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Março “Série Cajueiros I” Abertura da Temporada 2013 Lançamento do CD ORSSE Villa-Lobos Teatro Tobias Barreto 14 de março, quinta-feira, 20h30

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Março “Série Cajueiros I” Abertura da Temporada 2013 Lançamento do CD ORSSE Villa-Lobos Teatro Tobias Barreto 14 de março, quinta-feira, 20h30

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Programa “Série Cajueiros I” Lançamento do CD ORSSE Villa-Lobos Teatro Tobias Barreto 14 de março, quinta-feira, 20h30 Guilherme MANNIS, regente Heitor VILLA –LOBOS (1887-1959) Suíte n. 1 para Orquestra de Câmara

I- Abertura II- Uma fuga para brincar III- Dança

Suíte n 2 para Orquestra de Câmara

I- Lamento II- Scherzo III- Macumba (evocação dos espíritos)

Franz SCHUBERT (1797-1828) Sinfonia n.º 9 em Dó maior, D. 944, A Grande

I- Andante - Allegro ma non troppo II- Andante con moto III- Scherzo. Allegro vivace IV- Finale. Allegro vivace

Notas do Programa Abertura da Temporada 2013/Lançamento do CD “Cinqüentenário de Villa-Lobos”

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14 de março de 2013,Teatro Tobias Barreto, 20h30 Suítes n.1 e 2 para Orquestra de Câmara Embora Heitor Villa-Lobos tenha aderido aos interesses nacionalistas em vários momentos de sua carreira, principalmente na década de 1930, não foi esse o aspecto principal de sua produção. Essencialmente preocupado com a atualização estética que o levasse para além do romantismo acadêmico ensinado no Rio de Janeiro de seu tempo, Villa-Lobos desenvolveu uma linguagem extremamente criativa, aproveitando-se das ideias mais ousadas que ia encontrando no modernismo parisiense e na música popular brasileira. A exuberância e a criatividade musical, mais que a ideologia nacionalista, moveram as composições de sua juventude, até que suas viagens à França, a partir de 1923 o levaram a explorar sua origem brasileira para projetar-se internacionalmente. Nesse período, por questões promocionais, Villa-Lobos passou a enfatizar o exotismo de sua música, pela utilização de melodias e do caráter improvisatório dos choros cariocas, em meio a uma escrita que os franceses reconheciam como moderna e civilizada. Foi, entretanto, na década de 1930, já de volta ao Brasil, que Villa-Lobos começou a trabalhar mais intensamente em dois aspectos valorizados pelos compositores nacionalistas brasileiros: o folclore e o neoclassicismo. Sua ligação com o governo brasileiro, a partir dessa fase, estimulou seu interesse por esses aspectos, em função da perspectiva de projeção nacional. O folclore permitia que alguns elementos familiares fossem reconhecidos em sua música, enquanto o neoclassicismo fornecia uma base que se adaptava perfeitamente às propostas nacionalistas brasileiras, principalmente pelo fato de grande parte das melodias folclóricas ainda conservar aspectos derivados do classicismo luso-brasileiro, sobretudo na nitidez e simplicidade formal. Diferentemente dos nacionalistas brasileiros, que devotavam-se à causa nacional, Villa-Lobos explorou a causa nacional em nome da sua projeção. As Suítes n.1 e 2 para Orquestra de Câmara, escritas em seu último ano de vida (1959), mantêm vários aspectos neoclássicos, em meio à sonoridade que o autor desenvolveu nas fases anteriores, pela assimilação da música de Debussy e Stravinsky, manifestando agora pouco interesse pelo folclore. O que mais interessa hoje, em Villa-Lobos, não é o seu empírico nacionalismo e nem o que ele chamava de folclore, mas sim a sua criatividade, sua ousadia e o seu poder de assimilação das diferentes linguagens musicais em uso. É certo que Villa-Lobos foi bastante personalista em sua autopromoção, divulgando a ideia de que nunca recebeu influências de outros autores ou movimentos, o que a audição atenta não confirma. É certo também que evitou qualquer relação com o atonalismo, modalidade composicional que a partir da década de 1930 difundiu-se por toda a Europa. Mas não é necessário se tornar exclusivamente atonal para ser criativo, assim como não é preciso falar alemão para se escrever poesia. Villa-Lobos teve opções bastante definidas e seria interessante compreendê-lo a partir delas. Sua música emana uma inventividade que impactou seus contemporâneos no mundo todo e continua a nos cativar. Mais que um brasileiro ou um nacionalista - aspectos mais relacionados ao seu marketing do que à elaboração de sua música - Villa-Lobos foi um compositor de enorme criatividade e, nesse aspecto, um exemplo a ser seguido. Prof. Dr. Paulo Castagna Musicólogo Sinfonia n.º 9 em Dó maior, D. 944, A Grande No que respeita à música orquestral, esta sinfonia foi o projeto mais ambicioso empreendido por Franz Schubert, um músico que viveu de forma relativamente humilde no contexto da sociedade de Viena e que morreu com somente trinta e um anos de idade. Foi, aliás, uma das últimas obras que escreveu. Ficou terminada em Março de 1828 e a sua morte viria a ser conhecida no mês de Novembro seguinte. Para trás haviam ficado outras oito sinfonias, uma das quais inacabada, circunstância a que ficou a dever o nome pelo qual é ainda hoje

