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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................1
CAPÍTULO I..............................................................................................................................2
1.1.TECNOLOGIAS ASSISTIVAS...........................................................................31.1.1.Conceito de Tecnologia Assistiva...........................................................41.1.2.Categorias e Classificação das Tecnologias Assistivas.......................51.1.3.Atuação da Tecnologia Assistiva.............................................................7
1.2.DEFICIÊNCIA FÍSICA......................................................................................101.2.1.Definição de Deficiência Física..............................................................101.2.2.Causas, Origens e Tipos de Deficiências Físicas.................................111.2.3.Diagnóstico da Deficiência Física..........................................................121.2.4.A Deficiência Física na Prática Pedagógica..........................................14
1.3.EDUCAÇÃO INCLUSIVA................................................................................151.3.1.A Escola e as Diferenças........................................................................171.3.2.Adaptações Básicas para uma Escola Inclusiva..................................221.3.3.Aspectos Legais da Tecnologia Assistiva, Inclusão e Deficiência.....27
CAPÍTULO II...........................................................................................................................28
2.1.ESTUDO DE CASO Nº 1.................................................................................292.2.ESTUDO DE CASO Nº 2.................................................................................292.3.ESTUDO DE CASO Nº 3.................................................................................29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................30
A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
INTRODUÇÃO
Falar de Educação Inclusiva no Brasil é também fazer um diagnóstico atual e
complexo sobre vários meios e tecnologias que abordem e proporcionem a Inclusão
e acesso de fato aos diversos segmentos da sociedade. Com vista nisso,
abordaremos um tema novo e ainda pouco discutido que é a Tecnologia Assistiva.
É importante salientar o potencial das Tecnologias Assistivas e destacá-las
como fortes aliadas para a solução ou amenização dos problemas criados pelas
distancias, condições econômicas, físicas, exclusão social, escolar e digital, que
fazem parte do nosso cenário multicultural nacional e regional.
Esperamos que as Tecnologias Assistivas, com todo o seu potencial, sejam
fortes parceiras para a solução desses problemas que circundam, e ainda persistem,
na Educação Inclusiva.
Iniciaremos com uma breve explanação a respeito de Tecnologia Assistiva,
seus conceitos e objetivos, seus projetos, produtos e experiências relevantes a esta
discussão.
Em seguida, relacionaremos Tecnologia Assistiva com alguns tipos de
deficiências e limitações e suas utilizações nos referidos casos.
Por fim, trataremos de relacionar Tecnologias Assistivas com a Educação
Inclusiva e a realidade, em alguns estudos de caso.
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
CAPÍTULO I
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS,
DEFICIÊNCIA FÍSICA E
INCLUSÃO ESCOLAR
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
1.1.TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
Encontramos o termo Tecnologia Assistiva no âmbito da Acessibilidade, que é
um tema abrangente e que tem várias definições, citaremos algumas: segundo
Sassaki, acessibilidade é a acomodação das necessidades de cada um, num
espaço para todos; ou ainda; é o direito de usar todos os espaços e serviços que a
cidade oferece, independente da capacidade de cada um; para complementar,
também podemos dizer que acessibilidade significa permitir (ou possibilitar) que
pessoas com deficiência participem de atividades que incluem o uso de produtos,
serviços e informações. E é dentro dessa perspectiva que surge o tema Tecnologia
Assistiva.
Tecnologia Assistiva é “uma expressão utilizada para identificar todo o
arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar
habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, conseqüentemente promover
vida independente e inclusão”. (Ensaios Pedagógicos, MEC, 2006)
Podemos dizer também que TA é qualquer item, peça de equipamento ou
sistema de produtos, adquirido comercialmente ou desenvolvido artesanalmente,
produzido em série, modificado ou feito sob medida, que é usado para aumentar,
manter ou melhorar habilidades de pessoas com limitações funcionais, sejam físicas
ou sensoriais.
De acordo com a lei nº 10.098 de 2000, Ajuda Técnica é definida como:
qualquer elemento que facilite a autonomia pessoal ou possibilite o acesso e o uso
de meio físico.
A TA auxilia no desempenho funcional de atividades, reduzindo
incapacidades para a realização de atividades da vida diária e da vida prática, nos
diversos domínios do cotidiano. E é diferente da tecnologia reabilitadora, que é
utilizada, por exemplo, para auxiliar na recuperação de movimentos diminuídos.
Quando produzida para atender um caso específico, é denominada
individualizada, muitas vezes é preciso modificar dispositivos de Tecnologia
Assistiva adquiridos no comércio, para que se adaptem a características individuais
do usuário.
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Ela pode ser simples ou complexa, dependendo dos materiais e da tecnologia
empregados, pode ser geral, quando é aplicada à maioria das atividades que o
usuário desenvolve (como um sistema de assento, que favorece diversas
habilidades do usuário), ou específica, quando é utilizada em uma única atividade
(por exemplo, instrumentos para a alimentação, aparelhos auditivos).
A Tecnologia Assistiva envolve tanto o objeto, ou seja, a tecnologia concreta
(o equipamento ou instrumento), quanto o conhecimento requerido no processo de
avaliação, criação, escolha e prescrição, isto é, a tecnologia teórica.
No Brasil, aparecem como sinônimos de Tecnologias Assistivas algumas
terminologias, tais como: “Ajudas Técnicas”, “Tecnologias de Apoio”, “Tecnologias
Adaptativas”, e “Adaptações”.
