universidade federal do rio de janeiro departamento de...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Departamento de Engenharia Mecânica
DEM/POLI/UFRJ
AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO SONORO OCASIONADO
PELOS MOVIMENTOS DE POUSO E DECOLAGEM DE HELICÓPTEROS NO
HELICENTRO BANDEIRANTES
Iago Volpi Ferreira Novaes
Projeto de Graduação apresentado ao curso
de Engenharia Mecânica da Escola
Politécnica da Universidade Federal do Rio
de Janeiro, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de
Engenheiro Mecânico.
Orientador: Jules Ghislain Slama
Rio de Janeiro
Março de 2018
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Departamento de Engenharia Mecânica
DEM/POLI/UFRJ
AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO SONORO OCASIONADO PELOS
MOVIMENTOS DE POUSO E DECOLAGEM DE HELICÓPTEROS NO HELICENTRO
BANDEIRANTES
Iago Volpi Ferreira Novaes
PROJETO DE GRADUAÇÃO APRESENTADO AO CURSO DE ENGENHARIA
MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À OBTENÇÃO DO
TÍTULO DE ENGENHEIRO MECÂNICO.
Aprovado por:
Prof. Jules Ghislain Slama, D. Sc – Orientador
Prof. Julio Cesar Boscher Torres, D.Sc.
Prof. Fábio Luiz Zamberlan, DSc.
Rio de Janeiro, RJ - Brasil
Março de 2018
iii
Novaes, Iago Volpi Ferreira
Avaliação e Caracterização do Impacto Sonoro
Ocasionado Pelos Movimentos de Pouso e Decolagem de
Helicópteros no Helicentro Bandeirantes/ Iago Volpi Ferreira
Novaes. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2018.
XII, 103 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Jules Ghislain Slama
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso
de Engenharia Mecânica, 2018.
Referências Bibliográficas: p. 65-67.
1. Acústica 2. Heliponto. 3. Nível de Pressão Sonora. 4.
Plano de Zoneamento de Ruído. 5. ABNT NBR 10151. 6.
LEI Nº 16.402. 7. Helicentro Bandeirantes. I. Slama, Jules
Ghislain. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola
Politécnica, Curso de Engenharia Mecânica. III. Avaliação e
Caracterização do Impacto Sonoro Ocasionado Pelos
Movimentos de Pouso e Decolagem de Helicópteros no
Helicentro Bandeirantes.
iv
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Jules pela sua orientação, pela sua paciência em tirar minhas dúvidas, pela sua
dedicação como professor, e pela inspiração que dá aos seus alunos em se tornarem pessoas
melhores para o mundo.
À Ana Paula pela sua orientação, paciência, clareza e dedicação em sanar todas as minhas
dúvidas em todos os momentos que solicitei. Por suas ideias que foram parte fundamental do
meu trabalho.
Ao Filippe por sua paciência e disponibilidade em ajudar no uso de softwares que foram
imprescindíveis para o resultado desse trabalho.
À toda minha família que me apoiou durante todos esses anos de estudo, de longe, sempre me
dando forças para continuar e vencer.
Ao Leonardo Flavio por ter sido companheiro durante esses últimos 4 anos, me apoiando nas
minhas decisões e dando força nos momentos que mais precisei.
Aos amigos que fiz durante a faculdade que foram peça fundamental no meu desenvolvimento
acadêmico e pessoal.
v
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.
AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO SONORO OCASIONADO
PELOS MOVIMENTOS DE POUSO E DECOLAGEM DE HELICÓPTEROS NO
HELICENTRO BANDEIRANTES.
Iago Volpi Ferreira Novaes
Março/2018
Orientador: Jules Ghislain Slama
Curso: Engenharia Mecânica
Esse trabalho tem como finalidade avaliar e caracterizar o impacto sonoro provocado pelos
movimentos de pouso e decolagem de aeronaves no Helicentro Bandeirantes. A avaliação
desse impacto faz parte do Estudo de Impacto Ambiental, necessário para a autorização da
construção do empreendimento.
A metodologia utilizada baseia-se nas simulações feitas pelo software INM utilizando as
métricas DNL, LAeqD e LAeqN, posteriormente comparadas com as Normas e Leis vigentes
no município de São Paulo, onde o empreendimento será construído. Essa análise permite
caracterizar globalmente o impacto sonora nas áreas vizinhas ao aeródromo e individualmente
nos receptores críticos.
