sindicato nacional dos servidores federais da … · mobilização no ifce ano xvi | nº 532 ......
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PÁG. 3
Em protesto contra a falta de segurança, campus Umirim ficou em greve por uma semana.
Mobilização no IFCE
Ano XVI | Nº 532 | 27 de setembro de 2013
Filiado à:
C E AC E AC E A
PÁG. 5
Após um ano sem sindicato, servidores vão eleger seus representantes no próximo dia 2 de outubro.
Eleições no Sintietfal
PÁGS. 7 e 8
Com pa r t i c i pação do SINASEFE, Auditoria Cidadã da Dívida vai lutar pela revisão do endividamento.
Dívida pública
SINASEFE é o representante dos trabalhadores do
ensino federal básico, profissional e tecnológico
destaques
Leia mais sobre o
tema nas páginas
2 e 4 do nosso
boletim
C o m o s e m p r e s o u b e m o s e
denunciamos, o Proifes emula a
condição de entidade sindical e
dividia nossa base sem nenhuma
legitimidade: criado a partir de um
golpe, esta entidade sempre foi de
representar os interesses governistas
diante dos trabalhadores (quando
dever ia fazer o cont rár io ! ) ,
constituindo-se como uma subversão
reac ionár ia do que ser ia –
verdadeiramente – um sindicato.
Podemos usar, agora, o verbo dividir
no pretérito, como fizemos acima,
p o i s u m a d e c i s ã o j u d i c i a l
d e s l e g i t i m o u a p r e t e n s a
representatividade do Proifes sob
nossa base, demonstrando que ele
sequer pode ser considerado um
sindicato, já que não possui registro
no MTE para atuar como tal.
Embora nós já soubéssemos que
somos os representantes da categoria
há quase 25 anos, tal decisão se
reveste de valor simbólico pelo fato do
próprio aparato estatal deslegitimar
um de seus defensores.
Leia nesta edição o editorial e uma
reportagem especial sobre essa
vitória jurídica do SINASEFE, a qual
retirou um obstáculo às nossas lutas!
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SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES
FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
BOLETIMSINASEFE
O sindicato constituiu-se desde sua
origem, quando do início da produção
capitalista, como instrumento da
classe trabalhadora, para – através
da sua luta – impedir ou atenuar a
exploração do proletariado. A
associação e unidade entre os
trabalhadores para esse combate
construíram, também, uma série de
métodos, tais como as greves,
boicotes, quebra de máquinas e afins.
Partindo desse pressuposto, jamais
se imagina o uso do sindicato para
qualquer outra coisa que não seja a
defesa dos interesses da categoria.
Em 2012 fizemos uma das maiores
greves do nosso sindicato e, com toda
certeza, a maior greve do ensino
federal dos últimos 10 anos. Não
apenas pela quantidade de seções
sindicais paradas e trabalhadores
com braços cruzados, mas também
pela forte mobilização, onde a
categoria foi às ruas denunciar o
modo que o governo vem tratando a
educação pública e seus servidores.
Apesar da vitoriosa mobilização, em
um dado momento do processo, o
governo fechou o diálogo com os
trabalhadores em luta e resolveu
c h a n c e l a r u m
acordo com uma
e n t i d a d e q u e
r e p r e s e n t a v a
menos de 5% da
categoria atingida
por tal acordo, onde
a mesma defendia
posições diversas à
pauta daqueles.
D e s s a f o r m a ,
desrespeitando o
pleito da imensa
maioria de profissionais que estavam
nas ruas.
Esse episódio absurdo, onde o
governo recebeu apoio de uma
entidade que se diz sindical para
legitimar sua proposta, trouxe
diversas perdas aos trabalhadores no
que tange suas carreiras e atividades.
Tal grupo, conhecido como Proifes, já
teve seu nascimento na forma de um
golpe para dividir a base dos docentes
das universidades e desde cedo
demonstrou sua intenção enquanto
entidade. Todavia nunca alcançou
legitimidade nem respaldo com a
categoria diante dos seus interesses
dúbios e afastados da luta.
