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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA Aluna: Luciana Guimarães Coelho Professor Orientador: Fabiane

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Aluna: Luciana Guimarães Coelho Professor Orientador: Fabiane

1

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Trabalho final do curso de Pós Graduação em Psicopedagogia / 2004

2

AGRADECIMENTOS

Agradeço profundamente àqueles que me apoiaram e me ajudaram durante

o processo de elaboração do trabalho.

Ao meu marido Marcelo por todo apoio e incentivo.

À minha amiga Caroline por muitas vezes me apoiar e auxiliar-me

esclarecendo algumas dúvidas; e à professora Fabiana pela orientação e atenção

a mim direcionadas.

3

Dedicatória

Dedico este trabalho a todos aqueles que atuam na área do magistério e

que necessitam de apoio para o desenvolvimento de seu trabalho e atualização profissional.

4

RESUMO

Trabalhar com as Inteligências Múltiplas na prática pedagógica é algo

desafiador para o professor do Ensino Fundamental nas escolas do Brasil. O

profissional que trabalha com educandos deve posicionar-se em uma postura

séria, já que a educação formal está em suas mãos.

A teoria das Inteligências Múltiplas vem mostrar-nos a importância da

atualização profissional e a incorporação da diversidade do trabalho na prática

pedagógica. Dessa forma estaremos formando cidadãos conscientes de suas

capacidades, que poderão esforçar-se para superar suas limitações através do

desenvolvimento de suas inteligências.

Trabalhar com as Inteligências Múltiplas significa trabalhar com crianças e

adolescentes de forma séria e profunda. Ë a demonstração do seu empenho

enquanto profissional da educação.

5

METODOLOGIA

. Este trabalho foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica

6

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................7 I- A MUDANÇA DO CONCEITO DE INTELIGENCIA COM O PASSAR DO TEMPO............................................................................................9 II- CONHECENCO MELHOR AS INTELIGENCIAS MÚLTIPLAS.......13 III- A IMPORTÂNCIA DE AVALIAR E TESTAR AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS.........................................................................................17 IV- ESTIMULAÇÃO DAS INTELIGENCIAS MÚLTIPLAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA.....................................................................................27 CONCLUSÃO......................................................................................43 BIBLIOGRAFIA....................................................................................44 ÍNDICE................................................................................................45

7

INTRODUÇÃO A inteligência humana é algo que possa ser mensurado ou formalmente

definido sem se cogitar a possibilidade de transformações em seu conceito?

Cientistas de todo o mundo avaliam a mente humana através de estudos

minuciosos e profundos, e descobrem que a inteligência é algo infinitamente

complexo. O cérebro humano sofre uma evolução e os primeiros cinco anos de

vida são fundamentais para o desenvolvimento das suas inteligências. Referimo-

nos a “inteligências” por temos o conhecimento de que elas são muitas e não

uma única. Para que possamos aceitar esse novo conceito de diversas

inteligências, temos de romper com as idéias mais ortodoxas a respeito do que

seja a inteligência.

O cérebro humano varia de peso (400 gramas no nascimento para 1quilo e

500 gramas quando adulto) e é formado por múltiplas conexões entre neurônios

que formam uma rede de informações diversificada. Essa rede se apresenta em

pontos distintos de nosso cérebro, dando informações diferentes que formam as

diversas inteligências. Essas áreas do cérebro não nascem prontas, vão se

formando progressivamente, principalmente entre os 5 e 10 anos de idade. Logo,

observamos a importância de estimular os cérebros de nossos alunos, para que

dessa forma, eles possam ter a possibilidade de desenvolver suas inteligências de

forma próspera e enriquecedora.

Levando em conta que todos os seres têm várias inteligências, devemos

alimentá-las, para que dessa forma elas evoluam e possam facilitar em todos os

aspectos na resolução de problemas do ser humano. Ë aí que surge a

necessidade dos professores avaliarem, testarem e estimularem o cérebro de

seus alunos, para que cada um deles possa descobrir quais inteligências suas

estão mais aguçadas, e também descobrir quais delas podem se desenvolver, e

quais ficaram mais estagnadas e precisam ser alimentadas para que assim

possam se “fortificar”.

Gardner (1993) explana sobre as inteligências múltiplas, fazendo-nos

entender a importância de seu desenvolvimento. Tal teoria está pautada em

8

estudos realizados em Harward e vem obtendo sucesso graças ao empenho de

pesquisadores que trabalham incessantemente para o progresso do ser humano.

9

CAPÍTULO I

O CONCEITO DE INTELIGENCIA MUDOU COM O PASSAR

DO TEMPO

1.1. Conceito inteligência segundo os paradigmas tradicionais

O conceito tradicional de inteligência vem, há algum tempo, sendo reavaliado

por diversos estudiosos da mente humana. Eles, através de estudos, elaboraram

diversas teorias a respeito do intelecto humano, ampliando o conceito do mesmo.

A inteligência do homem era medida, antigamente, através de números, que

eram obtidos através de inúmeras perguntas feitas a crianças. De acordo com o

número de respostas certas, era atribuído o resultado por meio de números. Esse

teste foi elaborado por Alfred Binet em 1905 e foi utilizado pela humanidade

durante muitos anos, e, embora hoje existam diversas outras maneiras de se

avaliar a mente humana, ainda é muito comum utilizar o teste de QI ( Quociente

de Inteligência), pois o homem se prende profundamente aos números.

A importância vinculada ao número não é inteiramente inadequada: afinal, o

escore em um teste de inteligência de fato prevê a habilidade da pessoa de haver-

se com matérias escolares embora preveja pouco sobre o sucesso na vida

posterior. Gardner (1994:p.03)

Segundo Gardner (1994:p.12)

“As tarefas e testes estavam logo disponíveis para o uso amplamente

difundido: a mania de avaliar as pessoas para propósitos específicos –

seja na escola, no exército, colocação em organizações industriais ou

até mesmo na companhia social – estimulou o entusiasmo sobre a

testagem de inteligência.”

1.2. Conceito de inteligência segundo Piaget

Jean Piaget inovou o conceito de inteligência existente até então. Segundo

sua teoria, a inteligência humana consiste em uma adaptação, e o seu

desenvolvimento está voltado para o equilíbrio.Costa (2003:p.08)

10

Piaget acreditava que a importância nos testes de inteligência não era a

resposta certa, mas sim, como as crianças chegavam àquela resposta. Seria esta

a capacidade de resolver os problemas, seria este o real valor que deveria ter sido

atribuído ao teste.

A criança interage com o mundo e desta forma, aprende, age, raciocina e com

o passar do tempo, consegue realizar ações que não era capaz anteriormente.

“Inteligência é adaptação e seu desenvolvimento está voltado para

o equilíbrio. Sendo assim, a ação humana visa sempre a uma

melhor adaptação ao ambiente. Para que ela seja possível,

ocorrem constantes organizações da experiência, voltadas para a

equilibração. As experiências da criança, por sua vez, são

conduzidas por sua ação em contato com o objeto. Essa ação é

concomitantemente sensório motora,cognitiva e afetiva.”

Segundo Piaget, o processo de raciocínio da criança difere da forma de

raciocinar do adulto, por isso, o adulto deve agir de forma diferente ao ensinar

uma criança e a um outro adulto.