Os resultados encontrados mostram divergências entre especificações de Leis e Normas que
podem ser observadas nas avaliações realizadas nos receptores e áreas influenciadas pelos
ruídos, além de mostrar uma melhor correlação de reação de incomodo usando a métrica LAeq
(Nível de Pressão Sonora Equivalente) quando comparada ao uso da métrica DNL (Day-Night
Level).
vi
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Mechanical Engineer
EVALUATION AND CHARACTERIZATION OF THE NOISE IMPACT OCCASIONED
BY THE HELICOPTERS LANDING AND TAKEOFF MOVEMENTS IN THE
BANDEIRANTES HELIPORT
Iago Volpi Ferreira Novaes
March/2018
Advisor: Jules Ghislain Slama
Course: Mechanical Engineering
The object of this paper is to value and to define the noise impact made by the aircraft landing
and takeoff movements in the Bandeirantes Heliport. The evaluation of this impact is part of
the Environment Impact Study, which is required for the construction license of the
enterprise.
The methodology used is based on simulations performed by the INM software using the
metrics DNL, LAeqD e LAeqN, which later is compared to the Regulatory Standards and Laws of
the city of São Paulo, where the enterprise will be built. This analysis provides an overview of
the noise impact in sorrounding areas to the aerodrome and also individually in critical
receptors.
The results show differences between the specifications of Laws and Norms that can be
observed in the evaluations performed in the receivers and areas influenced by the noise,
besides showing a better correlation of uncomfortable reaction using the LAeq (Equivalent
Sound Pressure Level) metric when compared to the use of the Day-Night Level (DNL)
metric.
vii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
1.1. TEMA ............................................................................................................... 1
1.2. METODOLOGIA ............................................................................................. 1
1.3. OBJETIVOS ..................................................................................................... 2
2. ONDAS ACÚSTICAS ......................................................................................... 3
2.1. AS ONDAS DE PRESSÃO SONORA ............................................................ 3
2.2. PROPAGAÇÃO DO SOM ............................................................................... 3
2.3. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA .................................................................... 4
3. EFEITOS DO RUÍDO NO HOMEM ................................................................... 6
3.1. EFEITOS ADVERSOS AO RUÍDO AEROPORTUÁRIO ............................. 7
3.2. EFEITOS EXTRA-AUDITIVOS DO RUÍDO ................................................. 9
3.3. NÍVEL SONORO EQUIVALENTE ................................................................ 9
4. RUÍDO AERONÁUTICO .................................................................................. 10
4.1. HELIPORTO .................................................................................................. 10
4.2. FONTES DE RUÍDO NOS HELICÓPTEROS .............................................. 10
4.2.1. CURVAS DE RUÍDO .............................................................................. 11
4.3. MÉTRICAS USUAIS ..................................................................................... 12
4.3.1. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA EQUIVALENTE PONDERADA EM
A (LAeq)............. ................................................................................................................ 12
4.3.2. DAY – NIGHT LEVEL (DNL) ................................................................ 13
5. LEGISLAÇÃO ................................................................................................... 14
5.1. LEI N° 16.402, DE 22 DE MARÇO DE 2016 ............................................... 14
5.2. LEI N° 50.943, DE 23 DE OUTUBRO DE 2009 .......................................... 14
5.3. LEI N° 15.723, DE 24 DE ABRIL DE 2013 .................................................. 15
5.4. ABNT NBR 13368/1995 ................................................................................ 16
viii
5.5. RBAC N° 161, DE 10 DE SETEMBRO DE 2013 (ANAC) .......................... 16
5.6. ABNT NBR 10151/2000 ................................................................................ 18
5.7. ABNT NBR 10152 /1987 ............................................................................... 19