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conhecida. Trata-se da n.º 8, escrita quatro anos antes. Em muitas referências são também considerados os esboços de uma outra sinfonia, datados de 1821. Porém, Schubert só chegou a orquestrar cerca de uma centena de compassos desta partitura, pelo que não pode ser tocada, a não ser por intermédio de exercícios como aquele do maestro Felix Weingartner, que pela sua mão ensaiou em 1934 a conclusão da partitura. Existe hoje alguma controvérsia acerca da numeração destas sinfonias. É muito comum ver-se apresentada a obra que se ouve neste concerto como a nona sinfonia de Schubert. Afinal, tudo resulta dos critérios que orientaram a numeração dos diferentes catálogos. Na realidade, foi designada durante o século XIX como a n.º 7. Assim o faziam dois dos principais responsáveis pela divulgação póstuma da música de Schubert, designadamente Mendelssohn e Brahms. Este último chegou, inclusivamente, a preparar a edição completa das sinfonias do compositor vienense. O n.º 8 ficava reservado para a Inacabada, pois, estando incompleta, poderia muito bem ficar como última. No universo anglo-saxónico considerou-se ser a n.º 7 a tal sinfonia que Weingartner retomou. Depois, respeitou-se a ordem cronológica: a "Inacabada" seria a n.º 8 e "A Grande", finalmente, a n.º 9. Com efeito, "grande" é um adjetivo que assenta particularmente bem a esta sinfonia. De certa maneira, são surpreendentes a extensão, a força e a suntuosidade que dela emanam, sobretudo tendo em consideração que o compositor austríaco sempre deveu grande parte da sua fama às inúmeras canções acompanhadas com piano que escreveu, peças curtas pensadas para ambientes intimistas. No primeiro andamento, as trompas apresentam de início um longo e imponente tema melódico. Mais à frente as cordas apresentam uma segunda ideia, algo contrastante. Começa então uma deslumbrante demonstração de técnica de orquestração e criatividade musical. No segundo andamento escuta-se uma melodia com caráter fugaz, enérgico. Será, portanto, uma melodia cigana. Já no Scherzo, afasta-se a ideia de brincadeira que estamos habituados a associar a esse título. É, inclusivamente, o andamento mais longo desta sinfonia, à semelhança do que já havia feito Beethoven nas suas últimas sinfonias. No final revela-se o caráter arrebatador da personalidade desse mesmo homem que escreveu a melodia de "Ave Maria". É o esplendor do ritmo e dos contrastes dinâmicos. "A Grande" sinfonia de Schubert é esta mesma. Através dela percebe-se melhor o conceito da "necessidade criativa", a ideia de que a produção de uma obra artística poderá resultar de uma urgência, de uma incontornável ânsia para realizar. Sente-se o esforço, a vontade, a inevitabilidade e o talento para fazer. Felizmente, nem sempre a criação artística é sempre tão fácil como aparenta ter acontecido com Mozart. Guilherme Mannis Guilherme Mannis é bacharel e mestre em música pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp). É Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Sergipe desde 2006, criando com o grupo projetos como as Temporadas Anuais de Concertos, Formação de Plateias, Séries de Concertos “Orquestra na Estrada” e “Música nas Igrejas”, auxiliou a Secult a realizar a Turnê Brasil 2009, a gravação do Cd “Cinquentenário Villa-Lobos”, entre outros. Premiado em diversos concursos, esteve já à frente de importantes grupos orquestrais brasileiros tais como Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Amazonas Filarmônica, Orquestra de Câmara do Amazonas, Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, Sinfônica da Bahia, Sinfônica de Ribeirão Preto, Filarmônica do Espírito Santo e Petrobras Sinfônica; sua experiência internacional inclui a Orquestra Sinfônica Carlos Chávez,no México; a Sinfonica Nacional da Bolivia e a World Youth Orchestra, na Italia. Teve como professores o maestro John Neschling e participou de cursos com Kurt Masur, Jorma Panula e, recentemente, Isaac Karabtchevsky. FICHA TÉCNICA ORQUESTRA SINFÔNICA DE SERGIPE

