revista vitória
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Nesta edição da Revista Vitória, você confere as perspectivas da Igreja Católica para 2013. Uma entrevista sobre o consumo na época de Natal. Na seção reportagem, leia sobre a vida dos refugiados no Brasil. Tudo isso e muito mais na edição do mês de dezembro.TRANSCRIPT
céu e a terraPara unir o
Ano VII • Nº 11 • Dezembro de 2012
Revista da aRquidiocese de vitóRia - es
ISSN 2176401 Edição Mensal
9 772176 401035 60700
atualidade projeto ideias e sugestõesas lições de Jesus para entender os sinais dos tempos
Solidariedade faz diferença no Lar Frei aurélio
Em busca de vitalidades nas complexidades da vida
vitóriavitória
Arcebispo MetropolitanoDom Luiz Mancilha Vilela
Bispos AuxiliaresDom Rubens Sevilha
Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias
Ano VII – Edição 11 – Dezembro/2012Publicação da Arquidiocese de Vitória
EditoraMaria da Luz Fernandes / 0003098-ES
Repórter Lisandra Melo / 0003041-ES
ColaboradoresThales Delaia
Alessandro GomesDauri BatistiRaquel Tonini
Giovanna ValfréAlexandre Lemos
Gilliard Zuque
Revisão de textoYolanda Therezinha Bruzamolin
Publicidade e [email protected]
Telefone: (27) 3198-0850
Fale com a revista vitória:[email protected]
Projeto Gráfico e EditoraçãoComunicação Impressa
(27) 3319-9062
Ilustrador¶ Kiko, · Arquivo
DesignersAlbino PortellaRicardo Coufler
ImpressãoGráfica 4 irmãos(27) 3326-1555
ww
w.a
ves.o
rg.b
rparóquias 16Sagrada Família em Vitória
cidadania 10Adoção, diminuição dapoluição e comunicaçãocomunitária
diálogos 4Fé, santidade e a preparação para o Natal
saúde 15Pedalar pode ajudar a teruma vida mais saudável
arquivo e memória 19Solidariedade na Arquidiocese é prática antiga
Festa 30Ganhadores da Campanhado Dízimo
ideias e sugestões 26Em busca das vitalidades
especial 23Tempo de Natal
acontece 28Homenagens, avaliações e celebrações de Natal
Se é presente,é Natal!
O nosso viver movimenta-se entre o presente, o passado e o futuro e, neste balanço
constante o tempo é o maestro. Dá o tom, indica as nuances, aponta o ritmo, sugere cadências, puxa para o alto, propõe os baixos, determina o que pode e o que não pode, o que é próprio ou impróprio, o que dá e o que não dá, o que foi e o que virá como se a vida corresse entre o ponto de partida e o de chegada. O Natal rompe com essa linea-ridade e continuidade. O Natal une o passado e o futuro e transforma o tempo em “um contínuo hoje”. Hoje, que quer acolher, crescer e aprender, viver bem e em paz, ser feliz com o que tem, encontrar-se para encontrar outros, abrir-se às “inventividades”, doar e doar-se, porque nascidos de uma mesma família onde há liberdade, espaço para a vida acontecer, lugares para experiências porque o tempo, o hoje, não começa e não acaba, Natal é o tempo do agora eterno, “a troca de dons entre o céu e a terra” e a “família humana tornou-se ícone de Deus”. A todos um Feliz e Santo Natal!
Maria da Luz FernandesAssessora de Imprensa
editorial
sumário
atualidade 6Diante das estatísticas sobre religião, a Igreja Católica olha para as lições de Jesus
arte sacra 14O templo como lugar privilegiado da liturgia
entrevista 12A decisão pessoal de comprar e a influência da sociedade de consumo
reportagem 20O acolhimento aos refugiados
projetos 24Quando a comunidade faz
diálogos
“Na perspectiva da fé podemos afirmar que ser santo é a condição natural para o ser humano
Dom Rubens SevilhaBispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória
Quando o ser humano
chega ao melhor de si mes-
mo, recebe o nome de santo.
Portanto, santo é o ser huma-
no verdadeiro, no máximo de
si mesmo, na excelência da
sua humanidade. Sendo cria-
do à imagem e semelhança
de Deus três vezes Santo, o
homem só pode ser “natural-
mente” santo. Na perspectiva
da fé podemos afirmar que
ser santo é a condição natural
para o ser humano. Assim
sendo, quando ele não é san-
to, o homem não está sendo
ele mesmo, isto é, está des-
VOCÊ QUER SER SANTO?
PREPARAÇÃO PARA O NATAL
naturalizado, desumanizado.
Quem não é santo é um ser
humano pela metade.
O que fazer para ser san-
to? Para ser santo basta ser
normal, ou seja, seguir o mo-
delo de verdadeiro homem
(e verdadeiro Deus): Jesus.
Sendo discípulos do Mestre
Jesus nós aprendemos a ser
verdadeiros seres humanos
com o Verdadeiro Homem.
Não tendo os olhos
fixos em Jesus, onde o ser
humano olhará para encon-
trar um modelo excelente
para viver? Talvez aqui esteja
a raiz da desumanização do
tecido social atual. A cultura
reinante propõe modelos de
ser humano muito baixos ou
superficiais.
Cabe a nós, os segui-
dores de Jesus, abrindo-nos
docilmente à ação do Espíri-
to Santo, mostrar o homem
novo, que, consequentemen-
te, formará famílias novas e
um mundo novo. Este é o
sonho de Deus e o nosso
também. Sejamos santos.
O maior presente de Deus Pai foi dar-nos seu filho Jesus Cristo, e o melhor presente para retribuirmos é acolhermos seu filho que veio, que vem e que virá no fim dos tempos.”
O Tempo litúrgico do
Advento teve início, este ano,
na Igreja, no dia 02 de dezem-
bro. É um tempo de espera,
o momento de fazermos um
balanço moral e espiritual do
ano todo, da nossa caminha-
da como Cristãos e pedirmos
vida nova para que o Cristo
possa nascer e renascer forte-
mente na nossa consciência
e no ‘coração’ dos ambientes.
O maior presente de Deus
Pai foi dar-nos seu filho Jesus
Cristo, e o melhor presente
para retribuirmos é acolher-
mos seu filho que veio, que
vem e que virá no fim dos
tempos.
A Igreja nos alerta, qua-
tro semanas antes do Natal,
a estarmos vigilantes para
os valores de Deus, porque
nossa tendência é para as
coisas da terra; às vezes nos
distraímos, nos preocupamos
demais com os presentes, a
roupa nova, a ceia, com as
coisas que passam e nos es-
quecemos da verdade Eterna.
A V Conferência Geral do
Episcopado Latino-America-
no e do Caribe, realizada em
Aparecida de 13 a 31 de maio
de 2007, alerta-nos que, para
ficarmos verdadeiramente
parecidos com o Cristo, o
Verbo de Deus encarnado, é
necessário assumirmos a cen-
tralidade do Mandamento do
Amor, que Ele quis chamar
seu e novo: “Amem-se uns
aos outros, como eu os amei”
(Jo 15,12). Quem ama acolhe,
perdoa, anuncia; quem ama
espera; quem espera prepara;
quem ama se encontra com
Deus, porque Deus é amor.
