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TRANSCRIÇÃO AUDIÊNCIA PÚBLICA REALIZADA NA DATA DE 25/02/2015 NO MUNICÍPIO DE
SAQUAREMA PARA ANÁLISE E DISCUSSÃO DO EIA-RIMA DO TERMINAIS PONTA NEGRA
(Apresentador) Boa noite senhoras e senhores, vamos dar início a Audiência Pública para a
apresentação e discussão do relatório de impacto ambiental de licenciamento, relativo ao
requerimento de licença previa para implantação de um território portuário, terminal
portuário localizado no município de Maricá pela DTA Engenharia Ltda.
Para presidir a mesa gostaria de registrar a presença do senhor Mauricio Couto, acompanhado
do secretário Ian Linicei.
O analista ambiental responsável pelo grupo técnico Sr. Luiz Martins Heckmaier.
O Representante da DTA Engenharia LTDA. que fará a apresentação do empreendimento,
Mauro Scazufca; e o coordenador do EIA – RIMA pela empresa Arcadis, o biólogo Norberto
Rule.
Gostaríamos de convidar para fazer parte da mesa o procurador geral do município de
Saquarema ; o Dr. Alexandre Augusto Esteves.
Gostaríamos também de registrar a presença do Secretário De Economia Solidária do
município de Maricá, o S.r. Miguel Moraes.
Passamos a palavra para o presidente desta audiência; o Sr. Mauricio Couto.
(Presidente da Mesa) Boa noite senhoras e senhores, meu nome é Mauricio Couto eu sou
engenheiro Civil e Sanitarista da Secretaria de Estado e do Ambiente fui designado pela
Comissão Estadual De Controle Ambiental a CECA, para presidir os trabalhos desta Audiência
Pública referente ao licenciamento ambiental dos Terminais Ponta Negra.
Eu chamaria para compor a mesa, por favor, se tiver algum representante do MP estadual ou
do MP Federal. Se já tiverem chegado, favor é só se dirigirem a mesa se quiserem fazer parte,
que muito nos orgulhará.
Ontem fizemos a reunião em Maricá e teve a participação do MP estadual e, recebemos... Por
favor... Eu estou informando para o senhor que eles receberam o convite das duas audiências
públicas, ontem teve o comparecimento do Ministério Público Estadual, recebemos um ofício
do Ministério Público Federal que mandaria representante que infelizmente não participou e
receberam convite o Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual para esta
Audiência Pública aqui em Saquarema hoje dia 25, tá.
A não participação deles não invalida a Audiência Pública. Esta Audiência Pública ela segue o
rito da resolução Conema 035 de 2011 se o senhor tiver acesso o senhor vai ver que um dos
artigos, os parágrafos dizem: que a ausência de um destes representantes convidados não
invalida e nem anula a Audiência Pública... Exatamente.....Aqui tem um representante da
CECA, que sou eu e um representante do INEA.
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Então, dando continuidade aqui, essa Audiência Pública é referente ao licenciamento
ambiental do empreendimento Terminais Ponta Negra em cumprimento da deliberação CECA
número 5.824 de 16 de dezembro de 2014 publicado no D.O. de 23 de dezembro de 2014.
Por favor, o representante do MP Federal, David Moura está aqui. Você quer fazer parte da
mesa ou só participar? Tá ok, muito obrigado pela participação. É porque ontem eu cheguei
até a informar sobre o convite, mas não sei se vc estava presente. Do procurador...é porque
ele citou que seria representado por você! Está bom. Muito obrigado pela participação.
Antes de dar início a Audiência Pública, eu gostaria de convidar a todos para ouvir o hino
nacional.
(Hino Nacional)
(Presidente da Mesa) Bom senhoras e senhores, lembrando que a Audiência Pública é para
um licenciamento ambiental, não tem caráter decisório e nem deliberativo, ou seja, não será
aqui nesta reunião que será decidida pela expedição ou não da licença. Esta Audiência Pública
é a fase do licenciamento prévio onde o objetivo dela é apresentar o projeto, apresentar de
forma reduzida o estudo de impacto ambiental, os principais impactos identificados e as
propostas de planos e programas para mitigação destes impactos, e ai vocês demandam
conhecimentos, expressão suas opiniões, as manifestações... Esta Audiência Pública está sendo
gravada e filmada, tudo que for dito aqui, todas as contribuições durante as fases da Audiência
Pública farão parte dos autos do processo de licenciamento.
Finda esta Audiência Pública nós teremos 10 dias corridos para que sejam encaminhadas
manifestações ao INEA e a CECA, cujo endereço está atrás do folheto que vocês receberam e
serão recebidas também e incorporadas aos autos do processo de licenciamento.
Após este prazo, o grupo de trabalho do INEA responsável pela análise do estudo de impacto
ambiental e de todas as manifestações que forem apresentadas aqui, emitirão um parecer
técnico que será encaminhado à procuradoria jurídica do INEA, para ver se todo o rito legal foi
cumprido, após esta avaliação da procuradoria, este processo será encaminhado à Comissão
Estadual de Controle Ambiental. Este plenário, sim, tem a competência prerrogativa para
decidir pela expedição ou não da licença prévia.
Então nós estamos na fase preliminar ainda do licenciamento e o mais importante para gente
aqui nesta reunião para nós da CECA e do INEA, é o recolhimento de todas as manifestações
que vocês puderem apresentar.
O rito da Audiência Pública.
Ela segue a resolução Conema 035/2011. Ela se divide em duas fases e a primeira fase é
destinada as explanações onde nós vamos ter uma breve apresentação por parte do
representante do INEA do histórico do licenciamento. Posteriormente a empresa apresenta o
projeto que ela pretende implantar no local e depois a empresa responsável pela elaboração
do estudo de impacto ambiental, apresentará de uma forma sucinta o diagnóstico ambiental,
avaliação dos impactos e as propostas de implantação dos planos e programas para estes
impactos identificados.
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Durante esta explanação vocês na entrada receberam um folder e este folder tem uma folha
de perguntas, vocês podem ir fazendo as suas perguntas ao longo da audiência, quem já tiver
feito a pergunta, é só levantar o braço que uma das atendentes irá recolher por que no fim da
explanação faremos um intervalo de 20 minutos e faremos uma separação destas perguntas
por temas e todas as perguntas serão prioritariamente respondidas, quem quiser fazer o uso
da palavra pode utilizar o mesmo papel e escreva: “quero fazer o uso da palavra” e
encaminhar a mesa da mesma forma. Estes encaminhamentos também são numerados e
todos terão o uso da palavra, os que se inscreverem, só que este pronunciamento será feito
após lida todas as perguntas por escrito e respondidas, conforme determina a resolução
Conema 035/2011.
Então, no fim do prazo das explanações temos um intervalo e depois passamos para a fase dos
debates, Está OK. Então vamos dar início a Audiência Pública convidando o Dr. Luiz Reckmaier
para fazer a apresentação por parte do INEA
(Dr Luiz Reckmaier) Boa noite, sou analista ambiental do INEA e faço parte do grupo de
trabalho que faz a avaliação do requerimento de licença previa deste empreendimento.
Como o presidente da audiência e o Dr. Mauricio já explicou essa audiência não tem o caráter
deliberativo e nem decisório, ele vai simplesmente ajudar com que as perguntas feitas pelos
senhores, as observações, as críticas e sugestões, vão ajudar na elaboração do parecer técnico
do grupo de trabalho, parecer este que não está pronto e será feita após todos os trâmites
normais de avaliação de impacto ambiental que são as audiências públicas e depois a consulta
pública e todas as questões que ao longo do processo eles vêm apresentando e depois então
feito o parecer final de licença prévia, como o Dr Mauricio disse, ele é encaminhado para a
procuradoria do INEA e segue os tramites normais do licenciamento! Então o objetivo desta
reunião é pegar as críticas e sugestões do licenciamento.
A licença prévia na fase atual que se encontra ela aprova a localização e a concepção do
empreendimento, atesta viabilidade ambiental e estabelece os requisitos básicos e
condicionantes a serem atendidos nas próximas fases, ou seja, ele tendo a licença prévia em
sendo concedida ele vai permitir que o empreendedor faça os projetos executivos para a
próxima fase, seja a de instalação e depois posteriormente a licença de operação!
Então, este requerimento de licença prévia chegou ao INEA no dia 26/03/2012, através do
processo 139/2012. Então pelas características do empreendimento e de acordo com a licença
ambiental do Conama nº 01/86 e a lei 1356, foi observado que neste empreendimento se faz
necessário os procedimentos de avaliação de impacto ambiental. Então foi feito uma
preparação, foi construído pela presidência do INEA, nomeação de um grupo de trabalho com
técnico multidiciplinar e que este grupo de trabalho foi encarregado de dar início no
procedimento de avaliação. Então este grupo preparou uma instrução técnica disponibilizou
esta instrução técnica no site do INEA durante 10 dias para que fossem recebidas as
contribuições de todas as entidades que estariam interessadas em incluir temas para o estudo
de impacto ambiental.
Em 23/12 foi publicada no D.O. CECA 5824, autorizando a realização da Audiência Pública, em
21/01/2015 foi publicado no D.O. a comunicação desta audiência e o adiamento desta
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Audiência Pública, que estava preliminarmente agendado para o dia 27 e 28 de janeiro para os
dias 24 e 25 de fevereiro nos municípios de Maricá e Saquarema , respectivamente. Hoje nós
estamos aqui atendendo a resolução da CECA, realizando a Audiência Pública neste município.
O estudo de impacto ambiental foi distribuído para a prefeitura, para a câmara municipal, para
o Ministério Público Estadual e Federal, grupo de apoio técnico especializado que é o GATE, a
Assembléia legislativa do Rio de Janeiro, Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
que é o IPHAN, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais, IBAMA, Instituto
Chico Mendes de proteção da biodiversidade e a Comissão Estadual de Controle Ambiental.
Ai então está o grupo de trabalho, que são vários técnicos que fazem parte dos que estão
encarregados em fazer esta avaliação, temos químicos biólogos e engenheiros, geólogos,
oceanógrafos, um grupo bastante heterogêneo e que tem bastante experiência neste tipo de
avaliação e está encarregado de fazer esta avaliação.
Além destas manifestações apresentadas aqui, durante esta audiência os senhores ainda terão
o prazo de 10 dias para enviarem comunicações por escrito neste momento ao INEA ou a
CECA, com contribuições, críticas ou sugestões que os senhores tiverem e forem identificadas,
que de repente vocês não tiverem oportunidade de expressarem neste momento ou tiveram
mais tempo de pensar e poderão apresentar em um prazo de 10 dias, sucessivamente a partir
de amanhã. Então o endereço para o envio, pode ser feito através de e-mail eletrônico para a
SANC, que é a coordenação de estudos e impactos ambientais do INEA, fica na rua Sacadura
Cabral 103, 1º Andar, no bairro da saúde do Rio de Janeiro, pelo e-mail [email protected]
ou para a comissão estadual de controle ambiental CECA que fica na Av. Venezuela 110, 5º
Andar e pelo e-mail [email protected]. Então estes são os históricos do
licenciamento, quer dizer.
Não tem nenhuma decisão tomada, não tem nenhum parecer favorável ou desfavorável então
esta audiência será justamente para nos ajudar a tomar esta decisão, muito obrigado estamos
aqui a disposição para qualquer pergunta!
(Apresentador) Muito obrigado o Dr Luiz Reckmaier, eu convido agora dando continuidade, o
representante da empresa proponente do projeto, senhor Mauro por favor.
(Mauro) Boa noite à todos os senhores presente, eu represento a DTA Engenharia que é a
empresa promotora do evento e vamos começar a nossa exposição mostrando um filme em
que o nosso diretor presidente Eng João Acácio faz uma breve exposição do projeto e depois
eu vou fazer uma exposição complementar detalhando alguns pontos relevantes do que vai
ser mostrado... então por favor o filme....
Apresentação Do Filme
(Mauro) Dando prosseguimento, nós vamos fazer uma explanação de alguns pontos mais
importantes do que foi exposto pelo engenheiro João Acácio e depois claramente estaremos a
disposição para atender as eventuais dúvidas que venham a aparecer, então vamos em frente.
As imagens que nós vamos observar durante a exposição são todas ilustrações referentes ao
projeto. Como dito pelo João Acácio o empreendimento e de autoria da DTA Engenharia, uma
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empresa que reúne técnicos de diversas áreas de conhecimento como engenheiro de todas as
especialidades, arquitetos, sociólogos, geólogos, oceanógrafos, advogados, economistas,
biólogos e muitos outros que fazem e procuram realizar projetos que integrem questões de
engenharia, de meio ambiente com questões da legalidade, marco jurídico e que também
sejam viáveis do ponto de vista econômico. A DTA contratou a Arcadis Logos uma empresa
que vai se apresentar a seguir e com larga experiência para o desenvolvimento do estudo de
impacto ambiental. Então nós temos a DTA como promotora do empreendimento e a Arcadis
Logos como quem realizou o estudo ambiental.
Algumas imagens que mostram a atividade da DTA no dia-dia. A localização do
empreendimento como já dito, fica na praia de Jaconé para quem olha para o mar, no seu
canto direito, junto aquele morro que divide jacone de Ponta Negra chamado de Promontorio
de Ponta Negra e o porto enraizado no continente, como a gente vê na imagem embaixo, quer
dizer, um porto que tem toda condição de ter uma melhor qualidade de controle ambiental
devido ao tipo de projeto. Vamos para frente.
O porquê do empreendimento, né, o que fez o empreendimento nascer, foi a questão da
exploração do petróleo no mar do pré-sal, nós temos um cenário de futuro breve em que o
crescimento da exploração deste petróleo, vai fazer com que falte estrutura logística para
movimentar o petróleo explorado! Então se não houver uma solução portuária adequada você
vai precisar brecar o desenvolvimento do pré-sal por falta de logística para a sua exploração.
Esta é a principal condição de nascimento deste projeto, seguindo ela a questão do terminal
de conteineres ligado diretamente ao desenvolvimento aos acessos viários, como esta imagem
é do arco metropolitano do Rio de Janeiro em plena obra e essa viabilização do terminal de
conteineres sempre ligada a melhoria da malha viária local e regional. Seguindo no estaleiro
naval para atendimento tanto da construção de pequenas embarcações quanto para o reparo
de grandes embarcações.
Então destacando, o objeto direto deste licenciamento, ele monta em um investimento de 1,1
bilhões de reais que é a construção da infraestrutura deste porto e também é objeto deste
licenciamento a operação plena, ou seja, esta imagem que nós estamos vendo é a operação
plena e nesta infraestrutura a máxima capacidade de operação do terminal de contêiner de
líquidos e do estaleiro, ela foi simulada e toda a análise de impacto ambiental foi feito em cima
do pleno funcionamento do porto.
Alguns fatos relevantes estão demonstrados. O primeiro, como citado, foi aprovação do
projeto pela ANTAQ, Agencia Nacional de Transportes Aquaviários, que é a Agência reguladora
do setor portuário. A ANTAQ - quando um empreendedor pretende fazer um porto - ela abre
para todo o país, para outros empreendedores, ela divulga esta intenção para ver se existe
outras iniciativas e está fase já está ultrapassada, hoje a iniciativa para aquela região é o TPN.
Recentemente o estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria De Desenvolvimento
Econômico, fez um oficio de pleno apoio à construção de infraestruturas ou de melhorias de
serviços demandados pelo porto. E como fato relevante mais importante citado pelo
engenheiro João Acácio, o decreto de utilidade pública, visto que o porto é um
empreendimento classificado como empreendimento de transporte e a legislação brasileira
desde a década de 30 do século passado, ela considera de utilidade pública os
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empreendimentos de transporte, o que abre uma prerrogativa para você poder intervir em
algumas áreas ambientalmente mais delicada que ocorrem em partes da área do
empreendimento, na menor parte, mas elas ocorrem.
As características marítimas da área, como destacado, esta linha mais forte, azul, que a gente
vê no mar, ela representa a profundidade de 50 metros. Este é um mapa da marinha do Brasil
chamada carta náutica, então a gente vê destacado a posição aonde é esta profundidade mas
se aproxima do continente que coincide com a área que a DTA pesquisou e considerou mais
adequada para o porto.
Esta é uma radiografia do fundo do mar na região do porto que comprovou que não existem
rochas afloradas ou algum elemento que pudessem impedir do ponto de vista da construção,
do ponto de vista ambiental a construção do porto e que foi uma coisa muito importante para
a tomada de decisão por parte da DTA para a compra da área.
Do ponto de vista terrestre nós temos imagem que também já foi mostrada, a linha vermelha
representa a propriedade da DTA. Atualmente, a parte plana que vocês estão vendo já
aparecendo como um gramado que é o campo de golfe que estava em operação até uns 15 ou
20 anos atrás e que já e uma área antropizada, já impactada. A parte toda de montanha da
serra do mato grosso ela vai ser integralmente preservada e a nossa intenção inclusive é
transformá-la em uma reserva particular do patrimônio natural.
Algumas características do projeto: essa imagem mostra então a infraestrutura que é
efetivamente o objeto deste licenciamento ambiental, ou seja, a terraplanagem, a dragagem, o
aterro hidráulico a gente observa que ele avança para o mar, então todo o material dragado
ele vai ser lançado em terra, na própria área do empreendimento, não existe nenhum tipo de
lançamento de material dragado no mar, e é todo aproveitado para o aterro hidráulico. Ai uma
imagem da operação plena, aquela infraestrutura, quando receber os futuros
empreendimentos os terminais de granel, os de carga geral e o estaleiro que precisarão passar
por processos subsequentes a esse de novos licenciamentos ambientais para as suas
instalações.
Algumas imagens de intervenção, essas áreas que vocês vêem pintadas em verde, vão ser as
áreas de corte para a terraplanagem, a imagem da direita são as novas linhas de drenagem e ai
uma imagem do lado esquerdo da área onde vai ser retirado o material de empréstimo para os
quebra mares, onde vai ser retirada a rocha, esta retirada está toda abaixo da cota 50 metros,
ou seja, toda em área que não é área de preservação, em área que é permitida a intervenção.
A área que existe preservação na legislação municipal de Maricá não existe nenhum tipo de
intervenção do porto. E do lado direito temos uma imagem de construção deste quebra mar.
Ai a área que vai ser o objeto da dragagem da onde vai ser retirado o material que vai ser
lançado todo em terra. A integração de projeto, esta é uma preocupação muito grande da DTA
, então o principal quebra mar, ele que sai da praia e vai em direção ao mar ele vai ser um
espaço de uso público, ele vai estar franqueado para as pessoas, será urbanizado, com ciclovia,
pista de cooper, bares, local para admiração do mar, para pesca, para admirar a pratica do
surf... Algumas imagens de integração de projeto de outros portos, e abaixo, um texto da
Secretaria Especial de Portos que para nós é um texto muito importante que fala que o porto
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moderno, ele precisa estar integrado com o local, ele precisa ser um gerador de
desenvolvimento local e ele precisa ter que suas atividades se integrem com a economia de
cada região, o porto convivendo com a cidade, esta é a visão da DTA para projetos portuários,
a gente costuma falar que existem novos portos, mas não existem cidades que abrem mão do
seu porto, o porto é uma estrutura que vem para ficar, que vai ficar por séculos e até milênios
se a gente olhar os principais portos das cidades mais antigas da Europa ou da Asia. A gente vai
ver que eles estão na aquelas cidades desde 2 ou 3 mil anos atrás.
Algumas alterações de projeto que ocorreram com o processo de interatividade com a
comunidade e com técnicos do INEA, as mais importantes foram o afastamento do quebra mar
em relação ao promontório da Ponta Negra, este afastamento de no mínimo 100 metros então
aquela área fica externa ao porto, o afastamento do outro quebra mar em relação aos
beachrocks da praia, ele enraizava, ele chegava na praia no local que tinha um agrupamento
importante de beachrocks, ele foi deslocado para a esquerda para preservar este agrupamento
de beachrocks e ai uma série de outras medidas voltadas para a integração com a comunidade
no que diz respeito a geração de emprego e renda, cadastramento de trabalhadores a
programas de educação ambiental, assim como as questões relativas a emissões atmosféricas
ou de afluentes do porto, ou seja, do tratamento das possíveis fontes de poluição mitigando
assim os impactos ambientais no próprio projeto de engenharia!
Algumas características operacionais nós temos primeiramente, já foi vista as imagens dos
acessos, aqui uma imagem interessante que mostra online o fluxo dos navios. Então a gente
observa por esta imagem que este litoral do rio, ele já é uma região de grande fluxo de navios
e embarcações. É obvio que assim seja, visto que o Rio de Janeiro é a 2º maior cidade do pais,
então a gente vé centro a baia de Guanabara com a grande entrada de navios, do lado
esquerdo a região de Itaboraí e do lado direito a cidade de Macaé, um pouquinho a direita da
baia de Guanabara é onde está localizado o porto então a gente vai ter uma nova linha
amarela, talvez não chega a ficar uma linha vermelha integrando este fluxo no mar com a
terra, nós estamos introduzindo um porto em uma região metropolitana, numa região onde o
fluxo de navio já é bastante intenso.
Nós temos um slide especifico sobre a questão da agua, uma questão muito delicada, estamos
em uma situação de estiagem na região do sudeste que é uma situação inédita para muitos de
nós de tanta estiagem. Então nós temos muitos documentos da SEDAE, garantindo um volume
mínimo de agua no momento futuro não no momento de hoje, nos obrigando a fazer o
tratamento dos efluentes do porto, tanto os doméstico como os industriais e nós temos
diretrizes de projeto, o reuso da agua, o aproveitamento da agua de chuva, e nós estamos
atualmente - devido a este novo fato de estiagem - conversando com empresas de vanguarda
tanto na questão de tratamento para que a gente possa fazer um reuso de 100% da agua,
quanto inclusive avançando para estudar projeto de dessalinização se assim se mostrar
necessário.
A questão do controle do fluxo naval por sistemas modernos de boias interligados a radares e
tudo por satélites para evitar acidentes no mar e finalmente a questão que já foi destacada da
barreira da stop-oil, que impede a passagem de oléo, como a gente sabe o óleo é um sobre-
nadante, ele é mais leve do que a água, então no caso de vir a ocorrer daqui a 20, 30 ou 3 ou 5
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anos um momento que ocorra algum acidente operacional, você rapidamente pode fechar
esta única integração do espaço de mar no porto e fora do porto o porto tem uma única porta,
que tem 200 mts de largura, uma porta bastante ampla, e vc rapidamente pode colocar a
barreira e recolher algum eventual vazamento e este óleo inclusive volta a ser aproveitado.
Finalizando, dizer que nós estamos muito satisfeitos aqui de estar promovendo a audiência, e
que este é um processo que deve ocorrer e que agende vem provocando e convidando para
muitas outras reuniões além desta que é obrigatória. Já foram 472 pessoas com as quais a
gente conversou nos últimos 2 anos e que fizeram com que este projeto chegasse no estágio
atual, agradeço a atenção e estamos à disposição para qualquer eventual necessidade de
resposta etc, obrigado....
(Apresentador) Obrigado Senhor Mauro pela apresentação. Jairo, por favor. Gostaríamos de
registrar a presença do senhor Welington Magalhães de Bastos, Secretário Municipal De
Agricultura, Abastecimento E Pesca. Registrar também a presença do representante do CREA,
o Sr. Felipe Brasil, que muito nos honra com a presença.
Dando continuidade à Audiência Pública, eu convido para fazer a apresentação, relativa a
apresentação relativa a parte de estudo de impacto ambiental, o senhor Norberto da empresa
consultora ARCADIS
(Norberto) Boa noite, gostaria de agradecer a oportunidade de apresentar aqui alguns dos
principais resultados do estúdio de impacto ambiental que foi elaborado pela ARCADIS.
Primeiramente vou apresentar a agenda que eu tenho preparado para hoje, vou falar
rapidamente do grupo ARCADIS, o que que é o estudo de impacto ambiental vou abordar os
estudos alternativas locacionais que foi feito para este empreendimento a definição das áreas
de influência, o diagnostico ambiental que é a caracterização da área onde está prevista a
implantação e operação deste empreendimento e também os principais impactos ambientais e
as principais medidas de programas associados e no final a conclusão do estudo!
Bom... a Arcadis Logos é uma empresa que faz parte de um grupo multinacional que atua
principalmente nas áreas de infraestrutura, agua, meio ambiente e edificações, ela hoje está
entre as 3 maiores empresas de engenharia e consultoria do brasil, e tem mais de 3500
funcionários é uma das pioneiras do serviço de consultoria ambiental do mundo!
Bom falando agora do estudo ambiental, o que que é o estudo ambiental, neste caso a gente
está falando do estudo de impacto ambiental que e um estudo técnico, que e feito para dar
subsidio a tomada de decisão do órgão licenciador que neste caso é o INEA, para a emissão da
licença previa ou não. Junto com o EIA é feito também o RIMA , que é um relatório de impacto
ambiental que traz o resumo dos principais resultados do EIA, em uma linguagem mais
acessível para que ele tenha um amplo alcance na população, é um trabalho multidisciplinar,
ou seja, tem muitas pessoas de várias áreas envolvidas
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A equipe que a gente atuou neste estudo ela tem atuação nacional muitos profissionais são do
Rio de Janeiro foram envolvidos mais de 50 especialistas entre: biólogos, engenheiros,
arquitetos, advogados, economistas, enfim é muita gente para completar as grandes áreas
foram estudadas para esse trabalho. O trabalho é feito então com levantamento de dados
tanto em bibliografia especializada quanto na área também foram feitas uma série de visitas e
a partir destes dados então é feito uma grande consolidação que gera um estudo que nesse
caso de mais de 4000 páginas e vocês viram resumo deste estudo que ficou no RIMA que ficou
à disposição e também em um folder informativo.
