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Revista Santa ink - Ano 2 - Edição 4TRANSCRIPT
1tatuagens | entrevistas | produtos | tendências
cobertura completa da
3ª convenção internacional
de tatuagem de joinville
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santa ink é uma publicação com distribuição dirigida e gratuíta. todos os direitos são reservados. reprodução total ou parcial
estão proibidas. não nos responsabilizamos por conteúdo publicitário dos anúncios
veículados nesta edição assim como opniões assinadas pelos colunistas.
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aline oliveira | 47 [email protected]
sandro chavez | 47 [email protected]
Jessica vicente Ferreira soaresFoto: arlei schmitz
make: Jennyfer kaiser
capa
arlei schmitznei Hanke
fotos
redação santa ink
reportagem e revisão
sandro chaves / maga [email protected]
coordenação
andré silva / as3d [email protected]
projeto gráfico
5.000 exemplares / gráfica mayertiragem
editorial
bela e santa catarina para o brasil
chegamos! a 4ª edição da revista de tatuagem de Joinville está de cara nova, com cada vez mais conteúdo exclusivo, novidades,
arte e cultura. estamos expandindo nossos horizontes e, para isso, mudamos. agora somos SanTa ink! continuamos a revista de tatuagem, mas ganhamos nosso estado. deixamos nossa casa para viajar o mundo atrás de coisas novas para contar, buscando experiên-cias diferentes e mais carimbos em nosso passaporte. a capa desta edição, fica por conta da Jessica vicente Ferreira soares, que emplacou o primeiro lugar no concurso miss tattoo na 3ª convenção internacional de tatuagem de Joinville. Jessica veio até Joinville para uma sessão de fotos e contar um pouco para nós de como foi essa experiência. não reparem a idade, estamos ficando experientes! grande abraço.
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entrevista especialirmãos feitosa36
nossa capajessica vicente ferreira soares
especialchico morbene
entrevistasalvador vegan café
especial3ª convenção internacional de tatuagem de joinville
mÚsicasurf music
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índice
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começamos o ano com uma entrevista especial: nossa primeira Miss Tattoo Joinville! a paranaense Jessica Vicente Ferreira Soares, natural
de Rolândia, é modelo alternativa na agência ink Models in art’s de curitiba e, pela primeira vez, participou de um concurso de Miss. ela foi
selecionada para o concurso eentre 10 candidatas. Você confere agora, um pouco mais da primeira Miss Tattoo de Joinville.
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Fotos: arlei scHmitz
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com quantos anos você fez sua primeira tattoo? Fiz minha primeira tattoo aos 14 anos, que foi uma borboletinha nas costas. Eu sempre gostei da arte na pele, desde muito nova. Então, minha mãe fez uma tattoo, e essa foi a brecha para eu fazer a minha. No início, ela não queria deixar, mais acabei fazendo.
Você tem quantas tatuagens? Qual é a preferida?Tenho 16 tattoos, eu acho (risos). A que eu mais gosto é a minha Elvira, a rainha das trevas, que tenho no braço esquerdo.
como você define seu estilo?Meu estilo sou eu, e eu sou meu estilo! (risos) Alter-nativo mesmo, uso o que gosto: camisão, tênis, shorts, não gosto muito de saltos, só se for muito necessário.
nossa capa
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Prefere tattoos ou piercings?Entre tattoos e piercings, eu prefiro os dois. Sempre quero mais tattoos e mais piercings.
Você foi a primeira Miss Tattoo da convenção de Joinville. espe-rava ganhar?Eu não sabia que era o primeiro Miss Tattoo do evento, porque era o meu primeiro também. Sincera-mente não achei que eu levaria esse Miss por ter outras meninas mais experientes do que eu no concurso. Eu não ensaiei nada, eu só ficava imaginando o que eu iria fazer lá em cima, e deu certo. Entrei com meu estilo, curtindo um rap, na hora até dancei! (risos) Amei a ex-periência!
nesta edição, você é a nossa capa! Uau! Bom galera, espero que goste das fotos, fiz com todo o carinho e, do meu perfil, sou bem comum. Quero dizer o seguinte: se libertem do que prendem vocês. Mulheres que querem fazer um corte radical nos cabelos, façam; homens e mu-lheres que querem tatuar o rosto, façam também. Quem tem que se adequar ao nosso estilo é a socie-dade! Liberte-se! E muito obrigada a todos vocês.