6. INTEGRATED NOISE MODEL – INM ........................................................... 21
6.1. PARÂMETROS DE ENTRADA ................................................................... 21
6.2. PARÂMETROS DE SAÍDA .......................................................................... 22
7. ESTUDO DE CASO: HELICENTRO BANDEIRANTES ............................... 23
7.1. O HELICENTRO BANDEIRANTES ............................................................ 23
7.2. INFORMAÇÕES DO EMPREENDIMENTO ............................................... 23
7.3. ESTIMATIVA DO NÚMERO DE MOVIMENTOS E TIPOS DE
AERONAVES ...................................................................................................................... 24
7.4. RECEPTORES UTILIZADOS PARA DIAGNÓSTICO DO RUÍDO .......... 26
7.5. PLANO DE ZONEAMENTO DE RUÍDO – PZR ......................................... 28
7.6. AVALIAÇÃO SEGUNDO A NORMA ABNT NBR 10151/2000 ................ 37
7.6.1. CURVAS LAeqD ........................................................................................ 38
7.6.2. CURVAS LAeqN ........................................................................................ 45
7.7. AVALIAÇÃO SEGUNDO A LEI MUNICIPAL 16.402/2016 ..................... 51
7.8. COMPARAÇÃO DAS AVALIAÇÕES ENTRE A LEI 16.402 E A NBR
10151 BASEADO NAS ZONAS ......................................................................................... 58
8. DISCUSSÕES E CONCLUSÕES ..................................................................... 61
9. PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS ................................................... 64
10. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 65
11. APÊNDICES ...................................................................................................... 68
A1: MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA SIMULAÇÃO NO INM NA MÉTRICA DNL ....... 68
A2: MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA SIMULAÇÃO NO INM NA MÉTRICA LAeqD ...... 75
A3: MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA SIMULAÇÃO NO INM NA MÉTRICA LAeqN ...... 82
12. ANEXOS ............................................................................................................ 89
ix
ANEXO 1 – LEI MUNICIAL 16.402, DE 22 DE MARÇO DE 2016 .................................... 89
ANEXO 2 - PARÂMETROS DE INCOMODIDADE POR ZONA ....................................... 94
ANEXO 3 – RBAC Nº 161, 10 DE SETEMBRO DE 2013 .................................................... 95
x
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - VALORES REPRESENTATIVOS DE ALGUNS PRODUTORES DE RUÍDO 5
FIGURA 2 - CONTORNOS PADRÃO DE AUDIBILIDADE PARA TONS PUROS ............ 6
FIGURA 3 – PERCENTUAL DE PESSOAS ALTAMENTE INCOMODADAS VS. DNL ... 8
FIGURA 4 - CONFIGURAÇÃO DAS CURVAS DE RUÍDO DE 75 E 65 PARA
HELIPONTOS .................................................................................................................. 18
FIGURA 5 - CURVAS DNL ................................................................................................... 29
FIGURA 6 - CURVAS DNL E CURVAS DO PBZR GEORREFERENCIADAS EM MAPA
DE SATÉLITE .................................................................................................................. 30
FIGURA 7 - CURVAS DNL, ZONEAMENTO URBANO E RECEPTORES CRÍTICOS ... 31
FIGURA 8 – ÁREAS DE CONFLITO COM A RBAC 161 PARA AS CURVAS DNL ....... 32
FIGURA 9 - – ÁREAS DE CONFLITO COM A RBAC 161 PARA O PBZR ...................... 33
FIGURA 10 - CURVAS LAeqD ................................................................................................. 39
FIGURA 11 - CURVAS LAeqD GEORREFERENCIADAS EM MAPA DE SATÉLITE ....... 40
FIGURA 12 - CURVAS LAeqD, ZONEAMENTO URBANO E RECEPTORES CRÍTICOS 41
FIGURA 13 - ÁREAS DE CONFLITO COM A NBR 10151 PARA AS CURVAS LAeqD .... 42
FIGURA 14 – CURVAS LAeqN ................................................................................................ 46
FIGURA 15 - CURVAS LAeqN GEORREFERENCIADAS EM MAPA DE SATÉLITE ....... 47
FIGURA 16 - CURVAS LAeqN, ZONEAMENTO URBANO E RECEPTORES CRÍTICOS 48
FIGURA 17 - ÁREAS DE CONFLITO COM A NBR 10151 PARA AS CURVAS LAeqN .... 49
FIGURA 18 – ÁREAS DE CONFLITO COM A LEI MUNICIPAL 16.402 PARA O
PERÍODO DE 7H ÀS 19H ............................................................................................... 53
FIGURA 19 - ÁREAS DE CONFLITO COM A LEI MUNICIPAL 16.402 PARA O
PERÍODO DE 19H ÀS 22H ............................................................................................. 55