Como é feito o estudo de impacto ambiental: ele parte da caracterização do empreendimento
que o empreendedor traz dizendo: esse empreendimento eu quero licenciar, nessa
caracterização tem dois principais: análise de alternativas locacionais que ela tem como
premissa reduzir de cara de partida a interferência em vários e vários aspectos incluindo no
meio ambiente e sociedade e também uma série de sistemas de controle que já fazem parte
do projeto de berço para evitar ou reduzir uma série de impactos, a partir daí então é feito o
diagnóstico da qualidade ambiental na área onde este empreendimento deve ser plantado.
Isso inclui os meios de Físicos, Biótico e socioeconômico.
A partir da sobreposição dessas duas informações: de qual é o empreendimento e aonde ele
deve se implantar e qual é a características dessa área, a gente consegue então prever quais
são os impactos ambientais que este empreendimento deve causar. A partir de seus impactos
ambientais então a gente prevê quais são as ações de controle e minimização para aqueles
impactos que são negativos e adversos e as ações de potencialização dos impactos positivos.
A conclusão dessa primeira etapa ela chega nas audiências públicas que marcam a participação
social nesse processo, como o Mauro destacou no final da apresentação deles também foram
feitas uma série de reuniões prévias é para aumentar a participação social neste processo. É
importante dizer que essa apresentação ela nem de longe chega perto da totalidade dos tudo
que foi feito mas sim o estudo que durou dois anos de conclusão com muitos profissionais de
universidades públicas do Rio d e janeiro e São Paulo e de outros estados e aqui a gente tem
este tempo de 45 minutos pra apresentar pra vocês quais são os principais resultados e as
principais conclusões.
Então vamos lá: O estudo de alternativas locacionais como foi dito desde do começo do
projeto foram analisados em uma série de alternativas e foram destacadas três alternativas
aqui no estado do Rio de Janeiro pra fazer essa análise a primeira a primeira delas em são
Francisco de Itabapoana que ela tem um canal de por conta da distância que esta linha de
costa está da profundidade de 30 metros que é mais importante para este tipo de
empreendimento ela gera um canal de navegação que tem aproximadamente 64 quilômetros
de extensão, a segunda alternativa então foi de campos de Goitacazes que também pela
mesma razão de distância da cota de 30 metros de profundidade tem o canal navegação de 18
quilômetros de extensão e a última tentativa foi a alternativa que o Mauro apresentou pra
vocês que é o a alternativa aqui em Maricá aqui na praia de Jaconé em Ponta Negra.
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É que em um canal como nesse ponto a linha de profundidade é muito mais próximo da costa
o canal de navegação ele tem apenas 3 quilômetros de estensão então para fazer análise
dessas três alternativas a gente considerou que - diz a instrução técnica que é o instrumento
do órgão ambiental do INEA para direcionar quais são os conteúdos que o estudo de impacto
ambiental deve ter apresentar o órgão para que ele possa analisar a sua conclusão - essa
instrução técnica diz “que as alternativas consideradas devem ser apenas do estado do Rio de
Janeiro e não podem interferir de que forma em unidades de conservação sejam de uso
sustentável ou de proteção integral”.
Então foram utilizadas estas três alternativas e uma série de fatores em parte também
presentes na própria Instrução Normativa para avaliar qual delas seria a mais interessante,
foram utilizados então fatores determinantes para implantação de empreendimento que são
principalmente associados a engenharia que é a profundidade junto a costa e a área suficiente
para a retro área, eles são fatores de engenharia mas que também estão associados uma série
de impactos, por exemplo: a distância é a profundidade junto a costa que vai fazer a distância
do canal de navegação. Quanto mais distante, maior a dragagem e a dragagem é um dos
fatores muito impactantes neste tipo de projeto e uma série de outros fatores condicionantes
para implantação de empreendimento por exemplo a topografia, o relevo da área em que a
retro área do porto deve se estabelecer todos os acessos terrestres uma vez que o porto é um
modal de logística ele tem que ter acesso ao escoamento do material que está chegando ou
saindo a partir dele.
E o distanciamento de áreas povoadas e áreas turísticas e também o distanciamento em áreas
em solares e com sítios arqueológicos. Então foi feita análise considerando esses fatores e de
maneira geral para todos fatores condicionantes a avaliação das três alternativas foi muito
similar, agora na parte de profundidade que também está associada essa dragagem, como eu
falei, a alternativa de Maricá foi bastante mais interessante para análise então foi escolhido
como alternativa final. Pode passar.
Então a partir desta alternativa vamos falar das áreas de influência.
Aqui eu tenho as três áreas principais que a gente trabalha para o estudo. A área diretamente
afetada, ADA, usada como a gente chama, é a área que vai ser ocupada pelo empreendimento
propriamente dito então é a área do projeto.
Depois a gente tem duas áreas de influência, área de influência direta que são os impactos
principais que vão se propagar aqueles que dão mais sentido da região em geral estão mais
próximos dos empreendimentos. E depois tem área de influência indireta onde vão ser
sentidos os impactos menos fortes de maneira menos forte que é um entorno um pouco mais
expandido dessa área.
Aqui então eu tenho um desenho em roxo a gente tem a área do projeto, tanto no continente
quanto no mar depois eu tenho em laranja mais claro área diretamente afetada que nos
continentes ela pegou para os meios físico biótico, os principais rios que drenam ali pra área
do empreendimento ir pra lagoa de Jaconé e no meio marinho, a gente tem feito um estudo
de modelagem da dispersão dos sedimentos para implantação desse empreendimento e onde
o limite máximo de qualquer sedimento foi delimitado como essa área de influência direta.
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Para área de influência indireta então, para o meio terrestre, foi considerado os rios uma
instância acima, uma bacia acima todos os rios que drenam para essa área incluindo ali,
chegando bem pertinho da Lagoa de Saquarema e pro meio marinho foi então considerado
um distanciamento de dois quilômetros a partir da área de influência direta. Pro meio sócio
econômico que os impactos trabalham de uma forma diferente pra área de influência direta
foi então considerados os município de Maricá e Saquarema e para a área de influência
indireta a rede de municípios a que esses dois estão interligadas que inclui Niterói e os
municípios vizinhos, Niterói sendo polarizador da conversa entre os municípios.
Bom, trazendo os principais resultados do diagnóstico ambiental para os 3 meios. Começando
então pelo meio sócio-econômico: foram então estudados uma série de temas solicitados em
partes na instrução técnica e alguns acrescentados como: expansão urbana, a ocupação
desses dois municípios Maricá e Saquarema , a rede de cidades, situação de emprego
população, os indicadores movimento social como um deles o IDH, habitação, educação,
turismo, arqueologia com destaque para beachrocks, a pesca artesanal que acontece na região
e a paisagem como ela se caracteriza. Alguns dos resultados então: expansão urbana e os
vetores de crescimento, existe, já é conhecida uma ocupação acelerada tanto de Maricá
quanto de Saquarema . De duas principais formas: tanto a expansão do núcleo urbano sede
como também a expansão mais pulverizada de umas residências de veraneio e opções de
lazer para final de semana. As perspectivas de ocupação em Maricá e Saquarema , elas tão
bastante associadas à ausência de grandes empreendimentos que possam empregar boa
parte da população aqui, então a gente vê por exemplo que a Sede Urbana de Maricá ela se
desenvolveu junto à RJ 106, ela tá bastante associada aos cursos que vieram da região
metropolitana.
Pode passar.
Aqui tem o mapa do município de Maricá, a gente consegue ver no canto direito, uma área
em rosa onde é o empreendimento, pode passar para o próximo, aqui que a gente tem o
município de Saquarema , a gente consegue ver no canto esquerdo da tela , o
empreendimento em Maricá e o destaque para o Município de Saquarema , a gente vê então
no centro direito da tela ,essas cores um pouco mais quentes, logo a acima da lagoa é um
centro aqui urbano de Saquarema , e os vetores, essas setinhas, mostram pra onde é a
tendência de crescimento da população e a gente vê que ela é bastante diverso, a gente tem
crescimento pra vários lados, em Maricá a gente vê uma tendência para o nordeste, por
exemplo mas aqui em Saquarema a gente vê que é uma expansão desse próprio núcleo.
Bom existe uma população na área do empreendimento, são cerca de 63 imóveis e eles são
caracterizados como 20 sendo ocupados por moradores locais, 21 sendo destinados a
residências de veraneio e 22 são ou de uso comerciais ou lotes vagos ou que têm processos de
construção. Bom, como é caracterizado emprego na região, então Maricá tem baixo número
de empregos formais, só 10% da população tem empregos com carteira assinada, isso
caracteriza a cidade como cidade dormitório, ou seja, as pessoas dormem na cidade em Maricá
e saem da cidade para trabalharem outros lugares principalmente Niterói e Rio de Janeiro e
voltam à noite, faz o movimento que é chamado de “pendular”: vai e volta.
12
Parte desses empregos informais estão associados com agricultura e o turismo, e também
existe o que reforça movimento pendular, um baixo número de empresas na região que pode
oferecer empregos; em Saquarema a situação é bastante diferente, aqui já está muito mais
estruturado, se tem 65% cento da população com empregos formais e o turismo é muito mais
aguçado e melhor explorado, isso deixa que a população aqui do município seja menos sujeita
a esses movimentos pendulares que ficam dependentes dos fluxos da região metropolitana.
Da População: tanto Maricá como Saquarema , elas apresentam taxas de crescimento que são
maiores do que a média do Brasil e à própria média do estado, esse crescimento foi feito com
base na contagem de população do IBGE ou seja número de habitantes , a gente vê que na
última linha da tabela, diferença entre o censos de 2000 e 2010 foram os dois últimos censos
feitos pelo IBGE, Maricá cresceu 5,2% , Saquarema 3,5% sendo que a média do estado do Rio
de Janeiro foi pouco acima de 1% e mesmo Brasil foi 1,2%, então os dois municípios estão
crescendo muito além da média do estado e do Brasil isso significa que tem muita gente
chegando nesses dois municípios.
Bom Educação: a rede de ensino ela contempla: escolas públicas e privadas, considerando
tanto ensino infantil fundamental/médio e educação de jovens e adultos e ausência do
terceiro grau formal, aqui em Saquarema tem uma FATEC que tem cursos de Meio Ambiente,
Eletromecânica, Hospedagem, Petróleo e Gás, Segurança do Trabalho, Edificações que forma
profissionais bastante aptos para o desenvolvimento das atividades que o próprio município
tem como forte. Está em a implantação agora uma escola técnica em Maricá vinculado ao
Instituto Federal Fluminense.
Bom o Turismo: ele é caracterizado aqui por dois fatores principais, associados
principalmente os recursos naturais do município, em parte a mata atlântica que dá potenciais
para turismos de aventura, ecoturismo e a parte de praias com esportes náuticos em
destaque para o Surf, esses dois tipos de turismo, eles são turismo sazonais, principalmente a
parte das praias na que dependem muito das condições climáticas e eles são ativos uma parte
do ano e eles praticamente não existem em outras épocas do ano
Bom, entrando em arqueologia, com destaque em beachrocks, é um material de interesse
cultural em superfície, então esses beachrocks tiveram uma menção importantes do Charles
Darwin em 1882 quando ele aportou aqui que região pra descrever o bioma da região dos
lagos; a maior concentração desses beachrocks está fora da área do empreendimento ,como a
gente vai ver no slide seguinte, é tão gente consegue ver no canto esquerdo é o promontório
ali de Ponta Negra, quando a gente caminha pra direita tem essa linha verde, essa linha verde
é o limite empreendimento, é o quebra mar leste.
Ele foi inclusive deslocado um pouco mais para esquerda cerca de 30 metros por que ele
originalmente interferia naquele maior agrupamento, esses pontinhos azuis marcados na tela
são esses agrupamentos desses beachrocks, ele tinha uma interferência maior nesse
agrupamento mais significativo isso fez com que o empreendimento se ajustasse para diminuir
essa interferência; agora o que a gente vê, também foram mapeados Beach Rock até 2km de
distância do costão da Ponta Negra , a gente vê que a maior parte deles está do lado de fora
do empreendimento, está mais a leste do empreendimento e a gente consegue ver na imagem
abaixo , essa imagem em preto e branco que é uma reprodução das anotações do Darwin, os
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Beach Rocks que ele anotou na caderneta são os beachrocks que estão fora da área do
empreendimento e mais em direção a Saquarema .
Considerando então a manutenção de atividades tradicionais, o destaque para pesca
artesanal, então são cerca de 50 associados de atividades pesqueiras na comunidade de Ponta
Negra, foram entrevistados três associações de pescadores e o destaque foi para a
comunidade de Ponta Negra, que é a comunidade que está mais próxima do empreendimento.
O que foi mais relatado por todos os pescadores entrevistados é a concorrência com a pesca
industrial principalmente quando eles chegam muito próximo do litoral e o formato da pesca
é mais agressivo e diminui bastante a quantidade do pescado que fica disponível para os
pescadores artesanais; ocorre também que essa pesca ela foi desenhada pelos pescadores
quais seriam as áreas de atuação e ela ocorre principalmente em alto mar, em alguns casos
principalmente quando as marés são tão favorável ela pode ocorrer também dentro das lagoas
que ocorrem na região.
Podemos passar para o próximo:
Da Colônia Z 27 que fica em Maricá praticamente na divisa com Niterói, essa foi a área
delimitada pelos pescadores como a área que eles atuam para pesca e essa setinha são as
principais rotas que eles usam para pescar nessa área. A gente vê em destaque - marcado ali
em vermelho e roxo - qual é o tamanho do empreendimento em relação à área ao tamanho
da área de pesca, e que não tem uma interferência a sobreposição da área do
empreendimento direta com a área de pesca. Essa é a Associação de Pescadores de Ponta
Negra , a gente vê também quais são as áreas de pesca dele e as rotas principais e depois é
tem a Colônia Z 24 aqui de Saquarema , a gente vê então que também tem essa área em
verde marcado, que é área de pesca e as principais rotas, essas áreas tem então sobreposição
bastante grande, são áreas indicadas pelos próprios pescadores e mais para frente a gente vai
falar da interferência do empreendimento sobre as rotas e área de pesca.
Meio Biótico: para o meio biótico foram abordados flora, fauna e as áreas de preservação . Da
flora foram considerados os levantamentos dos tipos de vegetação que ocorre na área, qual é
a cobertura vegetal sejam aonde um desses tipos de vegetação ocorre, o levantamento das
espécies, espécies raras endêmicas e ameaçadas extinção e unidades de conservação.
Da fauna foram abordados grupos de aves, anfíbios, répteis, mamíferos e peixes, e os micro
organismos aquáticos e para os dois grupos foi solicitado um parecer sobre a sobrevivência das
espécies sensíveis no entorno da área do empreendimento.
Para Flora foi feito levantamento da vegetação na área do empreendimento e no entorno
foram consideradas espécies desde capins até as árvores considerando inclusive as
trepadeiras e as herbíferas como as bromélias e orquídeas, e de resultado a gente deve ter
praticamente 370 espécies identificadas e dessas quatro espécies são ameaçada de extinção
pela lista oficial do Ministério do Meio Ambiente além disso tem 8 espécies que foram
consideradas raras, endêmicas ou sensíveis pelos profissionais jardim botânico que fizeram
esse estudo.
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Esse é o mapa que mostra a cobertura vegetal, em linha gerais ele é bastante complexo que
não vamos entrar em detalhes aqui, que mais próximo da costa a gente tem os ambientes de
restinga conforme vai caminhando para de serra mais na parte de cima da apresentação são
os ambientes de mata atlântica principalmente de vegetação de montanha, a gente vê
também que ir na área mas a esquerda de empreendimento que está desenhada em roxo já
tem uma área bastante alterada que era a área que antigamente era ocupada pelo Campo de
Golfe do Roberto Marinho, nesse gráfico embaixo a gente vê a quantidade de cada tipo de
vegetação que vai ser suprimido para implantação de empreendimento, então tem um pouco
mais da metade que é área já alterada que foi ocupada pelo campo de golfe principalmente
depois a gente 34 % de área mata atlântica ainda sobra é toda parte da serra inclusive o que
tá ainda protegido na unidade de conservação e 11% da área de restinga.
Falando da unidade de conservação, o empreendimento ele não tem interferência direta com
nenhuma unidade de conservação tanto federal, estadual ou municipal; as unidades de
conservação mais próximas são duas: Área de Proteção Ambiental Municipal da Serra de
Maricá, que é uma unidade de conservação de uso sustentável e o Refúgio da Vida Silvestre da
Serra de Maricá, que é uma unidade conservação de proteção integral. A APA, ela foi criada
em volta do refúgio da vida silvestre funcionando como uma zona de proteção, uma zona
tampão que a gente diz os primeiros efeitos chegariam na APA e deixariam o refúgio da vida
silvestre mais intacto.
Falando de Fauna: foram identificadas 120 espécies de aves dentre elas o formigueiro do
litoral que é uma espécie ameaçada de extinção que ocorrem em restinga justamente por
conta do tipo de ocupação de restinga ela é praticamente toda habitadas essa espécie e
considerada como ameaçadas extinção.
Anfíbios e répteis: foram identificadas 35 espécies de anfíbios e 16 espécies de répteis, sendo
9 lagartos e 7 serpentes, dentre elas tem uma rã que foi descrita a 25 anos atrás e depois disso
nunca mais eu tinha sido visto. Ela foi encontrada no estudo e o lagarto, leo lemos que ocupa
estes ambientes de praia, bastante característico e também encontrado ameaçado de extinção
Falando de mamiferos então: foram 23 espécies de mamíferos sendo 9 morcegos e 14
mamíferos não voadores e o destaque foi dado para o roedor Trinomes que é uma espécie
também ameaçada de extinção e conhecida por habitar outras regiões de restinga
principalmente unidades de conservação são pouco mais preservado e pra peixes foram
identificadas 37 espécies de peixes continentais, 35 espécies de peixes marinhos encontrados
na região de peixes anual Rivolidiu que é ameaçado de extinção e também um outro cação que
é uma espécie marítima que também é ameaçado de extinção.
A biota aquática que a gente chama de liminologia, principalmente os micro organismos
foram identificados praticamente 150 espécies de planqueton e invertebrados, associados ao
fundo foram identificadas 15 espécies. A leitura que a gente faz desse grupo principalmente já
dá para perceber que esses ambientes principalmente das lagoas eles já indicam sinais de
indicação principalmente por conta da jogada de esgoto não tratado nessas áreas de lixo
também mas apesar dessas áreas mostrar sinais de alteração a qualidade da água não tá
comprometida
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Bom é no final do meio biótico então que a gente apresentou um parecer, dois pareceres na
verdade, um para a flora que foi feito pelo departamento de silvicultura da Universidade
Federal Rural do Rio De Janeiro, que atesta que as espécies que foram encontradas e que são
ameaçadas de extinção elas ocorrem também fora da área do empreendimento. Então a
implantação de empreendimento não acarretaria com a extinção desta espécie na região e de
forma semelhante pra a fauna, foi feito um parecer pelo diretor do centro de biologia marinha
da universidade de São Paulo falando a mesma coisa que é que essas espécies principalmente
animais porque eles andam, eles ocorrem em toda a região ali além da área do
empreendimento e que as medidas que estão previstas nos estudos são as medidas cabíveis
para garantir a permanência dessas espécies dentro desta área na região.
Bom falando do meio físico: foi abordado o clima, meteorologia, ruído toda a parte do meio
físico duro como a gente chama, como a geologia geomorfologia que fala dos relevos tipos de
solos geotecnia e também os recursos hídricos, a quantidade à qualidade das águas tanto
superficiais no sítio lagoa quanto as subterrâneas e também pro meio físico marinha foi
avaliada a qualidade da água do mar e dos sentimentos
Bom, falando em qualidade da superficialidade mentos foi como eu disse né pelo meio biótipo
também conseguimos ver foi verificado que é que boa parte desses recursos já apresentam
índices de poluição por esgoto doméstico e lixo existe bastante erosão e assoreamento nestes
corpos de agua né, ou seja, houve a remoção da vegetação na margem de seus corpos da
água e toda a areia e terra começa a cair pra dentro desses corpos d'água e provocam essa
assoreamento na lagoa de Jaconé que é o maior destaque o a mais próxima do
empreendimento os padrões de qualidade da água atendem a legislação federal que
estabelece os padrões para consumo humano
Os usos, principalmente da lagoa de Jaconé que, como eu falei, é mais perto o destaque é pra
recreação pesca artesanal e amadora turismo é principalmente pela beleza cênica e também e
habitat para a fauna e para a flora nativa.
Bom, aqui a gente tem a costa incluindo os dois municípios de Maricá e Saquarema a gente
ver o canto mais esquerdo da tela a praia da barra são os arcos praiais ou seja são os
segmentos da costa, tem o arco praial da barra e tem o arco praial da praia de Jaconé eles são
praticamente isolados um do outro funciona de forma independente. Ali em rosa a gente tem
a área destacada por empreendimento e está série de pontinhos colocadas foram pontos que
foram utilizados para fazer medições e simulações pode passar. Considerando o ponto mais
esquerda número 1 e o ponto mas a direita, o número 12 tenho alguns gráficos que mostram
simulação que foi feita, considerando o ritmo de ondas né, antes e depois do empreendimento
então cada gráfico é pra 1 ponto, a esquerda antes da implantação do empreendimento e à
direita como a implantação do empreendimento. Então no ponto 1 e no ponto 12 a gente
consegue ver é aqui o sentido dessas barras que vocês veem nos gráficos é como se fosse uma
rosa dos ventos na então a gente ver qual a direção predominante das ondas e a gente
consegue ver que elas são de sul e sudeste e elas praticamente a diferença de cores que
mostra a intensidade da altura de cada uma destas ondas, então a gente consegue ver que no
ponto 1 ao ponto 12 praticamente não existe alteração com a implantação do
empreendimento ela se comportam de maneira idêntica a antes da implantação do
16
empreendimento, com as ondas e sudeste praticamente não variando na intensidade do
tamanho Já no ponto 8 que ele é localizado no limite do empreendimento a gente vê que
existe ali, alguma alteração que é, as ondas não mudam o sentido predominante continua
sendo sul e sudeste mas eu tenho uma diferenciação no tamanho das ondas então as ondas de
surf fica um pouco menor do que elas são hoje né então isso significa que os impactos
associados à ondas e aos sedimentos que elas carregam são muito restritos a área do
empreendimento que eles não têm capacidade para assim dizer de ir muito longe.
Principais impactos e programas ambientais – Aqui a gente tem uma lista da totalidade dos
impactos ambientais então eles são separados fase de planejamento que a fase que a gente tá
agora enquanto o empreendimento não existe, depois a gente passa pra frente receber a
licença de instalação que seria um ainda pra frente dessa que a gente tá no momento, ele
começa a ser construído ai inicia-se a fase de implantação, uma vez que ele foi totalmente
implantado se inicia as fases. Eles também são apresentados para o meio sócio econômico
bióticos e físico. Com a leitura destes impactos foram então previstos 36 programas
ambientais que estão divididas em duas categorias de gestão ambiental, controle,
monitoramento e relacionamento tão principalmente associadas a todos os interlocutores e
partes envolvidas interessadas e também os programas de mitigação e compensação. Dois
desses programas merecem destaque o programa eles atravessam praticamente todos os
outros no programa de gestão ambiental de guarda chuvas que faz com que todos os
programas funcionem, se articulem e garantam a gestão ambiental do empreendimento em
outro programa que merece destaque é o programa de comunicação social, ele é a porta que
tem ficar sempre aberta de comunicação entre toda sociedade que o empreendedor, ele faz
esta interface entre as partes envolvidas todos os representante sociais das entidades que são
diretamente ligada e o empreendedor, eles também atualizam os outro programa da evolução
de todos os problemas que acontecem com público alvo. Da uma dinâmica e como estes
programas duram bastante tempo eles vão começar a previsão do início deles bem pra frente
então ele traz todas informações de atualização pra que esses programas sejam efetivos e
acompanhantes desta dinâmica.
Dos impactos ambientais e as medidas - No meio sócio econômico a gente tem alteração nas
nossas finanças públicas municipais por meio da geração de tributos municipais e pelas gerado
pelas obras de implantação do Terminal Ponta Negra. Esses tributos podem ser de ordem
direta e indireta e eles chegam nos municípios da área de influência direta, Maricá/Saquarema
.
As medidas associadas são medidas de potencialização visto que é um dos impactos positivos
então é uma plantação de medidas para capacitação da gestão do poder público para que eles
consigam trabalhar melhor com essa renda do município que alimenta
Existe também o impacto de intensificação e animação da economia dos municípios não só de
Maricá/Saquarema como também nos municípios vizinhos e ao incremento na recepção de
royalties de petróleo porque destacadamente Maricá passa a participar da cadeia produtiva do
petróleo então ela entrou de uma forma diferenciada. Para isto também existe ações de
comunicação social voltada a pequenos empreendedores que eles possam aproveitar essa
17
nova movimentação da economia e se estruturar de forma melhor para garantir a qualidade
de serviço.
Além disto tem alterações no mercado de trabalho por conta da contratação de trabalhadores.