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a maior do sul dopaís no segmento
Por Redação Santa ink
tatuagens, arte e cultura agitaram a vida dos tatuadores, piercers, curiosos e amantes da arte na pele que passaram pelo centro de con-venções e exposições expoville, entre os dias 6, 7 e 8 de novembro de 2015. pelo terceiro ano consecutivo, Joinville sediou uma convenção de tatuagem com mais de 30 horas de programação entre workshops, palestras, cursos, seminários, campeonatos e concursos. uma das atrações que mais chamou atenção foi a presença do uruguaio victor Hugo peralta e da argentina gabriela peralta, que são reconhecidos pelo guinness book 2014 como o “casal mais modificado do mundo”. victor Hugo tem 90% do corpo coberto por tatuagens, inclu-indo os olhos, alargadores na orelha, implantes no crânio, piercings no rosto e mamilos e língua bifurcada. além das inúmeras tatuagens na pele e globo ocular, gabriela possui vários piercigns pelo corpo, língua bifurcada, alargadores e im-plantes na testa e crânio. o casal bateu mais um recorde no evento: centenas de pessoas tiraram fotos e selfies que bombaram nas redes sociais. para o organizador do evento, sandro chaves (mais conhecido como maga tattoo), a
3ª convençãointernacional de tatuagem de joinville
especial
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convenção internacional foi uma oportunidade de conhecer mais o segmento, fazer negócios e se especializar na área. “mais de 800 profissionais de vários estados brasileiros e também de outros países como portugal, Holanda, alemanha, ir-landa, chile, estados unidos, bolívia, colômbia, uruguai e argentina prestigiaram a convenção”, contou maga que acrescentou: “além disso, ou-tras atrações como concurso de tatuagens em 18 categorias, o tradicional concurso de miss pin up, miss tattoo Joinville, campeonato de skate, food trucks, apresentação de bandas, exposição de car-ros e motos customizados, exposição de arte e es-paço kids conquistaram o público visitante”.
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especial
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toneladas de alimentos arrecadadas
total de visitantes nos 3 dias deconvenção
total de tatuadoresde 13 países
entidadesbeneficiadas
total de estandes
total aproximadode tatuagens feitas no evento
participantes no Campeonato Pro Amador de Skate
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1. Johnny, Cruella, Maga, Gabi e Victor2. Monique Perez 3 Artista em ação4. Pablo Palominos e Maciej5. Alwin Perez esposa e amigo6. As crianças também vieram prestegiar7- Abel Vargas e amigo
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1. Concurso Miss Pin-up2. Johnny e Cruella3. Artista em ação4. Performance corporal 3º Cielo 5. Publico feminino presente
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especial
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6. Campeonato de Skate7. Entrega de alimentos arrecadados às entidades 8. Food Truck9. Roca tattoo10. Cosplay - Starwars11. Mark Chavez (EUA)12. Espaço kids
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nas alturas com
brasillowrider
os líderes de um dos mais importantes car clubs do movimento no brasil marcaram presença na convenção com apresentações especiais. os apre-sentadores alemão e Japonês do reality lowrider brasil, exibido pelo canal discovery, invadiram a convenção com seus carros customizados ao estilo lowrider. criado pelos imigrantes mexicanos nos eua, nos anos 50, a cultura lowrider transforma carros e bicicletas. com suspensão hidráulica, pin-tura e rodas específicas, os veículos são preparados para “pular” nas ruas e pularam muito na convenção. dois integrantes do programa exibido no brasil es-tiveram em Joinville entre os dias 6, 7 e 8 de novem-bro: alemão e Japonês. nascido em mogi das cruzes, na grande são paulo, sergio Hideo Yoshinaga, o Japonês, 47 anos, sempre gostou de carros rebaixados. depois de 15 anos no Japão, onde teve o primeiro contato com a cultura lowrider, Japonês montou o primeiro carro lowrider do país, um Ford galáxia 1968. primeiro, conheceu alemão e, em seguida, tatá, quem o con-vidou a integrar o “vida real car club” e a oficina,