FIGURA 20 - ÁREAS DE CONFLITO COM A LEI MUNICIPAL 16.402 PARA O
PERÍODO DE 22H ÀS 7H ............................................................................................... 57
xi
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - NÍVEL CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO (NCA) PARA AMBIENTES
EXTERNOS ...................................................................................................................... 16
TABELA 2 - NÍVEL DE CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO NCA PARA AMBIENTES
EXTERNOS, EM dB(A) ................................................................................................... 19
TABELA 3 - VALORES dB(A) E NC .................................................................................... 20
TABELA 4 - TRÁFEGO AÉREO PREVISTO ....................................................................... 24
TABELA 5 - NÚMERO DE MOVIMENTOS POR APROXIMAÇÃO ................................. 25
TABELA 6 - LOCALIZAÇÃO DOS RECEPTORES............................................................. 26
TABELA 7 - CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS PARA PBZR ...... 35
TABELA 8 - CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS PARA PEZR ....... 36
TABELA 9 - CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NAS ZONAS
URBANAS SEGUNDO A ABNT NBR 10151, UTILIZANDO A MÉTRICA LAeqD .... 43
TABELA 10 - CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NOS
RECEPTORES SEGUNDO A ABNT NBR 10151, UTILIZANDO A MÉTRICA LAeqD
........................................................................................................................................... 45
TABELA 11 - CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NAS ZONAS
URBANA SEGUNDO A ABNT NBR 10151, UTILIZANDO A MÉTRICA LAeqN ....... 50
TABELA 12 - CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NOS
RECEPTORES SEGUNDO A ABNT NBR 10151, UTILIZANDO A MÉTRICA LAeqN
........................................................................................................................................... 50
TABELA 13 - CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NAS ZONAS
URBANAS SEGUNDO A LEI MUNICIPAL Nº 16.402/2016, UTILIZANDO A
MÉTRICA LAeqD NO PERÍODO DE 7H ÀS 19H ............................................................ 54
TABELA 14 - CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NAS ZONAS
URBANAS SEGUNDO A LEI MUNICIPAL Nº 16.402/2016, UTILIZANDO A
MÉTRICA LAeqD NO PERÍODO DE 19H ÀS 22H .......................................................... 56
TABELA 15 - CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NAS ZONAS
URBANAS SEGUNDO A LEI MUNICIPAL Nº 16.402/20164, UTILIZANDO A
MÉTRICA LAeqN NO PERÍODO DE 22H ÀS 7H ............................................................ 58
TABELA 16 - COMPARAÇÃO DO NCA DEFINIDO PELA NBR 10151 COM O NCA
DEFINIDO PELA LEI MUNICIPAL Nº 16.402 PARA O PERÍODO DIURNO ........... 59
xii
TABELA 17 - RELAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE REGULARIDADE DAS ZONAS
INSERIDAS NAS CURVAS DE RUÍDO DA MÉTRICA LAeqD .................................... 59
TABELA 18 - COMPARAÇÃO DO NCA DEFINIDO PELA NBR 10151 COM O NCA
DEFINIDO PELA LEI MUNICIPAL Nº 16.402 PARA O PERÍODO NORTUNO ....... 60
TABELA 19 – RELAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE REGULARIDADE DAS ZONAS
INSERIDAS NAS CURVAS DE RUÍDO DA MÉTRICA LAeqN .................................... 60
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. TEMA
Com o aumento da demanda de serviços de taxi aéreo e do comércio de aeronaves nos
últimos anos, há uma demanda crescente de serviços de estacionamento, pouso e decolagem
de helicópteros no Brasil. Esse aumento é decorrente da grande visibilidade que o país ganhou
no cenário internacional nos últimos anos. A cidade de São Paulo se destaca como polo
econômico e financeiro mundial, elevando a procura por serviços de transporte executivo
dentro da cidade e para as cidades vizinhas.
Além disso, com a descoberta da camada do pré-sal na bacia de Santos, o número de
serviços de transporte por helicópteros aumentou, por se tratar de um dos meios de acesso
para as plataformas marítimas.
Visando esse mercado, a Siderúrgica J. L. Aliperti S.A. planeja a construção de um
empreendimento com o nome de Helicentro Bandeirantes, que será situado no limite do
município de São Paulo, no ponto mais próximo do litoral. A localização tem como estratégia
evitar que helicópteros transitem pelo espaço aéreo da cidade e ao mesmo tempo encurta a
distância em relação às plataformas marítimas.