Para a fase de implantação de empreendimento está previsto um pico de 450 trabalhadores na
obra e pra fase de operação como foi dito são mais de 10 mil empregos diretos indiretos
gerados pela implantação e operação de empreendimentos.
Medidas associadas a esse é a capacitação da mão de obra local seja para garantir que boa
parte da mão de obra que vai ser empregadas neste empreendimento sejam de moradores
locais nesse ponto como a gente falou nada parte de educação do diagnóstico Saquarema sai
com um pé na frente por conta principalmente dos cursos que já capacitaram moradores pra
atuar nas áreas que um empreendedor deve precisar.
Além disso, tem outro impacto, este já negativo que é a atração da população induzida
justamente pela criação dessas vagas de emprego, ou seja, é anunciado que vai se implantar
um empreendimento e operar. Sabe-se que vai ter emprego, que algumas pessoas podem vir
pra cá procurando estes emprego. Isto como a gente se viu no crescimento da população é
uma coisa que já ocorrem na região, tanto Maricá como Saquarema , eles crescem acima da
média Estado justamente porque as pessoas estão chegando por conta das movimentações
vindo do pré-sal do Comperj e de outros empreendimentos
Outro impacto então: pressão sobre equipamentos públicos na fase de implantação operação
e também deriva desse aumento de pessoas e as medidas estão previstas então são medidas
de mitigação e compensação por meio de um programa de acompanhamento e identificação
de potenciais impactos sobre estes serviços de infraestrutura e também desenvolvimento de
programa específico para apoio suporte destes equipamentos públicos com destaque para a
saúde e educação é além disso tem interferência com imóveis localizados na área do
empreendimento.
Não falei àquelas 63 propriedades, foi instaurado já tá em andamento do processo de
negociação para aquisição dessa propriedade, e existe algum programa com medidas de
assessorias as famílias para que ela conseguiu estabelecer de forma igual ou melhor aquelas
que elas estão hoje além disso existe uma alteração no mercado imobiliário que pode fazer a
variação de preços de imóveis na região e como o preço pode ir para cima ou para baixo na
verdade dependendo do ponto de vista, este impacto pode ser considerado positivo ou
negativo.
Ainda no sócio econômico tem alteração da paisagem, desocupação do solo por conta da
implantação desse empreendimento estão associadas algumas medidas como a recuperação
de áreas degradadas tanto nas áreas que o empreendimento eventualmente tenha usado e
não vai ocupar na operação, ele usou para implantar mas não vai ocupar na operação como de
algumas áreas ali no entorno do empreendimento que já tenham sido degradado no passado,
e hoje dentro da propriedade e que possam ser recuperadas.
O aproveitamento da estrutura do quebra mar para o desenvolvimento do turismo na região é
uma proposição de área verde no entorno do empreendimento. Além disto, existe o risco de
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interferência comprometimento da integridade física de patrimônio geológico ai com destaque
aos beachrocks, então como foi dito, uma pequena porção destes beachrocks deve sofrer
interferência deste empreendimento, ou seja, quando ele estabelece e formar o aterro
hidráulico eles vão ficar embaixo dessa areia, eles não seriam perdidos, eles ficam não
acessíveis por assim dizer, então foram previstas medidas que prevêm associação comercial de
pesquisa pra que neste momento das obras possa se estudar mais profundamente esses
beachrocks pra ver se mais alguma informação pode ser gerada, apesar deles já terem sido
estudados. E ação também de educação ambiental para a valorização do património então
tem alguns que vão ser aterrados por assim dizer, mas a maior parte deles fica do lado de fora
então a valorização de patrimônio, que continua disponível para a população
Tem também a interferência com tráfego no sistema viário da região tanto durante as obras
por conta da movimentação de caminhões e maquinas como também durante a fase de
operação. Então, para isto estão previstos treinamento dos condutores de veículos que
estiverem à serviço do Terminal Ponta Negra e a interrupção dos fluxos do terminal portuário
nos dias em que tiver maior movimentação de trânsito de carros principalmente nos período
de veraneio além disso a implantação de um trevo de acesso ao terminal Ponta Negra
conforme a especificação do DR do Rio de Janeiro.
Finalizando: meio sócio econômico: pode haver a redução ou interferência nas áreas de pesca.
Nas rotas de pesca, a área de exclusão de pesca prevista para o empreendimento, por
enquanto ela é simplesmente dentro dos quebra mares e à área prevista pra dragagem do
canal de navegação que se estende por 2 KM, então é uma área bastante reduzida que ela em
si não interfere diretamente com as áreas de pesca, mas o fluxo dos navios que entram e saem
desta área podem causar interferência, para isto então está previsto o desenvolvimento de
ações participativas junto aos pescadores da região pra que eles possam garantir que a
atividade permaneça e que eles consigam tirar ainda parte do sustento deste tipo de
atividade.
Além disso o impacto mais importante positivo neste empreendimento que é o incremento na
oferta regional de serviços portuários específicos, que é a razão de ser desse tipo de
empreendimento.
Agora a gente entra no meio biótico - é previsto então a redução da cobertura vegetal nativa
cerca de 110 hectares de vegetação natural que correspondem a 45% da área do
empreendimento junto com isso existe perda de habitat para a fauna durante a supressão da
vegetação e a terraplanagem.
Estão previstas uma série de medidas e de programas para esses tipos de impactos, por
exemplo: o resgate das espécies ameaçadas da retirada dos animais de laia soltura em áreas
que não serão suprimidas, como as áreas de restinga ao lado do empreendimento,
eventualmente, até unidades de conservação desde que previamente acordado.
O afugentamento também dá fauna durante o processo de vegetação, de remoção da
vegetação para que eles corram afugentados para esta áreas que não vão ser suprimidas e
também a captura e soltura especialmente da fauna ameaçada extinção.
19
Além disso, é prevista então a perturbação da fauna e da das comunidades terrestres durante
a operação do TPN principalmente por conta de ruído e vibração, os animais percebem de
uma forma bastante diferente do que os humanos, o ruído e vibração, então o que é prevista e
a realização de manutenção periódica das máquinas/equipamentos pra que eles trabalhem
sempre dá melhor forma possível emitindo as menores quantidades de gases e de ruído e
vibração.
Além disso é previsto um monitoramento e um controle da fauna no entorno do
empreendimento, e como eu falei antes a captura e soltura dos animais nas áreas que não são
afetadas, além disso da mesma forma que para a fauna terrestre existisse este tipo de
impacto pra fauna aquática também pode existir, então tá associado um programa de
monitoramento e controle desses organismos aquáticos
Bom, entrando no meio físico tem o impacto que é a intensificação dos processos de erosão e
assoreamento que já existem na região por conta principalmente da movimentação de terra e
alteração do regime de escoamento superficial de água. Então, quando chove, a água escoa
por cima do terreno e como a gente vai mudar o terreno com a implantação do
empreendimento, se ele vier a ser licenciado, este regime fica alterado, então existe uma série
de medidas associadas algumas criação de projeto e outras foram propostos é uma delas é a
realização da terra das obras de terraplanagem no período de estiagem porque aí a
quantidade de chuvas e menor. Então quando cai a chuva, a terra já foi removida e ela foi
acumulada, tá sendo movimentada a chuva pode levar esse sentimento pra dentro dos copos
d'água. E a implantação de um sistema de drenagem superficial que é projetado para que essa
água que corria pelo terreno ela caia no sistema de drenagem e vai ser direcionada sem que
ela seja perdida na área.
Outro impacto então é a alteração da qualidade das águas superficiais por conta do
lançamento de efluentes então está previsto o sistema de tratamento de efluentes, então todo
efluente gerado dentro do empreendimento será tratado e a saída deste tratamento tem que
estar de acordo com a legislação federal se ela não tiver isso é um crime não pode haver,
então este efluente é tratado, ele é monitorado e depois é lançado através de um emissário
que acompanha aquele quebra mar do leste a cerca de dois quilômetros da costa, existe um
programa de monitoramento da qualidade da água nesse ponto pra ver se o potencial de
depuração está de acordo.
E também tem programa de gestão dos resíduos que não são os afluentes podem alterar
qualidade da água mas também resíduos lixo caso eles venham cair na água poderá alterar a
qualidade, existe já é uma política nacional de gestão de resíduos sólidos e o empreendimento
deve seguir essa política.
Bom, falando de qualidade do ar; pode haver a alteração da qualidade do ar por conta da
emissão de particulados, poeira, principalmente por conta da circulação de caminhões, então é
previsto que haja uma equação da vida ou seja vão borrifar agua sobre essas vias de terra para
que a poeira não suspenda. A alteração da qualidade da água tendo em vista a operação dos
navios ela é controlada e vão existir pontos de monitoramento que vão me mostrar se os
níveis de emissões estão dentro do padrão permitidos, se eles estiverem chegando próximo
padrão permitido é disparado uma série de ações de controle, inclusive e desligado a máquina
20
do navio, temporariamente, para evitar que esses padrões não sejam ultrapassados e também
um aumento nos níveis de ruído e vibração principalmente durante a implantação do
empreendimento quando se tiver o desmonte de rocha que ser feito com o uso de explosivos.
Então, ali na região de empreendimento não existem muitos receptores mesmo que os ruídos
sejam gerados, não tem tanta gente pra ouvir mas de qualquer forma é feito um plano de
fogo, com aviso das explosões para que todos saibam quando elas vão correr de que forma
elas vão correr quanto tempo elas vão durar
Chegando então na conclusão do estudo ambiental: a implantação e operação dos terminais
Ponta Negra poderão ocasionar uma série de modificações ambientais e sociais tanto positivas
quanto negativas para as quais foram apresentadas algumas soluções considerando mitigação
monitoramento e controle pra que elas são negativas e as medidas de potencialização pra que
elas são positivas a equipe técnica responsável pelo estudo de impacto ambiental do projeto
terminais Ponta Negra concluí que o empreendimento é viável ambientalmente e todas as
ações de gestão dos impactos previstos neste estudo elas passam a ser um compromisso do
empreendedor, ou seja, a partir de agora o entendimento ele deixa de ser simplesmente um
projeto de terminal portuário ele é um projeto terminal portuário associado a todas as ações
voltadas a minimizar os impactos regionais, os impacto que acontece na região tantos
impactos simplesmente ambientais assim como também os impactos sociais é isso. Eu
agradeço atenção de vocês
(Apresentador) Obrigado Norberto, gostaríamos de registrar a presença do presidente da
Câmara municipal de Saquarema , o senhor Romacartt Azeredo e também do vereador Chico
Peres, Matheus da colônia presidente da colônia de pescadores e também vereador, o
presidente do Comitê Baía de Guanabara, Vice Presidente do Comitê do Lago São João
Engenheiro da CEDAE o Sr Jaime Azulai, a senhora Silvana Azulai assessora da presidête da
cedae, da subsecretaria executiva da Secretaria de Estado do Ambiente e à senhorita Ana
Carolina assessora, obrigado
Obrigado pela participação de todos seguindo rito da audiência, faremos um pequeno
intervalo de cerca de 20 minutos mas já estamos com cerca de 40 perguntas escritas
encaminhada a mesa e 10 descrições de usar a palavra. Vocês ainda tem tempo durante esses
20 minutos, e neste intervalo será servido lanche aqui a direita no salão enquanto isso a mesa
vai fazer o agrupamento por temas das perguntas encaminhadas à mesa
Gostaria de pedir a todos que se acomodem para que a gente possa dar continuidade a
Audiência Pública
A partir desse momento não será mais aceito as perguntas, se alguém ainda tá terminando,
por favor, seja breve.
Gostaria de registrar a presença do Secretário De Economia Solidária do município de Maricá,
o Sr Miguel Moraes, e aproveitar e convidá-lo para fazer parte da mesa.
Gostaríamos de registrar a presença do chefe do Departamento de Análise Geoambiental da
UF, o professor Sergio Ricardo Silveira Barros, também registrar a presença do ambientalista
Luiz Lopes, vice-presidente da associação de moradores e amigos de Jaconé.
21
Passo a palavra para o presidente dessa audiência o seu Mauricio Couto,
(Presidente da Mesa) Bom senhores, passando para a segunda parte da Audiência Pública, eu
gostaria de passar a palavra para o secretário Miguel que quer fazer a explanação antes de
entrarmos nas perguntas.
(Sérgio) Boa noite a todos da mesa boa noite a todos presente a todas, nossas lideranças do
meio ambiente as associações presente primeiro, quero primeiro tecer um comentários
respeito do que penso como cidadão de Maricá era de são Gonçalo hoje estou em Maricá tem
uma casa em Maricá 15 anos sou metalúrgico fui dirigente sindical, fui coordenador da câmara
setorial naval e vive a minha vida toda até me aposentar o setor naval, tive a felicidade de ser
uma das pessoas coordenou programa de recuperação do setor naval do estado do Rio de
Janeiro e hoje no brasil. Naquele momento nós tínhamos apenas três mil trabalhadores e hoje
passamos mais de 80.000 até no nordeste hoje nós temos estaleiros, quero dizer a vocês que
essa atividade portuária ela é fundamental para o desenvolvimento econômico e social de
qualquer cidade hoje muitas cidades gostariam de estar recebendo o que essas duas cidades
estão recebendo hoje por conta da geração de emprego. Não se faz sociedade não se constrói
nada sem que tenha formação profissional, não se constrói nada sem que a sociedade tem a
condição de sobrevivência. Não se vive de discurso, se vive de atividade se vive do trabalho da
produção e eu sou uma testemunha viva, eu fiz parte da comissão de elaboração do projeto do
COMPERJ fui com a Petrobras para ver o gasoduto Brasil-Bolívia e vi o sucesso que foi depois
daquele gasoduto pronto para aquela região de Campo Grande e Mato Grosso Do Sul, eu
acompanhei isso e vi o crescimento, minha gente.
A atividade portuária, não só o transporte do petróleo, mas também o transporte de carga é
fundamental é uma atividade específica onde se precisa ter profissionais qualificados e aí eu
aproveito a oportunidade para pedir a empresa DTA , que se preocupe na formação
profissional do nosso povo, é uma atividade específica e nós precisamos ter portuários
formados nestas cidades daqui próximas pra poder exercer atividade portuária que não seja
importados trabalhadores de foram sem que primeiro priorize...
(Presidente da Mesa) Ordem por gentileza... a audiência está sendo gravada, portanto é a vez
dele falar eu gostaria portanto de pedir a ordem...
(Miguel) Eu gosto da Vaia pq a vai também é democracia, tem gente que aplaude e tem gente
que vaia, isto é normal, eu estou acostumado com isto, fiquem tranquilos... Desde que a vaia
seja ordeira, educada e respeite o ser humano o cidadão ela pode ser feita os aplausos então
primeiro vamos ouvir o que eu estou colocando. Estou falando aqui do futuro da nossa
juventude tô falando aqui a formação profissional na área portuária que é fundamental para
esta região como se trata de estaleiro minha gente foram 25 anos trabalhando dentro do
estaleiro atividade, aqui foi dado uma demonstração, de que pra cada um emprego no setor
naval, você tem três empregos da mão de obra direta indireta. Vocês sabem o que é obra
indireta? A mão de obra indireta começa lá no restaurante, a mão de obra indireta é na
indústria de confecção, a mão de obra indireta é na indústria de metal e mecânica, a mão de
obra indireta é na indústria de eletro e eletrônica, a mão de obra indireta e da indústria de
nave e peças, este setor aqui do Rio de Janeiro é tão importante para o nosso Estado como é a
indústria automotiva para São Paulo e vocês precisam perceber que a sociedade ela se
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desenvolve, sim. Agora tem que ter respeito sim tem que ter controle ambiental, essa
preocupação é correta a gente não pode desenvolver nenhuma cidade sem se preocupar com
o meio ambiente, eu acho que isto é corretíssimo, agora quero pedir a vocês, quero pedir a
vocês, nós precisamos que estas duas cidades comecem antes que o porto fique pronto, antes
que os estaleiros fiquem prontos, é preciso que a gente tenha aqui nossos jovens formados
para prestar serviços, isto é fundamental que aconteça eu quero dizer a vocês o seguinte: eu
trabalhei em Macaé e só para concluir eu quero dizer o seguinte...
(Presidente da Mesa) Conclua Miguel. Vcs todos terão o direito de se manifestar. Por favor
conclua Miguel.
(Miguel) Só gostaria que respeitassem isso. Quero dizer o seguinte: não se faz em lugar
nenhum do mundo política de relação de empresa e renda sem que tenha indústria, e a gente
precisa ter os nosso engenheiros, os nosso advogados, os nossos técnicos as pessoas que hoje
estão dentro das escolas com o espaço para ocupar serviço parabéns a DTA , parabéns ao
INEA pela presença e vamos ao porto e vamos ao estaleiro! Muito obrigado.
(Presidente da Mesa) Então agora, dando continuidade aqui as perguntas encaminhada a
mesa por escrito, por favor gente, vamos respeitar o plenário...Pergunta sobre
desapropriação...A mesa tem a prerrogativa... tem secretário que está inscrito aqui para fazer
o uso da palavra? Fica registrado a questão de ordem! Tem secretário escrito aqui vai fazer o
uso da palavra, como todos aqui que se escreveram. Vamos dar continuidade porque nós
estamos com cerca de 60 perguntas por escrito encaminhadas à mesa e temos ainda 20
pessoas inscritas para fazer o uso da palavra
Primeira pergunta é sobre à desapropriação, a Cristiane ela pergunta: gostaria de saber o que
vão fazer com as casas que ocupam a área que provavelmente será um dia parte do porto,
todos serão indenizados? Pergunta ainda: quanto tempo será feita esta desocupação das áreas
pelos moradores? Empresa:
(Mauro) A proposta da DTA é a aquisição dos 60 imóveis para isto já fazem dois anos que
gente mantém contatos com essa comunidade, somos conhecidos, são todos cadastrados e já
fizemos 4 ou 5 reuniões ou talvez 6 reuniões presenciais e estamos guardando, Cristiane, a
emissão da licença prévia para a gente aprofundar essa discussão de aquisição dos imóveis, a
DTA é uma empresa privada então ela não vai desapropriar ninguém não uma empresa
privada não pode apropriar ela vai adquirir, fazer contrato de compra e venda depois de um
processo de negociação com estes moradores
(Norberto) Eu só queria complementar que o estudo, como apresentei, prevê um programa de
apoio às famílias durante o processo de negociação para que fique garantida que elas
consigam viver de forma igual ou melhor do que elas estão hoje.
(Presidente da Mesa) A pergunta agora do Ricardo Assunção: Entendo que hoje no Brasil,
devido a falta de infraestrutura costeira e de refino do petróleo muito do nosso petróleo é
exportado sem nenhum refinamento, o que diminui a receita que poderá ser agilizada no
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Brasil, está correto isto? E me preocupa com o caso de vazamento de óleo na praia de Jaconé,
este óleo é relevante em relação ao vazamento e o impacto que causaria na praia de Jaconé?
(Mauro) Respondendo, nós esperamos, de fato, que com a evolução do projeto iniciativas que
não são exatamente essa do porto mas que vão estar associadas a essa, façam a interligação
do porto com a nova refinaria que está se construindo pra que a gente não exporte petróleo
mais sim exporte produtos com valor agregado isto também é o nosso desejo, não é objeto
deste licenciamento ambienta. E quanto ao ao vazamento a gente mostrou nas exposições a
cortina pra segurar o vazamento, quer dizer, esse tipo de projeto de porto é o que oferece a
maior segurança possível na questão do vazamento, é o porto em terra, on shore, como a
gente mostrou, com uma única passagem entre o mar aberto e o porto, passagem essa que
pode ser fechada no caso de uma eventual acidente
(Presidente da Mesa) Nós recebemos diversas manifestações aqui para serem lidas por. O
Richard Udeuf: “Sou contra o porto “. Cláudia Udeuft, ela diz: “Saquarema precisa de valorizar
as suas riquezas naturais ganhar com o turismo sustentável e ecológico, temos praias lindas,
lagoas e e ainda mata atlântica com fauna e flora riquíssima montanhas e não precisamos de
poluição, fora porto.”.
Bruno Rocha pergunta: É legal colocar concreto e mais um monte de resíduos tóxicos na praia?
É pergunta isso Bruno? Não, presidente do INEA não está presente, tem um representante do
INEA no grupo de trabalho e tem eu que sou o representante da CECA, em relação a
ilegalidade você tem que seguir diversos procedimentos, por exemplo, como eu disse do
licenciamento prévio da atividade no início da Audiência Pública tem que passar por diversas
fases. Quando eu digo ao final do parecer técnico do grupo de trabalho ele é encaminhado a
procuradoria jurídica do INEA, a procuradoria jurídica fez exatamente esta função de ver se
todo o rito legal referente ao licenciamento foi cumprido, então nós estamos na fase
preliminar do licenciamento, então, hoje se você me perguntar se esta obra é legal fazer este
tipo de atividade, nenhum de nós poderia responder em função das alternativas e da
legislação e dos pontos que são facultados para a implantação deste tipo de empreendimento
que a legislação prevê, então é isto.
Diz Bruno Verissimo – Porque o projeto não pode ser feito em áreas degradadas e com
logística tipo porto Itaboraí, porto Itaborai Comperj? Sabemos que existem áreas como
Sepetiba e Guaratiba que podem viabilizar o projeto. Sairíamos de uma área de preservação
ambiental com características próprias já em Sepetiba poderia se adequar através de uma rede
Comperj e Itaboraí e o porto de itaguaí com a nova malha moderna, ligando até Itaborai
facilitando o escoamento da demanda de petróleo. Ai vem a posição que em Saquarema seria
mais valioso, praias como foi colocado ante, costa aberta e o mar revolto, tornando a corrente
marítima difusa e forte, dizendo dos empecilhos com relação a implantação do
empreendimento, e conclui: não queremos o porto, pois o fim do petróleo é por pouco tempo
e temos outras modalidades de empreendimento, tipo quebra mar, sol, enfim novas
modalidades irão surgir e mais limpas balneabilidade sim, porto não.
Diz Luiz Inácio – Já que se fala em fazer empregos diretos e indiretos por que então não se
passar fazer um mega resort em vez de poluir o canto da praia aonde existe porto sempre há
poluição, além de poluição provavelmente um maior impacto será na corrente marítima
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prejudicando as grandes ondulações que ocorre na orla de Saquarema propiciando aqui as
melhores ondas do Brasil. É só se manifestar em relação a dinâmica costeira e alteração de
ondas por favor
(Norberto) Conforme eu apresentei, foi feito um estudo de modelagem das ondas e foi
verificado que mesmo na região próxima do empreendimento, as únicas alterações verificadas
de onda, são muito próxima ao empreendimento onde se teve uma diminuição das alturas das
ondas de sul colado ao quebra mar já as distâncias muito pequenas empreendimento logo do
outro lado do promontório da Ponta Negra e muito pouco depois à esquerda caminhando em
direção a Saquarema , mas ainda dentro de Maricá não houve alteração nessas ondas, então
dificilmente, não é possível que qualquer alteração de ondas aqui na região de Saquarema
venha acontecer por conta da implantação do empreendimento
(Presidente da Mesa) E depois nós vamos aprofundar o debate na hora do debate oral.
A Jaqueline Zaguini: - A grande maioria dos moradores Jaconé Ponta Negra comunica aos olhos
do governo federal estadual municipal bem como a empresa DTA o seguinte: o atraso no
início das obras do porto TPN nos desbenificia 100% e afeta as seguintes prioridades de
urgência e emergência: falta de emprego e capacitação, atividade econômica e negócios
beirando a marca zero, turismo nacional e internacional zero, campeonato de surf em Jaconé a
Ponta Negra: zero, lagoas e canais todos contaminados e manto aquífero contaminado por
fora devido à falta de saneamento e estações de tratamento, queimada de áreas na restingas e
matas adjacente destruindo nossa vegetação e exterminando nossa fauna, ruas sem asfaltos
sem ponte dos canais de acesso às praias afetando a circulação mobilidade e liberdade de
nossos cadeirante, idosos, crianças, grávidas e pessoal com deficiência física motora. Coleta
seletiva de lixo e criação de uma usina de reciclagem, sem área de lazer, praças, centros
esportivo e calçadão da beira mar Jaconé Ponta Negra. Necessitamos farmácias bancos outros
serviços ligados à nossa equipe social; falta de posto de saúde e maternidade hospital,
eliminação total de contaminação causada pelos lixões, abandono de nossas praias e toda orla
e ruas sem asfalto, falta água potável estação de tratamento para Jaconé Ponta Negra e falta
segurança pública mais policiais e bombeiros, ciclovias em toda a Ponta Negra. Alerto que os
moradores de Jaconé Ponta Negra reclamam diariamente pela imediata construção do porto
TPN a fim de sanar e resolver todos esses os problemas já mencionados que para os
ecologistas parece irrelevante mas são a parte ativa e importante na realização da qualidade
de vida em nossa comunidade Jaconé Ponta Negra. E unidos venceremos pelo progresso.
Urgente, porto, imediatamente
Edson Moura Cavalcante – Na avaliação da DTA , podemos observar que os pontos positivos e
negativos não demonstram que temos a maior avaliação positiva. Impactos socioeconômicos
e sim nos meios biótipos, quanto aos impactos bióticos e físicos observamos que as avaliações
são negativos. Muito bem, não foi feita a divulgação da avaliação sócio econômica em torno
do TPN e onde vão todos, onde virá para a regeneração, vamos esperar após ao término da
instalação do TPN a revitalização de toda a área do entorno e é um projeto ganancioso que só
oferece vantagem ao meu ver para o empreendedor , para melhor avaliação gostaria de saber
do volume de petróleo que será refinado para o mercado conforme palavras do apresentador
do projeto.