A criança não espera que os conhecimentos sejam depositados em sua

mente, ela elabora e constrói os seus conhecimentos de acordo com suas

vivencias e suas próprias experiências. O aprendizado que a criança obtém

através do contato com o objeto faz com que ela se desenvolva em todos os

aspectos como ser humano.

1.3. Conceito de inteligência segundo Vygotsky

Em seus estudos sobre a mente humana, Vygotsky defendia a idéia de que o

homem aprende através da vivencia, da experiência e dos conhecimentos sociais.

Oliveira

(2002,p.23 e24)

11

“O homem, enquanto espécie biológica, possui uma existência

material que define limites e possibilidades para o seu

desenvolvimento. O cérebro, no entanto, não é um sistema de

funções fixas e imutáveis, mas sim um sistema aberto, de grande

plasticidade, cuja estrutura e modos de funcionamento são

moldados ao longo da história da espécie e do desenvolvimento

individual. Dadas as imensas possibilidades da realização humana,

essa plasticidade é essencial: o cérebro pode servir a novas

funções, criadas na história do homem, sem que sejam

necessárias transformações no órgão físico.”

Vygotsky absorveu em seus estudos, uma grande influencia do momento

social e político vivido na antiga União Soviética, o Marxismo. Observamos na

teoria de Vygotsky a respeito do conhecimento humano, alguns pontos da teoria

de Karl Max, tais pontos são:

*O modo de produção da vida material condiciona a vida social.

*O homem é um ser histórico, que se constrói através de suas relações com

o mundo natural e social.

*A sociedade humana é uma totalidade em uma constante mutação.

1.4. Conceito de inteligência segundo Gardner

Vários teóricos criaram conceitos diferentes para inteligência durante o

decorrer do tempo. Essas teorias foram e ainda nos são válidas, porém, de acordo

com a mudança do comportamento humano, observamos a necessidade de se

ampliar ainda mais tal conceito. Logo nos deparamos com a idéia que Gardner

defende, que é a de que as pessoas têm a capacidade de se adaptar a diversos

contextos ou lidar com novas informações. Ele nos esclarece também que:

“... não há e jamais haverá uma lista única, irrefutável e

universalmente aceita de inteligências humanas. Jamais haverá um

12

rol mestre de três, sete ou trezentas inteligências que possam ser

endossadas por todos os investigadores.”

Gardner (1994,p.45)

Ou seja, a inteligência não é algo pré-estabelecido que possamos enumerar

e considerar concluído e terminado. É um processo rico e integral que está

sempre em desenvolvimento e deve ser estudada a todo momento.

Gardner (1994, p.27)) afirmou a idéia da existência de oito tipos diferentes

de inteligências no ser humano.

“Lingüística, lógica ou matemática ( sendo as duas avaliadas na

escola e contribuem para o processo dos testes de inteligências

iniciais), musical, espacial, corporal sinestésica, interpessoal,

intrapessoal e naturalista. Os fatos de hereditariedade e ambiente

não fazem com que duas pessoas possam exibir as mesmas

inteligências nas mesmas proporções a afirmam que perfis de

inteligência se diferem de pessoa para pessoa.”

A espécie humana, de acordo com a teoria de Gardner ( Teoria das

Inteligências Múltiplas ) tem a capacidade de desenvolver todas as oito

inteligências até um certo ponto, precisando para isto, de uma certa oportunidade.

Porém, de acordo com as limitações que o ser humano ainda tem, as pessoas

desenvolvem algumas dessas inteligências. Tais inteligências consistem em um

conjunto de potenciais intelectuais humanos, logo, todos os indivíduos são

dotados destas capacidades.

As inteligências estabelecem uma ligação entre si, isto se dá desde o inicio

da vida. Além disso, elas são mobilizadas a serviço de diversos papéis e funções

sociais. Mesmo assim, no centro de cada inteligência há uma capacidade

computacional o mecanismo de processamento de informações que se refere a

uma determinada inteligência. É onde estão armazenadas as reações e

concretizações mais complexas daquela inteligência.

13

Capítulo II

CONHECENDO MELHOR AS INTELIGENCIAS MÚLTIPLAS A partir dos anos oitenta, Howard Gardner iniciou o estudo da teoria das

Inteligências Múltiplas. Ele baseou-se em pesquisas realizadas sobre

desenvolvimento cognitivo para finalmente desenvolver sua própria pesquisa: a

teoria das Inteligências Múltiplas. O pesquisador questiona a visão tradicional de

inteligência que enfatiza unicamente as habilidades lingüística e lógico-

matemática.

Com a nova teoria sobre inteligência, Gardner (1995) provou que o conceito

sobre a mesma deveria mudar, e que a inteligência é na verdade um “ pequeno

conjunto de potenciais intelectuais humanos dos quais todos os indivíduos são

capazes em virtude de sua filiação à espécie humana.”. O conjunto das

capacidades citadas por Gardner é formado, segundo ele, por dez habilidades.

Os potenciais da mente humana foram profundamente estudados e o

resultado desse estudo gerou o seguinte resultado: ( Antunes,2001,p.16)

A inteligência lingüística ou verbal é marcante naqueles que apresentam

facilidade de concatenar as idéias e expô-las através da linguagem verbal. A

sensibilidade para ritmos, sons e significados das palavras também estão

presentes nessa inteligência, além de uma especial percepção das diferentes

funções da linguagem. Aqueles que desenvolvem tal inteligência têm facilidade e,

normalmente, usam-na para convencer, agradar, estimular ou transmitir idéias.

Gardner indica que essa habilidade é exibida com muita freqüência pelos poetas,

e, em crianças, ela é percebida quando elas têm facilidade em contar histórias

originais ou para relatar em relatar suas experiências. Esta inteligência auxilia nas

relações interpessoais o que consiste em uma segunda inteligência.

A inteligência interpessoal consiste na capacidade do indivíduo de se

relacionar com outras pessoas de forma agradável, compreendendo-as,

percebendo suas motivações e sabendo como satisfazer suas expectativas

emocionais. Nas crianças podemos observa-la, quando elas têm a capacidade de

distinguir as pessoas e quando apresentam liderança de um grupo.

14

Intrapessoal é a capacidade de se autoconhecer, de saber seus limites e

suas facilidades é aquela da compreensão plena do “eu”. Pessoas com pouca

auto-estima têm dificuldade de desenvolver essa inteligência. Aquele que

consegue desenvolve-la, alcançará com maior êxito a solução de problemas

pessoais. Essa inteligência, por ser extremamente pessoal, é

percebida<principalmente, através de outras inteligências como as manifestações

lingüísticas, musicais ou cinestésicas.

Inteligência musical é aquela que permite a organização de sons de forma

criativa, permite também a percepção de tons, timbres, temas, ritmos e a

capacidade de produzir ou reproduzir músicas. A criança pequena com habilidade

musical percebe desde cedo sons nos ambientes onde ela está presente, e,

freqüentemente, canta para si.

A capacidade de grande desenvolvimento físico e de controle do corpo e de

objetos está relacionada à inteligência cinestésica. Utiliza-se a coordenação

grossa ou fina em esportes, artes cênicas ou plásticas no controle do movimento

do corpo e na manipulação de objetos com destreza. A criança dotada na

inteligência cinestésica se move com graça e expressão a partir de estímulos

musicais ou verbais.

