tópico literario

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Tpico LiterarioTpico literario es una frase breve que en la tradicin retrica y literaria une contenidos semnticos fijos con expresiones formales recurrentes y se repite, con leves variaciones, a lo largo de la historia de la literatura. Su conjunto o corpus es una serie de constantes temticas, tpicos o motivos comunes ya prefijados (debido a su uso reiterado) que utilizan, como recurso, los escritores y poetas, conscientes de estar usando frmulas o clichs fijos y admitidos en esquemas formales o conceptuales.1 En el caso de la civilizacin occidental, provienen, en su mayora, de la cultura clsica grecolatina o de la tradicin bblica. Muchos se han mantenido desde la antigedad hasta la actualidad. A diferencia de la gnmica, es decir, de los refranes, sentencias o proverbios morales de tradicin oral y origen popular, que pueden adquirir forma literaria (poesa gnomnica, literatura sapiencial medieval en Espaa) o incluso ser reutilizados en la literatura culta; los tpicos literarios tienen su origen en ese contexto o registro culto literario, aunque se popularicen posteriormente. Para la perpetuacin de los tpicos ha sido decisiva su reduccin a las expresiones latinas que los contienen, por su concisin y rotundidad (lo que se conoce como "frases lapidarias" o dignas de ser cinceladas en piedra), pero son tambin muy eficaces las expresiones creadas en lenguas modernas. Su generalizado conocimiento es garanta de que su audicin o lectura, para un espectador o lector culto, le remiten al tratamiento que les haban dado en origen los autores que las "acuaron" (es decir, las emitieron por primera vez, como se hace con las caras de una moneda metlica) y los que los imitaron posteriormente. Ese proceso de imitacin, que puede consistir en la simple referencia como homenaje, la parfrasis que vara la forma para ajustarla a un contexto diferente, o incluso la contradiccin o la inversin total del sentido; forma parte del proceso de creacin artstica y literaria, del mismo modo que la mmesis o imitacin de la naturaleza, o el estudio y emulacin de los modelos tenidos por clsicos o cnones. La utilizacin inadecuada de un tpico literario puede incurrir en el vicio denominado lugar comn, y en la carencia de originalidad; pero tambin la bsqueda inadecuada de esa originalidad tiene el peligro de caer en un tpico manido o descubrimiento del Mediterrneo, pues: Todo lo que no es tradicin, es plagio.

Ofelia, el atormentado personaje de Hamlet, reacciona con la locura y el suicidio al desengao amoroso -en realidad falso, pues los verdaderos sentimientos de su amado se han ocultado por el secreto con el que el hroe planea su venganza y que le han llevado a un trgico error-. Una acumulacin de tpicos literarios y temas universales de los que el teatro de Shakespeare es una fuente recurrente. Cuadro de John Everett Millais, quien sita la dramtica escena en un idlico entorno natural (en s mismo, otro tpico literario: la Arcadia feliz o el locus amoenus). c a r a c

t e r i z a b a n p o r d e f e n d e r e l c a s u i s m o , u n a d o c t r i n a q u e p e r

m i t a l a c o n s i d e r a c i n m o r a l d i f e r e n t e d e p r o b l e m a s e s e n

c i a l m e n t e i g u a l e s s o m e t i d o s a c i r c u n s t a n c i a s d i f e r e n t e s

, l o q u e s u s e n e m i g o s i n t e r p r e t a b a n c o m o l a x i t u d m o r a l .

H a n s e d e p r o c u r a r l o s m e d i o s h u m a n o s c o m o s i n o h u b i e s

e d i v i n o s , y l o s d i v i n o s c o m o s i n o h u b i e s e h u m a n o s : r e

g l a d e g r a n m a e s t r o , n o h a y q u e a a d i r c o m e n t o ( B a l t a s a

r G r a c i n , O r c u l o m a n u a l , 2 5 1 , c i t a n d o a S a n I g n a c i o d

e L o y o l a , e l f u n d a d o r d e l a C o m p a a d e J e s s , a l a q u e

l t a m b i n p e r t e n e c a ) . P a s c a l ( t a m b i n m u y c e r c a n o a l o s

j e s u i t a s ) h a c e u n r a z o n a m i e n t o e q u i v a l e n t e s o p e s a n d o l

a c o n v e n i e n c i a d e o b r a r c o m o s i D i o s e x i s t i e s e ( a p u e s t a

d e P a s c a l : G a g e z d o n c q u ' i l e s t , s a n s h s i t e r A p u e s t e

u s t e d q u e l e x i s t e , s i n t i t u b e a r , P e n s e s , 1 6 7 0 ) . E l p

r o b l e m a d e l a c e r t e z a d e l a s a l v a c i n t u v o a s p e c t o s t a n

t o t e o l g i c o s ( j a n s e n i s m o , m o l i n i s m o , p o l m i c a d e a u x i l

i i s e n t r e j e s u i t a s y d o m i n i c o s , p r e d e s t i n a c i n y l i b r

e a l b e d r o e n t r e C a l v i n o , L u t e r o , E r a s m o , e t c . ) c o m o

