revista nº 172 ecoinovação

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Ano XXXI | 3,75€ 2015

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Page 1: Revista nº 172 Ecoinovação

Ano XXXI | 3,75€

2015

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Credibilidade, imparcialidade e rigor reconhecidos

na certifi cação de produtos e serviços e de sistemas de gestão.

Presente em 25 países

Membro de vários Acordos de Reconhecimento Mútuo

Parceiro de Confiança no seu Negócio

R. José Afonso, 9 E – 2810-237 Almada – Portugal — Tel. 351.212 586 940 – Fax 351.212 586 959 – E-mail: [email protected] – www.certif.pt

Acreditada pelo IPAC

como organismo de certifi cação

de produtos (incluindo Regulamento

dos Produtos de Construção),

serviços e sistemas de gestão Me

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Sumário

PROPRIEDADE, EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERALAPCMCAssociação Portuguesa dos Comerciantes deMateriais de ConstruçãoPç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 PortoTel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218/9E-mail: [email protected]: www.apcmc.ptNIPC: 500 969 221

Diretor: Afonso Manuel Coutinho CaldeiraDiretor Adjunto: José de MatosColaboração: Vieira de AbreuImagem: Bruno CostaComposição e Grafismo: Bruno CostaComunicação, Marketing e Publicidade: Eduarda Machado Assinaturas: Susana Mendes Tel.: 225 074 210; E-mail: [email protected]

PUBLICAÇÃO, PUBLICIDADE E DISTRIBUIÇÃOAPCAssociação do Comércio de Produtos eEquipamentos para a ConstruçãoPç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 PortoTel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218

EXECUÇÃO GRÁFICAMULTITEMARua do Cerco do Porto, 365/3674300-119 PortoTel.: 225 192 600; Fax: 225 192 698Site: www.multitema.pt

Registo no I.C.S. nº 111972Depósito Legal nº 84434/94Publicação TrimestralTiragem: 5.000 ExemplaresPreço: 3,75 Euros

A Direção da Revista é responsável apenaspelos artigos publicados sem assinatura e tam-bém pela sua seleção.

Os artigos assinados são da exclusiva respon-sabilidade dos seus autores.

FICHA TÉCNICA

AMATAM - ESTUDIO DE URBANISMO ARQUITECTURA DESIGN

2. Editorial4. Notícias DIVULGAÇÃO08 BigMat09 Universidade de Coimbra10 Concreta

EVENTOS12 Silestone14 APCMC Recebe Importadores da Argélia15 Tektónica 2015 16 Jofebar

ENTREVISTAS18 CS - Coelho da Silva20 Geberit22 Macovex24 Soudal

DOSSIER DECORAÇÃO29 Mobiliário SACHI30 Urban Obras32 Von Haff

REABILITAÇÃO38 Palácio de Monserrate40 Palácio Nacional da Pena

DOSSIER ECOINOVAÇÃO43 Artigos, Produtos e Soluções

ARQUITETURA58 Casa de Birre62 Empreendimento Boavista Prime64 UBI MEDICAL

DOSSIER ECONÓMICO68 Análise de Conjuntura do Setor da Construção - 4º trimestre 201473 Inquérito de Conjuntura APCMC - 4º Trimestre de 201476 Estatísticas - Confidencial Imobiliário

PUBLICAÇÕES APCMC DISPONÍVEISNA APLICAÇÃO MULTITEMA

USERNAME > APCMCPASSWORD > APCMC

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AFONSO CALDEIRA(PRESIDENTE DA APCMC)

Agora que começamos a sair da crise que afetou toda a Europanos últimos anos e se antevê, já para o corrente ano, um cres-cimento moderado dos mercados da construção, deparamo--nos, neste setor, com mudanças no paradigma da construçãoe com novas modalidades de negócio que desafiam a nossacapacidade de adaptação.

Para ultrapassar estes obstáculos, devemos fazer apelo àscompetências básicas que nos garantiram tanto sucesso nopassado: a atenção às necessidades dos nossos clientes e oconhecimento da nossa profissão e dos produtos com que tra-balhamos.

Esta é base indispensável para encontrar as soluções maisadequadas. Mas é um ponto de partida e não um ponto de che-gada. Temos plena consciência de que teremos que desenvol-ver novas competências e integrar outros tipos de conhecimen-to que nos permitam voltar a posicionar no futuro como uminterlocutor incontornável, acrescentando valor que seja reco-nhecido pelos clientes e que constitua um fator de preferênciapelos nossos serviços.

Editorial

Numa palavra, o comerciante de materiais de construção temque continuar a merecer a confiança dos seus clientes e, sepossível, aumentá-la, fazendo desse fator o elo mais importanteda relação que estabelece com o mercado.

Para além de conhecimentos técnicos e competências decomunicação, esta estratégia tem subjacente uma nova culturaque precisa ser interiorizada por gestores e colaboradores eque deve transparecer claramente na relação das empresascom o mercado e nas propostas que lhe apresenta.

Não nos podemos esquecer que assistimos hoje a um processoacelerado de concentração que constitui uma condicionantemuito forte e uma séria ameaça para as empresas independen-tes, atenta a diferença abissal de dimensão e de meios que assepara dos novos gigantes da indústria e da distribuição.

Minimizar estas diferenças é possível, mas nunca teremos êxitoem igualá-los nos seus argumentos.

O nosso caminho terá que ser outro e passará seguramente porinvestir naquelas áreas onde podemos ser mais competentes,usando as nossas próprias armas e recorrendo à tecnologia noque ela tem de mais universal e acessível e é independente dopoder económico.

A posição privilegiada que temos face aos clientes, o conheci-mento de proximidade, a personalização, as relações profissio-nais e humanas que sustentam a confiança e que são nossopatrimónio, serão os nossos melhores argumentos, sem descu-rar, naturalmente, um nível de excelência na gestão e no acon-selhamento técnico.

Este será o tema principal do nosso próximo CongressoNacional, que terá lugar em Viana do Castelo, a 6 de junho, econta com o gentil patrocínio da Câmara Municipal.

Vamos explorar as vias para dar resposta às alterações dosmercados, interno e externo, onde predomina a reabilitação ese exige sustentabilidade. Debateremos as formas de construirnovas relações com os clientes através do canal internet e deuma nova abordagem de marketing setorial e individual.

Estamos perante o início de um novo ciclo, muito diferente doanterior, com muitos “vazios” ainda por preencher e aberto à ino-vação. Será, porventura, difícil, mas contém, por isso, imensasoportunidades e torna possível ambicionar patamares de suces-so e prosperidade elevados para quem souber interpretá-las e sepreparar para as aproveitar.

Até dia 6 de Junho, em Viana do Castelo!

ENFRENTANDO NOVOSDESAFIOS

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7º Fórum Mundial da Água I Oliveira & Irmão

O 7º Fórum Mundial da Água, que decorreu entre os dias 12e 17 de Abril, na Coreia do Sul, foi novamente assertivo noque toca à escassez da água e à sua utilização, ora potávelpara consumo ora para outras aplicações. De todas as conclu-sões saídas do encontro, duas destacam-se das demais.

A primeira assume a importância de se tomar medidas paramelhorar significativamente, em todos os setores, a utilizaçãode recursos alternativos e não convencionais para se conse-guir corresponder à procura crescente de água.

A segunda, refere a obrigatoriedade de se planear e desenvol-ver ações que permitam alcançar um equilíbrio entre águapotável e necessidades de saneamento.

Na OLI, contudo, nenhuma destas conclusões surpreende. Aolongo de 61 anos de história, muitas foram as inovações nodomínio da sustentabilidade e da poupança de água, que ras-garam horizontes.

Desde a massificação do conceito da Dupla Descarga, hojetão comum, como à criação da torneira de bóia retardadora, aAzor Plus, que com o seu sistema de enchimento, que só éativado quando toda a descarga é feita, permite poupar, emmédia, até 9 litros de água por dia.

ANTECIPAR PROBLEMAS. ENCONTRAR SOLUÇÕES.

No entanto, a última grande aposta da OLI é o espelho perfeito dasconclusões retiradas do 7º Fórum Mundial da Água, ou seja, orenovado laboratório de Testes de Vida, num investimento na ino-vação orçado em meio milhão de euros. Na estrutura, os númerosajudam a explicar muita coisa: 6 Bancadas, 72 Postos de ensaio,24 Horas por dia, 7 Dias por semana, 200 mil ciclos cada produto.

Com o presente a ter particular enfoque nas certificações e as nor-mas de todos os produtos, que mantém um papel fundamental naexistência do laboratório, o futuro, o tal de que tanto se fala e quetantas preocupações gera, está plenamente assegurado na OLI,que destinou três das seis bancadas para a realização de testescom água da chuva, água do mar e água calcária (com todos osníveis de dureza previstos).

A ideia é, naturalmente, antecipar problemas. E encontrar soluções.A água potável já é um bem escasso, principalmente em algunspontos do mundo, sendo uma necessidade separar a que é de con-sumo para a que é destinada a sanitários. Daí que antes que o mer-cado solicitar ou demonstrar maiores preocupações quanto à faltade água e pense em utilizar, de forma sistemática, a do mar ou a dachuva, a OLI vai estar preparada para responder ao problema. Épreciso equilíbrio.

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Notícias Novidades

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Reabilitação de paredes antigas I Weber.cal

Respondendo à necessidade apresentada pela informaçãodos Censos 2011 que apuraram a existência de cerca de900.000 edifícios construídos antes de 1960, a Saint-Gobain Weber vem propor uma gama de materiais pensa-dos para a Reabilitação de Paredes Antigas sob o nomegenérico weber.cal. Estes materiais foram desenvolvidos apensar na adequação às características das paredes anti-gas, na facilidade de utilização pelo aplicador e na respostaa um conjunto alargado de necessidades de intervençãonesse âmbito.

A oferta de materiais weber.cal abrange soluções de prepa-ração e reforço de superfícies, de revestimento, proteção eregularização das alvenarias, de saneamento de contami-nações com sais solúveis, de melhoria do desempenho tér-mico e de acabamento colorido, sempre debaixo do princí-pio da facilidade de utilização.

SOB A IDEIA DE REABILITAR A MEMÓRIA, A SAINT-GOBAIN WEBERAPRESENTA UMA NOVA GAMA DE PRODUTOS DESTINADOS A FORMATAR SOLU-ÇÕES DE REABILITAÇÃO DE PAREDES ANTIGAS.

A empresa defende que “Os núcleos antigos das nossas cidades,vilas e aldeias merecem que lhes seja devolvida e melhorada, comrespeito pela memória de vivências passadas, a qualidade do espaçopúblico e privado. É fundamental promover a reabilitação dos edifícioscom respeito pelos materiais, texturas e cores introduzindo, quandoadequado, elementos e tecnologias que satisfaçam a necessidade deadaptação às exigências dos tempos atuais”.

Neste contexto, reabilitar as paredes em construções antigas é umatarefa importante e nobre, que deve ser feita com recurso a materiaisque respeitem as características e os comportamentos dos que ascompunham originalmente, contribuindo para a reabilitação de umacerta memória coletiva dos edifícios e dos espaços públicos.

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Notícias

Bibliotecas BIM para Autodesk® Revit I Reynaers Portugal

A Reynaers, um dos principais fornecedores da Europa de sistemas susten-táveis de alumínio para a construção de alta qualidade, disponibilizou nowebsite português o seu mais recente contributo para otimizar a partilha deinformação entre todos os intervenientes no processo de construção. Comas bibliotecas BIM para Autodesk® Revit, a Reynaers Portugal dá um passoimportante para potenciar a capacidade criativa das equipas que levam acabo projetos de construção.

SISTEMAS E SOLUÇÕES REYNAERS

Nos últimos anos, a Reynaers assumiu uma reputação sólida como for-necedor de soluções tecnológicas, fiáveis e inovadoras e, paralelamente,pela informação disponibilizada para implementação otimizada dos seussistemas.

A sua incursão no desenvolvimento das bibliotecasBIM é um passo em frente para um trabalho conjun-to, e eficaz, de todos os que participam no projetoconstrutivo. As bibliotecas BIM da Reynaers estão aaumentar progressivamente e já incluem uma amplagama de produtos: janelas, portas, portas de correre de harmónio. Atualmente são mais de 130 mode-los disponíveis para os sistemas HI-Finity, ES 50, CS59, CS 68, CS 77, CS 86-HI, CS 104 e CP 130.

As bibliotecas BIM da Reynaers foram desenhadaspara o software Autodesk® Revit, um dos softwaresde arquitetura mais usado atualmente em todo omundo.

A utilização dos ficheiros BIM está já muito bemestabelecida nalguns países da Europa e face auma arquitetura cada vez mais global, acredita-seque rapidamente se tornará numa prática mundial.Erik Rasker, Director Técnico da Reynaers, explicaque a grande variedade de materiais, a amplaexperiência de todos os parceiros, a regulamenta-ção em constante atualização são fatores que exi-gem uma maior integração, colaboração e a cria-ção de uma cadeia de valor na indústria da constru-ção, "Estamos confiantes que a facilidade de utili-zação e abrangência da informação vai incentivaros utilizadores a conhecer novas fronteiras nodesenvolvimento de projetos num ambiente abertoe que permite a cada parte da cadeia de constru-ção, adicionar o seu próprio valor. Ao fazê-lo, estaráa facilitar a integração completa de todos os parcei-ros e do seu trabalho”, diz Rasker.

SOBRE AS BIBLIOTECAS BIM

As bibliotecas BIM foram criadas para proporcionaruma metodologia de utilização de informação rele-vante transversal à arquitetura, construção, opera-ção e gestão de um edifício ao longo do seu ciclode vida. No ciclo de vida do edifício incluem-se aconceção, desenho, visualização, análises, simula-ção, documentação, construção, operação e ges-tão. No modelo BIM encontra-se informação rele-vante como dados dos produtos, manutenção emanuais, dados de garantia, links de páginas deinternet, entre outros.

O potencial de colaboração reside no fato de todosos interessados – do proprietário ao fabricante –terem acesso aos mesmos dados simultaneamen-te. Todas as partes estão aptas a trabalhar sobre amesma informação e podem visualizar o contributode cada interveniente, em tempo real. Os BIM com-binam desenho, especificações, construção, insta-lação, quantidades e orçamento. Tudo num sómodelo 3D.

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Go Green in the City 2015 I Schneider Electric

A Schneider Electric, especialista em gestão de energia e automa-ção, anuncia as 12 equipas finalistas a participarem na última fasedo desafio global Go Green in the City 2015, dedicado a estimularestudantes de todo o mundo a criarem soluções energéticas ino-vadoras para as cidades mundiais.

As equipas finalistas, compostas por dois membros - um dos quaisobrigatoriamente do género feminino, foram selecionadas do con-junto de 100 equipas anteriormente qualificado para a semi-finaldo desafio, por um júri composto por membros da SchneiderElectric. O Top 12 representa Austrália, Brasil, China, França,Índia, Japão, Marrocos, Paquistão, Filipinas, Rússia, Turquia eEstados Unidos da América.

À semelhança de edições anteriores, os finalistas o Green in theCity foram avaliados tendo em conta a sinopse e video businesscase das suas soluções energéticas para cidades, e vão agoraapresentar os respetivos case studies. As soluções idealizadasdevem ser integráveis em um de cinco setores urbanos: residen-cial, universidades, empresas, água e hospitais.

As equipas vão competir pelo lugar vencedor na sede daSchneider Electric, em Rueil-Malmaison, França, de 22 a 25de junho de 2015. Até ao grande momento final, em queapresentarão os seus case studies a júri, a 24 de junho, con-tinuarão a beneficiar do apoio de ao mentor da SchneiderElectric.

Os critérios de avaliação incluem a análise global do proble-ma a que as soluções propostas pretendem dar resposta, ofator inovação, o impacto económico do desevolvimento e uti-lização das soluções, e a eficiência da sua utilização paratodos os intervenientes.

Os elementos da equipa vencedora terão a oportunidade deviajar em torno do globo, para conhecerem as diversas ins-talações da Schneider Electric, os seus colaboradores emembros de direção, e participarem em vários workshops,bem como, a oportunidade de se tornarem eles própriosparte da Schneider Electric iniciando a sua carreira naempresa.

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A CENTRAL DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO BIGMAT APOSTA EMFORÇA NO MERCADO PORTUGUÊS, DOIS ANOS UM DOS SEUS PRINCI-PAIS OBJETIVOS. A BIGMAT CONSIDERA QUE A JOFEPER, MARTINSCUNHA E MATERBASTO REFORÇA A MARCA E ENRIQUECE O GRUPOEM TODAS AS SUAS DIVISÕES. OS TRÊS NOVOS SÓCIOS CONCORDAMQUE OS SEUS NEGÓCIOS EXPERIMENTARÃO MUDANÇAS BASTANTEBENÉFICAS EM TODOS OS ASPETOS.

A direção de toda esta estrutura pertence à famíliaMartins Cunha. Os motivos pelos quais chegaram àBigMat são muitos, mas principalmente porque: “uni-rem-se a uma marca como a BigMat diferencia-nosdos restantes operadores”. Pesou, também, o “plus”que Martins Cunha ganha com a imagem corporativadesta insígnia e a assessoria dos departamentos deMarketing e de Compras.

No que diz respeito à Materbasto, esta inicia a sua ati-vidade em 1998 com a comercialização de materiaisde construção e areias, imputando-se a sua trajetóriairrepreensível graças à magnífica administração leva-da a cabo por Carlos Teixeira e os seus dois filhos; Ruie Filipe Teixeira. As razões pelas quais a Materbastoescolheu a BigMat como “companheira de via gem” sãoclaras: incluir novas famílias, tanto na zona de exposi-ção como na de livre serviço.

Para alcançar estes objetivos, considera muito positivoo apoio que vão receber dos Departamentos deCompras e Merchandising da BigMat. Pertencer aogrupo permitir-lhe-á aceder a uma ampla gama de for-necedores, aumentando, de alguma forma, o seu pres-tígio na sua zona de influência. Embora o seu maiorvolume de faturação corresponda ao mercado profis-sional, o particular é um cliente em alta. Nas suas ins-talações localizadas em Cabeceiras de Basto (com8.000 m² de estaleiro, 1.900 m² de armazéns e 750 m²de exposição), os clientes encontram tudo o que énecessário para obra nova ou reabilitação.

A atividade empresarial da BigMat na PenínsulaIbérica começa em 1997 e distingue-se pelo grandevalor agregado aos seus produtos e serviços, orienta-dos tanto a profissionais como particulares. Tem 200sócios e 296 pontos de venda, com mais de um milhãode metros quadrados de superfície de vendas. Estápresente em todas as Comunidades Autónomas deEspanha e na Europa com centros em França,Checoslováquia, Eslováquia, Bélgica, Itália e Portugal,com um total de mais de oitocentos pontos de vendasnestes sete países.

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Divulgação Jofeper, Martins Cunha e Materbasto Unem-se ao Grupo BigMat

A Jofeper é um negócio familiar localizado em Fátima e dirigido por JoséFerreira. Formar parte de um grupo internacional como a BigMat foi o principalargumento para que esta empresa tenha decidido unir-se a esta central decompras de materiais de construção. A experiência e o conhecimento destegrupo internacional é uma garantia mais do que suficiente para a Jofeper epara todos os associados.

A entrada da Jofeper na BigMat é uma forma de se reinventar o que implicamelhorar as suas condições de compra, aceder a diversos fornecedores efamílias de produtos e receber uma assessoria ideal na gestão global do negó-cio. E, claro, unir o seu nome à imagem corporativa da BigMat. Para alcançaras suas metas dispõe de 2.500 m² de logradouro, 1.500 m² de armazém e 600m² de exposição.

Vila Real acolhe as instalações da Martins Cunha, que se resume a 3 pontosde venda com 5.000 m² divididos em armazém coberto, exposição de cerâmi-cas em stock, zona de livre serviço e espaço descoberto para armazenagemde material de construção, areias e estacionamento de camiões. 1.600 m² comáreas de exposição de cerâmica, casa de banho e livre serviço onde se comer-cializam ferramentas, manuais e elétricas, artigos de fixação, drogaria e pintu-ras, cimento, etc. 800 m² dedicados a bricolage e aquecimento/climatizaçãoem regime de livre serviço.

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E SE EM VEZ DE PAINÉIS FOTOVOLTAICOS TIVÉSSEMOSJANELAS A PRODUZIREM ELETRICIDADE?

Investigação da UC “HOT Article” capa da revista cientifica “Dalton Transactions”

Uma equipa de investigadores do LaserLab da Universidade deCoimbra (UC), com a colaboração da Universidade deSheffield, no Reino Unido, desenvolveu um estudo que contri-bui precisamente para o futuro desenvolvimento de janelas quetransformam luz solar em energia elétrica ou, como classifica acomunidade científica, células fotovoltaicas de terceira geraçãomais eficientes e de custo reduzido em comparação com osatuais sistemas.

Pela primeira vez, a equipa coordenada por Carlos Serpa e HughBurrows, avaliou o potencial de alguns compostos de platina (platina liga-da a um conjunto de moléculas orgânicas) para aplicações na transfor-mação de energia solar em eletricidade, através de um método sensívelde calorimetria fotoacústica (tecnologia única desenvolvida naUniversidade de Coimbra) para determinar o quão eficiente é a transfe-rência de eletrões destes compostos de platina para um material semi-condutor, de forma a produzir eletricidade, num aproveitamento racionalda energia solar.

Os resultados da investigação, financiada pela Fundação para a Ciênciae a Tecnologia (FCT) e pelo LaserLab Europe, foram considerados “HOTarticle” e serão capa da edição 26 (a publicar em julho, mas já disponívelonline) da revista científica editada pela Royal Society of Chemistry,“Dalton Transactions”.