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Então ele faz a explanação dele a manifestação e no final ele pergunta: em relação ao volume
de petróleo que será refinado.
(Mauro) Não é possível nesse momento eu responder exatamente que volume é esse. O que
se sabe é que o Comperj tem a capacidade de refinar 650 mil barris de petróleo por dia. O
projeto do porto não prevê refinamento de petróleo na área do porto.
(Norberto) Eu gostaria de fazer uma observação no que refere ao estudo de impacto
ambiental, não é o número de impactos que define a qualidade do impacto ambiental, para
qualquer tipo de estudo de impacto ambiental o empreendimento dificilmente vai trazer
impactos positivos pro meio biótico e físico até porque eles têm que cumprir legislação, uma
vez que eles cumprir a legislação para a preservação eles tem que respeitar áreas de
preservação permanente o reflorestamento das áreas que eles mataram então se desmatou
10 hectares tem que replantar 10 hectares, isto é cumprimento da lei, então não pode ser
considerado um impacto positivo apesar de que em muitos casos por conta da interferência
em áreas que já estão degradadas mais que tinham áreas de preservação permanente já sem
vegetação, eles tem que repor essas áreas de preservação permanente por que passa a ser um
passivo ambiental na área que eles adquiriram então no final a região acaba tendo mais
vegetação do que tinha quando, antes do empreendimento mas isso não é considerado um
impacto positivo, porque é o comprimento da lei.
(Presidente da Mesa) Obrigado Paulo.
Paulo Cesar Alves – No complexo deste porte como fica segurança das famílias o seu bem estar
social na sua qualidade de vida e no impacto de vizinhança já deveria ser na sua qualidade de
vida e no impacto de vizinhança, já deveria ser questionado isto em âmbito geral e seu
recursos, solicito aos governantes estaduais cuidar da segurança pública e dos governos locais
cuidar para que o meio ambiente continue preservado, saneamento básico, iluminação pública
são prioridades.
A empresa pode falar alguma coisa sobre segurança pública?
(Mauro) O empreendimento ele não é nem será responsável pela segurança pública isso é
função do Estado.
(Presidente da Mesa) Vocês perguntaram e a empresa respondeu, de qualquer forma fica
registrado aqui a solicitação,
(Norberto) Eu acho que eu posso complementar; o estudo avaliou sim ele tem um diagnostico
bastante extenso sobre quais são as estruturas que os dois municípios apresentam tanto
Maricá como Saquarema , isso inclui a parte de segurança pública, foram quantificados e
qualificados estruturas que estão disponíveis existe sim um impacto previsto e existem as
medidas associada. Tem um programa, que é o programa de monitoramento dos indicadores
socioeconômicos e entre eles existem também os indicadores de saúde, de segurança de
educação é que devem ser monitorados e este programa também prevê um acordo com as
prefeituras uma vez que a premissa de ação é só dessas prefeituras. O empreendedor não
pode atuar diretamente sobre nenhuma dessas áreas então ele pode monitorar isso e
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apresentar os indicadores para o poder público em convênio conseguir indiretamente
interferir na melhoria dessa situação.
(Presidente da Mesa) Tem duas perguntas aqui sobre benefício que o porto trará do Claudio
Almeida: pergunta o que Jaconé Saquarema serão beneficiados com a construção do porto?
Pergunta ainda que os administradores responsável pelo porto faram para coibir favelas que
poderão aparecer com o empreendimento? Ainda fala se as estradas estão preparados para o
tráfico da obra e o Sr Pedro Costa pergunta: - Conforme informado ontem o empreendimento
gera benefícios econômicos e sociais em Maricá, o prefeito Quaquá falou que os impactos e os
impostos da cidade, recolhidos com o projeto viabilizariam outras intervenções físicas no
município e falou também na geração de empregos para os habitantes daquele município
pergunto: os benefícios ficam em Maricá e os impactos ambientais fica em Saquarema ? Quais
as contrapartidas econômicas e financeiras que a DTA vai dar ao Município de Saquarema ?
(Mauro) Bom é quando a questão das favelas vale a mesma colocação que o Beto fez
anteriormente, ou seja, o empreendimento ele vai ser parceiro do poder público local na
questão de monitoramento, de prevenção e de apoio as ações de urbanização de favelas ou
de construção de novos conjuntos habitacionais. Quanto à questão das estradas no período de
obras como nós temos a situação particular de ter a maioria dos elementos minerais
importantes da obra na própria área do empreendimento é o fluxo de caminhões no período
da obra, vai ser bastante pequeno, bastante minimizado. A pedra, a rocha está dentro da área
do empreendimento, o material de aterro está dentro da área do empreendimento são os dois
grandes que demandariam fluxo de caminhões, este fluxo de caminhões será interno a área
do empreendimento. Este é um fator positivo muito importante nessa tomada de decisão por
fazer esse empreendimento.
Quanto a questão do emprego é compromisso nosso tá nos programas ambientais que é
assim que nós venhamos a obter licença prévia a gente comece um processo de interação com
a sociedade de Maricá e Saquarema no sentido de cadastramento de treinamento de mão de
obra visando o aproveitamento máximo da mão de obra local no empreendimento.
Quanto à questão dos recursos que foi colocado, de fato empreendimento por situar em
Maricá ele vai gerar mais recursos para Maricá do que para Saquarema , mas nossa conversa
que a gente já está iniciada com a Prefeitura de Saquarema , nós vamos procurar trazer
empreendimentos colocalizados pra Saquarema até também haver um significativo aumento
de recursos para Saquarema .
(Presidente da Mesa) Humberto eu acho que o Marrones ele pergunta: - A rota 3 foi cancelada
conforme a informação do governo federal, sem a rota 3 como vai sobreviver o TPN?
(Mauro) Ai então nós temos duas questões, a primeira é que não existe uma relação direta
entre o funcionamento do TPN e o gasoduto rota 3, simplesmente o gasoduto rota 3 quando
ele sai do mar e entra no continente ele entra pelo terreno que pertence a DTA engenharia a
relação é uma relação fundiária. Uma relação onde você vende uma parte do terreno para a
petrobrás para passar gasoduto rota 3 e a segunda questão pelo menos eu posso afirmar
presentemente de que a Petrobras está lá nesse local que foi negociado fazendo sondagem
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trabalhando no Projeto do gasoduto rota 3. Isso está ocorrendo essa semana antes do carnaval
eu fui pessoalmente visitar estas obras.
(Presidente da Mesa) O Gabriel Moreira pergunta como seria a integração do projeto, com a
principal vocação da região, o turismo?
(Norberto) Bom, como eu falei na apresentação o município sim apresenta potencial turístico
e ele explora até melhor que em Maricá. principalmente focada em duas atividades né: o
turismo ligado a parte de mar e o turismo ligado a parte de mata atlântica que é um turismo
mais de aventura. Como eu falei também, esses dois tipos de turismo eles são mais sazonais o
que é possível fazer com o empreendimento está até previsto no estudo das quadras
prospectivos ou seja a gente compara não o futuro com a implantação de empreendimento
com agora a gente compara o futuro com a implantação do empreendimento com o futuro
sem a implantação de empreendimentos. Essa é a forma técnica de trabalhar e o futuro com a
implantação de empreendimento que se previu é assim por mais que possa ter alguma
alguma alteração ou prejudicar o turismo pontualmente na região de Ponta Negra você vai ter
uma ampliação até por estruturas do porto. Áreas que estão focadas no turismo e também
pelo desenvolvimento do turismo de negócios que é algo que, por exemplo, em São Paulo é
absurdamente importante, e é um turismo que é menos sazonal e ele e mais estruturador
porque ele demanda serviços especializados. Ele é demanda estruturas permanentes então
você tem hotéis que atuam ao longo do ano inteiro e não simplesmente no período sazonal
em que as pessoas precisam receber todos os recursos que elas precisam para sobreviver e
atravessar o período que que não tem turistas
(Mauro) Quero só complementar, afirmando que as principais cidades que têm portos no
mundo inteiro são pólos turísticos mundiais então existe o convívio do porto com turismo e
falar de duas estruturas especificas, a utilização do quebra mar como uma atrativo turístico e
as atividades que está em pleno desenvolvimento que ao lado do quebra mar é fazer uma
bancada artificial para a formação de ondas e também desenvolver o turismo é o surf na
região.
(Presidente da Mesa) Por favor senhores, vamos respeitar a plenária, o senhor Elder ele faz
primeiro umas perguntas para a empresa DTA , pergunta se a empresa DTA está envolvida na
operação lava jato. Depois pergunta: se a empresa está envolvida, se essa obra será mais uma
obra sem término no prazo acordado e além de ter mais aditivos para esta obra faraônica,
concurso absurdos e atingindo os cofres do erário nacional e depois no final ele faz uma
pergunta: Como se desenvolveu o estudo que determina Saquarema com 65 por cento de sua
população econômica economicamente ativa tem empregos efetivos?
(Mauro) Vamos responder em duas etapas a DTA engenharia não estar envolvida na operação
lava jato. Esta é a primeira resposta. A segunda resposta em relação aos recursos é
importante citar que este empreendimento e privado, portanto não vai utilizar recursos
públicos, ele vai utilizar recursos privados. Quanto à questão do emprego vou pedira a
colaboração do Raul, que é o coordenador de socioeconomia do estudo que é quem
desenvolveu a pesquisa e é quem tem esta conclusão.
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(Presidente da Mesa) Por favor senhora, vocês irão fazer o uso da palavra, favor respeitar os
oradores.
(Raul) Boa noite meu nome é Raul e este dado se refere basicamente a estatísticas do IBGE e a
estatística do Ministério do Trabalho, ele quer dizer que do pessoal que tem emprego formal,
65% estão ocupados com os direitos trabalhistas, são empregos formais. Isso diferencia muito
de Maricá, onde você tem uma taxa de sub emprego muito grande e é um dado que indica que
em Saquarema você vê um mercado trabalho muito mais estruturado e desenvolvido.
(Presidente da Mesa) Ricardo Gonçalves – Com a vinda do porto, será que vai melhorar os
salários dos funcionários públicos de Saquarema ? Macaé paga sempre o dobro e as vezes o
triplo de Saquarema será que vai melhorar financeiramente ou só querem desfrutar do nosso
Município, mas sem melhorias para a população. Concluiu tem que haver melhoria no
município.
Marcio André – É com este crescimento populacional de Saquarema, como fica o saneamento
básico e se existe algum projeto para construção de uma nova ETE, e ainda fala, os moradores
de Saquarema iram ter um certo privilégio na hora do preenchimento do quadro de
funcionários e até mesmo estágios?
(Mauro) Bom, reiterando o que já foi falado na questão do preenchimento de quadros do
nosso programa de comunicação é social nós vamos fazer todo uma interlocução com a
sociedade de de Saquarema e de Maricá pra procurar o aproveitamento máximo da mão de
obra local isso é compromisso do empreendedor, faz parte do estudo de impacto ambiental,
não são palavras, está escrito agora quanto à questão do saneamento básico em Saquarema
eu não sei responder não sei se tem alguma coisa a respeito.
(Norberto) Na verdade o saneamento básico associado ao crescimento populacional é o que
foi dito, o saneamento básico em praticamente qualquer cidade do Brasil - não é não é uma
característica única de Saquarema - ele é deficiente. Ele tem uma demanda maior do que a
qualidade do serviço. Isso aqui em Saquarema e também Maricá fica mais evidente porque
são cidades que já recebem pessoas, o crescimento dela como mostrei aqui em Saquarema é
3,5% sendo Rio de Janeiro é 1% em Maricá chega a 5% isso já causa uma demanda maior, e o
que a gente viu no estudo é que tendo em vista que é uma região que recebe pessoas a
própria criação do empreendimento ela não tem capacidade de alterar quadro de forma
significativa porque já é uma cidade que recebe esses imigrantes. Não é um empreendimento
que vai causar a maior demanda ou vai causar piora na qualidade, mas é a situação em que
esses dois Municípios estão inseridos na série numa região com essa com essa tendência.
(Presidente da Mesa) A Gilza Cruz - também ela fala perguntas sobre o saneamento ela diz: a
DTA dará inicio a uma obra deste porte mesmo sabendo que em Jaconé não tem saneamento
básico não tem rede de esgoto, não tem água encanada . E ainda pergunta além do
saneamento com o aumento acelerado da população quais as providências serão tomadas
com relação à segurança e transporte público e área de saúde, está previsto alguma medida
compensatória nesse sentido?
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(Norberto) Bom, como eu falei então o principal programa associado a isso que é
característico de praticamente todos os empreendimentos de grande porte é um programa de
monitoramento dos indicadores socioeconômicos que a primeira etapa dele é fazer uma
parceria com as prefeitura de Saquarema e de Maricá pra que possa ser feito a investigação
da qualidade de serviço de quais são as novas demandas que surgem no período de
implantação e de operação do empreendimento para que possam ser tomadas medidas como
apoio do próprio empreendedor então é as principais medidas. Por exemplo que eu consigo
citar: temos monitoramento da percepção social - é importante saber como é que a sociedade
percebe o que tá acontecendo, monitoramento da atividade econômica e do mercado pra
saber se isso tem mudado, de que forma pode ser melhorado e melhor aproveitado
monitoramento da qualidade sócio econômica, educação e qualificação de mão de obra e
esses dados servem colocar quais são as prioridades e as emergências para as ações que
devem ser tomadas sempre contando com o apoio não só desse empreendedor porque como
foi dito ele é um empreendimento que atrai outros empreendimentos de logística então toda
essa cadeia vai fazer parte do município gerando impostos direcionando esses recursos para
melhor qualidade.
(Presidente da Mesa) Por favor, vcs também farão o uso da palavra. Emilio Carvalho - ontem
em Maricá não ficou claro a relação que o empreendimento tem com o Comperj uma vez que
o gasoduto rota 3 que vai ligar o gás principal do Comperj foi utilizado como uma das
justificativas do empreendimento. Já foi dito ontem, mas por favor empresa explicar.
(Mauro) Em relação a rota 3 que foi dito ontem, reforçando então é um fator positivo você ter
uma rota interligando a refinaria ao porto todos os portos eles estão interligados a refinaria
como refinarias são interligados a portos e são produtos que caminham por dutos e que tem
integração com portos isso acontece com os portos que já existem e tem esse tipo de coisa.
Então o fato de haver o gasoduto ele cria um caminho lógico de integração entre o porto e à
refinaria. Agora o reforço que eu já falei, não existe um compromisso claro entre porto e
gasoduto a não ser este compromisso fundiário, ou seja, um pedaço do terreno que é da DTA
foi vendido para Petrobras para a Petrobrás entrar com o gasoduto. A Petrobras que procurou
aquele local independente de ser da DTA ou se fosse de outro proprietário como local mais
lógico para entrada do gasoduto no ponto de vista da engenharia e daí da questão ambiental e
de outras questões que a petrobrás deva ter estudado isso cria uma possibilidade de sinergia
grande mas não existe esse compromisso é assinado legal em nenhum tipo de tratativa no dia
de hoje em relação através do gasoduto entre Petrobras e o porto.
(Norberto) Uma complementação rápidas também, é importante lembrar que os terminais
Ponta Negra eles não tem como única operação o petróleo, tem dois outros empreendimentos
que estão associados que é: o estaleiro naval e o terminal de carga geral conteinizado ou não
e além disso o COMPERJ seria um dos possíveis receptores do petróleo. O petróleo também
pode outros receptores nacionais como também outros receptores internacionais ele não é
uma condição necessária para existência do empreendimento
(Presidente da Mesa) Agora em relação a pesca, nós temos aqui o Altamir Scarpan: - Uma
única baleia come em cada refeição aproximadamente 1000Kg de sardinha não é mais
prudente e preservar as sardinhas?
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O Marcos Portela diz: - Você omitiu os mamíferos marinhos já vi várias baleias jubarte, orca
golfinhos perto da praia. Vocês vão fazer um desvio na rota de migração deles, ele pergunta.
Uma vez que o empreendimento impacta diretamente e significativamente a pesca artesanal
em Maricá e Saquarema , como o INEA e a empresa explicam a ausência dessa categoria nas
duas audiências públicas, Maricá e Saquarema, é notável a falta de divulgação das duas
cidades da realização de Audiência Pública, então principalmente nas instituições que
representam a pesca artesanal. Não seria esse é um dos motivos para anulação das duas
audiências públicas?
Então primeiro responder sobre cetáceos
(Norberto) Nós não omitimos como eu disse na apresentação como a gente tem um tempo
reduzido para apresentar foram apresentados os principais resultados daqueles impacto mais
significativos, o estudo é bastante completo e bastante amplo e como eu falei são mais de
2000 páginas e foram sim feitos, levantados tantos dados primários de observações como
também dados bibliografia especializada quando a presença desses mamíferos. Eu queria
chamar o Ricardo aqui que foi quem coordenou os estudos e que pode dar informações mais
precisas inclusive sobre as rotas das baleias.
(Ricardo) Boa noite, realmente nas observações de bordo que a gente fez a gente não
observou nenhum tipo de cetáceo
(Presidente da Mesa) Por favor senhora, vamos respeitar o orador. Vocês farão o uso da
palavra.
(Ricardo) na área direta entretanto a gente deixa bem claro no estudo que quase 40 espécies
de cetáceos ocorrem nesta região e são passiveis de ocorrer na área do porto, então não foi
omitido mas falamos que existem rotas já bem conhecidas da baleia jubarte, da baleia franca
do sul duas espécies que tem no segundo semestre as suas rota já bem definida de migração
até o banco de Abrolhos, então salientamos bem isto sobre as interações delas com as
embarcações não só essa tem várias outras espécie que ocorrem na região, mencionamos
apenas que não registramos através de um ponto fixo uma área fixa de residência e de uso
contínuo das espécies ali no entorno de Ponta Negra não queremos dizer que elas ocorram na
região, o estudo foi bem categórico e dizendo que é uma área de ocorrência de quase 40
espécies de cetáceo, podem ocorrer na região passando ou parando momentaneamente.
(Presidente da Mesa) Isso é questão técnica. Vocês farão o uso da palavra.
(Ricardo) Conforme eu falei não existe uma concentração de baleias ali, parando pra poder
viver...
(Presidente da Mesa) Esta é uma contestação com relação e vocês tem todo o direito de se
manifestarem na vez de vocês, ele tá explicando e deixa ele concluir o posicionamento dele.
(Ricardo) Bom então finalizando, como eu falei; é rota migratória consideramos esse impacto
dentro do estudo existe programa de monitoramento para isto, consideramos que a rota das
baleias jubarte e franca estão ali e foram consideradas no descrito do impacto ambiental e foi
classificado na descrição de impactos
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(Norberto) Eu queria complementar com duas informações, o trabalho que é feito com fauna
ele é um trabalho de amostragem, ou seja, você vem na região e você amostrando o que existe
aqui a partir dessa leitura você extrapola os dados e consegue a leitura dos impactos, a
amostragem da fauna ela parte de um documento inicial que é submetido ao órgão colocando
qual é o esforço amostral quais são os métodos são utilizados para aprovação do órgão, a
partir dessa aprovação é emitido uma autorização e esta autorização foi submetida ao INEA, a
equipe do INEA especializado na parte de fauna aprovou e os métodos foram realizados
conforme isso. Os dados sempre são complementados com a bibliografia, porque um período
que a gente faz uma amostragem não necessariamente levanta as informações que são
necessárias então são utilizados também os dados secundários e os dados que foram
apresentados pelo Ricardo, que embasaram a parte de baleias tem uma complementação ao
EIA-RIMA que fala de um programa de monitoramento de cetáceos que justamente é baseada
em dados secundários.
(Presidente da Mesa) Obrigado pelo esclarecimento senhores vou querer lembrar vocês que
além da fase vocês...
(Terceiro) tem que vir alguém aqui para falar algo contra.
(Presidente da Mesa) Com certeza. Só para esclarecer que estamos na fase de perguntas
encaminhadas a mesa, nós estamos na fase de perguntas encaminhadas à mesa não sendo
respondidas pelo representante da empresa e que a empresa consultora, estamos nesta fase,
depois que passarmos para a fase oral tem 20 pessoas escritas aqui que farão uso da palavra.
Determinado período acredito que você seja uma delas, todos poderão explanar a sua posição
em relação ao projeto eu lembro ainda que qualquer questionamento em relação ao estudo
de impacto ambiental além das colocações está sendo feitas aqui, vocês tem 10 dias para
encaminhar o INEA e a CECA, esta manifestação citando a página que está dito, onde existe a
controvérsia do que foi dito na audiência do que está escrito no EIA-RIMA, vocês tem até 10
dias pra fazer essa manifestação.
Retornando aqui aos questionamentos da divulgação da Audiência Pública... ele respondeu
sim... Não amigo quem está presidindo a Audiência Pública sou eu, não não, ele vai falar na
hora que estiver escrito para fazer uso da palavra, a Audiência Pública segue o rito conforme
resolução Conama...ele está querendo ajudar a mesa. Silêncio enquanto as pessoas falam
muito obrigado muito obrigado pela sua participação espontânea.
Voltando aqui a questionamento da divulgação como já tinha reclamado aqui a Patrícia, a
Mariana Morais pergunta: o que os senhores tem a dizer sobre a divulgação do evento? O que
eu tenho a dizer, ela diz, foi péssima, de Saquarema a Bacará são no mínimos três faixas que
aliás estão muito mal sinalizadas e não teve anúncios em rádios locais ou carros divulgado por
isso grande parte dos interessados não estão presentes nessa noite. Então, para a Márcia
Patrícia... É o seguinte, existem normas para fazer a divulgações da Audiência Pública, a
empresa seguiu as divulgações previstas na resolução Conama 035 de 2011, mas de qualquer
forma fica registrada a posição de vocês aqui dizendo que foi insuficiente.
Luciana Caldeira – Será possível fazer mais dois pareceres de EIA RIMA feita por outras
empresas? Bom como é que funciona: a empresa proponente do projeto pela legislação ela
32
tem que contratar uma empresa para apresentar um estudo de impacto ambiental, quem
análise este estudo de impacto ambiental, além do própria INEA e do grupo trabalho
responsável pela análise ele é distribuído em diversos órgãos, por exemplo, o Ministério
Público Federal que pede o apoio da 4ª câmara de Brasília pra fazer as análises, o Ministério
Público estadual que conta com um grupo de apoio técnico especializado, o GATE que emite
também pareceres, se não me engano o parecer do GATE está no site do Ministério Público
Estadual então vocês podem ter acesso e um dos canais pra vocês questionarem esse tipo de
análise é justamente o MP que teve ontem presentes lá em Maricá o promotor Doutor Fabrício
fez as perguntas, falou sobre falhas identificadas no EIA-RIMA, mas este é o objetivo da
Audiência Pública, ele foi lá e identificou os pontos e vai encaminhar em 10 dias o parecer
técnico do GATE para o INEA juntar nos autos do processo para o grupo de trabalho possa
tomar uma posição.
Pergunta: qual o motivo de se cantar o hino nacional para apresentação de empreendimento
particular isso consta na resolução Conama 0 35 2011 que a necessidade de se fazer o hino? -
Não é por ser um empreendimento privado é porque quem está realizando a audiência pública
é o governo do estado, diga-se de passagem, este é o instrumento mais democrático existente
hoje na sociedade, que é a Audiência Pública do licenciamento ambiental.
Pergunta ainda: está sendo levado em consideração as mudanças de correntes marítimas ao
longo de Jaconé, com o passar dos anos? E a outra pergunta sobre crescimento populacional
também e a carência de águas e esgoto, mas acho que a empresa poderia se manifestar em
relação à alteração das correntes marítimas ao longo de toda a praia com o passar dos anos.
Alteração na dinâmica costeira, do arco praial de Jaconé.
(Mauro) A DTA , usa equipamentos de monitoramento de corrente e ela mede a corrente e as
ondas nos últimos 3 anos. Outros dados passados em relação a esse, logicamente que no
estudo se utilizou dados bibliográficos, ou seja estudos técnicos que têm sido realizados foram
comparados com os dados importantes dos últimos três anos.
Eu quero só reforçar que a divulgação do rendimento foram 15 faixas colocadas no município
de Saquarema, ela esteve no todos os sites da empresa tanto quanto de INEA, nos jornais
regionais e no jornal local, esta ai com você do jornal hoje, além de carro de som em 3 dias,
essa foi a divulgação que nós fizemos, de fato.
(Presidente da Mesa) Agora em relação à dinâmica costeira.
(Mauro) Nós monitoramos a dinâmica atual e comparamos ela através de dados de biografia
com a dinâmica passada é se houve alguma observação de alteração de corrente, não existe
registro disso no estudo ambiental.
(Presidente da Mesa) O Daniel Justim pergunta também sobre arrecadação de imposto acho
que já foi respondida, mas vamos registrar: - Como seria feita a divisão de impostos e lucros
gerados, sendo que o porto pertence a Maricá mas a parte mais afetada seria Saquarema? O
Paulo, costa também diz: - Qual o tributo que vem para Saquarema se o projeto fique em
33
Maricá onde vai ser recolhido o ISS e Saquarema? Esse impacto positivo não é verdadeiro para
Saquarema conforme afirma a ARCADIS (consultora que elaborar o estudo).