1.1.1.Conceito de Tecnologia Assistiva
O termo Assistive Technology, que no Brasil foi traduzido como Tecnologia
Assistiva, foi criado em 1998, nos EUA, através de uma lei pública (Technology –
Related Assistence for Individuals with Disabilities Act – Public Law / 00-407). Este
conjunto de leis regula os direitos dos cidadãos com deficiências e limitações nos
EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos
que estes necessitam.
Desse modo, a Tecnologia Assistiva se compõe Recursos e Serviços, onde:
Recursos: São todos e quaisquer item, equipamento ou parte dele,
produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para
aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas
com deficiência ou limitações. Podem variar de uma simples bengala a
um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e
roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que
contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da
postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica,
equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores
especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais
protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis
comercialmente.
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Serviços: São definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma
pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima
definidos. Os serviços também são aqueles prestados profissionalmente
à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um
instrumento de Tecnologia Assistiva. Como exemplo, podemos citar
avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos. Os
serviços de Tecnologia Assistiva são normalmente transdisciplinares
envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como: Fisioterapia;
Terapia Ocupacional; Fonoaudióloga; Educação; Psicologia;
Enfermagem; Medicina; Engenharia; Arquitetura; Design; Técnicos de
muitas outras especialidades.
1.1.2.Categorias e Classificação das Tecnologias Assistivas
A classificação das categorias faz parte das diretrizes gerais da ADA
(American with Desabilities Act), entretanto pode variar segundo alguns autores e
também ainda não é definitiva. Nesse ponto, ficará clara a diferença entre os
equipamentos da área médica/hospitalar e os equipamentos de ajuda de vida diária.
É importante, diferenciar e classificar esses equipamentos a fim de “organizar
a utilização, prescrição, estudo e pesquisa destes materiais e serviços, além de
oferecer ao mercado focos específicos de trabalho e especialização” (BERSCH,
2005).
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Auxílios para a vida diária
Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc.
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CAA (CSA)Comunicação aumentativa
(suplementar) e alternativa
Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.
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Recursos de acessibilidade ao
computador
Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador.
4
Sistemas de controle
de ambiente
Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.
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Projetos arquitetônicos para
acessibilidade
Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência.
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Órteses e próteses
Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, apoios etc.). Incluem-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.
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Adequação Postural
Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco / cabeça / membros.
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Auxíliosde mobilidade
Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na
melhoria da mobilidade pessoal.
9Auxílios para cegos
ou com visão subnormal
Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc.
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Auxílios para surdos ou com déficit auditivo
Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado — teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.
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Adaptações em veículos
Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.
1.1.3.Atuação da Tecnologia Assistiva
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As TA’s visam melhorar a funcionalidade de pessoas com deficiência ou
limitação. O termo funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do que
habilidade em realizar tarefa de interesse.
Segundo a CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade), o modelo de
intervenção para a funcionalidade deve ser biopsicosocial; que baseia-se numa
integração entre os conceito dos modelos médico e social, e tenta chegar a uma
síntese que ofereça uma visão coerente das diferentes perspectivas de saúde:
biológica, individual e social; e diz respeito a avaliação e intervenção nas: funções e
estruturas do corpo – e deficiências; nas atividades e participações – limitações de
atividades e de participação; e nos fatores contextuais – ambientais e pessoais.
Funções e estruturas do corpo - Deficiência
Definições:
Funções do Corpo: São as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as
funções psicológicas).
Estruturas do Corpo: São as partes anatômicas do corpo, tais como, órgãos, membros e
seus componentes.
Deficiências: São problemas nas funções ou na estrutura do corpo, como um desvio
importante ou uma perda.
Atividades e participação - Limitações de atividades e de
participação.
Definições:
Atividade: É a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo.
Participação: É o envolvimento numa situação da vida.
Limitações de Atividades: São dificuldades que um indivíduo pode encontrar na execução
de atividades.
Restrições de Participação: São problemas que um indivíduo pode experimentar no
envolvimento em situações reais da vida.
Fatores Contextuais - Ambientais e pessoais
Definições:
Fatores Contextuais: Representam o histórico completo da vida e do estilo de vida de um
indivíduo. Eles incluem dois fatores - Ambientais e Pessoais - que podem ter efeito
num indivíduo com uma determinada condição de saúde e sobre a Saúde e os
estados relacionados com a saúde do indivíduo.
Fatores Ambientais: Constituem o ambiente físico, social e atitudinal no qual as pessoas
vivem e conduzem sua vida. Esses fatores são externos aos indivíduos e podem ter
uma influência positiva ou negativa sobre o seu desempenho, enquanto membros da
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
sociedade, sobre a capacidade do indivíduo para executar ações ou tarefas, ou sobre
a função ou estrutura do corpo do indivíduo.
Fatores Pessoais: São o histórico particular da vida e do estilo de vida de um indivíduo e
englobam as características do indivíduo que não são parte de uma condição de
saúde ou de um estado de saúde. Esses fatores podem incluir o sexo, raça, idade,
outros estados de saúde, condição física, estilo de vida, hábitos, educação recebida,
diferentes maneiras de enfrentar problemas, antecedentes sociais, nível de instrução,
profissão, experiência passada e presente, (eventos na vida passada e na atual),
padrão geral de comportamento, caráter, características psicológicas individuais e
outras características, todas ou algumas das quais podem desempenhar um papel na
incapacidade em qualquer nível.
Dando seqüência ao tema, iniciaremos no próximo tópico um outro assunto: a
Deficiência Física.
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
1.2.DEFICIÊNCIA FÍSICA
A deficiência física é definida como uma desvantagem, resultante de um
comprometimento ou de uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho
motor de determinada pessoa.
Segundo a Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, que foi
elaborada em 1975, o deficiente físico é definido como uma pessoa incapaz de
assegurar, por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida
individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não,
em suas capacidades físicas.