especial convenção
nas alturas com
brasillowrider
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que é conhecida pelos telespectadores da primeira tem-porada do canal fechado. “lowrider é um estilo de vida e os projetos são grandes, demandam meses e passam por diversas etapas. os carros ganham reforço do chassis, instalação de bombas hidráulicas potentes, pintura, rodas raiadas e motorização diferenciada”, explica. na lista dos carros customizados por Japonês, está uma s10 americana, do joinvilense ricardo pereira de novais, 43 anos, que par-ticipou de um dos episódios do lowrider brasil. “sem-pre me identifiquei com a cultura lowrider. Foi muito bom ter participado do programa. Fiz amigos e ajudo a disseminar o estilo de vida”, conta ricardo que já inves-tiu cerca de 50 mil reais na s10.
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de quatro para duas rodas! antônio carlos batista Filho, o alemão, de 49 anos, dedicou mais de 20 de sua vida ao primeiro clube de bikes lowrider do país: o otra vida bike clube. “sempre gostei da cultura e resolvi trazer para o brasil e me dedicar às bicicletas”, conta alemão que trouxe parte de sua coleção para a 3ª convenção internacional de tatu-agem. alemão revela que as bicicletas lowrider possuem características próprias. a pintura nor-malmente tem cores vivas e brilhantes, resultado da mistura de tinta “candy” com metal flakes. o cromo é outro item fundamental nas bikes, além das rodas, que possuem mais raios do que em uma bicicleta comum. os pneus, por sua vez, têm a banda bran-ca como os carros clássicos. “as bicicletas são bem
mais baixas que as convencionais e normalmente os pedais ficam bem próximos do chão. o projeto, sem a bike, varia de mil reais até onde sua imaginação mandar”, brinca. em média, para se ter uma bike lowrider customizada pelo alemão e seu parceiro samir, o trabalho de customização pode levar de 3 a 9 meses, dependendo da complexidade do projeto. Há quatro anos, o filho de alemão foi pre-so. para ajudá-lo e incentivá-lo, ele batizou seu bike clube de “otra vida”. por meio do clube, pessoas que saem da prisão e do crime têm a oportunidade de começar de novo. referência da cultura chicana em são paulo, alemão explica que há apenas três coisas importantes em sua vida, nesta ordem: “família, tra-balho e lowrider. é tudo que preciso!”
lowrider em duas rodas:otra vida com as bikes
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Que a paixão une as pessoas, todo mundo sabe! mark chavez, que já foi campeão profissional de skate, sofreu um acidente que o tirou das pistas. Há 3 anos, incentiva-do pelo amigo tatuador car-los macias, mark se dedica somente ao seu estúdio de tatuagem nos estados uni-dos. Já carlos é tatuador há 25 anos e ambos estiveram pela primeira vez no bra-sil. “gostei muito e já es-tou pensando em voltar em 2016. não parei um segun-do!”, disse chavez. “participo de várias convenções em todo mundo, gostei muito da organi-zação e do público”, contou ma-cias. o estande dos americanos foi dos mais movimentados da 3ª con-venção internacional de tatuagem. a estudante joinvilense luana beatriz pereira, 17 anos, decidiu fazer mais uma tattoo. “tenho 6 tatuagens, mas sabendo da fama deles, não aguentei”.
