Magneti Marelli, os profissionais, divididos por grupos, podem inserir suas sugestões que vão desde soluções ergométricas até ações
Através de umsistema no própriosite da MagnetiMarelli, osprofissionaispodem enviarsuas sugestões
Acima, colaboradores
da Marelli Suspensão,
em Contagem, na primeira Semana Bis
e, abaixo, profissionais do setor de
Amortecedores, em Mauá,
na segunda semana
CAPA
CITAç
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Na Toscana, durante o Renas-cimento, muitos virtuosos de-sempenhavam o ofício artístico
trabalhando com esculturas, pinturas, carpintaria, engenharia, anatomia e outras atividades que aliavam arte e engenho. Verrochio, mestre de Da Vinci e Boticelli, não apenas ensina-va as técnicas aos seus alunos como também fomentava discussões sobre temas da época.
Com o passar dos anos, especial-mente sob a influência dos preceitos iluministas e pela Revolução Indus-trial, houve uma valorização de sabe-res racionais como a matemática e a desvalorização de aspectos subjetivos
programa Da vinci oferece novos caminhos para inovaçãoprograma desenvolvido pelo iSvor usa a metodologia do Design thinking para contribuir com a capacitação profissional e colabora no desenvolvimento de competências
por rúBiA g. PiAnCASTelli
“A velocidade e a natureza das mudanças à nossa volta exigem pro-fissionais e cidadãos capazes de lidar com uma complexidade crescente e, para tanto, é necessário reintegrar os saberes que foram renegados: visão sistêmica, lógica abdutiva, inteligên-cia emocional e qualitativa, empatia e outros”, afirma a Superintendente do ISVOR, Márcia Naves. O contato com a arte, o design, a experimentação científica e o mundo real é uma das estratégias para promover a gradual mudança de mentalidade e o estímulo à inovação no dia a dia.
deSign é inovAçãoAbrir janelas, oferecer novos ho-
rizontes, ampliar o repertório cultu-ral. Para contribuir com a capacita-ção dos profissionais e ajudá-los no desenvolvimento de competências, o ISVOR usa a metodologia do De-sign Thinking, ferramenta impor-tada do design para o desenvolvi-mento das pessoas e que tem como
princípios a imaginação, empatia e experimentação.
O trabalho questiona as práticas atuais de gestão centradas no pro-cesso e na tecnologia, que após anos seguindo o pensamento cartesiano, negligenciaram o lado mais humano do processo. Assim, a busca é por um modelo que considera o homem como centro do processo, e não a tecnologia e ou os procedimentos. A finalidade? Buscar novas soluções, alternativas que despontam em novos horizontes.
Mas como se dá na prática a ca-pacitação dos profissionais para essa nova forma de pensar para poder ino-var? A Gerente de Treinamento Co-mercial do ISVOR, Elisa Leite, conta: “os participantes passam por cursos e eventos como o ‘Da Vinci Convida’, onde a cada quinze dias um profissio-nal das mais diversas áreas compar-tilha suas experiências”. São muitos projetos diferentes, cada um com ob-jetivos e estratégias dentro do guarda--chuva do Design Thinking: palestras,
como a imaginação. A arte e a ciência foram, aos poucos, sendo afastadas do universo do trabalho e da produ-ção, deixando uma lacuna de capaci-dades importantes.
Para reconciliar saberes diver-sos, como arte e ciência, em prol da inovação, a exemplo do que era comum no Renascimento, o ISVOR (Instituto para o Desenvolvimen-to Organizacional ou Universidade Corporativa do Grupo Fiat, ativo desde 1972) criou o Programa da Vinci orientado pela metodologia do Design Thinking, que desde 2009 norteia as tomadas de decisões es-tratégicas da empresa.
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Ferramenta do Design Thinking
tem como princípios a
imaginação, empatia e
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cursos, workshops, intervenções ar-tísticas, leituras e até mesmo criação de uma rede online (www.programa-davinci.com.br).
A real mudança de cultura é um processo que precisa de tempo, envol-vimento e investimento contínuo. Tra-balhando com a inspiração no design com a consultoria de Denise Eler, o IS-VOR já vê alguns resultados imediatos como o maior engajamento dos profis-sionais no processo de co-criação das soluções e geração de ideias com po-tencial de inovação. “As pessoas estão cansadas de velhas fórmulas engessa-das que não geram os resultados es-perados. Desta forma, quando as pes-soas são apresentadas à metodologia de design, há uma resposta positiva imediata”, afirma Márcia Naves.
A Gestora do Programa de Inova-ção na Fiat PowerTrain, Mariana Yaz-beck, incorporou a novidade proposta pelo ISVOR no espectro de atividades já desenvolvidas pela área. “Começa-mos com a realização de oficinas de criatividade, e até agora foram reali-zados quatro encontros envolvendo cerca de 80 profissionais da FPT. Os feedbacks foram muito positivos e o mais importante é a geração de ideias
que a experiência proporciona ao lon-go do tempo, ajudando a criar uma sustentabilidade, uma permanência de posturas criativas - isso é o que queremos”, diz Mariana.
Já na Fiat está sendo implemen-tado um projeto que mapeia e im-plementa a inovação de uma forma abrangente e transversal, através do desenvolvimento de um modelo de gestão com o auxílio de uma consul-toria internacional, a Strategos. O ISVOR trabalha paralelamente como parceiro deste projeto desde o iní-cio de 2011, desenvolvendo ações, workshops e palestras que criem cenários, surpreendam e “abram a cabeça” dos participantes. Como ex-plica o Supervisor de Inovação Estra-tégica da Fiat, Paulo Matos, “assim como são necessários os aportes de pesquisa, precisamos antes de tudo de provocar as pessoas, gerar mo-mentos de insights, o que está sendo feito com o Programa Da Vinci”. Fo-ram quatro meses de trabalho e ain-da muito a ser feito pela frente.
PArCeriA CoM A CulTurAParceiro do ISVOR na missão de
proporcionar aos profissionais novos
conceitos e novos olhares, a Casa Fiat de Cultura contribui desde 2010 com atividades inovadoras através de ex-posições, realização de seminários e instalações artísticas. “A cada novo projeto da Casa Fiat tentamos desen-volver um outro tipo de diálogo para envolver os executivos da Fiat, ten-tando transferir um pouco a inova-ção, informação e conhecimento por trás de cada atividade cultural”, con-ta a Gestora da Casa Fiat de Cultura, Ana Vilela.
De acordo com o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira, a humanidade sempre usou as referências artísticas para girar as rodas da evolução, para es-timular o crescimento e o aprimora-mento no âmbito do trabalho. Sendo assim, a primeira atividade desenvol-vida foi a visita à 29ª Bienal de Arte Contemporânea de São Paulo, patro-cinada pela Fiat em 2010. A opor-tunidade foi valiosa para designers, administradores, engenheiros, jorna-listas e profissionais de recursos hu-manos buscarem a integração entre o mundo corporativo com o artístico, desenvolvendo o olhar e as ideias de forma peculiar após conversar com o curador Agnaldo Farias e a especia-lista em economia criativa (um novo modelo de gestão e negócios baseado no bem intelectual e na criatividade), Ana Carla Fonseca.
Já em 2011, foi realizado um de-bate mediado pela filósofa Márcia Tiburi sobre o tema “Felicidade”, que provocou os participantes a refletir sobre diversas perspectivas. Na expo-sição “Tarsila e o Brasil dos Moder-nistas”, que gerou 35 mil visitas para a Casa Fiat em 2011, o cenário serviu para uma conversa com o professor da Fundação Dom Cabral, Ricardo Carvalho, sobre novos rumos para a gestão empresarial e inovação atra-vés da arte.
Um trabalho interessante em cur-so são as instalações de arte contem-
porânea no prédio do ISVOR. São seis intervenções ao longo de seis meses (previstas para acabarem até o final do ano), ocupando o espaço e con-versando entre si. Concebidas pelos artistas e professores Guilherme Ma-chado, Mauricio Leonard e o Ronan Couto, fazem parte do projeto Coti-diano Inventado. “Conceitos interes-santes a respeito de comportamento, espaço, temporalidade e experiências são oferecidos através da arte concei-tual, abrindo novas experiências para quem freqüenta o prédio do ISVOR. Progressivamente, a cada intervenção e seu conceito, pretendemos sensibili-zar as pessoas para entender melhor o
que é arte, ter experiências diferentes dentro do dia a dia, e poder fazer algo inovador”, diz Ana Vilela.
Assim, oferecendo soluções edu-cativas através de um programa am-plo e repleto de parcerias, o ISVOR promove uma gradual mudança na forma de pensar e ver o mundo, gerar ideias e inovações. Dentre os clientes, que atuam como co-criadores em cada projeto, estão a Magnetti Marelli, Fiat Group Purchasing (FGP), Comau, Fiat Services, Teksid, Iveco e Fiat Automó-veis, dentre outros do Grupo Fiat.
‘Da VinciConvida’: umdos eventos doprogramaonde a cadaquinze dias umprofissionalcompartilha suasexperiências.Na foto, PauloMatos, da Fiat
Os participantes passam por workshops,
atividades em grupo, palestras e cursos diversos
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Desde agosto de 2009, o projeto Rá-dio História, idealizado pelo pro-fessor e diretor didático Marcus
Vinícius Leite, transformou as aulas de história da Fundação Torino em uma re-dação jornalística. Grandes acontecimen-tos que marcaram o Brasil e o mundo são narrados pelos alunos do Liceo Scientifi-co (Ensino Médio), como uma cobertura jornalística “ao vivo”, através de pod-casts* - arquivos de áudio - postados no blog, Facebook e Twitter. A iniciativa é aprovada por estudantes e também por todo setor educacional, tendo recebido o Prêmio Microsoft Educadores Inovadores na categoria Escola Particular.