Boa espera, boa preparação! Dom Joaquim Wladimir Lopes DiasBispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória
revista vitória Dezembro/20124
Aproxima-se a Festa do Na-tal. A família cristã não se esquece desta data. Vinte
e cinco de dezembro tornou-se há séculos uma data especial. As pessoas viajam em busca de encontros com seus entes queridos. Fazem economias de seus ganhos para encontros com os familiares e para o lazer em família. A Festa do Natal do Senhor não é apenas um tempo das famílias de fé, mas por causa da fé em Jesus Cristo, é um tempo especial das famílias quan-do se cultiva a ternura familiar, as relações interpessoais em todos os setores da vida humana. Acredito que, antes de qualquer crítica negativa, sobre possíveis abu-sos da Festa do Natal do Senhor, nós cristãos, podemos e devemos celebrá-la como deve ser celebrada. Celebramos a vinda de Deus até nós. A Palavra de Deus, que percorreu durante tantos séculos de paciência com a humanidade, revelou-se no seio de uma família, de um povo, até chegar a este tempo memorável aproximando-se, definitivamente, da humanidade. Deus armou sua tenda
entre nós. “E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós.” (Jo 1, 14). É a festa de Deus conosco, o Ema-nuel. É, sobretudo, um tempo de fé. Durante este ano somos convi-dados pelo Santo Padre a cultivarmos este dom precioso que recebemos, a fé. A Festa do Natal é festa de fé! É a fé na Palavra de Deus que se fez Homem, Jesus Cristo, que nos leva a celebrar com entusiasmo esta data. O fato de Deus ter se aproximado de nós para nos salvar, dar sentido a toda a nossa existência nos leva, na fé, a agradecer esta graça tão especial. O Mistério da encarnação do Verbo faz parte essencial de nossa profissão de fé! Este ano somos convidados a renovar e cultivar a Fé na Palavra de Deus que veio habitar no meio de nós, o Emanuel, Deus conosco! Os votos e desejo de Feliz Natal devem ser plenos de fé! Não há Dom e Pre-sente mais precioso do que o Dom da fé no Verbo que se fez Homem para estar conosco e nos salvar! Feliz Natal, meu irmão e minha irmã! Este é o meu voto e desejo de fé!
Dom Luiz Mancilha VilelaArcebispo Metropolitano
Voto dE Fé
revista vitóriaDezembro/2012 5
atualidade
As estatísticas do IBGE têm deixado católicos perplexos e preocupados. Os números percentuais de católicos no Brasil descem a cada censo e os de evangélicos sobem.
“Vamos continuar a colocar em prática as ações
do Sínodo Arquidiocesano. Olhando pra frente.
Agora é a hora da prática e eu vou cobrar isso
das paróquias. Motivados pelo ‘Ano da Fé’, va-
mos aprofundar o cultivo da Fé, propiciando
momentos de encontro com Deus. Outro mo-
mento marcante será a Semana Missionária na
qual vamos reunir mais de 10 mil jovens, de todo
mundo, em nossa Arquidiocese. Façamos, ainda,
um esforço evangelizador em prol da paz, por um
mundo mais pacifico. Como está não dá! E que
os políticos que vão assumir mandatos façam
uma administração respeitadora e humana que
tenham espírito cristão, que valorizem o cidadão
e a cidade, baseada nos valores do Evangelho.”
Igreja Católica na Arquidiocese de Vitória
Dom Luiz Mancilha VilelaArcebispo Metropolitano de Vitória
aS liÇõesdE JESuS Para a
igrejaJ.B. Libanio
revista vitória Dezembro/20126
Em 1940, somávamos o porcentual de 95% de católicos no Brasil.
Em 1991, já nos reduzíamos a 83,3%. Em 2000, caímos para 73,6%. E no último censo de 2010, não passamos de 64,6%. Em sentido inverso, cami-nham os evangélicos. Na dé-cada de 40, eles engatinhavam com 2,6%. E na última pes-quisa, depois de 70 anos, eles atingiram 22,2%. A presença de outras religiões, embora estatisticamente pequena, já aponta para o pluralismo reli-
Igreja Católica naDiocese de São Mateus
gioso presente no país: 2% se declaram espíritas; 0,3% se di-zem pertencentes à umbanda e candomblé; o islamismo detém 2,7%; apenas 0,1% não respon-deu tal quesito. Acentua-se a presença dos sem religião com a taxa de 8%. Segundo cálcu-los de projeção, os católicos por volta de 2030 responderão por menos da metade dos ha-bitantes do Brasil. Aí estão os dados. Cabem as análises. Jesus pede-nos que inter-pretemos os sinais dos tempos.
“A Igreja de São Mateus vai colocar todas as
forças vivas em ação num grande projeto de
evangelização chamado ‘Santas Missões Po-
pulares’. É um projeto longo, com cerca de
quatro anos de duração, que envolve todas as
pastorais e movimentos da nossa Igreja local.
Como resultado, queremos formar cerca de 10
mil novos missionários. Quero também conti-
nuar as visitas pastorais a todas as comunidades
da nossa diocese. São mais de 700 e já visitei
metade delas. O contato com a sociedade civil
é fundamental.”
dom Zanoni demetino de castroBispo da Diocese de São Mateus
revista vitóriaDezembro/2012 7
atualidade
Repreendeu aqueles que sabem ler o tempo físico, mas não o movimento da história, sobre-tudo na perspectiva salvífica. Fica-nos esse desafio de Jesus. As religiões de maioria, normalmente, provocam ade-sões sem tanto compromisso. Nas pesquisas, inscrevem-se nelas pessoas não praticantes. As de minoria, porém, revelam convicção e assiduidade. A primeira reflexão sobre o êxodo de Católicos levanta a pergunta se os que abandonam a Igreja fazem parte da faixa não praticante. Então, nesse caso, tal fato pode provocar, por contraposição, maior enga-jamento dos que permanecem. Soa ocasião propícia para a Igreja Católica fazer profundo exame de consciên-cia dos ensinamentos, litur-gia e disciplina. Em seguida, assumir as modificações ne-cessárias para responder às interpelações do momento atual. Analisemos, portanto, a Igreja sob esses três aspec-tos: doutrina, liturgia e dis-ciplina. Pontos vitais de sua existência. Situemo-nos no horizonte maior da fidelidade à pessoa, práxis e mensagem
de Jesus. Elemento irrenun-ciável de autocrítica. A doutrina: impres-siona na vida de Jesus a li-berdade que tinha diante da Lei e das prescrições da vida judaica. A doutrina farisai-ca enrijecera. Jesus quebra tal rigidez. Ele interpretava o mundo judaico a partir da experiência de misericórdia em relação às pessoas. Em primeiro lugar, estava o bem daqueles que se aproximavam dele. Curou em dia de sába-do, tocou leprosos, acolheu a adúltera, deixou-se tocar por mulher conhecidamente de má vida, conversou em público com mulheres, etc.. Não fez tais gestos em sinal de protes-to, mas de acolhida e perdão. Por conseguinte, a doutrina da Igreja Católica existe para a salvação das pessoas e não por ela mesma. Primeira grande lição jesuana. E a liturgia? Jesus rezou, celebrou com discrição, não se constituiu nenhum “sacerdote” do templo. Prezava profunda-mente a relação pessoal com Jahwe, seu Pai. Comemorou a ceia pascal como sinal de despedida e de memória para
“Em 2013 começa a execução do ‘Projeto dio-cesano de evangelização’ baseado em quatro pilares: a mística, com a realização de retiros espirituais; a missão, com a implantação dos conselhos missionários diocesanos e paroquiais; a formação de novas lideranças para atuarem na missão e o fortalecimento de ações voltadas aos mais carentes. Atendendo ao desafio colo-cado pelo ‘Ano da Fé’, a meta é ir ao encontro daqueles que precisam ser acordados em sua fé, propiciar aos que estão afastados formação, além da multiplicação dos círculos bíblicos e leitura orante da Bíblia. Quero destacar ainda dois pontos: a intensificação das ações voltadas para a juventude com JMJ e a construção do Santuário de Nossa Senhora da Saúde, em Ibiraçu.”