Atualmente, sabemos que essa definição está ultrapassada, uma vez que o
deficiente físico se esforça para suprir suas necessidades pessoais e sociais da
forma mais independente possível, dentro de suas limitações.
As associações que agregam pessoas portadoras de necessidades especiais
trabalham no sentido de conscientizar a sociedade, para integrar o deficiente físico
no meio social, modificar barreiras arquitetônicas, ressaltar a capacidade de trabalho
desses indivíduos e facilitar seu acesso à rede de ensino.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que, em tempos de paz, 10%
da população de países desenvolvidos são constituídos de pessoas com algum tipo
de deficiência ou limitação. Para os países em vias de desenvolvimento estima-se
de 12 a 15%. Destes, 20% seriam portadores de deficiência física ou limitação
motora. Considerando-se o total dos portadores de qualquer deficiência, apenas 2%
deles recebem atendimento especializado, público ou privado. (Ministério da Saúde -
Coordenação de Atenção a Grupos Especiais, 1995).
1.2.1.Definição de Deficiência Física
A deficiência física refere-se ao comprometimento do aparelho locomotor que
compreende o sistema ósteo-articular, o sistema muscular e o sistema nervoso. As
doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em
conjunto, podem produzir quadros de limitações físicas de grau e gravidade
variáveis, segundo o(s) segmento(s) corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.
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Segundo o Decreto nº 5.296, Deficiência Física é a alteração completa ou
parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o
comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia,
paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia,
hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia
cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de
funções; (Redação dada pelo Decreto nº 5.296, de 2004)
1.2.2.Causas, Origens e Tipos de Deficiências Físicas
As causas, os tipos e as origens das Deficiências Físicas e limitações motoras
são diversos, podendo estar ligados a problemas genéticos, complicações na
gestação ou na gravidez, doenças infantis ou acidentes, entre outras.
A deficiência física implica falha das funções motoras. Na maioria das vezes,
a inteligência fica preservada, com exceção dos casos em que células da área de
inteligência são atingidas no cérebro.
Existem diversos tipos de deficiência física, tais como: a hemiplegia (quando a
metade direita ou esquerda do corpo fica paralisada), a paraplegia (que é a paralisia
dos membros inferiores, ou seja, das pernas) e a tetraplegia (que significa a paralisia
dos braços e das pernas).
Hemiplégicos, paraplégicos e tetraplégicos sofreram lesões no sistema
nervoso (no cérebro ou na medula espinal) que alterara o controle neurológico sobre
os músculos, afetando os movimentos do corpo. Se a lesão afetar a área da
linguagem, a pessoa não fala, ou fala com dificuldade. Existem pessoas amputadas,
que nasceram sem um membro, perderam-no em um acidente, ou necessitaram tirá-
lo por problemas de saúde (como um problema circulatório, ou uma gangrena). Há
também a Paralisia cerebral é um distúrbio do movimento e da postura em
conseqüência de uma lesão que pode ter ocorrido no cérebro durante a gestação,
na hora do parto, ou logo após o nascimento.
Nas pessoas adultas, a deficiência física, quando adquirida, pode resultar de
um acidente vascular cerebral (derrame), de traumatismo craniano, de lesão
medular, de seqüelas de queimaduras, lesões por esforços repetitivos, seqüelas de
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politraumatismos, reumatismos inflamatórios da coluna e das articulações, por
patologias degenerativas do sistema nervoso central (esclerose múltipla ou
amitrófica) ou por amputação.
Em relação às crianças, algumas se tornaram deficientes em decorrência de
meningite, paralisia infantil (entre outras doenças infecciosas), traumatismo craniano
por uma queda muito forte, parada respiratória provocada por um choque anafilático
(alergia a anestesia) durante uma cirurgia, malformações congênitas ou ocasionadas
por remédios tomados pela mãe durante a gestação (seqüelas de talidomida, por
exemplo) e outros problemas.
A seguir, de forma resumida, acompanhe algumas das origens da Deficiência
Física:
De origem encefálica: neste grupo incluímos a esclerose múltipla o AVC
e a Paralisia Cerebral.
De origem espinhal: neste grupo estão incluídas poliomielite,
traumatismos com ruptura ou compressão medular, má-formação, como
espinha bífida, por degeneração, como a Síndrome de Werdnig-
Hoffmann, etc.
De origem muscular: especialmente a distrofia muscular progressiva (ou
miopatia)
De origem ósteo-articular: são aqui incluídas a luxação coxo-femural,
artrogripose (contração permanente da articulação) múltipla, ausência
congênita de membros ou partes de, formas distróficas como
osteocondriosis (coxa plana), osteogenesis imperfecta (doença que
fragiliza o tecido ósseo, sendo popularmente chamada de “ossos de
vidro”), condodistrofia, amputações, entre outras.
1.2.3.Diagnóstico da Deficiência Física
Devemos estar atentos aos diversos aspectos que podem vir a identificar uma
criança ou um adulto como deficiente físico; e também estarmos aptos a
desenvolver ações e parcerias para a superação da deficiência ou limitação e
conscientização de seus direitos.
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Algumas medidas ajudariam em uma melhor identificação quanto ao quadro
da deficiência física, acompanhe a seguir:
Observação quanto ao atraso no desenvolvimento neuropsicomotor do
bebê (não firmar a cabeça, não sentar, não falar, no tempo esperado).
Pés tortos, ou qualquer deformidade corporal.
Perda ou alterações dos movimentos, da força muscular ou da
sensibilidade para membros superiores ou membros inferiores.