O Valdecir Araujo - Diz ainda, como foi exposto, o maior prejudicado pelo TPN são meio
ambiente e pescadores, onde a arrecadação fica para Maricá e o ônus fica para Saquarema.
Mas se tratando de uma Audiência Pública quero que as autoridades do Ministério Público,
Prefeitura Secretaria se colocassem sobre essa posição? Então em relação aos impostos.
(Norberto) Eu vou começar pela outra parte é que o maior impacto em Saquarema e o porto
fique em Maricá. Não é verdade como vocês viram na definição das áreas de influências que
são as áreas que recebem os impactos pro meio físico meio biótico elas estão todas
concentradas em Maricá, ou seja, os maiores impactos do meio físico meio biótico são
sentidos em Maricá em Saquarema vocês têm também impacto mais são em áreas mais
distantes do porto, ou seja, são os menos evidentes.
Agora quanto aos impostos, o porto está em Maricá o imposto municipal vai ser recolhido em
Maricá, mas tem uma série de outros impostos, tem impostos estaduais e tem também toda a
movimentação financeira que é gerada direta e indiretamente, Saquarema é um município
muito mais estruturado do que Maricá então ele é muito mais apto pra oferta de serviços que
vão ser comprados durante a fase de operação e além disso você tem a produção de mão de
obra com a faetec que pode ser absorvida tanto na fase de implantação como na frase de
operação. E em Maricá isso ainda precisa ser gerado está em implantação uma escola técnica
que também pode produzir mão de obra que vai ser aproveitada, ou seja, Saquarema parte na
frente como eu falei na apresentação, na hora de empregar pessoas que vai gerar os
benefícios e os empregos que a gente chama de efeito renda, ou seja, as pessoas aqui de
Saquarema terão uma renda maior associada porque vão ter mais emprego e isso faz
movimentar uma animação econômica aqui no município de Saquarema.
Então, existem sim, impactos positivos econômicos em Saquarema mas eles são com certeza
como vocês disseram diferentes daqueles de Maricá.
(Presidente da Mesa) O Alexandre Montijo do Instituto De Eventos Ambientais, pergunta: O
RIMA não faz nenhuma referência a borboleta da restinga bota aqui o nome científico
“paredes áscaris” que encontra-se inclusa na lista oficial de espécies ameaçadas o que a
empresa propõe a conservação e preservação dessa espécie que hoje é habita a área de
influência direta?
(Mauro) O Beto vai responder.
(Norberto) Foi feito um estudo sim da parte de entomofauna foi dedicada a borboleta da
restinga ele tá no estudo de impacto ambiental se vocês conseguirem checar. Como eu falei:
tanto RIMA quanto o EIA, desculpa, tanto o RIMA como a apresentação eles são resumos das
principais características dos estudos principais resultados ele não trazem a totalidade agora
no estudo técnico que é encaminhado para o INEA para dar suporte a tomada de decisão todas
as informações técnicas estão contidas.
(Presidente da Mesa) Ainda em relação às espécies de extinção... Igor Souza, pergunta:.....
34
(Norberto) Faltou um complemento a uma resposta: o que vai ser feito com ela. Tem uma
serie de programas que estão previstos nos estudos de impacto ambiental associados a
diversidade, que foi onde foram encontrados impactos fortes, está previsto a recuperação de
algumas áreas do empreendimento quando ele desmata a vegetação nativa se mata a
vegetação nativa ele é brigado a replantar tendo em vista que ele vai ocupar a área ele não
pode replantar na mesma área, ele vai ter que plantar em áreas adjacentes e existem algumas
áreas adjacentes que já estão degradados e que podem ser utilizadas na recuperação ainda
está previsto o resgate de fauna, principalmente de espécies ameaçadas e a soltura nestas
áreas, a borboleta está associada a algum tipo de bromélia específico que cresce na restinga,
capim, perdão.
Precisa ser uma planta que gere néctar para a borboleta estar associada.
(Presidente da Mesa) Eu estava lendo a outra pergunta que fala exatamente sobre o seguinte:
- São ao todo 9 espécies ameaçadas de extinção exatamente quais as medidas para minimizar
os impactos sobre elas é o Igor Souza, que também perguntou.
(Norberto) Bom, é importante a gente lembrar que nesta fase do licenciamento em que o
projeto é um projeto conceitual, ou seja, é uma proposta de projeto, a gente identifica os
impactos e faz uma série de propostas de programas, são as ideias dos programas que devem
ser executados.
Na fase seguinte do licenciamento caso ele caminhe pra lá, na solicitação da licença de
instalação tem que ser entregue pelo empreendedor o PBA, o plano básico ambiental, que
apresenta o detalhamento destes programas do empreendedor onde ele detalha o
empreendimento, ele faz o projeto executivo e essas medidas tem que ser detalhadamente
como elas vão ser implantadas o nível de detalhamento é muito maior de cada uma das
medidas: quantas pessoas vão fazer, como vão fazer tudo mais a gente tem agora não lembro
de cabeça são 5 ou 7 programas associados a biodiversidade desde o afugentamento da fauna
nos processos de supressão de vegetação e movimentação de terra para que os indíviduos
sejam afugentados para uma áreas que não você ser interferidas pra que eles não sejam
perdido nesse processo existe também o processo de resgate de fauna tem alguns indivíduos
que eles tem a movimentação eles não caminham e não correm tão bem ou tão fácil, então
esses indivíduos podem ser resgatados e colocados nas áreas que não vou ser suprimidas.
Existe um programa de monitoramento para verificar se estes indivíduos consegue estabelecer
essas populações continuam viáveis dentro destas áreas, então tem uma série de medidas
que são propostas nessa etapa que vão ser detalhadas na etapa seguinte.
(Presidente da Mesa) Agora Mariana Martins ela pergunta: - Qual a garantir que o solo não
será contaminado com a salinidade do descarte da areia dragada e ultilizado para construção
do aterro sobre a área? Haverá algum tipo de bombeamento para retirar a água salgada?
(Norberto) Isso foi abordado no estudo, foi algo que já tinha acontecido no passado no porto
do açu teve um problema semelhante né. Então foi cuidado tomado até em conversas com
pessoal da engenharia pra que esse material dragado não fosse depositado sobre o
continente, foi isso que aconteceu no Açu que provocou a salinização de lagoas do continente,
esse material ele vai ser aplicado sobre a lâmina da água e vai fazer o aterro hidráulico ou seja,
35
é material tirado do fundo da praia aplicado na praia, eu gostaria de chamar o Roger aqui que
foi nosso coordenador do meio físico que pode detalhar um pouco mais a parte técnica disso.
(Roger) Boa noite, meu nome e Roger eu sou geólogo e coordenei o meio físico desse projeto,
área que vai ser implantada o terminal, é uma área que já foi degradada, por atividades
anteriores então já ouve uma série de alterações e a terraplenagem que vai ser feita vai utilizar
os materiais contidos na área são saibreras e materiais que serão esses materiais são utilizados
no aterro dela, e são materiais inertes eles não vão causar qualquer problema nem ao solo
nem a água.
(Presidente da Mesa) Em relação, tem várias perguntas do Genesis, que eu vou ler e vocês vão
respondendo. A experiência no porto do Açu, porto 100 % privado, se mostrou uma grande
tragédia tais como: desaparecimento de algumas espécies de peixes, privatizações de uma
parte do mar, canteiro de obras construídas sobre restinga, mão de obras de outro estados,
aumento de prostituição, inclusive infantil, ele cita ainda que as grandes navegações afastam
os peixes. Qual é o real impacto para esse local está sendo plantado o porto? E o que há de
diferente entre o porto da OSX e a DTA ? Pergunta ainda: que com a queda das commodities
do petróleo para as cidade para arrecadação, como Rio Das Ostras não tem tido verba para
pagar o funcionamento público, o empreendimento segura a repremorização da economia
brasileira que já vem mostrando sinais de fracasso aos representantes públicos e ao
empreendimento. Como pensar modelos de desenvolvimentos sustentáveis sobre oscilação
desses commodites do petróleo?
Então as duas primeiras perguntas, comparando com o porto lá do Açu, e depois se o
empreendimento está preparado essa variação das commodities do petróleo.
(Mauro) Bom, são colocações é muito boas, muito bem feitas né. Primeiro que os dois projetos
tipos de projeto de porto são bastante diferentes, o Porto Do Açu e ele é um projeto que cria
um canal artificial que adentra no continente e para os grandes navios justamente por ser uma
área muito rasa ali, foi feito um grande pier que avança quilômetro mar adentro até chegar na
profundidade onde podem aportar navios de maior parte no caso do TPN é o contrário, a
gente encontrou é uma área onde a gente considera porto natural, quer dizer existe uma
grande profundidade muito perto da costa o que permite então fazer o que a gente mostrou
um porto on shore um porto na costa que tem um modelo completamente diferente de
construção e de custo de funcionamento em relação ao Açu.
Quanto à questão ambiental é nós temos 33 programas ambientais compromissados pelo
empreendedor que a gente acredita que a aplicação desses programas são a garantia de um
compromisso de mitigação é de impacto sobre a compensação de impactos.
Quanto a terceira questão que eu acho que é muitíssimo bem colocada a questão é da
commodity do petróleo é importante a gente ver o seguinte que contém a menor
rentabilidade do petróleo projetos que têm um custo de manutenção pequeno como o TPN
tendem a ter maior importância porque eles conseguem conviver com esse custo menor mas
eu quero completar isso com uma coisa que eu acho que é o fundamental o TPN ele é um
porto, esse porto ele pode movimentar durante 30 anos petróleo daqui a 40 anos tá bom
então do outro tipo de mercadoria ele é um porto que ele vai mudando o tipo de mercadoria
36
ao longo da sua existência conforme a economia e sócio economia vai se movimentando, isso
é natural de todos os portos
O TPN depois de instalado ele tende a ser um porto que vai durar séculos e séculos. É o tipo de
mercadoria que ele vai movimentar, ele vai mudar ao longo desse tempo conforme a
economia mudar, a gente prevê que a extração de petróleo vai durar 30 a 40 anos, no ano 41
ele deixa de ser porto, ele somente vai mudar o tipo de mercadoria que vai movimentar então
ele não é totalmente dependente do petróleo ele nasce do petróleo nesse momento em que a
economia demanda o pré-sal.
(Presidente da Mesa) As outras perguntas aqui do Genesis são: sobre o beachrocks, ele faz
uma comparação já pensaram em construir um muro de 30 metros do pão de açúcar e os
beachrocks dentro do empreendimento em patrimônio da humanidade será propriedade
privada da DTA ? E pergunta ainda qual a quantidade de água privada pelo empreendimento,
deve ser em termos de área, a projeção da área do aterro. Pergunta ainda ao INEA: após
liberar a construção de um resort sobre o mapa após liberar a praia de Icaraí para o banho, a
instituição ainda barra algum projeto? Bom acho que esse resort sobre APA que, ele está se
referindo deve ser o projeto da IDB de Maricá que não foi licenciado ainda, está em fase de
licenciamento, agora quanto o banho de mar, Icaraí existe um programa de monitoramento
qualidade de alga habilidade que da os sinais sobre o uso ou não da área. E pergunta ainda: o
Comperj prometeu centenas de empregos para população Itaboraí, que não aconteceram mais
de 90% dos empregados sempre vieram de fora de Itaboraí, como empreendimento da DTA
pretende reverter essa lógica, a população local ocupará novamente sub empregos pela mão
de obra não qualificada, ou melhor por ser mão de obra desqualificada? Ai depois pergunta
sobre impactos, acho que isso já foi dito do fluxo de peixe pelo movimento de navios se não, o
senhor pode responder. Pergunta de novo dos beachrocks dentro do empreendimento
viraram uma propriedade privada? Faz perguntas sobre a população, qual é a projeção do
aumento da população futura de Saquarema ? Pergunta ainda: e se a população não quiser o
empreendimento? Então, por favor vamos pontuar, em relação se a população não quiser o
empreendimento estão se manifestando em Audiência Pública além dos próximos 10 dias
todos estão convidados a encaminhar as suas solicitações, quanto aos pontos que eu citei
antes desse, por favor. Os beachrocks, população e a parte da mão de obra do Comperj como
é que vocês podem reverter esse quadro que aconteceu no Comperj?
(Mauro) Bom, eu vou começar pela mão de obra, depois eu vou passar a palavra para o Beto
para os temas de beachrocks e população. Como eu já disse vou reiterar após a licença
ambiental esse processo a empresa TPN a empresa DTA elas se comprometem a criar um
programa de comunicação com as populações de Maricá e Saquarema em especial, para o
cadastro das pessoas interessadas. A gente perceber qual a qualificações dessas pessoas, qual
é a possibilidade de trabalho nelas no empreendimento para gente preparar junto com as
instituições locais, cursos para essas pessoas poderem se qualificar mais.
Agora quero falar que eu conheço: FAITEC já teve lá duas vezes e Saquarema hoje tem um
centro de excelência de formação de mão de obra pra trabalho esse futuro empreendimento,
ela já tem esse centro as pessoas já estão se formando já estão sendo formados e tive a
informação agora intervalo de que Araruama também tem um centro de excelência de
37
formação de profissionais capacitados para trabalhar no porto, então a gente tá com uma
relação muito positiva na questão de aproveitamento de mão de obra local e aí vou passar
aqui pro Beto pra ele complementar a resposta na questão dos beachrocks e do crescimento
da população.
(Norberto) Bom, é quanto os beach rocks é importante lembrar aquilo que apresentei no
mapa a maior parte dessas formações não é, não vai ser impactada pelo empreendimento
inclusive aquelas que foram destacadas pelo Darwin, elas não estão na área do
empreendimento, ela tá muito mais próximo aqui de Saquarema do que da área do porto
propriamente dita, então existem sim, algumas dessas formações dentro da área prevista pelo
empreendimento, o número a bastante é menor daquela que estão do lado de fora, e está
previsto dentro dos programas associados arqueologia uma vez que é do ponto de vista
geológico ele é tão importante quanto a outra formação geológica. Mas a importância dele é
sócio econômica justamente por ser patrimônio associado a história do município dos
municípios no caso então está previsto dentro dos programas de astrologia uma associação
com uma entidade científica que tenha interesse em fazer a pesquisa nesses beachrocks que
ficam dentro da área do empreendimento, no momento das obras pra que se for o caso posso
fazer extração levada para laboratórios pra fazer estudos que ainda não tenham sido feitos,
uma vez que vários estudos já foram feitos nesses beachrocks. Então essa é seu ponto. Quanto
à população como eu falei tanto Maricá quanto Saquarema, estão dentro de uma área que
tem recebido muita gente, o crescimento populacional dos dois municípios como eu falei
algumas vezes, está acima da média do estado e do e do Brasil, eu gostaria de chamar o Roger
mais uma vez desculpa, o Rau,l mais uma vez o microfone pra falar é sobre as tendências.
(Raul) Como o Beto falou existem taxas de crescimento dos últimos 40 anos muito elevadas
tanto em Maricá quanto Saquarema , ou seja uma crescimento muito acima da média, esse
crescimento ele veio vem vindo muito em função do transbordamento metropolitano
principalmente para Maricá, e também de um movimento de pessoas que querem deixar a
cidade para uma ambiente mais marítimo ou um ambiente diferente, então dois tipos de fluxo
e que o mais importante é o transbordamento mesmo da metrópole, em relação às etapas do
projeto existe uma ideia a programação aqui em o projeto sendo aprovado ele levaria 3 anos
paa ser implementado, seria implementado essa infraestrutura para esses 3 anos, está
projetado uma mão de obra de 450 pessoas, digamos os empregos são gerados pra essa fase
de implantação da infraestrutura, nós acreditamos que a possível chegadas de pessoas para
esta fase, seria bem reduzida dentro de um contexto de um fluxo que já existe, e sendo
implantado as fases posteriores especialmente o estaleiro naval é o que emprega mais mão de
obra mais isso é uma projeção pra 5, 6, 7, 10 anos pra frente, então é uma projeção de longo
prazo, se estima que em pleno funcionamento dessas estruturas você poderia ter chegado até
de 10 mil pessoas considerando os trabalhadores que poderiam que poderiam vir e suas
famílias e etc... isso no caso você pegar sim pelo Município com pouco habitantes como
praticamente a totalidade da mão de obra fosse necessário vir de, a ideia que se tem aqui
muito pelo contrário é que se minimize a chegada de pessoas pela qualificação pelo, a
preferência objetivos dentro do programa de dar preferência ao trabalhador local, então não
temos uma projeção matemática mas o que se estima é que o crescimento no contexto do
crescimento da cidade, agora isso não é agora isso não é real em termos territoriais, ou seja a
região do empreendimento o município de Ponta Negra e nisso pega uma parte do município
38
de Saquarema que é vizinha, há uma tendência de uma maior adensamento pra lá, na
realidade você poderá ter maior densidade que já ocorre nas sedes municipais, pro seu vizinho
Niterói e que se reflete pouco na Ponta Negra tendera a ser trazido pra lá então nós temos pra
isso um programa de monitoramento para acompanhar este crescimento nacional e
desenvolver as medias serão necessárias para compensar e organizar este tio de crescimento.
(Presidente da Mesa) Está ok, O vereador Chico Peres, ele pergunta: o estudo apresentado diz
que o empreendimento é de baixo impacto então significa que haverá impacto, a grande
preocupação do município Saquarema é o impacto que sofrerá com o aumento
desproporcional da população sem infraestrutura água esgoto, segurança pública, saúde
pública, também e questão ambiental com a poluição das praias oceânicas que são
propulsores do turismo de Saquarema ele pergunta: essas questões estão sendo analisadas
através do estudo de impacto de vizinhança? Pergunta ainda: quais as providências
mitigadoras propostas para impedir consequências tão nefasta para o município de
Saquarema?
Com relação ao estudo de vizinhança queria explicar para o vereador que realmente existe
uma previsão legal no estatuto da cidade mas essa é uma exigência que é feita pela pelas
prefeituras e no caso estudo de impacto ambiental ele é muito mais complexo e complexo do
que o estudo entorno dos impactos em relação aos diversos meios físico biótico e antrópico,
agora por favor empresa em relação às providências proposta mitigadora, o que que está
sendo proposto para o município para impedir essas consequência tão nefastas.
(Mauro) Praticamente a gente volta a colocação que o Raul acabo de fazer, né? Não estamos
falando de uma região que já tem um fluxo de crescimento população muito grande e só são
dadas do censo do IBGE é que tem registrados EIA RIMA e as empresas mitigadoras que a DTA
se propõe a fazer, elas são em parcerias com as prefeituras no sentido de monitorar e apontar
caminhos de melhoria de infraestrutura nas áreas mais carentes, eu só queria complementar,
na experiência de urbanista que eu sou, de que como o aumento da densidade de lugares que
são vazios no ponto de vista de cidades a tendência é de melhoria de infraestrutura e de
melhoria de serviço não é verdade essa relação entre lugar vazio e serviço infraestrutura de
qualidade na prática da maioria das cidades que posso estudar conforme você vai tendo o
adensamento a prefeitura vai tendo condição sim de melhor urbanização e prestar melhores
serviços, é isso que observa e muitas e muitas cidades que a gente estuda.
(Presidente da Mesa) O Jonas Leite pergunta: é a favelização do entorno das lagoas de Maricá
e Saquarema causará a poluição extrema das mesmas por esgoto doméstico e no RIMA não
foram considerados todos os pescadores que vivem da pesca em todas essas lagoas, porque a
DTA não assumiu esse impacto? Pergunta ainda: a DTA já é dona do terreno da TPN isso faz
com que as avaliações das áreas do EIA seja totalmente tendenciosa, a DTA compraria o
terreno sabendo que existe a possibilidade dos órgãos ambientais não darem autorizações? E
ele pergunta ainda: a profundidade do local é considerado um ponto favorável para o TPN mas
o porto é privado e visa lucros, os prejuízos sociais e ambientais do empreendimento privado
não podem ser jogados para a população e para o estado, o terminal do porto do Açu tem 26
metros de calado e está apto para receber os maiores navios do mundo o menor custo de
aprovação por conta da baixa necessidade de dragagem visa única e exclusivamente o lucro de
39
uma empresa privada, essa característica não pode ser considerada como justificativa
máxima, as características ambientais e sociais são menos importante que o lucro de uma
empresa privada e desenvolvimento a qualquer custo? Ele está falando sobre escolha da
alternativa locacional e pergunta também: tudo sobre a compra do terreno cidade e do
resultado da avaliação das outras áreas?
(Norberto) Eu vou começar então pela favelização do entorno das lagoas a processo que já
ocorre. Como a gente viu nos resultados da parte do meio biótico do da comunidade aquática
elas indicam que as lagoas recebe lixo e efluente não tratados que, por enquanto, não
comprometeram a qualidade da água mas já mostra o índice de alteração eles foram os
resultados do estudo com os laudos recolhidos, é previsto esse tipo de adensamento urbano.
É previsto sim isso foi colocado no estudo de impacto ambiental, como eu falei para vocês, que
é mais complexo mais completo do que do que o RIMA é e o que acontece isso é uma questão
de gestão do espaço público não cabe ao empreendedor ser responsável pela gestão do
espaço do espaço público, como eu falei pra vocês, como vendedor pode agir mas
indiretamente através do monitoramento sócio econômico em parceria com a prefeitura ele
vai monitorar também as condições de moradia no torno do empreendimento não é nem
interessante para empreendedor que exista a favelização então não é algo que vai ser
incentivado criado pelo empreendimento.
Agora falaram também que não foram estudados os pescadores, foram sim como eu
apresentei para vocês, foram entrevistados representantes das 3 colônias na verdade duas
colônias e uma associação, e são pescadores que atuam tanto em alto mar em condições
favoráveis eles pescam de maré desfavorável, eles pescam dentro das lagoas também, então
foram consultados.
(Mauro) Quanto à questão do empreendimento e da compra do terreno é primeiramente o
empreendedor ele pela própria definição ele sempre vai correr algum risco, isso em todo
empreendimento não busco todo empreendimento ele implica em risco, a DTA que trabalha
com seu próprio dinheiro ela fez uma grande análise de alternativas locacionais antes de
tomar decisão pela compra de determinada área e é óbvio que ela procurou comprar uma
área onde ela percebesse melhor condição para implantação de um porto do menor risco do
negócio que ela está empreendendo, é a lógica inversa você vai trabalhar com seu próprio
dinheiro você vai compra aquela área em que você mais tem clareza das possibilidades de
sucesso do empreendimento.
(Presidente da Mesa) Tem uma pergunta que é bastante parecida, acho que é Marinaldo
Gomes, é mesmo com essa audiência é certo que o porto vai ser construído? Não. Petróleo
está cada vez mais barato se continuar assim vai valer a pena a construção do porto? Eu acho
que o doutor Mauro já respondeu, existe uma comporta protegendo a área dentro do porto,
mais para o lado de fora dele vocês têm alguma previsão tipo de imprevisto? Pergunta ainda:
que os pescadores de Saquarema pescam com barcos de pequeno porte como vocês irão
fazer para não acontecer acidentes e não atrapalhar a pesca e também do peixe?
(Mauro) Para lado de fora foi mostrado na exposição o sistema de monitoramento por radar e
satélite e as boias pra você ter o direcionamento dos barcos no sentido de evitar riscos, além
disso é uma operacional você ter um sistema de rápido atendimento para algum problema que
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ocorrer fora do porto, mas a gente tem que insistir, o local de risco se que a gente pode falar
desse jeito, ele tá dentro do porto no momento em que você faz o carregamento e
descarregamento dos navios e pra esse tipo de risco operacional a gente tem uma solução de
muita qualidade que a barreira fora do porto navio simplesmente navegando eles não são
registrados os acidentes de navios que estão navegando sem tá carregando e descarregando a
área de exclusão de pesca foi mostrada pelo Beto área do próprio porto e a aérea de
aproximação no canal de navegação e vão ser áreas de máxima atenção, inclusive dos
pescadores.
Fora disso o convívio entre barco de pesca e navegação é uma coisa comum se a gente olha a
ilha do Guanabara você tem uma grande fluxo de navios e um grande fluxo de barcos de pesca
é diariamente.
(Presidente da Mesa) Floriano Reis, ele fez diversas perguntas, que nós vamos lendo e vamos
passando, algumas já foram feitas a gente pode até informar, Arcadis declara algum tipo de
conflito de interesses? Com que frequência os estudos dos RIMAS é contra o que indicam o
empreendimento?
(Mauro) Acho que essa pergunta é feita pro INEA né? Eu não sei se o INEA tem esse dado,
acredito que seja assim, quantas vezes um estudo de impacto ambiental em uma foi contrariar
para implantação do empreendimento deve ser isso que ele quis dizer não sei se o Dr
Reckmaier.
(Reckmaier) Nós tivemos vários empreendimentos que foram negados pelo INEA, inclusive
alguns, e todos os empreendimentos que são apresentados eles não são muitas vezes
aprovados como os empreendedores querem, muitas vezes eles são muitos deles são
reduzidos as suas propostas, então o INEA cabe simplesmente fazer a avaliação do estudo e
dizer que o que ele pode fazer, a decisão que concede uma licença ambiental onde determina
a no escopo da licença o que é apresentar os tipos de futuro e à decisão de implantar ou não
impedimento fica por conta dele de acordo com o parecer que foi apresentado pelo INEA, quer
dizer então que o estudo impacto ambiental e o relatório de impacto ambiental muitas vezes
ele apresenta é as suas conclusões o grupo técnico avalia e ele é avaliado também pela
procuradoria do INEA pela comissão estadual de controle ambiental que diz o que que pode
ser plantado. Muitas vezes o empreendedor pede várias coisas e dessas coisas são reduzidas
para que o meio ambiente seja preservado este é o nosso papel.