Um ano após o referido acordo,
decisão da 10ª Vara do Trabalho do
Distrito Federal, sentenciou o que já
era de conhecimento geral: que o
Proifes não pode negociar em nome
do SINASEFE, pois é este quem
representa os trabalhadores da sua
base, e a União deve se abster de
sentar-se à mesa com aquele
antissindicato. Tal decisão carrega
g r a n d e v a l o r
s imból ico, pois
comprova – a partir
dos instrumentos
do próprio estado –
a ilegitimidade da
associação entre o
atual governo e
esse grupo, e o
referido acordo.
Nossos próximos
p a s s o s s e r ã o
cobrar do governo o
cumprimento de tal decisão e seus
reflexos. Sindicatos devem ser o
reflexo direto das posições da
categoria, servindo para fazer a
defesa dos trabalhadores ante a
exploração destes por parte da
atividade laboral e seus patrões,
jamais associar-se ao patrão e fazer
defesa de interesses que não sejam o
da coletividade. O SINASEFE sempre
cumprirá com seu papel de
representar verdadeiramente a
categoria, e (com a decisão atual)
esperamos que a partir de agora sem
pseudossindicato à mesa para
atrapalhar a luta!
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editoralSINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES
FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Sindicatos são instrumentos de luta!Com o Proifes fora das negociações, perdeo governo e ganham os trabalhadores
O Proifes não pode mais
negociar em nome do
SINASEFE, verdadeiro
representante da
categoria há quase 25
anos!
expedienteEste boletim é uma publicação do
SINASEFE NACIONAL
Sindicato Nacional dos Servidores
Federais da Educação Básica,
Profissional e Tecnológica
CNPJ: 03.658.820/0001-63
Responsáveis por este boletim
Shilton Roque
Edmar Marques
Aluisio Coelho
Jornalistas
Jéssica Fernandes MTb/DF 65335
Mário Júnior MTb/AL 1374
Sede e redação
SCS, Qd 02, Bl C, Sls 109/110,
Edifício Serra Dourada.
CEP: 70300-902 | Brasília/DF
Fone/Fax
(61) 2192-4050
(61) 2192-4095
SINASEFE
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Sindicalizados do SINASEFE emassembleia da categoria no Ceará
3
precarização
IFCE: greve no campus UmirimParalisação reivindica segurança e melhorias na infra-estrutura
SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES
FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
SINASEFE
De 17 a 23 de setembro, estudantes e
trabalhadores do campus Umirim, do
Instituto Federal do Ceará (IFCE),
deliberaram – em assembleia – por
construir uma greve local e paralisar
suas atividades devido à falta de
segurança na unidade de ensino.
O Sindsifce, seção sindical do
SINASEFE, convocou a assembleia
que teve boa participação de toda a
comunidade acadêmica e também de
pais de alunos, que preocupados com
a integridade física de seus filhos, em
reunião anterior à assembleia,
cons t ru í ram uma pauta de
reivindicações.
Após diversas denúncias de crimes
que ocorrem dentro da
Escola Agrícola de Umirim,
pertencente ao IFCE, serem
feitas sem que medidas
fossem tomadas pela
reitoria, um atentado
gravíssimo aconteceu no
último dia 10, quando
a lguns in ternos que
cumprem pena na cadeia
pública municipal, situada
ao lado do campus ,
invadiram o alojamento
estudant i l , roubando
per tences ( ce lu lares ,
carteias e mochilas) e
espancando um discente.
A proximidade com a cadeia,
potencial izada pela fa l ta de
iluminação adequada, ausência de
muro, portão e efetivo de seguranças
insuficiente; foram determinantes
para que tal situação fosse
configurada e o clima de terror se
instalasse entre trabalhadores e
estudantes, o que motivou a greve e a
construção de uma pauta de
reivindicações que foi apresentada à
gestão.