Na avaliação do professor Marcus Vinícius, a Rádio História transforma o processo histórico numa realidade mais tangível para os estudantes e torna o ensino mais lúdico e agradável. “A rádio
Atividade dinâmica e ensino inovadorAdepta à tecnologia, a Fundação torino inova seus métodos deensino com atividades dinâmicas e virtuais, como a rádio história
por CArlA MedeiroS
alfabetizada tendo acesso ao computa-dor e domina muito bem os recursos da informática. Temos que explorar melhor ferramentas de ensino como essa. Temos muitos acessos no blog e no Facebook, e muitos acompanham a Rádio pelo Twit-ter, que extrapolou as fronteiras da esco-la e até mesmo do Brasil, já que temos seguidores em mais de 10 países.” O pro-jeto foi também tema de artigo publicado na Revista de História da Biblioteca Na-cional, na edição de março de 2010.
Para Marcus, o reconhecimento da iniciativa tam-bém pela Micro-soft Brasil motiva o projeto a ir mais longe e serve de estímulo para os estudantes e pro-fissionais se dedi-carem em novas empreitadas como essa. O Prêmio Edu-cadores Inovadores, que está em sua 6ª edição, agracia os melhores projetos edu-cacionais de professores e escolas que usam a tecnologia para inovar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
“É uma grande vitória para a práti-ca inovadora da Fundação Torino e de todo o nosso corpo docente. Nossa Rádio História foi finalista entre mais de 1400 trabalhos de todo o país. É gratificante mostrar o troféu para os alunos que par-ticiparam da rádio nos últimos anos, pois foi um resultado do nosso trabalho”, con-cluiu o professor e idealizador do projeto.
BASTidoreS dA rádioO projeto, uma espécie de estação
online, consiste na produção de bole-tins de rádio com o conteúdo histórico trabalhado na Fundação Torino. Como em uma reunião de pauta, os temas são escolhidos e os alunos divididos em gru-pos. “Após a divisão, os alunos pesqui-sam, produzem textos e narram como protagonistas dos eventos históricos ou repórteres”, detalha o professor. Até ju-nho deste ano o projeto era desenvolvido
pelos alunos da Scuola Media (Ensino Fundamental) e agora está sob a respon-sabilidade dos alunos do Liceo Scientfico. Na Rádio, os alunos podem assumir di-ferentes papéis: personagens, locutores, repórteres, comentaristas, entrevistados, entre outros.
Os noticiários são gravados no labora-tório de idiomas da escola equipado com computadores, microfones, fones de ouvi-do e sistemas específicos que garantem a qualidade da produção. “Depois de grava-
dos, os podcasts são edi-tados no Movie Maker, onde inserimos imagens. Postamos os arquivos no blog e disponibiliza-mos também nas redes sociais, como Facebook e Twitter”, esclarece o professor que tem a res-ponsabilidade de postar o resultado do trabalho
dos alunos, além de coordenar o projeto.
PreMiAçãoNeste ano, o Prêmio Educadores
Inovadores, promovido pela Microsoft Brasil, agraciou docentes e instituições dos estados: Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Pernambuco. O evento de premiação foi dia 3 de agosto, em São Paulo. Como prêmio, cada um ganhou um notebook, um pacote do software Office 2010 e um troféu.
virtual estimula o aprendizado e ajuda os alunos a fixarem o conteúdo. Posso, por exemplo, dar aula expositiva sobre a queda do Muro de Berlim, mas este fato se torna mais real quando os alunos o interpretam para gravar os noticiários. É um projeto que resulta em ganhos acadê-micos e a escola apóia essa prática.”
É possível avaliar as diferentes habi-lidades dos estudantes com a produção da rádio online. O que é o diferencial das atividades dinâmicas. “Um aluno pode apresentar dificuldades em uma prova escrita, mas ao produzir o trabalho na rádio virtual ele tem avaliada a pesquisa, produção, escrita, oralidade e participa-ção”, disse Marcus Vinícius.
O retorno dos alunos tem sido muito positivo. O professor afirma que as tur-mas sempre se interessaram pelo pro-jeto. “A atual geração de estudantes foi
O professor e idealizador do projeto, Marcus Vinícius Leite, com alunos no laboratório da Rádio História
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*PodCAST
o professor explica que o termo é a de junção de ipod (toca-
dor de Mp3) e broadcasting (transmissão de dados via rádio
ou tv). os podcasts ficam abrigados em sites.
linKS
www.radiohistoriaft.blogspot.co
@radiohistoria
www.facebook.com/radio.historia
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Foi com um calor de quase 30 graus de uma linda manhã de sábado, que centenas de famílias marca-
ram presença na Festa da Família da Scuola Materna da Fundação Torino. A iniciativa, que está em sua 10ª edi-ção, aconteceu no Parque das Manga-beiras, um dos mais importantes pon-tos turísticos da capital mineira. Logo na abertura, em meio a cata-ventos coloridos, as famílias puderam reali-zar uma pequena caminhada de 500 metros pelo parque e finalizaram o dia com um piquenique.
Segundo a diretora da Scuola Ma-terna, Magda Casarotti, a Festa da Fa-mília é um evento que busca promover
Festa da Família comemora 10ª edição no parque das Mangabeirasencontro promoveu a integração da criança com sua família e a consciência ecológica
Por dAnielA venânCio
parte do tempo com os avós, tios, pa-drinhos, etc. Essa festa comemora a diversidade da conformação familiar”, explica a diretora da Scuola Materna da Fundação Torino.
A diretora didática responsável pelo italiano, Gracia Leone, conta que após o encontro as crianças vol-tam revigoradas e muito mais felizes para sala de aula. “Hoje está cada vez mais difícil encontrar pais e filhos que desfrutem de muito tempo juntos. A correria do dia-a-dia por conta da demanda de trabalho e outras obriga-ções do cotidiano acabam diminuindo o tempo de lazer entre pais e filhos. Nós, como escola, sempre prezamos por essa união familiar”, conta. E a iniciativa é aprovada por Damião Ro-cha e Rita Consuelo, pais do pequeno Bernardo, de três anos. “Nós achamos muito interessante a iniciativa da Fundação, o ganho, além da integra-ção entre pais filhos, é a integração entre os pais dos alunos, que também acreditamos ser um fator positivo na formação das crianças”, avaliam.
Na expectativa para participar do encontro, Alissa de cinco anos se diverte ao lado dos pais durante o piquenique. “o que mais gosto é po-der ficar com meus pais e com meus colegas”, comemora. A mãe, Marina Ushiro, acredita que o evento contri-bui muito para a formação das crian-ças que precisam sempre participar de eventos que valorizem a união da família.
ConSCiênCiA eCológiCA Durante organização do encon-
tro a Fundação Torino buscou aliar a Festa da Família com a educação ambiental. Segundo a professora de educação física da Scuola Materna, Carla Nunes, a ideia para pensar anu-almente o evento vem da disponibili-dade de tentar fazer o melhor para os alunos. “Nesse ano escolhemos o Par-que das Mangabeiras por ser um lugar muito bonito e por estar à disposição
de toda a população. É necessário que as crianças criem o hábito, des-de cedo, de frequentar lugares como esses e saber, de fato, a real importân-cia que esses espaços públicos têm”. Membro da comissão organizadora, Carla revela que o Parque é perfeito para mostrar às crianças que fazemos parte da natureza e que, por isso, so-mos um ser integrado. “É um momen-to de educação ecológica, tanto que fizemos até uma pequena caminhada e mostramos a importância de não jo-gar papel no chão e de cuidar do ver-de”, salienta.
Pai de dois alunos da Scuola Ma-terna, Santiago e Rodrigo de dois e quatro anos respectivamente, José Henrique Guimarães, acredita que a iniciativa agrega valores preciosos para as crianças. ”É importante que a escola trabalhe em parceria com os pais para incentivar a boa convivên-cia familiar e o senso de preservação do meio ambiente”, defende.
Outra novidade para esse ano foi a criação de uma comissão de pais que ajudou na organização do evento, reflexo da preocupação da Fundação Torino que sempre se ocupou em apro-ximar a escola e a família, criando um ambiente único e propício ao desen-volvimento da criança.
instantes agradáveis de socialização entre pais e filhos, buscando um con-tato maior com a natureza. “Quere-mos ajudar a criança a entender que ela faz parte de um ambiente familiar unido, repleto de amor, carinho e cui-dado, sentimentos importantes para a sua formação e desenvolvimento”.
Magda conta ainda que a ideia de fazer a Festa da Família é para comemorar a integração da criança com seu ambiente familiar. “Hoje, a maioria das famílias não possuem mais a conformação de antes, forma-da somente pelo pai, mãe e irmãos, isso mudou e, por isso, muitas vezes vemos crianças que passam a maior Fo
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o sonho se tornou realidade. Após sete anos de dedicação e trabalho, mais de 14 mil pes-
soas beneficiadas e 109 instituições locais fortalecidas para atuar em prol da comunidade do Jardim Teresópolis, em Betim, o Programa Árvore da Vida irá ganhar uma sede própria. A pedra fundamental da nova estrutura foi lançada no início de setembro e, em breve, o projeto poderá expandir seus horizontes.
A data para o início das obras ainda não foi definida em função de o projeto de engenharia, doado pela Comau do Brasil – empresa do Grupo
Mais um passo à frentepedra fundamental da futura sede do programa Árvore da vida é lançada em evento que reflete o amadurecimento da relação entre a Fiat e a comunidade
por liliAn loBATo
diretor de Comunicação Corporativa da Fiat, Marco Antônio Lage.