(Norberto) Eu tenho uma complementação, dificilmente um estudo vai ser apresentada como
a recomendação não rima de negação o que acontece nesse casos é que se apresenta para
empresa de consultoria um empreendimento que é próprio preto não seria não não
simplesmente a não viabilidade do empreendimento mas como não poderá para
empreendimento pra que se torne viável nesse caso do próprio projeto da DTA houve
alteração do projeto inicial então houve um afastamento em relação ao costão houve uma
redução para que ele não atingisse o maior acampamento dos beachrocks, houve alteração
para aqueles que não seguisse mais pra trás em cima da área de mata atlântica, então existe
sim no papel da consultoria a ideia de interferir no projeto para poder melhorar a viabilidade
ambiental dele além das próprias medidas além disso o que já aconteceu inclusive na Arcardis
quando um empreendimento nem com possíveis alterações ele passa dos olhos da empresa de
41
consultoria ser viável dificilmente empreendedor levar pra frente porque se apresenta o órgão
ambiental um documento de uma empresa de consultoria que diz que o empreendimento não
é viável já está negada a licença praticamente, né? Então o próprio empreendedor nesse caso
que a gente teve experiência ele desacreditou do empreendimento não seguiu mais em frente.
(Presidente da Mesa) Segunda pergunta do Floriano por favor, tá sendo gravado vai ser
transcrito dos autos do processo. Pode fazer a pergunta por favor, no microfone.
(Terceiro) Eu perguntei em relação ao conflito de interesse. É uma linguagem de cientista né
acho que você deve saber o que eu estou falando, se o estudo é inviável você deve uma
responsabilidade a empresa a partir do momento que ele te dizer ou de arrumar uma maneira
de dizer que é viável, porque a gente não tem como prova que você tá falando a verdade né?
Então assim qual é a garantia que a gente tem da tua isenção enquanto empresa que fornece
consultoria?
(Norberto) Claro, não há conflito de interesses tem é uma colocação extremamente pertinente
acho que é muito importante entender como é que isso funciona, não há conflito de interesse
a gente tem obviamente uma relação econômica eu sou pago para fazer um trabalho e eu
assino por esse trabalho eu assino uma anotação de responsabilidade técnica no meu
conselho, no meu caso no CRBIO porque eu sou biólogo, mas outros, como eu falei são muitos
pesquisadores e especialistas que trabalham nessas áreas todos eles são registrados nos seus
conselhos de classe e assinam suas anotações de responsabilidade técnica de
responsabilidade técnica para isso inclusive é um documento necessário anexar ao processo.
Então se, por exemplo se chega um momento em que obviamente o empreendimento não é
viável e a consultoria vendida, é uma coisa muita dita ela assinou dizendo que era viável esses
profissionais podem ser caçados ter o seu direito de exercer a profissão caçados, então é dessa
forma que funciona eu assino estudo comprometendo a minha profissão não só o meu
emprego, vai além disso.
(Presidente da Mesa) obrigado. O Floriano Reis pergunta ainda: qual a previsão de exploração
da camada do pré sal no período contemplado pelo porto? já há extração? Isso de fato é uma
argumento que justifique o empreendimento?
(Mauro) Sim já extração e foi mostrado hoje que na semana é passada o cuidado online da
petrobrás era de 650 mil barris dia de extração do pré sal é uma extração do pré sal ela é uma
realidade aumentada diariamente com toda essa crise quem tá assistindo a petrobras tem
batido recordes de extração de petróleo ano a ano, inclusive ela bateu no passado o record do
ano retrasado.
(Presidente da Mesa) ele pergunta aqui: desculpa. Flaviana. Ela pergunta ainda: qual o
parecer do instituto Chico Mendes? O EIA foi encaminhado ao instituto Chico Mendes, mas
ainda como eles tem ainda até 10 dias após Audiência Pública normalmente as manifestações
são entregues nesse período então deve estar pra chegar tanto Chico Mendes quanto IPHAN
também receberam o IBAMA também. Faz pergunta aqui: qual o intervalo de confiança da
modelagem de ondas e sedimento nos pontos 1 e 12?
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(Mauro) Eu não sou oceanógrafo mais o intervalo foi de 4 anos o estudo não é isso então acho
que o Daniel.
(Presidente da Mesa), Flaviano?
(Noberto) eu sei a parte de intervalo de confiança e de 4 anos é um atributo estático assim é
que aqui é utilizada nas modelagens eu pra ser bem sincero não tem informação nesse
momento tá aqui no estudo e vou procurar não atrasar o processo e apresento resposta na
sequência, pode ser?
(Terceiro) Estou falando isso porque dependendo do intervalo de confiança que você usou na
tua modelagem, atua modelagem não é confiável, então não necessariamente não vai haver
afetação das ondas e do sedimento no arco praial e por isso que você precisa informar o isso
porque não adianta você mostrar uma gráfico bonitinho dizendo que nada muda se teu
intervalo de confiança for absurdo não adianta você vai mostrar uma figura bonita mas na
verdade você vai ter alteração sim porque é modelagem é só por computador.
(Presidente da Mesa) Obrigada pela informação
(Norberto) Eu vou procurar essa informação precisa para te passar mas acho que uma coisa
importante dizer essa modelagem foi encaminhado para o INPH que é o Instituto Nacional De
Pesquisas Hidroviárias e eles ratificaram essa modelagem e disseram inclusive que ela foi
conservadora pra se dizer que é modelagem que eles fizeram apresentaram resultados ainda
menos evidente mas eu vou procurar a informação pra te passar.
(Presidente da Mesa) outra pergunta: ela faz qual o percentual de postos quais ser royalty a
políticas pergunta ainda há políticas habitacionais para contratar pra completar a mão de obra
da geração de vagas em escolas e hospitais? Quais são os projetos e objetivos para reduzir o
impacto sobre a pesca proveniente das rotas dos navios? Eu acho que eles já falaram sobre
isso. Os projetos objetivos, se existe algum.
(Mauro) Nós temos um programa é de compensação e diálogo com a comunidade de pesca
que tá é descrito também no estudo só que nessas fases do licenciamento preliminar ele não
chega a chegar no objetivo final, ele fala de uma metodologia de trabalho com os pescadores
da definição de objetivos é praticados na implantação e operação de empreendimentos o
programa ele se ele tem como como centro a metodologia participativa ele coloca algumas
linhas que vão ser as linhas de condução desse diálogo dos pescadores mas ele deixa
objetivação pra esse diálogo ele não impõe objetivos dos pescadores.
(Noberto) Isso faz parte da definição do próprio programa então como eu falei anteriormente
não é uma definição a ser feita durante o desenvolvimento do programa nesse momento
como eu falei isso proposta programas nessa inclusive elas podem ser arredondada ampliadas
diminuídas durante o parecer do órgão ambiental como o que é ainda mais isso isto aquilo
então nas condicionantes pode vir assim.
Então o programa ele é detalhado na fase seguinte no PBA que vão indicar, agora esse tipo
de programa participativo, ele não é o detalhamento dele é feito durante a própria evolução
do programa por que feito com os participantes ele não é delimitado previamente
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estabelecido e depois aplicado como a maioria dos programas de gestão de efluentes e de... se
ele for uma condicionante da licença como deve ser a garantia essa licença só é válida se for
atendido
(Presidente da Mesa) O que ele tá dizendo que o detalhamento né dos programas vão ser
feito quando apresentação do PBA mas de qualquer forma dentro do período manifestação se
vocês quiserem encaminhar algum tipo de manifestação sugestão para inclusão dos planos e
programas exatamente o que a gente espera dessa Audiência Pública é ainda pergunta: os
resíduos lançados no emissário submarino tem de alcançar o arco praial de Saquarema até
Itaúna?
(Mauro) Não, veja existe no emissário submarino existe um as estações de tratamento a água
vai passar sempre pelo processo de reuso né pode ser que que haja algum excesso que vai ser
lançado e lançado dentro das condições é que é conama permite que a gente fez um estudo de
diversão da pluma e ela desperta bem no entorno do empreendimento nos estamos a
dezenas de quilômetros da praia de itaúna não existe nenhuma possibilidade de isso chegar na
praia de Itauna.
(Noberto) Só complementando, existe também um programa um dos programas da metade
proposta programa de monitoramento dessa a pluma depois do lançamento da efluente
tratado né então esses programas eles visam justamente verificar se a capacidade de
depuração que foi ante visto ela tá sendo atendida ou se preciso de algum tipo de correção na
no tratamento esse programa é continuo não feito um determinado momento paz para o ano
que vem volta né o programa de monitoramento ele monitora a saída da fonte tratado tem
que tá de acordo com a resolução federal com a solução conama e depois você tem que ter
aumento do tratamento do monitoramento de efluentes tratados primeiro ponto pois ele
lançado você também tem o monitoramento da pluma né então isso verificar o processo está
correndo como um cão bem sim algum momento dá um alerta tudo isso é previsto só vai ser
feito alguma coisa se tiver fora da normatização prevista e se tiver alteração de padrão de
qualidade.
(Presidente da Mesa) Quais as medidas de mitigação depende da intervenção do gestor
público municipal? e pergunta: quais as medidas relacionadas à segurança nas cidades
afetadas?
(Mauro) É a partir da medida relacionada à segurança não sei se acreditar está respondido a
gente falou algumas vezes é a agora que depende de intervenção do gestor público na verdade
as medidas em grande parte elas são obrigações do empreendedor e são a partir do momento
que se foi concedido uma licença ela são compromissos do empreendedor já nesse momento
elas passam a ser para frente do projeto pra frente do licenciamento agora a fiscalização é
feita tanto pelos órgãos públicos quanto pela população então qualquer incoerência que a
população perceba ela pode denunciar isso no órgão responsável para que ele tome a são
necessárias então o licenciamento é feito pelo por um órgão público que é responsável
também pela fiscalização diretamente.
(Presidente da Mesa) Eu vou ler aqui agora umas perguntas, do Pedro Mariano Matos, ele faz
três perguntas: eu vou passar para o empreendedor e uma por uma tá, para ser mais objetivo.
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Ela fala o seguinte: com a construção TPN desejo fazer alguns questionamentos, primeiro qual
é o entendimento público privado em relação a pressão antrópica do empreendimento já que
o mesmo se localiza junto ao futuro Geopark , costões e Lagunas entre dois parque de mata
atlântica que são tiririca e costa do sol vila tur Saquarema.
(Mauro) Nós entendemos que o TPN ele pode conviver com o Geopark não existe uma
antítese é possível existir um empreendimento dentro do geopark e quantos parques
ambientais os estudo de ambientais mostram que são as leis de conservação existem na serra
que não existe interferência nessa unidade intervenção direta nessa unidade de conservação.
(Noberto) eu queria só complementar s no estudo também falará prevista que as medidas de
compensação de plantio compensatório do mais ela seja feita na área de restinga adjacente
pra que essa área seja potencializada inclusive incluir a preservação da incluindo trecho de
praia que contém alguns beachrocks vídeos que hoje ele não recebe algum tipo de proteção
legal.
(Presidente da Mesa) A segunda pergunta: em 2006 outra empresa se interessou pelo mesmo
local mas desistiu porque o plano o diretor não previa a instalação de um terminal, pois a área
era para expansão urbana, como a mudança do plano diretor voltou-se a carga a empresa
acima está construído o terminal em Macaé com muito elogios a logística do local e o que é
pressionou foi falta de luta da mesma que acabou optando por outra cidade e será que Maricá
não é adequada para estar na região metropolitana já bastante castigada por problemas
socioambientais?
(Mauro) O inverso né, por estar na região metropolitana M aricá ela no nosso entender é
muito mais adequada do que Macaé agora é importante citar que atividade que se desenvolve
em Macaé e a atividade chamada de apoio offshore são pequenos barcos que dão apoio às
plataformas submarinas de exploração de petróleo não se faz transporte de petróleo
transporte petróleo existe grandes navios esses meus navios não existem condições naturais
em Macaé para portas para grandes navios são portos que trabalham com pequena
profundidade para pequenos navios o nosso caso nós temos grande profundidade a gente
pode ter é a oportunidade de trabalhar com grandes navios são duas atividades
complementares mas uma não rivais a coordenação motora também era tão diferente tão
diferente mercado diferentes atividades.
(Presidente da Mesa) E a última pergunta: o porto do Açu está praticamente pronto e contará
com toda a proteção ambiental já apresentam problemas pois os moradores do barra do Açu,
estão sofrendo com excessiva engordamento das praias e também com a pressão atmosférica,
ameaçando as casas. Pergunto: com este empreendimento em Maricá o quê Saquarema
sofrera com os impactos ambientais? Pois como sabemos poluição do ar e marítima não tem
fronteiras.
(Mauro) Então na verdade ele está preocupado com o excessivo engordamento das praias né?
A questão da movimentação praial e também com a pressão atmosférica. Então como já dito
os impactos no meio físico eles ficaram restritos todo empreendimento no município de
Maricá nenhum de uma análise que foi realizada é mostra que esse impacto posso se estender
até o município de Saquarema.
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(Presidente da Mesa) Bom senhores as perguntas, por escrito, encerraram? Nós vamos passar
para inscrições horais, eu lembro que tinham 20 pessoas inscritas, então nós vamos limitar o
tempo, seremos bastante rigorosos com isso, em 3 minutos que provavelmente poderemos ter
alguma réplica, então por favor o rapaz que controla o tempo, gamos chamar primeiro a
senhora Anna Cristina, do FRAIER, Anna se vc quiser uma cola:
(Ana) Boa Noite, o presidente da DTA em 2012 ele colocou sobre essa tecnologia que seria
até patenteada pela DTA essa cortina, não sei se continuo isso, acredito que sim porque no
rima não está colocado da forma da entrevista que ele dava em 2012, e diz que não existe
nada no mundo, então é isso que eu gostaria de saber, nós seremos cobaia, vocês tem
certeza? De que esse procedimento é garantido? Para o caso de um vazamento de óleo, muito
bem colocado né você tem no mundo o tanto que a gente tem foto na nossa disposição, a
cortina enrolada e puxada por uma barco e fecha e é inflada, isso existe no mundo é essa que
está no nosso sistema no nosso processo de licenciamento, a DTA é uma empresa que
desenvolve tecnologia, então ela acredita que é possível ter uma cortina muito mais eficaz do
que essa, mas o que ela está colocando hoje no projeto pra n ninguém ser cobaia é um tipo
que já está testado e que já existem muitos outros exemplos, é essa que consta no estudo
ambiental. – então a que ele falou na época não vai acontecer mais, que ele falou que era um
tecnologia que vocês tinham criado que até iriam patentear, o que ele falou na época caso
essa tecnologia nova venha ser homologada, testada e aprovada, por institutos técnicos ela
poderá ser utilizada é uma avança técnico. Agora existe hoje no estado da arte e engenharia
hoje solução que dá o menos efeito. Só que em vez de ativar em dois minutos para fechar a
área vai levar 5, 5,10,15 , mini. É uma diferença pequena de eficácia Mais é possível que eu
tenha que um e quanto ao instituto Chico Mendes é sobre a reserva extrativista marinha de
Arraial do Cabo que é uma preciosidade é um município também de praias lindíssimas então
eu acho uma temeridade, eu não acredito, não tenho conhecimento, não sou profissional da
área mas eu acho que de repente a poluição chega lá, porque não é possível que um
empreendimento faraônico desse jeito não irá alcançar arraial do cabo? Nós não estamos tão
distante assim justamente o nome é arraial do cabo filar uma reserva da marinha e lá é uma
reserva extrativista marinha. Então eu acho que a preocupação principalmente do INEA tem
que ser muito grande , porque está sendo colocado em risco o projeto de uma reserva criada
pelo governo federal em 1997.
O negocio já vem de anos eles tem projetos lá que já vem sendo aplicados a anos, isso tudo
pode vir por terra, aliás por mar né! mas não é só Saquarema , não estou pensando só no meu
município, estou pensando só no meu município pensando no município que é lindíssimo e
que preciso também ter um cuidado que o que acontecer aqui não tem como ir também não
tem o seu acredito que vocês não têm a garantia de que não irá acontecer com baixo impacto
ambiental o que pra vocês que foi parece que foi o governo do estado também fez de vocês é
também afirma que é o que significa civil assim que é de baixo impacto ambiental é o impacto
ambiental pela prova resolução conama que institui licenciamento ambiental além de uma
série de critérios que precisam ser apresentados em pontos positivo negativo temporário
permanente e uma dessas um desses critérios, a magnitude, a magnitude do impacto pode ser
definida como a alta, média, ou baixa então isso é para cada impacto, eu não digo que o
empreendimento tem baixo impacto ambiental não é isso, cada impacto tem uma avaliação
alto, médio e baixo no RIMA está apresentado qual é essa avaliação associado a isso tem as
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medidas que a gente coloca, então a natureza o impacto por definição de uma determinada
magnitude quando a gente aplica medida o resultado do impacto pode diminuindo ou ele
pode ser ampliado por uma medida potencializadora. O impacto positivo então você não disse
que o empreendimento ele tem espaço pra tentar o alto impacto ambiental você pode dizer
que um determinado impacto ambiental de empreendimento é alto ou baixo em relação à
magnitude e não é verdade não é muito grande. É mais dá a entender de que minimizou a
situação, entendeu, que o impacto ambiental é a degradação ambiental ela é mínima é baixa,
e não é verdade é muito grande, muito alto , quem está vai pagar um preço muito alto. E como
eu ainda tenho um tempinho, eu já estou nesse caminho já desde 2012 e eu gostaria de fazer
uma consideração porque nós estamos sofrendo né, o meio ambiente, nós estamos com uma
falar de agua, isso é no Brasil inteiro nós estamos com esse problema, pedindo muito ao povo
que colabore, mas eu acho que o governo o poder público, principalmente o estado ele tem
que colaborar também, possibilidade de um empreendimento ser realizado em outro lugar
que já foi impactado que já foi degradado, porque o governo não vai permitir que seja
impactado um lugar que não tem problema? Se é para colaboração nós estamos com
problema ambiental, a água é um problema ambiental, então se tem oportunidade de ir para
angra, de ir para qualquer outro lugar o governo tem a obrigação de colocar este caminho não
destruir o que não foi impactado, essa é minha opinião.
(Segunda pergunta de Voz) Sr.Presidente, o meu questionamento como está ai é sobre o
impacto de vizinhança, o impacto de vizinhança é previsto no Estatuto da cidade. Saquarema
está impactado pelo impacto de vizinhança porque é vizinho, no plano diretor do município de
Saquarema o questionamento anterior do vereador vossa Excelência respondeu, que o
impacto de vizinhança seria feito pelo município, o impacto de vizinhança, tão importante
quanto o impacto ambiental, porque o impacto da cidadania a cidade e a nação, é constituídas
não de consumidores mas, de cidadão. O impacto de vizinhança tem que ser apresentado pelo
dono do empreendimento, assim como e impacto ambiente então na explanação feita pelo o
presidente da DTA nas outras explanações não fez nenhuma referência ao ser humano, falou-
se na fauna, na flora na baleia, mas não falou de um bicho, que se chama o ser humano. Se o
município de Maricá, não fez o impacto de vizinhança, o município de Saquarema exige o
impacto de vizinhança.
Única referência feita ao ser humano, no estudo do impacto ambiental que não embutir no
estudo de impacto ambiental o impacto de vizinhança que são dois impactos diferentes foi
referente a Saquarema foi o pertinente aos pescadores, e foi feita uma analogia entre a pesca
do Rio de Janeiro que os pescadores lá estão pescando e a pesca de Saquarema, analogia foi
bem feita a Bahia de Guanabara está para o Rio de Janeiro assim como a lagoa de Sacarome
está Saquarema , no debate radiofônico uma ambientalista disse tratando do porto maravilha
foi dourar a alça mais o pinico que é a bahia de Guanabara continua tanto é que os pescadores
que pescam aqueles mariscos na ponte e lavam naquela agua poluída estão e vende na região
dos lagos, estão matando o povo da região dos lagos, estou falando também aqui como
cidadão e também como presidente da comissão de segurança pública de Saquarema , tive a
oportunidade de emitir um parecer sobre a TPN e entrego cópia deste parecer, a Vossa
Excelência, ao INEA e DTA. E o INEA não pode dar licença ambiental para o empreendimento
sem o impacto de vizinhança ou então o INEA rasga o estatuto da cidade e aqui a gente não.
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(Terceira Pergunta de Voz) Boa noite a todos: plano de ação nacional do formigueiro do litoral
é um plano de ação que prevê a conservação do formigueiro do litoral a quarta mais ameaçada
de extinção do planeta do mundo inteiro. Só existe entre Jaconé e Cabo Frio e esse plano aqui
o INEA é parceiro em todas as ações, esse plano foi elaborado pelo ICMBIO o mesmo e INEA
tem uma campanha que diz que proteje as 10 mais e dentre estas 10 espécies está o
formigueiro do litoral. Eu pergunto como INEA manda proteger essa espécie em extinção no
planeta que liberar licenciar o empreendimento no habitat do infeliz aqui! Do pobrezinho! Ou
então fazer como o Mauro olha só você a partir de hoje não vai poder mais morar aqui aí você
vai botar numa área de restinga uma superpopulação de indivíduos e superpopulação a gente
acredita, a gente sabe acarretar uma favelização! Vai haver uma favelização do formigueiro do
litoral é o que vocês querem fazer eu vou entregar esse exemplar aqui pra entregar ao
Ministério Público ele que vai fazer o questionamento ao INEA.
(Presidente da Mesa) Obrigado a todos o andamento muito pertinente a colocação.
(Quarta Pergunta de Voz) Dene Fardin boa noite todo mundo, também sou biólogo como
nosso amigo al,i antes de mais nada eu não quero que se torne como se fosse um jogo de
população contra empresa, eu acho que a gente tem que se despir do nossos egos pessoais e
tratar dessa questão que é muito sério que é a perda de um de um refúgio de lazer de
patrimônio material dentro do colchão coloridos. O patrimônio lúdico patrimônio espiritual e o
patrimônio de lazer propriamente dito que ama que é uma questão não é o meio ambiente
que é porque às vezes tratado também aquela região ali como todo mundo que vive aqui sabe
aonde é uma região que ela pelo lazer pela tranquilidade pelo corpo de poucos lugares no
mundo de parecidos, mas enfim, deixa eu fazer algumas perguntas aqui que é que me vieram
que são bem sérias uma delas eu gostaria de mais detalhe sobre a mudança do zoneamento ali
daquela área pelo prefeito de Maricá, o que o ministério público tem a dizer sobre isso. Outra
coisa que eu queria dizer para o INEA eu trabalhei no Porto Do Açu durante um ano e meio eu
fui gestor ambiental lá e uma das empresas infelizmente vi pouca atuação do INEA lá eu
gostaria que caso acontecesse isso aqui que fosse muito atuante se possível que que nem se
faça esse porto aqui eu não sou a favor do porto aqui e deixa eu ver mais coisa aqui, eu falei
essa retroarea do porto e todo o suporte que vai se fazer necessário para esse porto funcionar
essa rodovia que se liga a via Amaral Peixoto RJ106 me parece muito absurdo. É a estrutura
que ela tem pra suportar as forças para suportar o tráfego esperado pra lá enfim dentro os
outros problemas da quantidade de mão de obra que é esperada para trabalhar no porto me
parece enorme também a mobilização de isso vai ser um problema possivelmente é
favelização. O tempo de prático não não me parece o suficiente eu sei que é intensão dos
senhores é séria que tem estudos mas tem que enxergar. Pra finalizar já que a DTA comprou
essa que é um grande risco enorme do porto, se vocês têm alguma outra alternativa
sustentável no agronegócio estava ali pra região poderia me sugerir agroflorestal parque
temático alguma coisa.
Antes de passar quero fazer uma complementação, uma manifestação prudente que em
relação ao ministério público, ontem ele estava na audiência, mas hoje eles não puderam vir,
mas eu acredito que tenha uma ação que está em curso uma ação movida pelo ministério
público em relação a esta empresa.