l i t e r a r i o s , e n e l t e a t r o b a r r o c o e s p a o l ( E l G r a n R e y d e

l o s d e s i e r t o s , S a n O n o f r e , d e A n d r s d e C l a r a m o n t e y E l

c o n d e n a d o p o r d e s c o n f i a d o , d e T i r s o d e M o l i n a . d e f e c

h a s y a t r i b u c i n d i s c u t i d a s ) .2

L o s a r g u m e n t o s p a r a a d

e c u a r l a m o r a l a l o s p r o p i o s i n t e r e s e s , o e n e l c a s o d e l r

e y a l o s d e l E s t a d o , s e d e n o m i n a r o n m a q u i a v e l i s m o o r a z

n d e E s t a d o ; y e n a l g u n o s c a s o s t u v i e r o n u n a e s c a s a d i f

e r e n c i a c o n e l i n d i f e r e n t i s m o r e l i g i o s o : E n r i q u e I V d e F

r a n c i a s e c o n v i r t i a l c a t o l i c i s m o p a r a r e i n a r c o n s u f a

m o s a f r a s e P a r s b i e n v a l e u n a m i s a , a m p l i a m e n t e c i t a d a

p a r a f r a s e a d a y c o n v e r t i d a e n t p i c o l i t e r a r i o . P o r e l c

o n t r a r i o , F e l i p e I I d e E s p a a e l r e y p r u d e n t e o e l d e m o

n i o d e l s u r , s e g n q u i e n l e n o m b r a r a , p e r o s i e m p r e m s

p a p i s t a q u e e l P a p a p r e f e r a p e r d e r s u s e s t a d o s q u e g o

b e r n a r s o b r e h e r e j e s . Y a e n e l s i g l o X X , J o s O r t e g a y G

a s s e t a c u s u f a m o s o y o s o y y o y m i c i r c u n s t a n c i a .3

Aunque cualquier clasificacin sera reduccionista, los tpicos literarios pueden agruparse temticamente en los temas universales, plasmacin de las experiencias vitales humanas de validez universal:4 5 vida, muerte, amor La Boca, aunque tambin aparece en Tres heridas, ambos de Miguel Hernndez6

La representacin pictrica, muy realista, de una pipa semejante a la de esta fotografa, configura el tema de Ceci n'est pas une pipe, de Ren Magritte, pero que queda totalmente incompleto sin el aadido de la frase rotulada con caligrafa infantil que le da ttulo. La fotografa de una silla, junto a la silla real y a la escritura de la definicin de la palabra silla tomada de un diccionario componen la instalacin artstica Una y tres sillas, de Joseph Kosuth (1965, MOMA), una de los primeros ejemplos de arte conceptual. El artista afirmaba que las obras de arte son proposiciones analticas. Es decir, si son vistas dentro de su contexto -como arte- no proporcionan ningn tipo de informacin sobre ningn hecho. Una obra de arte es una tautologa por ser una presentacin de las intenciones del artista, es decir, el artista nos est diciendo que aquella obra concreta de arte es arte, lo cual significa que es una definicin del arte. Por eso, que es arte es ya una verdad a priori.7

Cena de Emas. Caravaggio, 1601 (National Gallery). La obra est llena de recursos visuales impactantes: luces y sombras violentas, escorzos exagerados y equilibrios precarios, que hacen que las figuras se salgan del cuadro. El propio tema del cuadro habla de la inadecuacin de los sentidos para hallar la verdad: los discpulos de Emas, apenados por la muerte de Cristo que han presenciado, no se percatan de que estn ante el mismo Cristo resucitado hasta que reconocen su gesto al partir el pan (pan que ha dejado de ser pan para convertirse en el cuerpo de Cristo de la eucarista). El mismo Caravaggio, que volvi a pintar el tema en 1606, se haba enfrentado a un tema semejante con La incredulidad de Santo Toms (1601, Potsdam). El tema de los sentidos es uno de los ms tratados en la pintura barroca. Vida. Tpicos filosficos, sociales o poltico o ignorancia Mentira o verdad; sabidura

Optar entre el conocimiento que trae sufrimiento o la ignorancia que conlleve felicidad es uno de los temas ms tratados en la literatura. Ya la Biblia indicaba que A mayor sabidura, mayor dolor.8 Las distopas contemporneas a los totalitarismos del siglo XX proporcionaron ejemplos extremos de cmo una sociedad perfecta ha de ser necesariamente manipulada para mantener la mentira como verdad (1984, de George Orwell, 1948), o para convertir los propios cuerpos y las mentes

en mquinas dciles (Un mundo feliz, de Aldous Huxley, 1932). Por otro lado, el barroco del siglo XVII retorci hasta los mayores extremos las contradicciones propias del engao, el secreto, los malentendidos, dobles sentidos, equvocos y el engaar con la verdad.9 Los tpicos literarios han expresado este amplio asunto de formas muy variadas, a veces opuestas entre s:

Primum vivere, de forma completa Primum vivere deinde philosophari (primero vivir, luego filosofar). Atribuido a Hobbes, aunque ya se utiliza una expresin similar (opuesta) en El Quijote: Metafsico estis. Es que no como (Dilogo entre Babieca y Rocinante10 ). La necesidad de buscar la satisfaccin de las necesidades inmediatas o el inters material, postergando o despreciando lo trascendente, se expresa tambin en el pancismo o figura de Sancho Panza, cuyo materialismo en oposicin al idealismo de Don Quijote ha sido no slo repetido como tpico, sino analizado, por ejemplo, por Miguel de Unamuno (Vida de Don Quijote y Sancho), quien a su vez desarroll un tpico estrechamente relacionado pero opuesto: el Que inventen ellos!. La gran profundidad del texto de Cervantes, sobre todo en la segunda parte, ha permitido sealar que la relacin de sus dos protagonistas con sus estereotipos es muy dinmica, producindose progresivamente una quijotizacin de Sancho y una pancizacin o sanchonizacin de Don Quijote, explicitadas al fin en el dilogo que mantienen ambos en el lecho de muerte de ste. Panem et circenses (pan y circo): originalmente de Juvenal, que fue aplicado a la Espaa del siglo XVIII por Len de Arroyal como Pan y Toros, luego utilizado por Unamuno. En el siglo XX se parafrase en Pan y Ftbol. De alguna manera es similar al tpico de Carlos Marx: la religin es el opio del pueblo. Fallitur visus, o las apariencias engaan, tpico central para el barroco espaol, con origen muchas expresiones similares de la literatura clsica : Plinio el Viejo, Sneca (Fallaces sunt rerum species) o Virgilio en su referencia al caballo de Troya (Equo ne credite, Teucri -"No confiis en el caballo, troyanos", muy a menudo citado por la parte siguiente, desconfiad de los griegos aun cuando traigan regalos o, ms literalmente, temo a los dnaos incluso ofreciendo presentes-).11 La descripcin de las visiones de los msticos espaoles, adems de recurrir a figuras como el oxmoron para describir lo inefable de la percepcin de la divinidad (cauterio suave... tiernamente hieres, etc.),12 prevenan de cmo la imaginacin y los sentidos son un campo de batalla para el alma, incapaz muchas veces de discernir entre Dios y el demonio como el origen de sus visiones; o propicia a caer en el vicio de gula espiritual por conseguir el placer que le da el tenerlas.13 Nada es verdad ni es mentira. La estrofa completa, de Ramn de Campoamor: En este mundo traidor / nada es verdad ni es mentira / todo es segn el color / del cristal con que se mira, est inspirada en El defensor de su agravio de Agustn Moreto.14 La vida como teatro, presente en el retablo de Maese Pedro o teatro de las maravillas de El Quijote de Miguel de Cervantes y en varias obras de Caldern de la Barca (especialmente en el auto sacramental El gran teatro del mundo), llega hasta Jacinto Benavente (Los intereses creados: He aqu el tinglado de la antigua farsa).15 En cambio, el Retablo de las maravillas del mismo Cervantes reproduce el tpico del traje nuevo del emperador o el rey est desnudo, tema medieval, probablemente de origen oriental, reproducido en el ejemplo XXXII del Conde Lucanor del infante Don Juan Manuel y que reutiliz Hans Christian Andersen, y ms explcitamente siguiendo el modelo cervantino, Manuel Altolaguirre, Lauro Olmo y Rafael Dieste.16 La vida es sueo (la vida es algo ilusorio, una confusin entre la consciencia y la incosciencia), es el ttulo de la obra esencial de Caldern de la Barca. To be or not to be (ser o no ser, en ingls), verso de Shakespeare puesto en boca de Hamlet, con el que se refleja la duda ante una decisin trascendental, y tambin el juego de imposturas en que se encuentran los personajes de la obra. Ceci n'est pas une pipe (esto no es una pipa, en francs), es un tpico originado en el mbito de la pintura, con un cuadro de la serie La Trahison des images, de Ren Magritte

(19281929). Michel Focault titul as una de sus libros (1973). Ha pasado a convertirse en un referente utilizado para expresar la diferencia entre lo vivo y lo pintado, expresin que utiliza, por ejemplo Quevedo.17 La capacidad de la pintura para imitar (mmesis) o falsear la naturaleza; por un lado, y de engaar al ojo (trampantojo en castellano, trompe-l'oeil, en francs), por otro; est en su propia esencia como arte. Su reflejo literario ha sido un tpico constante desde los griegos con los mitos o ancdotas atribuidas a las artes figurativas (al pintor Apeles o a los escultores Fidias y Mirn -as como al mtico Ddalo-), y que se repitieron en la tratadstica sobre el arte en Roma (Plinio, Quintiliano) y en el Renacimiento y el Barroco; como la historia de la sombra que reproduce Murillo en uno de sus cuadros (Tuvo de la sombra origen la que admiras hermosura en la clebre pintura, 1660).18 La identificacin de la representacin con la realidad, o la realidad y el arte, es un tema esttico que ha originado otros tpicos, como el Parla, cane ("Habla, perro!") originado por el Moiss, de Miguel ngel, 1513-1515. Se dice que, obsesionado con su realismo, el propio autor golpe la escultura gritando esa frase.1