Segundo ele, além do aspecto físi-co, o programa passará a ter melhor eficiência dos recursos que poderão ser destinados às tantas ações em prol da comunidade. Lage destaca que o Árvore da Vida poderá investir, ainda mais, no desenvolvimento humano.
A construção do espaço ainda re-flete o amadurecimento do relaciona-mento entre a Fiat e a comunidade. “A nova sede é fruto do entendimento da gestão do Árvore da Vida com o mo-mento da comunidade, que entende seu papel de agente modificador e de desenvolvimento. Já tivemos diver-sas realizações ao longo da atuação do programa e, agora, comemoramos uma importante conquista desse tra-balho coletivo. Esperamos que a nova sede seja uma forte referência de inte-gração, esperança e desenvolvimento da comunidade”, destaca o diretor de Comunicação Corporativa da Fiat.
A nova sede será implantada em uma área de 1,5 mil metros quadra-dos e oferecerá atendimento direto a aproximadamente 300 pessoas por mês. A estrutura ainda irá reunir a Cooperárvore – cooperativa social do Programa Árvore da Vida - bem como salas para o desenvolvimento das ati-vidades relacionadas ao percurso for-mativo proposto pelo programa aos adolescentes, espaço para cursos de qualificação profissional e um auditó-rio para os encontros da Rede de De-senvolvimento Social do Teresópolis e da Rede de Empreendedores do Jardim Teresópolis (Rejat).
Para completar, também haverá espaço para outras iniciativas e proje-tos da comunidade, que irão reforçar o sentimento de pertencimento dos moradores ao espaço e incentivar a gestão participativa.
Tanto a aquisição do terreno como a construção de toda a estrutura serão custeadas com recursos da Fiat Auto-
Fiat – ainda estar em fase de elabo-ração. Com o início da construção, a expectativa é de conclusão do novo espaço em 18 meses.
Desde a sua criação, em 2004, pela Fiat Automóveis em parceria com as ONGs Fundação AVSI e CDM (Co-operação para a Morada Humana), o Árvore da Vida funciona em um prédio alugado, na rua Duque de Ca-xias, 956. “A sede própria significa a afirmação do programa. O Árvore da Vida é um projeto sustentável e gerido pela comunidade. A construção desse espaço é mais um fruto que colhemos e um passo para o futuro”, ressalta o
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As crianças do Árvore da Vida durante evento de lançamento da pedra fundamental
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dos pela Fundação AVSI e CDM, junto a outros apoiadores do programa. A ideia é envolver fornecedores Fiat e outras empresas do município que já atuam proativamente em outras ativi-dades do Árvore da Vida.
A CDM, por exemplo, apoia o pro-grama desde o seu início e, para o diretor de Projetos, Martionei Leite Gomes, a construção da sede própria transforma o Árvore da Vida em uma ação contínua. “O programa passará a fomentar, ainda mais, as iniciativas já existentes e também terá uma pre-
sença mais autônoma no Jardim Tere-sópolis. O ambiente irá permitir que cada expressão da comunidade tenha espaço garantido”, explica.
Ainda segundo ele, a sede própria simboliza a confiança da Fiat, CDM e AVSI em estabelecer uma relação com a comunidade que perdure sobre o tempo. Gomes ressalta que um dos benefícios do novo prédio está no fato de ser projetado para potencializar o atendimento das necessidades das atividades que serão desenvolvidas na região. A Cooperárvore é um dos projetos que terá uma infraestrutura mais adequada para recepção de ma-téria-prima, produção e expedição dos seus produtos.
De acordo com o diretor de Proje-tos da CDM a união entre o social e o ambiental faz com que o programa tenha mais chances de sobrevida no futuro. Ele destaca que como a nova sede será construída dentro dos parâ-metros da sustentabilidade será pos-sível reduzir custos e tornar o espaço adequado para o crescimento do pro-grama e da comunidade.
A sede própria ainda consolida as ações já implementadas e contribui para a atividade econômica do Jardim Teresópolis. “A partir dos projetos cria-dos no Árvore da Vida é possível gerar renda para os cooperados. A qualifica-ção dos profissionais é uma das ini-ciativas responsáveis pela inserção no mercado de trabalho. As ações preci-sam ser distintas, integradas e comple-mentares”, afirma o gerente de Projetos da Fundação AVSI, Jacopo Sabatiello.
Um espaço próprio para desenvol-ver as atividades do programa eleva a confiança da comunidade na Fiat e seus parceiros. É o que ressalta Bene-dito Rocha Martins, uma das lideran-ças da comunidade que define a sede própria como sinônimo de desenvolvi-mento. Segundo ele, a comunidade par-ticipa e acredita no programa. “A par-tir da construção dessa estrutura será possível ampliar os níveis de profissio-nalização e até de conscientização das pessoas que vivem na comunidade. É fundamental que o Árvore da Vida con-tinue a embalar sonhos e gerar vida”.
As mudanças já ocorreram na vida de Claudinéia Alvarenga da Silva. Ao fazer parte da Cooperárvore, ela pas-sou de diarista a artesã e ainda reali-zou o sonho da casa própria. “Comecei a fazer cursos e trabalhar na cooperati-va por intermédio da minha irmã, que na época participava do grupo. Inicial-mente, cheguei a atuar como diarista e artesã ao mesmo tempo. Entretanto, percebi que teria que me dedicar a ape-nas uma das funções e optei pelo arte-sanato. Hoje, tenho certeza de que fiz a escolha certa”, avalia.
Claudinéia Alvarenga atua na pro-dução de chaveiros e acabamento fi-nal das bolsas há quase cinco anos. Para ela, a nova sede é a realização de um sonho. “O espaço onde traba-lhamos é adequado, mas ainda somos dependentes. Com a sede própria, te-remos mais liberdade até para expan-dir os negócios”.
Assim como Claudinéia Alvaren-ga, a vice-presidente da Cooperárvore, Iracema Pereira da Costa Salgado, viu sua vida se transformar ao participar da criação da cooperativa, em 2006. Era um momento conturbado na vida pessoal de Iracema que, ao começar a atuar na área de corte de tecidos com tanta dedicação e trabalho, virou a página: “A cooperativa me ajudou a superar, consegui gerar renda e con-tribuir financeiramente em casa. A minha vida realmente mudou”, relata.
De acordo com Iracema Pereira, a construção da nova sede é represen-tas novas oportunidades para todas as cooperadas. Ela destaca que o es-paço para a produção será ampliado e será possível receber mais pessoas e expandir o serviço prestado.
MEIO AMBIENTE ALINHADO AO SOCIALA criação da nova sede do Progra-
ma Árvore da Vida também envolveu pessoas que apostam no sucesso da
iniciativa. O projeto arquitetônico foi elaborado e doado pelo arquiteto Gus-tavo Penna, profissional de destaque mundial. “Após conhecer o Árvore da Vida e a sua organização fiz questão de participar do processo”, ressalta.
O conceito do projeto tem como base a sustentabilidade que, segundo Penna, precisa estar em todo projeto arquitetônico. Ele afirma que é fun-damental ter espaços multiuso que possibilitem a realização de diversos tipos de eventos.
De acordo com o arquiteto, o pro-jeto propõe um edifício aberto, aco-lhedor, que favoreça a socialização, os trabalhos coletivos e seja capaz de abrigar qualquer tipo de atividade que a comunidade desejar. “É um edifício bioclimático, alegre e integrado ao ambiente. Os vários espaços do prédio são intervisíveis, o que significa que ninguém está sozinho. Cada atividade participa do todo, sem compartimen-tação, já que a arquitetura é uma fer-ramenta de promoção social. O prédio vai refletir a generosidade das ações que acontecem no projeto”.
Ainda será construído um sistema de captação de água das chuvas para reuso na irrigação do jardim interno e lavagem de pisos. Materiais descar-tados da produção dos carros, como tecido automotivo e caixas de pape-lão, serão utilizados para fazer o tra-tamento acústico dos espaços, assim
Martionei LeiteGomes, diretorde projetosda CDM: “asede própriaconsolidaas ações jáimplementadas”
As cooperadas Claudinéia Alvarenga, à esquerda, e Iracema Pereira fazem parte da cooperativa desde 2006
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como pedaços de metal farão o con-trole da entrada de luz, uma espécie de veneziana artística. Entre os dois blocos construídos haverá um jardim e na frente do prédio uma grande ár-vore, que irá representar o próprio programa.
Ao longo desses sete anos, o Ár-vore da Vida mobilizou a comunidade do Jardim Teresópolis e fez a diferen-ça na vida das pessoas. A estratégia traçada pelo programa leva à comu-nidade ações com base em três eixos: atividades socioeducativas, geração
de emprego e renda e fortalecimento da comunidade.
As iniciativas têm sempre como foco principal as crianças e jovens, e seus núcleos de relacionamento, como a família e a escola. O progra-ma busca o desenvolvimento huma-no, que requer ações de longo prazo. Por essa razão, o Árvore da Vida rea-liza investimentos contínuos e utiliza uma metodologia que envolve toda a comunidade.
Para o presidente da Fiat Automó-veis, C. Belini, o balanço desses sete anos e o lançamento da construção da
futura sede do programa demonstram a perspectiva da atuação da empresa na comunidade. “Aos poucos, deixa-mos de ser os mobilizadores e cata-lisadores de melhorias sociais para ocuparmos o lugar de mais um pon-to da sólida rede que trabalha para promover o desenvolvimento justo e sustentável da região do Jardim Tere-sópolis e do município de Betim. Acre-ditamos que o protagonismo de cada um dos cidadãos e dos atores sociais é a grande força para a melhoria conti-nuada da realidade local”, afirma.
Vale ressaltar que, no eixo socio-educativo, anualmente são atendidos aproximadamente 2 mil crianças e adolescentes, por meio de atividades esportivas, de reforço escolar e apoio à alfabetização, supletivo, oficinas de canto, dança, percussão e formação humana.