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(Mauro) Bom quanto ao zoneamento... é uma legislação que cabe ao município e a própria
constituição do Brasil assim o define e o zoneamento de todos os lugares eles são mutantes ao
longo do tempo, o zoneamento não é uma uma lei que é para ser criada numa determinada
época é congelada para todo o sempre né? Zoneamento foi alterado seguindo todos o rito
legal pra alterar zoneamento cabe ao município propor zoneamento município fazer consultas
públicas conforme está ocorrendo aqui tem um rito e depois cabe a câmara municipal
aprovação no zoneamento, então a alteração zoneamento é que ocorreu em Maricá ela é uma
prerrogativa da prefeitura e ela foi realizada seguindo todos os seus ritos que a lei assim o
manda então é uma coisa que ocorre em muitos municípios todo o tempo os municípios estão
alterando o zonemanto. Quanto à questão das rodovias eu queria ver se o Venon, não quer
fazer uma contribuição né? E quanto Venon está se movimentando ali quero dizer que a DTA
particularmente, o projeto que ela tem pra área é do TPN ela não tem um outro projeto pra
essa área
(Venon) Boa noite, quanto a rodovia o acesso na fase de operação, ainda não houve um
esclarecimento, já houve sobre a fase de implantação e que o impacto é menor, como o
Mauro já explicou a movimentação de material rochoso fica confinado dentro do
empreendimento, sem afetar via pública, para ser dentro de uma área e não é para os demais
usuários, ao contrário da fase de operação que sim, deve se prever que haverá a utilização ou
da 106 como foi mencionado e uma eventual possibilidade de utilizar RJ 114 que liga o núcleo
urbano de Maricá até itaboraí 101
Ainda que não haja ligação a estrada hoje não está em condição de receber tráfego, ela tem
um bom alinhamento mas ela não tem um bom tratamento com geometria e não tem a
interligação com a 101. Quanto a 106, ela tem interesse em pista dupla que vende Niterói até
o louco do bando de Maricá no segundo trecho de uma simples com alguma duplicação mais
recente entre o trecho em pista dupla desde Niterói até núcleo urbano de Maricá e um
segundo trecho de pista simples com alguma duplicação mais recente entre o núcleo urbano
até continuando a Saquarema, depois continuando chegando na 118 que também vai ser
usada para acesso e empreendimento e que também é uma pista simples, uma faixa por
sentido. O que o estudo considera movimentação prevista na fase de operação plena, ou seja,
já com todos aqueles três grandes empreendimentos terminais operando na infraestrutura
sendo licenciada agora, deve gerar na hora pico, algo como 400 veículos por hora e
aumentando cerca de 200 veículos por hora em cima de 200 que já existem por ai. Isso é uma
hora pico de um dia normal de um dia útil normal e não é uma hora pico de um período de um
fim de semana carregado de verão ou fim de ano, ou de um destes dias específicos que
ocorrem, mas são importante para o turismo, e já adiantando então a medida mitigadora não
se prever que haja movimentação operacional de caminhões do empreendimento nestes dias,
e mais isto não é só uma ação benemérito do empreendedor, esta é uma ação para preservar
custo de transporte que os caminhões iam ficar parado no meio de todo mundo aí só te
atrapalhando e atrapalhando mais os outros.
Agora então a pergunta é o seguinte: Cabe o trafego a mais a ser gerado pelo
empreendimento a mais nessa rodovia de pista simples a resposta pelos padrões
internacionais adotados no brasil e em outros lugares de capacidade nível de serviço diz que
sim 425 veículos por hora, é na ordem de 25% do volume de 1600 veículos por hora de uma
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rodovia deste tipo comporta, concluindo sim há capacidade de se observar o seguinte, aquilo
que já foi colocado aqui, toda a região está sujeita, independente deste empreendimento, está
sujeito ao crescimento populacional e por tanto um crescimento de atividades para que essas
pessoas consigam morar e sobreviver aqui, e isso vai ocorrer ao longo do tempo este pleno
desenvolvimento da operação do porto também vai ocorrer ao longo do tempo ou seja toda
essa região vai precisar de um equacionamento do seu sistema viário também além de
saneamento transporte e educação e outros
(Presidente da Mesa)Ok Obrigado, Edson jornalista, Edson Pedroso
(Mauro) Eu gostaria que o Pedro viesse a frente, é o biólogo né
(Quarta pergunta de Voz) Bem, uma questão se falou aqui, dos golfinhos e quando você fez a
explanação dos golfinho você me disse que ele era suscetíveis a abalos sonoros, correto? Sim,
sim, foi dito aqui, foi falado aqui, isso, e que ondas sonora. Então eu diria a você o seguinte,
eu sei que vocês dois são pessoas inteligentes, e eu diria que eles não vão sentir e vocês não
vão diminuir o impacto, eles simplesmente abandonam o nosso litoral, então o estudo de
vocês está errado e isto já me deixa em suspenção o que vocês fizeram porque eu afirmei isto,
há estudos pela universidade católica feito em Santa Catarina, inclusive foi tese de mestrado
que simplesmente bastou a movimentação no porto para que eles sumissem da região e nunca
mais voltar nem foram vistos, então eu acho que quando você chegam aqui eu tô em dúvida se
porto é legal ou não agora não quero ser enganado, quero estudo sério porque eu já
acompanho essa história do porto a muito tempo desde da primeira declaração feita pelo
presidente da DTA o Senhor Oliveira neto e afirmou ao jornal O globo que nada impediria a
implantação do porto e se está escrito a não ser que existisse baleias jubarte de papo amarelo
brincou então quer dizer será que esta indagação dele mostrar que já havia já havia coisas,
gente no bolso dele e que já estava tranquilo é uma afirmação estranha depois quando fizer
Audiência Pública - aliás desculpe não foi Audiência Pública f- oi a mudança zoneamento. A
primeira mudança de zoneamento foi feito durante o natal recesso do ano novo uma coisa
assim, se não me falha a memória e foi feita de portas fechada na prefeitura de Maricá e isso
tornou totalmente vale o processo e atrasou a empresa porque nós já estamos falando de 4
anos e isso atrasou depois retornaram fizeram novamente zoneamento e conseguiram
aprovar, o que eu quero deixar claro que é concordar com o Ministério Público Estadual e
concordar que o seu Frederico Bastos que afirmou que o estudo de um pacto ambiental feito
não corresponde com os fatos ele afirmou isso, mas eu acho que eu não sei se já entrou com
parecer contrário ao que foi feito e só pra finalizar presidente, eu quero dizer o seguinte: nós
não temos órgãos INEA, IBAMA, que possam fiscalizar essa obra, eles não tem fiscal nós temos
hoje empreendimento em Saquarema e nesse momento eu posso até fazer esta denúncia que
é o campo de grama de Sampaio correia que está consumindo toda a água do nosso lençol
freático e que hoje muita gente não sabe disso. Eu quero saber como é que isto está
funcionando e como que o INEA e o IBAMA estão perante isso quero que anote esta denúncia
nesse momento porque consumindo a área, existe vazamento tem poços cavados
irregularmente, então só para finalizar tá eu quero só transparente depois eu vou dizer se eu
sou contra ou a favor da transparência e da verdade, então não minta, nunca.
(Presidente da Mesa) Obrigado jornalista Edson
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(Norberto) Eu acho que a primeira coisa a dizer ratificar a qualidade do estudo, somos
profissionais sérios somos uma empresa tem mais de 20 anos de atuação no mercado na área
de meio ambiente já fizemos e números impactos ambientais e nunca tivemos problemas com
os nossos impactos ambientais, isso essa parte é eu considero inquestionável, somos uma
empresa seria e fizemos um estudo de impacto ambiental de qualidade e o INEA e todos os
outros órgãos estão avaliando todas as contribuições e questionamentos que você fazem são
contribuições valorosos mas eu acho que tem que partir da premissa que ninguém tá
brincando né? É um estudo de impacto ambiental sério.
Quanto a parte dos golfinhos se não me falha não lembrava de ter falado de golfinhos aqui,
mas existe um impacto ele foi diagnosticado e apresentei o impacto na comunidade dos
aquático e só não lembrava de ter falado da palavra golfinhos, mas enfim, detalhe. Existe um
programa de monitoramento de cetáceos que está previsto para o empreendimento para
verificar se o que foi previsto vai acontecer ou não, eu gostaria de chamar o Ricardo pra falar
um pouco mais até da presença de outros cetáceos em portos já existentes, aqui no Rio de
Janeiro inclusive.
(Ricardo) É só a confirmação de o próprio fato de a gente ter visto de ter sugerido que deve
existir um programa de monitoramento especifico para cetáceos já é válida que a gente
considerou que eles estão na área, então a gente falou da bibliografia secundária, a gente
utilizou o trabalho de pessoas da região e que trabalha no pontal de Atalai, que trabalha na
baia de Guanabara, que fizeram estudos na região e o programa de monitoramento
justamente ratifica que a gente considerou a presença deles e vamos monitorar ele ao longo
de toda a fase deste empreendimento se vier a ser licenciado ele será monitorado da fase de
instalação até a fase de é operação e de acordo com os dados que vão estar sendo levantados
e observado dentro desse período é a questão do monitoramento já se define pela própria
palavra condição do órgão regulador, estar observando se realmente não tem ou tem impacto
e fazer as medidas que devem ser feitos a partir dos resultados gerados .
(Presidente da Mesa) Ok muito obrigado pelos esclarecimentos.
(Edson) Vocês não vão conseguir fazer o monitoramento tá porque eles não vão estar aqui pra
vocês monitorar é esse que é o negócio, gente, vocês entram na internet qualquer um de
vocês, entra lá, golfinhos, vocês vão dar de cara o estudo que tem a tese de mestrado do
que mostrei, bateu o primeiro prego, eles somem e não voltam mais, é isso queria ouvir de
você hoje né, no caso dos golfinho vão subir essa e realidade vocês não vão monitorar nada
porque não tem nada pra ser monitorado porque eles não vão estar aqui, era só pra concluir.
(Norberto) Só finalizando o programa de monitoramento, ele prevê um momento zero, ou
seja, o momento em que vai ser feita a campanha antes de qualquer empreendimento pra ver
como é que funciona antes do empreendimento, e só depois deste zero é que tem as ações do
empreendimento então a gente vai verificar se eles estão presentes ou não e como acontece
as alterações. Não sei se tem e-mail digital aqui.
(Edson) Eu ia pedir para não contar o tempo porque faz parte de uma pergunta
anteriormente. Não adianta de nada fazer o monitoramento se não tem ação prevista pra isso,
não existe ação prevista para isto, os cetáceos vão sair dali porque o trafego dos navio vai
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interferir na rota deles, então a partir do momento que o porto for instalado não se tem mais
como voltar. Vocês já falaram 15 vezes que vai ter o monitoramento vai dizer que eles saíram e
ponto. Eu queria saber se realmente identificasse que eles vão sair se o porto sairia de lá,
monitoramento não serve para gente entendeu.
(Presidente da Mesa) Ok está entendido. Vitor Frias por favor.
(Vitor Farias) Presidente, serei breve, qualquer um pode ser surfista, pescador, veranista
professor um estudante sabe muito claramente que existe uma dinâmica muito íntima entre o
costão Jaconé, Saquarema, Itaúna, em arraial do cabo. Como a Ana falou, muito questionável
essa questão, não há influencia em Saquarema, tipo, como que não existe as influências se
qualquer um aqui sabe que existe aqui uma relação muito íntima, qualquer onde de sul que
entra, sudoeste, sul a gente acha na praia em qualquer ponto de boqueirão barra nova, é lixo
que vem da baia de Guanabara o tempo todo então não precisa ser nenhum especialista e
principalmente o INEA deve ter muita lisura neste processo. A gente está pedindo lisura por
favor, pelos nossos filhos, pela nossa praia, pela nossa dinâmica social e ambiental, lisura é só
isso que a gente pede porque se for honesto não vai passa,r o que é muito impactante para a
nossa realidade, não cabe para a nossa realidade.
(Presidente da Mesa) Obrigado Vitor pode ficar tranquilo que vai ter total de lisura e total
transparência durante todo o licenciamento. Luiz Rafael Musse, por favor.
(Luiz Musse) Boa noite, a minha pergunta é simples, quantos projetos na área portuária a DTA
já fez?
(Mauro) Bom, é como a gente já citou, a DTA tem 17 anos de experiência em projetos na área
portuária certo ela tá é próxima de 1000 entre estudos e projetos preliminares e conceituais o
projeto executivo detalhado estudo diferentes de portos tanto marítimos quanto fluviais é no
mundo inteiro né, especialmente no brasil e na américa latina e tem muita experiência na área
por isso a gente escolheu esse local e estamos trabalhando com tanto e tanta fé nesse projeto.
Isso não é uma atividade que começou e acaba no TPN é uma atividade que faz parte do dia a
dia da DTA nesse momento na DTA , tem parte de técnicos trabalhando nesse projeto em
partes trabalhando em um projeto de porto em Guarujá, em Cubatão, estudando porto em
Paranaguá todo dia na DTA tem diversos portos transitando pelas mesas de trabalho dos
diferentes técnicos é o nosso cotidiano é o projeto de portos.
Eu queria chamar o Daniel Campagnolo que está aqui presente que esta nestes 17 anos
atuando na área para ele falar de projetos prontos de gestão do dia a dia do trabalho no DTA .
(Daniel Campagnolo) Boa noite, como o Mauro salientou a DTA tem 17 anos na área
portuária a empresa que antecedeu a DTA tem em 13 anos de trabalho nessa área e antes de
se fundar a DATA engenharia que é a percursora da DTA , quer dizer, eu trabalho nesta área a
47 anos, desde criança e o presidente da DTA também vem desta área e a maioria desses
técnicos vem junto a 40 e poucos anos. Não é um não, são vários anos, tem o terminal de
granéis do Guarujá por exemplo, que é um terminal mais moderno do brasil com um
ferroviário enorme, terminal de juruti da dalcoa, então estamos fazendo o terminal da vale
em Cubatão que é um grande terminal de importação de fertilizantes, eu aconselho que vocês
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entrem no site da que é uma quantidade enorme de clientes, muito grande, nós trabalhamos
em 30 portos: no brasil, portos na argentina é o nosso dia dia é a nossa atividade é o nosso
ganha pão, e este é um projeto muito especial porque ele é nosso.
Eu acho que tá respondido. eEstamos com um projeto em são Francisco do sul projeto lápis
que está em andamento
Nós trabalhamos para todos os clientes na área portuária, este é o primeiro porto que a DTA
vai construir, acabamos de ganhar uma concorrência de dragagem no porto de Paranaguá, que
é a maior concorrência do brasil é uma obra monumental de aprofundamento, fizemos o
aprofundamento do porto de santos, nos executamos obras de dragagem de grande porte...
(Presidente da Mesa)Daniel por favor, você já respondeu com relação a operação portuária e
ela já fez a pergunta, a flaviana já perguntou se vocês já construíram.... Vamos lá Marley, por
favor
(Marley) Boa noite, vocês conseguiram alcançar 472 pessoas em 2 anos nas reuniões que
vocês fizeram na comunidade, então é um péssimo né? Porque de 2 anos pode setenta e duas
pessoas e um mês né meu amor de deus Saquarema tem 80 mil habitantes e vocês
conseguem 432 pessoas em Maricá e Saquarema. Isso mostra a péssima divulgação que foi
feita nos municípios é não é não teve divulgação em Saquarema, eu moro na avenida principal
e eu só vi duas faixas porque a terceira que eu tinha visto sumiu os 7 dias atrás e as faixas tem
estão em locais que não tem visão e ainda mais em preto e branco algumas letras minúsculas
que ninguém consegue ver primeiramente, as faixas deveriam estar escrito audiência porto de
Jaconé estava Terminais Ponta Negra, não dá para entender quem mora aqui não dá pra
entender as pessoas conhecem como porto de Jacone entendeu, é a minha pergunta fica a
DTA disponibilizou o transporte para a população?
(Mauro) Sim, disponibilizou, o transporte infelizmente o ônibus hoje veio um vazio sem uma
pessoa de ontem à noite 5 pessoas só utilizaram o ônibus, apesar de a gente ter feito a
divulgação e avisado pra pessoas é que atuam perto da área deste ônibus para poder
regimentar pessoas e trazer no ônibus.
(Marley) E claro que só teve 5 pessoas, não teve divulgação ninguém sabe da onde saiu o
transporte que horas dá onde, ninguém sabe, foram disponibilizados quantos ônibus?
Ninguém sabe, nem nas faixas tinha isto. Cadê os carro de som? Também não tinha.
Entendeu, eu moro na avenida principal eu não vi um carro de som, ok não houve informação
nas rádios, então aí eu queria mais clareza nas audiências públicas tem que ter uma
divulgação maior, a população precisa saber com certeza da próxima vez vai vir uma pessoa
porque não tem esta divulgação e eu gostaria de saber aonde foi feito a divulgação do
transporte.
(Presidente da Mesa)Este pedido em relação a divulgação da Audiência Pública foi realizada
por eles seguindo a seguindo o regulamento do Ceca, então você está fazendo um pedido para
a Ceca para que as próximas audiências sejam realizadas que altere o regimento que tem,
várias pessoas estão solicitando isso e a contribuição importante nós levaremos o conselho da
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Ceca para que coloque outros meios de mídias de comunicação para convocar mais gente da
Audiência Pública.
(Marley) E a onde foi divulgado este transporte?
(Mauro) Foi publicado editais no jornal o globo, jornal o dia, tá foi divulgado no diário oficial,
foi divulgado um carro de som 03 dias aqui em Saquarem,a foi divulgado quanto à colocação
de 15 faixa Saquarema, tá no jornal saqua ,que esta aqui, que é um jornal que circula em
todas as bancas aqui de Saquarema, tem uma chamada na capa está dentro do jornal. A gente
fez um esforço grande divulgação a gente passou e-mails pra pessoas essas pessoas podem
ser seguidas e divulgação umas pra outros então a gente fez a divulgação maior do que aquela
que a CECA define qual é a divulgação mínima de uma audiência, a gente fez mais do que é
colocado como obrigatório.
A gente está bastante tranquilo quanto a divulgação, o que não quer dizer que todas as
pessoas tenham visto, é claro que não, mas foi feito uma divulgação bastante ampla é mais
ampla do que o estado define que a gente precisa fazer.
(Marley) Tente se esforçar mais da próxima vez favor.
(Presidente da Mesa) Ta bom Marley não fica registrado a sua manifestação.
É Sílvio Ricardo por favor – Já foi.
Vereador Matheus Alves e presidente da colônia de pescadores da Z 26
(Matheus Alves) Boa noite a todos eu vim aqui primeiro que a palavra porto para mim já me
assusta, pra mim já é impacto direto porto são palavras ruins a gente vê a baía de Guanabara
já vê o que acontecendo e não sei porque escolher nossa costa maravilhosa que é de itaipu
até arraial do cabo por que que o porto tem que ser nesta costas porque que não pode ser na
baia de Guanabara.
Eu não entendo isso, qual o propósito de ser no Roberto Marinho que é o impacto vem direto
no município de Maricá e o impacto direto fica na Saquarema , Araruama e arraial do cabo,
vocês são biólogos e estudaram e não tenho muito estudo, mas sou do saco do saco do
pescador e eu gosto de pescar o peixe, limpar o peixe e fritar o peixe e come o peixe e se
possível futuramente, voltar a viver do peixe e pelo jeito está acabando porque o estudo que
vocês fazem você não sabe o que que é, água leste ela vem de sul para leste tras o lixo da baia
de Guanabara tudo que o mar joga aqui na praia de Saquarema na areia, vocês não sabem
que nós temos três lagoas 1 no município de Maricá 3 no município Saquarema que é a lagoa
de Jaconé a lagoa da mombacia e a lagoa do centro e em Araruama iguaba são pedro e são as
mulheres do mar todo homem que tem uma mulher para poder reproduzir a criança e quando
o mar bota a maré dentro da lagoas onde cria o peixe que sai.
Ai nós temos aqui, então eu vou falar só um pouquinho só das espécies que nós temos aqui: a
anchova, o pampo ,a corvina, a tainha, o marimba, a pescad,a o robalo, a garoupa, o sherne, o
pargo, camarão, o marisco, o tatuí, o salambi e várias outras espécies que nós temos aqui isso
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tudo é produzido e sai nesta costa aqui até Itaipu Ponta Negra no berçário que cria para o
nosso pesqueiro aqui.
Eu quero ver o estudo que diz que a partir do porto quando for feito aqui as nossas praias
daqui 5 anos já está com gosto de óleo, não precisa nem estourar barril nem nada não, o
próprio óleo do navio já vai, quando a gente der um mergulho nossas praias já vai estar.., a
gente vai sair com cheiro de óleo. Por que o porto tem que ser feito nesta costa? A baia de
Guanabara poluíram e já estão querendo despoluir e agora porque que não jogam perto do
gasoduto? Porque que tem que ser aqui se tem uma rota que vocês vão produzir no pre-sal,
não sou contra, então cria-se mais navio e leva o petróleo para lá são estas as minhas palavras.
(Presidente da Mesa) Obrigado vereador, está registrado as palavras pela sua posição
contrária à implantação do porto
(Sérgio Paschoal) Por favor. O pessoal, primeiro vocês estão de parabéns porque quando eu
cheguei aqui a casa estava cheia e vocês que ter a terceira visão, o que está acontecendo com
a nossa cidade, eu sou de Macaé eu passei a juventude em Macaé eu conheci a praia da
Imbitiba era considerado a princesinha do atlântico a melhor praia do estado do Rio, sabe o
que aconteceu, o progresso arrebentou aquela praia colocou quebra mar acabou com os
nossos peixes entendeu pessoal, agora ela ganhou uma compensação, é a primeira praia do
brasil que não precisa usar protetor solar porque está cheio de óleo é assim que vai acontecer
com a nossa cidade de Saquarema , Jaconé, Maricá e Ponta Negra, eu sei pessoal. Eu lembro,
eu servi o Exército lá em Macaé, aquela praia linda e vai arrebentar a nossa cidade e este
pessoal aqui fizeram lá igual ao rodoanel, acabou com tudo, acabou com a areia, acabou com o
macaco acabou com tudo como aqui no mar não tem macaco não tem aranha, mas vai acabar
com os nosso peixes, vai acabar vai destruir e tem um projeto para vim 20 mil pessoas pra
trabalhar pra montar esse porto e só vai dar emprego para cinco mil, onde vai ficar os 15 mil
ou vai ficar nas costas de quem teve um presidente ai que disse: deixa de ser metalúrgico e vai
vender pipoca, não se desfazendo de pipoqueiro que eu fui pipoqueiro entendeu pessoal,
então não podemos ter este porto aqui, é como o nosso vereador falou tem que ir para a baia
de Guanabara para Camaçari, mas não na nossa área, daqui a pouco vai acabar com o cabo frio
vai acabar o arraial do cabo que é a beleza que nós temos olha eu tive lá no museu de santos,
pessoas eu levei uma estrela deste tamanho, ai o rapaz perguntou da onde vc trouxe esta
estrela eu falei de Saquarema e ele falou, eu tenho um negócio aqui de Saquarema ai ele
mostrou para mim um vidro cheio de areia a melhor areia que tem é a nossa cidade limpinha,
clara, depois vem Cabo Frio e depois vem Rio Grande Do Norte. Desculpa de me empolgar,
mas eu estou com 67 anos eu não quero ver os nossos filhos nossos netos comendo bosta.
Obrigado.
(Presidente da Mesa) Muito obrigado pela manifestação. Dr Jonas Leite, por favor.
(Dr. Jonas Leite) Boa noite, agradeço a presença de todos aqui até agora eu sou doutor em
oceanografia sou crescido em Saquarema 33 anos eu vivo aqui nesta cidade é eu tenho
algumas perguntas sobre o EIA e algumas de âmbito geral pra fazer, a primeira gostaria que
parasse o tempo que em relação à pergunta anterior que não correspondido de maneira
correta em relação de legislação básica no país inteiro que é uma lei federal que faz com que a
as restingas sejam uma área de preservação permanente e a gente tem todo o
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empreendimento do TPN sendo feito por cima da restinga então gostaria que um dos dois da
mesa respondesse em relação a isso, como é que uma área de preservação pode ser é
permanentemente destruindo com um empreendimento exclusivamente privado?
(Norberto) As áreas de preservação permanente são delimitadas legalmente ela tem duas
possibilidades de uso não é assim quando o que de permissão de uso social utilidade pública
esse empreendimento, como Mauro já demonstrou, ele já recebeu uma declaração de
utilidade pública pelo Governo Do Estado então ele tem permissão pra tuas sobre estas áreas.
(Dr. Jonas Leite) Já puxando em relação a isto, eu gostaria só de apontar três coisas, uma que
eu já fiz em uma pergunta anterior eu queria deixar registrado que fosse avaliado pelo
Ministério Público, IBAMA, ICM BIO e pelo INEA que tanto a compra do terreno quanto à
mudança do plano diretor de maneira incorreta no apagar das luzes a primeira e declarações
uma que foi citada e declaração da época de 2013 em que o Julio Bueno que na época era
secretário de óleo e Gás se não em engano do estado do rio, falou que a prefeitura de Angra
que na época estava brigando que este dinheiro fosse investido lá para que ele pudesse
receber toda essa carga que vai receber daqui e eu lembro exatamente e está registrado por
uma reportagem em que o Júlio Bueno falou não vão consegui tirar esse impacto de um
paraíso, eles preferem tirar de angra dos reis pra botar aqui pra ele é paraíso lá pq eles são
milionários e a gente aqui não tem isto.
Eu gostaria de deixar registrado estes três pontos, são muito importantes para a avaliação da
má fé com quem vem sendo levado este projeto ao longo dos anos. Não é a toa que ele está
atrasado a quase dois anos, mas vamos lá. Em relação ao EIA-RIMA, mais especificamente, não
sei se estão sabendo mas em dezembro do ano passado foi publicado uma lista com as novas
espécies de espécies de peixe a o EA-RIMA não tá atualizado com essa lista sobre mais de 10
espécies de peixes ameaçados já se for atualizado eu peço que o INEA se atente sobre isto um
exemplo garopaba badejo Raias Caçoes, hoje entram na lista e constam na lista do EIA e o EIA
só diz que tem uma espécie de arais que é o cação viola que está em extinção e está errado.
