semasa - infográfico - 90 anos da represa billings

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Construção do Reservatório Guarapiranga 1906 Em 1906, a Light inicia a construção do Reservatório do Guarapiranga, represando as águas do rio Guarapiran- ga, um dos formadores do rio Pinheiros. O reservatório entra em operação em 1908, com a função de regula- rizar a vazão do rio Tietê e auxiliar a alimentação das turbinas da Usina de Parnaíba. Construção do Reservatório Billings Funcionamento da Usina Henry Borden Início da reversão do rio Pinheiros Billings começa a ser usada para abastecimento Poluição gera revolta Construção da Barragem Anchieta (Barragem Rio Grande) Fim do bombeamento Projeto Billings Água revertida para o Reservatório Guarapiranga Lei dos Mananciais Lei da Billings Colapso hídrico 1925 1926 1942 1958 1970 1982 1992 1997 2000 2007 2009 2015 Para aumentar a capacidade de geração de energia e atender a demanda por eletricidade do polo industrial próximo ao Porto de Santos, que se desenvolvia rapi- damente, inicia-se, em 1925, a construção do reserva- tório Billings. Decreto que autoriza a obra já determina que o represamento não poderia prejudicar o abasteci- mento humano. Usando as águas do re- servatório Rio das Pedras, entra em operação o primeiro grupo gerador da Usina Cubatão, atual Henry Borden. O enge- nheiro Asa White Kenney Billings começa a estudar a implantação do “Proje- to da Serra”, cujo objeti- vo era aproveitar o des- nível de 720m da Serra do Mar para a geração de energia elétrica em Cubatão. Em 1940, começa a operação para a reversão do rio Pinheiros, por meio da construção das usinas elevatórias de Pedreira e Traição. A reversão tem o objetivo de levar as águas do Tietê e afluentes para a Billings, aumentando a capacidade de geração de energia da Usina Henry Borden. A obra é con- cluída em 1942. Devido ao crescimento populacional da região do ABC, as águas do Reservatório Billings passam a ser utilizadas para abastecimento público, iniciando-se a captação no braço do Rio Grande. Intensifica-se o processo de contaminação do manan- cial e são organizadas as primeiras manifestações em prol da despoluição e preservação da represa. No início dos anos 80 é construída a Barragem An- chieta, atualmente conhecida como Barragem do Rio Grande, cuja função é separar as águas do braço do Rio Grande, de melhor qualidade, do corpo central da represa para serem destinadas ao abastecimento. Por conta da grande poluição, a Constituição Estadual de 1989 determina que, até 1992, o rio Pinheiros dei- xe de ser bombeado para a Billings. Em 5 de outubro daquele ano, a reversão ininterrupta é suspensa e o bombeamento passa a ser permitido apenas para evitar enchentes na Capital. Decreto estadual estabelece a viabilização do aprovei- tamento do reservatório para o abastecimento, buscan- do o uso múltiplo das águas. Ampliando o uso do reservatório para fins de abasteci- mento público, a Sabesp, a partir de 2000, implanta um sistema de captação e transferência da água da Billings para o Reservatório Guarapiranga através do Braço do Taquacetuba, que perdura até os dias atuais. Sancionada a Lei Estadual dos Mananciais, que esta- belece as normas para a proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos mananciais do Estado, entre elas a Billings. Aprovada a Lei Específica da Billings, que dá as dire- trizes para o uso e ocupação da bacia e prevê instru- mentos de planejamento e gestão capazes de intervir e reorientar as ocupações já existentes. A seca no Sudeste, principalmente na região do Sis- tema Cantareira, leva a Sabesp a ampliar a captação na Billings para atender mais localidades da Grande São Paulo. O plano, porém, é questionado por am- bientalistas, que temem a qualidade das águas da represa. Leia mais na página 5. Começo do século passado Anos 80 Anos 2000 Anos 40 Anos 50 Anos 90 Linha do Tempo da Billings - confira a história da represa Arquivo Histórico Arquivo Histórico Anos 20 Anos 70 CCS Core Core

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Page 1: Semasa - Infográfico - 90 anos da Represa Billings

Construção do Reservatório Guarapiranga1906

Em 1906, a Light inicia a construção do Reservatório do Guarapiranga, represando as águas do rio Guarapiran-ga, um dos formadores do rio Pinheiros. O reservatório entra em operação em 1908, com a função de regula-rizar a vazão do rio Tietê e auxiliar a alimentação das turbinas da Usina de Parnaíba.