Dom Décio ZandonadeBispo da diocese de colatina
Igreja Católica na Diocese de Colatina
revista vitória Dezembro/20128
as gerações futuras. A liturgia católica não existe como puro rito eficaz em si mesmo e sim para celebrar a presença sal-vadora de Deus no mistério da vida de Jesus. Aí está o centro. Ela não se celebra por devo-ção, mas para vivenciar-nos a comunhão com a vida de Jesus em comunidade. A celebração eucarística ocupa o centro da vida cristã, fim e consumação dos outros sacramentos. Nela se pede que os fiéis, ao co-mungarem do corpo e sangue de Cristo, transformem-se pela força do Espírito Santo numa comunidade de amor, de jus-tiça, de união. Jesus dá-se a nós para que nos demos aos irmãos. Corremos o risco de tor-nar a eucaristia superficial, teatral, cinematográfica, per-dendo o sentido fundamental: comungar do corpo de Jesus para tornar-nos uma comu-nidade de entrega aos irmãos pela força do Espírito Santo. Nunca se insistirá demais na participação livre, consciente e esclarecida da Celebração Eucarística. Não se trata de “assistir missa”, mas de inse-rir-se no corpo da comunidade
“Para 2013 queremos dar prosseguimento ao projeto ‘Ser Discípulo e Missionário” e fazer com que cada um atenda ao chamado missionário da igreja. Os 50 anos do Concilio Vaticano II está sendo lembrado com momentos de reflexão para o clero e para os leigos. Estamos convo-cando, ainda, cada comunidade a trabalhar a temática do ‘Ano da fé’. Precisamos reanimar a alegria do católico de ter Fé, soprar essa brasa adormecida, a alegria desse reencontro com Cristo. E, a partir daí, chamar os outros a se colocarem no seguimento de Jesus. A Jornada Mundial da Juventude e o Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base, que vai acontecer em nossa diocese, são também pontos a destacar para o ano que vem.”
Dom Dario CamposBispo da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim
pela força da Eucaristia. E o terceiro elemento da disciplina cai ainda mais sob a crítica jesuana. O enrijecimen-to ritualista com a preocupação principal na exterioridade das vestes e dos ritos distancia-se da prática de Jesus. Ele viveu como judeu comum, sem cha-mar a atenção sobre si a não ser pela fidelidade a Deus. O próprio Direito Canônico ter-mina dizendo que a Suprema Lei da Igreja é salus animarum – a salvação das pessoas. Aqui está um dos pontos importan-tes para a revisão da Igreja. Até onde a liberdade criativa dos fieis tem espaço dentro da Igreja? Abre-se-nos maravilhoso campo para a renovação da Igreja nos três pontos. Uma doutrina que se interprete em vista da perspectiva salvífica realizada por Jesus e seja com-preendida. Uma liturgia que acentue o aspecto da memória da presença viva de Jesus na qual os fieis comungam para entregarem-se ao serviço dos demais. E, finalmente, a li-berdade jesuana em face de disciplinas que impeçam viver o frescor do Evangelho.
Igreja Católica na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim
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cidadania
Intercâmbio em alta
Perfil da Adoção no BrasilMais de 4.000 crianças e adolescentes brasilei-ros esperam para serem adotados. O número parece grande, mas não é. De acordo com os últimos dados divulgados pela Comissão Nacional de Justiça (CNJ) há no país 27.000 pretendentes à adoção. Destes, no entanto, 5.203 só querem bebês, 5.373 aceitam crian-ças com até um ano de idade e 5.474
admitem crianças com até dois anos. Em se tratando de raça, mais de 10 mil aceitam apenas adotar brancos. A porcentagem dos que aceitariam apenas negros é inferior a 2% do total. Sobre o gênero, 60% são in-diferentes ao sexo da criança, 30% desejam meninas e 10%, meninos. Já, sobre os pretendentes à adoção, a CNJ divulgou que 24 mil são casais, 2,5 mil mulheres e 300 homens.
Menos poluiçãoOs ônibus ecológicos já são uma realidade na cidade de Cachoei-ro de Itapemirim, sul do Estado. Desde outubro, a empresa que administra o transporte público no muni-cípio conta com 13 coletivos que possuem um sistema de motor diferenciado, conhecido como Euro 5, e que consomem um combustível mais limpo. A tecnologia permite que haja uma diminuição de até 90% nas emissões de gases poluentes. A expectativa da empresa é que até 2022 toda a frota seja substituída pelos veículos, que causam menor impacto am-biental.
Presente em mais de 100 países e territórios, a AIE-SEC é uma organização global e sem fins lucrati-vos. No Brasil há mais de 40 anos, ela tem como objetivo oferecer uma experiência diferenciada ao estudante
universitário, desenvolvendo suas habilidades através de intercâmbios profissionais e voluntários para os mais variados destinos. Reconhecida pela UNESCO como a maior organização de jovens uni-versitários do mundo, os números
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Intercâmbio em alta
Valorizando a cultura
Comunicação Comunitária
Construído em 1949, o Mercado São Sebastião, localizado no bairro de Jucutuquara, em Vitória presta atualmente um importante serviço à cul-tura do Estado do Espí-rito Santo. Nele, funciona o Centro de Referência do Artesanato Capixaba. Ao todo, são 14 boxes que co-
Formar agentes de comu-nicação que trabalhem em prol da comunidade. Este é o objetivo da Varal Agência de Comunicação (Ponto de Cultura). Mantida pela Prefeitura Municipal de Vitória, a agência trabalha formando os mo-radores do “Território do Bem”, área composta pelos bairros da Penha, Bonfim, Consolação, Engenharia, Floresta, Itararé, Jaburu e São Be-nedito. Através de oficinas, exercícios e workshops, os participantes do projeto são incentivados a produzir e gerenciar ferramentas de comu-nicação, tais como: jornal comuni-tário, portal eletrônico, programas de rádio e audiovisuais, resgatando, assim, a história das comunidades em que vivem.
mercializam desde as tradicionais panelas de barro, moldadas pelas paneleiras de Goiabeiras, à doces e licores típicos da região serrana. Tombado em 2007, pela Prefei-tura da capital capixaba, o Mercado abriga, ainda, eventos relacionados à literatura e música, ambos pro-movidos pela Secretaria de Cultura de Vitória no intuito de revitalizar o espaço.
da AIESEC impressionam, são mais de 2.400 universidades parceiras e 86.000 voluntários que auxiliam a formar a rede que realiza por ano cerca de 20.000 intercâmbios. Os estudantes capixabas interes-sados em concorrer a uma vaga pela
organização, podem visitar a sede da AIESEC Vitória, localizada no Centro de Vivência da Ufes, em cima do Cine Metrópolis. São vagas para programas voluntários e profissionais para países do leste europeu, América Latina e Ásia.
Comprar ou não?entrevista
Antes de fazer compras para o Natal precisa perguntar-se sobre a real necessidade do produto. Nunca se deve cogitar gastar mais do que se ganha e o atual estado do mundo convida a uma reflexão sobre consumo consciente.