A praia de Jaconé apresenta um perfil de granulometria e de acumulação de malacofauná,
primeiro, estudo de fauna na areia e não foi feito no EA-RIMA e nem no RIMA eu li as duas mil
e trezentas páginas, isto o INEA também tem que cobrar e não foi feito o estudo de meia
fauna. 2º No EIA, em diversos parágrafos Arcadis logos ressalta que aquele cantinho de praia
tem características específicas de todo estado do Rio de Janeiro isso não é dito em nenhum
momento no RIMA, ou seja um documento que é feito para entendimento mais fácil a
população não pegou os parágrafos mais importante que são as frases mais de três momentos
do EIA, Arcadis logos com seriedade fala que aquela região tem carácter diferente de tudo o
resto estado ou seja é um lugar único, onde puxando este assunto a granorometria da praia
de Jaconé é diferente de toda a granorometria da areia, tem um estudo geológico muito
completo da parte que vai ser a retro área, a parte da restinga para cima agora da restinga
não tem, isso é muito importante hoje nós temos uma espécie de Sarnambi que é uma espécie
de molusco que ocorre la é não ocorre mais na região e vai acabar acabando pq não está no
estudo de impacto ambiental.
(Mauro) Eu vou solicitar a questão da legislação, é importante falar que o governo do Estado
Do Rio, através de um grupo de estudos que trabalhou com diversas secretarias incluindo a
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secretaria de meio ambiente ele realizou um planejamento estratégico para localização de
novas instalações portuárias para atender o pré sal visto que ele entende essa necessidade de
mais uma instalação portuária nova para atender o pré sal, e a região aqui dessa costa que vai
de niterói até essa Saquarema e prioritária para este tipo de instalação na região de angra dos
reis é por uma série de fatores em que vc citou ela foi considerada como inadequada então
existe diretrizes estratégicas que não é de nenhuma secretaria de isolada, mas que que a
governo do estado Rio de Janeiro pra indicando essa região, isto dai aí foi um estudo feito pelo
próprio governo, as outras questões eu vou passar a palavra pro beto pessoa específica do
IARM
(Norberto) Primeiro eu queria agradecer o interesse eu acho que é sempre muito legal quando
alguém se debruça sobre e o estudo e analisa e assim fez um elogio a eu gostaria de falar que
você fez a parte de estudo geológico está bastante completo a parte terrestre. Quanto a
definição dos temas de estudo ela é feita a partir da instrução técnica que ficou inclusive
disponível no site do INEA pra comentários então a partir de instrução técnica em caminho pra
empresa de consultoria pra falar quais são os temas que devem ser abordados no estudo que
vai dar origem ao processo de tomada de decisão então a instrução técnica foi seguida foi
atendida isso é inclusive necessário comprovar pra que o estudo seja feito no órgão ambiental
então todos os itens solicitados na IN foram atendidos de forma séria.
(Dr. Jonas Leite) Mas o modelo cenográfico não pode ser aplicado que você não fez um estudo
da granulometria toda da parte do modelo ocenográfico e da movimentação.
(Norberto) Foi como eu falei antes, foi validada pelo INPH que é o instituto nacional de
pesquisas hidroviárias inclusive dizendo que o estudo foi mais conservador do que o que ele
fariam. É um orgão notório que validou o estudo que foi feito, eu ressalto então por aí que
estudos feitos a partir de modelos matemáticos de computador que ninguém foi ele pisou e
avaliou que a granometria e completamente diferente do resto da praia e isto é fundamental
para este estudo ser feito de maneira correta uma coisa importante dizer também é que o
porto ele não toma a totalidade da praia.
(Dr. Jonas Leite) Toma da praia de areia grossa tomar um 1,7 Km ele toma assim. Desculpa
mas ele toma. Vamos lá professor, é então ressalta a questão estudo de fauna, ele não foi feito
a questão das espécies ameaçadas
(Norberto) Desculpa esqueci de comentar: o estudo foi protocolado em dezembro de 2013
então essa foi a nossa última atualização do estudo então realmente de lá pra cá saiu uma
nova lista super recente nos novos estudos que a gente executa na empresa a gente já
trabalha com esta, mas esses dados mesmo por exemplo socioeconômicos de lá pra cá
também houve alguma alteração os dados do novo estudo eles são atualizados para a época
que foi protocolado, mas está registrado aqui.
(Dr. Jonas Leite) Um ponto muito importante que eu acho que por ele só já travaria a todo o
processo é que nem no EIA e no RIMA se fala na introdução de espécies invasoras hoje o
mundo inteiro trabalha contra isso é uma dos impactos que mais causas perda de fauna no
mundo e vocês vão fazer um preenchimento monstruoso é o que maior faz da reintrodução de
espécies ameaçadas tanto pela água de lastro pelo pelo como os organismos encostados vocês
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vão ter um no estaleiro de grande porte que vocês nem sinto isso no EIA como é que pode,
você desculpa, mas um biólogo como vc apresentou um monte de biólogos aqui nenhum de
vocês falaram, vamos acrescentar ou não independente se tivesse na nossa terra técnicas
então eu deixo de novo registrado ao INEA, que não cita o assunto de bio introdução de
espécies exóticas hoje tem um problema a gente tem um coral sol na baía de ilha grande, o
peixe leão do caribe e vocês vão trazer água de lastro de mar aberto pra quê região costeira
fora a movimentação de navios que vão vir de fora.
(Norberto) A questão da agua de lastro é tratado assim na parte do capítulo legal então se
você for ver existem leis que proíbem a soltura da água de lastro a que encosta tem que ser
feito em mar aberto então isso não é tratado no estudo porque seria um crime ambiental
considerar que o empreendimento vai fazer isso eu não posso partir da emissão.. e os
incrustantes... Os incrustantes tem também projetos associados e a legislação também prevê
agora no estaleiro esse material retirado justamente para poder fazer.. Então não é
responsabilidade da dpa os bichos que vão vir incrustados estados nos navios como vão trazer
petróleo e nos navios como ser consertado aqui... os bichos que vão incrustado de quem é a
responsabilidade destes organismos
(Presidente da Mesa) O Jonas tá registrado, já acabou, concluiu? Não...então, conclua.
(Dr. Jonas Leite) Eu peço atenção ao INEA também pela questão da lagartixa de praia é uma
espécie tem uma das menores área de vida do mundo, era da praia da macumba até arraial do
cabo hoje não é mais a região tem a presença desse lugar é impossível tirar ele de levar pro
lado dele se então uma toca mais de 2 metros profundidade então vai perder ou seja a DTA
está assumindo, quanto custa o risco de perder uma espécie altamente ameaçado de extinção
a nível global para um empreendimento 100% privado, queria que ele ficasse registrado.
Concluindo agora, nenhum empreendimento deste porte nos últimos 20, 30 anos do brasil
cumpriu com todos os planos de mitigação sócio ambiental apresentado, você se apresentou
pra gente aqui é o que li nos estudo é perfeito e parece que a gente vai viver um mundo
perfeito e não é assim que acontece a gente tem exemplos como Macaé porto açu e a próprio
Comperj Bielo Monte, em que tem todo este estudo de impacto ambiental, e levasse isto em
consideração, o estado hoje tem que assumir que não tem condições de obrigar que as
medidas mitigadoras e todos estes planos que vocês apresentaram sejam realmente feitos, o
estado tem que assumir isto é muito bonito ver, isto não aconteceu em nenhum dos
empreendimentos, portasul a gente tem problema em bielo monte, Comperj está
praticamente parada, os caras estão fechando a ponte, toda essa questão ambiental e social
de planos de mitigação não acontece no brasil está na hora dos órgãos assumirem que não
tem condição
(Presidente da Mesa) Brigado Jonas, agora a última vez...
(Dr. Jonas) Eu queria deixar registrado também que é muito difícil ver os prefeitos das duas
cidade tanto Maricá quanto Saquarema indo contra a vontade da população como eles
apresentaram, eles tem só 400 pessoas que conseguiram contactar daqui a 4 anos a gente não
sabe onde é que estes prefeitos e estes políticos vão estar mas os nossos filhos e os nossos
netos vão continuar aqui por muito tempo eu gostaria que ficasse registrado o apoio como o
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presidente da dpa e apresentou esse eu queria lembrar pra todo mundo é um porto privado
nós não teríamos nenhum benefício, visa exclusivamente o lucro lucro daqueles senhor que
apresentou ele e ele ainda citou os dois prefeitos.
(Presidente da Mesa) Obrigado, obrigado Joana se você puder devolver a sua pergunta
(Telma Cavalcante) Boa noite amigos parabenizar os biólogos maravilhosos ao presidente
Júlio, minha querida amiga e a todos os presentes ao mega empreendimento a empresa e aos
grandes empresários envolvidos não é, e me apresentar eu sou Telma Cavalcanti artista
plástica de história cultural presidente fundadora dos da organização não governamental
cirúrgico e cultural de Saquarema atua na área e represento biólogo e os artistas e mestres de
notório saber artesãos é e toda a comunidade de Saquarema hoje que não qué o porto no
nosso município porque nossa trabalho é especificamente voltado para que Saquarema
estruture engate a memória cultural patrimonial artística do nosso município hoje nós estamos
numa catástrofe em relação a isso nós não temos trabalhos voltados no resgate da memória
nós não temos o que é um museu a não ser o sambaqui então veio o momento que nós não
tem, nós não conseguimos fazer um trabalho dentro do município para a própria população
não acredito que uma empresa privada que visa realmente o lucro, nós somos uma
organização não governamental sem fins lucrativos interessados em fazer um trabalho para o
município em prol do município no desenvolvimento das ações patrimoniais em prol do
esporte. Nós acreditamos que Saquarema tem a entidade ecoturistica e é por isso vamos lutar
em nome de todos os associados às pessoas que nos acompanham que eu realmente estou
interessado nesse processo nós estaremos atuantes criando projetos maravilhoso de vocês
têm que parabenizar um projeto de auto nível realmente é digno realmente de parabenizar a
todos vocês, mas precisamos de projetos e destes mega projetos voltados para as nossas
condições para preservar a nossa restinga os nossos animais as nossas raízes, o nosso
patrimônio culturais tudo envolvido com tudo, então para Saquarema o porto não significa
nada o que essas contrapartidas que foram apresentadas para a nossa instituição não
corresponde nem um pouco o que nós almejamos pra Saquarema que é o desenvolvimento
eco turístico esportivo e cultural com a preservação do patrimônio cultural e quero
parabenizar todas as instituições que aliás eu compreendo que as instituições deveriam estar
aqui presente em maior número e não estão nós estamos aqui com o MAMAS que representa
as mulheres de Saquarema , nós estamos com o Mateus que representa os pescadores de
Saquarema nós estamos aqui pra associação de moradores de Jaconé, que tem um trabalho
maravilhoso em Jaconé e nós estamos com o Caquis aqui representado e que trabalha esta
área aqui em Saquarema temos 80 mil habitantes e não conseguimos dar conta.
Eu tengo uma pergunta de um amigo que diz qual a experiência que os senhores têm em
trabalhar em condições de mar de 4 a 5 metros de uma onda qual é o seu plano de
contingência nessa situação. O senhor sabe que Saquarema é reconhecida mundialmente
como sendo a capital do surf. Nós estamos também com a associação de surf de Saquarema é
com essa preocupação foi falado que alguma coisa mas essa pergunta gostaria que fosse meu
amigo que se colocou e me pediu pra ser porta voz.
(Mauro) Quanta a pergunta específica também queria que o Daniel viesse contribuir mas já
adiantando falar que o quebra mar ele foi é objeto de estudos internacionais de
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dimensionamento justamente pra essa dimensão de ondas e no mundo inteiro existem
situações de mar é mais severas do que essa que convivem com quebra-mares e com baia
artificiais não sei se o Daniel quer contribuir que é colaborar mas o mais importante do que eu
disse é que o quebra mar deste porto justamente quebra mar para segurar estas ele trabalhou
com condições muito severas com ondas de até 5 metros de altura quer dizer ele que ele tá
projetado justamente por essa condição de mar e ele é o grande item de custo desse projeto é
grande obra de engenharia do projeto é justamente o quebra mar.
(Presidente da Mesa) Emidio de Souza por favor -
(Emidio de Souza) Boa noite a todos eu faço parte do projeto núcleo de educação ambiental
da região da bacia de campos o MEA BC, eu gostaria de saber se a área de manobra destes
navios que foram citados nesse vídeo que foi passado pela empresa é está sendo considerado
no EIA e esse até onde vai essa área desse dessa área de manobra e se essa área e dita
também como a área de exclusão de pesca.
(Mauro) Quanto a ser de exclusão de pesca marinha assim vai definir e provavelmente vai
haver uma área de fundeio que será também definida como de exclusão de pesca, mas o mais
importante é citar que fora essa área que foi mostrada na exposição naquele canal de
evolução, a partir dali em profundidade para navegar em qualquer direção esse porto em
especial ele tem canal de navegação muito pequeno devido justamente a profundidade
natural e o tipo de logística do porto por seu empreendimento que ter um controle maior
operacional ele vai te mandar é muito pouco o navio em área de fundeio geralmente navio vai
chegar do mar e entrar diretamente no porto, quer dizer que existe uma área de manobra é
especialmente pequena extensão de área de manobra que área de fundeio.
(Emidio de Souza) É porque na verdade ali até o presidente da empresa diz que é um dos
maiores navios do planeta então tendo em vista que não vai ser só apenas 1 ou 2 serão vários
então tem que levar em consideração essa quantidade de navios e a proporção de até que
praia vai chegar esta área. Tchau.
(Valdeci Professor Francisco Carreira) Bom dia a todos, inicialmente parabenizar ao INEA, a
CECA pela excelente condução da audiência pública, me entristece não encontrar aquele
público estava aqui o início desta audiências deveriam todos estar aqui mas não podia deixar
iniciar a minha pergunta perguntando a vocês que realizaram um estudo que estiveram em
Jaconé que pesquisar já sentaram na areia da praia de Jaconé e tiveram a oportunidade de se
incomodar com as pulguinhas que saltam depois que vem, já teve essa oportunidade quando
que vale para um município uma imagem de um recurso natural, o brasil hoje discutir o
pagamento por serviços ambientais a conferência nacional dos municípios em abril onde todos
os prefeitos estarão presentes através da frente nacional discute ideias de serviço ambiental
urbano e ao mesmo tempo natural Jaconé tem muitos recursos naturais a segunda maior
moeda do planeta hoje só perde pra água e à biodiversidade e o município que souber investir
neste valor da biodiversidade para a sua própria municipalidade pra quem mora em jaconês
Jaconé em Saquarema com certeza vai saber muito bem administrar isso e mais uma, os
royalties, isto é uma valoração do ambiente então eu vejo aqui na leitura do próprio RIMA eu
não encontrei um peixe que vulgarmente chama de peixe das nuvens que é um kile-fish fiz, é
rivolidio que o professor Wilson Costa da UFRJ a maior autoridade no mundo descreveu em
60
2007 e um peixinho que a UCN refere-se a espécies ameaçadas traz na lista da sua descrição
de seu site o nome do município de Saquarema dizendo que é endêmica e é um olótipo ou
seja não há nenhum outro lugar do mundo esta pequena espécie quando a proposta do IMA
faz a captura soltura nas áreas remanescentes e faz também referência a alteração da
qualidade de águas superficiais este peixe faz uso da bacia hidrográfica da força durante o
verão depois do inverno aquilo seca fica em dia pausa no próximo verão os novos filhotes
virem a nascer.
Cada peixe come 300 larvas de mosquito por dia segundo professor Nilson Costa, ou seja,
combatendo a dengue, combatendo as guria e outras doenças que o mosquito transmite
então gostaria de saber que maneira né já que vocês fazem referência ao manejo de fauna, de
se este animal e um olotipo se ele só ocorre ali e se ele tem uma função sócio ambiental pro
local, como vocês vão fazer este tipo de manejo, de que maneira será feito este manejo, se no
próprio local pela descrição do empreendimento, há um campo de golf , com certeza não é ali
que ele ocorre, ele ocorre a beira quase na faixa marginal de proteção da lagoa de Jaconé,
então eu gostaria de que empresa esclarecesse de que forma bem técnica e o próprio INEA
questionasse este tipo de valoração e ao mesmo tempo de manejo, de que maneira isto será
feito porque o instituto tem esta preocupação é o município que tem que comprar esta ação
tem que ser cobrada no local, isto vale muito.
(Norberto) Eu queria começar com um esclarecimento, o olotipo ele é um indivíduo que foi
coletado utilizada para descrição da espécie, então o olotipo ele é morto por definição e ele é
depositado no museu aquele é o logotipo então, qualquer outro que venha ser oletado ele vai
ser comparado com outro indivíduo pra ver se ele é daquela mesma espécie ou não isso não
significa que só existe em Saquarema significa, que olotipo é de Saquarema.
E os rivolidius foram sim diagnosticado eu apresentei na na apresentação tinha até uma foto
dele ele é uma espécie.
(Valdecir) Não... aquela que vc apresentou e um impsonichthys os impsonichthys ocorre
inclusive no parque no Rio de Janeiro não ocorre somente em Saquarema esta espécie que eu
fiz referência ela ocorre somente as margens da lagoa de Jaconé e as margens do rio mato
grosso o consultor responsável que foi inclusive é daqui do Rio de Janeiro que já trabalhou na
região e que anteriormente já tinha identificado essa espécie que é uma espécie de Rivolidiu
ameaçada de extinção ele foi contratado pra gente pra fazer esse trabalho ele achou
novamente as experimentam houve até um problema de identificação por que esses
organismos são pouco conhecidos até por conta do formato de reprodução agora essa mesma
espécie que hoje é quinta considerada de extinção muitas delas são comercializadas como pó
de peixe são ovos que aguentam a dessecação por longos períodos, mas se você colocar na
agua simplesmente eclodem e vão morrer em pouco tempo que dura um período chuvoso.
Hoje ministério do meio ambiente, proíbe a comercialização de qualquer tipo de rivolidiu até
porque está listado na lista do meio ambiente como espécie ameaçada está também na UCN,
mas eu não vi no estudo de vocês a referência a este peixe, que é a cryptolestes gracilis a
espécie encontrada lá que é um rivolidio, que ocorrem em Barra De São João São Pedro da
aldeia Rio de Janeiro na área do empreende nada a crepto elis gracides, esta espécie não está
listada no estudo. Esta espécie não foi encontrada na região do estudo se não está no
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levantamento feito pelo estudo, agora foi feito também um levantamento bibliográfico ou
seja, se ele foi feito na bibliografia ele foi feito pelo estudo. Eu não vi na bibliografia pelo
professor Wilsom costa desta descrição de 2007, então só recomendaria a empresa, que
providenciasse este tipo de pesquisa pq esta espécie é mito importante principalmente para a
localidade
(Fabio Lombado) Boa noite a todos eu vou pedir licença ao nobre companheiros da banca, eu
quero ficar de costa para eles para eu falar para vocês, eu sou arquiteto e professor de seu
representante da associação de surf de Saquarema é todos os argumentos da DTA são
facilmente derrubados centenas de pessoas já demonstraram.
O relatório da empresa pelo RIMA e pelo EIA é parcial e tendencioso, lógico porque eles têm
que atender os objetivos do cliente então é pra mim não ficar redundante repetindo tudo que
foi repetido aqui diversas vezes nós temos que ter em mente duas coisas: a primeira é que
existe uma tentativa de persuasão psicológica da população de que esse empreendimento
realmente favorece a cidade é o problema de Maricá. De Maricá tá vamos cuidar, de
Saquarema eu moro aqui há 35 anos e até hoje eu lembro encanada na minha casa eu não
tenho esgoto na minha casa eu não tenho um policial que passa na minha casa durante 4 5
meses e as pessoas estão achando que está certo é conforme falou aqui o próprio
representando da DTA estão em busca de uma solução portuária a de 500 anos desde que
cabral chegou no brasil está um porto na baía de guanabara todo mundo sabe que essa região
desde do pontal da praia do forte na saída da baía de guanabara até o pontal do atalaia arraial
do cabo essa é a hora mais perigosa para circulação de barcos navios devido exatamente as
ondulações que incidem aqui proveniente do pólo sul então nós temos um ondulações de 4, 5,
6 metros que vão com certeza provocar danos das navios. naves outra coisa que não foi falado
sobre impacto ambiental e impacto ambienta a população humana se estala e causa impactos
no meio ambiente ou meio ambiente devolve esse impacto causando desastres na população
instalado nós temos o exemplo mais radical disso como está a usina de fukushima onde foram
construídos de 6 metros de altura e à onda ultrapassou 6 metros de lucena hoje aniversário de
fukushima é um exemplo as pessoas têm noção de que quando nosso excelente biólogo ele
falou planejamento drástico só as pessoas terem noção de que o excelente biólogo ali falou,
planejamento é a minha área, na hora de planejamento é muito fácil tudo lindo tudo perfeito é
tudo dá certo, na hora de implementar e executar é que surgiu os problemas o INEA me
desculpe o puxão de orelha, mas o INEA tem sido extremamente relapso nós temos aqui um
mini porco da barriga nós temos aqui um exemplo prático do que tá acontecendo a empresa
que está responsável pela obra cometeu um erro grosseiro a obra está parada por um erro da
empresa tá e a curva que deveria ser realizada pra contar na igreja foi feita de forma errada se
a curva continuasse deixaria o canal a cerca de 50M de onde ele está então a obra terá que ser
refeita isso gera é o cristão porque nós estamos recebendo de pessoas que trabalharam
inclusive dentro do escritório da empresa essa informação pode se incluir confidencial do INEA
nós não sabemos a empresa carioca engenharia se recusou a dar mais informações dizendo
que necessitava de autorização do cliente que neste caso nós e o INEA nós temos funcionários
que trabalharam dentro da obra e que nos informaram que a obra está parada em virtude de
um erro crasso de engenharia da empresa carioca então para concluir para vocês o caminho
pra nós eliminar os deveres de porto daqui é vocês irem encima dos a gente os públicos não
adianta não adianta a gente debater com eles não adianta debater com o INEA, o INEA é
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subverniente ao prefeito, governador, presidente do, governador Pezão, dizer bota o porto, o
INEA bota o porto, não importa o que o relatório diz então vocês tem que pressionar os seus
representantes públicos vereadores prefeitos deputados quem quer que sua seja, este porto
não pode ser instalado aqui. Nós temos dois exemplos de que isto so traz desgraça, é o Porto
do Açu e à cidade de Macaé. Então eu peço a todos vocês que se mobilizem e busquem seus
representantes públicos para quem impeçam a construção do porto obrigado.
(Presidente da Mesa) Fabio, está registrada registrar aqui a sua manifestação mas quanto a
superveniência do INEA isso aí a gente não pode concordar muito, mesmo da CECA porque
além de sermos estaduais, nós somos independentes, a gente tem que seguir o que diz a
ligação tá ai o Ministério Público que nos faz ser e verificar o cumprimento da lei porque pela
forma, pelo INEA é e pela CECA e a Secretaria Do Estrado E Meio Ambiente.
Bom senhoras e senhores todas as perguntas encaminhadas a mesa foram respondidas todas
as pessoas que se escreveram fizeram uso da palavra eu gostaria de... espera ai.... Desculpa
procurador
(Alexandre Augusto) Boa noite sr presidente eu quero agradecer primeiramente pelo convite
pra integrar a mesa inicialmente em nome do senhor eu cumprimento a todos os demais
integrantes da mesa, comprimento a todos os moradores e ambientalistas que estão até essa
hora pra me ouvir e certamente demonstrando interesse que deve ser o interesse que
norteiam os atos da administração pública é. Eu quero rapidamente, dado o avançado da hora
registrar principalmente em relação à colocação do nosso amigo que diferentemente do
secretário de Maricá, que veio defender os interesses do município dele é a prefeita de
Saquarema que registre que ela vai ouvir a população estou aqui vou levar a demanda da
população até a ela que dizer registrar seu município de Saquarema até agora só visualizou os
impactos que nós vamos ter que absorver e o deputado Paulo Melo, ainda pouco me ligou e
pediu pra que eu registrar que ele acompanhar de perto e vai cobrar que os órgãos públicos
municipais acompanha embora acredite na lisura do processo de licenciamento perante aos
órgãos competentes do estado os órgão municipais estarão incumbido de acompanhar o
processo de licenciamento e dizia para o representante da empresa dpa que muito embora
jornais locais que é noticiado que a prefeita de hoje recebi um gabinete, isto não quer dizer de
maneira alguma que ela já tem abraçado assumir um compromisso de abraçar o projeto da
empresa é ela assim o fez como sempre o faz, é sempre que é uma proposta de geração de
empregos e que essa proposta de geração de emprego através de uma empreendimento
partícula é possa nos causar é um crescimento sustentável sem impactos negativos
obviamente a eu diria que não existe isso haverá um impacto negativos e eu quero dizer que m
nome da prefeita que me pediu que levasse todas as demandas colocadas pela nossa
população pelos moradores e diferentemente do interior do interesse de Maricá, nós vamos
postular junto ao governo do estado que assim o faça e que a gente não fique aqui
simplesmente sendo só absorvendo o impacto negativos sem que a em empresas se
comprometa a minimizar só colchão que nós temos problemas de infraestrutura tanto
problemas que eu acho que a gente tem que se preocupar com a da ordem ambiental mais
problema de infraestrutura urbana também que hoje já existe já existia no passado e que a
gente vai cobrar tanto das instituições quanto da empresa que assim um fato e apresente
compromisso para nós está certo, muito passear muito obrigado.
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(Presidente da Mesa) Obrigado Dr Alexandre Augusto procurador geral de Saquarema , então
tão agradeço a presença de todos informando que o endereço do INEA e da CECA esta atrás do
folder. Aguardarão por 10 dias às manifestações que poderão ser encaminhadas aos 2 órgãos.
Eu agradeço a participação de todos e decreto encerrada Audiência Pública, boa noite.