de los angeles para joinville
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ela é tatuadora há apenas 5 anos, mas o talento já é algo perceptível em seus trabalhos. as mãos apaixo-nadas por delfts blauw – porcelanas muito populares na europa entre 1600 e 1800, colecionada por famílias ricas de todo o mundo - são precisas e cri-ativas. a paixão pelos desenhos das porcelanas levou kim overweg, 37 anos, ao mundo das tatuagens; que a tem levado por diversos países. “amei o brasil e a convenção de Joinville! as pessoas são diferentes, legais e receptivas. Quero voltar com mais calma para conhecer outros lu-gares”, disse. kim tem uma filha de 9 anos que também ama tattoos. ao per-guntar sobre sua filha fazer tatuagens, disse: “sem problemas, mas quem vai fazer as tattoos sou eu”, brincou kim, que eleva a tatuagem à categoria de arte em seus desenhos.
especial convenção
o jeito “kim” de tatuarholandesa veio especialmente para participar da convenção
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se você quer fugir das tatuagens convencionais, daquelas que você sai na rua e se depara com mais três iguais é só procu-rar o magic. pela segunda vez no brasil, o polonês maciej chesiak, 33 anos, veio a convite de sandro chaves para a 3ª convenção inter-
nacional de tatuagem de Joinville. conhecido como magic, nome dado também ao seu estú-dio – o magic´s tattoo studio –, ele está na irlanda há 12 anos. ao perguntar sobre o seu estilo, magic não quis definir apenas um, mas se diz diferente: “uma mistura de
new school, comics e realismo”. e quando arte, talento e paixão se encontram, o resultado não pode ser outro, a não ser mágico! “a convenção foi bem organizada. gostei do “time do maga”. o brasil é um dos lugares que quero voltar para fazer o que mais gosto”.
o “mágico”das tatuagens
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sabrina boing boing, 30 anos, está em uma nova fase! depois da carreira como cover e repórter de tv, a modelo segue firme como dJ. sabrina, que é famosa por ter dois litros de silicone em cada seio, chamou a atenção em Joinville! mui-tos fãs queriam fotos e autógrafos da miss bum-bum rio grande do sul, outros, foram conferir ela arrasar nas pickups da convenção e também como jurada do concurso miss tattoo.
ao som de sabrina
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dj e modelo agitou o palco da convenção internacional de joinville
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por causa do visual, composto por mui-tos piercings e tatuagens, sabrina tem como lema de vida ser feliz consigo mesma e lutar para ser aceita: “o que a gente tem de diferente é o que a gente tem de mais bonito”. apesar de trabalhar com a imagem, a modelo revelou um pouco mais sobre o que pensa. “é o caráter e as nossas ações que dizem o que somos e não nossa aparência física”, completou.
da convenção, a modelo leva mais uma tatuagem, feita por um catarinense, em home-nagem ao namorado, noivo e assessor: o modelo Jonathan martinez, 23 anos, que acompanhou sabrina nos 3 dias de evento. “a convenção de Joinville me surpreendeu em todos os sentidos: tamanho, estrutura, organização, nível, atrações e público. os joinvilenses são muito receptivos, pretendo voltar”, declarou.
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o salvador vegan café nas-ceu da parceria entre o tatuador luiz Felipe ribas, que respondeu nossas perguntas, e o jornalista bruno isidoro pereira. Joinvilenses e veganos, eles pensaram em um espaço no qual não seja necessário perguntar os ingredientes que são utilizados na cozinha. Funcionan-do anexo a livraria barba ruiva, de Fernando koenig, o espaço surgiu da combinação perfeita entre café, livro e discos; tornando o salvador vegan café um espaço único. Livraria Barba Ruiva, de Fernando Koenig
salvador vegan cafÉ
entrevista | salvador vegan cafÉ
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como surgiu a ideia de abrir um café vegano em Joinville?A ideia nasceu da visita de alguns estabelecimentos veganos, cafete-rias e restaurantes em uma viagem que fiz para a Europa. Voltando ao Brasil, conversei com o Bruno (sócio), começamos a desenvolver a ideia a partir dessa diretriz.
como está a aceitação do públi-co em geral?Quando a gente pensou em abrir a cafeteria, imaginamos que íamos pegar mais uma fatia da galera vegetariana e vegana, mas temos percebido é que nosso público é 50% vegetariano/vegano e 50% onívoro – pessoas que comem carne e derivados de origem animal. Elas vêm aqui porque acham o espaço legal, têm curiosidade, gostam da comida vegetariana, vêm para ex-
perimentar e conhecer, e acabam voltando. Está tendo uma aceita-ção bem legal e bem diferente do que imaginávamos, um público maior do que o esperado.