Segundo o investigador Carlos Serpa, os compostos de platina estuda-dos são candidatos promissores para aplicações na conversão da ener-gia solar em eletricidade, porque «apresentam como grande vantagema sua capacidade de intensa absorção no visível e em parte do espectrodo infravermelho próximo. Dito de forma mais simples, se pensarmosnas cores do arco-íris, estes compostos de platina têm uma forte capa-cidade de absorver grande parte dessas cores, especialmente a cor ver-melha, mais difícil de captar. Esta é uma característica essencial para atransformação eficiente de luz solar em energia elétrica».

No entanto, explica o também docente da Faculdade de Ciências eTecnologia da UC, «verificou-se que o tempo de vida do composto noestado necessário para a transformação em energia elétrica é muitocurto, entrando em competição com a transferência de eletrões para ocircuito elétrico. Por isso, são ainda necessários novos estudos, que pas-sam pela modificação das moléculas que envolvem o átomo de platina,alterando assim as propriedades do composto para obter as condiçõesmais favoráveis à transformação da luz solar captada em eletricidade».

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A CONCRETA QUER VOLTAR A SER A MAIOR FEIRA DE NEGÓCIOS DAFILEIRA PORTUGUESA DE CONSTRUÇÃO E REGRESSA EM NOVEMBROÀ EXPONOR, EM LEÇA DA PALMEIRA, COM UM CONCEITO MAIS PRÓ-XIMO DAS DINÂMICAS URBANAS ATUAIS, PARA EVIDENCIAR A IMPOR-TÂNCIA SOCIAL E ECONÓMICA DA REABILITAÇÃO.

Este é o cartão-de-visita da 27.ª Concreta - Feira deConstrução, Reabilitação, Arquitetura e Design, que obraço da Associação Empresarial de Portugal (AEP)departamento de feiras e congressos está a organizar eirá decorrer entre 19 e 22 de novembro.

São esperados 160 expositores, 20 dos quais estrangei-ros, entre fabricantes e distribuidores ligados aos diferen-tes subsetores da indústria nacional e empresas de servi-ços de arquitetura, engenharia e especialidades técnicas.

Assumida como prioridade estratégica das organizaçõesrepresentativas da indústria portuguesa de construção eprática profissional de cada vez mais arquitetos nacionais,a reabilitação, a par da eficiência energética, está no topoda agenda dos decisores políticos europeus e é um dospilares mais importantes da estratégia para o crescimentoverde definida pelo Governo.

Neste contexto, e com o quadro comunitário que vigora-rá até 2020 alinhado com as opções da construção sus-tentável e da regeneração das cidades, a Concretaentendeu dar o seu contributo para o país rapidamenteresponder aos desafios que se lhe colocam nesta área,conhecida que é a pretensão do Governo de fazer dupli-car o peso da reabilitação urbana na atividade e nos pro-ventos do setor - ou seja, passar dos atuais 10% para20%, em 2020.

E, na verdade, as estatísticas oficiais espelham quePortugal está a olhar para as suas cidades e o patrimónioedificado de outra forma. Em 2014, foram licenciados nopaís 15.445 edifícios e concluídos 14.500. Destes, 5.291foram reabilitados (36,5%) e 9.209 foram novas constru-ções (63,5%). Nas últimas décadas, nunca a diferença(3.918) foi tão pequena.

Comparativamente com 2013, em que se concluíram(23.079, no total) e reabilitaram mais edifícios (6.715), opeso da reabilitação subiu mais de seis pontos percen-tuais e atingiu a cifra mais significativa desde 2008, comoo quadro 1 evidencia:

Desde 2008, a reabilitação (alteração, ampliação ereconstrução) é, aliás, o único segmento em que, aindaque de forma muito conservadora, de ano para ano sevêm registando alguns progressos.

Em termos de obras concluídas e em números absolutos,houve uma diminuição (de 8.310, em 2008, para 5.291, noano passado), mas em termos relativos a componentereabilitação passou a valer 36,5% dos edifícios dadoscomo prontos a habitar, quando há sete anos essa quotaera de 24,4%.

Porém, no que toca a edifícios licenciados nos últimostrês anos as variações são pouco significativas e há umatendência para as intervenções de reabilitação e asdemolições acompanharem a atividade em matéria denovas construções. É a leitura a tirar do quadro 2:

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Divulgação Concreta quer ajudar a Fileira da Construção a Colocar a Reabilitação no Topo das Prioridades

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▪ CONCRET(IZAR) UMA EXPERIÊNCIA--PILOTO DE REABILITAÇÃO

É nesta conjuntura que se vai realizar a 27.ªedição Concreta, que se ajustou às dinâmicasda economia e ao ambiente favorável à valori-zação dos centros históricos, à afirmação dascidades inteligentes, à conservação e valoriza-ção do património, à reabilitação e à regenera-ção urbana.

Espelhando isso mesmo, ela própria passou adesignar-se “Feira de Construção, Rea -bilitação, Arquitetura e Design”, depois de já em2007 se ter ajustado às necessidades da eco-nomia e ter passado a realizar-se bienalmente(nos anos ímpares).

Para sublinhar o compromisso que assumecom a reabilitação, com os agentes da fileiraportuguesa da construção e se enquadrar comas novas necessidades e tendências das cida-des portuguesas, a organização da Concreta2015 escolheu a sala de espetáculos do edifí-cio-sede da Cooperativa de SolidariedadeSocial do Povo Portuense, na baixa do Porto,para apresentar o certame.

A escolha do espaço não foi inocente, uma vezque se trata de um prédio antigo, ele próprioameaçado pela degradação e a necessitar deobras, que carrega em si mesmo um pedaço dahistória cívica, patrimonial e cultural da cidade.

Para além das atividades culturais e cívicas dacentenária instituição portuense, fundada em1900 e a que estão associados o escritorAntero de Quental e as movimentações operá-rias do final do séc. XIX na cidade, a sala deespetáculos onde é apresentada a Concretaacolheu, durante a década de 80 do séculopassado, a companhia profissional de teatroSeiva Trupe, que aqui levou à cena muitos doseus êxitos antes de sair para o Teatro doCampo Alegre.

Na apresentação da renovada Concreta, parti-ciparam Paulo Nunes de Almeida, presidenteda Associação Empresarial de Portugal (AEP),e Carla Maia, diretora da feira, bem como oscomissários do certame, ligados ao estúdioportuense de arquitetura LIKEarchitects , e diri-gentes da Ordem dos Arquitectos - Secção Re -gio nal do Norte.

Este organismo é, de resto, uma das entidadesparceiras da Concreta 2015, juntamente com aAssociação Portuguesa dos Comerciantes deMateriais de Construção, a Agência para oDesenvolvimento das Indústrias Criativas e aBienal de Cerveira.

VER QUADRO 1

VER QUADRO 2

Fonte: INE – Estatísticas da construção e habitação

Fonte: INE – Estatísticas da construção e habitação

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Silestone Celebra 25 Anos

ESTE ANO, A SILESTONE® CELEBRA 25 ANOS DE DESIGN, QUALIDADEE ESTILO QUE TEM PROPORCIONADO AOS LARES DE TODO O MUNDO.SILESTONE® NASCEU EM 1990 UNICAMENTE COM UMA SELEÇÃO DESEIS CORES, APENAS COMERCIALIZADAS EM ESPANHA. ATUALMENTE,EXISTEM MAIS DE 60 TONALIDADES E A MARCA ESTÁ PRESENTE EMMAIS DE 80 PAÍSES DOS CINCO CONTINENTES.

A constante aposta na inovação, na diversificação de produto e naexpansão geográfica levaram a multinacional espanhola a ampliara sua capacidade produtiva de apenas uma única linha de produ-ção para as onze que existem hoje em dia, bem como a liderar omercado das superfícies de quartzo com uma rede mundial de dis-tribuição de mais de 90 Cosentino Centers.

Fundadores do Grupo, os irmãos Francisco, Eduardo e José Martínez-Cosentino Justo

No âmbito das celebrações deste aniversário, o GrupoCosentino organizou um evento na sua sede central deCantoria (Almeria), em que participaram os seus fundadores, osirmãos Martínez-Cosentino Justo, o comité executivo do GrupoCosentino e um grupo de empregados.

As cerca de 60 pessoas que acompanharam em primeira mãoo nascimento da Silestone® tiveram uma menção especial.

Numa cerimónia emotiva, os fundadores do Grupo, apresenta-ram aos presentes no ato, o seu agradecimento pelo esforço eo entusiasmo prestado ao longo destes anos.

“Sem a vossa inestimável colaboração não teria sido possívelcolocar a Silestone® na posição de liderança que tem hoje emdia. São um exemplo a seguir por todos nós e representam overdadeiro espírito da companhia”, afirmou Francisco Martínez-Cosentino, Presidente do Grupo, durante a sua intervenção.

Eventos

O nascimento da Silestone® em 1990 foi uma autêntica revoluçãopara a indústria da pedra e para os profissionais da mesma. Onovo material surgia com a convicção de aliar na mesma superfí-cie o melhor da pedra natural com as qualidades físicas e mecâ-nicas únicos no setor, algo que foi possível graças à firme apostada Cosentino na investigação e inovação. Todas as melhoriasdesenvolvidas fizeram com que Silestone® seja considerado comomais que um simples material para a decoração ou construção,levando novos conceitos de design e cor, sobretudo ao mundo dacozinha e, mais recentemente, ao universo dos espaços debanho.

Silestone® permite criar desde a mais bela bancada de cozinha atéao projeto comercial mais inovador, graças à sua ampla gama decores, acabamentos únicos e características técnicas e estéticasinigualáveis. Neste marco do 25º aniversário, a Cosentino oferececomo novidade a ampliação da garantia de Silestone®, passandode 10 para 25 anos para todas as bancadas adquiridas a partir de1 de janeiro de 2015.

Outra novidade importante é a inclusão da linha de produto Ecocomo uma nova série de Silestone®, denominada Eco Line deSilestone®. Trata-se de um conjunto de onze cores fabricadas compelo menos 50% de materiais reciclados, como vidro, porcelana,cinzas vitrificadas, etc. Eco Line de Silestone® inclui também umaresina ecológica cuja composição deriva em parte de óleo de milho.

No desenvolvimento e crescimento da marca Silestone® foi funda-mental o papel dos seus colaboradores, clientes e, sem dúvida, doconsumidor final.

Como destacou o Presidente do Grupo, Francisco Martínez-Cosentino: “Através do reconhecimento internacional obtido gra-ças à marca Silestone® e à companhia Cosentino ao longo destes25 anos, foi possível que os nomes de Almeria, Andaluzia eEspanha sejam um pouco mais conhecidos no mundo inteiro”.

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APCMC recebe Importadores da Argélia

NO ÂMBITO DO SEU PROJETO DE APOIO À INTERNACIO-NALIZAÇÃO “EXCELLENCE FOR BUILDING”, A APCMCRECEBEU NOS DIAS 25 A 27 DE FEVEREIRO EMPRESÁ-RIOS ARGELINOS, QUE REUNIRAM COM DIVERSAS EMPRE-SAS PORTUGUESAS COM O OBJETIVO DE CONHECEREMOS PRODUTOS DE CONSTRUÇÃO POR SI COMERCIALIZA-DOS E NATURALMENTE, COM ELAS ESTABELECEREMEVENTUAIS PARCERIAS.

A visita compreendeu uma sessão de boas vindas namanhã do dia 25, em que intervieram o Dr. José deMatos, Secretário-Geral da APCMC, e o Dr. HenriqueSantos, da CCIAP - Câmara do Comércio e IndústriaÁrabe Portuguesa, tendo este caracterizado o mer-cado argelino aos empresários presentes.

O resto do dia foi preenchido com reuniões bilateraisentre os empresários, tendo nos dias 26 e 27 osempresários argelinos visitado diversas empresasportuguesas.

Dos vários encontros resultaram boas perspetivas denegócios, que deverão concretizar-se a curto prazo,tendo ainda sido identificadas diversas oportunida-des para serem trabalhadas no futuro próximo.

Eventos

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Architects on Business Tektónica 2015

ORDEM DOS ARQUITECTOS APROXIMA PROFISSIONAIS,PROMOTORES E EMPRESAS DURANTE A TEKTÓNICA

A Ordem dos Arquitectos i marcou presença na feira Tektónica2015 com o espaço ARCHITECTS on BUSINESS, um ponto deencontro entre arquitetos, promotores focados na internacionaliza-ção e geradores de oportunidades comerciais e de assessoria parao desenvolvimento da atividade comercial dos ateliers e empresasque pretendam fazer apresentações técnicas de produto em quedemonstrem casos práticos, materiais e soluções.

No mesmo espaço falaram arquitetos, câmaras de comércio, entida-des e empresas de materiais. A promover estes serviços, estiverampresentes as Câmaras de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa,Luso-Chinesa e Luso-Francesa e a APCMC (Associação dosComerciantes de Materiais de Construção).

Nos dias 6 a 8 de Maio, no Auditório de Negócios GYPTEC (Pavilhão2 da FIL), o ARCHITECTS on BUSINESS foi palco de apresentaçõesde negócios para arquitetos, de forma a aproximar estes profissionaisdas marcas numa relação de win-win e explorar oportunidades denetworking.

A Ordem dos Arquitectos é a associação pública portuguesa para aprofissão de arquiteto e para a arquitetura. Foi criada em 1998,sendofiel depositária de uma longa história associativa cuja origem formalremonta a 1863.

Representa todos quantos exercem a profissão de arquiteto emPortugal - mais de 20.000 portugueses e estrangeiros - e regula orespetivo exercício. De igual modo, promove e defende a arquiteturadentro e fora de fronteiras.

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Jofebar Premiada em duas CategoriasPrémios Inovação na Construção 2015

A JOFEBAR, EMPRESA ESPECIALISTA NA PRODUÇÃO DE SISTEMASDE JANELAS FUNCIONAIS E DE ESTÉTICA MINIMAL, FOI GALARDOA-DA COM DOIS PRÉMIOS “JANELAS, PORTAS E GUARDA CORPOS”NA 2ª EDIÇÃO DOS ‘PRÉMIOS INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO 2015”.OS PRÉMIOS FORAM ATRIBUÍDOS EM DUAS CATEGORIAS:“EMPRESAS” E “MATERIAIS/PRODUTO”.

Eventos

A distinção na categoria “Empresas” surgiu do reconhe-cimento da Jofebar como percursora de um conjunto deatividades e processos inovadores, otimizando as siner-gias entre a vertente social, ambiental e económica.

Já na categoria “Mate riais/Produto”, o prémio foi atribuí-do pela produção da clarabóia PanoramAH! Skylight, umsistema com elevada funcionalidade e com característi-cas inovadoras e distintivas. O Arq. Eurico Almeida, daJofebar, referiu“ que este produto é uma clarabóia inspi-rada nas janelas minimalistas nas quais somos pioneiroshá 15 anos. Somos igualmente premiados pelo Red Hotcom este produto e agradecemos ao Jornal Construiresta distinção”.

A iniciativa é da Revista Anteprojectos, em parceria como Jornal Construir e a Projectista e o prémio foi entreguenuma gala realizada no Auditório do Metro de Lisboa,apresentada por Ricardo Carriço. A Jofebar teve assim aoportunidade de se afirmar novamente como umaempresa que trabalha de forma distinta e exclusiva, comenfoque na arquitetura e na componente tecnológicasofisticada, defendendo as linhas mais contemporâneas,que aliam estética e funcionalidade em total sintonia.

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Entrevista João Arrais - Diretor Geral CS - Coelho da Silva

A partir daí, a CS seguiu uma política de investimentos industriais,acompanhando o “state-of-the-art” do setor, o que originou a constru-ção de novas unidades industriais em 1992, 2002 e 2012, tendo pelomeio efetuado avultados investimentos na modernização e melhora-mento das unidades existentes.

Hoje em dia é um fabricante de primeira linha mundial, com um eleva-do nível de diversificação de produto, competindo no mercado global eexportando mais de 25% da sua produção para cerca de 30 países.

FUNDADA EM 1927, A COELHO DA SILVA, É UMA EMPRESA ESPE-CIALIZADA EM TELHAS E ACESSÓRIOS. COMO INICIOU A SUA ATIVI-DADE E COMO AVALIA O SEU PERCURSO?

A empresa foi fundada pelo avô dos atuais acionistastendo vindo a crescer ao longo do séc.XX pelas mãos deum dos filhos do fundador, o Comendador João Silva, epelos seus netos.

A empresa teve uma evolução enorme a partir dos anos80, momento em que construiu a sua primeira unidadeindustrial automatizada, designada por F2.

A HISTÓRIA DA COELHO DA SILVA INICIOU-SE COM OFABRICO ARTESANAL DA TELHA DE CANUDO. AO LONGODOS ANOS, AS GERAÇÕES QUE LHE SEGUIRAM SOUBERAMDESENVOLVER UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, MODERNIZA-ÇÃO E EMPREENDEDORISMO, CONCRETIZADA ATRAVÉS DESUCESSIVAS EVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS E DE CAPACIDA-DE PRODUTIVA QUE PERMITIRAM ASSUMIR UMA POSTURADE LIDERANÇA NO SETOR.

DESDE CEDO, A CS TEM PRATICADO UMA GESTÃO PROFIS-SIONAL, DE OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS, DOTANDO AS SUASFÁBRICAS DA MAIS MODERNA TECNOLOGIA E DEFININDOLINHAS DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA QUE PERMITEM OFE-RECER AO MERCADO SOLUÇÕES INTEGRAIS DE COBERTU-RAS CERÂMICAS, QUE VÃO MUITO PARA ALÉM DO CONVEN-CIONAL CONCEITO DE FABRICANTE DE TELHAS.

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Como tal, desde 2005 que a CS tem feito uma aposta clara nos merca-dos de exportação sendo eles o alvo preferencial de uma parte substan-cial da nossa atividade comercial. A nossa aposta é cada vez mais emmercados que valorizem produtos de alta qualidade com um nível dediferenciação elevado, tais como, os mercados escandinavos e da euro-pa central.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESAFACE AOS SEUS CONCORRENTES?

A CS tem instalada tecnologia praticamente única ao níveldos países do Sul da Europa, assim como, uma vastagama de acessórios exclusivos que permitem abordar doponto de vista técnico quaisquer situações que possamocorrer ao nível das coberturas e fachadas e uma flexibi-lidade industrial que lhe permite segmentar a sua ofertaem produtos de vários níveis, quer de preço, quer de qua-lidade.

DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUI, QUAL AQUELEQUE ELEGE COMO SENDO O MAIS INOVADOR? QUAIS AS SUASPRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS?

Sem dúvida a Climatile, uma solução cerâmica paracoberturas planas que oferece um elevado nível de isola-mento térmico, ventilação e proteção num tipo de cober-tura onde tradicionalmente os produtores de telha cerâmi-ca não estão presentes.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM UM GRAU DE IMPORTÂNCIACRESCENTE NESTES ÚLTIMOS ANOS, TENDO ESTAS INTERVEN-ÇÕES UMA MAIOR COMPLEXIDADE FACE À CONSTRUÇÃO NOVA. ACRIAÇÃO DE NOVOS MATERIAIS E TECNOLOGIAS TEM AJUDADO ASIMPLIFICAR ESSAS INTERVENÇÕES?

Hoje em dia podemos dizer que a construção nova aonível do mercado nacional é praticamente residual e ofoco da nossa atividade está ao nível da reabilitação ereconstrução de coberturas.

Para isso, temos vindo a desenvolver, quer produtos, queracabamentos superficiais que permitem, por um lado,uma instalação na qual se possam aproveitar estruturasexistentes (caso da nossa telha marselha D3+ que podeser instalada com distâncias entre ripas a variar entre os35 e 39 cm), quer acabamentos que permitem simular oenvelhecimento natural da telha permitindo assim quehaja uma integração harmoniosa com a envolvente.

As telhas de última geração são cozidas em suportes indi-viduais e prensadas com moldes de gesso o que garanteum nível de estanquidade e resistência aos fenómenosclimatéricos excecional. O que faz com que um produtotradicional seja encarado pelos projetistas e instaladorescomo um produto de alta performance técnica com aplica-ções simultâneas quer ao nível das coberturas quer dasfachadas ventiladas.

QUAIS OS PLANOS DA EMPRESA PARA O ANO 2015? APOSTARMAIS NO MERCADO NACIONAL OU PROCURAR REFORÇAR OS MER-CADOS EXTERNOS? NO ÚLTIMO CASO, QUAIS?

Como líderes do mercado nacional seguimos uma linhade ação que visa cobrir, com uma rede de distribuiçãoeficiente, todo o território nacional garantido níveis deserviço de excelência. Esta marca de excelência é oque carateriza esta empresa desde a sua génese e quelhe permitiu sobreviver e crescer ao longo dos seus 88anos de história.

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Entrevista Jorge TorneroDiretor Técnico & Marketing da Geberit

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA GEBERIT FACE AOS SEUSCONCORRENTES?

O Grupo Geberit e, em particular a Geberit Tecnologia Sanitária, têmdesde sempre estruturado a sua estratégia num Know-how sustentadoem tecnologia sanitária com produtos inovadores.

Desde a introdução do primeiro autoclismo há mais de 140 anos, atéao lançamento do primeiro autoclismo de interior, em polietileno, há 50anos, celebrados durante 2014, até à tecnologia sifónica de drenagempluvial de coberturas e aos sistemas e soluções mais recentes, amigosdo ambiente, como sejam as torneiras eletrónicas com microgerador eas duplas descargas com poupança de água que a Geberit é reconhe-cida pelos profissionais e utilizadores finais, como uma marca líder emtecnologia sanitária.