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Guilherme Mannis Diretor Artístico e Regente Titular Daniel Nery Regente Assistente Claudio-Alexandre Silva Diretor Administrativo Hugo Cruz José Marcos Santos Produção Operacional Silvandra Rodrigues Luciana Silva Arquivista e Copista Antônio Marcos Edcarlos dos Santos Rodrigo Dias Montadores VIOLINOS Márcio Rodrigues, spalla Susan Rabelo, concertino Tarcísio Dantas* David souza*** Eduardo Linzmayer Fabiano Santana Francisco Junior Guilherme Moraes*** Jurandir Vanzella Lídia Mangueira Maísa Nascimento Marcos Gonçalo Nayara Drielle*** Noemi Ferreira Saory Santana*** Sarah Nascimento*** Susye Saminêz Walter Corrêa VIOLAS Cleverson Cremer* Fabíola Fontele Josemar Caetano Laura Stan Lindiane de Santana*** Rafael Marques VIOLONCELOS Andressa Souto* Evangierle Oliveira Juliana da Silva

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Marcos Santos*** Mário Peixoto Thiago Salvino CONTRABAIXOS Jair Maciel* Fábio Cavalieri José Reginaldo Victor Hugo FLAUTAS Mirna Hipolito* Érica Rodrigues, flautim Evandro Belchior OBOÉS Adrián González Eder Levy* Ricardo Resende CLARINETES Felipe Freitas* Jonatas Araújo Wagner Santana FAGOTES Isaac Soares* Wruahy Pereira** TROMPAS Eraldo Araújo* Denisson Santos Emerson Melo José de Oliveira Luiz Carlos Assunção TROMPETES José Arimatéia* Jeziel Rezende José Marcos TROMBONES Éder Filipe * José Ferreira Júnior Bruno Menezes, trombone baixo TUBA José Fontes TÍMPANOS James Bertisch * PERCUSSÃO Ismark Nascimento * Júlio Fonseca Sidiclei Santana

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PIANO/REGENTE DO CORO DA ORSSE Daniel Freire * Chefes de naipe ** Músicos convidados *** Estagiários TEATRO TOBIAS BARRETO Valéria Abreu Diretora SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA Eloísa Galdino Secretária de Cultura Glauco Vinícius Assessor de Comunicação SECRETARIA DE ESTADO DA CASA CIVIL Silvio Alves dos Santos Secretário-Chefe da Casa Civil BANESE Vera Lúcia de Oliveira Presidente INSTITUTO BANESE Ézio Deda de Araújo Superintendente REALIZAÇÃO

PATROCÍNIO