Andar de forma não coordenada, pisando na ponta dos pés ou
mancando.
Movimentação sem coordenação, desequilíbrios, ou quedas constantes.
Identificação de erros inatos do metabolismo.
Pernas em tesoura (uma estendida sobre a outra)
Identificação de doenças infecto-contagiosas e crônico-degenerativas.
Dificuldade para realizar atividades que exijam coordenação motora fina.
Controle de gestação de alto-risco.
Dor óssea, articular, ou muscular.
A identificação precoce pela família seguida de exame clínico
especializado favorece a prevenção primária e secundária e o
agravamento do quadro de incapacidade.
Nós educadores, devemos ter em mente que não costumam ocorrer quadros
puros, é possível que uma mesma pessoa possua um ou mais tipos de deficiências,
lesões ou distúrbios, de diferentes causas e origens. Também devemos saber que
deficiência física não é sinônimo de invalidez social. Afinal, a sociedade e os
deficientes devem se unir para vencerem obstáculos que surgem ao longo da
jornada da vida.
É importante que a própria pessoa com deficiência física ou com limitações
motoras lute por seus objetivos, sonhos e desejos e tenha sempre em mente que é
uma pessoa capaz, pois assim contribui para ser aceita pela sociedade.
Toda criança precisa desenvolver seu potencial intelectual. A deficiência física
não deve impedi-la de freqüentar os diversos ambientes de convívio social e nem a
escola.
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
1.2.4.A Deficiência Física na Prática Pedagógica
Normalmente os profissionais procedentes do campo da educação
(magistério, psicologia, pedagogia, etc.) não têm uma formação aprofundada e
especializada que facilite a compreensão do diagnóstico médico que costuma
acompanhar os alunos (deficientes). Por isso, é importante que se consiga
estabelecer uma linguagem comum entre os profissionais, de forma que o
entendimento mútuo entre eles seja garantido.
Segundo MARTÍN, a prática diária nos mostra que o mais relevante para nós,
educadores, não é tanto o diagnóstico do caso como as características deste, no
que se refere aos dados que descrevem as deficiências físicas ou as limitações
motoras, mas sim nas áreas em que se desenvolverá o desempenho pessoal, social
e, consequentemente, escolar do aluno. Os dados a serem observados seriam:
Como o aluno se desloca?
Como utiliza as mãos?
Como se comunica?
Como senta-lo na classe?
É com vista (na presença da criança deficiente na escola) que iremos iniciar o
próximo tópico: a inclusão escolar.
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
1.3.EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Por Educação Inclusiva se entende o processo de inclusão dos portadores de
necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de
ensino em todos os seus graus. De forma que: atenda aos estudantes portadores de
necessidades especiais na vizinhança da sua residência; propicie a ampliação do
acesso destes alunos às classes comuns; propicie aos professores um suporte
técnico; se perceba que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos
e processos diferentes; leve os professores a estabelecerem formas criativas de
atuação com as crianças portadoras de deficiência; e propiciem um atendimento
integrado ao professor de classe comum.
O processo de inclusão escolar, refere-se a um processo educacional que
visa estender ao máximo a capacidade da criança portadora de deficiência na escola
e na classe regular, além de fornecer o suporte de serviços da área de Educação
Especial através dos seus profissionais. Nesse processo, deve-se ter em vista que a
inclusão escolar é um processo constante que precisa ser continuamente revisto.
A meta da inclusão escolar é transformar as escolas, de modo que se
tornem espaços de formação e de ensino de qualidade para todos os
alunos. A proposta inclusiva nas escolas é ampla e abrangente, atendo-se
às peculiaridades de cada aluno. A inclusão implica mudança de
paradigma, de conceitos e posições, que fogem às regras tradicionais do
jogo educacional, ainda fortemente calcadas na linearidade do
pensamento, no primado do racional e da instrução, na transmissão dos
conteúdos curriculares, na seriação dos níveis de ensino. (MANTOAN,
2000).
Ainda hoje, a escola está ligada a falta de acessibilidade e a valores
positivistas, onde predomina a padronização, a homogeneidade, a rotulação, a
classificação, a seleção, a comparação e, em conseqüência disso, a exclusão, a
discriminação e a perda de oportunidades.
Para Mantoan, (2002)
“a inclusão escolar, sendo decorrente de uma educação acolhedora e para
todos, propõe a fusão das modalidades de ensino especial e regular e a
estruturação de uma nova modalidade educacional, consubstanciada na
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
idéia de uma escola única. A pretensão é: unificar o que está fragmentado,
dicotomizado, tratado isoladamente e oficializado em subsistemas
paralelos, que mantém a discriminação dentro e fora das escolas;
reconhecer as possibilidades humanas; e valorizar as ‘eficiências
desconhecidas’ tão comumente rejeitadas e confundidas por não caberem
nos moldes virtuais do ‘bom aluno’”.
A escola é um espaço indispensável para qualquer criança, principalmente
para as com necessidades especiais. Isso porque, é lá que, aos poucos, ela aprende
a confiar cada vez mais em si própria, desenvolvendo seu potencial intelectual,
interagindo com outras crianças e tomando consciência de que é capaz de realizar a
maioria das atividades, embora, as vezes, leve um pouco mais de tempo.
É também na escola que se proporcionam oportunidades educacionais para
que as crianças tenham uma existência feliz, preparando-as para enfrentar o futuro.
A família também desempenha um papel fundamental no processo de
adaptação das crianças à escola: elas devem conversar com a professora e com a
equipe escolar, orientando sobre como tratar a criança, seus limites e
potencialidades.