Para que tal empreendimento seja construído foi necessário a realização de um Estudo
de Impacto Ambiental encomendado pela Siderúrgica. Parte desse estudo se refere aos
impactos previstos no entorno do empreendimento ocasionados pelos ruídos das aeronaves
nos movimentos de pouso e decolagem. Esse estudo foi referência para a elaboração desse
trabalho.
1.2. METODOLOGIA
Para que seja construído o Helicentro Bandeirantes, os impactos causados pelos ruídos
aos arredores do Helicentro devem ser tais que respeitem a legislação aeronáutica e a
legislação urbana. Alguns aspectos além do impacto sonoro devem ser analisados para
2
autorizar a construção do empreendimento como a análise da qualidade do ar, do meio
biótico, da geologia, dentro outros, porém esses não serão discutidos nesse trabalho.
Utilizando o software Integrated Noise Model – INM foram simulados os movimentos
de pouso e decolagem das aeronaves nos períodos diurno e noturno, obtendo as curvas de
nível de ruído que mensuram os impactos causados por esses movimentos. Para cada curva,
foram relacionados os níveis de ruído com os níveis aceitáveis de acordo com a legislação.
1.3. OBJETIVOS
Analisar e caracterizar os ruídos provenientes de operações de pouso e decolagem de
helicópteros no Helicentro Bandeirantes, com o objetivo de classificar a regularidade do seu
funcionamento de acordo com a Legislação em vigor, além de comparar o uso das métricas
LAeq (Nível de Pressão Sonora Equivalente) e DNL (Day-Night Level).
3
2. ONDAS ACÚSTICAS
O som é definido como flutuações de pressão em um meio compressível. Contudo,
nem todas as flutuações de pressão produzem sensação de audição quando atingem o ouvido
humano. A sensação de audição só acontece quando a amplitude e a frequência destas
flutuações estão dentro de determinadas faixas de valores. Desta forma, flutuações de pressão
com amplitudes inferiores a certo mínimo não serão audíveis, como também, ondas de alta
intensidade podem produzir uma sensação de dor ao invés de som.
2.1. AS ONDAS DE PRESSÃO SONORA
O som é gerado pela variação de pressão das moléculas no meio. O som é uma forma
de energia transmitida por colisões sucessivas entre moléculas do meio. Portanto, a onda
acústica pode ser caracterizada como uma série de rarefações e compressões do meio em que
se propagada, a partir da fonte sonora.
É importante observar que não há deslocamento permanente das moléculas, ou seja,
não há transferência de matérias, apenas de energia.
A frequência de um som corresponde ao número de ciclos de uma onda sonora por
segundo. A frequência é dada em ciclos por segundo, e também definida pelas normas
internacionais como a unidade de medida Hertz (Hz). As ondas de pressão podem ser audíveis
na faixa de frequência entre 20 a 20000 Hz.
2.2. PROPAGAÇÃO DO SOM
Em teoria o som se propaga em forma de ondas esféricas a partir de uma fonte
pontual. No entanto, com a presença de obstáculos na trajetória de propagação e, em campo
aberto, a não uniformidade do meio causada por ventos e/ou gradientes de temperatura podem
dificultar esse modelo simples.
4
Vibrações de superfície de sólidos produzem excitações no ar e desta forma o som é
gerado. As ondas sonoras podem ser geradas por qualquer processo que provoque flutuações
no ar.
2.3. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA
O ouvido humano é sensível a uma larga faixa de intensidade acústica, desde o limiar
da audição até o limiar da dor. Tomando como exemplo a frequência de 1000 Hz, a
intensidade acústica capaz de causar a sensação de dor é 104 vezes a intensidade acústica
capaz de causar a sensação de audição. A escala logarítmica é utilizada como forma de
simplificar números de ordem de grandeza tão diferentes numa mesma escala linear, como os
descritos no exemplo. O decibel (dB) é uma unidade logarítmica que indica a proporção de
uma quantidade física (geralmente energia ou intensidade) em relação a um nível de
referência especificado ou implícito. Uma relação em decibel é igual a dez vezes o logaritmo
de base 10 da razão entre duas quantidades de energia.