Essas quatro cobranças (iluminação,
muro, portão de isolamento e
seguranças) compuseram a pauta
emergencial do campus, que também
sofre constantemente com a falta de
água. Contando com o apoio dos pais
dos alunos, tendo como pautas
ques tões que ev idenc iam a
precarização da instituição – a qual
funciona sem condições mínimas de
segurança –, o Sindsifce construiu,
durante os sete dias, uma greve ativa
e mobilizada, que pressionou a
reitoria, chamou a atenção para
questões importantes na (falta de)
estrutura da educação federal e
obteve avanços significativos.
Quatro novos vigilantes farão a
segurança do campus e um
transporte foi disponibilizado pela
prefe i tura para conduzir os
estudantes da escola até o centro da
cidade. Com o atendimento parcial
das pautas, algo que só foi possível
com a greve, a paralisação foi
suspensa na última segunda-feira
(23), mas podendo retornar em caso
d o n ã o c u m p r i m e n t o d a s
reivindicações por parte da reitoria.
Para Venício Soares, coordenador da
seção sindical do SINASEFE, “não
adianta haver apenas medidas
pontuais, sem que haja um
compromisso da reitoria e um prazo
para que sejam garantidas as
soluções definitivas, que dependem
de ações de maior porte. A greve está
su sp en sa , mas c on t i n u a a
mob i l i zação dos serv idores ,
estudantes e pais, cobrando a
efetivação das promessas realizadas
pela gestão, de modo concreto e com
prazos definidos”.
A reitoria tentou, a todo custo,
desqualificar a greve, fingindo que a
mesma não existia. Sabendo da
situação existente, só agiu após a
situação chegar ao extremo de uma
c ena de r oubo s e gu ido de
espancamento (quase configurando
uma tragédia dentro das dependên-
cias do estabelecimento de ensino),
com uma greve cobrando medidas
emergenciais.
A Escola Agrícola é um campus novo,
ficando a 90 km de distância da
capital cearense, fruto da
expansão sem critérios dos
IF por parte do governo
federal. Possui menos de
cinco anos, estando mal
localizada e contando com
uma estrutura precária
como muitos dos campi
presentes no interior do
país.
Expansão e universaliza-
ção do ensino são bandei-
ras que carregamos, mas
não é esse retrato catastró-
fico, de uma expansão que
reflete zero de qualidade,
que queremos para a
educação pública. Por isso que o
SINASEFE realizou seminários
regionais de precarização, para
montar um quadro de como andam
nossas unidades de ensino e onde o
governo e os gestores falharam ao
ponto de permitir que situações
inaceitáveis se tornassem parte de
um cotidiano perverso.
O Sindsifce e a população de Umirim
estarão atentos aos passos da reitoria
para cobrar que seus anseios sejam
atendidos e o SINASEFE, apoiador
incondicional deste movimento, dará
todo o suporte necessário para que
essa luta agregue conquistas aos
trabalhadores e estudantes do IFCE.
Sin
dsifce |
Cam
ila C
haves
Situação do campus Umirim é deflagrante abandono
4SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES
FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
SINASEFE
Justiça determina que o Proifesnão fala mais em nosso nome!Esta semana a representatividade da
nossa base fo i amplamente
comprovada perante sentença
judicial publicada na última terça-
feira (24), em que confirmou que o
Proifes não representa e nem pode
entabular negociações com a União
Federal quanto à categoria do Ensino
Básico, Profissional e Tecnológico.
A juíza do trabalho Monica Ramos
Emery, da 10ª Vara do Trabalho de
Brasília/DF, salientou em sua
sentença que o SINASEFE que tem
c o m p e t ê n c i a p a r a a t u a r
nacionalmente como entidade
sindical: “o Sindicato autor é quem
possui o competente registro no
C N E S / M T E p a r a a t u a r
nacionalmente como entidade
sindical, sendo que a 2ª reclamada
(Proifes) não é entidade sindical, pois
ausente o registro no MTE e congrega
apenas os professores filiados aos
sindicatos a ele federados”.
Com base nas denúncias feitas pelo
nosso Sindicato Nacional que
relataram as diversas tentativas do
Proifes em negociar direitos da
categoria com o governo em nosso
nome, a juíza ressaltou sua
ilegitimidade e ainda pediu que a
União se abstenha de realizar novas
negociações sobre direitos e interesse
da categoria, principalmente quanto
a períodos de greve, com qualquer
entidade que não seja o SINASEFE.