Construção do Reservatório Billings

Funcionamento da Usina Henry Borden

Início da reversão do rio Pinheiros

Billings começa a ser usada para abastecimento

Poluição gera revolta

Construção da Barragem Anchieta (Barragem Rio Grande)

Fim do bombeamento

Projeto Billings

Água revertida para o Reservatório Guarapiranga

Lei dos Mananciais

Lei da Billings

Colapso hídrico

1925

1926

1942

1958

1970

1982 1992

1997

2000

2007

2009

2015

Para aumentar a capacidade de geração de energia e atender a demanda por eletricidade do polo industrial próximo ao Porto de Santos, que se desenvolvia rapi-damente, inicia-se, em 1925, a construção do reserva-tório Billings. Decreto que autoriza a obra já determina que o represamento não poderia prejudicar o abasteci-mento humano.

Usando as águas do re-servatório Rio das Pedras, entra em operação o primeiro grupo gerador da Usina Cubatão, atual Henry Borden. O enge-nheiro Asa White Kenney Billings começa a estudar a implantação do “Proje-to da Serra”, cujo objeti-vo era aproveitar o des-nível de 720m da Serra do Mar para a geração de energia elétrica em Cubatão.

Em 1940, começa a operação para a reversão do rio Pinheiros, por meio da construção das usinas elevatórias de Pedreira e Traição. A reversão tem o objetivo de levar as águas do Tietê e afluentes para a Billings, aumentando a capacidade de geração de energia da Usina Henry Borden. A obra é con-cluída em 1942.

Devido ao crescimento populacional da região do ABC, as águas do Reservatório Billings passam a ser utilizadas para abastecimento público, iniciando-se a captação no braço do Rio Grande.

Intensifica-se o processo de contaminação do manan-cial e são organizadas as primeiras manifestações em prol da despoluição e preservação da represa.

No início dos anos 80 é construída a Barragem An-chieta, atualmente conhecida como Barragem do Rio Grande, cuja função é separar as águas do braço do Rio Grande, de melhor qualidade, do corpo central da represa para serem destinadas ao abastecimento.

Por conta da grande poluição, a Constituição Estadual de 1989 determina que, até 1992, o rio Pinheiros dei-xe de ser bombeado para a Billings. Em 5 de outubro daquele ano, a reversão ininterrupta é suspensa e o bombeamento passa a ser permitido apenas para evitar enchentes na Capital.

Decreto estadual estabelece a viabilização do aprovei-tamento do reservatório para o abastecimento, buscan-do o uso múltiplo das águas.

Ampliando o uso do reservatório para fins de abasteci-mento público, a Sabesp, a partir de 2000, implanta um sistema de captação e transferência da água da Billings para o Reservatório Guarapiranga através do Braço do Taquacetuba, que perdura até os dias atuais.

Sancionada a Lei Estadual dos Mananciais, que esta-belece as normas para a proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos mananciais do Estado, entre elas a Billings.

Aprovada a Lei Específica da Billings, que dá as dire-trizes para o uso e ocupação da bacia e prevê instru-mentos de planejamento e gestão capazes de intervir e reorientar as ocupações já existentes.

A seca no Sudeste, principalmente na região do Sis-tema Cantareira, leva a Sabesp a ampliar a captação na Billings para atender mais localidades da Grande São Paulo. O plano, porém, é questionado por am-bientalistas, que temem a qualidade das águas da represa. Leia mais na página 5.

Começo

do século

passado

Anos

80

Anos

2000

Anos

40

Anos

50

Anos

90

Linha do Tempo da Billings - confira a história da represa

Arquivo Histórico

Arquivo HistóricoAnos

20

Anos

70

CCS

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