Como resultado desse trabalho, alguns indicadores da região aponta-ram que de 2004 a 2010 houve au-mento de 25% no número de alunos aprovados na escola regular (de 71% para 96%). A permanência na escola passou de 83% para 96% no período. O interesse, frequência e participação dos alunos na escola regular passa-ram de 58% para 86%, um aumento de 28%.
De acordo com pesquisa encomen-dada pela Fiat, Fundação AVSI e CDM, realizada pela empresa Polis Pesquisa e coordenada pela cientista social Ber-tha Maakaroun, no período de 2008-2011 houve aumento no número de famílias com a participação de pelo menos um de seus membros no Pro-grama Árvore da Vida. O crescimento médio foi de 8,2 pontos percentuais. Em 2008, 16,5% das famílias rela-taram que pelo menos um de seus membros teria participado ou estaria participando do programa. Em 2011 essa proporção subiu para 24,7%. No âmbito das famílias, em média, foram atingidas direta ou indiretamente pelo programa 7.753 pessoas.
O arquiteto Gustavo Penna: “o prédio vai refletir a generosidade das ações que acontecem no projeto”
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o esporte pode fazer a diferença na vida das pessoas. Mais que isso, tende a contribuir para a
educação, sobretudo dos jovens. Para melhorar o acesso às atividades tanto no Jardim Teresópolis como no restan-te do município, o Grupo Fiat e a pre-feitura de Betim lançaram, no início de setembro, o projeto Esporte para Todos, que faz parte do Programa Ár-vore da Vida – Parcerias.
O objetivo do projeto é incremen-tar a prática de esportes em Betim e fazer com que as atividades sejam uti-lizadas na educação. A participação do Grupo Fiat foi efetivada por meio de as empresas Fiat Automóveis, Ban-co Fidis e Teksid e possibilitará que o projeto beneficie diretamente mais de três mil pessoas em toda a cidade. An-
esporte e educação,direitos de todosprojeto esporte para todos incentiva a atividade física e contribui para melhoria do rendimento escolar
por liliAn loBATo
cidadania e para a formação e socia-bilidade dos jovens, além da melhoria da qualidade de vida da população de Betim. “Entre nossos maiores objetivos está a garantia de um atendimento am-plo às necessidades dos jovens de nos-sa cidade, possibilitando a eles melho-res oportunidades no futuro”, afirma.
A aposta do secretário municipal de Esportes da prefeitura de Betim, Nei Lúcio, também é de que a amplia-ção do projeto possa incentivar a ati-vidade física, contribuir para melhoria dos níveis de frequência e rendimento escolar dos estudantes, resgatando
sua autoestima, promovendo a socia-bilidade, desenvolvimento e formação como cidadãos.
É o que já ocorre com a judoca Jéssica Aguilar, de 12 anos. Há oito anos, ela pratica judô por incenti-vo dos pais, que são faixa preta no esporte. Com a criação do projeto, o esporte passou a ser praticado na comunidade e contribuiu para que a atleta tivesse mais disciplina e res-ponsabilidade no colégio e dentro de casa. “Quero continuar lutando e al-cançar uma competição de alto nível, como o mundial de judô”, estima.
teriormente, o projeto era destinado apenas aos jovens.
“O projeto irá possibilitar a demo-cratização do esporte e irá beneficiar milhares de pessoas. A ideia de apoiar o projeto, que já vinha sendo realizado pela prefeitura, partiu da importância do esporte e da necessidade de garan-tir acesso à todas as idades”, explica o diretor de Comunicação Corporativa da Fiat, Marco Antônio Lage.
A prefeita Maria do Carmo Lara também destaca a importância da ini-ciativa. De acordo com ela, esta é mais uma medida para o fortalecimento da
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As jovens judocas vêem novas oportunidades no esporte
Marco Antônio Lage junto às crianças do Jardim
Teresópolis: “O projeto irá possibilitar a
democratização do esporte”
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estar à frente da concorrência sem-pre foi um dos objetivos e prática comum na Fiat desde que a mon-
tadora se instalou no Brasil. E parece que os nadadores da equipe Fiat/Mi-nas assimilaram bem essa ideia. Tan-to é que a equipe foi campeã do Troféu José Finkel de Natação, disputado nas piscinas do próprio Minas Tênis Clube entre 29 de agosto e 4 de setembro. O tradicional clube mineiro não vencia o Maria Lenk e o José Finkel, principais competições da natação brasileira, na mesma temporada, desde 1988. Mas no ano de 2011 a equipe Fiat/Minas quebra o tabu e consagra um trabalho planejado, que promete render muitas medalhas até 2016, ano da realização das Olimpíadas no Brasil.
hegemonia nacional nas piscinasequipe Fiat/Minas conquista o troféu José Finkel de natação, disputado nas piscinas doMinas tênis Clube e mostra força da parceria com a Fiat para as olimpíadas de 2016
por FrederiCo MACHAdo
obter esses dois resultados na mesma temporada. “São competições que re-únem grandes clubes e os principais nadadores do país competindo em alto nível. Esse feito é para ficar na histó-ria do Minas e vem como reconheci-mento pelo nosso trabalho diário nos treinamentos”, analisou Vaccari.
O presidente do Minas Tênis Clu-be, Sérgio Bruno Zech Coelho, acre-dita que o resultado no José Finkel comprova a eficiência da parceria do clube com a Fiat no Projeto Olímpico Natação Fiat/Minas Rio 2016, pionei-ro no treinamento de alto nível para as Olimpíadas no Rio de Janeiro. A previsão é que o clube tenha cerca de 40 atletas devidamente preparados para os Jogos do Rio. “Isso é o que o Minas faz, somos um grande revela-dor de atletas. Este é o nosso negócio, sempre contando com nossos patroci-nadores e apoiadores”, afirmou Sérgio Bruno Zech Coelho, que deixou as for-malidades de lado e também caiu na piscina para comemorar a conquista diante da torcida minastenista.
A parceria também é comemorada na Fiat. “O Projeto Olímpico Natação Fiat/Minas Rio 2016 é uma parceria de longo prazo e é muito satisfatório ter conquistas como esta logo no iní-
cio do trabalho. As ações do projeto se iniciaram em Março de 2011 e, desde então, a equipe Fiat/Minas conquistou simplesmente os dois mais importan-tes campeonatos nacionais de Nata-ção – Troféu Maria Lenk em Maio e Troféu Jose Finkel em Setembro - re-tomando a hegemonia nacional desse esporte. Os resultados demonstram também que fizemos uma excelente opção ao estreitar nossos laços com o Minas também na natação, esporte que vem conquistando cada vez mais admiradores no Brasil e no mundo”, afirmou a especialista em publicidade da Fiat, Rosália Andrade.
Nas piscinas do Minas Tênis Clu-be mais de 400 nadadores disputa-ram, braçada a braçada, melhores tempos e medalhas para os 33 clu-bes que participaram da competição. No final, o título do José Finkel ficou com a equipe Fiat/Minas, depois de treze anos, com 2.493,5 pontos (12 medalhas de ouro, 19 de prata e 13 de bronze. Veja box), seguida pelos tradicionais clubes: Pinheiros, de São Paulo (1.799 pontos) e Flamengo, do Rio de Janeiro (1.478 pontos).
A conquista coroa uma temporada de sucesso, já que em maio a mesma equipe havia vencido o Troféu Maria Lenk, disputado no Rio de Janeiro. O técnico interino da equipe, Marcelo Vaccari, ressaltou a dificuldade de se
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Equipe Fiat/Minas comemora as vitórias
Rodrigo Castro, destaque da equipe nos 200m livre
Fabíola Molina levou quatromedalhas deouro em provasindividuais
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RTE Durante as provas, a Fiat realizou
várias ações para empolgar a torcida e divulgar a marca da montadora. “Ins-talamos um banner da equipe Fiat/Mi-nas e faixas com a marca Fiat por todo o parque aquático. Além disso, coloca-mos mock ups de carros da gama Fiat nos postes. No total foram 11 carros
que trouxeram representatividade e chamaram bastante a atenção. Outra ação foi a interação com a torcida du-rante o final de semana, com a dis-tribuição de batecos e um bandeirão gigante de aproximadamente dez me-tros. Por último, a marca Fiat esteve presente também nas propriedades padrões: backdrop, prismas ao redor da piscina, blimp, marca no placar e veiculação do jingle ‘Fiat 35 anos’, o
que representou a marca de uma for-ma descontraída e divertida”, revela Rosália Andrade.
oS venCedoreSO nadador Rodrigo Castro foi um
dos destaques da equipe Fiat/Minas na competição e levou a medalha de prata nos 200m livre. Rodrigo tem uma longa história no Minas e sabe da dificuldade de vencer o José Finkel, já que também competiu em 1998, quando o clube levantou o troféu pela última vez.
“Em 1998 eu era calouro e nadei representando o Minas no José Finkel. Depois desse tempo todo é muito bom trazer essa vitória para a nossa casa. É gratificante saber que a minha me-dalha ajudou nessa conquista”, afir-ma Rodrigo. O nadador acredita que as parcerias são fundamentais nesses resultados. “O apoio do patrocínio é fundamental para ter uma equipe de ponta. Com o patrocínio, percebe-mos que chegaram alguns reforços de peso. Nos outros anos faltava um pouquinho, mas agora somos nós que ditamos o ritmo”, disse animado.
A experiente Fabíola Molina foi ou-tra gigante que nadou pela equipe Fiat/Minas. A capitã da equipe levou qua-tro medalhas de ouro em provas indi-viduais (50, 100 e 200m costas e 100m borboleta), além de outro primeiro lu-gar no 4x100m medley. Desempenho que lhe valeu ainda os troféus de mais eficiente e melhor índice técnico da competição entre as mulheres.