Este dinamismo está associado ao crescente investimento em desen-volvimento e investigação de novos produtos, com 9 áreas que abran-gem domínios, como os da hidráulica, higiene, prevenção de incên-dios, eletrónica, acústica, tecnologia de simulação, estática, ciênciasdos materiais e engenharia de processos.

DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUI, QUAL AQUELE QUE ELEGECOMO SENDO O MAIS INOVADOR? QUAIS AS SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTI-CAS?

Os mercados são cada vez mais exigentes e pesquisas recentes reve-laram que os utilizadores da casa de banho cada vez se sentemmenos bem, ao efetuar a descarga manual, em vez disto, preferem atecnologia sanitária que funciona sem contacto.

A GEBERIT, É UMA EMPRESA DE ELEVADA TECNOLOGIA SANITÁ-RIA. COMO INICIOU A SUA ATIVIDADE E COMO AVALIA O SEU PER-CURSO?

A Geberit Tecnologia Sanitária é uma empresa do GrupoGeberit, sendo a sua atividade dirigida para o mercadonacional e de acordo com as diretrizes do Grupo Geberit.

Tem como objetivos principais a divulgação e venda dosdiversos sistemas Geberit mais adequados para o nossomercado.

Desde o seu início de atividade em Portugal, há cerca de25 anos, que temos promovido o incremento do uso de sis-temas sanitários e de tubagens, de elevada qualidade,constituídos como referência no setor da construção.

Apesar da recessão no mercado da construção e dos condi-cionalismos externos, temos vindo a consolidar a aplicaçãodas Soluções Geberit, de forma equilibrada e segura.

DESDE O INÍCIO DE ATIVIDADE EM PORTUGAL, HÁ CERCADE 25 ANOS, QUE A GEBERIT PROMOVE O INCREMENTODO USO DE SISTEMAS SANITÁRIOS E DE TUBAGENS DEELEVADA QUALIDADE NO MERCADO NACIONAL, CONSTI-TUÍDOS COMO REFERÊNCIA NO SETOR DA CONSTRUÇÃO,SEGUINDO AS DIRETRIZES DO GRUPO GEBERIT.

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QUAIS OS PLANOS DA EMPRESA PARA O ANO 2015? APOSTAR MAIS NO MERCA-DO NACIONAL OU PROCURAR REFORÇAR OS MERCADOS EXTERNOS? NO ÚLTIMOCASO, QUAIS?

A Geberit Tecnologia Sanitária tem como objetivo continuar a consolidar-seexclusivamente no mercado nacional, sendo a nossa principal estratégiaapresentar Soluções para uma casa de banho melhor.

Por este facto, destacamos as descargas automáticas,através de sensores, sem contacto dos autoclismos deinterior Geberit, nomeadamente as placas GeberitSigma80 (em vidro, com luzes LED) e a Geberit Sigma10,com alimentação elétrica ou a pilhas, permitindo também apoupança de água com 2 volumes de descarga ou descar-ga com interrupção. Estes modelos de placas estão tam-bém disponíveis para os sistemas de descarga para uri-nóis.

CONSIDERA QUE A CRESCENTE PREOCUPAÇÃO COM OS TEMASDA SUSTENTABILIDADE E DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA TEM UMPESO IMPORTANTE NO APARECIMENTO DE NOVOS PRODUTOS ETECNOLOGIAS CONSTRUTIVAS? DE QUE FORMA?

A crescente exigência das Sociedades relativamente àsustentabilidade e à eficiência energética, fez com queo Grupo Geberit também integrasse novas tecnologiasnas diversas áreas de negócio, lançando produtos ino-vadores que asseguram o cumprimento dos requisitos,normas e certificações de produtos e sistemas ecológi-cos e sustentáveis. Vários produtos Geberit, nomeada-mente autoclismos de interior Geberit, placas de des-carga, sistemas de descarga para urinóis e torneiraseletrónicas já estão classificados com WELL - Etiquetade Eficiência Hídrica, permitindo aos utilizadores finaisuma escolha rápida dos produtos adequados às suasnecessidades atuais e futuras.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM UM GRAU DE IMPORTÂNCIACRESCENTE NESTES ÚLTIMOS ANOS, TENDO ESTAS INTERVEN-ÇÕES UMA MAIOR COMPLEXIDADE FACE À CONSTRUÇÃO NOVA.A CRIAÇÃO DE NOVOS MATERIAIS E TECNOLOGIAS TEM AJUDA-DO A SIMPLIFICAR ESSAS INTERVENÇÕES?

De facto, o mercado da reabilitação tem um potencial decrescimento bastante expressivo, atendendo aos largosmilhares de edifícios e casas de banho degradadas,quer em resultado da sua antiguidade, quer mesmo damenor qualidade das construções mais recentes.

A Geberit possui diversas soluções e sistemas apropria-dos à reabilitação de casas de banho, em particular, edos sistemas de redes de água e drenagem, em geral.As soluções e sistemas para paredes estruturadas ligei-ras para aplicação de louças suspensas permitem umarenovação rápida, leve e economicamente aceitável.

A Geberit disponibiliza também sistemas que permitemuma renovação da casa de banho, sem os incómodosresultantes de entulhos, poeiras e trabalhos prolonga-dos, normais numa reabilitação tradicional.

Entre as últimas inovações desenvolvidas pela Geberitpara o mercado da renovação destacaria a estruturaGeberit Duofix com autoclismo de interior Sigma 12 cmpara ligação ao sistema DuoFresh, incorporado naplaca Sigma40 um sistema de extração de odores, aGeberit AquaClean Sela sanita com sistema integradode lavagem Geberit AquaClean Sela, as estruturas comdrenagem sifonada à parede e as calhas sifonadasCleanLine para duches de pavimento.

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Entrevista Ana Paralta Administradora da Macovex

O percurso da Macovex tem sido desafiante e inefável. Ao longo des-tes 33 anos, conseguimos ultrapassar obstáculos, melhorando e cres-cendo tendo sempre como foco a satisfação do cliente.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA MACOVEX FACE AOSSEUS CONCORRENTES?

A Macovex é uma empresa sólida e que honra os seus compromissos,o que dá aos nossos clientes estabilidade, fiabilidade e segurança. Osnossos clientes sabem que estamos sempre disponíveis.

MACOVEX É UMA EMPRESA QUE COMERCIALIZA SOLUÇÕES DEPAVIMENTOS E REVESTIMENTOS CERÂMICOS, SANITÁRIOS, MÓVEISE ARTIGOS PARA O BANHO. COMO INICIOU A SUA ATIVIDADE ECOMO AVALIA O SEU PERCURSO?

A MACOVEX arranca a sua atividade em 25 de Janeiro de1982, com a abertura de um estabelecimento em Gouveia.Neste momento, dispomos de vários conceitos de negócioem Viseu e Gouveia e vendemos para todos os pontos dopaís.

FUNDADA EM 1982, A MACOVEX É UMA EMPRESA PORTU-GUESA CERTIFICADA QUE COMERCIALIZA INÚMERAS SOLU-ÇÕES DE PAVIMENTOS E REVESTIMENTOS CERÂMICOS,SANITÁRIOS, MÓVEIS E ARTIGOS PARA O BANHO.

A EMPRESA EMPENHA-SE EM SATISFAZER OS SEUS CLIEN-TES, DISTINGUINDO-SE PELA QUALIDADE DOS SERVIÇOSPRESTADOS E PELA RESPOSTA RÁPIDA E FLEXÍVEL ÀSNECESSIDADES DE CADA UM DELES. APOSTA NA MANUTEN-ÇÃO DE UMA IMAGEM DE COMPETÊNCIA, CREDIBILIDADE ECONFIANÇA, COMO ESTRATÉGIA DE FIDELIZAÇÃO DE CLIEN-TES E GARANTE DE ESTREITA E SÓLIDA RELAÇÃO COMFORNECEDORES.

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O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM UM GRAU DE IMPORTÂNCIA CRESCENTE NES-TES ÚLTIMOS ANOS, TENDO ESTAS INTERVENÇÕES UMA MAIOR COMPLEXIDADEFACE À CONSTRUÇÃO NOVA. A CRIAÇÃO DE NOVOS MATERIAIS E TECNOLOGIASTEM AJUDADO A SIMPLIFICAR ESSAS INTERVENÇÕES?

Cada vez mais surgem produtivos que ajudam a simplificar as interven-ções na reabilitação de espaços.

Concretizando em exemplos, para além do Kerlite da Margrés que referianteriormente, o pavimento ecológico da Revigrés EcoTEch que integra90% de materiais reciclados - desenvolvido no âmbito de projeto euro-peu InEDIC - Inovação e Ecodesign. O isolamento térmico que permiteque uma casa reabilitada tenha a mesma qualidade térmica de umaconstrução nova.

Em iluminação, a tecnologia LED que veio revolucionar o mercado, poisé mais eficiente e com menores dimensões quando comparado com fon-tes de iluminação tradicional. No setor de climatização, o desumidifica-dor com pastilha, nova tecnologia que não necessita de fonte de eletri-cidade e que faz um trabalho fantástico na desumidificação de espaços.

QUAIS OS PLANOS DA EMPRESA PARA O ANO 2015? APOSTAR MAIS NO MERCA-DO NACIONAL OU PROCURAR REFORÇAR OS MERCADOS EXTERNOS? NO ÚLTIMOCASO, QUAIS?

Devido à nossa atitude de não conformação, em 2015 queremos conti-nuar a aportar na diversificação, quer do negócio, quer dos meios físicosonde comercializamos os nossos produtos. Vamos apostar na criaçãode uma Macovex mais verde e amiga do cliente, tendo sempre emmente a criação de relações positivas com todos.

Temos uma atitude face ao mercado de inovação e comvontade de sempre fazer mais e melhor. Além da nossadiversificação em vários segmentos de negócio, aposta-mos em novas formas de prestar serviço ao cliente,exemplo disso é a abertura da nossa terceira loja onlineem inícios de 2015.

Preocupamo-nos por estabelecer relações positivas,quer com colaboradores, fornecedores e clientes, quercom a comunidade e meio ambiente. Em 2015, propu-semo-nos a diminuir a nossa pegada ecológica comoforma de estabelecer uma relação positiva com oambiente.

COMO SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS? QUAIS ASSOLUÇÕES MAIS PROCURADAS PELOS VOSSOS CLIENTESATUALMENTE?

A nossa gama de produtos é vasta, desde materiais deconstrução até decoração, passando por climatização,aquecimento, bricolage, jardim e iluminação. As solu-ções mais procuradas na atualidade são as voltadaspara a remodelação de espaços, quer interiores, querexteriores.

DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUI, QUAL AQUELEQUE ELEGE COMO SENDO O MAIS INOVADOR? QUAIS AS SUASPRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS?

Tendo em conta que a remodelação de espaços é atual-mente a força de mercado, o produto que mais inovaçãotrouxe a esse segmento foi o Kerlite da Margrés.

Kerlite é um pavimento e/ou revestimento que tem 3 a3.5 mm de espessura e que pode atingir na placa maior300x100 cm. Sendo o kerlite um material fino é perfeitopara remodelações pois pode ser colado diretamentesobre azulejos e mosaicos antigos sem acrescentaruma espessura significativa e sem fazer demolições.

Acrescento que características de resistência ao des-gaste, à agressão química, a dissolventes, desinfetan-tes e detergente. Apresenta um elevado módulo de rup-tura e é eco-compatível de reciclável.

CONSIDERA QUE A CRESCENTE PREOCUPAÇÃO COM OS TEMASDA SUSTENTABILIDADE E DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA TEM UMPESO IMPORTANTE NO APARECIMENTO DE NOVOS PRODUTOS ETECNOLOGIAS CONSTRUTIVAS? DE QUE FORMA?

Com a estratégia Europa 2020 para eficiência energéti-ca, produção de energia renovável e efeitos de gasesde estufa, o setor produtivo repensou a forma de produ-zir e de colocar produtos no mercado. Assim sendo, têmvindo a surgir no mercado cada vez mais artigos ecoló-gicos e com menor impacto para o ambiente.

No meu ponto de vista, tem sido uma vitória tanto paraos produtores, que aos poucos e poucos se vão tornadomais “verdes” e amigos do ambiente, quer para os con-sumidores que sentem-se mais seguros e felizes porcomprar produtos que não são nocivos para ambientes.

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Entrevista Nuno Ribeiro Diretor Geral da Soudal

A SOUDAL NV É UMA EMPRESA ESPECIALIZADA EM SELANTES, ESPUMAS DE PU EADESIVOS. COMO INICIOU A SUA ATIVIDADE E COMO AVALIA O SEU PERCURSO?

Desde a sua fundação pelo Sr. Vic Swerts, a SOUDAL tem sido um dosmais importantes players no mercado de selantes, espumas de PU e ade-sivos na Europa. Atualmente é considerada o maior fabricante independen-te europeu de selantes, espumas de PU e adesivos para os mercados pro-fissional e de bricolage. Com presença em 130 países, 14 unidades fabrisem quatro continentes e 35 subsidiárias, consegue garantir um suporte téc-nico e logístico, oferecendo qualidade, soluções e um serviço pós-vendaexcecional.

Tudo começou em 1966, pelo Sr. Vic Swerts que comprou uma pequenaempresa em Ossenmarkt, em Antuérpia, e se especializou em materiais de sol-dadura e na produção de mástiques de poliéster para reparação de automóveis.

FUNDADA EM 1966 PELO SEU ATUAL PRESIDENTE,SR. VIC SWERTS, PERMANECE ORGULHOSAMENTECOMO EMPRESA FAMILIAR E INDEPENDENTE DE GRAN-DES CORPORAÇÕES MULTINACIONAIS. OS SEUS PRO-DUTOS SÃO UTILIZADOS POR PROFISSIONAIS DA CONS-TRUÇÃO, DA MONTAGEM INDUSTRIAL, PELO MERCADODE RETALHO E TEM 45 ANOS DE EXPERIÊNCIA COM OCONSUMIDOR FINAL, EM MAIS DE 130 PAÍSES ESPA-LHADOS PELO MUNDO. COM 11 UNIDADES DE PRODU-ÇÃO EM 4 CONTINENTES E 35 SUBSIDIÁRIAS EM TODOO MUNDO, A SOUDAL GARANTE UM APOIO LOGÍSTICOE TÉCNICO PERFEITO.

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De referir que, em 2008, teve início em Turnout a construçãodo novo Centro de Investigação & Desenvolvimento (I&D), umedifício que atualmente acomoda, entre outros, um laboratóriode elevada tecnologia, concebido para dar suporte a todos osfuturos desenvolvimentos e inovações.

Nos últimos anos, o crescimento da SOUDAL tem passadotambém por uma estratégia de M&A, com a aquisição dealguns players fundamentais nos mercados norte-americano,asiático e europeu. Estas aquisições tiveram sempre como fiocondutor a complementaridade e a sinergia de valores.

Recentemente a SOUDAL Portugal, de modo a dar suporte aoseu crescimento, mudou de instalações, podendo hoje contarcom um Centro de Formação - SOUDAL ACADEMY PORTU-GAL - que em quase tudo é uma réplica da versão existentena sua sede na Bélgica.

Estas novas instalações têm permitido servir ainda melhor anossa atual rede de distribuidores, formando-os e tornando-osmais capacitados para a revenda dos produtos e soluçõesSOUDAL.

Em quase 50 anos de vida, a SOUDAL tem oferecido muitomais do que um “produto que faz o trabalho”. Qualidade,soluções específicas e um serviço pós-venda exemplar sãoos elementos que fazem da empresa uma verdadeira históriade sucesso.

Dois anos mais tarde mudou-se para Turnhout, para o antigomercado dos pais do Sr. Swerts. No primeiro ano emTurnhout, a produção foi de 5,000 unidades de selantes desilicone.

Desde então, a empresa passou de um pequeno negócio defamília para a atual empresa multinacional que formula, fabricae distribui em todo o mundo cerca de 190 milhões de cartuchosde selantes e adesivos e 100 milhões de latas de espuma dePU por ano, contando com cerca de 1900 colaboradores.

A 1 de Julho de 1997, a SOUDAL concluiu a aquisição doDepartamento de Silicones de Construção & Edificação daBAVG, uma filial integral da Bayer AG, em Leverkusen.

A Alemanha tem o maior mercado europeu de selantes e deespumas de PU, pelo que a aquisição proporcionou um forteimpulso da SOUDAL no mercado alemão. De forma quase ime-diata, foi necessário duplicar a produção e a capacidade dearmazenamento.

A SOUDAL estabeleceu também novos escritórios de venda edistribuição em diversos países europeus, no qual se incluiu afilial portuguesa.

Em 2005, a SOUDAL Portugal começou o seu percurso com amissão de oferecer uma vasta gama de produtos de qualidade,com um serviço pós-venda exemplar.

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Não quero obviamente deixar de destacar que, sem o firmecompromisso e dedicação da nossa rede de distribuidores erevendedores, nada disto seria possível.

Associada a todas estas componentes do negócio, a SOUDALdireciona a sua estratégia no sentido de adaptar a oferta de pro-dutos e soluções aos segmentos onde atua, diferenciando-seassim da abordagem mais generalista dos seus concorrentesdiretos. Este enfoque na segmentação do mercado tem-nospermitido acumular experiência e know-how que, em variadassituações se revelou útil e relevante na definição das próximasáreas e/ou sectores de atuação.

A combinação destas 5 componentes - estratégia de diferencia-ção, factor humano, rede de distribuição, portfólio de produtose logística - permitiu à SOUDAL Portugal crescer nos últimos 5anos mais de 100%.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACEAOS SEUS CONCORRENTES?

A Soudal, em Portugal, tem o orgulho de possuir uma equipamuito motivada, experiente e comprometida com os seus clien-tes.

Para além de uma vasta gama de produtos de elevada qualida-de, das constantes inovações e desenvolvimentos de produtos edo permanente esforço ambiental nos nossos processos produti-vos, a Soudal em Portugal oferece um serviço pós-venda excep-cional: entrega de encomendas em 24 horas; stock abrangentedas principais referências; apoio personalizado a cada um dosnossos parceiros; aconselhamento técnico permanente; forma-ção contínua a distribuidores e a revendedores; resolução dereclamações no menor espaço de tempo e atendimento logísticoe administrativo diário.

Entrevista

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O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM UM GRAU DE IMPORTÂNCIA CRESCENTENESTES ÚLTIMOS ANOS, TENDO ESTAS INTERVENÇÕES UMA MAIOR COMPLEXI-DADE FACE À CONSTRUÇÃO NOVA. A CRIAÇÃO DE NOVOS MATERIAIS E TECNO-LOGIAS TEM AJUDADO A SIMPLIFICAR ESSAS INTERVENÇÕES?

Sem dúvida. Assim como diversos players na cadeia produtiva daconstrução, a SOUDAL tem apresentado nos últimos anos, uma gamaextremamente completa de produtos e soluções cuja aplicabilidade esimplificação no mercado da reabilitação é evidente.

Aliás, tem sido um dos enfoques do nosso departamento de R&D, odesenvolvimento de produtos e soluções inovadoras cujo mercadoalvo é sem dúvida e cada vez mais o mercado da reabilitação de edi-ficações.

Gostaria de destacar alguns produtos inovadores que têm vindo aconquistar o seu espaço no mercado da reabilitação: o adesivo SOU-DABOND Easy, que permite a colagem fácil e limpa de painéis de iso-lamento e decorativos; a espuma de PU FLEXIFOAM (já referida) coma sua capacidade de recuperação elástica e garantia de certificaçãoenergética A+; a espuma SOUDAFOAM Comfort, com controlo perfei-to e reutilizável até 6 semanas; o selante com certificação Soudaseal215LM para fachadas e juntas de dilatação e o cola e veda multifun-cional Soudaflex 40FC para toda a selagem e colagem na construção.

QUAIS OS PLANOS DA EMPRESA PARA O ANO 2015? APOSTAR MAIS NO MER-CADO NACIONAL OU PROCURAR REFORÇAR OS MERCADOS EXTERNOS? NOÚLTIMO CASO, QUAIS?

Em 2015, a SOUDAL comemora um aniversário importante - estamosem Portugal e junto aos Portugueses há exatamente 10 anos. Assimsendo iremos...comemorar junto dos nossos parceiros! Iremos come-morar exatamente 10 vezes, uma por cada ano deste aniversário.

Em paralelo, e de modo a suportar a estratégia que definimos para otriénio 2014-2016, iremos continuar a apoiar a nossa rede deDistribuidores através da formação continua e do fortalecimento doslaços entre ambas as nossas estruturas comerciais.

Este ano será, na sequência dos anteriores, um ano marcado pelolançamento de novos produtos e soluções direcionadas aos diferen-tes segmentos de mercado onde os parceiros da SOUDAL operam.Destaco que 38% do nosso crescimento nos últimos anos foi suporta-do pelas novas soluções e produtos lançados - todos eles resultadode um intenso trabalho do nosso departamento de R&D na sede daSOUDAL, em Turnout (Bélgica).

Manteremos assim a nossa aposta no mercado nacional, onde conti-nuamente identificamos diversos focos potenciais de crescimentopara a nossa empresa. Com relação ao mercado externo, a SOUDALPortugal detém dentro da estrutura internacional do Grupo SOUDAL,a responsabilidade pelo mercado de Angola desde 2013. Em 2015,foi-nos lançado um novo desafio - o mercado de Moçambique.