Luciana Moura, Publicitária, Mestre e Doutoranda em Psicologia
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“O problema é quando esse processo assume uma dimensão que não consiga ser controlada objetivamente pelo consumidor, que se torna uma espécie de “escravo” do seu próprio desejo de comprar
prar é uma questão central na sua vida. É nisso que consiste seu prazer, sendo ele superior à satisfação de ter algo que você realmente precisava? Outra coisa importante é avaliar o tipo de consumo. O instituto Akatu – uma organização dedicada a promover reflexões sobre o consumo consciente - preparou um teste que mede o seu grau de envolvimento com as situações de consumo e uma coisa que parece central é o planejamento de compras. Quanto mais impulsiva for a pessoa, maior a chance de desenvolver compulsão por comprar.
Vitória - Que mensagem você deixa para as pessoas que vão fazer as com-pras de Natal?Luciana - É preciso planejar em que vale a pena investir nesse final de ano. Se a fa-mília tem o hábito de comprar presentes, que faça isso de forma planejada, evitando os impulsos. Cuidado com as promoções e o parcelamento. É importante resgatar os verdadeiros sentidos das festas natalinas e fazer valer o espírito cristão que justifica as comemorações. As crianças, muitas vezes, são envolvidas em um clima de presentes e nem se recordam o que é tão comemorado. Muitos pequenos pensam que o aniversariante do Natal é o Papai Noel. Vivemos na era da reutilização, do reuso, da reciclagem. Aposte nessas ideias também no Natal. Envolva sua família em valores superiores, agradeça o fato de estarem juntos. Se vai haver compras de Natal que sejam elas compatíveis com a realidade da sua família e, simplesmente, um complemento da relação que os une, e não algo central ou o mais importante que todo o resto. Aproveite o Natal e reafirme o amor pelos que estão ao seu lado. Isso é o que vai lhe fazer realmente bem. Feliz Natal!
Vitória - No final do ano, neste clima de Natal, as pessoas estão mais sensíveis ao consumo? Ou isso independe?Luciana - Sim, sem dúvida. A mídia começa a badalar as compras de final de ano já em setembro, a decoração natalina convida à compra. É cultural a troca de presentes no final de ano e existem brincadeiras que envolvem essa práti-ca, como o tradicional amigo X e suas inúmeras variações. O décimo terceiro salário também tem esse sentido de ser usado para comprar coisas para o Natal. São muitos apelos e assim fica difícil resistir. Mas é importante lembrar que o ano começa com uma série de despesas e, quem já entra no ano novo endividado, vai ter uma chance menor de colocar as finanças em dia.
Vitória - A propaganda alimenta o consumismo?Luciana -O objetivo da propaganda é fa-vorecer o consumo, então a relação entre os dois é direta. Não que seja a única ou a mais séria causa, mas como o objetivo da propaganda passa pela apresentação de produtos, é natural que a exposição deles gere interesses que se convertem no desejo do consumo. Não há nada de errado com isso. O problema é quando esse processo assume uma dimensão que não consiga ser controlada objetivamente pelo consumidor, que se torna uma espé-
cie de “escravo” do seu próprio desejo de comprar e, com isso, assume riscos para sua saúde emocional e relacional.
Vitória - As pessoas que compram mais têm a sensação de serem mais felizes? Existe esta satisfação?Luciana - Existe uma satisfação momen-tânea. Quando o consumo é uma válvula de escape para algum estado de insatisfa-ção íntima, a compra funciona como um analgésico, que ameniza mas não resolve o problema real. Assim, durante poucos instantes a pessoa se sente bem, realizada, mas logo a insatisfação volta e o desejo de comprar reaparece. Em alguns casos isso pode virar uma compulsão. Assim como acontece em relação à comida, sexo, bebidas alcoólicas e drogas, as compras também podem viciar.
Vitória - Como faço para saber se eu sou um consumista?Luciana - Verifique se o hábito de com-
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arte sacra
o tEmPLo E a Liturgia
Os cristãos, ao longo da histó-ria, inicialmente
adaptaram e, posteriormen-te, construíram como até hoje, edifícios destinados ao culto divino. ‘Pedras vivas’ reunidas para ‘a construção do edifício espi-ritual’ tornado visível pelo edifício igreja: tenda do encontro com Deus e com os irmãos. Deve ser belo e
“As palavras criam conceitos, os conceitos criam ídolos, só o estupor, o encantamento, o maravilhar-se tem o pressentimento de alguma coisa, coloca-
nos diante de uma presença” São Gregório de Nissa, século IV
a função de quem presi-de a assembleia e dirige a oração. O lugar do Batis-mo, cujo sacramento nos introduz na vida nova, é também memória de nossas promessas batismais. O lu-gar da Reconciliação, ade-quado para o recebimento do perdão. O lugar da As-sembleia deve ser cuidado com atenção, permitindo a participação ativa dos fiéis. O lugar da Acolhida, onde todos são recebidos com alegria. Cada lugar tem sua função, sua dignidade, e faz parte do todo. Como sinal escatoló-gico, entrar na Igreja, ‘o lugar sagrado’, é atraves-sar um limiar, símbolo “da passagem do mundo ferido pelo pecado para o mundo da vida nova”. Cristo é essa porta: por Ele, com Ele e n’Ele, somos todos intro-duzidos na comunhão com Deus. Raquel Tonini, membro da Comissão de Arte Sacra da Arquidiocese de Vitória
adequado à ação litúrgica, trazendo em si mesmo os símbolos de nossa fé. A arte sacra surge como serviço à liturgia marcando cada lugar desse espaço com beleza e dignidade. O altar é o centro da igreja, lugar da Eucaris-tia. Nele se faz presente o Sacrifício da Cruz sob os sinais sacramentais, sendo também a mesa para onde todos nós somos convida-dos. O lugar da Reserva Eucarística permite a adequada conservação da Eucaristia e a oração. O lugar da Palavra deve ser destacado, favorecendo o anúncio e colocando-nos na disposição da escuta. O lugar da Presidência deve exprimir, com dignidade,
Catedral de Cristo Luz, Oakland, Califórnia -EUA
altar da igreja da santíssima trindade, Fátima-Portugal
revista vitória Dezembro/201214
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saúde
Pedalar, correr e na-dar são exemplos claros de atividades
de “resistência aeróbica”. Mas o que é resistência ae-róbica? O exercício físico, dentre eles “pedalar”, leva ao aumento do volume de sangue no coração que, consequentemente, eleva os batimentos cardíacos facilitando a troca de gás carbônico por oxigênio no organismo, além de levar nutrição necessária aos tecidos e órgãos. Assim, fica mais fácil para o sis-tema cardiorrespiratório (coração e pulmão), levar os nutrientes aos músculos em atividade, neste caso, especialmente os membros inferiores. Ao pedalar com mar-cha mais pesada, a pessoa aumenta a capacidade de contração do coração e a pressão sanguínea na pa-rede dos vasos. No entan-
PEdaLar é tEr SaÚdE