“Tudo foi sempre muito positi-vo aqui no Minas, mesmo com curto tempo de adaptação, já que cheguei ao clube no início da temporada. Mas valeu a perseverança. Quero sempre mais e acho que a conquista é fruto do trabalho de todos. O planejamento e o investimento, com certeza, fazem parte desta festa”, analisou Fabíola Molina, que acumula incríveis 43 me-dalhas de ouro em Troféus José Finkel em sua carreira.
ouroFabíola Molina – 200 m costas Fabíola Molina – 100 m borboleta Fabíola Molina – 50 m costas Fabíola Molina – 100m costas Juan pereyra – 1500 m livre Juan pereyra – 400 m livre Juan pereyra – 800m livre Jéssica Cavalheiro – 200 m livre inge Dekker – 50 m livreinge Dekker – 50m borboleta 4x200 m livre (Manuella Lyrio, Kimberly vandenberg, Júlia gerotto e Jéssica Cavalheiro)4x100m medley (Fabiola Molina, renata Sander, Dandara Antônio e Kimberly vandenberg)
PrATAglauber Silva – 50m borboleta renata Sander – 200 m peito Fernanda Alvarenga – 200 m costasKimberly vandenberg – 200 m livreKimberly vandenberg – 200 m borboleta Daynara de paula – 100 m borboletaDaynara de paula – 50m borboletarenata Sander – 100m peito Felipe Lima – 100m peito Lucas Kanieski – 400 m livreLucas Kanieski – 1500 m livre Lucas Kanieski – 800 m livre rodrigo Castro – 200m livre Lucas Salatta – 200 m borboletaDiogo yabe – 200m medley 4x50m livre (ricardo Morini, giovane paula, ricardo Machado e Nicolas oliveira) 4x50m livre (inge Dekker, Daynara de paula, Simone Koehler e Kimberly vandenberg) 4x100m livre (inge Dekker, Manuella Lyrio, Jéssica Cavalheiro e Daynara de paula) 4x100m livre (ricardo Machado, glauber Silva, ricardo Morini e Nicolas oliveira)
BronzeJuliana Marin – 200 m peito Leonardo Fim – 200 m costas Diogo yabe – 400 m medleyNicolas oliveira – 100m livreKimberly vandenberg – 200m medley Felipe Lima – 50m peito Felipe Lima – 200m peito Fernanda Alvarenga – 100m costasManuella Lyrio – 200m livre Júlia gerotto – 400m medleyMarcus Ferrari – 800m livre4x100m medley (Leonardo Fim, Felipe Lima, glauber Silva e Nicolas oliveira) 4 x 200 m livre (Lucas Kanieski, Juan pereyra, Marcus Botega e Nicolas oliveira)
CONHEçA OS MEDALHISTAS DA FIAT/MINAS
Lucas Kanieski, Juan Pereyra e Marcus Ferrari no podium pelo revezamento masculino. No feminino, quem sobe ao podium é Kimberly Vandenberg, Dandara Antônio, Fabiola Molina e Renata Sander
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Brasil e Itália. Já há muito tempo estes dois países mantêm uma relação intensa, de troca e coo-
peração, presente na arte, na cultu-ra, na gastronomia, nos negócios, na arquitetura, nos esportes, na ciência e tecnologia. Para celebrar tamanha identidade, dezenas de atividades se sucederão até junho de 2012, em ambos os países, como forma de ce-lebrar esta ligação e reforçar os laços de união.
O Momento Itália-Brasil foi lan-çado em outubro em todo o Brasil e merece uma solenidade na Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte, que contou com a presença de líderes po-líticos, empresários, representantes
Momento itália-Brasil, prepare-se para viver uma paixãoo MiB é uma viagem de aproximação e reconhecimento de dois povos, unidos por amizadesecular e admiração recíproca, celebram essa relação intensa de troca e cooperação
por Jô AlMeidA
poderão conferir as mostras De Chirico: O sentimento da arquitetura e Caravaggio e os Caravaggescos.
“A Fiat tem a Itália em seu DNA, por-tanto não poderia ficar de fora do MIB”, afirma José Eduardo de Lima Pereira. “Desde o século 19, a Itália se integrou a Minas Gerais e faz parte da nossa his-tória. O Momento Itália-Brasil represen-ta uma reafirmação destes vínculos que transcendem eventuais problemas nas relações diplomáticas entre os dois paí-ses.”, completa.
Durante a cerimônia de lançamento, o governador Antonio Anastasia men-cionou a relação entre as duas nações, em particular a imigração italiana para o Brasil. “Lembramos aqui as agruras daqueles que, no fim do século XIX, iní-cio do século XX, deixaram seu país, sua cultura, seus familiares, sua tradição, para virem para uma terra desconhecida, com outro clima, outros costumes, uma vida distinta, de certo modo até uma aventura. Nós percebemos que a colônia italiana vinda para o Brasil, e para Mi-nas em especial, lançou suas raízes e se identificou com o nosso estado, uniu-se de maneira muito clara com as famílias aqui existentes”, declarou.
O governador também destacou que a partir da década de 1970, com a pre-sença do Grupo Fiat, ocorreu em Minas um novo marco do desenvolvimento econômico. “A Itália é um dos principais parceiros econômicos de Minas, não só pela presença do Grupo Fiat e de diver-sas empresas italianas no estado, mas também pelas trocas que fazemos do ponto de vista cultural, do design e da gastronomia. Lembro especialmente do Piemonte, que é nosso estado irmão, cuja capital é Turim, onde está a sede da Fiat. Um momento como este que tem, é claro, os eventos culturais e de lazer como sus-tentação maior, permite também que nós tenhamos possibilidade de novas parce-rias econômicas”.
O embaixador italiano no Brasil, Gherardo La Francesca, também ressal-tou o bom relacionamento entre os dois
de instituições ítalo-brasileiras e da comunidade italiana, com destaque para o embaixador da Itália no Bra-sil, Gherardo La Francesca, a cônsul da Itália em Belo Horizonte, Maria Pia Calisti, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda.
A Casa Fiat de Cultura foi escolhi-da palco da cerimônia porque irá abri-gar três das maiores exposições que ocorrerão no âmbito do MIB durante os próximos meses, como frisou o presidente da entidade, José Eduardo de Lima Pereira. Na casa já está em cartaz a exposição Roma – A vida e os imperadores. A partir de março do próximo ano, os visitantes também
países e lembrou que o MIB está ligado a um acontecimento histórico importan-te para a Itália: o aniversário dos 150 anos do nascimento do Estado italiano como estado unitário. Ele leu uma car-ta do presidente da república italiana, Giorgio Napolitano, que saudou o evento e descreveu o MIB como uma vitrine da Itália no Brasil. “A mescla Itália-Brasil já produz resultados importantes e acredito que vai produzir nas próximas décadas outros ainda mais importantes e úteis para os dois povos. Sem dúvida o MIB quer fortalecer esta relação”, afirmou. “Essa ação é nosso motivo de orgulho e nos enche de emoção constatar que o sa-crifício daqueles italianos que com mui-ta dor tiveram que deixar o seu país de origem não foi em vão”, complementou a cônsul Maria Pia Calisti.
O prefeito Márcio Lacerda reconhece o fortalecimento dos laços com a Itália como algo muito importante para Minas Gerais. “Nós temos uma ligação histórica com a Itália em função da grande imigra-ção, e certamente esta herança cultural é muito intensificada hoje com a presença da Fiat, e um grande número de outras empresas. Portanto, a nossa realidade mineira multirracial e multicultural tem uma presença marcante daquele país que muito nos orgulha”.
Saiba mais sobre o MIB no site: www.momentoitaliabrasile.com.br.
Presidente daCasa Fiat de
Cultura, JoséEduardo de
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CAPA Andrea Bocelli faz show
emocionante para 81 mil pessoasConcerto na praça da estação, em Belo horizonte, comemora os 35 anos da Fiat no Brasil e integra o Momento itália/Brasil
por liliAn loBATo
Momentos especiais precisam ser celebrados. Mais do que isso: devem ser compartilha-
dos com pessoas especiais. Ao com-pletar 35 anos de presença em Minas Gerais, a Fiat comemorou em grande estilo e ofereceu à comunidade um concerto aberto do tenor italiano, An-drea Bocelli. O evento, realizado em seis de novembro, marcou tanto a história da empresa como da capital mineira e promoveu um verdadeiro encontro da técnica com a arte, da Itá-lia com o Brasil.
O concerto ocorreu na Praça da Estação e encantou um público de 81 mil pessoas. O show de Andrea Bocelli faz parte do Momento Itália/Brasil (MIB), conjunto de eventos artísticos, culturais e de negócios que celebra até junho de 2012 a construtiva colabora-ção entre italianos e brasileiros – con-vivência da qual a Fiat, inaugurada em nove de julho de 1976, em Betim, é um ícone.
Um misto de italianidade e brasili-dade deu o tom do concerto e também da trajetória da Fiat, uma empresa ita-
Praça da Estação, em Belo Horizonte,
foi palco do concerto aberto do tenor Andrea Bocelli, para um
público de 81 mil pessoas, que
marcou os 35 anos de atividades da
Fiat no Brasil
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CAPA e um timbre reconhecível, versátil ao
ponto de ir do belcanto ao furor do verismo, do repertório sagrado às ba-ladas populares. Essas características ainda se associam a um talento natu-ral peculiar, sensibilidade única e ex-traordinária de interpretação. “Quan-to mais mergulho no canto, menos o compreendo. Sei apenas que Deus me ofereceu uma voz que me permite ex-pressar aquilo que sinto e, neste sen-tido, acredito que posso descrevê-la como uma voz reconhecível”, afirma Andrea Bocelli.