Gardner descreva a inteligência espacial como a capacidade para perceber

o mundo visual e espacial de forma precisa e concreta.Quem a desenvolve,

adquire a habilidade de se movimentar e de se orientar entre objetos ou

transformar as características de um determinado espaço.Nas crianças, podemos

observar essa capacidade através de jogos que dêem noção espacial como

quebra-cabeça, jogos de encaixe e outros.

A inteligência lógico-matemática é aquela mais valorizada pela nossa

sociedade. Aqueles que a desenvolvem com êxito recebem atenção especial das

pessoas que o cercam. Gardner definiu-a da seguinte forma: é a habilidade para

explorar relações, categorias e padrões, através da manipulação de objetos ou

símbolos, e para experimentar de forma controlada; é aquela que lida com séries

de raciocínios, para reconhecer problemas e resolve-los. A criança que

15

desenvolve essa inteligência demonstra facilidade para contar e fazer cálculos

matemáticos.

Inicialmente, Gardner apresentou a teoria dessas oito inteligências. Porém,

suas pesquisas não cessaram e o psicólogo continuou a buscar informações no

ser humano para outras inteligências. Hoje, ele nos apresenta mais uma

inteligência, a naturalista.

Essa inteligência está estruturalmente ligada à vida animal e vegetal. Sua

manifestação revela-se por manifestar-se em diversos níveis do jardineiro ao

paisagista. Na criança, pode ser percebida através da apreciação e apreço por

animais, flores, plantas.

Antunes(2002) afirma ainda que não podemos fechar o círculo de

possibilidades de manifestações de outros tipos de inteligências.

“Essa relação de oito ou nove Inteligências, de forma alguma, constitui

um paradigma fechado. Novos estudos abrem perspectivas para a

ampliação desse limite e mesmo Gardner aprofunda pesquisa para a

essas oito acrescentar a Inteligência que denomina de Existencial.

A Inteligência citada acima ainda nos é apresentada como uma teoria em

início de estudo e não confirmada ainda como realmente um tipo de inteligência,

pois os cientistas ainda não provaram que ela requer áreas específicas do

cérebro. Ela, segundo Gardner, está ligada a capacidade de aplicar, nas ações do

dia-a-dia princípios e valores morais com o objetivo de compreender de forma

integral o significado da nossa existência. O pesquisador deixa-nos claro que essa

inteligência não tem nenhuma relação com a religião, mas sim com a capacidade

de cada um em desenvolver seus aspectos morais.

A idéia central da sua teoria é a de que a inteligência do ser humano

compõe-se de um vasto espectro de competências ou habilidades inter-

relacionadas, sendo algumas delas consideradas, antigamente, como dons;

talentos ou virtudes. Gardner diz que as inteligências são possuídas por todos os

seres humanos, mas que cada um desenvolve-as de forma diferente e pessoal,

16

dando maior ênfase a uma ou algumas. Ninguém recebeu uma dádiva especial ou

exclusiva.

17

Capítulo III

A importância de avaliar e testar as inteligências

múltiplas

3.1. Avaliar é importante

Cada indivíduo é um ser independente, que age, pensa e raciocina

de forma diferente. Esse ser necessita de um atendimento individual, no momento

da aprendizagem.Nogueira(2002, p.14) esclarece-nos a importância da

individualidade de cada um.

“... cada pessoa é um sujeito ímpar e tem forças cognitivas diferentes,

aprende de forma e estilo diferentes de outros sujeitos oriundos de uma mesma

sociedade ou meio cultural.”

Gardner também nos afirma que o aprendizado é individual, porém, vai um

pouco além. Ele nos diz que o aluno é um ser individual não só no momento da

aprendizagem, ele também deve ser avaliado de maneira única. Logo, para isso,

precisamos de uma “instrução centrada no indivíduo”. Infelizmente as instituições

ainda não atentaram para a importância da avaliação individual do aluno,

privilegiando a inteligência que ele nos apresenta como a mais desenvolvida.

As avaliações das escolas ainda são pautadas em conhecimentos pré-

estabelecidos e gerais, a esse tipo de avaliação Gardner (2000, p.62) dá o nome

de “pensamento estilo QI”.

“Como sabemos, os primeiros testes de inteligência foram elaborados

há quase um século, com o razoável objetivo de dizer quais alunos

provavelmente teriam dificuldades com os currículos escolares

padronizados. Com o passar dos anos, os psicólogos de fato foram

capazes de identificar uma série de itens "objetivos” que predizem com

certo sucesso o desempenho escolar.

18

Onde outrora havia um simples instrumento utilizado para um propósito

definido, nós atualmente temos centenas de testes padronizados de

lápis e papel para vários propósitos, desde a Educação especial até a

admissão na faculdade e comparações tipo “cartazes” entre as nações.

Onde outrora esses testes foram introduzidos como ornamento de um

currículo já existente, nós atualmente temos escolas e programas

especialmente planejados para melhorar os desempenhos nesses

instrumentos, com pouca atenção ao significado dessa melhoria no

desempenho.”

Gardner defende a idéia que a avaliação precisa a obedecer três critérios:

1. Deve ser justa com a inteligência: apresentada de tal maneira que a

potência de uma inteligência seja monitorada diretamente, e não através

das “lentes” da lógica ou da matemática.

2. Deve ser adequada em termos desenvolvimentais: utilizar técnica

apropriada ao nível desenvolvimental da criança naquele específico

domínio de conhecimento em questão.

3. Deve estar ligada a recomendações: qualquer resultado ou descrição deve

estar vinculado a atividades recomendadas para a criança com aquele

determinado perfil intelectual.

Realizar avaliações com as características acima, constitui, certamente, em

um grande empreendimento. Para atingir um resultado com sucesso,

precisamos de professores sensíveis às dimensões que estão sendo

examinadas, que possam fazes observações pertinentes enquanto os

alunos estiverem empenhados em atividades e projetos significativos.

Porém, não é necessário que o professor tenha a inteligência lógico-

matemática, por exemplo, desenvolvida para que possa avaliar essa

inteligência em seu aluno.

19

3.2 O teste é fundamental

Os testes padronizados foram inventados para que pudéssemos

identificar talentos incomuns. De fato eles são capazes de revelar-nos

indivíduos talentosos. Mas temos de considerar também os indivíduos que

não têm um bom desempenho em tais avaliações. De que maneira

podemos avaliar suas capacidades? Será que podemos dizer que não têm

nenhuma?

Para que realizemos tais avaliações, temos de conhecer as

“inteligências” de cada um dos nossos alunos. E para que possamos ter tais

conhecimentos, existem vários testes que o próprio professor pode aplicar

em aula. Gardner nos afirma que o resultado deve ser divulgado para o

aluno, para que esse possa fazer suas opções pessoais de acordo com

suas inteligências.

Após o resultado dos testes, haverá uma vasta facilidade, por parte

do professor, em realizar as avaliações e em encontrar o resultado das

mesmas.

Abaixo, apresentamos alguns testes.