to, com marcha mais leve, pode ocorrer o mesmo. Caso a pessoa não esteja fi-sicamente ativa, ou seja, se for sedentária ou com ida-de avançada os benefícios também podem ser grandes, contudo, vale ressaltar que isso varia de indivíduo para indivíduo, se uma pessoa não estiver em condições físicas de sentar em uma bi-cicleta, é melhor que corra ou faça outra atividade que goste e que possa realizar com prazer. Por isso, todo exercício físico não deve ser realizado sem a orien-tação de um profissional de Educação Física. Quanto mais alta a intensidade do exercício, maiores são os benefícios e os riscos. O corpo e o psico-lógico de cada ser humano devem ser trabalhados e entendidos de forma com-pleta, para que assim, an-tes do início do exercício
proposto, seja possível a identificação de doenças que possam ser curadas, mas principalmente, pre-venidas com o exercício.Também é importante en-tender a diferença entre ati-vidade física e exercício físico. Atividade física é todo e qualquer movimento realizado, mexer o braço, levantar para ir à padaria etc. Estas atividades são
rotineiras e podem ser feitas sem orientação profissio-nal. Já os exercícios físicos precisam ser profissional-mente controlados, manten-do o equilíbrio da pressão, respeitando a resistência, a elasticidade e a função de cada vaso, como também os batimentos e estrutura física do coração. Mariana Ribeiro David de Souza, Pesquisadora e especialista em reabilitação física
paróquias
SOBRE A PARóqUIA
w Criada em 1° de janeiro de 1993 por Dom Silvestre Luiz Scandian - 2º Arcebispo da Arquidiocese de Vitória
w A paróquia tem cinco comunidades
w Pároco: Padre Márcio Ferreira de Souza
w Vigário Paroquial: Monsenhor Tarcísio Anacleto Caliman
SobrE a Sagrada
FamíLia
As primeiras testemunhas do Natal, os Pas-tores, encontram diante de si não somente o Menino, mas também Maria e José. Deus
quis revelar-se nascendo numa família humana, e por isso a família humana tornou-se ícone de Deus! [...] José cumpriu plenamente seu papel paterno, sob todos os aspectos. Seguramente educou Jesus à oração, junto com Maria. Ele, em particular, o terá levado consigo à sinagoga, aos ritos do sábado, bem como a Jerusalém para as grandes festas do povo de Israel. José, segundo a tradição judaica, terá con-duzido a oração doméstica quer na cotidianidade, pela manhã, ao entardecer, nas refeições , quer nas principais ocasiões religiosas. Assim, no ritmo dos dias transcorridos em Nazaré, entre a simples casa e a carpintaria de José, Jesus aprendeu a alternar oração e trabalho, e a oferecer a Deus também a fadiga para ganhar o pão necessário para a família. Podemos, então, imaginar que a vida na Sagrada Família foi ainda mais repleta de oração, porque do coração de Jesus garoto – e depois adolescente e jovem – jamais cessará de difundir-se e de refletir--se nos corações de Maria e de José esse sentido profundo da relação com Deus Pai.
Papa Bento XVI
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arquivo e memória
Podemos exemplifi-car com a dedicação de José de Anchie-
ta aos índios em nossa terra, a preocupação de Dom Fernando de Sou-za Monteiro(1902-1916) com o atendimento digno à população mais carente na Santa Casa de Mise-ricórdia, o incentivo de Dom Benedito Paulo Al-ves de Souza (1918-1932) à fundação do Orfanato Cristo Rei, que cuidava da infância empobrecida e abandonada e, a vinda das Conferências de São Vicente de Paulo (Vicen-tinos) que silenciosamente trabalham, até nos dias de hoje, em favor da caridade. Nos anos de 1960, a Igreja buscou uma nova forma de organização e, além da fundação da Cáritas, sur-
Eu tiVE FomE E mE dEStE dE comEr
A Igreja sempre se preocupou com os mais pobres. Desde o início da evangelização, em terras capixabas, a defesa dos menos favorecidos sempre foi sua marca.
giram as Pastorais Sociais que, com outro olhar e outra forma de atuar, têm traba-lhado para minimizar a falta de pão para aqueles que necessitam. As comunida-des e paróquias, ajudadas pelas Pastorais Sociais e Movimentos, espalhados por toda a Arquidiocese de Vitória, não medem esfor-ços para, literalmente, viver o Evangelho de Jesus : Eu tive fome e me deste de comer (Mt 25,35).
Giovanna ValfréCoordenação do Cedoc
ação da pastoral da criança no bairro São Pedro em 1994
comunidade de cariacica preparando cestas básicas para os mais carentes em 1999
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É difícil acreditar que, ainda hoje, existem pessoas que são proibidas e condenadas por manifestar suas opiniões, ideias e, sobretudo, a sua fé. No entanto, esta é a realidade em que vivem mais de 15 milhões de pessoas em todo o mundo.
À Procura da liberdade
Pessoas que são obri-gadas a deixar para trás compromissos
profissionais, laços familia-res, seus países de origem e, forçadas a se refugiarem em outras nações em busca de sobrevivência e liber-dade. Essas pessoas saem de suas moradias, muitas
em seu país de origem, o Irã. “Quando conheci o Cristianismo comecei a estudar a Bíblia Sagrada. Desde então, comecei a ser ameaçada. Sofri humilha-ções físicas e emocionais. Fui tratada como criminosa por ler outro livro sagrado que não fosse o Alcorão”. 38 dos 50 países que mais perseguem cristãos no mundo, professam fé islâ-mica. É o caso do Irã, cujo Regime Político adotado é a República Teocrática, ou seja, o sistema de go-
vezes escondidas duran-te a noite, sem levar nada além da roupa do corpo e a esperança de encontrar apoio e solidariedade em outros povos. Maria (nome fictício), que não pode ter seu nome revelado, viveu anos de perseguição e intolerância
reportagem
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verno, as ações jurídicas e policiais são submetidas às normas da religião oficial, o Islamismo. “A intolerân-cia religiosa no meu País é desumana. Seguir outra religião é crime passível de duras penas”, diz Maria. Embora defendidas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a liber-dade política e religiosa são os principais motivos que levam diferentes países a adotarem medidas severas de punição, como perse-guição, humilhações públi-cas e, até mesmo, pena de morte. Essas punições são aplicadas, em sua maioria, contra aqueles que desejam manifestar sua oposição ao sistema político, implanta-do em seu país, ou professar outra religião, diferente da-quela adotada como oficial. Maria, que vive há quatro anos no Espírito Santo longe da opressão, sabe a importância do acolhimento das pessoas para reintegrá-la na socie-dade e valoriza a liberdade que encontrou no Brasil. “Viver livremente minha fé, sem colocar em risco a minha vida e a vida da minha família, é um sonho concretizado. A liberdade,
em todos os campos, deve ser um direito respeitado de todo ser humano”, ar-gumenta. Formada em Letras em seu país, Maria trabalha como professora de Inglês no Estado. “Tinha medo de passar necessidade no Brasil. Pensei que as pes-soas não me aceitariam, por conta da minha condição de refugiada, mas fui bem re-cebida”. O trabalho já não é mais problema para ela, sua maior dificuldade é saber lidar com a saudade da fa-mília. “Não posso fazer ne-nhuma ligação telefônica, tenho medo de rastrearem meu número. Faz quatro anos que não vejo ninguém da minha família. Todas as noites a saudade é uma tortura para mim”.