Quais as dificuldades em ter um café com características tão es-pecíficas (vegan)?Uma das dificuldades mais básicas é encontrar fornecedores que façam alimentos que vendemos aqui. Não cozinhamos tudo que vendemos e essa é uma das maiores dificul-dades. O mercado de Joinville é voltado para cafeteria ao estilo tradicional, mas estamos em busca de fornecedores com produtos difer-entes. Outra dificuldade é chamar e fidelizar o público que não é vege-tariano e vegano. Queremos que as pessoas venham porque gostam do espaço e da comida, independente-
entrevista | salvador vegan cafÉ
tem muita gente que frequenta aqui e É ligado
à tatuagem
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mente se é vegetariano ou não.
O espaço de vocês é inspirador! De onde veio a inspiração? A nossa proposta vem da vivência do vegetarianismo/veganismo, do meio punk, hard core, “faça você mesmo”. Essa ideia do “faça você mesmo” e da contra-cultura são alguns dos fatores motivaciona-is do nosso negócio. É um espaço que traz diversas formas de repre- sentação cultural, com livros e discos. Queremos trazer para cá os debates, já temos o sarau do movimento negro e, mais tarde, queremos colocar um projetor com mostra de filmes. Enfim, um espaço para todos! Nossa preocupação é a libertação animal e ética, isso junto com os direitos humanos.
como funciona a criação dos pratos e montagem do cardápio?Trabalhamos com a própria vivên-cia dentro do veganismo. Juntos, temos quase 20 anos de veganismo. Já visitamos vários restaurantes e lanchonetes diferentes. Sendo vege- tariano, parte do rolê é ir atrás de comida vegetariana. Nas grandes cidades, como São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, têm muita opção diferente. Então, trabalhamos em cima dos nossos gostos, de coisas que vimos em outros lugares, criamos receitas e aceitamos sugestões de amigos.
Qual o envolvimento de vocês com a tatuagem?Sou tatuador há 9 anos e esse é meu envolvimento com a tatuagem. Te-nho estúdio em Joinville há 7 anos. Basicamente a tatuagem é meu ponto principal, apesar de termos o café. A tatuagem é o que me mo-tiva diariamente a tentar melhorar
e buscar referências novas. Aqui to-dos têm tatuagem, é uma coisa que liga todos nós, é um lance cultural.
como é a mistura do café, tatua-gem, livros, música e arte?É uma mistura natural, todos nós vivíamos de uma forma ou de outra. O Fernando (Barba Ruiva Livros) não tinha uma ligação tão forte com o vegetarianismo, mas ele já vinha com a música, com os li-vros, com a tatuagem. Nós, aqui do café também. Cada um é envolvi-
do em seu meio de convivência, mas a gente já tinha uma ligação com fatores em comum. Todas elas são expressões do que somos, de- monstrações do pensamento. O pú-blico do café não vê problema com a tatuagem, justamente porque já é uma galera mais aberta e com a cabeça um pouco diferente. Por vir na cafeteria e provar comida vege-tariana, a pessoa já tem que se des-pir de alguns preconceitos. Quere-mos um espaço para todo mundo e cada vez mais fazer eventos aqui.