PArTiCiPAção eSPeCiAlO concerto de Andrea Bocelli na
Praça da Estação também foi a reali-zação de um sonho para os jovens da Oficina de Canto Coral do Árvore da Vida – Jardim Teresópolis, programa de relacionamento com a comunida-de da Fiat Automóveis. Os alunos se apresentaram ao lado do tenor e da soprano Maria Aleida durante a can-ção Con Te Partirò, em momento de grande emoção.
O professor do coral, Rodrigo Firpi, ressalta que os jovens ensaiaram in-tensamente nas duas últimas semanas e não faltou euforia e felicidade. Para ele, a música possibilita uma nova vi-são da realidade e é uma oportunidade de divulgar novos talentos de Betim. “A música é uma arte com uma grande representatividade para todos. A parti-cipação dos jovens no concerto, com o Andrea Bocelli, os incentiva a continu-ar. Foi um momento marcante na his-tória do grupo”, afirma.
Nas aulas, os jovens cantam desde música popular brasileira até música erudita, em vários idiomas, como ita-liano, francês, alemão, latim, espanhol e português. Dos 50 alunos, entre 12 e 15 anos, que participam dos eventos institucionais e culturais em várias ci-dades do Estado de Minas Gerais, 40 se apresentaram neste concerto.
A jovem Bianca Aragão Esteves, de 16 anos, que conheceu o Árvore
da Vida na escola e hoje é monitora da Oficina, destaca a importância do concerto e a alegria de participar do coral. Segundo Bianca, estar com An-drea Bocelli foi uma oportunidade de ganhar conhecimento e experiência. “Estou muito feliz e devo muito ao Programa, que realmente contribuiu para a minha autoestima e crescimen-to pessoal”, avalia.
Segundo o diretor de Comunica-ção Corporativa da Fiat, Marco Antô-nio Lage, o coral e as artes são uma das vertentes do Programa Árvore da Vida, de resgate da cidadania dos moradores do Jardim Teresópolis, que combina também ações de educação e de geração de trabalho e renda.
O tenor Andrea Bocelli, além de compartilhar o palco com os meninos do coral, interessou-se pelo programa Árvore da Vida. Ele mantém uma fun-dação que leva seu nome e que se dedi-ca a promover ações de inclusão social e de valorização do ensino da arte.
liana com jeito brasileiro, que impul-sionou a economia de Minas Gerais nas últimas décadas. A presença da empresa foi decisiva para a industria-lização e desenvolvimento tanto do município como do estado.
O concerto contou com o apoio do Ministério da Cultura, realização do Grupo Dançar Marketing, especialis-ta em shows corporativos há três dé-cadas, e copatrocínio do Banco Itaú e da Aethra Sistemas Automotivos. A
apresentação de Andrea Bocelli reuniu ainda grandes nomes como o maestro Eugene Kohn, a soprano Maria Aleida, a cantora Sandy, o Coral do Árvore da Vida, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e o Coral Lírico de Minas Gerais.
No repertório, árias de ópera e canções italianas, inclusive Con Te Partirò, cantada por Bocelli ao lado do coral dos meninos do Árvore da Vida, programa de responsabilidade social impulsionado pela Fiat no Jardim Teresópolis, em Betim. Em uma bela homenagem ao Brasil, Andrea Bocelli ainda cantou À Beira do Caminho, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, com trechos em português.
Belo Horizonte foi a única cida-de brasileira contemplada pelo tenor, que se apresentara, em 15 de outu-bro, com a The New York Philharmo-nic, para mais de 60 mil pessoas no Central Park, em Nova York. Ele segue com seu projeto de popularizar e le-var sua arte a um maior número de pessoas. “Já estive em diversos países e cada show é uma história diferente. Gosto de apresentar as canções no-vas, mas também de relembrar músi-cas marcantes. O próximo passo para popularizar minha arte é lançar o CD que foi gravado durante o concerto em Nova York”, ressalta.
O artista, que tem 24 álbuns gra-vados e 70 milhões de cópias vendi-das, ostenta potência incomum de voz
Um momento emocionante e luminoso para o público
O coral dos meninos do Árvore da Vida, a soprano Maria Aleida e o tenor interpretam Con Te Partirò, uma das canções favoritas do público
Sandy e Andrea Bocelli dividem o
palco em canções que o público sabe cantar. O
maestro Eugene Kohn conduz
a Orquestra Sinfônica de Minas
Gerais
Rodrigo Firpi, Bianca Esteves e Marco Lage:
a inclusão social através do ensino
da arte
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Feche os olhos e imagine-se en-trando em uma sala toda de már-more, repleta de tumbas talhadas
com figuras humanas, rostos brancos e frios, mas cheios de expressão. Ou ainda num campo de batalha, com homens bradando os nomes de suas cidades, defendendo à espada e golpes a honra do seu imperador. Parecem ce-nas de filme, imagens que guardamos sobre um passado remoto que muitas vezes nos é apresentado através de produções audiovisuais. Junto de li-vros e lembranças das aulas de histó-ria e arte, vamos reconstruindo o que nos pareceu ser o grandioso Império Romano, com seus inúmeros fatos, guerras, deuses e produção cultural.
A oportunidade inovadora ofere-cida pela exposição “Roma - A vida e os imperadores”, em exibição na
visitantes da exposição “roma - A vida e os imperadores”, em cartaz naCasa Fiat de Cultura até 18 de dezembro, fazem uma viagem no tempoe interagem com uma das maiores civilizações que o mundo já conheceu
por rúBiA g. PiAnCASTelli
derno”, reforça o professor de Artes da Fundação Torino, Luciano Sepúlveda. Junto dos seus alunos de 3o e 4o ano, Luciano acompanhou a visita edu-cativa pelas salas da exposição, Ali, através de uma narrativa cronológica, são apresentados os fatos relevantes, personagens e acontecimentos perpe-tuados ao longo dos três séculos que glorificaram um fenômeno único no mundo: o Império Romano.
A percepção geral do público, se-gundo o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pe-reira, é de muito entusiasmo, espe-cialmente por se verem cercados de personagens, objetos e fatos que só conheciam na ficção. “Sabíamos que a exposição seria grandiosa, mas des-de o início do projeto o retorno tem nos surpreendido. É incrível a emoção dos relatos de quem vivencia ali um momento histórico - a Roma antiga”, conta Lima Pereira.
e CoMeçA A viAgeMO ponto de partida desta “viagem”
é o processo de estabelecimento do Império Romano, através da vida, obra e morte dos seus fundadores, César e Augusto, questões da guerra e religião, todos reunidos no módulo chamado “Entre César e Augusto: o nascimento do Império”. A segunda parte, “Nero”, revela uma outra face de Roma com sua luxúria e riquezas. Segue o módulo “O apogeu do Impé-rio”, que exibe elementos do cotidiano das cidades, como paredes com afres-cos da Vila de Pompéia e outras pe-ças do período. E finalmente o último módulo, “Um Império Multicultural”, onde Roma é retratada como precur-sora da globalização por reunir povos de todas as origens, como africanos e orientais.
A reação do público - formado em dias de semana por 70% de alunos da rede pública e privada de ensino de Minas Gerais, grupos e universida-des e nos finais de semana por uma
heterogeneidade de idades, classes e origens - é sempre de surpresa. “É fantástico, especialmente porque dá oportunidade a quem não tem possi-bilidade de ir à Roma ou a outra ex-posição desse estilo no Brasil. Pena que não vai para Curitiba!”, afirma o executivo Gilberto Crivellaro, que aproveitou a viagem a trabalho em Belo Horizonte para fazer a visita. A curiosidade veio do apreço pela cul-tura e das próprias raízes italianas. Alexandre Gulin, colega de Gilberto na mesma empresa, ressalta: “esse é um tema que gera interesse, saber como era e se vivia naquela época.”
Interesse direto no tema e todas suas interpretações foi o que levou os três colegas do 2o período do curso de História da UFMG, Gabriel Bueno, Hudson Leonardo e Camila de Aze-vedo, a passarem a manhã na Casa Fiat. O curso é o mesmo, mas as pre-ferências e observações são pessoais. “Gostei muito da urna por ser bem trabalhada e ter um valor importante com relação às crenças dos romanos, ligadas à morte e à divindade”, diz Gabriel. Já Hudson apontou o elmo como o elemento de destaque, pois foi o que mais lhe remontou à Roma, sua história de conflitos e simbolis-mos da guerra.
Uma viagem a roma
Casa Fiat de Cultura desde o dia 21 de setembro, está em promover aos visitantes experiências ainda não vi-vidas no Brasil, afinal as 370 peças são inéditas por aqui. Vindas de seis instituições culturais europeias com a curadoria do professor da Univer-sidade de Florença, Guido Clemente, em colaboração com uma comissão científica formada por renomados estudiosos e historiadores dos princi-pais museus italianos de arqueologia, estão sendo apresentadas pela primei-ra vez em Belo Horizonte, para depois seguir para o MASP, em São Paulo.
“São objetos muito representati-vos e preciosos, todos originais, que testemunham a cultura, a arte e o es-tilo de vida de uma Civilização que, junto àquela Grega, forma a base co-mum de todo o mundo ocidental e mo-
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Turmas do 3o e 4o ano da Fundação Torino fazem tour educativo
Clarissa e Camila, da Fundação
Torino, observam estátua de Isis
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dA SAlA de AulA à gAleriAO que não falta são grupos esco-
lares visitando a exposição e parti-cipando do Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura, que em sua pri-meira semana já estava com a agenda lotada. “A oportunidade de ver pre-sencialmente as obras e os objetos estudados nos livros e na sala de aula é um enriquecimento enorme e uma experiência insubstituível para os alu-nos”, afirma o professor de Artes da Fundação Torino, Luciano Sepúlveda. Junto do professor de Filosofia e his-tória, Giuseppe Ferraro, Luciano levou alunos do 3o e 4o ano para apreciar de perto os objetos e enriquecer as refle-xões iniciadas na sala de aula.