Nuares, Núcleo de refugiados: Criado em 2004 pela Universida-de de Vila Velha (UVV), como projeto de extensão do Curso de Relações In-ternacionais, o Nuares é o único órgão que atende a refugiados no Espírito Santo e, atualmente, ajuda cerca de dez pessoas em situação de refúgio. Segundo a professora Flávia Nico, responsável pelo projeto, o número de refugiados no Estado pode ser maior, mas por medo e falta de conhecimento, mui-tas pessoas não procuram ajuda. “Eles chegam aqui cansados, abatidos emo-cionalmente e desconfiados de todo mundo. Temem ser vistos como criminosos e receiam ser deportados, o que significaria a morte para muitos deles”. A professora explica que o objetivo principal do Nuares é ser um centro de apoio e assistência a essas pessoas, zelando pelos seus direitos e também ser um meio de promoção e res-ponsabilidade social. “Te-mos que trabalhar na mente dos brasileiros que os refu-giados não são bandidos, são vítimas de um regime
autoritário”, comenta. O refugiado colom-biano, Emanuel (nome fictício), disse que se não fosse o apoio do núcleo, sua situação seria ainda mais difícil. Perseguido na Co-lômbia pela guerrilha arma-da, sem falar português, ele veio para o Brasil em 2010, aos 21 anos de idade. “É triste ter de abandonar o meu país, deixar para trás as pessoas que amo e esquecer toda uma história. Mas não tive opção. Para me ver livre das ameaças tive que fugir”. Formado em Engenha-ria Elétrica na Colômbia, ele trabalha no Espírito Santo como costureiro. “Ainda não consegui acer-tar a minha documentação
A intolerância
religiosa no meu País
é desumana. Seguir outra
religião é crime passível
de duras penas.”
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reportagem
Refugiados no mundo
ACNUR, Dados do segundo semestre de 2012, com maior número de pessoas refugiadas.
Afeganistão: Mais de dois milhões de refugiados
Paquistão: 1.702,7 mil refugiados
Iraque: 1.428,3 milhão de refugiados
Sudão: 500 mil refugiados.
República Democrática do Congo: 491,5 mil refugiados
Mianmar: 414,6 mil refugiados
Colômbia: 395,9 mil refugiados
Vietnã: 337,8 mil refugiados
China: 205,4 mil refugiados
Irã: 886,5 mil refugiados
Síria: 400 mil refugiados
Quênia: 566,5 mil de refugiados
Jordânia: 451 mil refugiados
na Polícia Federal, a legis-lação é muito burocrática e a justiça brasileira é lenta. Por isso, sou impedido de exercer minha profissão. Além de costureiro levo a vida fazendo outros bicos pelas ruas de Vitória”. Emanuel tem notícias da família apenas pela In-ternet. “Quando a saudade aperta combinamos de nos encontrar pela webcam”. Mesmo vivendo nesta si-tuação, ele agradece o ca-
rinho com que foi recebido por alguns capixabas. “Ga-nhei emprego e abrigo. As pessoas confiaram em mim. Essa recepção amenizou meu sofrimento. Tem gente que nasceu brasileiro, eu aos poucos estou me tor-nando um”, disse. De acordo com a ONU, existem no Brasil, cerca de cinco mil refugiados de 75 nacionalidades diferentes, que não podem voltar aos seus países por diferentes
O Comitê Nacional para Refugiados (Conare) é o organismo público responsável por receber as solicitações de refúgio, e determinar se os solici-tantes reúnem as condições necessárias para serem reconhecidos como refugiados. Para ter acesso ao benefício, o interessado deverá acessar o site do Departamento de Polícia Federal - www.dpf.gov.br para agendar o seu atendimento. Após análise de documentos, o Conare libera a documentação que lhes permite residir legalmente no país, trabalhar e ter acesso a serviços públicos.
motivos. “São pessoas em sua maioria altamente qua-lificadas, que falam mais de dois idiomas, com curso superior e que têm muito a oferecer ao Brasil, com seus conhecimentos e cul-tura”, diz a estudante de Relações Internacionais, Moara Ferreira. Para a estudante, que trabalha voluntariamente no Nuares, embora exista fragilidade na Legislação para tratar do assunto, a hospitalidade caracterís-tica do brasileiro faz a diferença na vida dessas
pessoas. “Ao contrário de imigrantes, os refugiados não têm a opção de retornar à sua terra natal. Como seus diplomas dificilmente são reconhecidos no Brasil, eles têm dificuldades para tra-balhar. Não fosse a ajuda e o acolhimento das pessoas, muitos morreriam até de fome”, conta. Pelas experiências que passaram, não é difícil entender o porquê muitos refugiados preferem o ano-nimato. Mesmo livres da opressão, vivenciada em seus países de origem, o medo de serem descobertos e deportados faz com que centenas deles prefiram viver escondidos. São ví-timas marcadas pela dor da intolerância, que encontram em outros seres humanos refúgio, proteção e a espe-rança para recomeçar uma vida nova.
Quem é considerado refugiado?
Qual é o órgão que concede o título de refugiado?
Toda pessoa que, com medo de sofrer perseguição por moti-vos de raça, religião, política e nacionalidade, encontre-se fora do seu país de origem e não possa retornar com segurança.
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Da véspera do Na-tal até a festa de Batismo de Jesus
comemoramos o início da manifestação do Senhor, em que celebramos “a tro-ca de dons entre o céu e a terra”, pedindo que possa-mos “participar da divin-dade daquele que uniu ao Pai a nossa humanidade”.
especial
tEmPo dE natal
FEStAS DO tEMPO DE NAtAlSolenidade do Natal Natal é a celebração de um acontecimento sal-vador, que a Igreja procla-ma todos os anos em meio a uma alegria tão doce e íntima como a da Virgem Maria na gruta de Belém, tão festiva e orante como a dos anjos do céu na Noite Santa.
Pela celebração desses acontecimentos, a Igreja faz memória deles e torna--nos seus contemporâneos. Assim, vivemos em contí-nuo hoje, um tempo novo de graça e de salvação, inaugurado por Cristo, na força do Espírito Santo, e que se faz presente no meio de nós.
Festa da Sagrada Família Celebra-se dentro do domingo da oitava de Natal ou, se não houver nenhum domingo dentro da oitava, celebra-se no dia 30 de dezembro. A liturgia desta festa descreve o equilíbrio familiar como fruto do mútuo respeito entre pais e filhos.
Solenidade da Santa Mãe de Deus Ocorre no dia 1° de janeiro. A liturgia apre-senta-nos uma síntese da maternidade de Maria e da circuncisão de Jesus. Esta solenidade é a mais antiga celebração em honra da Virgem Maria dentro da li-turgia romana. O título mãe de Deus inclui e, portanto, preserva a fé na divindade de Cristo Jesus. Maria é a mãe de Deus, pois pela encarnação a pes-soa divina nela assumiu a natureza humana. Ela deu à luz um filho que é Deus. Ela lhe deu a natureza hu-mana como instrumento da encarnação.
Epifania do Senhor A palavra “epifania” significa “revelação”. No Ocidente a Epifania ce-lebra a manifestação do menino-Deus aos Magos que vêm de terras distan-tes. Os Reis trazem ouro, incenso e mirra para o menino-Deus. O ouro é si-nal de sua realeza; o incenso, de sua divindade; e a mirra aponta para a sua paixão, visto que era a mistura aro-mática usada para preparar o corpo para a sepultura.
Batismo do Senhor Após ser batizado por João, o Espírito Santo des-ceu sobre Jesus. A tradição vê na descida do Espírito Santo sobre Jesus a verda-deira unção e investidura de Jesus como Messias. É a plena manifestação do Pai, pelo Espírito, consa-grando o Filho à sua mis-são de colocar-se a serviço do Reino de Deus, dando preferência aos pobres e oprimidos, no cumprimen-to da vontade do Pai. Esta solenidade, narrada pelos quatro evangelistas, encerra o ciclo natalino.