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chico morbene
tatuador desde 2010 e dedicado a tatu-agens preto e cinza com muito realismo, chico morbene começou a ter interesse por tatuagens quando foi trabalhar com computadores, e no mesmo local havia um estúdio de tattoo. morbene vem se revelando muito nos últimos anos, ganhando muitos prêmios em convenções. segundo ele, isso é resultado de muitas horas dentro da sala de tattoo, tra-balhando e estudando para poder evoluir. “os prêmios são só consequência de muito estudo”, explica morbene. além de um grande artista, o tatuador ministra workshops, passando para seus alunos todo conhecimento e experiência que tem ad-quirido nos últimos 6 anos. sempre em busca da evolução e crescimento de sua arte. está abrindo uma loja - “morbene tattoo shop” - em porto alegre e que prezara pela quali-dade contando ainda com outros profissionais da área. “pra mim a loja é uma realização profissional e de vida. Queremos um novo conceito de estúdio de tatuagem e será um local de entretenimento para os clientes e amigos,” afirma morbene.
realismo preto e cinZa
chico morbene
mais um premio pra coleção de morbene na tattooweek rio 2016
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morbene eXibe seus dois trofÉus conquistados na 3ª convenção internacionalde tatuagem de joinville
tattoo que rendeu a morbene
o prêmio de melhor tattoo na categoria
preto e cinZa
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apaixonados por desenhos, história em quadrinhos e animação, eduardo e alexandre bezerra Feitosa são pau-listas que encontraram em Joinville um novo lar. conheça um pouco da história dos irmãos Feitosa.
como vieram parar em Joinville? Alexandre: Faz 13 anos que estamos em Joinville. Viemos (meu pai, meu irmão mais velho e eu) por causa de uma empresa em que trabalhávamos. Foi muito difícil me adaptar no início. Diferen-temente de São Paulo, que tem várias possibili-dades, Joinville não tinha muita coisa. Vim com 21 anos para Joinville, não conhecia o mercado, não tinha faculdade, não estava estudando, es-tava apenas fazendo alguns estágios na área de desenho e ilustração.
como nasceu a ideia de transformar o lazer de desenhar e pintar em profissão? Alexandre: Primeiro me formei na faculdade. Depois, saí da empresa que nos trouxe para Jo-inville e fui trabalhar na área de moda em uma confecção. Foi aí que deu o “boom” de trabalhar com arte junto com o meu irmão, pois a empre-sa faliu e saí de lá com uma mão na frente outra atrás. (risos)
entrevista | irmãos feitosa
entrevista | irmãos feitosairmãos feitosa
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como é viver do grafite? Ganhar a vida fazendo o que ama. Alexandre e Eduardo: O grafite nos deu a oportunidade de mostrar nosso trabalho. Quando se está na rua, você está atingindo muitas pessoas. As pessoas passam e tem curiosidade, assim atingimos todos os tipos de pessoas, de classes soci-ais, de cor, de escolaridade. E isso é o legal do grafite!
além do grafite, quais são os outros estilos de arte que vocês fazem? Alexandre e Eduardo: Trabalha-mos com ilustração e caricatura. Caricatura é mais uma brincadei-ra, porque não gostávamos muito; mas as pessoas adoram. Na ver-dade, a caricatura surgiu de uma necessidade. Estávamos pagando um stand, divulgando grafite para quarto de bebê, mas não estava dando certo. Para pagar o stand, começamos a fazer caricaturas. Deu certo e pegamos gosto!
como é ver o cenário do grafite passando de vandalismo para arte de rua e ganhando espaço nas escolas?
Alexandre e Eduardo: Não pega-mos o começo do grafite, quando era visto como vandalismo. Mas vários artistas brasileiros, a maio-ria de São Paulo, mudaram esse cenário no mundo. O grafite saiu das ruas, foi para as galerias e, agora, é considerado arte. Esta-mos nessa onda! Queremos ga-nhar espaço e aprender mais. Já participamos de vários eventos e convenções e estamos nos atuali-zando sempre. Na 23 de maio, em São Paulo, foi inaugurado o maior grafite a céu aberto do mundo, uma avenida gigante, com vári-os artistas pintando. No dia da inauguração, conhecemos todos os artistas. O grafite evoluiu tanto que estão surgindo produtos dife- renciados. Já visitamos fábrica de spray para entender o processo de fabricação. O spray para grafite é diferenciado do spray de uso geral. Ele tem menos solvente, cores mais vivas e seca mais rápido. Outros profissionais como artistas plásti-cos e decoradores também usam estes sprays.