A Assessoria Jurídica Nacional (AJN)
fez a única ressalva da sentença, em
que os técnicos-administrativos em
educação pertencentes ao quadro de
pessoal de IFE no município de
Lavras/MG, são a exceção da
representação do SINASEFE.
“Significa dizer que para a criação de
um sindicato devem ser cumpridos os
requisitos legais, sendo vedada a
existência de novo sindicato na
mesma base territorial de outra
ent idade s ind ica l que já a
represente”, destacou a AJN,
conforme argumentação da sentença
presente na Constituição de 1988 e
na CLT (artigos 511 e seguintes), que
versa sobre o princípio da liberdade
sindical e da unicidade sindical no
Brasil.
O Proifes, fundado como um golpe
para dividir a base do Andes-SN,
nunca dispôs de unicidade sindical,
ao passo que sempre atendeu
interesses dúbios ou, pelo menos,
sem respaldo, nos quais nunca
soubemos de onde vieram e enquanto
nós mesmos não concordávamos.
É importante deixar claro que esta
f ederação , i gua lmente como
classificou a juíza, não é legítima. E,
mesmo assim, a bancada governista
aceitou negociar com ela o acordo de
greve de 2012, quando a base do
S I N A S E F E n ã o s e s e n t i u
contemplada com os termos
expostos.
Além de tudo, a carreira do magistério
EBTT (Lei 12.772/12) foi reformulada
sem a presença de nosso sindicato, o
que trouxe diversas perdas para o
conjunto nossos trabalhadores em
conivência com as intenções do
Proifes/governo Dilma (duas faces da
mesma moeda).
Antes mesmo da decisão favorável ao
SINASEFE, no XII Encontro Nacional
de Assuntos de Aposentadoria e
Seguridade Social (ENAASS) foi
aprovada uma Moção de Repúdio ao
Pro i fes ( ve ja na pág ina 6 ) ,
evidenciando as práticas de fachada
que esta entidade tem executado com
o p r o p ó s i t o d e d i v i d i r o s
trabalhadores e fortalecer o governo
na mesa de negociações.
Agora o SINASEFE, amparado de
argumentos legais sobre nossa
representação sindical para técnicos-
administrativos e docentes, conta
com nosso trabalho de base para que
essa decisão judicial chegue ao
conhecimento de todas as esferas de
g o v e r n o , b e m c o m o a o s
trabalhadores.
Confira mais informações e leia a
sentença na íntegra em nosso site:
www.goo.gl/OrWpz2
capa
SIN
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A base reconhece o SINASEFE como sua entidadesindical desde 11 de novembro de 1988
Moção de apoio aos
professores do México
A ofensiva neoliberal que o grande
capital impõe aos países da América
Latina mostrou, mais uma vez, sua
face perversa e violenta, que – na falta
de qualquer legitimidade – busca a
imposição de sua política por meio da
força.
Em greve para deter a contrarreforma
que o presidente Enrique Peña Nieto
quer aplicar e proteger os direitos
t rabalh is tas , os pro fessores
mexicanos – em greve – organizaram
um acampamento pacífico na praça
Zócala, que durou várias semanas e
c o n t o u c o m m i l h a r e s d e
participantes.
No dia 13, o diálogo do governo veio
na forma de bombas de gás
lacrimogêneo, granadas de efeito
moral e canhões d'água por parte da
polícia, que utilizou até de tanques e
helicópteros para garantir a
dispersão de todos do local. Uma ação
não só truculenta e covarde, mas
também desproporcional: qual o
motivo de se montar uma operação de
guerra para atacar trabalhadores que
protestavam pacificamente; que tudo
que pediam era a manutenção de
seus direitos?
Sentimos na pele como é perder
direitos com contrarreformas
conservadoras; o que é ser agredido
por uma força policial embrutecida e
despreparada ; o que é se r
c r imina l i zado por es tar em
movimentos sindicais e sociais; e
sabemos, também, que mesmo diante
dessas adversidades, não nos resta
outro caminho que não seja a luta,
assim como os professores do México
estavam fazendo.