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projeto
o dESPErtar dE uma comunidadE Em FaVor doS
Em uma área nobre de Vila Velha, um pro-jeto social desenvolvido pela Comunidade O Bom Pastor ganha destaque. Localizado
na Praia da Costa, o “Lar Frei Aurélio Stulzer” ajuda famílias carentes há 17 anos a cuidar de suas crianças no horário de trabalho dos pais. A relação de solidariedade existente entre a comunidade e as 75 crianças, de dois a seis anos de idade, assistidas pelo Projeto, tem despertado nos moradores do bairro o sentimento de amor e cidadania, aproximando a comunidade de outra realidade social, fazendo do Lar um instrumento de valorização da vida.
Breve hiStóriCo Oprojetosurgiuem1995,quandoumgrupodereflexãodecasaisdoECC-Encon-trodeCasaiscomCris-to,daParóquiaNossaSenhoradoRosário,emuniãocomaco-munidade, atentosàsnecessidadesdasmãescarentes,emsua
menos favorecidosmaioriaempregadasdomésticas,quetra-balhavamnaPraiadaCostaeItapõae,quenãotinhamcomquemdeixarseusfilhos,estegrupodecidiucons-truiroLarFreiAurélioparaacolherascrian-ças. Oprojetosetor-noureferêncianaPraiadaCosta,comoumaentidadequeacolheeconstrói,atravésdoamoredadedicação,melhoresoportunida-desparadezenasdefamílias.
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RESULTADOS
PlAno de trABAlho
Quaseduasmilcriançasjáforambeneficiadascomoprojeto.Receberameducaçãoemtempointegral,alimentação,uniformesemateriaisescolares.Alémdisso,ascriançassãoassistidascomacompanhamentopedagógicoqualificado,atendimentomédico,odontológicoepsicológico.
COMO AjUDAR Alémdecontarcomequipede12funcionários,queatuamnaáreadeculinária,recreaçãoeserviçosgerais,oLarFreiAuréliocontaaindacomoapoiodevoluntáriosdediversasespecialidades,comomédicos,dentistas,nutricionistasepsicólogos. Quemtiverinteresseemconhecerecolaborarcomoprojeto,deveentraremcontatocomosetoradministrativodaentidade,pelotelefone(27)3329-7075.
NATAL FREI AURéLIO Ointeressadoemcontribuircoma“CampanhaNatalSolidário”,bastaentraremcontatocomaentidade,atravé[email protected],efazerdoaçõesdebrinquedos,roupasechinelos.Asdoaçõesdevemserentreguesatéodia14dedezembronaSededoProjeto,localizadonaRuaRomeroBotelho,350(aoladodoShoppingPraiadaCosta).
O lar oferece um amplo trabalho pedagógico, visando o desenvolvimento das crianças nos aspectos social, físico e espiritual.
No aspecto socialasbrincadeiraseasati-vidadeseducativassãodirecionadasparaapromoçãodorespeitoaopróximo,orientandoparaaboaconvivênciaemgrupoeexcluindoqualquerformadeviolência.
No aspecto físicoparagarantirodesenvol-vimentodascrianças,sãooferecidascincorefeiçõesdiárias,preparadasporespecialistas.Alémdisso,existemaulaspráticasqueestimu-lamhábitossaudáveisedehigienepessoal.
No aspecto espiritualascriançassãoiniciadasàexperiênciadaoraçãoeaprendemacontem-plarascoisasboasdomundo,aimportânciadesetornaremadultosquecontribuamparaumasociedademelhoremaisfraterna.
MANUTENÇÃO Paragarantiraqualidadenoprocessoeducativodascrianças,sãogastosmensalmenteR$25mil,sendo80%destevalorfinanciadopelacomunidadelocal,queofazatravésdecarnêmensale,os20%restantesfrutodeparceriasempresariais.
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abrir-SE ÀS
ideias e sugestões
vitalidades
Otempo do saber hegemônico, que se estancou, bem
estabelecido nesta ou na-quela área e, ou, autoridade, já passou. Se há um campo de complexidades sempre crescentes é o da subjetivi-dade. A experiência subje-tiva do contemporâneo e a necessidade da reinvenção da vida desafiam qualquer tentativa de entendimentos e soluções que passem por avaliações e diagnósticos que categorizem as realida-des e as pessoas. E fazemos isso tantas vezes porque,
talvez, ainda não somos ca-pazes de suportar o silêncio diante daquilo para o qual ainda não temos palavras. Dentre as formas de categorização a que natu-ralmente recorremos quan-do não damos conta do que a complexidade contempo-rânea oferece está a culpa-bilização e patologização do outro. Usamos muito tranquilamente expressões como “perverso”, “doido”, “sem rumo”, “do contra”, “bipolar”, etc. como se isso não tivesse consequências, como se isso não tornas-
se a realidade ainda mais inibidora das potencias de vida. Ah, convoca-nos a luta: expor-se ao desgastan-te trabalho de cartografar as saídas e alternativas que a inventividade humana sem-pre oferece em espaços vá-rios e os mais inusitados. O esplendor da manhã não se abre com faca, diz o poeta Manoel de Barros. Na verdade a realidade transbordou para além do que estávamos preparados para enfrentar, e continua-rá transbordante por muito tempo. É impossível que não
A reinvenção da vida em todas as suas instâncias, seja particular, familiar, institucional parece ser um apelo dirigido a todos.
sejamos todos afetados, de um modo ou de outro, pela megamáquina capitalista produtora de sempre novas formas de assujeitamentos, controles e apropriação das forças da vida. Mas a vida é sempre maior do que as forças que a oprimem. A vida, a despeito da megamá-quina capitalista, ainda faz surgir nos humanos, pela sua inventividade, pelos seus insuspeitos modos de lidar com as dificuldades, aqui e acolá, rebentos de beleza e força. Procurar por estas vitalidades é um bom ca-minho. Parece-me. E aqui pensamos especificamente a Igreja diante dos desa-fios que lhe são impostos: o quadro dos novos números estatísticos, a fluidez das pessoas pelas várias ex-periências espirituais, os imensos e inúmeros anseios que aguardam respostas. Procurar por vitalidades pode significar mais do que se lançar em ansiosas
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e apressadas iniciativas – o que geralmente fazemos quando estamos sob pres-são – mas permitir que o olhar em humilde recoleta busque as inventividades que já se apresentam em tentativas, nas várias comu-nidades pela cidade afora, nos corações que em sin-ceridade querem dar sua contribuição. Sim, abrir--se às vitalidades e permitir que estas se expressem, e ganhem ainda mais força. Mas esta procura não necessariamente se mos-trará na carta das certezas, ou na mesa dos gabinetes. Antes, a estrela a nos guiar será aquela que indica que há muitos mundos possí-veis. Nem todos os mundos sonhados se viabilizarão, nem todos vão florescer, nem todos se expandirão. Algumas tentativas não passarão dos primeiros muros, mas outras poderão ir além. De todo modo há uma urgência: dar atenção ao sopro de vida que não
se ausentou do mundo, a despeito das complexidades dos tempos atuais. Ele é nascente a cada dia. Portanto, mais do que dar-nos às angústias acerca do que não é feito, do rosto que se perdeu, dos cami-
nhos que ficaram para além da curva, parece ser melhor entregar-se a este nascen-te. E me refiro ao nascente como esta capacidade ex-traordinariamente humana de encontrar saídas. Inven-tividades que estão sempre presentes onde estivermos, seja nos times de futebol de várzea, nas escolas de sam-ba, nas famílias, na internet, nas empresas, nas comuni-dades eclesiais, nos presé-pios, e em todos os tem-pos. Todas as gerações são prenhes de inventividades. Todos os lugares, situações e agremiações humanas são prenhes dessas vitalidades.