Vocês fazem bastante trabalhos com crianças e jovens nas esco-
las. Qual a sensação de poder contribuir para o futuro de tan-tas crianças?Eduardo: Posso dar o exemplo de quando eu era criança? É legal quando o professor ensina, ver a parte técnica e a prática. Porém, ter um profissional mostrando como funciona o trabalho é um di- ferencial. Quando fui em um estú-dio de quadrinhos, voltei pilhado! É outra vivência, uma experiência diferente de ver pela internet ou televisão. É isso que tentamos pas-sar para as crianças! É importante porque elas estão aprendendo. A educação tinha que inserir mui-to mais arte, música, dança, para desenvolver mais a coordenação motora e a criativa. Parece-me que as crianças estão mais presas, não têm mais espaço para brincar.
Quais as maiores referências para o trabalho de vocês? Alexandre: Não fomos nós que des- cobrimos o grafite, foi o grafite que
faZer quadrinho É muito difícil,
É como faZer cinema ou
curta-metragem
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nos descobriu. Desde criança, eu queria ser quadrinista. Meu so-nho era trabalhar com quadrinhos e animação. Não tínhamos noção do porquê de uma obra de arte valer tanto, hoje sabemos: é a história, é o momento, é aquela data; não se repete, uma arte única. Os gêmeos são uma das referências no grafite, Eduardo Cobra, Titi Freak – que trabalhou junto com Maurício de Sousa. Em HQ, com certeza é Maurício de Sousa. Ano passado, tivemos o privilégio de conhecê-lo. Foi uma emoção que nunca tive-mos na vida, foi muito especial. Temos três pessoas que são de referência de vida longa: Maurício de Sousa, Ziraldo e Juarez Macha-do. Eles vivem a arte plenamente.
Sendo gêmeos idênticos, a maio-ria das pessoas veêm vocês como uma unidade. como é lidar com isso no dia a dia e no trabalho? Alexandre e Eduardo: Só nestes 2 anos que estamos trabalhando e vivendo juntos. Porque sempre es-tudamos em salas separadas, nun-
ca trabalhamos juntos. Adotamos o perfil (os Irmãos Feitosa), anda-mos sempre juntos, usamos roupas iguais e isso tem marcado nos-so trabalho. Só usávamos roupas iguais quando nossa mãe colocava, aí pensamos: “vai dar certo, vamos usar a roupa igual”!
Qual o envolvimento de vocês com a tatuagem? Eduardo: Eu adoro tatuagem, acho lindo quem tem, mas não tive vontade de fazer nenhuma ainda. Se eu começar, acho que viro um gibi. A primeira vez que eu fiquei desempregado, queria virar tatua-dor. Mas não surgiu oportunidade!
como foi participar da 3a con-venção de Tatuagem de Join-ville? Alexandre e Eduardo: Foi ani-mal! O Maga deixa a gente à von-tade, confia no nosso trabalho, dá oportunidade, deixa a gente livre para criar e desenvolver nosso tra-balho. Participamos da 2ª e da 3ª convenção. O Maga adora nosso trabalho. O legal é que ele dá opi- nião, dicas e aceita nossas ideias. Ele tinha uma tela jogada num canto, que cedeu para gente pintar e sor- tear para galera do evento. Gosta-mos de trabalhar com essa liberdade! Hoje, amamos Joinville! Levamos o nome para todos os lugares. So-mos paulistas, mas temos Joinville grafitada no coração. Tem tudo a ver! O grafite tem sido bem vis-to pelas pessoas da cidade, aqui foi bem aceito e o pessoal gosta. Gosta-mos de carros antigos, gostamos de chuva e de andar de bicicleta! So-mos muito novos como artistas, se a pessoa faz o que gosta, com amor, vontade e dedicação, vai dar certo porque para nós está acontecendo!