Em ambos estes dois mercados externos continuaremos, acima detudo, a focar as nossas energias e esforços no sentido de diretamen-te correlacionar os parceiros estrategicamente ideais com o corretoportfólio de produtos. Uma vez este objetivo atingido, os esforçosdirecionar-se-ão no sentido de assegurar a esses parceiros todo osuporte necessário a um crescimento e sucesso sustentado e dura-douro.

Permitiu também, dentro do setor, assumir uma posiçãode grande destaque, conquistando a liderança de mer-cado em diversas famílias de produtos.

DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUI, QUAL AQUELEQUE ELEGE COMO SENDO O MAIS INOVADOR? QUAIS AS SUASPRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS?

A SOUDAL é hoje considerada o maior produtor mun-dial de espuma de PU em aerossol, com cerca de 100milhões de unidades produzidas e distribuídas anual-mente em todo o mundo.

Como consequência dessa forte posição no mercado,a Soudal tem efetuado, nas últimas duas décadas, for-tes investimentos em R&D no sentido de desenvolveresta mesma tecnologia. Desses esforços têm surgidoinúmeras novas soluções – maioritariamente focadasnas necessidades do mercado, mas de quando em vezdisruptivas face ao próprio mercado, criando assimnovas necessidades.

A emergência do mercado da reabilitação, por exem-plo, conduziu ao desenvolvimento de distintos produtose soluções dentro da SOUDAL.

Destaco a título de exemplo o nosso sistema SWS -SOUDAL WINDOW SYSTEM - que foi concebido como objectivo de ajudar a criar uma barreira de isolamen-to térmico e acústico entre a alvenaria e qualquer tipode sistema de janelas.

O sistema, como se subentende é composto por distin-tos produtos, dos quais destaco a espuma de PU FLE-XIFOAM.

A espuma de PU FLEXIFOAM resultou do esforço etrabalho de toda uma equipa de 30 cientistas altamentequalificados, que em cooperação com os restantesplayers do setor de produção e instalação de sistemasde janela, trabalharam no sentido de compreendercomo poderia a SOUDAL participar ativamente nestesector.

Assim surgiu esta espuma de PU que, com reduzidaauto-expansão e devido à sua elevada capacidade derecuperação de elasticidade (cerca de 90% quandocomprimida a 50%), é ideal para aplicar na selagem eisolamento de janelas, portas e tubos. A Espuma dePUFLEXIFOAM garante adicionalmente excelentesratings ao nível do isolamento térmico, acústico e con-trole de humidade.

A solução SWS – SOUDAL WINDOW SYSTEM, quecombina a Espuma de PU FLEXIFOAM com osSelantes (Soudaseal 215LM e 225LM, Acryrub SWS eVapourseal) colas (Soudafoil 330D e 360H) e tapesSWS (inside e outside), garante por si só uma soluçãode grande durabilidade e elevada performance a todosos níveis – térmico, acústico e mesmo controle dehumidade.

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Decoração de Museu Nacional de Referência I Mobiliário SACHI

A Comissão Europeia e a Fundação que transporta o nomedo conhecido arquiteto alemão agendaram para maio próxi-mo o anúncio do vencedor. Enquanto isso, e para a subli-nhar a qualidade da arquitetura portuguesa, o Opo’Lab –Oporto Laboratory of Architecture & Design, um ciclo de con-ferências com as obras e os arquitetos lusos nomeados,num momento de «elogio» e «integração de gerações, pen-samentos, abordagens e linguagens diferentes».

A iniciativa decorreu nas instalações do Opo’Lab, no n.º643 da Rua D. João IV, no Porto.

O evento, além de ser um elogio aos arquitetos pretendeser também um momento de integração de gerações, pen-samentos, abordagens e linguagens diferentes. O evento,além de ser um elogio aos arquitetos pretende ser tam-bém um momento de integração de gerações, pensamen-tos, abordagens e linguagens diferentes.

INSPIRAÇÕES MARÍTIMAS� EXPIRARAM YACHT CLUB

Habituada a ver as suas coleções premium espalhadaspor resorts de luxo, hotéis de charme, beach e countryclubs, campos de golfe, SPA’s e jardins selecionados, denorte a sul do País e, sobretudo, no estrangeiro (numa vin-tena de países para onde exporta), a SACHI vê assim oMuseu Nacional Machado de Castro juntar uma novavalência funcional ao seu porta-fólio: a dos espaços cultu-rais de eleição.

A insígnia entrou em 2015 com uma inspiração marítima,que estreou na última Maison&Objet, em Paris. Trata-se danova linha Yacht Club, que alia o material preferido da marca- o alumínio - a alguns apontamentos em riga. Tudo a pensarno refrescamento decorativo de uma grande diversidade decenários, localizados sobretudo em marinas...

O evento francês correu de feição à SACHI. «Atrevo-me adizer que foi a melhor feira dos últimos tempos! Mais doque os cerca de 300 contactos, que iremos agora explorar,saímos da Maison&Objet com várias encomendas firma-das», revelou Jean Michel da Silva, responsável pelo mer-cado francês da SACHI, que ainda há dias participou naHábitat Valencia (Espanha), donde também trouxe negó-cios com potencial.

Produtos

DA AUTORIA DO GABINETE DO ARQUITETO GONÇALO BYRNE, A REABILITAÇÃODO MUSEU NACIONAL MACHADO DE CASTRO (COIMBRA) TROUXE A CONSA-GRAÇÃO – NACIONAL E INTERNACIONAL - À ESTRUTURA, MAS TAMBÉM O MOBI-LIÁRIO DA SACHI A ALGUNS DOS SEUS ESPAÇOS EXTERIORES. A OBRA DEAMPLIAÇÃO FOI UM DOS 19 PROJETOS PORTUGUESES RECENTEMENTE CANDI-DATOS AO PRÉMIO DE ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA DA UNIÃO EUROPEIAMIES VAN DER ROHE 2015.

Referência museológica em Portugal, premiado como o Melhor MuseuPortuguês de 2013 e o Piranesi/Prix de Rome 2014, o Museu NacionalMachado de Castro, em Coimbra, conta desde a finalização das obrasde renovação empreendidas com o mobiliário da SACHI – PremiumOutdoor Furniture a decorar algumas das suas áreas.

Foi à linha York da SACHI que coube a tarefa de emprestar funciona-lidade, fluidez e distinção a algumas zonas do museu conimbricense.De traço minimalista e intemporal, a série surgiu para criar e beneficiarcenários clean, numa grande variedade de espaços exteriores. É umconceito completo para diferentes circunstâncias, permitindo composi-ções requintadas e uma comodidade que se explana por zonas delounge, solário ou refeição. As cores mais presentes são o branco, ocinzento-lava ou o preto, mas a série faculta outras opções para o usodo alumínio. No Museu Nacional Machado de Castro, a cor preferidafoi o branco.

Saído do estirador do arquiteto Gonçalo Byrne, o projeto de ampliaçãoda estrutura museológica foi um dos 19 executados em Portugal recen-temente nomeados para um dos galardões de maior prestígio interna-cional no domínio da arquitetura, o Prémio Mies van der Rohe 2015.Gonçalo Byrne dá no Porto conferência sobre o projeto

Decoração

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Remodelar a sua cozinha pode revelar-se uma tarefa simples eagradável com a Urban Obras, uma rede nacional de obras,remodelações e decoração que atua a todo o país.

Segundo Cátia Gonçalves, Business Director da Urban Obras“Os projetos URBAN estão sempre de acordo com o que ocliente nos indica e que idealiza. No que respeita à remodela-ção de cozinhas, a equipa tem sempre em conta o espaço ante-rior, de forma a torná-lo especial, mas sempre funcional”.

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Decoração

Com a URBAN pode usufruir de acompanhamento profissionalde Arquitetos e Decoradores, responsáveis pelo projeto deremodelação da sua cozinha, através da realização de um pro-jeto personalizado, que respeita os seus gostos e a individuali-dade da sua casa.

A oportunidade por que tanto esperou para ter uma cozinhanova, com um espaço novo, não só para cozinhar como tam-bém para tornar a sua cozinha um local agradável onde podeconviver com a sua família e amigos.

Como potenciar o espaço da sua cozinha?Urban Obras

Todos os motivos são bons para uma re mo delação

NO INÍCIO DO ANO ARRANJAMOS SEMPRE ESPAÇO PARA PENSAR EMMUDANÇAS, EM MELHORIAS E ATÉ EM REMODELAÇÕES� E NEMPRECISAMOS DE DESCULPAS, TODOS OS MOTIVOS E VONTADES SÃOVÁLIDOS!

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Decoração

Houve uma grande necessidade de eliminar o tom avermelhadodas paredes e optou-se por cobri-las com um tom cinza azuladoe por um papel de parede, que transmite uma ilusão de ótica deprofundidade, transformado espaço numa biblioteca, inserindo--se na temática de “Sala de Leitura”.

Os tetos altos foram aproveitados e foi colocado um papel deparede com um padrão bastante preenchido, que neste casoresulta muito bem, devido à dimensão do pé direito. Numa dasparedes foi aplicado um espelho de grandes dimensões, o qual,para além de dar a sensação de abertura do espaço, reflete aspeças decorativas que se encontram nas prateleiras, criandoum jogo de simetrias interessante.

Foram criados vários recantos, que proporcionam espaçosintimistas e de relaxamento, tanto no interior como no exterior,no qual foi utilizado um deck como pavimento, floreiras ilumi-nadas, colocada uma parede de espelho, para “abrir” mais oespaço e dar a sensação de maior profundidade, e colocadoselementos decorativos, como vasos de plantas aromáticas egaiolas com borboletas, uma alusão ao papel de parede colo-cado no teto da sala de leitura. Como resultado final, foi pos-sível verificar a grande transformação do espaço, é visível nasfotografias.

Palacete na Avenida da Boavista no Porto I Von Haff

HOJE EM DIA, CADA VEZ MAIS SE OUVE FALAR EM REMODELAÇÃOCOMO UM DADO ADQUIRIDO FACE À NECESSIDADE DE ALTERARALGUM ELEMENTO ESTRUTURAL NUMA CASA, FUNCIONAL OU MESMODECORATIVO, EM VEZ DA PROCURA DE UMA HABITAÇÃO NOVA.

Foi neste contexto que um espaço de lazer inserido num anti-go Palacete na Avenida da Boavista, no Porto, o qual seencontrava bastante degradado e a necessitar de uma reno-vação e de um redesign, teve intervenção da equipa da VonHaff, empresa de Design e Decoração de Interiores sediadaem Aveiro, fundada em 1981 por Lígia Melo, e a quem lhe dácontinuidade atualmente Eliana Melo, sua filha e diretora cria-tiva dos projetos.

Por ser uma empresa que sempre gostou de projetos traba-lhosos e complexos, a equipa da Von Haff encarou este espa-ço como mais um desafio à criatividade e ao bom gosto.Particularmente nesta sala, para a qual foi atribuído o conceitode “Sala de Leitura”, a maior necessidade foi a remodelação dopavimento bastante degradado, e das madeiras dos rodapés,guarnições, tal como o melhoramento das paredes, as quais seencontravam também em bastante mau estado.

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Em relação ao tema, refere Eliana Melo que as remodelaçõessão uma área em adoram trabalhar, pois permite-lhes personali-zar um espaço, melhorar a sua funcionalidade e torná-lo maisconfortável. Com a abertura da nova loja em Junho de 2014, naprincipal avenida de Aveiro, conseguem atrair vários tipos declientes, sendo que muitos dos pedidos são para remodelaçõesde casas, devido a questões funcionais ou estéticas.

Para a Von Haff, um bom projeto de remodelação permite com-binar materiais de diferentes épocas, reutilizar peças antigas ede grande valor estético e sentimental, melhorar a funcionalidadedo espaço, a iluminação e no final o conforto do dia-a-dia, trazen-do um pouco da personalidade do cliente, para que o espaçoseja concebido à imagem do mesmo. O recurso a este tipo deintervenções é cada vez maior e representa a melhor alternativaa adquirir uma nova casa.

Os projetos de remodelação vão desde questões pontuais, comoa modernização de elementos como lareiras ou substituição derodapés, podendo estender-se a situações maiores, como umacolocação de teto falso, criação de sancas de luz, remodelaçõesde casas de banho completas, com alterações a nível de canali-zação, e revestimentos, substituição de pavimentos, alteraçãode pontos de luz, substituição de carpintarias de cozinha, etc.

Através de um projeto de Design de Interiores bem estudado e utilizan-do os melhores materiais para as várias situações, consegue-se melho-rar o dia-a-dia e acrescentar muito valor a um imóvel. “Cada vez maistemos clientes que nos abordam em busca de um pacote completo,chave-na-mão, que inclua todos os serviços que necessitam, desde aremodelação propriamente dita (pedreiro, canalizador, eletricista, carpin-teiro) à parte decorativa (papéis de parede, iluminação decorativa,móveis, etc.).

É uma forma de centralizar todos os processos e garantir um serviço dequalidade, que no final representa a satisfação total dos nossos clientes,que para nós, é o fator mais importante. Pensamos que será uma ten-dência a manter-se nos próximos anos, e estamos a apostar bastantenela, visto que dessa forma conseguem-se corrigir erros de construçãocometidos originalmente numa casa, dando uma segunda vida às mes-mas. Muitas das vezes bastam estes pequenos “retoques”, para melho-rar a vivência das casas dos nossos clientes”, refere Lígia Melo.

Como a Primavera acabou de chegar, convida sempre a fazer algumasmudanças dentro de casa e a renovação da decoração nesta época doano é quase obrigatória. A libertação de espaços, a troca por cores maisalegres e objetos mais suaves são ideias chaves para uma nova deco-ração. A Von Haff pode ajudá-lo numa decoração fresca, carregada dealegria e cor, típica desta época do ano.

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Reabilitação

I. INTRODUÇÃO

O imóvel em questão, composto por dois prédios urbanos ane-xos, tem datação do século XIX (presumivelmente em 1870)enquanto edifício uno de habitação sendo que sofre uma altera-ção de uso e composição interior já no século XX no decorrer dadécada de 1980. Tal como referido, na sua composição original,o imóvel era destinado a habitação única (uma fração integral)tendo na construção e ornamentação todo o conjunto de caracte-

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rísticas intrínsecas dos edifícios da época, tanto na disposiçãofuncional como ornamental e estética. Contudo, na alteraçãoposterior ocorrida no final do século XX, o edifício sofreu umamutação profunda no seu interior que decorre da modificaçãode uso requerida. O imóvel passa a ser divido por pisos inde-pendentes com funcionalidades várias, enquadradas no domí-nio dos serviços e comércio. Os pisos inferiores são reestrutu-rados, há uma reestruturação da caixa de escadas e inclusãode um elevador para servir a totalidade do edifício, inclusão decasas de banho em cada fração por piso e os traços de patri-mónio são em parte ocultados e/ou removidos nomeadamenteas caixilharias originais (substituídas por alumínio), estrutura demadeira dos pisos (atualmente betão) e a clarabóia tradicionalno topo das escadas (inexistente agora).

Refere-se ainda que o imóvel em questão não é um edifícioqualificado mas está localizado na área de proteção do MuseuNacional Soares dos Reis.

Projeto de Requalificação Prédio D. Manuel II

Memória Descritiva

REFERE-SE A PRESENTE MEMÓRIA DESCRITIVA À OBRA DE REQUALIFICA-ÇÃO E RECONSTRUÇÃO PARCIAL DO IMÓVEL SITO NA RUA D. MANUELII, NR 66 A 72 (JUNTO AO MUSEU SOARES DOS REIS), NO PORTO.

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Neste contexto, o presente projeto pretende requalificar e recons-truir o imóvel, mudando a propriedade horizontal para habitação,distribuindo 17 fogos (de tipologias T0 e T1, que variam entre 27 m2

e 85 m2) ao longo do edifício e dotando o logradouro de um espaçopara estacionamento.

No piso de térreo, ao nível da cota de entrada da Rua D.Manuel IIlocaliza-se o segmento inferior do T1 duplex (área total de 71,7 m2)que tem entrada individual para a rua (através da porta pré-existen-te, que servia de entrada principal anteriormente) e também atravésdo acesso comum interior. Neste segmento do fogo referido posicio-na-se a zona da cozinha, zona de refeições/estar e um quarto-de--banho de apoio, sendo que a presença de uma escada interna per-mite a comunicação ao piso superior onde se desenvolve o quarto.

Neste piso localiza-se também as entradas comuns para o edifício,tanto para o interior de acesso aos pisos como uma entrada para asviaturas de acesso ao estacionamento presente no logradouro. Aentrada de acesso aos pisos é feita através do outro vão integral jáexistente onde se pode encontrar no interior o novo acesso verticalcomposto por caixa de escadas corta-fogo (de acordo com oRegulamento Técnico de Segurança Contra Incêndios) e um eleva-dor com as medidas regulamentares para a categoria pretendidapelo edifício.

Posiciona-se ainda, na vertente posterior à entrada, uma zona comarrumos (17 unidades com áreas compreendidas entre 3 m2 e 4 m2)e um espaço destinado ao reservatório de água. No primeiro piso,que anteriormente estava associado à cota da sobreloja, posiciona-se o segmento superior do T1 duplex junto à fachada da ruaD.Manuel II, posiciona-se outro T1 (com uma área total de 85 m2) eo acesso comum ao espaço do logradouro. A parcela superior doreferido T1 duplex inclui o acesso a zona comum, uma sala de estare uma unidade de quarto com quarto-de-banho que tem vão directopara a rua D.Manuel II.

O outro T1, que se desenvolve num só volume desnivelado com umpátio central que permite a ventilação e luminosidade necessáriainclui uma zona de estar/refeição articulado com quarto-de-banhoposicionado no centro junto à entrada e um quarto suite localizadona zona de cota inferior do fogo. Este quarto encontra-se enterradodebaixo de uma parte do logradouro mas que assume um vão inte-gral virado a sul através do pátio anteriormente referido. A cozinhaé posicionada na manga que medeia a zona de estar e o quarto emcota desnivelada e funciona como ponto charneira em relação aotodo constituinte.

Existe ainda o acesso à zona do logradouro que se assume comouma área verde que inclui estacionamento para 13 viaturas. Esteacesso serve a função como uma manga autónoma conduz os frui-dores ao logradouro permitindo vencer uma diferença de cotas de1,67m (é de referir que a diferença de cotas entre a entrada do edi-fício na rua D.Manuel II e o nível do logradouro é de 4,50 m) atravésde uma escada e que encerra o edifício através de uma porta pre-sente no piso em questão.

Em seguida localizam-se três pisos com uma configuração pratica-mente idêntica (piso2, piso3 e piso4) que distribui quatro T0´s estan-do dois voltados para a fachada da rua D.Manuel II e os outros parao logradouro voltados a norte. São servidos por um acesso comumcentral, composto pela caixa de escadas e elevador e que posterior-mente tem um corredor que dá acesso a cada um dos fogos.

II. ESTUDO DO IMÓVEL

O edifício pertencente à freguesia de Miragaia objeto desteestudo (composto por dois prédios anexos similares com 11metros de fachada por 15 metros de profundidade) possui ointervalo de números de polícia 66 a 72 da Rua D. Manuel II eum extenso logradouro no tardoz (35 metros de profundidade)que se estende até ao encontro com os terrenos propriedade doMuseu Nacional Soares dos Reis. Trata-se de um edifício comloja à cota da rua e piso de sobreloja, seguido de 3 pisos quetrabalham na totalidade de profundidade entre fachadas e aindaum piso superior com águas furtadas. Tendo sido objeto dereconstrução há cerca de três décadas, o edifício mantém asparedes exteriores e de meação em granito, mas articula osinteriores com uma única caixa de escadas (com elevador pre-sente à cota correspondente ao piso acima da sobreloja, comacesso através da escada da entrada) tendo os pisos sidoreconstruídos em lajes aligeiradas.

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Os T0´s voltados para o logradouro interior são diferentes dosoutros já referidos pois incluem os quartos-de-banho nas antigasprumadas exteriores de sanitários, tendo que para isso alargar umpouco o espaço interior (apenas uma das paredes) mas que seconsidera essencial tanto para recuperar a função tradicional des-tes edifícios de época atuando como fragmento de memória mastambém porque permite ganhar área útil para ambos os fogos, quede outra forma não seria possível.

Com efeito, ambos os T0´s incluem os quartos-de-banho comple-tos e móvel kitchnette encostados à parede que faz seguimentoaos volumes dos quartos-de-banho, uma zona de estar/refeições eainda uma varanda (com a excepção que no piso 2 assume-secomo um terraço exterior dado a sua dimensão superior aosdemais, com acesso por dois vãos integrais).

No piso 5, e último de acesso comum, são colocados 2 T0´s duplexvoltados para o logradouro e um T1 duplex na vertente virada à ruaD.Manuel II. Os T0´s duplex apresentam a mesma configuraçãodos presentes nos pisos inferiores anteriormente referidos (wc nasprumadas salientes e kitchnette no prolongamento das mesmas)mas possuem ainda um espaço assotado resultante da subida de1,50m da cumeeira, o que permite também que a zona de estartenha um pé direito grande sendo, portanto, visível a pendente dacobertura no tecto.

O T1 duplex, com orientação a sul, é composto por unidade dequarto com quarto-de-banho numa extremidade; e uma cozinha equarto-de-banho de apoio na extremidade contrária, ambas recua-das em relação à fachada. A zona de estar desenvolve-se ao longode toda a largura do fogo e tem pé direito até à cobertura sendoque em cada ponta tem uma zona de pátio exterior, que tanto servede apontamento exterior como pode funcionar como uma extensãofuncional da zona de estar do T1. Inclui também, à imagem do queacontece nos restantes fogos do piso, uma zona superior assotadaenquanto espaço multifuncional de geometria sui géneris comacesso de escadas.