E a geração atual é a mais inventiva, porque atual. E por falar em inven-tividades – estas arteiras e desconcertantes forças de vida – impossível não lem-brar de Manoel de Barros, maravilhoso poeta do Pan-tanal. Difícil não se abismar com a vitalidade do seu olhar desacostumado de imposi-ções e cartilhas. Ah, que de fato carecemos de palavras – como as suas – que ainda não foram catalogadas nos idiomas do bonito e do feio, do aguerrido e do quieto, do retilíneo e do tortuoso.
Deixo, portanto, a poesia de Manoel de Barros como dica de leitura. Decerto uma leitura agradável, mansa e surpreendente. Para quem ainda não conhece esse poeta um bom começo pode ser “O Livro das Ignorãças” (Apesar de que, qualquer começo será bonito). Ali, na primeira parte – que é nomeada como “a didática da invenção” – ele diz: “as coisas não querem mais ser vistas por pessoas razoáveis: elas desejam ser olhadas de azul – Que nem uma criança que você olha de ave”.
dauri Batisti
Abrir-se às vitalidades
e permitir que estas se
expressem.”
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acontece
No dia 8 de dezembro, paróquias da Arquidiocese de Vitória comemoram a tradicional festa da Ima-culada Conceição. Confira os locais e horários das celebrações em homenagem a Nossa Senhora:
Um show para os olhos e para os ouvidos. Assim, serão as cantatas de natal com encenações teatrais bíblicas, programadas para o mês de dezembro na Arquidiocese de Vitória.
Veja a programação:
homenagens à Padroeira
Cantatas e shows natalinos
16/12 (Domingo)Cantata às 19h30, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Ibes, em Vila Velha.Maestro: Rodrigo Gomes
20/12 (Terça)Cantata às 19h30, na Paróquia Santa Rita de Cássia, na Praia do Canto, Vitória. Maestro: Márcio Neiva
23/12 (Sexta)Cantata às 20h, na Paróquia São José, Maruípe, Vitória. Maestro: Claudemir Lira
GuarapariA Celebração da Festa da Padroeira da cidade de Guarapari já virou tradição no município. Para home-nagear a mãe de Jesus, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de dezembro, realiza a grande festa da Padroeira, com Celebração Eucarística na Antiga Matriz, às 10h, seguida de procissão pelas ruas da cidade.
A Missa de encerramento das atividades será às 17h, também na Comunidade Matriz, sendo concelebrada por vários padres convidados.
SerraAs homenagens à Padroeira, da Paróquia Nossa Se-nhora da Conceição da Serra, começam no dia 5 de dezembro com o Tríduo Preparatório. Já no dia 8, às 17h30, a Solenidade tem início com Ofício de Nossa Senhora, seguido de procissão e Missa na Matriz com a participação de todas as 23 comunidades.
Alfredo ChavesA Paróquia Nossa Senhora da Conceição, do município de Alfredo Chaves, deu início aos festejos no dia 29 de novembro e segue até o dia 8 de dezembro, com a realização da Santa Missa às 9h, presidida pelo Bispo Auxiliar de Vitória, Dom Joaquim Wladimir.
O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Espírito Santo (CONIC-ES) promove no dia 26 de dezembro, um Encontro destinado aos participantes do CONIC-ES. A proposta do evento é avaliar a atuação e a caminhada do Conselho neste ano, bem como, definir diretrizes e novas propostas de ações para a entidade em 2013. O encontro acontece no Instituto Franciscano, em Nova Almeida, das 8h às 17h.
Os jovens que desejam participar da programação cultural oficial da Jornada Mundial da Juventude podem garantir sua participação no evento. As inscrições para o Festival da Juventude estão abertas e seguem até o dia 15 de dezembro 2012. São três as categorias do festival: Música, Artes Cênicas e Exposição. Para apresentações musicais, serão aceitas apenas as cristãs, em qualquer ritmo. Os jovens artistas selecionados irão se apresentar em diversos teatros do Rio de Janeiro e em palcos distribuídos pelos bairros da cidade, durante a realização da Jornada Mundial. As inscrições devem ser feitas no site www.rio2013.com.
Os católicos da Arquidiocese de Vitória já podem programar sua agenda para assistir às Missas de Natal, momento especial de oração e comunhão em que as famílias e a comunidade celebram o nascimento de Jesus.
VeJA A PRogRAMAção eSPeCIAl De NATAlw Catedral Metropolitana de Vitória 24 de dezembro: Missa às 20h 25 de dezembro: Missas às 9h e 19hw Santuário de Vila Velha 24 de dezembro: Missa às 19h 25 de dezembro: Missa às 19hw Paróquia Bom Pastor, Cariacica 24 de dezembro: Missa às 20h, seguida de ence-
nação teatral bíblica 25 de dezembro: Missas às 07h, 18h e 20hw Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Serra 24 de dezembro: Missa às 20h 25 de dezembro: Missa às 9hw Paróquia Nossa Senhora da Assunção , Anchieta 24 de dezembro: Missa às 21h 25 de dezembro: Missa às 19h30
Avaliação anual
Festival da juventude
Celebrações de natal
Festa
concurSo do
a presença das crianças, dos pais e catequistas. A expectativa dos pequenos era grande para o momento de receber a premiação das mãos do arcebispo de Vi-tória, Dom Luiz Mancilha Vilela e para as entrevistas às rádios da Arquidiocese, América e FM Líder. Dom Luiz ressaltou a importância da família nes-se processo. “Foi a família que colocou no coração da criança essa fé, esse entu-siasmo. A base foi apren-dida em casa. A catequese começa com o pai e a mãe. A criança vai crescendo na sua criatividade e chega o momento dela ser desafia-da, como nesse concurso, e faz com competência”, finalizou.
O foco era a Cateque-se infantil. Com o tema “Doar na
Alegria, tá no DNA do cató-lico” o concurso escolheria o nome do mascote e a me-lhor redação sobre o tema. Durante dois meses, centenas de nomes foram enviados e o vencedor foi “Alegrito”, sugerido por três crianças: Luiz Carlos Gomes, 9, da Paróquia Nossa Senhora da Concei-ção, de Guarapari; Catarina Campos, 10, da Paróquia São Francisco de Assis, Vitória e Lara Araujo, 7, da Paróquia São Sebastião, de Afonso Claudio. Cada um ganhou uma bicicleta de presente. Já para a redação, que teve o tema da campanha
Foi a família que
colocou no coração da
criança essa fé, esse
entusiasmo.”
dÍZimoPrEmia ganhadorES
Em 2012 a campanha anual
do Dízimo na Arquidiocese de Vitória veio com
uma novidade: um concurso
como forma de levar às crianças o entendimento
sobre o que é o Dízimo e a
importância do ato de doar.
como motivação, a selecio-nada foi escrita por Ruan Machado, 12, da Paróquia Nossa Senhora da Glória, Vila Velha. O autor ganhou um vídeo game Play Station. A premiação aconteceu durante um café da manhã em Ponta Formosa com
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