Legenda:

S- sim com muita ênfase

s- sim com alguma ênfase

N- não com muita ênfase

n- não com pouca ênfase

1. Inteligência lógico-matemática

Itens S s N n

1.Adora enigmas, senhas, problemas lógicos.

2.Faz cálculos de cabeça.

3.Gosta de propor problemas de cálculos ou outras operações.

4.Analisa dados com facilidade.

5.Trabalha bem com médias, proporções e outros esquemas.

20

6.Trabalha bem com médias, números e noções de estatística.

7.Gosta de fazer experiências com palitos, água’areia e etc.

8.Percebe a geometria nos objetos e paisagens que vê.

9.Busca seqüência lógica nas idéias.

10.Incomoda-se com a falta de padrões de regularidade nas

coisas.

11.Prefere usar razão aos sentimentos.

12.Interessa-se pelo progresso da Ciência.

13.Aprecia arquitetura.

14.Não tem dificuldade para usar linguagens matemáticas no

computador. Exemplo: Excel.

15.Consegue pensar em conceitos abstratos mesmo sem usar

palavras.

16.Gosta de medir as coisas.

17.Não se perde em raciocínios relativamente longos.

18.Ë bom aluno em ciências exatas.

2- Inteligência lingüística ou verbal

Itens S s N n

1. Gosta muito de ler e sempre está lendo alguma coisa.

2. Escolhe as palavras que escreve.

3. Procura esmerar-se ao falar e admira quem fala bem.

4.Gosta de consultar dicionário para descobrir novas palavras.

5. Ouve notícias com interesse.

6. Consulta jornais diariamente, diferentes sessões.

7. Aprende melhor quando grava sua fala ou o que ouve.

8. Adora palavras cruzadas.

9. Ë bom em senhas ou trocadilhos.

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10. Gosta de poesias e se emociona com algumas.

11. Gosta de fazer trava-línguas, não diga não, anagramas e

etc.

12. Possui facilidade para rimar.

13. Ë bom para fazer sínteses.

14. Ë bom para inventar manchetes ou slogans.

15. Tem facilidade para improvisar falas e pequenos discursos.

16. Interessa-se por outras línguas.

17. Incorpora palavras novas ao seu falar.

18. Faz diários com prazer.

19. Lembra-se de livros que leu.

20. Ë bom aluno em Língua Portuguesa.

3. Inteligência espacial

Itens S s N n

1.Mostra interesse pela beleza e pela harmonia nas coisas.

2.Possui imaginação fértil.

3.Costuma “sonhar de olhos abertos”, inventa histórias.

4.Gosta de fotografar e filmar.

5.Compreende mapas, cartas e plantas com facilidade.

6.Sabe explicar caminhos.

7.Compreende explicações sobre caminhos por lugares

desconhecidos.

8.Gosta de quebra-cabeças, tangrans, labirintos.

9.Resolve com facilidade jogos dos 7 erros, charadas,

anagramas.

10.Gosta de desenhar.

11.Aprecia desenhos, figuras, imagens gráficas.

12.Possui facilidade em linguagem de computador tipo Power

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Point.

13.Gosta de Geometria.

14.Desenha o corpo humano com proporções.

15.Ë capaz de mudar sua perspectiva ao olhar objetos.

16.Gosta de rabiscar folhas.

17.Possui facilidade com origamis.

18.Geografia, História e Ciências são matérias favoritas.

19.Ë bom em fazer mapas.

20.Gosta de inventar quebra-cabeças.

4- Inteligência Musical

Itens S s N n

1.Adora ouvir música.

2.Demonstra facilidade em trabalhar com ritmos de sons.

3.Gostaria de integrar um coral.

4.Sabe ler pauta musical.

5.Percebe uma nota musical fora do tom. Gosta de aprender a

tocar.

6.Ë bom para inventar paródias sobre temas que estuda.

7. Em todos os momentos está batucando ou cantarolando.

8.Aprecia “jingles” ouvidos na TV.

9.Identifica cantos de pássaros diferentes.

10.Possui capacidade de diferenciar sons do cotidiano.

11.Pode marcar, com facilidade, um ritmo com um instrumento.

12.Gosta de assobiar e aprender diferentes tipos de assobios.

13.Possui boa memória musical.

14.Gosta de músicas, mesmo cantadas em línguas

desconhecidas.

15.Interessa-se em saber quais as músicas de maior sucesso.

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16.Prefere comprar um Cd musical a outro objeto.

17.Sabe muita coisa sobre cantores ou músicos.

18.Sabe imaginar fundos musicais para temas estudados.

5- Inteligência Cinestésico-corporal

Itens S s N n

1.Gosta de praticar atividades esportivas com regularidade.

2.Aprecia ou pratica danças.

3.Possui boa linguagem gestual.

4.Possui destreza manual.

5.Tem dificuldade em ficar quieto ou parado.

6.Mostra jeito para costurar, fazer tricô ou consertar objetos.

7.Sabe fazer entalhes em madeiras.

8.Trabalha bem com cerâmica.

9.Suas melhores idéias “aparecem” quando pratica um

esporte.

10.Gosta de ver e assistir programas esportivos.

11.Gosta de passar seu tempo ao ar livre.

12.Ao falar costuma gesticular.

13.Gosta de tocar nas coisas para percebe-las melhor.

14.Mostra coragem em esportes radicais.

15.Ao apanhar um jornal, busca primeiro a sessão de esportes.

16.Acredita que possui jeito para dançar ou outras formas

corporais.

17.A Educação física é a disciplina escolar favorita.

18.Aprecia alimentação saudável.

24

6- Inteligência Naturalista

Itens S s N n

1.Gosta de acampar ou passear pelo campo, fazenda ou mata

2.Aprecia aulas de campo.

3.Ë um bom observador da natureza.

4.Participa ou gostaria de participar de campanhas ecológicas.

5.Interessa-se pelo estudo da vida animal.

6.Participa ou gostaria de participar de campanhas ecológicas.

7.Sente verdadeira compaixão ao ver animal ou planta

agredida.

8.Prefere flores naturais às artificiais.

9.Tem ou gosta de ter animais de estimação.

10.Tem facilidade em identificar espécies animais.

11.Reconhece diferentes tipos de flores e plantas.

12.Gosta de revistas e livros sobre a natureza.

13.Gosta de assistir documentários sobre a vida animal.

14.Coleciona rochas, flores, etc.

15.Adora visitar zoológicos, aquários ou jardins botânicos.

16.Observa detalhes em uma trila.

17.Revolta-se com agressões ambientais.

18.Ciência, Botânica, Zoologia são matérias de que mais

gosta.

7- Inteligência Interpessoal

Itens S s N n

1.Toma iniciativa e lidera campanhas de ajuda e apoio.

2.Ë procurado por outras pessoas para solicitar sua ajuda.

3.Sabe aconselhar outras pessoas.

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4.Sente-se bem em meio a outras pessoas. Não gosta de

solidão.

5.Comunica-se com facilidade.

6.Prefere esportes coletivos.

7.Gosta de conversar com pessoas mais velhas e ouvir

conselhos.

8.Possui diversos amigos.

9.Prefere estudar em grupo.

10.Prefere passatempos coletivos.

11.Gosta de cinemas, teatros, reuniões quermesses.

12.Mostra prestatividade voluntária.