O percurso feito pelos alunos da Fundação Torino serviu para reforçar conceitos, contextualizar a história por meio de peças preservadas e apon-tar elementos já trabalhados sobre a civilização romana, seus costumes e produção artística. Para as alunas Camila Camanzi e Clarissa Borba, do 4o ano, uma das peças mais interes-santes era a de Ísis, deusa egípcia da fertilidade incorporada às divindades romanas (assim como muitas outras). “Sua natureza é idealizada e quanto mais fiéis os traços, próximos ao real,
mais perfeito para os romanos”, ex-plica Clarissa. Camila completa o ra-ciocínio apontando também a beleza e raridade dos materiais usados na escultura, de duplo mármore, preto e branco. O primeiro, menos comum em esculturas romanas, dava cor à ves-timenta, e o segundo era a base das partes descobertas do corpo da deusa.
Se os jovens já familiarizados com o universo antigo italiano ficaram admirados com a quantidade e qua-lidade das esculturas, ferramentas, relíquias romanas, peças religiosas e domésticas, imagine as crianças. Aos montes, meninos e meninas de 4 a 12 anos passeavam pelos corredores com olhos de encanto e dedos apontados para figuras “divertidas”, como um boneco em miniatura de bronze que simbolizava um vendedor de pães. As carinhas risonhas tentavam enten-der, com a ajuda dos educadores da Casa Fiat e professoras, o porque de determinadas vestimentas ou a total ausência delas. “Professora, porque o moço está pelado e com uma bandeja de pão na mão?”, pergunta um aluno da 2o série da escola infantil Bilbo-quê. A monitora responde: “Lembram o que eu falei sobre as esculturas de pessoas sem roupas? Eles querem
mostrar que a vida estava presente em todos os lugares, bem simples, natu-ral!”. E um longo “aaaaaaaa...” ecoa pela sala.
Além dos alunos do infantil, sur-preenderam-se também os mestres, como foi o caso do professor de mú-sica e percussionista da Escola Muni-cipal Martha Drummond, Wandercílio Reis. Ao se deparar com uma cena de um mortuário em mármore com uma ossada dentro, disse: “esse objeto me faz pensar na questão da morte e que a nossa vida é uma coisa passageira, é assim desde aqueles tempos. Isso é algo que não muda nem com o tempo nem com a classe social, somos todos de carne e osso.”
Para o professor a oportunidade de entrar em contato com fragmentos da história através de uma mostra com tantos objetos diferentes é única, tan-to para ele quanto para seus alunos de 3a e 4a séries do ensino fundamen-tal da rede pública. Ao contrário do pensava - uma realidade distante em mostra na exposição, ele viu a possi-bilidade de fazer pontes com o cotidia-no dos meninos e meninas: através de algumas ferramentas e figuras huma-nas está a representação dos ofícios de artesãos e comerciantes, similar às atividades que exercem muitos adul-tos da sua comunidade, pais de mui-tos dos alunos. Essa ligação entre os conjuntos expostos nas salas foi feita, na maioria das visitas, pelos monito-res do Programa Educativo.
eduCATivo eSPeCiAlPara a exposição “Roma - A vida
e os imperadores” o Programa Edu-cativo da Casa Fiat de Cultura contou com algumas novidades extras, “uma tentativa de aperfeiçoar o trabalho”, como conta a Coordenadora do Pro-grama, Mailine Bahia. A equipe for-mada por 37 pessoas contou, além dos educadores de atendimento ao público agendado e espontâneo, com educadores pesquisadores - aqueles
que nutrem os demais com um reper-tório técnico que o grande tema da exposição exige. Além desses há mais três figuras importantes: o educador mobilizador, que visita escolas e ins-tituições para apresentar a proposta da exposição e suas ações educativas e depois monitorar as atividades de-senvolvidas posteriormente à visita; o educador surdo e uma intérprete de LIBRAS, que atendem o público com necessidades especiais auditivas.
Para se ter uma ideia do trabalho, apenas em um final de semana, a equipe do Programa Educativo chega a receber cerca de 2.000 pessoas. Em menos de um mês de exposição, o nú-mero de visitantes ultrapassou a mar-ca de 20 mil. O resultado positivo é reforçado ainda mais pelo feedback de alunos e professores: “o retorno dos visitantes tem sido o melhor possível. Com certeza o ineditismo das obras e o valor histórico delas contribuem para esse êxito”, conta Mailine.
A exposição faz parte das ativida-des do Momento Itália-Brasil (2011-2012) e apresenta 370 obras originais, nunca antes vistas no Brasil, vindas de seis instituições de arte italianas: Museu Arqueológico Nacional de Flo-rença, Museu Arqueologico de Fieso-le, Museu Nacional Romano, Museu Nacional de Nápoles, o Antiquário de Pompeia e a Galeria de Uffizi.
21 de setembro a 18 de dezembro de 2011
Casa Fiat de Cultura - rua Jornalista Djalma de Andrade, 1250 – Belvedere – Belo horizonte /Mg
terça a sexta, das 10 às 21h / Sábados, domingos e feriados, das 14 às 21h
trANSporte e eNtrADA grAtUitoS
informações: Agendamento de visitas orientadas para grupos (31) 3289-8910 [email protected] www.casafiatdecultura.com.br
ROMA - A VIDA E OS IMPERADORES
Alunos docurso de história da UFMGexaminam urna romana
Busto do imperador
romano Nero Cláudio César
Augusto Germânico
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Se Buenos Aires, escala obrigató-ria para quem vai à Patagônia ar-gentina, já é um delírio dos glu-
tões com o bife de chouriço e a papa frita, a massa requintada, a variedade de pães e doces, Ushuaia põe a Capi-tal no bolso quando o assunto são as delícias da mesa.
Ocupado por migrantes argenti-nos de várias regiões, o ponto mais extremo da América – única região da Argentina que vai além da Cordilheira dos Andes – recebe influência também de chilenos e bolivianos, que migram em busca de emprego na Zona Franca local, onde são produzidos aparelhos eletrônicos, linha branca, computado-res, aparelhos de TV.
É difícil você encontrar um ushuiaiano legítimo. Só 15% da po-pulação é nativa, o que dá ao lugar um ar metropolitano, ampliado pelos milhares de brasileiros que a ela re-correm no inverno para curtir o frio intenso nesta época do ano, diversão garantida nas montanhas de neve, com a prática de ski e snowboard.
Meu objetivo era descobrir o tem-pero do cordeiro, o principal prato de Ushuaia. Ouso afirmar que você nun-ca provou um cordeiro igual. Tenro, saboroso, leve, bem tostado. E delica-do, ao contrário do que pode parecer quando você vê o bicho no espeto: ele é preparado no sistema fogo de chão, estirado em cruz com os espetos en-terrados na terra, rodeando o fogo à lenha, que fica no centro, típico do churrasco argentino e gaúcho. Em duas horas o cordeiro está pronto. É destrinchado aleatoriamente, desres-peitando juntas e cortes tradicionais: paleta com peito, costela com pernil, nada disso. É um pedaço de cordeiro, mais um pedaço de carneiro. Delícia!
Como você tempera o cordeiro?, perguntei
- Cállate y come, hombre!Na segunda churrascaria, surpre-
endido pela pergunta, o maitrê passou displicente uma receita:
A gastronomia de Ushuaiao passeio gastronômico inclui o cordeiro temperado desde o nascimento, a merluza negra e a centolla gigante. tudo isso sem citar a bela paisagem...
por Joel leiTe
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Vista do porto de Ushuaia, Patagônia
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- Vai sal, tomilho, pancheta e oré-gano.
Não me convenceu. O sabor vai muito além desses temperos.
Um terceiro chef disse apenas: - Sal.Só sal? Mentira. Mais tarde, Ma-
ximiliano Fernández, secretário de Informática y Telecomunicaciones do Gobierno de Tierra del Fuego, Antár-
tida e Islas del Atlântico Sur me con-fessou: a verdade é que o cordeiro da Tierra Del Fuego começa a ser tempe-rado logo depois do desmame. O pasto da região está forrado de uma planta que produz uma pequena fruta, ver-melha, chamada calafate, que deu o nome à segunda maior cidade da província. A calafate é usada para a produção de um doce muito especial. Mas sua maior utilidade é alimentar e servir o rebanho ovino. A calafate tempera o bicho que, ao ser assado, leva apenas uma mão de sal para re-alçar o sabor. E nada mais.
O cordeiro na Patagônia é tão apreciado que as grandes empresas estocam a carne para atender à de-manda do inverno, enquanto os pe-quenos restaurantes correm o risco de ficar sem a carne para atender seus clientes na temporada.
Ushuaia tem 50 mil habitantes e apenas duas ruas centrais onde ficam os principais restaurantes. Todos ser-vem o cordeiro assado e alguns são especializados em frutos do mar, mui-to saborosos por conta da água fria, como a centolla, típica do lugar, um
caranguejo vermelho que chega a ter quase um metro de envergadura. Pro-vamos a centolla no restaurante Tante Nina, que margeia a baia de Ushuaia, em frente ao Canal de Beagle.
Uma porção farta de carne, sabo-rosa, permitindo sentir o sabor bem natural. No mesmo restaurante pro-vamos um dos pratos mais tradicio-nais da Tiera Del Fuego, a merluza negra. Não, não tem nada a ver com a nossa merluza, um peixe sem gran-des atrativos. A merluza negra chega a pesar 100 quilos, vive a três mil me-tros de profundidade e é pescada com anzol nas águas da região até o Chile. Proporciona um prato refinado, deli-cado, feito na manteiga e vinho bran-co, temperado com alho porró, caldo de peixe, açafrão e acompanhado com filetes de pimentão, abobrinha e ca-marões. A receita é do chef Gustavo Marcelo Vallejos, 40 anos, que veio há dez de Buenos Aires.