A fachada sul, que articula a frente urbana para a rua D.Manuel II,é conservada praticamente na íntegra em relação ao estado com-positivo actual. Todos os vãos são conservados na sua posição edimensionamento atual com excepção dos dois mais pequenosjunto ao embasamento inferior. Os dois vãos integrais ao nível darua são preservados (inclusivamente com o desenho do gradea-mento original) sendo que um dos vãos serve de entrada a um T1e o outro (mais central) enquanto entrada principal do prédio e con-sequente acesso às zonas comuns.

Para permitir o acesso automóvel ao logradouro e para não pertur-bar a simetria da fachada nem adulterar a gramática patrimonial jáexistente, o portão da garagem é dissimulado no embasamento degranito já existe, sendo que se compõem um portão com capea-mento a granito mantendo a mesma estereotomia existente nessemesmo elemento existente.

Nos restantes pisos não se verifica qualquer alteração à existentecom exceção ao último piso e respetivo recuado que apresentadois pátios nas zonas que ladeiam as aguas furtadas mas que umavez mais se tenta dissimular os vãos pretendidos através de umaestrutura metálica leve (que posteriormente dobra para a empena)pintada a zarcão que cobre toda essa área.

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Os T0´s voltados para a rua D.Manuel II apresentam composi-ções análogas em relação ao seu programa (com a excepçãode uma varanda presente no piso 3) já que ambos incluem umquarto-de-banho completo (com dimensões regulamentarespara pessoas de mobilidade condicionada – deficientes moto-res) e uma cozinha em formato “kitchnette” acoplada numa facedo referido quarto-de-banho, ambos localizados na vertenteoposta ao vão que existe para a rua D.Manuel II. Em relação aáreas estes T0´s variam entre 31 m2 e 28 m2.

Reabilitação

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III. ÁREAS A CONSIDERAR

01.área total do lote: 633 m2

02.área de implantação: 203 m2

03.área do logradouro: 408 m2

04.área útil total do edificado: 1022 m2

A caixa de escadas é um volume em betão onde encerra no seu inte-rior uma estrutura de escadas (com largura e patamar de 1,40 m)metálicas perfuradas com tratamento e comportamento anti-fogo.

Com esta composição e materialidade torna-se possível destacar ainclusão no topo de uma clarabóia típica dos edifícios da época o quepossibilita (pelo carácter permeável do material) que haja uma totaliluminação direta do espaço tornando exequível, por um lado, a fun-ção de emergência e alternativa inerente, mas por outro, permite queseja um espaço com maior dignidade ambiental/espacial e que real-ça a inclusão do referido fragmento de memória histórico (clarabóiacom desenho tradicional) no topo da estrutura.

Em termos estruturais, o edifício apresenta uma configuração tradi-cional de um imóvel do século XIX com a particularidade (como foraenunciado previamente) de se assumir como uma conjugação deduas anteriores parcelas. Assim sendo, o composto apresenta-sesustentado em três paredes de meação (duas nos limites e uma aocentro) que servem de elementos estruturais primários onde depoistodas as lajes de piso e elementos de fachada se encontram e secravam.

De referir ainda que a cobertura sofre uma alteração altimétri-ca já que a cumeeira sobe 1,50 m. A fachada prevê ainda ainclusão de azulejos retangulares bizelados cinzentos talcomo tinha outrora no original e as caixilharias (todas demadeira) são pintadas a cor de zarcão.

Na fachada norte, voltada ao logradouro, refaz-se as pruma-das verticais relativas às instalações sanitárias exteriores aoedifício de modo que se possa manter a função (quartos-de--banho mas desta vez para o interior) e sua carga históricaidiossincrática (inclusivamente as típicas aberturas de geo-metria variável) tendo que para isso fazer um pequeno rea-juste no volume geral, de modo a conseguir incluir todas aspeças no seu interior.

As soleiras, ombreiras e cantarias são conservadas naíntegra, bem como os tradicionais gradis em ferro forjadoque outrora existiram mas que atualmente só num piso severificava com propriedade. As varandas foram prolonga-das em 0,65m para conseguir uma plataforma de 1 m deprofundidade tendo para isso sido configurada uma estru-tura metálica leve pintada a zarcão assente nas atuaisestruturas ornamentadas em granito mas de modo a nãoocultar a sua presença.

A cobertura foi refeita não só pela subida da cumeeira quese projetou mais, também para requalificar o seu desenhogeral, o que permitiu fazer uma simetria com o desenho dafachada anterior e de acordo com a linguagem típica dosprédios da época.

De referir ainda que os zonas da fachada que intercalamas peças de granito são rebocadas e pintadas a cinzaenquanto que as caixilharias dos vãos (todas em madeira)são pintadas a cor de zarcão. As empenas serão capeadasem chapa metálica pintada a zarcão, chapa essa quequando se encontra com o piso de águas-furtadas, dobrae compõem os respetivos planos dos pátios, estilo brisesoleil.

O logradouro é tratado como um vasto espaço verde comelementos de arborização pontual onde se inserem 13lugares de estacionamento automóvel sendo que 2 dosmesmos são reservados para deficientes. O pavimento épermeável e desenhado segundo um padrão de composi-ção tradicional de alçados históricos numa lógica gramati-cal de cheios e vazios (terra vegetal com relva intercaladocom saibro de cor branca) que forma um jogo de mosaicosno seu conjunto. Os muros periféricos são rebocados epintados de cor cinza tal como na fachada que os encerra.

Os acessos verticais, tal como mencionado anteriormente,incluem uma caixa de escadas enclausurada e um eleva-dor que serve a totalidade dos pisos, ambos de acordocom a legislação em vigor para a tipologia do edifício e usoem questão. Este volume vertical situa-se na mesma zonaonde anteriormente existiam os acessos verticais de modoa manter o espírito funcional do edifício mas também paraminimizar as demolições no existente, importante tanto aonível orçamental da intervenção como no que diz respeitoà preservação patrimonial.

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Reabilitação Sala de Estar Indiana Palácio de Monserrate

A Sala de Estar Indiana tem problemas, resultantes de intervençõesantigas, semelhantes aos verificados nos restantes espaços já inter-vencionados, como a sobreposição de camadas de tinta (aplicadascom o intuito de renovar ambientes ou tão-somente por questões demanutenção da integridade dos revestimentos) ou as degradaçõesprovenientes dos sucessivos anos sem manutenção.

Acresce ainda uma intervenção de reconstituição anterior em parte doteto, provavelmente na sequência de alterações efetuadas no pisosuperior, na qual não foram utilizados materiais tradicionais, nem seatendeu ao ritmo da composição decorativa. As observações feitasaté ao momento indiciam que não existe uma métrica repetitiva quepermita a execução de um molde de dimensões razoáveis para areprodução, pelo que se recorrerá ao teto da Sala de Bilhar, que é decomposição simétrica a este, para completar a tarefa.

A Parques de Sintra está a intervencionar na recuperação e reva-lorização da Sala de Estar Indiana, no Palácio de Monserrate, quese prevê terminar em maio. Esta obra, com um investimento de35.000 euros, insere-se no projeto global de restauro do Paláciode Monserrate, sendo este o último grande espaço do percursode visita que ainda não tinha sofrido intervenções profundas.

O projeto visa restaurar e estabilizar todos os materiais presentesno espaço, permitindo a devolução da sua unidade estética. Aintervenção incluirá todas as estruturas integradas, nomeada-mente a reconstituição do teto, no qual painéis de estuque sãoaplicados sobre reboco suportado por pequenas fasquias demadeira pregadas às vigas, a consolidação e tratamento integralda parte do teto ainda existente, os revestimentos parietais comos seus frisos dourados e os rodapés em estuque polido.

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A definição final das cores a utilizar, quando necessária a reaplicaçãode camada de tinta ou no caso de reintegrações, terá de ter em contao equilíbrio com as áreas originais.

Os frisos e apontamentos de alguns elementos revestidos a folhametálica foram cobertos com novas tintas de cor, ou até tintas de imi-tação de folha metálica, em intervenções anteriores. Após a remoçãode todas as tintas (imitação) que se encontram a cobrir as zonas ondeexistia folha metálica, deverá proceder-se à sua reposição, integral ouparcial, consoante o que ficar a descoberto após a limpeza.

A moldura em madeira dourada do espelho, a lareira em mármore e opavimento em madeira serão igualmente alvo de tratamento. A Sala deEstar Indiana, também designada por Sala de Desenho, tem umadecoração de estuques idêntica à Sala de Bilhar. Destacam-se o florãocentral do teto e os dois potes (de fabrico português) da coleção decerâmica de Sir Francis Cook.

Fotografias da época permitem perceber que este espaço apresentavamobiliário de diversos estilos e origens, dos quais sobressaíam os doissofás de madeira da Índia e os dois armários-vitrinas. Nas paredes sur-giam panos de caxemira da Índia, tecidos com seda e um grandeespelho com moldura de cristal de Veneza. Também aqui se encontra-vam muitas porcelanas orientais salientando-se para duas grandestalhas da China.

Quanto ao aspeto estético final da superfície, serão removidasas várias camadas de tinta, após encontrado o método menosdanoso para a camada original. Estas foram aplicadas comespessura e técnica que conferiu às superfícies uma textura dedifícil compreensão dos revestimentos e, simultaneamente,ocultam o relevo dos motivos, além das cores dos fundos dacomposição original.

Sondagens preliminares evidenciam a presença de cor-de-rosaescuro nas paredes lisas e de rosa claro no fundo dos motivosem relevo, mas estas definições são indicativas. Apenas sepode definir o programa com exatidão após a remoção comple-ta das áreas correspondentes ou, pelo menos, a realização desondagens sistemáticas, repetidas para cada motivo decorati-vo, pois poderá haver áreas com alteração de cor.

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- ÚLTIMO GRANDE ESPAÇO DO PALÁCIO A SER RECUPERADO

- INTERVENÇÃO INSERIDA NO PROJETO GLOBAL DE RESTAURO

- INVESTIMENTO DE CERCA DE 35.000 EUROS

- TRABALHOS TERMINAM EM MAIO

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A PARQUES DE SINTRA CONCLUIU DURANTE O MÊS DE JANEIROA RECUPERAÇÃO DAS FACHADAS DO PALÁCIO NACIONAL DAPENA. A INTERVENÇÃO, QUE CONTOU COM UM INVESTIMENTODE CERCA DE 300.000 €, IMPLICOU 2 ANOS PARA DESENVOLVI-MENTO DOS PROJETOS E 8 MESES PARA REALIZAÇÃO DASOBRAS. A RECUPERAÇÃO INTEGRAL DOS REVESTIMENTOS EXTE-RIORES DO PALÁCIO ENVOLVEU FACHADAS, ELEMENTOS DECANTARIA E REVESTIMENTOS AZULEJARES.

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Reabilitação Palácio Nacional da PenaRecuperação das Fachadas, Cantarias e Azulejos

Antes

Os trabalhos seguiram a política “Aberto para Obras” de inter-venções anteriores, fomentando o interesse dos visitantespara as técnicas associadas à conservação e restauro dopatrimónio.

RECUPERAÇÃO DAS FACHADAS

O trabalho realizado nas superfícies caiadas (cerca de 10.000m2) consistiu na estabilização dos revestimentos, através daconsolidação de rebocos, substituição de zonas degradadas,preparação das superfícies e execução de novas caiações emcores baseadas em amostras históricas guardadas no arquivodo Palácio (realizadas no âmbito da intervenção análoga ante-rior).

A topografia do terreno, assim como as condições climatéri-cas, tornaram estas tarefas particularmente difíceis, tanto pelamontagem de estruturas de andaime em declives quaseimpossíveis, como pela dificuldade de trabalhar sob ventos for-tes.

Assim, em complemento às estruturas de andaime tradicio-nais, uma parte dos trabalhos foi realizada por pintores alpinis-tas com formação adequada, o que permitiu garantir a segu-rança, mantendo a qualidade que se exigia.

O projeto foi estruturado e desenvolvido tendo em conta questõesde conservação, bem como razões estéticas e envolveu a equipatécnica da Parques de Sintra, com o apoio e acompanhamento detécnicos da Direção Geral do Património Cultural (DGPC), doLaboratório José de Figueiredo (análise de materiais) e do MuseuNacional do Azulejo. A sua implementação decorreu em váriasfases, acompanhando outras intervenções no Palácio.

A equipa multidisciplinar da Parques de Sintra desenvolveu, coor-denou e fiscalizou todas as fases, integrando os resultados dainvestigação com os estudos encomendados para as diversasespecialidades.

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Também aqui, tanto pela dificuldade de montagem de estruturas deandaime, como pela necessidade de perturbar o menos possível o per-curso dos visitantes, a Parques de Sintra recorreu a conservadores-restauradores com formação em trabalhos em altura, evitando a intru-são que sempre ocorre aquando da montagem de andaimes em zonascom muita circulação de pessoas.

CONSERVAÇÃO DE REVESTIMENTOS AZULEJARES

Os revestimentos azulejares (numa área de cerca de 450 m2) apresen-tavam problemas estruturais: de ligação ao suporte de alvenaria e nocorpo cerâmico, debilitado na chacota (parte de trás do azulejo) e nasuperfície vidrada. O risco de destacamento obrigou à aplicação préviade películas temporárias de proteção em áreas significativas, aindadurante a fase de projeto, permitindo depois o levantamento dos azu-lejos, sem perdas de elementos.

Catalogados, etiquetados e tratados, os azulejos foram posteriormentereaplicados após correta estabilização do suporte, fator decisivo noreassentamento. Após a remoção de colonização biológica e de depó-sitos calcários, as falhas de vidrado foram preenchidas e retocadascom materiais adequados. As argamassas das juntas, essenciais paraabsorver as tensões a que a construção está naturalmente sujeita,foram substituídas quando apresentavam mau estado.

Em casos mais complexos, executaram-se réplicas de azulejos,garantindo a correta estanquicidade do revestimento e consequenteproteção do edifício. O processo de escolha e produção das réplicasfoi também muito rigoroso, no sentido de garantir a melhor adequaçãopossível do resultado final aos objetivos da intervenção.

A aplicação de cor nesta intervenção seguiu as opções tomadasnos anos 90, aquando da última campanha de obras.Uniformizou-se, no entanto, o esquema de acabamento final dassuperfícies, que se verificou o mais adequado e compatível com aestrutura existente: pintura a cal.

Foi também revista a impermeabilização dos terraços da Rainha,da Sala de Jantar e da Cafetaria (cerca de 645 m2), com substitui-ção dos isolamentos, e também dos revestimentos por tijoleirasmais próximas das que terão sido as originais.

CONSERVAÇÃO DOS ELEMENTOS DE CANTARIA

Os trabalhos nos elementos de cantaria aplicada implicaram aintervenção em cerca de 800 m2. Apesar da maior resistênciamaterial, necessitaram de limpeza geral e específica, de elimina-ção de colonizações biológicas, e ainda de estabilização de juntasde assentamento e decorativas. Além de microrganismos, estesrevestimentos tinham já plantas que, na falta de erradicação, pode-riam vir a degradar irremediavelmente as estruturas de pedra.

Foram ainda repostos elementos significativos que se encontra-vam em falta, assim como aplicada uma camada hidrofugante(substância que repele a água) para permitir uma maior longevida-de da proteção.

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Depois

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DOSSIER ECOINOVAÇÃOartigos

produtos

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OBJETIVOS

• Fazer perceber a eco-inovação como fator estratégico para a pro-dutividade e competitividade das empresas portuguesas.

• Estimular o tecido empresarial para investir em projetos de eco--inovação, adotando padrões mais sustentáveis de produção.

• Tornar mais eficiente a utilização dos recursos naturais e dos pro-cessos de produção.

• Potenciar a abertura de novos mercados a produtos e serviçosportugueses que se distingam pelos níveis de eco-inovaçãoincorporados.

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Projeto Ecoprodutin

O PROJETO ECOPRODUTIN – PRODUTIVIDADE NA IN DÚS -TRIA PELA ECO-INOVAÇÃO, DA RESPONSABILIDADE DAAEP, TEM COMO OBJETIVO PROMOVER JUNTO DE UM SIG-NIFICATIVO NÚMERO DE EMPRESAS NACIONAIS O CONCEITODE ECO-INOVAÇÃO.

O PROJETO, QUE INTEGRA O ECO4PORTUGAL - INICIATIVAAGREGADORA DE EMPRESAS PORTUGUESAS QUE ESTÃODISPONÍVEIS PARA REINVENTAR PROCESSOS, PRÁTICAS,TÉCNICAS E ATÉ PRODUTOS, TORNANDO-OS COMPATÍVEISCOM A ECONOMIA SUSTENTÁVEL -, PRETENDE FAMILIARIZARAS EMPRESAS NACIONAIS COM TECNOLOGIAS ECO-INOVA-DORAS E COMPROMETE-SE A APRESENTAR SOLUÇÕES DEFÁCIL IMPLEMENTAÇÃO NA MAIORIA DAS EMPRESAS, PARTI-CULARMENTE EM PME.

A APROXIMAÇÃO ÀS MELHORES PRÁTICAS MUNDIAIS É FEITAPOR VIA DE UM BENCHMARKING INTERNACIONAL A TÉCNICASE TECNOLOGIAS ECO-INOVADORAS. SIMULTANEAMENTE,SÃO IDENTIFICADAS MEDIDAS DE IMPLEMENTAÇÃO RÁPIDA(EASY WINS) E É PROPOSTO UM MODELO PARA A IMPLEMEN-TAÇÃO DE PRÁTICAS DE ECO-INOVAÇÃO.

Ecoinovação

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Tudo isto se traduz em acréscimo de custos para as empre-sas e numa maior "pressão ambiental" sobre a sociedade.

O incentivo à redução e reutilização de materiais no setor daconstrução, bem como à eficiência energética, é evidente:por um lado contribuir para uma "desmaterialização" dasociedade e, por outro, reduzir os custos das empresas.

O foco da eco-inovação no setor da construção está emáreas críticas da sustentabilidade empresarial como a efi-ciência de materiais, consumo de água e energia, gestão deresíduos, conceção de produtos e serviços e gestão dociclo-de-vida.

Em cada um dessas áreas, há medidas eco-inovadoraspassíveis de serem introduzidas, como por exemplo:

• Substituição dos materiais de construção tradicionais poreco-materiais, como o eco-cimento, madeira, esparto, argi-la;

• Recurso a materiais mais leves;

• Mudança do conceito de funcionalidade de materiais e sis-temas;

• Aposta na construção industrializada;

• Construção inteligente;

• Revestimento eficiente de edifícios;

• Telhados ajardinados;

• Sistemas de monitorização energética remotos;

• Medidas de minimização dos consumos de água, energiae da produção de resíduos,

• Implementação da política dos “4R” e de planos de gestãode resíduos de obras;

• Aposta no conceito da "casa passiva".

• Valorizar o binómio inovação ambiental-competitividade como pilar deum novo paradigma de produção em Portugal.

• Alinhar Portugal com os objetivos da iniciativa comunitária “UmaEuropa eficiente em termos de recursos”.

ATIVIDADES

No âmbito do projeto conceberam-se três manuais de apoio à imple-mentação da eco-inovação no setor empresarial:

• "Benchmarking Internacional de Projetos Eco-Inovadores".

• "Eco-Inovação e a Competitividade Empresarial".

• "Guia para a Eco-Inovação em PME".

Simultaneamente, realizaram-se ciclos de workshops sobre tecnologiaseco-inovadoras e criou-se um portal online, com o objetivo de aproximarempresas e entidades interessadas na temática da eco-inovação.

ECO-INOVAÇÃO COMO FATOR DE COMPETITIVIDADE

A emergência de novas potências económicas no panorama mundial,grandes consumidoras de recursos, levou a um forte aumento do preçodas matérias-primas e energia, configurando-se como um dos grandesdesafios da competitividade das empresas no século XXI. Assim, umacrescente racionalização dos recursos utilizados no processo produtivo,bem como ao longo de todo o ciclo-de-vida do produto, é hoje um impe-rativo para todas as empresas.

A eco-inovação consiste na introdução de qualquer novo ou significati-vamente melhorado produto, processo, mudança organizacional ousolução de marketing que reduza o uso de recursos naturais e diminuaa libertação de substâncias nocivas.

A sua implementação é sinónimo de competitividade económica, permi-tindo:

• Redução de custos com matérias primas, água e energia;• Redução de custos de incumprimento de legislação ambiental;• Abertura de novos mercados;• Aumento da resiliência do modelo de negócios.

ECO-INOVAÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO

As questões relacionadas com a "competitividade verde" são particular-mente relevantes no setor da construção, enquanto grande consumidorde recursos.

O setor da construção é o maior consumidor de matérias-primas naUnião Europeia. Simultaneamente, é responsável pela produção decerca de um terço dos resíduos gerados. Aos edifícios corresponde amaior fatia no consumo final energético na Europa, cerca de 42%,sendo também responsáveis por 35% das emissões de gases com efei-to de estufa (GEE).

Se estes números podem, em certa medida, ser explicados pelas ativi-dades inerentes ao setor da construção, também são em grande medi-da fruto do desperdício, ineficiência e de dificuldades históricas em alte-rar comportamentos.

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Solcrafte Style: Água Quente GrátisSotecnisol

REVOLUCIONÁRIO: COLETOR SOLAR COM ACUMULADOR INTEGRADOO “Solcrafte® Style“ é um sistema revolucionário com coletor comacumulador integrado onde não só o rendimento, mas também odesign tem um papel decisivo. A água é aquecida e acumuladadiretamente no coletor. Esta característica permite uma eficiênciaenergética bastante mais elevada, tornando o sistema particular-mente rentável.