13.Revela sentimentos de empatia, “sofre” com o sofrimento

dos outros.

14.Ainda que aceite ser liderado, se necessário sabe liderar.

15.Ë capaz de “levantar o astral” de seus amigos e colegas.

16.Mostra solidariedade ao sofrimento mesmo que de

desconhecido.s

17.Ë mais comum estar alegre do que triste.

18.Parece que sabe adivinhar o que outras pessoas gostam ou

não.

8- Inteligência intrapessoal

Itens S s N n

1.Prefere trabalhar individualmente que em grupo.

2.Gosta de meditar, pensar na vida, refletir sobre projetos.

3.Interessa-se em se conhecer melhor e procura ajuda.

4.Revê interesse em leitura de auto-ajuda.

5.Revê interesse em leitura sobre auto-estima.

6.Apresenta interesse por questões de natureza psicológica.

26

7.Reage às dificuldades com serenidade e bravura.

8.Gosta de pensar em seu futuro e planejar.

9.Identifica e reconhece suas limitações.

10.Percebe com clareza seus limites e suas fraquezas.

11.Não se sente “em sua praia” no meio de multidões.

12.Defende suas idéias, mesmo que desagradando alguns

amigos.

13.Gosta de anotar seus pensamentos.

14.Motiva-se com facilidade e possui metas próprias.

15.Não aceita quebras em seu sistema de valores.

16.Aprecia bastante nos outros virtudes que não apresenta.

17.Possui intuição.

18.Deseja ser diferente dos demais.

19.Prefere elogiar-se a ser elogiado pelos outros.

20.Sabe discriminar com clareza as emoções que atravessa.

( ANTUNES, 2003)

27

Capítulo IV ESTIMULAÇÃO DAS INTELIGENCIAS MÚLTIPLAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA 4.1. O professor que individualiza o ensino, contribui para o progresso de seus alunos A instituição que favorece o potencial individual de cada aluno consegue pôr em prática um trabalho que valoriza as Inteligências de seus alunos. Lembrando que essas inteligências podem ser bastante variadas e o professor deve estar preparado para lidar com cada uma delas. Os profissionais que possam discernir, estimular, sugerir e encantar seus alunos mostrando linguagens diferentes, estão encaminhados no sucesso de seus trabalho. O ensino individualizado é importante já que cada criança tem perfis cognitivos diferentes. Gardner também diz que não é só o ensino individualizado que irá resultar em sucesso na exploração da teoria. O ambiente escolar também propicia um resultado positivo do desenvolvimento do trabalho. As escolas julgam preparar os seus alunos para a vida, mas nunca é suficiente, pois a vida não se limita a pensamentos lógicos e verbais. Logo, as instituições devem incluir em seus currículos disciplinas que encoragem os educandos a utilizar esses conhecimentos para resolver problemas e efetuar tarefas que estejam relacionadas com a comunidade a qual pertencem. Dessa forma, estará favorecendo o desenvolvimento das inteligências individuais de seus alunos a partir da avaliação regular do potencial de cada um.Gardner(1997, p.93):

“Se de fato acredita-se que os indivíduos têm capacidades intelectuais bem diferentes uns dos outros, a educação deve favorecer ao máximo as potencialidades de cada um... Do momento em que a escola se propõe a avaliar seus alunos de forma contínua e justa, o currículo individualizado é uma conseqüência lógica.”

4.2. Estímulos em excesso não ajudam, e sim atrapalham Antunes(2003) afirma que os estímulos são o alimento das inteligências.

Caso a criança não os receba, cresce com limitações e seu desenvolvimento cerebral fica profundamente comprometido. Porém, é importante dosar com cuidadosamente a quantidade de estímulos, pois os excessos podem provocar o desinteresse da criança.

“Para que esse desenvolvimento cerebral atinja toda a sua potencialidade e multiplique o seu poder de conexões, necessita de ginástica e esta é, genericamente chamada de estímulos. Esses devem ser produzidos por adultos e outras crianças, mas com serenidade. A

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obsessão por tentar estimular o cérebro, o tempo inteiro, é tão nociva quanto dar comida ao estômago em quantidade excessiva.”

Pais e professores devem estar atentos à criança, para que assim possam aproveitar as oportunidades apresentadas por elas, e, nesse momento sim, lançar mão de recursos que possam ser utilizados sobriamente para a estimulação. Outro processo importante é observá-la todo o tempo possível e tomar notas de seus progressos, mesmo aqueles mais simples. Conservar uma ficha para cada inteligência e anotar os resultados ajuda a compreender melhor a criança. 1Jamais compare o progresso de uma criança com o de outra. Nunca confunda velocidade na aprendizagem com inteligência. Antunes(2003,p.10), sugere algumas atividades estimuladoras das Inteligências Múltiplas que podem ser aplicadas em qualquer série, ciclo, disciplina, tema ou contexto, desde que devidamente adaptadas ao universo vocabular do aluno. Inteligências Estímulos Lingüística ou verbal * Estimule a elaboração de sínteses e análises. * Crie pequenos textos. * Invente metáforas. *Colecione anedotas. * Promova debates, concursos de trovas, lendas e

contos. * Invente slogans ou manchetes. * Promova jogos de palavras. * Promova reportagens. * Peça relatórios. * Analise expressões idiomáticas. * Estimule a leitura; ensine-os a ouvir. Lógico-matemática * Crie problemas. * Desenvolva estatísticas. * Construa gráficos. * Tire médias. * Invente réguas específicas. * Descubra a geometria. * Faça mapas conceituais. * Use calculadora. * Identifique padrões de simetria. * Faça silogismos. * Estabeleça padrões de simetria. * Descubra probabilidades.

1 As palavras em destaque são de Celso Antunes em seu livro “Jogos para a estimulação das Inteligências Múltiplas”.

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* Use computador e suas linguagens. Natural ou ecológica * Colecione folhas ou raízes. * Contextualize a natureza na época. * Observe o meio ambiente. * Associe a natureza aos trajes. * Promova debates sobre o cenário ambiental. * Promova pesquisas de campo; crie estações

meteorológicas *Proponha atividades sobre plantas e animais do

lugar e da época. *Compare o ser humano ou o animal a natureza

vegetal. * Compare a natureza humana ou vegetal com a

natureza vegetal. * Peça coleta e organizações de dados. * Solicite a identificação de relacionamentos. Sonora ou musical * Invente trovas. * Crie paródias. * Desenvolva fundos musicais. * Organize organizações gravadas. * Sugira textos em rap. * Pesquise danças. * Analise sons do ambiente. * Reconstrua paisagens sonoras. * Compare padrões rítmicos. * Invente letras de músicas. * Faça colagens musicais. Cinestésico-corporal * Teatralize. * Proponha comunicação gestual. * Invente danças. * Contextualize fatos por maio de movimentos. * Monte uma peça sobre o tema. * Recupere movimentos esquecidos. * Promova desfiles temáticos. * Coreografe uma dança. * Desenvolva uma caça ao tesouro. Visual-espacial * Colecione fotos. * Sugira desenhos. * Visite exposições. * Desenhe mapas. *Organize linhas do tempo. * Faça concurso de legendas. * Invente cartas enigmáticas sobre o assunto em

estudo. * Sugira murais críticos.