O SINASEFE presta todo apoio e
solidariedade aos trabalhadores
mexicanos, que em luta justíssima
foram agredidos por uma polícia
covarde obediente a um governo mais
covarde ainda. Repudiamos a
repressão fascista de Peña Nieto e
solicitamos que entidades de direitos
humanos estejam atentas às
violações destes que possam estar
ocorrendo em solo mexicano. Leia
aqui nossa moção de apoio aos
professores: www.goo.gl/oZyEIR
5SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES
FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
SINASEFE
internacional
Como informamos em nosso Boletim
530 ( ) , o www.goo .g l/sJre1n
Sintietfal, nossa seção sindical em
Alagoas, realizou duas assembleias
gerais da categoria – convocadas pela
base – nos dias 3 e 10 de setembro, as
quais deliberaram por dissolver a
antiga diretoria (com mandato
expirado fazia mais de um ano),
compor uma comissão gestora pro
tempore e uma comissão eleitoral; e,
no segundo momento, aprovar o
regimento e o calendário das eleições.
Com o pleito marcado já para a
próxima quarta-feira (02/10), apenas
uma chapa se inscreveu: Novo
Sintietfal. A comissão responsável
pelas eleições, composta por cinco
membros, vem percorrendo os 11
campi do Instituto Federal de Alagoas
(Ifal), divulgando as ações decididas
em assembleia e como se dará o
processo de votação, que ocorrerá das
9 às 19 horas.
Faixas estão sendo fixadas nas
entradas dos prédios do Instituto,
dando visibilidade ao evento que
legitimará o grupo que vai conduzir o
sindicato local pelo próximo triênio.
Como uma eleição para a base do
Sintietfal não acontece desde 2009,
essa será a primeira vez que muitos
servidores irão votar numa eleição
para representação classista.
Segundo o Presidente da comissão
eleitoral, Ângelo Mário, durante as
visitas aos campi – principalmente os
do inter ior do estado – os
trabalhadores estão recebendo com
muito entusiasmo a notícia de que as
eleições acontecerão já no próximo
dia 2: “quando falamos que estamos
divulgando a eleição, todos reagem
muito animados; até diretores do
I n s t i t u t o s e m a n i f e s t a m
favoravelmente”.
Esse tipo de atitude dos filiados – de
realizar assembleias, gerir as
comissões e comemorar o resultado
positivo das mesmas – nos mostra o
quanto as entidades sindicais são
i m p o r t a n t e s p a r a a c l a s s e
trabalhadora, visto que diante da
supressão de sua atuação por um
ano, fruto da ingerência de um grupo
político, o vácuo que o sindicato
deixou foi sentido por todos.
Com mais de 900 filiados, a seção
sindical de Alagoas sempre foi uma
importante base do SINASEFE, tendo
inclusive conquistado a condição de
anfitr iã do nosso Congresso
Estatuinte de 2008. Compartilhamos
do mesmo entusiasmo da base do
Sintietfal, que anseia por um
sindicato combativo, representativo e
autônomo.
Que as eleições da próxima quarta-
feira sejam a coroação deste processo
de reorganização e democracia
interna dos trabalhadores; e que a
nova gestão, após eleita, recoloque a
entidade em seu lugar: na luta por
uma educação pública, gratuita, de
qualidade, laica e socialmente
referenciada.
Sintietfal realiza eleições
Sin
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ngelo
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Faixas nos campi anunciam aeleição da próxima quarta
CPRSC: 4ª reunião
O Conselho Permanente para
Reconhecimento de Saberes e
Competências (CPRSC), se reunirá na
segunda e terça-feira (30/09 e 01/10)
para dar continuidade às discussões
do benefício à carreira do magistério
EBTT iniciadas em agosto. No último
encontro, o SINASEFE registrou a
proposta técnica quanto a pontuação
para o RSC a ser aprofundada nesta
nova reunião.