O design moderno e intemporal da linha de produtos Style marcanovas tendências. A linha de produtos Style distingue-se particu-larmente pelo seu design único: o formato, a função e os mate-riais utilizados formam uma unidade perfeitamente equilibrada.

PRINCÍPIO FUNCIONALO princípio é simples mas genial: a água é aquecida e acumuladadiretamente no coletor solar. O facto de o agente portador decalor ser simultaneamente o agente consumidor tem duas vanta-gens essenciais: não existem perdas de transmissão entre osagentes e não é necessária uma circulação adicional para oaquecimento da água. Desta forma, é possível transformar amenor incidência solar em calor e aproveitar, de forma eficiente,esta energia.

POUPANÇACom o sistema de coletor com acumulador integrado daSolcrafte® é possível transformar eficientemente o sol em energiatérmica - com uma redução permanente dos custos de energia.Nunca foi tão económico aproveitar a energia solar. Esta carac-terística permite uma eficiência energética e uma poupança con-siderável nos custos de energia que podem ir até 80% no aque-cimento de água quente sanitária em comparação com os siste-mas convencionais.

O PRODUTOA revolução no mercado de produtos solares: o sistema de cole-tor com acumulador integrado Solcrafte® Style destaca-se pelasua forma compacta, simplicidade, rentabilidade e excelentedesign. A linha Style pode ser fornecida em três versões que sediferenciam na capacidade dos acumuladores de água: 90, 145e 195 litros. O sistema Solcrafte® produz água quente durantetodo o ano. Com a resistência elétrica opcional é possível a pro-dução de água quente mesmo nos dias mais frios do ano.

PORQUÊ UM SISTEMA SOLCRAFTE?A energia solar é a energia do futuro: pois é e sempre será ines-gotável. A poupança de energia poupa os recursos e o meioambiente, aumenta a segurança no abastecimento de energia ereduz os custos.

Os produtos Solcrafte® são uma combinação perfeita de excelen-te design, alta tecnologia e melhor preço. Proteja o meio ambien-te reduzindo anualmente a emissão de CO2 em até 1.180 kg comos sistemas solares Solcrafte®. Desta forma, contribui considera-velmente para um futuro melhor e permite às gerações futurasuma qualidade de vida elevada.

Graças à energia solar gratuita, o retorno do seu investimento éefetuado em poucos anos devido à elevada poupança dos custosdas energias fósseis! Se aproveitarmos o sol, o planeta alegra-see com ele todos aqueles que pensam de forma económica!

A NOVA GERAÇÃO DE SOLUÇÕES SOLARES COM-PACTAS E COM UM DESIGN ÚNICO

OS RECURSOS ENERGÉTICOS FÓSSEIS TORNAM-SE CADAVEZ MAIS DISPENDIOSOS DEVIDO AO GRADUAL AUMENTODOS CUSTOS DE EXPLORAÇÃO E À SOBRESTIMAÇÃO DASRESERVAS NATURAIS. O AUMENTO CRESCENTE DOS CUS-TOS DAS MATÉRIAS-PRIMAS É UMA TENDÊNCIA QUE APA-RENTEMENTE PARECE NÃO TER FIM. A ESTES FATORES,ACRESCE-SE O AUMENTO DA EMISSÃO DE CO2 QUE AQUE-CEM A NOSSA ATMOSFERA E LEVAM A UMA MUDANÇA DECLIMA PERIGOSA. ISTO OBRIGA A REPENSAR A UTILIZA-ÇÃO DE ENERGIA DE FATOR RESPONSÁVEL E EFICIENTE.

Ecoinovação

O aumento da eficiência energética e a exploração de energiasrenováveis está a tornar-se um fator decisivo na economia, naredução dos custos e na proteção do meio ambiente.

Com os produtos inovadores da Solcrafte®, é possível aproveitarde forma eficaz a energia do sol. A Solcrafte® disponibiliza soluçõesde alta qualidade com um design moderno a preços atrativos. OSolcrafte® Style, sistema de coletor com acumulador integrado,sobressai pelas suas características multifacetadas, excelentedesign e rentabilidade.

Todos os componentes estão perfeitamente adaptados entre si epodem ser facilmente instalados. Os produtos possuem o certifica-do Solar Keymark e cumprem, desta forma, todas as normas euro-peias, tornando a tecnologia inovadora Solcrafte® um novo padrãode eficiência energética e de qualidade.

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Rua da Corticeira, 664535-173 Mozelos VFRTel. 351 227 419 100Fax: 351 227 419 101E-mail: [email protected]

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Revolução para Janelas de Grande Dimensão I LUMEAL XXL TECHNAL

UMA EXTENSÃO DA JANELA DE CORRER LUMEAL MINIMAL QUEPERMITE UMA MAIOR ÁREA ENVIDRAÇADA AO SUPORTAR FOLHASATÉ 600KG DE PESO.

A Lumeal XXL, o mais recente lançamento da marcaTechnal, promete revolucionar o mercado da arquiteturauma vez que permite a colocação de janelas de grandedimensão mantendo, ao mesmo tempo, as linhas minima-listas e o design exclusivo que caracterizam a gamaLumeal.

O sistema de rolamentos da Lumeal XXL permite realizarfolhas até 600kg de peso que deslizam suavemente ecom a máxima precisão. O perfil central garante umamaior resistência ao vento, permitindo assim a realizaçãode vãos com alturas consideráveis.

O perfil superior e lateral podem ser ocultados na parede,enquanto o núcleo central e o perfil inferior de pequenadimensão proporcionam uma vista elegante e minimalista.A Lumeal XXL e um produto fácil de fabricar e com perfor-mances que cumprem as normas em vigor.

O princípio de “folha oculta” da Lumeal representa umagrande vantagem a nível estético uma vez que, com ape-nas 68 mm de vista de alumínio, permite criar um acaba-mento mais atrativo quando comparado com os 150 mmde uma janela de correr tradicional, o que aumenta asuperfície envidraçada em mais de 8%.

ProdutosEcoinovação

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Ecoinovação

Estores Térmicos I Aldageed

A empresa Aldageed, Lda. agora marca registada, surgiuno mercado com o intuito de colmatar pequenas falhas nomercado da construção, nomeadamente no que toca aosmateriais. Os produtos, desenvolvidos pela própria empre-sa, são conceitos inovadores, tendo alguns sido já alvo depatente e outros encontrando-se em fase de estudo.

O produto que agora pretendem comercializar foi conside-rado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial(INPI) como apresentando “uma vantagem prática na suautilização”, encontrando-se registado no mesmo comoModelo de Utilidade n.º 10160 e, em entidade homólogaem Espanha, Oficina Espanhola de Patentes e Marcas,sob o n.º U200602504.

Trata-se pois de um dispositivo de isolamento térmico detampas de caixas de estore, que combina as propriedadesdas telas de isolamento com uma sistema de fixação facil-mente amovível.

As caixas de estores de rolo, utilizadas nos vãos dos edi-fícios, são normalmente peças pré-fabricadas em betão ouPVC, em forma de U aberto, podendo ser simples ou comisolamento acoplado às paredes da caixa.

Os estores, depois de aplicados, são acessíveis pelo inte-rior do edifício através de uma tampa colocada por baixoda padieira do vão, tampa essa normalmente fabricada emmadeira e por medida, devido à variedade de soluções quepode ser empregue em termos de caixilharia e de dimen-são das paredes.

A forma em U aberto das referidas caixas torna possível ocontacto direto entre o ar exterior e a tampa do estore que,por sua vez, através de encaixes, fixações, zonas danifica-das ou estrutura deficiente dá azo a trocas de calor entreo interior e o exterior dos edifícios, possibilitando tambéma entrada de poeiras e deslocamentos de ar em dias demuito vento que provocam uma sensação de desconfortono interior da habitação.

As telas utilizadas no isolamento de paredes, pisos ecoberturas, apresentam espessuras entre os 4 e os 10mm, sendo muito flexíveis e de fácil maneabilidade; deestrutura normalmente laminada, combinam as proprieda-des dos materiais que as compõem apresentando um ele-vado poder de isolamento por convecção, radiação e con-dução.

A combinação de uma tela de isolamento térmico com umafixação facilmente amovível permite a criação de um dis-positivo que forma uma barreira eficaz entre o interior e oexterior de um edifício num ponto onde, pelas característi-cas das caixas de estore anteriormente descritas, o isola-mento é normalmente deficitário, mantendo a possibilida-de de acesso ao estore para manutenção através datampa e a recolocação do mesmo material de isolamentoapós a operação.

A tela de isolamento, de comprimento igual ao comprimento interiorda caixa de estore, será dotada de duas bandas de fita de velcroque garantem a fixação amovível; uma banda fixará a tela ao longode todo o comprimento da parede interior da caixa de estore e, aoutra, ao longo da caixilharia ou, se existir, ao aro da tampa da caixade estore.

A fita de velcro é constituída por duas partes distintas que se unempor intermédio de pequenos filamentos sendo, por isso, necessáriodotar as zonas anteriormente descritas, da caixa de estore e da cai-xilharia, em todo o seu comprimento, da parte correspondente paraque se possa fixar o dispositivo.

SISTEMATIZANDO, AS PRINCIPAIS PROPRIEDADES DESTE PRODUTO SÃO:

• Alto poder isolante (por Condução, Reflexão e Convecção)• Leveza• Flexibilidade• Facilidade de Aplicação• Não é quebradiço nem se desfaz com facilidade• Não absorve humidade (não “empapa” com água ao contrário

de outros isolantes térmicos)• Auto extinguível• Proporciona isolamento acústico extra aos ruídos de impacto• Grande duração• Não é atacado por parasitas ou roedores• Não é contaminado por fungos ou bactérias• Evita entrada de poeiras ou pó

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Esquematicamente o Sistema depois de aplicado pode-se representar da seguinte forma:

Carece ainda sublinhar que, a sua facilidade de aplica-ção, não sendo necessária a intervenção de mão-de-obra especializada, o torna acessível ao utilizadorcomum, sendo por isso adequado ao mercado deBricolage, tendo as instruções de montagem sido idea-lizadas nesse sentido.

Comercialmente, este produto apresenta-se sob aforma de rolos de 10, 5 e 3 metros, que, dependendo damedida dos vãos, corresponderão a cerca de 8, 4 e 2janelas, respetivamente. A largura dos rolos é de 30 cm,aproximadamente a largura da caixa do estore, o quepermite a adaptação do sistema às diferentes soluçõesde posicionamento da caixilharia relativamente às facesexteriores da caixa de estore.

A aplicação deste sistema resume-se em retirar a tampada caixa de estore, cortar um comprimento de tela igualao comprimento do vão, separar a parte superior dasbandas de fita de velcro e colá-las no interior do vão,fixar a tela sobrepondo as bandas de velcro da tela comas anteriormente coladas ao vão, e, por fim, recolocar atampa da caixa de estore; conforme descrito detalhada-mente nas instruções de montagem do produto.

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Ecoinovação

Isolamento em Espuma Ecológica I Icynene

A grande inovação deste isolamento é que além de sereficiente no que se refere ao consumo de energia, reduzsignificativamente as fugas de ar, possibilitando umaeconomia de até 50% de energia, reduzindo assim, sig-nificativamente, as emissões de dióxido de carbono.

Além de que, por ser estanque ao ar impede a penetra-ção de ruído exterior, pólen, poluição e humidade, per-mitindo uma maior qualidade do ar interior.

o produto transportado e projetado numa forma líquidaexpande cerca de 100 vezes o seu volume em seissegundos, o que significa que um único camião podetransportar ICYNENE suficiente para isolar mais de 40casas de 200 m2. Não há nenhum outro produto naconstrução com uma pegada de carbono tão reduzida.

Os produtos ICYNENE têm todos certificados REACH,e são expandidas 100% em base aquosa (sem agentesde expansão sintéticos).

O ICYNENE foi testado de forma independente na Europa, de acordo com anorma ISO 16000-9, não contém substâncias perigosas ou tóxicas. É a únicaespuma projetada com certificação CE e com ETA.

Além de que, faz parte do Green Building Council do Reino Unido e EstadosUnidos, aprovados pela AMICA (Associação Europeia para a prevenção dedoenças alérgicas crónicas).

A garantia do ICYNENE é de 25 anos.

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Sistema Dieratherm de Isolamento Térmico pelo Exterior I Diera

A solução DIERATHERM, sistema compósito de isolamento térmi-co pelo exterior, foi homologada este ano pelo LaboratórioNacional de Engenharia Civil (DH 923).

Produzido pela DIERA, empresa de matriz exclusivamente portu-guesa fundada em 1967, este ETIC (External Thermal InsulationComposite System) visa o isolamento térmico das zonas opacasdas fachadas, e é o resultado da aposta na investigação e desen-volvimento de novas soluções e técnicas de aplicação, que poten-ciem a eficiência energética e a preservação ambiental.

MAIS-VALIAS DO SISTEMA

O sistema DIERATHERM é aplicado em paramentos exteriores deparedes de alvenaria (tijolos cerâmicos, blocos de betão de agre-gados correntes ou blocos de betão celular autoclavado) ou debetão (betonado in situ ou pré-fabricado), conferindo-lhes regulari-zação, impermeabilização, isolamento térmico e acabamento final.

Este sistema tem capacidade para corrigir as pontes térmicasreduzindo o problema das condensações no interior, melhorar odesempenho térmico no inverno ou no verão, já que permite quetoda a espessura da parede contribua para a inércia térmica, eproteger a estrutura e a alvenaria dos choques térmicos, poten-ciando a sua durabilidade.

CAMPO DE APLICAÇÃO

Visando o melhor desempenho energético, bem como um confortotérmico e higrotérmico, o sistema DIERATHERM pode ser aplica-do quer em construção nova quer em obras de reabilitação, res-peitando as características do suporte existente e as recomenda-ções técnicas do produto.

Também pode ser aplicado em superfícies horizontais e inclinadas,desde que não estejam expostas diretamente à ação da chuva.

AVALIAÇÃO DO LNEC

Os ensaios, análises e observações realizados permitiram aoLNEC constatar que: «o sistema não apresenta degradaçãovisível após ciclos higrotérmicos, indiciando boa resistência achoques térmicos e a alternâncias molhagem/secagem e boacapacidade de impermeabilização à água; as variantes do sis-tema [�] apresentam adequada resistência aos choquesmecânicos para serem aplicadas em fachadas com acessolimitado ou em zonas públicas acima de 2 m da base das pare-des; o sistema apresenta uma boa resistência térmica paraespessuras correntes de isolante, contribuindo portanto signifi-cativamente para o isolamento térmico e para a conservaçãode energia no edifício; o sistema elimina as pontes térmicasnos paramentos exteriores de paredes, protegendo a estruturae os toscos das paredes dos choques térmicos e das variaçõesclimáticas e conferindo isolamento térmico, estanquidade àágua e um aspeto estético considerado satisfatório; e [�] apre-senta boa resistência ao desenvolvimento de fungos».

Ecoinovação

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SCHIENE-ES I Schlüter®

Com o original perfil Schlüter®-SCHIENE, a festejar 40 anos desucesso mundialmente conhecido, a Schlüter®-Systems lançou,recentemente, uma nova versão que vem alargar a sua já vastagama de produtos.

O novo Schlüter®-SCHIENE-ES é um perfil de remate, proteção edecoração para revestimentos de cerâmica e pedra natural, fabri-cado em aço inoxidável, com uma dobra especial de junta, quedefine uma linha perfeita o material de revestimento.

Schlüter®-SCHIENE, nas suas diferentes versões, também podeser aplicado perfeitamente com outros materiais de revestimento enoutras aplicações.

Outras áreas de aplicação são, por exemplo, transições entre tiposde revestimento diferentes (p. ex. entre pavimentos em cerâmica ealcatifas), remates de rodapé, proteção de cantos em juntas dedilatação, remates limpos e decorativos em degraus de escadas.

Remates perfeitos entre materiais de pavimentação de alcatifa,parquete, pavimento flutuante, revestimento em pedra natural ouresina de reação.

A construção particular do perfil, com espessuras e ângulos espe-ciais, permite proteger as arestas do revestimento de forma eficazcontra danos. A gama de Schlüter®-SCHIENE em todos os mate-riais pode ser fornecida com uma estampagem do raio ”R“, permi-tindo formar curvaturas.

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Ecoinovação Fios I Secil

A sustentabilidade constitui uma das preocupações atuaisque abrange as diferentes áreas da inovação - a construçãonão é exceção. A inovação como meio de melhoria dosimpactos ambientais, sociais e económicos representa umdos maiores desafios do mundo empresarial.

O propósito final da construção sustentável é garantir que oconsumo de energia, água e materiais ocorra a uma taxapassível de ser renovada e sem impactos ambientais signi-ficativos, mantendo o conforto das habitações modernas emelhorando para níveis actuais de conforto as existentes.Em termos económicos, a opção pelo investimento numaconstrução de qualidade durável e energeticamente eficien-te resultará em menores custos de utilização e no aumentodo seu ciclo de vida.

Enquanto no mercado nacional a estratégias de eficiênciacoletiva, perspetiva intervenções principalmente relaciona-das com a reabilitação, conservação e qualificação do patri-mónio construído, tal como já acontece no mercado interna-cional no que se refere aos países do norte da Europa, nospaíses em vias de desenvolvimento prevê-se também inter-venções ligadas à construção nova. Nos diferentes merca-dos, a afirmação de uma especialização em construçãosustentável por parte das empresas contribui como um ele-mento de diferenciação, gerando fatores de competitividadeacrescidos face à concorrência.

A eco Inovação assume assim um papel preponderante nacompetitividade das empresas, não só ao nível da melhoriados processos, da redução dos recursos incorporados mastambém do aumento da durabilidade dos produtos e dassoluções apresentadas.

A Secil Argamassas tem direcionado a sua inovação para o desenvolvi-mento de produtos e soluções sustentáveis, recorrendo à incorporaçãonas suas argamassas não só de resíduos do corte das placas de cortiçaexpandida, em substituição dos agregados naturais, mas combinando osmesmos com Cal Hidráulica Natural (NHL), o ligante de eleição na reabi-litação de edifícios anteriores à década de 50, criando assim uma gamainovadora para a reabilitação do edificado com um contributo muito signi-ficativo no incremento do conforto térmico e acústico deste tipo de cons-trução.

Alguns exemplos de eco Inovação são as argamassas gama ecoCORK,à base de Cal Hidráulica Natural com incorporação de granulado de cor-tiça expandida para aplicação em rebocos térmicos, e em sistemasETICS: sistemas compósitos de isolamento térmico para aplicação peloexterior de paredes, compostos com painéis de aglomerado cortiça (ICB)e argamassas de colagem formuladas com NHL e granulado de cortiça.

A utilização de cal hidráulica natural (NHL), enquanto ligante, apresenta-se como uma solução eficaz em operações de reabilitação e renovaçãodo património principalmente pelas suas excelentes características emserviço, mas também por uma significativa redução de recursos no seuprocesso produtivo. A cal hidráulica natural é um ligante que, quando uti-lizado no revestimento de paredes, contribui para a melhoria da qualidadedo ar interior das edificações, devido à sua elevada permeabilidade aovapor de água.

Para assegurar a compatibilidade dos revestimentos com suportes decaracterísticas específicas, como o adobe, a palha ou tabique, a SecilArgamassas desenvolveu uma nova cal hidráulica natural com classes deresistência mais baixas, como é o caso da NHL3,5 e da NHL2. A menorresistência mecânica destes ligantes, aliada às suas propriedades quími-cas, tornam-nos indicados também para utilização na construção susten-tável, na vertente da eco Construção.

Ecoinovação

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Princípios cada vez mais difíceis de conseguir hoje em dia, refle-xo da sobrevalorização da forma e dos paradigmas estéticos evisuais, cujo mediatismo constante leva a inconscientemente cor-rer o risco de criar algo baseado em conceitos superficiais que sótentam surpreender pelas formas audazes.

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Arquitetura

O primeiro passo, antes de desenvolver uma proposta formal,passou por várias conversas preliminares com o cliente sobreos seus sonhos e desejos para a casa.

Enquanto arquitetos, os requisitos do cliente fornecem a opor-tunidade para desenvolver tipologias habitacionais únicas, poiscada pessoa é singular na sua forma de habitar.

A partir daí adicionam-se o conhecimento técnico e percep-ções de espaço e forma explorados, a fim de desenhar umobjeto que traduz o equilíbrio dos volumes e funções comuma forte presença no espaço urbano devido à sua integra-ção.

Sendo o lote caraterizado pela sua localização em gaveto, deci-diu-se reduzir as aberturas nas fachadas mais públicas, abrindopor sua vez o espaço interior à massa arbórea existente no inte-rior do lote e nas áreas envolventes.

Casa de Birre

Memória Descritiva

O CLIENTE SEMPRE SONHARA COM UMA CASA PERSONALIZADA. UMACASA QUE PUDESSE TRADUZIR TODAS AS QUALIDADES QUE APRECIAPARA O SEU HABITAT. AS INDICAÇÕES FORAM CLARAS, PRIMEIRO DETUDO O OBJETO ARQUITETÓNICO EM SI DEVIA SER OUSADO E MARCA-DO POR UMA IDENTIDADE CLARA E HONESTA...

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Aliado a isso, a presença de luz natural em todas as divisões dacasa, permite criar diferentes ambiências de acordo com a horado dia. Esta moradia segue o tradicional sistema de construçãoem Portugal, com o esqueleto estrutural em betão e as paredesem alvenaria.