A escola é um dos principais espaços de convivência social do ser
humano, durante as primeiras fases de seu desenvolvimento. Ela tem
papel primordial no desenvolvimento da consciência de cidadania e de
direitos, já que é na escola que a criança e o adolescente começam a
conviver num coletivo diversificado, fora do contexto familiar. (MEC, 2003).
Na escola pode ser necessário adaptar a carteira, verificar qual é a melhor
posição em relação à lousa e se o banheiro tem condições de ser utilizado. É
importante que se consulte a criança sobre suas necessidades, com naturalidade.
No processo educativo inclusivo, pequenas adaptações podem fazer muita
diferença: por exemplo, se a criança não consegue segurar o papel para escrever,
este pode ser preso na carteira com fita crepe. Ou, como a criança com deficiência
física em geral escreve mais lentamente, a professora pode esperar mais tempo
para apagar a lousa ou estimular o trabalho cooperativo, no qual os colegas
colaboram sem, porém, fazer as tarefas pela criança com deficiência. Uma outra
alternativa possível é a professora preparar fichas com o texto escrito na lousa, que
a criança possa levar para casa.
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Na fase inicial de aprendizagem da leitura, da escrita e do cálculo, em geral,
as diferenças entre crianças com deficiência física e crianças não deficientes são
pequenas. Isso porque, o desenvolvimento intelectual é bastante semelhante,
principalmente se a criança teve uma estimulação adequada.
E é nesse contexto, que dizemos que a aplicação da Tecnologia Assistiva na
educação vai além de simplesmente auxiliar o aluno a “fazer” tarefas pretendidas.
Nela, encontramos meios de o aluno “ser” e atuar de forma construtiva no seu
processo de desenvolvimento, de forma a garantir que os estudantes com
deficiência avancem nos estudos e nos diversos segmentos da vida.
“O desenvolvimento de projetos e estudos que resultam em aplicações de
natureza reabilitacional... tratam de incapacidades específicas. Servem
para compensar dificuldades de adaptação, cobrindo déficits de visão,
audição, mobilidade, compreensão. Assim sendo, tais aplicações, na
maioria das vezes, conseguem reduzir as incapacidades, atenuar os
déficits: Fazem falar, andar ouvir, ver, aprender. Mas tudo isto só não
basta. O que é o falar sem o ensejo e o desejo de nos comunicarmos uns
com os outros? O que é o andar se não podemos traçar nossos próprios
caminhos, para buscar o que desejamos, para explorar o mundo que nos
cerca? O que é o aprender sem uma visão crítica, sem viver a aventura
fantástica da construção do conhecimento? E criar, aplicar o que sabemos,
sem as amarras dos treinos e dos condicionamentos? Daí a necessidade
de um encontro da tecnologia com a educação, entre duas áreas que se
propõem a integrar seus propósitos e conhecimentos, buscando
complementos uma na outra”. (MANTOAN, 2005).
1.3.1.A Escola e as Diferenças
Cada vez mais, nos deparamos com o crescimento e amadurecimento da
inclusão na sociedade como movimento de luta das pessoas com deficiência e seus
familiares na busca dos seus direitos e seu lugar na sociedade.
A defesa da cidadania e do direito à educação das pessoas portadoras de
deficiência é atitude muito recente em nossa sociedade. Manifestando-se através de
medidas isoladas, de indivíduos ou grupos, a conquista e o reconhecimento de
alguns direitos dos portadores de deficiências podem ser identificados como
elementos integrantes de políticas sociais, a partir de meados deste século.
(Mazzotta, 2001, p.15)
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
Para Ferreira e Guimarães (2003), a inclusão impõe uma mudança de
perspectiva educacional, pois não se limita àqueles que apresentam deficiências
mas, se estende a qualquer aluno que manifeste dificuldade na escola, ainda que
contribuindo para o crescimento e desenvolvimento de todos – professores, alunos e
pessoal administrativo.
Ainda segundo as autoras, o movimento da inclusão de crianças com
deficiência no ensino regular tem sido impulsionado após a reforma geral da
educação, visando à reestruturação da escola para todos os alunos.
A proposta da educação inclusiva se baseia na adaptação curricular,
realizada através da ação de uma equipe multidisciplinar que oferece suporte tanto
ao professor quanto ao portador de necessidades especiais, por meio do
acompanhamento, estudo e pesquisa de modo a inseri-lo e mantê-lo na rede comum
de ensino em todos os seus níveis.
Para Sassaki (1997, p. 41) inclusão é
“Um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus
sistemas sociais gerais pessoas com necessidades especiais e,
simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papeis na
sociedade. (...) Incluir é trocar, entender, respeitar, valorizar, lutar contra
exclusão, transpor barreiras que a sociedade criou para as pessoas. É
oferecer o desenvolvimento da autonomia, por meio da colaboração de
pensamentos e formulação de juízo de valor, de modo a poder decidir, por
si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da via.”
No âmbito da escola, esse processo não tem sido diferente, exigindo
mudanças e melhorias nas diversas estruturas sociais, educativas, culturais, da
saúde, etc.
Sendo assim, tendo em vista que a escola é um espaço de educação que
desenvolve as várias áreas: cognitivas, social, emocional, artísticas, étnica e cívica
para uma formação integral do educando.
Percebemos que a inclusão trás diversos benefícios para os alunos
deficientes, para os demais alunos e membros da comunidade escolar.