Outros pontos importantes – e
defendidos pelo nosso sindicato –
foram a extensão dos direitos
c o n c e d i d o s p e l a R S C a o s
a p o s e n tad o s e a a v a l i a ç ão
diferenciada aos docentes com mais
de 15 anos de tempo de serviço. O
SINASEFE entende que a paridade
entre ativos e aposentados deve
existir, sobretudo quando novos
direitos são agregados à carreira; e
quando viu uma barreira ser
interposta pelo governo acerca desta
questão, cobrou uma posição do
Ministro da Educação e da Presidente
da República sobre o tema, a qual
deve ser apresentada na reunião que
está por vir.
A concepção das carreiras dessa Lei
formulada unilateralmente, a qual
excluiu as representações sindicais
legítimas da categoria (SINASEFE e
Andes-SN), continuará sendo
debatida até que – de fato – nossos
direitos sejam contemplados. Confira
mais informações em nosso site:
www.goo.gl/Y42LQr
CNS: 2ª reunião
No último dia 19, a Comissão
Nacional de Supervisão do PCCTAE
(Lei nº 11.091/05) teve – finalmente! –
sua segunda reunião do ano. O
SINASEFE, enquanto membro da
comissão, trouxe ao debate o
funcionamento irregular ou ausente
das Comissões In te rnas de
Supervisão (CIS) nas instituições, o
que tem travado a valorização dos
técnicos-administrativos.
Na ocasião, ainda, o Ministério da
Educação (MEC) defendeu sua
redação para o Plano de Capacitação
e Aperfeiçoamento de Servidores, o
qual entrou em debate pelas
representações sindicais para que, a
posteriori, nossas reivindicações
sejam incorporadas.
Até o dia 5 de outubro, o MEC
recolherá os questionários que
instruem informações de quais
instituições tem esse tipo de plano ou
desenvolvem ações semelhantes. Leia
mais: www.goo.gl/J1GqvB
8º Fórum da CIS
O SINASEFE informa que acontecerá
no período de 7 a 10 de outubro, na
Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE), o VII Fórum
Nacional de Comissões Internas de
Supervisão das Instituições Federais.
Neste evento, os integrantes das CIS
debaterão o PCCTAE, com a
pa r t i c i pação das en t i dades
representativas da categoria:
SINASEFE e Fasubra. Veja mais
informações: www.goo.gl/3No1CR
12º ENAASS
No 12º Encontro Nacional de
Assuntos de Aposentadoria e
Seguridade Social do SINASEFE
(ENAASS), tema do nosso Boletim
531 ( ), nossa www.goo.gl/yUA7SJ
base aprovou uma moção de repúdio
ao Proifes ( ), www.goo.gl/xnkzdn
entidade que sequer pode ser
configurada como sindical e que
invadiu nosso espaço para nos dividir
e enfraquecer diante dos ataques do
g o v e r n o ; e u m g r u p o d e
encaminhamentos gerais à Direção
Nacional ( ) www.goo.gl/W25N80
divididos em oito tópicos.
Lembrando, ainda, que a Carta do Rio
de Janeiro, em fase final de revisão,
será disponibilizada em breve!
Encontro Regional Sul
Nesta sexta-feira (27), em Frederico
Westphalen/RS, começou o Encontro
Regional Sul do SINASEFE, que terá
como sede nossa seção sindical que
abrange os trabalhadores do Colégio
Agrícola da Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM). As primeiras
atividades do evento foram um curso
de formação sindical (manhã) e a
mesa de abertura (noite).
Com duração prevista até o próximo
domingo, o encontro tem como
objetivo dar segmento aos debates
que ocorrem na conjuntura nacional
da educação junto às seções sindicais
da região. A Direção Nacional do
S INASEFE es ta rá p r e sen t e ,
debatendo temas como o movimento
sindical atual e a precarização na
rede federal. Confira a programação
completa aqui: www.goo.gl/sCGVUu
6SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES
FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
SINASEFE
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Na última terça-feira (24), o
SINASEFE participou da reunião do
Conselho Político da Auditoria Cida-
dã da Dívida ( ), www.goo.gl/6PgFw7
que teve por objetivo aprovar – junto
às demais entidades – ações de
mobilização conjuntas que divul-
guem os reais motivos para o governo
não atender os direitos da população
estabelecidos constitucionalmente.
