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Teorias demográficas e o mito da superpopulação
• Durante a história da humanidade a sociedade passou por momentos de grande crescimento populacional seguido por períodos de diminuição no crescimento a esse fenômeno denomina-se de transição demográfica
• O crescimento populacional é calculado pela diferença entre a taxa de natalidade e taxa de mortalidade
Teorias demográficas e o mito da superpopulação
• Anos após a Revolução Industrial (1760) com a vida urbana e melhoria nas condições médicas-sanitárias os países que vivenciaram essa mudança no padrão de desenvolvimento (Inglaterra, França, entre outros) começaram a apresentar períodos de crescimento populacional.
• A revolução industrial surge diretamente vinculada a ideia do racionalismo iluminista. Começa a aparecer uma perspectiva utilitarista do ser humano
Teorias demográficas e o mito da superpopulação
• Dentro dessa perspectiva racionalista e tentando compreender as implicações do crescimento populacional é que surgem as teorias demográficas.
Teorias demográficas e o mito da superpopulação
• Analisou as implicações do crescimento populacional em dois Ensaios (Ensaio sobre o Princípio de População) o primeiro em 1798 e o segundo 1803. Teoria que ficou conhecida como Malthusianismo.
• Nos seus estudos concluiu que a população crescia em progressão geométrica (2, 4, 8, 16) enquanto que a produção de alimentos em progressão aritmética (2, 4, 6).
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• Para evitar esse cenário “catastrófico” Malthus apontava medidas como negar a população a qualquer assistência (hospitalar, asilos entre outros), a abstinência sexual e casamentos apenas quando se havia condições financeiras.
• No século XX com melhoria da produtividade no campo e com a diminuição da taxa de natalidade (com a própria urbanização) demonstrou-se que as previsões de Malthus não se comprovaram na prática.
Teorias demográficas e o mito da superpopulação
• Após a Segunda Guerra mundial, durante o período que ficou conhecido como explosão demográfica, as idéias de Malthus ressurgiram numa nova perspectiva conhecida como Neomalthusianismo.
• Os teóricos vinculados a essa visão retomam a perspectiva alarmista do crescimento populacional. Embora reconheçam os avanços da produtividade agrícola, defendiam um rígido controle populacional nos países pobres e em desenvolvimento, pois vinculavam diretamente a pobreza ao aumento populacional.
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• Podemos afirmar que os teóricos vinculados a essa teoria possuíam uma visão bastante direita com o eugenismo vigente na época, ao defender a contenção do crescimento populacional dos países pobres e em desenvolvimento, vinculando diretamente a questão populacional a pobreza, para eles a população gerava a miséria.
• Neste aspecto, defendiam práticas como a esterilização, o uso de métodos anticoncepcionais como o DIU e o aborto para o controle populacional nesse grupo de países.
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• A visão Neomalthusiana influenciou diretamente as políticas governamentais anti-natalistas a partir da década 1960 em países como na China e Índia por exemplo.
• Nesse aspecto com a diminuição das taxas de natalidade já na década de 1970, houve um período de queda no crescimento populacional, porém de forma contrária ao que defendiam esses teóricos não houve a diminuição da pobreza, anos mais tarde a própria contenção do crescimento populacional gerou um problema econômico
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• Todo país necessita de uma taxa de reposição mínima de entre 2.2% e 2.3% de crescimento populacional com o fim de evitar que a população idosa seja superior à população jovem. Uma taxa de reposição maior que 2.3% não implica nenhum problema, mas sim o contrário: um número menor de jovens mantém uma população cada vez maior de anciões: o que já está acontecendo na Europa e para o qual estão ditando leis paradoxais para promover a natalidade "para dentro" com a mesma paixão com que promovem a anti-natalidade para os países pobres.
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• De forma a contrapor as premissas da teoria Neomalthusiana, mas mantendo uma visão anti-natalista, surge a teoria Reformista. Os teóricos vinculados a essa teoria defendiam, que não era o crescimento populacional que gerava a miséria, mas pelo contrário, era miséria que resultava no crescimento populacional.
• Como solução para esses problemas apontavam o desenvolvimento de políticas de inclusão social que por consequência resultaria na contenção do crescimento da população.
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• Não é possível demonstrar a existência de um padrão que relacione mais população com menos riqueza ou menos população com mais riqueza: alguns países empobreciam com o crescimento populacional, outros se enriqueciam. A riqueza ou pobreza, portanto, depende de outros fatores não relacionados com o da população.
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• Mais recentemente, no final do século XX, surgiu uma derivação da teoria Neomalthusiana, conhecida como ecomalthusianismo. A premissa dessa visão é mesma, porém vincula a contraposição do crescimento populacional e a questão ambiental.
• Nesse aspecto o “desastre” populacional deixa de ser econômico (gerador de miséria), para se tornar um problema ambiental (a população seria um problema para a manutenção dos recursos naturais).
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• Essa visão está diretamente relacionada ao mito da superpopulação. Instituições como a Conferência das Nações Unidas para a Conservação dos Recursos chegou há predizer que para 1975 -quer dizer, muitos anos atrás- teriam se esgotado as reservas de chumbo, cromo, zinco e cobre do mundo. Os mantimentos e outros recursos naturais, para 1980, não alcançariam para satisfazer as demandas do mundo inteiro e o pouco que tivesse seria vendido a preços exorbitantes.
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• Porém diferente dessas teorias a realidade demonstra os seguintes fatos:
• Estimativas apontam que a atual capacidade de produção de alimentos consegue alimentar um população de aproximadamente 9 bilhões de habitantes, muito superior aos 7 bilhões da atualidade.
• Não existe uma superpopulação o que existem é população desigualmente distribuída pelo território, onde se encontram muito mais áreas de vazios demográficos do que superpopulosas.
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• Densidade demográfica:• A classificação considera que:• Elevada densidade demográfica: Mais de 500
hab./km2• Média densidade demográfica: De 100 a 500
hab./km2• Baixa densidade demográfica: Menos de 100
hab./km2• População total (2015): 7 289 605 148• Área da superfície terrestre áreas emersas:
149 milhões de Km2• Densidade demográfica mundial: 48,9 hab/
Km2
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• Existem muitos recursos naturais ainda não explorados, inclusive reservas que ainda nem foram descobertas. Além disso, a tecnologia disponível já encontra fontes de caráter renovável.
• Julian L. Simon e Hernan Kahn, autores do livro The Resourceful Earth, sustentam que a redução do preço e o incremento dos recursos básicos se devem aos mecanismos usados pelo homem, que nos conduzem à noção do limite, não são aplicáveis aos recursos. Em outras palavras, quando os recursos parecem ter acabado, a inteligência humana encontra novos meios para sobrepor-se à escassez.