Para o exterior, optou-se pela coloração dos volumes na corbranco sobre estuque, não só por causa da influência da culturaarquitetónica mediterrânica, mas também para explorar ao máxi-mo a luz e seus reflexos.

A cor preta, aplicada no embasamento enfatiza a tensão com oterreno, ajudando a criar uma sensação de levitação da casa.Os elementos vazados na fachada, combinados com as aber-turas de vidro, permitem que sejam desfrutadas diferentesnuances da luz natural, criando jogos de luz e sombra que pro-porcionam contrastes cromáticos quando percepcionado ovolume edificado.

Esta gestão da privacidade instigou a projetar vários pátiosinternos com o objetivo de ampliar as áreas sociais interiorespara além do óbvio, além das próprias paredes, criando assimrelações visuais com os diferentes níveis da casa.

Existe um lado lúdico, ligado à exploração espacial dos volu-mes, onde as fronteiras interna e externa são filtradas atravésde terraços e varandas, através de planos cobertos ou áreas acéu-aberto, ou com a utilização de materiais opacos ou per-meáveis.

Apesar de aparentemente ao olhar do transeunte que circulapela rua, a casa possa revelar-se praticamente como um volu-me fechado, houve contudo a intenção de criar, para aquelesque a habitam, um ambiente com um cuidado conforto lumíni-co através da localização das aberturas que permitem que atransformação da luz seja uma das principais qualidadesdesta casa.

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INFORMAÇÃO TÉCNICA

PROJETO: Casa de Birre

LOCALIZAÇÃO: Birre, Cascais, Portugal

DATA: 2013

CLIENTE: Privado

ÁREA BRUTA DE CONSTRUÇÃO: 400 m²

VISUALIZAÇÕES & FOTOGRAFIA: Estúdio AMATAM

PRÉMIOS: Projeto distinguido na 18ª edição dos World Architecture Awards

No que diz respeito aos materiais utilizados no interior, optou-se pelouso de revestimentos com acabamento em madeira natural e superfí-cies brancas garantindo assim tranquilidade e conforto, uma aborda-gem simples que permite que o interior seja decorado e apropriado deacordo com a própria personalidade do cliente.

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Arquitetura

Esta abordagem minimalista no uso da cor é outra estratégiapara criar uma identidade própria nesta moradia, contrastan-do com os edifícios circundantes de traça mais convencional.

Funcionalmente a casa reflete claramente a distinção entre ocaráter social e privado. Porém, as áreas de uso social forama principal preocupação do desenho espacial.

Desenvolveu-se uma casa para acomodar diversas activida-des, um lugar ideal para a família, um lugar ideal para festase receber os amigos, um lugar para ler ou trabalhar, um lugarpara aproveitar as áreas externas nos dias quentes e ensola-rados, ou para nos sentirmos acolhidos e relaxados no seuinterior, enquanto olhamos a chuva que cai nos dias deInverno.

O nível da entrada principal abrange fundamentalmente oprograma de uso social, onde se procurou implementar umaforte relação com as áreas exteriores envolventes - sejam emredor da casa, como nos pátios colocados no seu interior -mas também com a piscina, cuja presença é impossível depassar dissimulada visto que se impõe sobre a volumetria dacasa, forçando a entrada no seu interior.

Outro elemento fundamental e já abordado, é a introdução devários pátios internos e externos, criando assim diversosníveis de intimidade e de relações entre as diferentes áreassociais.

As áreas mais privadas estão colocadas no primeiro andar,aproveitando a presença dos vários pátios e das relações quese estabelecem entre interior e exterior, para dar amplitudeaos quartos e tirar proveito das vistas sobre a paisagem. Oprograma mais técnico está localizado na cave.

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Arquitetura

O Empreendimento assumiu como premissasnão só o reordenamento urbano da zona envol-vente, como também, ao equipamento emcausa - houve a necessidade de libertar o inte-rior do quarteirão, dotando-o de espaços de cir-culação pedonal e zonas verdes que permitis-sem a ligação entre a “Praça“ da Casa daMúsica e o arruamento de acesso ao edifício;bem como, desenvolver a renovação da frenteurbana do quarteirão, voltada à Avenida daBoavista, dada a sua degradação física e fun-cional.

A solução arquitetónica encontrada, face àsituação de gaveto do terreno, visou combatero “estrangulamento” visual do enfia mento daRua 15 de Novembro com a Avenida da Boa -vista.

Desta forma, o conjunto é marcado por doiscorpos, unidos por um piso em rés-do-chãocom funções comerciais, que procuram a cér-cea dominante de cada uma das frentes urba-nas em que se inserem.

Aproveitando tal facto, foram definidas ocupa-ções diferenciadas atribuindo-se ao edifício vol-tado à Rua 15 de Novembro uma caraterísticahabitacional e ao edifício voltado à Avenida daBoavista funções terciárias.

O edifício de escritórios, com cinco pisos acimado solo, foi desenvolvido segundo uma lógicamodular, adaptando-se às necessidades dosseus utilizadores.

Paralelamente, procurou-se adotar soluçõesfuncionais e técnicas de grande qualidade. Oedifício distingue-se também pelo elevado graude eficiência energética, garantindo aos seusutilizadores um excelente nível de conforto eequipamento.

As lâminas sombreadoras, que revestem asfachadas, têm um sistema de gestão integradaque controla a abertura das lâminas, conformeo ângulo de incidência solar, em cada dia doano, permitindo o controlo energético e lumino-so, no interior do edifício.

Empreendimento Boavista PrimeAPEL - Arquitectura, Planeamento, Engenharia

DA AUTORIA DA APEL, DE GINESTALMACHADO, O EMPREENDIMENTO BOAVISTAPRIME, FICA SITUADO NUMA ÁREA DA CIDADEDO PORTO QUE FOI SUJEITA A UMA FORTETRANSFORMAÇÃO, SEQUÊNCIA DA CONSTRUÇÃODO EQUIPAMENTO CULTURAL DESIGNADO“CASA DA MÚSICA”.

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Localizado na confluência da Av. da Boavista e da Rua 15 deNovembro, o edifício residencial é composto por dois blocos dequatro pisos acima do solo, com catorze habitações cada um,cujas tipologias variam entre T1 e T4.

Esta proposta de ocupação funcional visou ainda combater aameaça de monofuncionalidade que começava a afetar estazona da cidade.

INFORMAÇÃO TÉCNICAEmpreendimento Boavista Prime

ANO DE CONCLUSÃO: 2009LOCAL: Boavista - PortoPROMOTOR: ADICAIS – Investimentos Imobiliários, SASITE: www.boavistaprime.com

Quadro de Áreas e Afetação Funcional

ÁREA DO TERRENO: 4.111 m2

ÁREA DE IMPLANTAÇÃO: 1.678 m2

HABITAÇÃO: 3.990 m2 (28 Frações)ESCRITÓRIOS/SERVIÇOS: 3.503 m2 (25 Frações)COMÉRCIO: 1.678 m2 (9 Frações)ESTACIONAMENTO: 5.056 m2

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Arquitetura

Uma entrada à cota alta, na articulação das duas direc-ções, onde se desenvolve o átrio e os acessos verticais,faz a distribuição:

- Na ala Poente, laboratórios virados a Norte, gabinetesvirados a Sul, a enquadrar o recorte da paisagem.

- Na ala Nascente desenvolve-se o departamento degestão e administração, rematado pelas duas salas dereuniões que se afastam para iluminar o corredor.

UBI MEDICALCovilhã 2010 - 2014

A CHEGADA À COVILHÃ É MARCADA POR UMA GRANDE PLANÍCIE. ACIDADE VÊ-SE AO LONGE, (DES)ORGANIZADA NO DECLIVE DAENCOSTA. ENCONTRAMOS O TERRENO NESTA CONDIÇÃO: À ENTRA-DA DA CIDADE NO ARRANQUE DA MONTANHA.

O PROJECTO ADAPTA-SE À TOPOGRAFIA DO TERRENO, A REDESE-NHAR A SUA FORMA NATURAL, NASCE DO SOLO E BALANÇA-SE SOBREA PENDENTE. UM PISO PARA NORTE SÃO DOIS PISOS PARA SUL.

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À cota baixa, uma outra entrada situa-se também naarticulação das duas direcções, desta vez pelo ladoSul/Nascente. Um hall, criado pelo encontro da sala deconferências com a cafetaria, envolve a escada. A par-tir daqui se faz a distribuição do programa neste piso:

- A Sul, o acesso ao espaço destinado a incubação deempresas, salas divisíveis em duas ou em quatro, ouas salas “enterradas” de cobertura ajardinada, alterna-das com os páteos que as iluminam, ao mesmo tempoque iluminam o corredor de acesso.

- Ao lado, repete-se o principio. Laboratórios virados aNorte, gabinetes virados a Sul, desta vez para ospáteos.

O jardim “suspenso” que dá continuidade ao terreno,suporta o volume que se eleva. A sul, a base em betãofaz a transição para o granito dos espaços exteriores.

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Arquitetura

Em cima, um rasgo continuo que recua o vidro para protecçãosolar, deixa a entrada de ar para a cobertura ventilada. Este ar cir-cula devido a saídas na cobertura, junto à fachada do lado oposto.

A cobertura ventilada é um elemento que tem um importante con-tributo para uma melhor estabilidade térmica. Nos meses quentespermite a circulação do ar. Nos meses frios encerra-se a entradade ar, criando uma caixa estanque e isolante, que permite a adap-tação a diferentes épocas do ano.

INFORMAÇÃO TÉCNICA

PROJECTO DE ARQUITECTURA: GALP - José Carlos Loureiro; José Manuel Loureiro; Luis Pinheiro LoureiroCOORDENADOR DE PROJECTO: Luis Pinheiro LoureiroCOLABORADORES: J. António Moreira; Carlos Correia; Miguel Amado; Ségio Rio Tinto; Sérgio Cavadas

PROJECTO DE ESTRUTURAS: GEG - Eng.º José A. Vaz Pinto; Eng.º Hugo Marques

PROJECTO DE INSTALAÇÕES MECÂNICAS: MECFLUI - Eng.ª Luisa Vale; Eng.º Marco Quaresma

PROJECTO DE INSTALAÇÕES HIDRAULICAS: MECFLUI - Eng.º Miguel Figueiredo e Silva

PROJECTO DE INSTALAÇÕES ELECTRICAS: SEGUREL - Eng.º Fernando Gomes

PROJECTO DE SEGURANÇA: SEGUREL - Eng.º Marques dos Santos

CONSTRUTOR: TELHABEL; CONSTROPE

FOTOGRAFIAS: Luis Ferreira Alves

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Economia Análise de Conjuntura4º trimestre 2014

APRECIAÇÃO GLOBAL

No 4º trimestre de 2014 o setor da construção registou, à semelhan-ça do que se observara no trimestre anterior, um comportamentoligeiramente negativo que, todavia, não prejudicou ainda a tendênciaque se continua a afirmar no sentido da estabilização e que de algu-ma forma prenuncia uma futura retoma da atividade.

Na verdade e não obstante o comportamento negativo da construçãonova para habitação no conjunto do ano, o setor tem beneficiado docrescente dinamismo do mercado imobiliário e do crescimento dostrabalhos de manutenção e renovação dos edifícios particulares, aque se juntou, neste último trimestre do ano, um melhor desempenhodo subsetor da engenharia civil.

O índice de produção da construção e obras públicas que diminuíra1,06% no terceiro trimestre de 2014, face ao trimestre anterior, dimi-nuiu, neste quarto trimestre, apenas 0,83%. Embora a redução regis-tada no segmento de construção de edifícios (1,99%) tenha sidosuperior à do trimestre anterior, a variação relativa ao segmento deobras de engenharia foi, como referimos acima, positiva em 0,73%.

A evolução do licenciamento de obras apresentou, contudo, um com-portamento ligeiramente positivo neste último trimestre, deixandoantever melhores dias. Em termos globais, o número de obras licen-ciadas aumentou, retomando a tendência dos dois primeiros trimes-tres, interrompida apenas no 3º trimestre do ano, como então assina-lámos, ainda que se tenha assistido, mais uma vez, à queda donúmero de licenças para reabilitação.

Assim, os dados provisórios revelam que a evolução trimestral dasobras licenciadas foi positiva em 0,7%, apesar da variação homólogatrimestral ter registado uma diminuição de 4,2% (contra 7,2% no tri-mestre anterior). A variação média anual no número de edifícioslicenciados também foi, ainda, negativa e situou-se, no quarto trimes-tre de 2014, em -5,6%, que compara com -8,8% no período anterior,confirmando a tendência já observada para a estabilização desteindicador.

O segmento das construções novas para habitação foi o que teveo comportamento mais dinâmico (+1,3%). Em particular, a variaçãotrimestral do número total de fogos licenciados em construçõesnovas para habitação familiar cifrou-se em 5,1%, consolidando ocrescimento verificado ao longo de todo o ano (7,1%, 3,5% e 0,7%,respetivamente nos terceiro, segundo e primeiro trimestres).

A variação homóloga foi também positiva (+17,3%), embora insufi-ciente para que a variação média anual escapasse a terreno nega-tivo (-8,7%). O número total de fogos licenciados em construçõesnovas para habitação no ano terminado em dezembro de 2014 atin-giu os 6 772, superiores aos 6 502 licenciados no ano terminadoem setembro de 2014, mas inferiores aos 7419 contabilizados em2013.

Já o número de licenças de obras de reabilitação, como acimasublinhámos e contrariando, aparentemente, o crescimento donúmero de licenças circunscritas às zonas históricas de Lisboa ePorto, registou, pelo terceiro trimestre consecutivo, uma descida,neste caso de 2,2%, bastante inferior aos 6,1% do trimestre ante-rior.

Como temos vindo a enfatizar, parece-nos que a discrepância entreos números do licenciamento e o movimento que parece observar-se no mercado da reabilitação estará, porventura, relacionado como facto de muitas das intervenções não estarem sujeitas à exigên-cia de licenciamento camarário e, como tal, não terem reporte esta-tístico.

No mesmo sentido, a evolução trimestral das vendas de cimentopara o mercado interno confirmou a tendência de estabilização quejá tínhamos identificado na última metade de 2013, tendo, inclusive,recuperado face à primeira metade do ano. Assim, verificou-se quea diminuição homóloga das vendas de cimento das empresasnacionais para o mercado interno se quedou pelos 7,9% (que com-para com os 8,9% do terceiro trimestre, os 9,9% do segundo trimes-tre e os 11% do primeiro).

Claramente, os dados deste quarto trimestre não põem em causaa expetativa de inversão de tendência que tem vindo a ser criada,antes pelo contrário se tivermos em conta a evolução do licencia-mento. As perspetivas de intensificação do crescimento económicoe as baixas taxas de juro combinadas com a queda do preço dopetróleo poderão mesmo conjugar-se para uma mais rápida retomado setor da construção.

Mas há constrangimentos, a começar no excessivo endividamentodas empresas de construção, as mais prejudicadas pela resoluçãodo BES e pelo agravamento da diminuição do stock de crédito ban-cário que se continuou a verificar até ao final do ano, após a drás-tica redução contabilizada no mês de agosto.

Outro grave constrangimento prende-se com as dificuldades finan-ceiras que estão a afetar algumas das economias emergentesmuito dependentes dos preços das matérias-primas e sobretudo dopetróleo.

Uma boa parte destes países, especialmente Angola, têm sido a tábuade salvação para as empresas da fileira da construção nestes últimosanos de profunda crise do nosso mercado interno. Dificuldades lá forapoderão vir a ter repercussões muito sérias cá dentro�

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Edifícios Licenciados(Valores Trimestrais nº)

Edifícios Licenciados(Variação Média Anual)

OBRAS LICENCIADAS

No último trimestre de 2014, o número de edifícios licenciados aumentou 0,7% relativamente ao trimestre anterior. Todavia, em termos homó-logos, o número de edifícios licenciados diminuiu 4,2% face ao trimestre comparável de 2013.

A redução média anual no número de edifícios licenciados situou-se, no quarto trimestre de 2014, em -5,6%, contra -8,8% no período anterior, conti-nuando a confirmar a tendência para inversão do comportamento deste indicador.

Por sua vez, a variação trimestral do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar registou uma variação positivade 5,1%. A variação homóloga trimestral também foi positiva na ordem dos 17,3%, sendo que a variação média anual é que ainda se manteve negativanos -8,7%.

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Economia

Licenciamento de Obras(Valores Trimestrais nº)

No que diz respeito ao número de licenças de obras de reabilitação, verificou-se uma diminuição de 2,2% em termos trimestrais.

Licenças para Obras de Reabilitação(Valores Trimestrais nº)

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Economia

PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS

O índice de produção no sector da construção e obras públicas diminuiu 0,83% no último trimestre de 2014 quando comparado com o trimestre anterior.Apesar desta redução, verificou-se uma evolução diferenciada nos dois segmentos, sendo que à descida no segmento de construção de edifícios de1,99%, contrapôs-se uma ligeira subida no segmento de obras de engenharia de 0,79%. Em termos homólogos, verificou-se uma diminuição de 5,21%no índice total da produção na construção e obras públicas, que correspondeu a uma diminuição de 4,67% na construção de edifícios e uma diminuiçãode 6,01% nas obras de engenharia.

Índice de Produção na Construção e Obras PúblicasÍndice Corrigido de Sazonalidade

VENDAS DE CIMENTO

No quarto trimestre de 2014 as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno diminuíram, em termos homólogos, 7,9%, o queconfirma a tendência de estabilização observada ao longo do ano. De acordo com os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, o índice de confiançano sector da construção degradou-se ligeiramente, fixando-se nos -42 pontos.

Vendas de Cimento e Indicador de Confiança na Construção(Indicador no Trimestre em Referência)

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EMPREGO

No quarto trimestre do ano de 2014, o emprego na construção e obras públicas registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -2,6% e umataxa de variação trimestral -0,8%.

A variação média nos últimos 12 meses terminados em dezembro de 2014 foi de -5,7%.

REMUNERAÇÕES

No quarto trimestre de 2014, o índice de remunerações registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -2,2% e uma variação trimestral de 4,5%(inclui subsídios de natal).

A variação média nos últimos 12 meses terminados em dezembro foi de -4,5%.

TAXAS DE JURO

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação continuou a cair e fixou-se em dezembro nos 1,365%, que corresponde umaredução de 0,106 pontos percentuais face à registada no mês de setembro.

Nos contratos para “Aquisição de Habitação”, a taxa de juro observada em dezembro foi de1,379%, tendo-se também reduzido em 0,105 p.p. em rela-ção à taxa observada no mês de setembro.

Taxa de Juro do Regime Geral

FONTES: BANCO DE PORTUGAL, INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA

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Inquérito de Conjuntura4º Trimestre de 2014

- Vendas caiem ligeiramente face ao trimestre anterior- Apreciação do nível de atividade volta a terreno negativo- As previsões para o 1º trimestre de 2015 revelam algum otimismo

4º TRIMESTRE DE 2014(variação dos valores do SRE - saldo das respostas extremas

- face ao trimestre anterior)

Variação do saldo das respostas Indicadores extremas em pontos percentuais

Setor Armazenistas Retalhistas

Vendas - 19,2 + 0,4 - 29,1

Existências - 14,9 - 7,3 - 17,9

Preços - 9,6 - 25,3 - 2,1

Atividade - 31,1 - 26,9 - 38,3

Vendas homólogas - 28,7 - 38,4 - 17,3

(sinal “-” indica pioria ou diminuição; sinal “+” indica melhoria ou aumento)

VENDAS E STOCKS - 4º TRIMESTRE 2014(SRE - saldo das respostas extremas)

APRECIAÇÃO GLOBAL

Os dados relativos ao quarto trimestre, não obstante as expetati-vas favoráveis, acabaram por revelar algum recuo no volume denegócios do setor, o que não é do todo inesperado, atendendo aosfatores negativos de sazonalidade que afetam o último trimestre doano. Menos positivo terá sido mesmo o fato da redução do volumede negócios ter sido afirmado, também, face ao período homólogodo ano anterior.

Em particular, o saldo das respostas extremas (SRE) no indicador“vendas” cifrou-se em -4,4%, já que a percentagem das empresasque afirmou o respetivo aumento face ao período anterior baixoude 32,3% para 19,1%, enquanto as que referiram a sua diminuiçãoaumentou de 17,5% para 23,5%.Também, como dissemos, aapreciação relativa ao “nível de atividade” apresentou um SREnegativo (-13,7%). Não obstante, a maioria das empresas (63,6%,contra 82,5% no trimestre anterior) consideraram a atividade comoSatisfatória ou Boa, enquanto a percentagem dos inquiridos que aclassificaram como Deficiente aumentou de 17,4% para 36,4%.

Mas os negócios não pioraram para todos. O subsetor armazenis-ta continuou a apresentar um desempenho globalmente positivo,tendo sido entre as empresas do segmento retalhista que se terãoressentido dos fatores mais desfavoráveis da sazonalidade. Naverdade, no caso das “vendas”, os armazenistas, apesar da per-centagem dos que afirmaram o aumento das vendas ter diminuí-do, passaram mesmo de um SRE de +13,9% para +14,3%. Já nocaso do indicador “nível de atividade” o subsetor retalhista passoude um SRE de +5,0% para -33,3%, enquanto o subsetor armaze-nista passou de +26,9% para zero.