Esse motivo é o desvio descomedido
dos nossos impostos para o
pagamento da “dívida” pública!
Um documento dissecou, também,
esse endividamento a nível estadual e
municipal, o qual se alastra cada vez
mais (quanto mais pagamos, mais
devemos), e conceituou que o PLP
282/2013 não representará nenhu-
ma solução para nossos problemas.
Como se não bastasse a dívida federal
tirar dos brasileiros os investimentos
em necessidades imediatas – educa-
ção, saúde, mobilidade urbana, segu-
rança etc – e criar projetos insuficien-
tes como o dos royalties para a educa-
ção (como noticiamos no Boletim 528:
www.goo.gl/C6Asgm), há outro
endividamento com projeção avassa-
ladora no país: as dívidas nominais
de estados e municípios.
Os dados são surpreendentes!
Graças a Lei 9496/07, diversos im-
pactos da política monetária federal –
principalmente no início dos anos 90
–, sem que procedesse nenhum tipo
de negociação, foram refinanciados: o
que gerou uma dívida progressiva aos
estados/municípios. Desde então,
juros sobre juros são aplicados
nominalmente aos entes federativos
para o pagamento do ilimitado e
infinito débito com a União, esta que
também se encontra condenada pela
nossa política monetária a pagar seus
compromissos – os quais represen-
tam quase 50% do orçamento geral.
O PLP 238/2013, em tramitação no
Congresso, é uma proposta que ainda
não sana a projeção acentuada de
dívida dos estados, alertou Maria
Lúcia Fattorelli, coordenadora nacio-
nal da Auditoria. Isso devido aos
juros de remuneração nominal, que
mesmo reduzidos para 4%, ainda são
exploratórios e ilegais por causa da
redação de outra lei, a 9496. A análise
detalhada desse PLP foi entregue a
mais de 40 senadores em Brasília
( ), preparada www.goo.gl/7z1MJM
com a colaboração da Federação
Nacional das Entidades de Servidores
dos Tribunais de Contas (Fenastc).
Na carta, as argumentações mostram
que se o PLP 238/2013 for aprovado
com alterações extremamente
otimistas para os estados (reduzindo-
se o percentual de comprometimento
para 9% da receita líquida real;
aplicando-se a taxa Selic para as dívi-
das do Proes; considerando a manu-
tenção da Selic em 9% ao ano pelas
próximas décadas; e a manutenção
do crescimento – de 2012 – da receita
líquida real para todos os anos se-
guintes), a contínua subtração de re-
cursos de forma exagerada prosse-
guiria, como indica a projeção elabo-
rada abaixo pela Auditoria Cidadã da
Dívida, com base em dados da Secre-
taria do Tesouro Nacional. O Estoque
da dívida, em 31 de dezembro do ano
passado, considerou os valores da Lei
9496, Proes e MP 2.185.
O Índice Geral de Preços/Disponibili-
dade Interna (IGP-DI) aplicado aos
entes federados é injustificado e
calculado por uma instituição
privada (IBRE/FGV), contribuindo
com o crescimento da dívida; os mon-
tantes refinanciados multiplicam o
valor das dívidas por cerca de 400%.
Perguntamos, então: o que temos a
ver com isso? Se nós procurarmos
saber o que está sendo feito com nos-
sos recursos, saberemos os motivos
para não termos investimentos em
nossos direitos sociais, que são pa-
pel do Estado segundo a Constituição
Federal. Nesse caso, precisamos di-
vulgar que é por este pagamento de
juros e amortizações que, somente
O estadual eendividamentomunicipal também é da nossa conta
continua...