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* Faça álbuns com fotos, cartazes, anúncios. * Use aquarelas. * Proponha pinturas. * Projete fotos ou filmes. Interpessoal e intrapessoal

* Sugira campanhas sobre o tema.

* Promova troca de cartaz. * Desenvolva sensibilizações. * Sugira entrevistas contextualizadas. * Organize debates. * Promova discussões em “aquário”. * Faça estudos de caso. * Proponha a utilização de diários. * Organize murais sobre emoções. * Proponha debates sobre casos comunitários. * Solicite a descrição de emoções sobre... * Estimule a formação de grupos de auto-ajuda. (Fonte: Antunes,2003) 4.3. A importância dos jogos para o desenvolvimento das Inteligências Múltiplas

A palavra jogo vem de jocu, de origem latina que significa gracejo. No sentido etimológico, ela expressa divertimento, brincadeira sujeito a regras que devem ser obedecidas quando se joga. Antunes define jogo como um estímulo ao crescimento, uma astúcia em direção ao desenvolvimento cognitivo e aos desafios de viver.

Existe uma grande variedade de jogos que podem ser realizados em salas de aula que servem como estímulos para o desenvolvimento das Inteligências Múltiplas. Para algumas existem muito mais jogos que para outras, mas, de qualquer maneira, para todas as atividades existem suficientes propostas de estímulos.

O professor, segundo Antunes(2003:p.12), é quem será o responsável pelo resultado positivo das atividades estimuladoras. Para isso, ele precisa se empenhar:

“Elemento indispensável e imprescindível na aplicação dos jogos é o

professor. Um profissional que assume sua crença no poder de transformação das inteligências, que desenvolve jogos com seriedade, que estuda sempre e se aplica cada vez mais, desenvolvendo uma linha de cientificidade em seu desempenho, mas que essa linha não limita sua sensibilidade, alegria e entusiasmo. Um promotor de brincadeiras que sabe brincar.”

Para a aplicação dos jogos, é necessário que se tenha tempo, e, que sejam

essas aplicações frutos de um programa que envolva jogos diferentes, aplicados

31

de forma progressiva, partindo sempre dos mais fáceis para os mais difíceis.2

Jogos valiosos são os que despertam interesse e envolvem progressos

expressivos dos participantes.

Antunes fornece-nos uma lista de jogos ser desenvolvidos em sala de

aulas, explorando conteúdos das diversas disciplinas contidas nos currículos das

instituições.

• Jogos para a estimulação da Inteligência Lógico-matemática:

Habilidade

Raciocínio lógico

Nome

Construindo gráficos

Outras Estimulações

Alfabetização cartográfica

Preparação:

Uma série de dados estatísticos que permitam a elaboração de gráficos.

Uma folha de papel com colunas ou circunferência para que os alunos

transponham para os mesmos os dados estatísticos. (Exemplo: Porcentagem

aproximada do território nacional ocupado pelas Regiões Geográficas

Brasileiras. Norte=45%, Nordeste=18%, Sudeste=11%, Sul=7% e Centro –

Oeste=19%).

Utilização:

O professor deve mostrar aos alunos como transpor para uma imagem

gráfica esses dados e executa-los em colunas. Em uma etapa posterior,

mostrar aos alunos essa representação em gráficos e setores o que é

mostrado em gráfico de colunas passar para gráfico de setores, desde que

apareça em percentagens.

Habilidade

Compreensão de

números ordinais

Nome

Quebra-cabeça ordinal

Outros estímulos

Associação de idéias

Atenção

2 As palavras em destaque são de Celso Antunes, do livro “Jogos pa estimulação das Inteligências Múltiplas”.

32

Preparação:

Reunir dez cartelas de cartolina, recortadas em forma de quebra-cabeça

e encaixe, com três recortes: no primeiro o número 1, no segundo recorte, esse

mesmo número por extenso “UM” e no terceiro o número ordinal. Nas demais

cartelas, o mesmo procedimento até o ordinal 10º.

Utilização:

A criança deve montar os quebra-cabeças identificando a ordem de

seqüência numérica e ir percebendo a ordem dos números ordinais. Deve, em

outra oportunidade, receber o jogo com as peças desmontadas e juntá-las

identificando a seqüência numeral, sempre pronunciando em voz alta suas

operações. Associar a idéia de numerais que vem “antes” e “depois”, e

perceber também a relação entre primeiro e último.

Habilidade

Identificação de frações

de 1/2 a 1/10

Nome

O jogo da pizza

Outras estimulações

Associação de idéias

Atenção

Preparação:

Preparar com papel-cartão dez placas circulares, divididas em pedaços

iguais, a primeira em duas metades, a segunda em três partes e assim por

diante.

Utilização:

A atividade segue as regras de um jogo de dominós, com os parceiros

(duplas ou grupos) montando as seqüências correspondentes. Uma forma

diferente de explorar o recurso é o professor anunciar um resultado e os alunos

buscarem a operação que o caracteriza. Exemplo: O professor anuncia 20 e os

grupos devem procurar os dominós que apresentem a operação 5x4 ou 2x10.

33

Jogos para estimulação da inteligência Lingüística

Habilidade

Memória verbal

Nome

Agora é sua vez

Outras Estimulações

Fluência verbal

Preparação:

Alunos divididos em dois grupos, sentados em círculos. Em uma

caixa uma série de papéis com perguntas(Exemplos: Onde você

mora?/Onde você estuda?Quem descobriu a América?) e em uma outra

caixa uma série de questões que respondem essas perguntas.

Utilização:

Iniciando o jogo, o professor escolhe um aluno que fará uma pergunta

em voz alta. Essa pergunta deverá, inicialmente, ser respondida pelo aluno

do grupo oposto. Caso ocorram duas respostas simultâneas, o grupo das

respostas perde um ponto. Após uma série de indagações e respostas,

revezam-se os grupos em suas funções de perguntas e respostas.

Habilidade

Linguagem (Flexão de

gêneros)

Nome

Bingo gramatical

Outras Estimulações

Percepção visual

Vocabulário

Preparação:

Colecionar figuras coloridas de objetos variados de revistas, como por

exemplo, blusa, sapato, óculos, frutas ou animais. Colar essas figuras em

cartolina, formando 36 fichas. Em uma caixa, papeizinhos

dobrados(tômbalas) com os nomes das figuras.

Utilização:

Distribuir as figuras entre os participantes e sortear os papéis com os seus

nomes. A criança que estiver com a figura deve apresenta-la nomeando-a

com qualidades, observando a concordância em gênero dos substantivos e

adjetivos.

34

Habilidade

Linguagem (Flexão de

número)

Nome

Dominó especial

Outras Estimulações

Percepção visual

Vocabulário

Preparação:

Utilizando gravuras de revistas, selecionando-as se possível com

ajuda das crianças, organizar uma coleção de objetos mais ou menos do

mesmo tamanho, como frutas, brinquedos, transportes ou utensílios

diversos.

Utilização:

O jogo é um dominó convencional, mas a participação das crianças solicita

que emparelhe figuras iguais, verbalizando a quantidade e a progressão de

peças do dominó montado e observando a concordância de número de

substantivos e adjetivos. Ex. O abacaxi amarelo./As uvas pretas.