Isso porque, para os alunos deficientes, por exemplo, é possível contar com a
assistência/ajuda por parte dos colegas; elas crescem e aprendem a viver em
ambientes integrados e podem encontrar modelos positivos nos colegas. Já para os
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
demais alunos e membros da escola, é uma ótima forma de aprenderem a lidar com
as diferenças individuais com a diversidade e com a pluralidade cultural; de
praticarem e partilharem as aprendizagens com os colegas; de diminuição da
ansiedade face aos fracassos ou insucessos; do reconhecimento das necessidades
e competências dos colegas; de respeito por todas as pessoas; e de construção de
uma sociedade solidária.
Dessa maneira, consideramos que seja fundamental priorizar o acesso do
aluno com necessidades especiais em turmas do ensino regular para que se possa
adquirir incentivo à autonomia, ao espírito crítico, criativo, e passe a exercer a sua
cidadania.
Um dos grandes desafios da Educação Inclusiva é conceder o acolhimento e
respostas às inúmeras questões da diversidade por meio de um ensino de
qualidade. Essa educação exige o atendimento de necessidades especiais, não
apenas das crianças com deficiências, mas de todas as crianças. Implica trabalhar
com a diversidade, de forma interativa e coletiva em todas as escolas e setores
sensíveis. Deve estar orientada para o acolhimento, aceitação, esforço coletivo e
equiparação de oportunidades de desenvolvimento.
Para Mantoan (2002, DP&A)
O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular
decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos
significativos desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das
práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue
atingir esse sucesso, quando a escola regular assume que as dificuldades
de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do
modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada.
Pois não apenas as deficientes são excluídas, mas também as que são
pobres, as que não vão às aulas porque trabalham, as que pertencem a
grupos discriminados, as que de tanto repetir desistiram de estudar.
A inclusão escolar visa a abertura das escolas às diferenças. O ensino que a
maioria das escolas ministra, aos seus alunos, nas escolas de ensino regular,
geralmente não dá conta do que é necessário para que essa abertura se concretize,
pois as escolas adotam medidas excludentes quando se defrontam com as
diferenças. No quadro abaixo, veja algumas relações entre essas medidas, do ponto
de vista das escolas tradicionais e das que optaram pela inclusão.
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
Medidas adotadas pelas escolas que INCLUEM
Medidas adotadas pelas escolas que EXCLUEM
admite todos os alunos admite alguns alunos
seres singulares classifica-os, rotula-os
uma única modalidade de ensino ensino dicotomizado: especial e regular
aprendizagem cooperativa aprendizagem competitiva
primado da formação primado da instrução
o mesmo apoio para todos apoio à parte e para alguns
currículos abertos e com base sócio-cultural
currículos adaptados e improvisados pelo professor
No contexto educacional verdadeiramente inclusivo, que prepara o aluno para
a cidadania e que visa o seu pleno desenvolvimento humano (como ampara a
Constituição Federal Brasileira no artigo 205) as crianças e adolescentes com
deficiências não precisariam e não deveriam estar de fora do ensino infantil e do
ensino fundamental das escolas de ensino regular, nem freqüentando classes e
escolas especiais.
Priorizar a qualidade do ensino é um desafio que precisa ser assumido por
todos os educadores. É um compromisso inadiável das escolas, pois a educação
básica é um dos fatores do desenvolvimento econômico e social. Trata-se de uma
tarefa possível de ser realizada, mas é impossível de se efetivar por meio dos
modelos tradicionais de organização do sistema escolar.
As escolas ainda estão longe, na maioria dos casos, de se tornarem
inclusivas. O que existe em geral são escolas que desenvolvem projetos de inclusão
parcial, os quais não estão associados a mudanças de base nas escolas e
continuam a atender aos alunos com deficiência em espaços escolares semi ou
totalmente segregados (classes especiais, turmas de aceleração, escolas especiais,
professores itinerantes etc).
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
As escolas que não estão atendendo alunos com deficiência em suas turmas
de ensino regular se justificam, na maioria das vezes pelo despreparo dos seus
professores para esse fim. Existem também as que não acreditam nos benefícios
que esses alunos poderão tirar da nova situação, especialmente os casos mais
graves, pois não teriam condições de acompanhar os avanços dos demais colegas e
seriam ainda mais marginalizados e discriminados do que nas classes e escolas
especiais.
Em ambas as circunstâncias, o que fica evidenciado é a necessidade de se
redefinir e de se colocar em ação, novas alternativas e práticas pedagógicas, que
favoreçam a todos os alunos, o que implica na atualização e desenvolvimento de
conceitos e em aplicações educacionais compatíveis com esse grande desafio.
Para que haja a inclusão, é necessário que o trabalho não seja executado
somente dentro da sala de aula e sim na escola toda; também é necessário uma
maturidade de todo o grupo escolar para que compreendam o aluno e suas
dificuldades.
No entanto a mudança da escola é primordial. Mas isso não é tarefa fácil,
mudar a escola é enfrentar uma tarefa que exige trabalho em muitas frentes.
Destacaremos as que consideramos primordiais em nossa pesquisa, para que se
possa transformar a escola, em direção de um ensino de qualidade e, em
conseqüência, inclusivo.
Também, deve-se promover uma formação permanente de todos os
envolvidos no processo de aprendizagem: clínico, institucional, familiar, o diálogo
com toda a comunidade. Os pais devem ser orientados e devem participar de todo o
processo, pois senão todo o esforço dos professores e envolvidos estará sendo
praticamente em vão.
É necessário que: se coloque a aprendizagem como o eixo das escolas,
porque escola foi feita para fazer com que todos os alunos aprendam; se garanta
tempo para que todos possam aprender o que for possível de acordo com o perfil de
cada um e reprovando a repetência; abrir espaço para que a cooperação, o diálogo,
a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercitados nas escolas, por
professores, administradores, funcionários e alunos, pois são habilidades mínimas
para o exercício da verdadeira cidadania; estimular, formar continuamente e
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
valorizar o professor que é o responsável pela tarefa fundamental da escola - a
aprendizagem dos alunos; elaborar planos de cargos e aumentando salários,
realizando concursos públicos de ingresso, acesso e remoção de professores.