7
dívida públicaSINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES
FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
SINASEFE
SIN
AS
EFE
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ári
o J
ún
ior
agenda
27 a 29 de setembro
Encontro Regional Sul em Frederico
Westphalen/RS
28 e 29 de setembro
Reunião da CSP-Conlutas no Rio de
Janeiro/RJ
30 de setembro e 1 de outubro
Reunião da CPRSC em Brasília/DF
4 a 6 de outubro
1° Encontro Nacional do Movimento
M u l h e r e s e m L u t a e m B e l o
Horizonte/MG
10 de outubro
GT Democratização em Brasília/DF
11 a 13 de outubro
Encontro Regional Nordeste em São
Luís/MA
18 a 20 de outubro
Encontro Regional Sudeste em
Campos/RJ
23 de outubro
G T D i m e n s i o n a m e n t o e m
Brasília/DF
8SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES
FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA,
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
SINASEFE
em 2012, mais de R$ 753 bilhões
foram consumidos de nossos cofres
públicos, segundo a Auditoria Cidadã
da Dívida. A entidade calculou,
ainda, que com esse valor poderiam
ser construídos 802 mil escolas e 974
mil Unidades Básicas de Saúde.
Ainda quanto ao saldo da dívida dos
entes federados, ilegalidades foram
encontradas segundo denúncias da
Carta de Intenções de dezembro de
1991 com o Fundo Monetário
Internacional (FMI). Dos itens 24 e
26, foram detectadas situações de fla-
grante desrespeito à sociedade, pois
não cabe a cobrança de tributos entre
os entes federados (Constituição Fe-
deral, art. 150, VI, “a”), já que seus ô-
nus recairiam sobre o cidadão que ao
mesmo tempo vive em um município,
um estado e no país. E não termina
por aí: a capitalização mensal de ju-
ros também é outra ilegalidade se-
gundo a Lei da Usura (Decreto nº
22.626/1933), só podendo ser arre-
cadada ao final de cada ano; e a forma
de juros sobre juros é prática inválida
segundo a Súmula nº 121 do Supre-
mo Tribunal Federal (STF).
A Auditoria denunciou que os
estados/municípios estão submeti-
dos a extenso programa de privatiza-
ções e ajuste fiscal, segundo estabele-
cem as regras de garantias contra
inadimplências, que garantem a
transferência imponente de recursos
públicos para o setor financeiro pri-
vado interno e externo. Mais uma vez
o estado demonstra sua incompetên-
cia em gerenciar nossas contas,
entregando-as nas mãos de empresá-
rios e banqueiros, descumprindo as-
sim com seus deveres.
Nós, como trabalhadores da educa-
ção pública, com tantos direitos
transformados em objeto de precari-
zação, além daqueles que nunca con-
seguimos, como um piso salarial
compatível com atribuições essencia-
is à formação da sociedade, visto que
desempenhamos cargas horárias a-
busivas, tendo que lidar com salas de
aula sem estrutura e o combate de
nossos gestores às práticas sindicais
que visam – simplesmente – resgatar
nossos direitos; precisamos difundir
que o problema da dívida precisa ser
auditado/revisado pela sociedade.
A Auditoria Cidadã da Dívida, organi-
zação na qual o SINASEFE faz parte,
se formou a partir do voto de mais de
6 milhões de brasileiros optantes pela
auditoria em 2000, sendo esta uma
política pública possível, já executada
– por exemplo – no Equador (veja a
carta entregue à Presidência:
www.goo.gl/BD8ceK).
Precisamos desvelar à população
essa política econômica duvidosa em
que pagamos os juros mais altos do
mundo em dívidas brutas e temos
taxas exorbitantes aplicadas em
comparação aos países ricos.
Voltaremos à luta para cobrar ações a
partir da CPI da Dívida na Câmara
dos Deputados. Participaremos da di-
vulgação desses dados que respon-
dem aos questionamentos que mui-
tos brasileiros fizeram ao comparecer
às manifestações de rua deste ano.
Opte pela revisão do endividamento
público! Só por meio da Auditoria ire-
mos fiscalizar para onde e como estão
sendo aplicados nossos impostos.
Participe da campanha “Essa dívida
não é nossa!”: www.goo.gl/72I4V3
O estadual eendividamentomunicipal também é da nossa conta
continuação...
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