Jogos para estimulação da inteligência espacial

Habilidade

Conceituação de tempo

Nome

As fotos da família

Outras Estimulações

Observação

Preparação:

Recortar em revistas diferentes figuras de pessoas nas várias etapas

da vida, d nascimento à velhice. Reunir, se possível, fotos de animais jovens

e adultos.

Utilização:

Os alunos devem seriar as figuras de acordo com a evolução. Estimula-los,

quando possível, a obter em casa fotos em diferentes etapas do crescimento

e leva-los a descobrir a ação do tempo e sua passagem ao longo da vida

das pessoas. Explorar a herança das fotos das famílias é muito interessante,

35

côo também gravar relatos de pessoas mais antigas do lugar. Em etapas

mais avançadas é interessante procurar fotos antigas do bairro ou de

edifícios conhecidos pelos alunos para ampliar a experiência. O professor

pode propor inúmeras questões co tipo(Como viajavam? Quais eram as

formas de lazer? Como conservavam alimentos?). Ë interessante associar o

dia-a-dia da criança com o de pessoas mais velhas, comparando

experiências.

Habilidade

Orientação espacial

Nome

Cidade de papelão

Outras Estimulações

Orientação e escala

Preparação:

Preparar, se possível com ajuda dos alunos, uma “cidade” em

miniatura usando caixas de fósforo, palitos e outros materiais. Desenhar um

“tabuleiro” com as ruas dessa cidade e marcar claramente em um canto a

rosa-dos-ventos.

Utilização:

O jogo é uma atividade de mostrar os prédios, semáforos, veículos e árvores

pela cidade e o professor, localizando o tabuleiro segundo os pontos

cardeais verdadeiros da sala de aula, deve orientar os alunos a perceber

essas referencias e a importância da posição de um ponto cardeal face ao

elemento de referencia (exemplo: a Prefeitura está ao norte da praça, mas

ao sul, em relação aos Correios)

Habilidade

Raciocínio lógico

Nome

O hexágono

Outras Estimulações

Dedução

Preparação:

O hexágono, assim como o tangran, é um pluzzle matemático cuja

36

montagem exige grande poder de concentração e de domínio dessa forma

geométrica. Papel-cartão de diferentes cores e a figura de um sólido

geométrico de seis lados, cortados.

Utilização:

Os alunos, reunidos em grupo, recebem a peça do hexágono em um

envelope e devem montar a figura usando como referencia o desenho

exposto na lousa. Ë importante recortar cada peça com papéis de cores

diferentes e enumerá-las para que ao terminar a tarefa seja fácil a cada

grupo de alunos guardá-las nos respectivos envelopes.

Jogos para estimulação da inteligência musical

Habilidade

Percepção auditiva

Nome

Apito oculto

Outras Estimulações

Concentração

Preparação:

Cada aluno deve dispor de um apito simples, amarrado a um barbante

e pendurado no pescoço.

Utilização:

O professor deve explicar as regras do jogo aos alunos e determinar que um

aluno feche os olhos e vire-se de costas. A uma indicação sua, um dos

alunos fará soar o apito, colocando-o depois às costas, como todos os

demais. O aluno que estava de costas deve identificar a direção do apito.

Em etapas subseqüentes o jogo pode ir ampliando padrões de dificuldade,

levando os alunos a identificar não apenas a direcionalidade, como as

diferentes intensidades, como o som de um dois ou mais apitos.

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Habilidade

Compreensão e

Discriminação sonora

Nome

Diversos

Outras Estimulações

Diversas outras

Preparação

Existe no comércio uma série de instrumentos musicais infantis que

permitem ampla exploração da compreensão dos sons e estrutura rítmica.

Utilização:

Alternando-se o uso dos instrumentos, os alunos podem obter expressivo

aprofundamento na identificação e, depois, na discriminação de múltiplos

sons. Torna-se bastante visível à evolução do aluno quando seus resultados

integram um programa definido, estruturado e devidamente avaliado.

Habilidade

Percepção auditiva

Pesquisa

Nome

Resgate

Outras Estimulações

Memória musical

Preparação:

O professor deve reunir uma relação de músicas infantis. Essa

coleção pode ser facilmente organizada consultando pessoas da

comunidade e resgatando suas lembranças.

Utilização:

Com a coleção em mãos, o professor pode apresentar aos alunos um verso

e sugerir que façam o mesmo resgate entre seus conhecidos e familiares. A

atividade pode permitir o desenvolvimento de uma verdadeira gincana

interna, ganhando mais pontos os grupos que maior resgate obtiverem. Após

essa etapa, os alunos podem buscar outras canções e com as colecionadas

pelo professor construir um acervo de verdadeira coleção musical,

classificadas de acordo com os temas que aborda ou, quando possível, com

a identificação da época e de sua popularidade.

38

Jogos para estimulação da inteligência cinestésico-corporal

Habilidade

Coordenação viso-

motora e tátil

Nome

Vaivém

Outras Estimulações

Idéia de conjuntos

Atenção

Preparação:

O professor confecciona o jogo com garrafas plásticas descartáveis,

cordão, argolas e fitas colantes coloridas. Deve cortar duas garrafas ao

meio, juntar partes iguais, colar essas partes com fita colante colorida,

passar dois fios de cerca de três metros de comprimento e colocar argolas

nas extremidades.

Utilização:

A peça permite jogo em duplas, em que cada aluno segura uma das

extremidades do cordão e dá um impulso abrindo os braços e arremessando

o objeto para outro, que repete a operação. E assim sucessivamente, até

que um dos alunos cometa um erro. Ao errar, sai do jogo, entrando um outro

participante.

Habilidade

Coordenação manual

Nome

Abotoar/desabotoar

Outras Estimulações

Orientação espacial e

Coordenação motora

Preparação:

Usar panos coloridos com casas e botões de diferentes tamanhos,

botões de pressão, gancho.O mesmo tecido pode ter casas do tipo ilhós

para passar barbante. Venda para os olhos.

Utilização:

O aluno deverá abotoar e desabotoar, dar laço, enganchar. Essa atividade

39

deve ser programada e é bom que o aluno não segure o pano em suas mão

para brincadeiras livres, mas que execute a atividade segundo determinação

do professor, preferivelmente com os olhos vendados.

Habilidade

Digitação

Nome

Pimba

Outras Estimulações

Orientação espacial

Preparação:

Placa de madeira pintada de verde, simulando um campo de futebol

com pregos fixados em lugar dos jogadores de dois times.

Utilização:

O aluno deve ser estimulado a desenvolver um jogo de futebol substituindo a

bola por uma moeda ou um botão, impulsionando-o em direção ao gol

adversário. Alterar regras estabelecendo o uso de diferentes dedos para as

jogadas.

Jogos para a estimulação da inteligência naturalista

Habilidade

Curiosidade

Nome

Coleções naturais

Outras Estimulações

Atenção e pesquisa

Preparação:

O professor deverá estimular que os alunos, divididos em grupos,

façam coleções de produtos naturais, tais como rochas, minerais, folhas,

conchas, cogumelos ou outros produtos.Deve arrumar caixas bem divididas

para expor essas coleções e levar os alunos a classificar com critério os

objetos selecionados.