1.3.2.Adaptações Básicas para uma Escola Inclusiva
Na educação inclusiva não se espera que a pessoa com deficiência se adapte
à escola, mas que esta se transforme de forma a possibilitar a inserção daquela.
Para isso, existem vários aparelhos e adaptações para o deficiente físico, alguns
muito caros e outros mais baratos. Diante do alto custo, os portadores de deficiência
física com freqüência se vêem obrigados a utilizarem a própria criatividade e
fazerem improvisações.
Porém, em inúmeras ocasiões, é possível, com simples adaptação de objetos
cotidianos, resolver alguns inconvenientes e habilitar o ambiente que, dessa
maneira, pode se tornar mais acolhedor e funcional.
No mais, a vida da pessoa deficiente é facilitada quando o ambiente reúne as
condições necessárias adaptadas a cada um. A impossibilidade ou dificuldade de
alguma atividade, pode tornar-se possível com o auxilio de um aparelho, uma
ferramenta ou de um suporte técnico adequado.
Toda escola precisa eliminar as barreiras arquitetônicas, mesmo que não
tenha jovens com deficiência matriculados. As adaptações do edifício incluem:
rampas de acesso, instalação de barras de apoio e alargamento das portas. No caso
de haver deficientes físicos nas classes, a modelagem do mobiliário deve levar em
conta as características deles. Entre os materiais de apoio pedagógico necessários
estão pranchas ou presilhas para prender o papel na carteira, suporte para lápis,
computadores que funcionam por contato na tela e outros recursos tecnológicos.
Algumas sugestões podem ser úteis para a inclusão e adaptação dos
espaços, materiais, atividades, locomoção, higiene e comunicação dos deficientes
físicos:
Pergunte ao aluno e à família que tipo de ajuda ele precisa, se toma
medicamentos, se tem horário específico para ir ao banheiro, se tem
crises e que procedimento adotar se isso ocorrer.
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
Aqueles que andam em cadeira de rodas precisam mudar
constantemente de posição para evitar cansaço e desconforto.
Informe-se sobre a postura adequada do aluno, tanto em pé quanto
sentado, e garanta que ele não fuja dela.
Se necessário, fixe as folhas de papel na carteira usando fita adesiva.
Os lápis podem ser engrossados com esparadrapo para auxiliá-lo na
escrita, caso ele tenha pouca força muscular.
Ouça com paciência quem tem comprometimento da fala e não termine
as frases por ele.
As características sensoriais, físicas, motoras, dentre outras, apresentadas
por alunos com deficiência física, são extremamente importantes no momento de
decidir e escolher o design de um recurso, quer seja para a comunicação, quer seja
para a atividade acadêmica.
Numa classe escolar, é possível encontrarmos alunos com diversos tipos de
deficiências. O conhecimento dos quadros clínicos e, principalmente, os tipos de
seqüelas que eles apresentam, e quais as relações dessas seqüelas com o
ambiente, são imprescindíveis para tomadas de decisões sobre qual o tipo de
material e qual o design do recurso que deverá ser melhor utilizado, partindo do
princípio de que cada necessidade especial é única, e que cada caso deve ser
estudado com muita atenção.
Vejamos agora alguns tipos de adaptações, recursos e serviços que podem
ser utilizados, no auxilio ou no desempenho de uma atividade:
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
TIPOS DE ADAPTAÇÕES
IMAGEM DESCRIÇÃO
Adaptações para a mobilidade
Rampa para Cadeira de Rodas DESCRIÇÃO: Dispositivo destinado a facilitar o acesso de pessoas em cadeira de rodas, erm pequenas escadas, veículos como Vans ou Mini-Vans.ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA: Rampa constituída em duas canaletas construídas em perfis de alumínio de grande resistência; Comprimento variável conforme solicitação do cliente; Capacidade de carga para pessoas com até 110 Kg.
Bicicleta AdaptadaDESCRIÇÃO: Para Crianças portadoras de paralisia cerebral. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA: Assento abdutor integrados e confeccionados em fibra de vidro revestida em espuma forrada com tecidos de nylon lavável; Apoio de tronco com altura regulável fabricado em fibra de vidro; Almofada em nylon lavável e cinto de fixação para o corpo com feixos em velcro; Rodas traseiras para equilíbrio. Peso: 8 Kg.
Triciclo DESCRIÇÃO: Para Crianças portadoras de paralisia cerebral leve. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA: Equipada com duas manetes em posição vertical. Apoio de tronco com altura regulável e prendedores para os pés. Peso: 8 Kg.
Adaptações de mobiliário
Borda para Prato
DESCRIÇÃO: Anteparo que auxilia na alimentação para que o alimento não caia do prato. Confeccionado em fibra de vidro. Acompanha o prato.
Apoio para Copo
DESCRIÇÃO: Adaptação confeccionada manualmente para suporte de copo.