entrevista | irmãos feitosa
não foi a gente que descobriu o grafite, foi o
grafite que nos descobriu
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olá! nesta edição, vou falar um pouco sobre o surF music, estilo de musica que influenciou e ainda influencia muita gente. o surf music ou surf rock era também conhecido como surf guitar rock. nascido na califórnia, foi particularmente popular entre 1961 e 1965, influenciando muitas bandas daquela época. existem dois formatos de surf music: o surf rock instrumental, que teve o mestre dick dale & his del-tones como um dos principais precursores e o surf pop vocal, encabeçada pela lendária The beach boys.
e muitas das principais bandas de surf music são con-hecidas por transitar entre os dois formatos e, sendo assim, o gênero é considerado um só, apesar de sua var-iedade de estilos. na década de 60, no sul da califórnia, surgi-ram muitas bandas de diversas vertentes musicais. rock and roll foi música popular e, a partir de 58, com o fortalecimento do rock instrumental de gente como duane eddy, link Wray, e santo & Johnny provaram que capacidade vocal não era necessária para alcançar o estrelato. o surf music foi criado por dick dale se-gundo ele mesmo. bandas novas de surf foram formadas na zona sul da califórnia, com grupos como os beach boys, The surfaris, dick dale & his del-tones, The mermen, The challengers, eddie & The showmen. e, em outros lu-gares, começaram a surgir bandas de surf music como astronauts (boulder, colorado),The trashmen (minne-apolis, minnesota) e The rivieras (south bend, indiana).
por dj marciosfacebook.com/djmarciosrock
esta coluna tem o apoio de:mÚsica
musica para ouvirdentro d’água
surfmusic
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em 1963, a checker records (subsidiária da chess records) lançou o álbum surfin ‘com bo diddley e a faixa “surfer’s love call”, como o lado a de um single com o pioneiro do rock and roll bo diddley. The atlantics, de sydney, na austrália, não foram músicos exclusivos de surf, mas fizeram im-portantes contribuições para o gênero, como o mais famoso exemplo, com a sua batida em “bombora” (1963). outra banda de surf australiano que era conhecida fora do seu próprio país foi o Joy boys, cujo hit “murphy the surfie” (1963) foi mais tarde regravado pelo surfaris. bandas europeias também contribuíram, geralmente mais centradas no estilo tocado pelo The shadows. um exemplo notável da contribuição europeia no surf instrumental é a banda espanhola los relampagos’ que gravaram “misirlou”. The da-kotas, que foram a banda de apoio o cantor britâni-co billy J. kramer ganharam alguma atenção como músicos de surf com “cruel sea” (1963), que mais tarde foi gravado pelo The ventures e eventualmente outras bandas de surf instrumental, incluindo The challengers e The revelairs. durante décadas, “vi-brations” (The ventures) foi utilizado em programa na tv daunião soviética chamado “panorama in-ternacional”. o surf music foi criado nos anos 60, mas nos anos 90 bandas como inexs, australian crawl, Hoodoo gurus, midnight oil,The church, spy vs. py, ganggajang,The police, men at Work, oingo boingo, pixies representaram muito bem o estilo. o brasil teve como principais divul-gadores do gênero, as bandas The Jet blacks e The clevers na época da Jovem guarda, e atualmente as bandas dead rocks e autoramas. erasmo car-los também lançou discos com influências do surf rock, mais precisamente no seu primeiro disco a pescaria. nos discos o tremendão e você me acende (embora não tão expressivos), também apresentaram influências do gênero. o parceiro, roberto carlos, também apresenta influências da surf music em discos como é proibido Fumar, broto do Jacaré e canta para a Juventude. mais tarde, ultraje a rigor, em nós vamos invadir sua praia, também apresentariam influências do surf rock. em santa catarina, temos bandas que ain-da hoje levantam a bandeira do surf music como strato Feelings (Joinville), urano (blumenau) e os ambervisions (Florianópolis).
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