Utilização:

O professor deve, antes de estimular os alunos às coleções, planejar os

40

mostruários, as referencias bibliográficas para que possam identificar as

peças encontradas e estabelecer regras essenciais para a coleção.

Habilidade

Exploração

Nome

Massa de modelar e

Pegadas

Outras Estimulações

Sensibilidade tátil e

Motricidade

Preparação:

Massa de modelar e uma enciclopédia sobre animais e plantas.

Utilização:

Os alunos devem, orientados pelo professor, proceder a cuidadosa pesquisa

sobre pegadas de animais ou formatos de folhas, elaborar fichas

informativas sobre essas espécies e com massa de modelar ou argila,

confeccionar os modelos dessas folhas ou das pegadas. O professor pode

organizar uma exposição, associando o trabalho manual à pesquisa. Uma

eventual visita ao Jardim Botânico ou ao Zoológico para observar essas

espécies pode dar um complemento a essa atividade.

Habilidade

Descoberta da atenção

Nome

Aponte o que ouviu

Outras Estimulações

Percepção sensorial

Preparação:

Até trinta alunos, sentados em uma cadeira ou no chão, formando um

círculo. O professor deve destacar que a atividade envolve a descoberta da

atenção e seu emprego na mobilidade e domínio da concepção corporal.

Utilização:

Iniciando o jogo, o professor aponta uma parte de seu corpo ou de sua

roupa, afirmando, entretanto ser outra(exemplo: aponta para o cabelo e

afirma: _Este é o meu nariz.) O primeiro aluno, imediatamente deve colocar

41

a mão na parte de seu corpo que ouvi(e não na que vi) e falar de outra e

assim sucessivamente. Caso ocorra erro, o professor pode interromper o

jogo e reiniciar a atividade a partir do primeiro.

Jogos para estimulação das inteligências pessoais (inter e intrapessoal)

Habilidade

Percepção corporal

Nome

Carinhas

Outras Estimulações

Observação e

autocomhecimento

Preparação:

Desenhar círculos em folhas de papel sulfite e deixar aos alunos lápis,

lápis cera e canetinhas hidrocor.

Utilização:

Os alunos devem desenhar nos círculos os olhos, o nariz, as orelhas e as

bocas nas caras, mas fazê-los segundo o estado de ânimo das pessoas,

relatados pelo professor e pelos colegas. O objetivo geral desse jogo é fazer

o aluno perceber suas próprias emoções e poder, progressivamente, fazer

“leituras” de sentimentos em si mesmo e em outras pessoas.

Habilidade

A comunicação

interpessoal e suas

falhas

Nome

Caixa de correio

Outras Estimulações

Hetero e

autconhecimento

Preparação:

Uma caixa de sapato com uma abertura, que será a caixa de correio.

Os alunos são trabalhados para que escrevam suas queixas e seus

problemas. E depositem, anonimamente, na caixa de correio.

42

Utilização:

Periodicamente o professor abre a caixa de correio e lê as queixas e os

problemas apresentados, colocando em debate eventuais propostas para

soluciona-los. É importante que a atividade se desvie de queixas de

natureza material para as de natureza emocional, proporcionando um clima

de mais agudo heteroconhecimento e para uma aberta discussão sobre

problemas que envolvem as relações interpessoais entre os alunos e,

eventualmente, seus professores e funcionários administrativos da escola.

Habilidade

Administração de

emoções

Nome

Geschenk

Outras Estimulações

Conhecimento e

empatia

Preparação:

Alunos divididos em grupos(4 a 6 integrantes) dispondo de lápis e

papel e sentados em círculo.

Utilização:

Cada aluno deverá escrever em uma folha de papel, em silencio, o nome de

todos os integrantes do grupo. Depois, seguindo orientações do professor,

deverá assinalar um ou mais asteriscos ao lado de cada nome pelo qual

tenha alguma admiração. Permitir uma discussão grupal, para que todos os

alunos discutam essas opiniões e os elementos caracterizadores de cada

um, segundo a visão do seu colega.

Após essa etapa, cada grupo receberá uma folhas de cartolina, onde

se registrarão as opiniões apresentadas, sem identificar o nome do emissor

e do receptor. Reúnem-se todos os grupos e cada um apresenta a cartolina

preparada, estimulando debates que visem a identificação dos alunos cujas

características estão anotadas na cartolinas.

( Fonte,Antunes, 2003)

43

CONCLUSÃO A mente humana e seus progressos são objetos de estudos desde a época

mais remota. Porém, conceitos que definem a mente humana como algo em

constante mutação são atuais e as teorias são bastante modernas.

A evolução da mente humana está profundamente ligada aos estímulos que

ela recebe. Estímulos bons e adequados resultam em desenvolvimento linear e de

boa qualidade. Estímulos equivocados ou excessivos em épocas inadequadas,

podem resultar dificuldades.

A instituição educacional deve estar apta para o trabalho com as

inteligências e preocupada com o resultado positivo dos estímulos empregados

em seu trabalho. O professor, por sua vez, deve preocupar-se com seu aluno

como um ser integral e único e não como um ser fragmentado, um ser divido em

partes que resultam em inteligência lógico-matemática e lingüística,

exclusivamente.

44

BIBLIOGRAFIA ANTUNES, Celso. As inteligências Múltiplas e seus estímulos. Campinas, SP: Editora Papirus, 2003. ANTUNES, Celso. A inteligência Emocional na construção do novo eu. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1997. ANTUNES, Celso. Trabalhando habilidades.São Paulo, SP: Editora Scipione, 2003. ANTUNES, Celso. Jogos para estimulação das Inteligências Múltiplas. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2003. GARDNER, Howard. Estruturas da mente: A teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre, RS: Artmed, 1995. GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: A teoria na prática. Porto Alegre, RS: Artmed, 2000. COSTA, Maria Luiza Andreozzi da. Piaget e a intervenção psicopedagógica. São Paulo, SP: Editora Olho dágua, 2003. OLIVEIRA, Martha Kohl de. Aprendizado e desenvolvimento: Um processo sócio-economico. São Paulo, SP: Scipione, .2002.

45

ÏNDICE

FOLHA DE ROSTO...............................................................................1 INTRODUÇÃO.......................................................................................7

I- A MUDANÇA DO CONCEITO DE INTELIGENCIA COM O PASSAR DO TEMPO..............................................................9

1.1- Conceito de inteligência segundo os paradigmas tradicionais.........................................................................9

1.2- Conceito de inteligência segundo Piaget...........................9 1.3- Conceito de inteligência segundo Vygotsky.....................10 1.4- Conceito de inteligência segundo Gardner......................11

II- CONHECENCO MELHOR AS INTELIGENCIAS MÚLTIPLAS.......13

II- A IMPORTÂNCIA DE AVALIAR E TESTAR AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS...............................................17

3.1- Avaliar é importante............................................................17 3.2- O teste é fundamental.........................................................19 IV- ESTIMULAÇÃO DAS INTELIGENCIAS MÚLTIPLAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA.....................................................................................27 4.1- O professor que individualiza o ensino, contribui para o progresso de seus alunos....................................................................27 4.2- Estímulos em excesso não ajudam, e sim atrapalham.......27 CONCLUSÃO......................................................................................43 BIBLIOGRAFIA....................................................................................44 ÍNDICE................................................................................................45