No inverno, Ushuaia tem pouca luz. O dia começa as 10 da manhã e acaba às cinco das tarde. O frio reco-lhe as pessoas para dentro de casa, para um restaurante ou uma casa de chá. Estimula o consumo de um bom vinho ou chocolate quente.
Você acorda pela manhã, sai na rua e vê os picos bran-cos das montanhas, a neve caindo em flocos. Senta numa mesa de bar e à sua frente está a baía do fim do mundo, o canal de Beagle, última escala antes da Antártica.
Penso que, ao saborear a centolla, a merluza negra ou o cordeiro assa-do, não é apenas um prato que você está comendo. Você está saboreando todo esse universo. Como diz o che-fe argentino Miguel Sanches Romera, médico e gastrônomo que criou a neu-rogastronomia: “Não há comida que não esteja carregada de uma emocio-
nalidade. Qual-quer prato é a
expressão de uma emoção”.
A nossa desped ida
gastronômi-ca foi no Museu
Restaurante, na avenida da praia, monta-
do num velho armazém, que o comerciante libanês Salomon aban-donou há 40 anos. Enrique Chaco re-cuperou o lugar, deixando intacto o cenário: balcões de madeira, compar-timentos de grãos, peças antigas, me-sas pesadas de madeira e o ambiente recortado em várias salas aconche-gantes, onde as pessoas vão pela manhã saborear a variedade de pães e doces produzidos pelo chef francês David Dumont.
O cordeiro de Ushuaia é temperado desde o desmame com calafate, fruta típica dos pastos da região
Chef do restaurante Tante
Nina, Gustavo Marcelo Vallejos,
com o prato de centolla
Típicas de Ushuaia, algumas centollas chegam
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norBerTo Klein é o novo direTor de reCurSoS HuMAnoS dA FiAT AMériCA lATinA
norberto Klein é engenheiro mecânico com mestrado em administração e há mais de três décadas trabalha no setor automotivo. Começou suas atividades no grupo Fiat em 1983, nas áreas de engenharia industrial da Magneti Marelli Moto-propulsor. Foi também diretor de produção e manufatura da empresa até 1998. em seguida, assumiu o posto de responsável de negócios da Magneti Marelli Suspensão, entre 1999 e 2004. esteve na Magneti Marelli Cofap desde 2004, onde foi responsável por vendas em âmbi-to mundial. em seguida, assumiu a vice-presidência global de vendas da empresa, que deixou para assumir o cargo de diretor de recursos Humanos da Fiat América latina. é diretor regional da Sociedade de engenheiros da Mobilidade - Brasil seção Minas gerais.
CArloS eugênio ASSuMe ArgenTinA
Carlos eugênio dutra é o novo vice-presidente da Fiat Argentina. ele sucede no cargo a vilmar Fistarol, que se tornou o encarregado mundial de compras do grupo Fiat. dutra acumula o novo posto com o cargo de diretor de Produto da Fiat Automóveis. no processo de reorganização, ele transferiu as responsabili-dades sobre exportação para eduardo Mayoral.
gerArdo Bovone ASSuMe o CoMAndo dA CoMAu AMériCA lATinA
Bovone, que ocupava o cargo de diretor geral da Fiat Argentina, assu-me agora o comando da Comau América latina, no lugar de Alejandro Solís, que assumirá o cargo de diretor industrial da Fiat Automóveis, na Argentina. gerardo começou suas atividades no grupo Fiat em 1998, como superintendente da Magneti Marelli elettronica, também atuou como diretor administrativo e financeiro da Magneti Marelli do Brasil. durante a sua primeira passagem pela Comau Brasil entre 2003 e 2007, Bovone foi o responsável pela ampliação dos negócios da empresa.
CTi
o presidente da Case new Holland, valentino rizzioli, também preside o Conselho de Tecnologia e inovação (CTi) da Federação das indústrias do estado de Minas gerais (FieMg). o objetivo do CTi é desenvolver e expandir os estudos e as aplicações de inovações tecnológicas em Minas gerais, tor-nando o estado uma referência para o Brasil. “queremos também promover uma integração ainda maior entre instituições acadêmicas, poder público e empresas privadas. desta forma colaboramos para aumentar a competitividade da indústria mineira e nacional, ajudando no desenvolvimento do país em diversas áreas, como a de infraestrutura”, afirma rizzioli.
BoAS-vindASFo
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ção diA dA MulHer no direção SegurA
Trinta convidadas, entre jornalistas, profissionais de trân-sito, clientes e policiais militares fizeram a etapa de Brasí-lia do direção Segura, que teve este dia dedicado exclusi-vamente às mulheres. elas receberam dicas de condução segura, aulas teóricas sobre itens de segurança veicular dos carros Fiat e aulas práticas no autódromo interna-cional nelson Piquet. Convidadas especiais, elas tiveram a disposição pilotos de competição, profissionais da área automotiva e instrutores de segurança veicular treinados pela Fiat Automóveis.
MelHoreSeMPreSAS
Pelo sexto ano consecutivo, a Case new Holland foi eleita como uma das “150 Melhores empresas para você Trabalhar”, segundo pesqui-sa da revista exame. A CnH se destacou no setor Automotivo, como uma companhia preparada para repetir em 2011, o bom cres-cimento do ano passado. “este é mais um passo na história de sucesso da Case new Holland e ainda queremos ser muitas vezes apontados como uma das empre-sas mais admiradas e respeitadas do país, atraindo os melhores ta-lentos. o Brasil vive um momen-to especial e busca profissionais inovadores, prontos para desafios e com foco em mudanças para a construção de uma nação forte e competitiva. devemos saber apro-veitar as oportunidades que estão surgindo”, explica o presidente da CnH, valentino rizzioli.iveCo Produz veÍCulo núMero 100 Mil e
MelHorA oS ÍndiCeS de SuSTenTABilidAde
A fábrica da iveco de Sete lagoas completou a produção do veículo de número 100 mil da marca. o modelo, um caminhão extrapesado iveco Stralis 460 nr eurotronic, foi concluído no dia 14 de setembro, dois dias depois da fá-brica ter fechado o mês de agosto com o recorde mensal absoluto de 4.981 unidades. Ao mesmo tempo em que produz em ritmo recorde, a fábrica da iveco está aumen-tando seus índices de sustentabilidade na produção, devi-do ao programa WCM, adotado pela iveco e por todas as empresas do grupo Fiat industrial.
FiAT ToyS
A Fiat tem buscado uma intera-ção com o consumidor final não só pelos meios tradicionais de co-municação, mas também em mo-mentos diversos do seu cotidiano. uma forma de a empresa materia-lizar essa ideia foi através do Pro-jeto Toy, que busca uma interação
divertida e espontânea com o público final. os produtos são vendidos ao público fi-
nal em lojas especializadas de todo o país. em 2011 já foi lançado o Super Jogo da vida e vem aí o Carro novo uno de controle remoto.
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eMPreSA: Fiat do Brasil S.A.
A Fiat do Brasil S.A., constituída em 1947, é a empresa mais antiga do grupo Fiat no Brasil. é a representante, no país, da holding Fiat SpA e presta serviços em suas diversas áreas de atuação à Fiat industrial SpA.
A Fiat do Brasil S.A. tem a função de representação institucional perante as autoridades governamentais, comunicação corporativa, auditoria interna, treinamento, contabilidade, normatização e gestão das áreas fiscal e tributária, metodologia, folha de pagamento e outras atividades de suporte às operações do grupo, prestando serviços a 19 empresas, divisões, associações e fundações.
loCAlizAção: tem plantas industriais nos estados de Minas gerais, paraná e São paulo.
PreSidenTe: Cledorvino Belini
raio-x dogrupo Fiat no Brasil
RAIO
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AsIL
www.casafiatdecultura.com.brCasa Fiat de Cultura
www.fundacaotorino.com.brFundação torino
www.fundacaofiat.com.brFundação Fiat
FIAT SpA
FIAT INDUSTRIAL
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
SERVIÇOS
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www.isvor.com.brisvor instituto para o Desenvolvimento
organizacional
Fiat revi
Fiat Services
MONTADORAS COMPONENTES
SERVIÇOS FINANCEIROS
MONTADORAS COMPONENTES SERVIÇOS FINANCEIROS
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RIA
em julho de 1957 surgia na Itá-lia o Fiat Cinquecento. Originado em um período em que a Europa
ainda se recuperava da devastação da
FiAt 500: Meio século de sucessohá 54 anos chegava ao mercado italiano o novo modelo de automóvel da Fiat, o Nuova Fiat 500
Segunda Guerra Mundial, o Fiat 500 surgiu para atender a necessidade de dar mobilidade às populações euro-peias sem exceder os recursos que se dispunham na época.
O momento exigia automóveis que fossem baratos no preço, na produção e, especialmente, no consumo de com-bustível. O Fiat Cinquecento, inicial-mente chamado de Nuova Fiat 500, não só atendeu essa exigência como surpreendeu e encantou com seu de-sign genial, ainda inesperado em um veículo tão utilitário. Gerações intei-ras cresceram com o Fiat 500 e acom-panharam suas transformações ao longo desses 54 anos de história.
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Job: 278431 -- Empresa: Burti -- Arquivo: 278431-23176-94851-21936-038-Fiat-Minas Natacao Rodrigo-17.5x25.5_pag001.pdfRegistro: 51479 -- Data: 15:10:35 14/10/2011