Independentemente das diferenças de comportamento das ven-das, ambos os subsetores terão conseguido adequar melhor onível de stocks à respetiva atividade, prosseguindo o processo deajustamento efetivo já observado no trimestre anterior, tendomesmo ultrapassado as previsões (-16,2%, contra os -11,8% pre-vistos). Como referimos atrás, verificaram-se diferenças significati-vas ao nível do comportamento dos dois subsetores, armazenistase retalhistas, na maioria dos indicadores.

4º TRIMESTRE DE 2014

Indicadores Saldo das respostas extremas (%)Setor Armazenistas Retalhistas

Vendas - 4,4 + 14,3 - 13,8

Existências - 16,2 - 4,8 - 21,3

Preços - 7,4 - 19,0 - 2,1

Atividade - 13,7 0 - 33,3

Vendas homólogas - 9,1 0 - 22,3

De fato, neste 4º trimestre, principalmente no que respeita àevolução das “vendas”, do “nível de atividade” e das “vendashomólogas”, notou-se uma grande discrepância entre os doissubsetores.

Relativamente aos preços de venda, a evolução foi negativa emambos os subsetores, apesar de restrita a um reduzido númerode produtos, invertendo-se a tendência observada nos trimes-tres anteriores.

Verificou-se, paradoxalmente, um número mais significativo derespostas no sentido da descida dos preços de venda por partedas empresas do subsetor armazenista.

As respostas no sentido de descida incidiram, sobretudo, nosseguintes grupos de produtos: “tubagens e acessórios em plás-tico”, “telhas, tijolos e outros produtos de barro vermelho egrés”, “azulejos, ladrilhos e mosaicos” e “telas para isolamentosde terraço, vedantes, mastiques e chapas onduladas.

Como já referimos de início, a evolução trimestral do setor apre-sentou, genericamente, um comportamento desfavorável emquase todos os indicadores, com exceção do relativo às “exis-tências”, em que o sinal negativo significa uma redução do“empate” em stock que, se ajustado ao nível de atividade, deve-rá ser visto como vantajoso.

Economia

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A evolução do indicador “vendas homólogas” foi, de um ponto devista geral, bastante dececionante.

No conjunto do setor apenas 59,1% das respostas (contra 74% noperíodo anterior) referiu a manutenção ou o aumento das vendasface ao 4º trimestre de 2013, enquanto 40,9% afirmaram a respe-tiva diminuição.

Entre as empresas retalhistas a percentagem de respostas quereferiu o aumento foi mesmo muito inferior à dos que reportaram adiminuição (33,3% contra 55,6%), enquanto entre as empresasarmazenistas se registou um “empate” com 30,8% de respostas,quer no item “diminuição”, quer no item “aumento”.

O dado mais significativo deste período foi, na verdade, a degra-dação do indicador relativo à apreciação do “nível de atividade”,para além da aparente redução das “vendas”, quer trimestrais,quer homólogas, que, recordamos, no trimestre anterior tinhamatingido níveis positivos para o conjunto do setor, o que acontece-ra pela primeira vez desde 2012.

As empresas cuja atividade foi “deficiente” assinalaram os fatoresque consideraram mais prejudiciais. Neste trimestre, destacaram--se a “falta de encomendas” com 100% das respostas (contra87,5% no trimestre anterior), seguidas pelas “dificuldades de tesou-raria”, “não cumprimento de prazos de entregas pelos fornecedo-res” e “dificuldades de tesouraria”, todas com 25% de respostas.

O recurso ao crédito bancário para financiamento da atividade cor-rente continuou a diminuir face ao trimestre anterior (13,6%, contra19,6% das respostas), verificando-se, tal como no trimestre ante-rior, a prevalência das empresas retalhistas (22,2% das respostas),enquanto no segmento armazenista a utilização do crédito bancá-rio foi referida por apenas 7,7%. A percentagem das empresas queutilizou o crédito bancário para investimento foi nula.

Todas as empresas que recorreram ao crédito (13,6%) considera-ram “fácil” a sua obtenção. A evolução da apreciação pelas empre-sas do respetivo “nível de atividade” foi fortemente negativa e ultra-passou em intensidade a observada nas “vendas”, porventura por-que o setor ainda se encontra num patamar muito inferior ao queseria desejável.

EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE(SRE - saldo das respostas extremas)

VARIAÇÃO DOS VALORES DOS SALDOS DAS RESPOSTASEXTREMAS FACE AO TRIMESTRE ANTERIOR

VOLUME DE VENDAS COMPARADOCOM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR(SRE - saldo das respostas extremas)

1º TRIMESTRE DE 2015 Perspetivas

Indicadores Saldo das respostas extremas (%)Setor Armazenistas Retalhistas

Cart. Encomendas + 8.8 + 19,1 + 4,2

Vendas + 16,2 + 28,6 + 10,7

Enc. Forneced. + 10,3 + 23,8 + 4,2

Existências - 5,9 + 4,8 - 10,6

As previsões para o 1º Trimestre de 2015 mostram o regresso aootimismo generalizado do setor, ainda que denotando uma maiorprudência por parte das empresas retalhistas.

Conforme se pode inferir do quadro acima, as expetativas dasempresas do subsetor armazenista sugerem mesmo uma elevadaconfiança no aumento das vendas.

Na verdade, todos os sinais apontam para uma evolução maisfavorável do setor da construção, assente, sobretudo, na dinâmicaque se observa no mercado imobiliário, no aumento dos trabalhosde renovação e reabilitação e, também, na recuperação da ativi-dade no segmento dos edifícios não residenciais e na engenhariacivil.

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Economia

O incremento da atividade de construção que sempre acom-panha o aumento do investimento na indústria, nos serviçosou na agricultura, ficará cada vez mais dependente dosucesso do novo ciclo de apoios comunitários ao investi-mento das empresas que, note-se, ainda não arrancou.

O atraso na aplicação dos fundos, que provavelmente sócomeçarão a ficar disponíveis lá para o fim de 2015 oumesmo início de 2016, é particularmente preocu-pantepara o nosso setor, já que estávamos a contar ter em mea-dos deste ano os apoios anunciados para áreas muitoespecíficas e importantes como a reabilitação urbana e aeficiência energética.

A evolução do stock de crédito bancário às empresas, cujoritmo de redução aumentou a partir de agosto de 2014,como uma das consequências do colapso do grupo GES,é sintomática da “crise de investimento” que se abateusobre a economia portuguesa.

Mesmo com taxas de juro baixas, as empresas não estãodispostas a endividar-se, salvo, naturalmente as empresasexportadoras, as únicas para quem o crédito tem aumen-tado.

O problema é simples, mas perverso. Aquelas empresasque precisam de crédito para se reestruturar e sobrevivernão merecem a confiança da banca que quer reduzir a suaexposição ou sair o mais depressa possível. Aos outros, quetêm bons “balanços” mas que não pretendem endividar-separa potenciar um crescimento que não se vislumbra possí-vel num mercado estagnado, a banca insiste em emprestar-lhes de uma forma tão ativa que roça o “assédio”.

Para desatar o nó vai ser preciso injetar dinheiro fresco, oudos fundos comunitários, ou do investimento estrangeiro(que não seja mera compra de ativos!). Os de cá não têmcomo.

VENDAS PREVISTAS E VENDAS REALIZADAS(saldo das respostas extremas)

Os indicadores relativos ao licenciamento de obras também têm tidouma evolução recente animadora, com o licenciamento de edifícios acrescer 0,7% neste 4º Trimestre face ao trimestre anterior.

Por sua vez, a variação trimestral do número total de fogos licenciadosem construções novas para habitação familiar registou uma variaçãopositiva de 5,1%. A variação homóloga trimestral também foi positiva naordem dos 17,3%, ainda que a variação média anual se tenha mantidonegativa nos -8,7%.

De forma surpreendente, é ao nível da reabilitação que os números dolicenciamento tardam a recuperar, mas isso dever-se-á, provavelmente,ao fato de uma grande maioria dos trabalhos nesta área não estaremsujeitos a licenciamento. O RERU poderá em breve, pela simplificaçãoque possibilita, vir a contribuir para contrariar este cenário.

Mas, em todo o caso, será cedo para deitar foguetes. Recordamos queas previsões do estudo anterior também apontavam para um cresci-mento dos negócios no 4º Trimestre do ano e saíram goradas�

As coisas continuam muito complicadas no plano financeiro e, mesmocom alguma abertura do lado da banca no campo do crédito à habita-ção, porque para o crédito às empresas de construção não se vislum-bram facilidades, não será de esperar grande entusiasmo no apoioinvestimentos em ativos imobiliários.

Por outro lado não nos podemos esquecer que as empresas portugue-sas estão muito descapitalizadas e a sua capacidade de investimento éreduzida, mais a mais quando não se esperam grandes melhorias aonível do mercado interno.

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CHIADO APRESENTOU UMA TAXA DE RENDIMEN-TO POTENCIAL DE 7,6%

O conjunto de empresas pertencentes ao SIR- Sistema de Informação Residencial reportou,no período acumulado anual até ao 2º trimes-tre de 2014, a realização de 7.157 contratos dearrendamento na Área Metropolitana de Lisboa(AM Lisboa). Estes contratos foram realizadosa uma renda média de 6,2 €/m².

Estatísticas Confidencial Imobiliário

se fixado também acima dos 4.000 €/m² nestas três zonas. Na linhade Cascais/Oeiras, a zona do Estoril mostrou-se a mais valorizada dagama alta do mercado, apresentando no 2º trimestre de 2014 umpreço de venda de 3.043 €/m².

Em algumas destas zonas mais caras, o gap de mercado apresen-tou-se, no 2º trimestre de 2014, bem menor que a média concelhia.Foi o que aconteceu no caso do Parque das Nações e da Baixa emLisboa, que apresentaram uma gap de -13,4% e -19,3% entre opreço médio de venda e o valor médio da oferta, respetivamente. Ogap de mercado é calculado através do rácio entre o preço médio dasvendas realizadas e o valor médio da oferta disponível no mercado,traduzindo o nível de ajustamento entre a oferta e a procura efetiva.

PREÇOS DE VENDA SUPERAM OS 5 MIL €/M2 NAGAMA ALTA DE LISBOA

De acordo com a base de dados SIR – Sistema deInformação Residencial, tendo por base umaamostra de 5.732 transações de imóveis residen-ciais na Área Metropolitana de Lisboa (AM Lisboa),o preço médio de venda de fogos usados cifrou-seem 1.186 €/m².

Para os fogos novos o preço médio de venda atin-giu os 2.120 €/m². Estes dados respeitam ao perío-do compreendido entre o 3º trimestre de 2013 e o2º trimestre de 2014.

Analisando o percentil 95 dos valores de venda,relativo às casas da gama mais elevada do merca-do, em Lisboa destacaram-se as zonas do Parquedas Nações, Baixa e Marquês de Pombal, onde ospreços de venda atingiram 5.740 €/m², 4.929 €/m²e 4.730 €/ m², respetivamente (dados do 2º trimes-tre de 2014).

São Jorge de Arroios, Lapa e Santa Maria dosOlivais são outras das zonas a referir no que res-peita à venda de imóveis habitacionais de luxo nacidade de Lisboa, tendo o preço médio de venda

Dentro de Lisboa, as zonas do Lumiar, Castelo, Avenida deRoma, São Domingos de Benfica e Benfica/Carnide foram as queregistaram uma maior procura nos 12 meses compreendidosentre o 3º trimestre de 2013 e o 2º trimestre de 2014, protagoni-zando entre 7% a 11% do total dos 2.727 arrendamentos contra-tados pela amostra SIR na cidade.

Relativamente ao valor das rendas, destacaram-se no período aszonas do Parque das Nações, Baixa e Chiado, onde a rendamédia contratada alcançou 11,0 €/m², 10,0 €/m² e 9,2 €/m², res-petivamente. Já nas cinco zonas com maior volume de contratoscelebrados a renda média contratada mostrou-se mais reduzida,oscilando entre os 6,7 €/m² e os 7,9 €/m². Importa ainda referirque em Lisboa, a rentabilidade potencial bruta se situou entre5,1% e 7,7%, sendo estas taxas de rendimento potencial relativasàs zonas Oriental e da Av. De Roma, respetivamente.

Na primeira zona os preços das transações relativas a aparta-mentos T2 usados rondaram os 1.070 €/m², valor bem maisreduzido que os preços das transações realizadas na segundazona, onde alcançaram os 1.870 €/m².

Tal denota que, no geral, as zonas mais caras no que respeita apreços de transações são as que apresentam uma menor renta-bilidade potencial. Não é o caso do Chiado, que apesar dos ele-vados preços de transação praticados apresentou uma taxa derendimento potencial de 7,6%.

Fonte: Ci/LardoceLar.com

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AM PORTO: NÚMERO DE NOVOS PROJETOS EM CARTEIRA CRESCEU 27%

Em 2014, na Área Metropolitana do Porto (AM Porto), a emissão de pré-certificados energéticos abrangeu 690 novos fogos que se encontravaminseridos em 324 projetos de promoção nova. Quase 90% destes proje-tos eram relativos a habitações unifamiliares, sendo os restantes referen-tes a edifícios de apartamentos.

O volume de projetos de construção nova certificados cresceu 27% entreo 1º e o 4º trimestre de 2014 na AM Porto, alcançando as 86 unidadesno 4º trimestre do ano. Consequentemente, o número de novos fogoscom pré-certificado também apresentou um acréscimo entre o 1º e o 4ºtrimestre de 2014 nesta região, passando de 97 para 243 unidades.

O investimento em construção nova na AM Porto centrou-se nos conce-lhos do Porto, Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila Nova de Gaia. O pri-meiro concelho contou com 29% do total dos novos fogos alvo de certi-ficação na região nesse período, seguindo-se os restantes com quotasentre 13% e 14%.

Quanto à classificação energética, as classes B e A protagonizaram aemissão de pré-certificados realizada na AM Porto em 2014, apresentan-do quotas de 49% e 33%, respetivamente. O mesmo se observou nosquatro concelhos que se apresentaram como os principais destinos deinvestimento em 2014 na região.

Mais informação sobre a Ci disponível em www.confidencialimobiliario.com.

A Confidencial Imobiliária (Ci) é uma revistaespecializada na produção de estatísticas ebases de dados sobre imobiliário. Entre outrosconteúdos, monitoriza o investimento imobiliá-rio, tratando os dados do licenciamento munici-pal de obras emitido mensalmente pelas princi-pais autarquias metropolitanas.

Já a atribuição de pré-certificados A+, classifi-cação máxima da ADENE, apresentou-semuito pouco expressiva em todos estes conce-lhos, atingindo uma maior proporção no Porto eMatosinhos (6% em cada).

EXPETATIVAS DE PREÇOS CADA VEZ MAIS POSITIVAS

O RICS/Ci PHMS de Março de 2015 continua a apontar para umasuave recuperação dos preços, com os aumentos sustentados da pro-cura e do volume de vendas a fortalecer as expetativas de subida dospreços no futuro. No sector de arrendamento, pela primeira vez emquase quatro anos, as rendas mantiveram-se estáveis em todas asregiões abrangidas pelo inquérito, sendo que as expetativas apontam para uma continuação desta tendência.

No mercado de compra e venda, a procura por parte de novos compra-dores continuou a aumentar a um ritmo sólido, seguindo já essa traje-tória (em maior ou menor grau) há vinte meses sucessivos. A juntar aisto, as vendas acordadas aumentaram ainda mais no mês de Março,marcando o décimo terceiro relatório consecutivo em que as transa-ções melhoraram. Além disso, as expetativas relativas a vendas, queestão já com um forte crescimento, irão manter-se nos próximos trêsmeses.

No sector de arrendamento, a procura por parte dos arrendatários apre-sentou-se relativamente estável. Já pelo lado da oferta, as novas ins-truções caíram ainda mais. Por seu lado, as rendas estabilizaram pelaprimeira vez desde o início da série em 2011. Prosseguindo, espera-seque as rendas se mantenham, no geral, inalteradas ao longo dos pró-ximos três meses.

Tendo em conta a consolidação dos fundamentos do mercado, o índicede confiança nacional (uma medida composta dos preços e expetativasde vendas) aumentou mais uma vez para um nível recorde atingindo+38, melhorando a leitura positiva de +36 observada no mês anterior.

Economia

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AGÊNCIAS

Ulled Avd. Duque Loulé, 123, Studio 4.61069-152 LisboaTel.: 213 502 490; Fax: 213 559 287E-Mail [email protected]: www.ulled.com

Young NetWork GroupRua Fernando Vaz, 12 A1750-108 LisboaTel.: 217 506 050; Fax: 217 506 051E-mail:[email protected]: www.youngnetworkgroup.com

ARQUITETURA

Amatam Estudio de UrbanismoArquitectura DesignQuarteirão das Artes - Sala 5Rua Conde Ferreira2804-251 AlmadaTel.: 917 834 037E-mail: [email protected]: www.estudioamatam.com.pt

APEL - Arquitetura, Planeamento,EngenhariaAv. Bessa, 344,1º4100-012 RamaldeTel.: 225 106 391; Fax: 225 106 390E-mail:[email protected]: www.apel-arquitectura.pt

GALP - Gabinete de Urbanismo,Arquitectura e Engenharia, LdaRua da Alegria, 1880-124200-024 PortoTel.: 225 022 324; Fax: 225 096 116 E-mail: [email protected]: www.galparquitectura.pt

DECORAÇÃO

SACHI - Premium Outdoor FurnitureParque Empresarial Apiparques, 693860-680 EstarrejaTel.: 234 871 343E-mail: [email protected]: www.sachi.pt

Von Haff InterioresRua Eng. Von Haff, 29-333800-177 AveiroTel.: 234 420 935Fax: 234 481 209E-mail: [email protected]: www.vonhaff.com.pt

DIVULGAÇÃO

AEP - Associação Empresarial dePortugalAv. Dr. António Macedo 4450-617 MatosinhosTel.: 229 981 500Fax: 229 981 616E-mail: [email protected]: www.aeportugal.pt

BigMat Iberia, SAAv. de los Pirineos, 71ª Planta28703 San Sebastian de Los ReyesEspanhaTel.: 0034 916 237 160E-mail: [email protected]: www.bigmat.es

Reynaers Aluminium SAParque Industrial Manuel da Mota, Lote 6 Apartado 234 3100-905 Pombal Tel.: 236 209 630Fax:236 219 435E-mail: [email protected]: www.reynaers.pt

DOSSIERECOINOVAÇÃO

Aldageed, LdaRua da Barreira, 9, Loureiro3040-787 CernacheTel.: 239 932 149E-mail: [email protected]: www.aldageed.pt

Diera - Fabrica de Revestimentos,Colas e Tintas, LdaRua D. Marcos da Cruz1223, Ap 30374450-730 Leça da PalmeiraTel: 229 983 350Fax: 229 983 368E-mail: [email protected]: www.diera.pt

Saint-Gobain Weber PortugalZona Industrial da Taboeira3800-055 AveiroTel.: 234 101 010Fax: 234 301 148E-mail: [email protected]: www.weber.com.pt

Schluter - SystemsRua do Passadouro, 313750-458 FermentelosTel.: 234 720 020Fax: 234 240 937E-mail: [email protected]: www.schluter.pt

Sotecnisol Isolamentos,Engenharia eAmbiente SARua do Ferro - Fetais2681-502 CamarateTel.:219 488 400Fax:219 470 490E-mail: [email protected]: www.sotecnisol.pt

Secil, SAAv. Forças Armadas, 125, 7º1600-079 LisboaTel.: 217 927 100Fax: 217 936 200E-mail: [email protected]: www.secil.ptwww.secilargamassas.ptwww.isodur.pt

ECONOMIABanco de PortugalRua do Comércio, 1481100-150 LisboaE-mail: [email protected]: www.bportugal.com

Instituto Nacional de EstatísticaAv. António José de Almeida100-043 LisboaTel:. 218 426 100Fax: 218 454 083E-mail: [email protected]: www.ine.pt

Confidencial ImobiliárioRua Gonçalo Cristóvão, 185 - 6º4049-012 PortoTel: 222 085 009Fax: 222 085 010E-mail:[email protected]: www.confidencialimobiliario.com

ENTREVISTA

CS - Coelho da Silva, SAAlbergaria2480-071 JuncalTel.: 244 479 200Fax: 244 479 201E-mail: [email protected]: www.cs-telhas.pt

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Moradas

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Geberit Tecnologia Sanitária, SA.Rua Cupertino de Miranda, nº 12 - 2ºA,PT-1600-485 LisboaTel:.217 815 106; Fax: 217 930 738E-mail:[email protected]: www.geberit.pt

Macovex - Materiais de Construção SAParque Industrial Coimbrões Lote 1063500-618 ViseuTel.: 232 470 250E-mail: [email protected]: www.macovex.pt

Soudal Produtos Químicos, Lda. Estrada Terras da LagoaCentro Empresarial Solbar - Armazém4, Albarraque2635-060 Rio de MouroTel.:219 244 803; Fax :219 244 805Site: www.soudal.pt

EVENTOSEXPONOR - Feira Internacional doPortoAv. Dr. António Macedo, 574 4454-515 Matosinhos Tel: 22 998 1400;“ Fax: 22 998 1482E-mail: [email protected]: www.concreta.exponor.pt

Oliveira & Irmão, SATravessa de Milão, Esgueira3800-314 AveiroTel.: 234 300 200; Fax: 234 300 210 E-mail:[email protected]: www.oli.pt

REABILITAÇÃOOODARua Brito e Cunha 431 4450-087 - Matosinhos Tel.: 220 114 002E-mail: [email protected]: www.ooda.eu

Parques de Sintra - Monte da Lua, S.A.Parque de Monserrate 2710-405 SintraTel.: 219 237 326Site: www.parquesdesintra.pt

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Moradas

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