Adaptações Barras de Apoio DESCRIÇÃO: Fabricadas em alumínio com acabamento em
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
para o asseio
pintura eletrostática. Diversas cores e modelos. Apoio fixo a parede para auxilio ao deficiente físico no uso do vaso sanitário;
Cadeira de BanhoDESCRIÇÃO: Cadeira higiênica para paraplégicos podendo ser usada para banho ou diretamente sobre o vaso sanitário. Rodas 20"de diâmetros dotadas de aro de impulsão e freios, proporcionando independência ao usuário. Braços e apoios para pés removíveis, para facilidade de acesso. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS: Estrutura em tubo de alumínio de 1" de diâmetro; Assento, encosto e apoio para pés em resina poliester reforçada com vibra de vidro e acabamento em pintura automotiva; Rodas em nylon com pneus de borracha e mancais em bucha de teflon auto-lubrificante.
Adaptações para a comunicação
Pastas e fichários
DESCRIÇÃO: Vários tipos de pasta industrializadas podem ser utilizadas como recursos para comunicação alternativa, tais como, cardápios, fichários de variados tamanhos e álbuns de fotografias. Esses podem ser adaptados às características físicas e motoras dos usuários. As pastas foram adaptadas com viradores que possibilitam melhor desempenho motor e diminuem o tempo de seleção dos estímulos para comunicação. Os viradores coloridos têm a função de facilitar a discriminação de cada folha, e cada cor do virador representa uma categoria gramatical: laranja (substantivos); verde (verbos); amarelo (pessoas); azul (estados emocionais) e branca (tempo, espaço e frases interrogativas e imperativas).
Gestos
DESCRIÇÃO: O gesto é um recurso de comunicação do homem e, na maioria das vezes, acompanha a fala. A utilização de gestos, concomitantemente ou não com sons, figuras ou fotos, pode ser estimulada para que o aluno se faça entender.FIGURA DE CIMA: O aluno contava que havia visto uma elefante. Ele utilizou a mão para indicar a tromba do elefante.
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
FIGURA DE BAIXO: O aluno indica numericamente o número de peixes que havia pescado.
Adaptações de material
Suporte/Apoio para caneta
DESCRIÇÃO:
Adaptações de jogo
Pés e Mãos de Borracha
DESCRIÇÃO: Auxilia na discriminação de distâncias entre um passo e outro e possibilita treinar a posição de engatinhar. Facilita ao aluno trabalhar com o próprio corpo, e adquirir noções de espaço e tempo. Várias atividades podem ser desenvolvidas com grupos de alunos em momentos de recreação e lazer. O recurso é confeccionado com câmara de pneus e sobre ele é colado o numeral. Os desenhos correspondem ao formato de uma pegada e de uma luva.
Quebra-Cabeça Imantado DESCRIÇÃO: Auxilia na discriminação de figuras parte/todo. Foi confeccionado para um aluno com necessidade de melhorar a flexão e extensão de membros superiores. Pode ser utilizado com o aluno na postura em pé ou sentada. O quebra-cabeça é confeccionado em madeira com aplicação de figuras de animais. Cada animal representa uma letra do alfabeto. Por exemplo, Macaco, Zebra. As figuras estão secionadas por um corte diagonal e coladas em um tabuleiro de latão. A outra metade possui um imã na parte detrás que gruda no tabuleiro.
Adaptações para o computador
Teclado Adaptado
DESCRIÇÃO: Assemelha-se ao teclado tradicional, porém com funções que facilitam o manuseio por pessoas com dificuldades motoras. Possui sete lâminas que são adaptadas de acordo com a necessidade do usuário, cujas teclas são digitais. Além de substituem funções de uso do mouse, essas lâminas podem
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
auxiliar: no processo de alfabetização, na navegação na internet e no acesso a funções que exigem que se pressione duas teclas ao mesmo tempo. O teclado é conectado ao computador com cabo USB. Um exemplo de teclado adaptado é o Intellikey.
Para concluir este tópico, terminamos dizendo que as adaptações das
residências são importantes, mas, para o deficiente é necessário muito mais. É
preciso que a sociedade dê condições a eles para utilizarem os meios de transporte,
serviços públicos, vias públicas, etc.; é preciso dar acesso a edifícios públicos e
privados, tais como cinemas, teatros, shoppings, empresas, bancos, principalmente
escolas; assim como as condições de acesso à cidadania e a dignidade. Afinal, os
deficientes têm os mesmos deveres que os demais cidadãos que não são
deficientes têm.
1.3.3.Aspectos Legais da Tecnologia Assistiva, Inclusão e Deficiência
Abaixo destacaremos alguns trechos de artigos, leis, pareceres e resoluções
que norteiam o movimento inclusivo e o atendimento educacional especial e a
utilização de tecnologias assistivas:
-----------------------------------------------Constituição Federal de 1988.Declaração de Salamanca - Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas EspeciaisDecreto Nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999.Decreto Nº 5.296, Dez de 2004Lei Nº 7.853, de 24 de outubro de 1989.Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.Lei Nº 10.098, de 23 de março de 1994.Parecer CNE/CEB Nº 17/2001 Portaria Nº 3.284, de 7 de novembro de 2003.Resolução Nº 400, de 20 de outubro de 2005. Governo do Estado do Pará - Conselho Estadual de EducaçãoResolução CNE/CEB Nº 2/2001 ----------------TECNOLOGIA ASSISTIVA E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Decreto 5.296 – Dez de 2004
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
Art. 8º Para os fins de acessibilidade, considera-se: V - ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida; Capítulo VII - Das ajudas técnicas Art. 61. Para os fins deste Decreto, consideram-se ajudas técnicas os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida.
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
CAPÍTULO II
ESTUDOS DE CASOS
(CASOS CONCRETOS)
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
2.1.ESTUDO DE CASO Nº 1
2.2.ESTUDO DE CASO Nº 2
2.3.ESTUDO DE CASO Nº 3
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A Importância da Tecnologia Assistiva no Processo Educativo Inclusivo das Crianças com Deficiência Física
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