O nível de intensidade acústica NI é dado por:
𝐼 = 10 log (
𝐼
𝐼0) [𝑑𝐵] (1)
Onde:
• 𝐼 é a intensidade acústica, em Watts/m²
• 𝐼0 é a intensidade de referência = 10-12 Watts/m²
Em campo livre, a intensidade acústica é proporcional ao quadrado da pressão
acústica, logo o nível de pressão sonora é dado por:
𝑁𝑃𝑆 = 10 log
𝑃2
𝑃02 = 20 log
𝑃
𝑃0 [𝑑𝐵] (2)
Onde:
• 𝑃0 = 0,00002 𝑁/𝑚² é o valor de referência e corresponde ao limiar da
audição em 1000 Hz
• 𝑃 = Pressão acústica, em 𝑁/𝑚²
5
Na figura 1 encontra-se valores típicos do nível de pressão sonora emitido por alguns
produtores de ruído:
Figura 1 - Valores representativos de alguns produtores de ruído
Fonte: (Carvalho, s.d.)
6
3. EFEITOS DO RUÍDO NO HOMEM
O ouvido humano é um sensor de som muito sofisticado. É necessário que se tenha
entendimento sobre o funcionamento e comportamento do sistema auditivo, dessa forma
previne-se contra a deterioração que ele sofre por exposição prolongada ao ruído. Também é
importante conhecer os efeitos do ruído no corpo humano.
Som e ruído não são sinônimos. Um ruído é apenas um tipo de som, mas um som não
é necessariamente um ruído. Ruído se caracteriza como um som que seja desagradável e
indesejado. O som se define como uma variação de pressão atmosférica dentro dos limites de
amplitude e banda de frequências que o ouvido humano é capaz de responder.
A figura 2 mostra a variação do limiar de audição com a frequência e os contornos de
audibilidade. Na banda de frequência auditiva, que vai de 20 Hz a 20.000 Hz, o ouvido não é
igualmente sensível.
Figura 2 - Contornos padrão de audibilidade para tons puros
Fonte: (GERGES, 1992)
7
3.1. EFEITOS ADVERSOS AO RUÍDO AEROPORTUÁRIO
Os principais efeitos do ruído aeroportuário nas populações que se encontram nos
arredores do aeródromo são: interferência na comunicação, interferência no sono e incômodo
sonoro.
As medidas do ruído ponderadas em um filtro A são expressas em dB(A). O
coeficiente A é usado para medir o risco de perda de audição.
• Interferência na comunicação
Um dos efeitos do ruído na comunicação é o mascaramento ou até mesmo
incompreensão da fala. Para compensar esse efeito a intensidade da voz deve ser aumentada, e
se isso ocorre repetidamente, pode ocasionar alterações nas cordas vocais.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera níveis de ruído de fundo de 35
dB(A) perfeitos para inteligibilidade da fala. Ruídos superiores a 50 dB(A) já provocam
dificuldades na compreensão da fala, e superiores a 65 dB(A) o esforço vocal é grande
(GONÇALVES, 2013).
• Interferência no sono
A interferência no sono é o principal motivo de reclamações da população residente
próxima ao aeródromo e muitas vezes é fator determinante para processos judiciais movidos
contra o empreendimento.
Um bom sono é essencial para a qualidade de vida do homem, tanto no aspecto físico
quanto no mental. Alguns grupos de pessoas são mais suscetíveis a problemas decorrentes da
má qualidade do sono, como os idosos e crianças de colo.
• Incômodo sonoro
O incômodo sonoro é uma sensação negativa associada ao ruído. “É uma sensação de
desprazer associada a qualquer agente ou condição, conhecido ou acreditado por um indivíduo
ou grupo ser responsável por afeta-los adversamente” (LINDVALL & RADFORD, 1973;
KOELEGA apud WHO, 1999). Pode levar a perda de atenção, agressividade, estresse, etc.
O incômodo sonoro é de difícil mensuração devido a sua subjetividade. Um ruído que
incomoda uma pessoa pode não incomodar outra. Com isso, de acordo com a FAA (Federal
8
Aviation Association) (1985), essa variação torna impossível prever a resposta individual para
uma dada exposição sonora, sendo mais conveniente avaliar a resposta de uma determinada
população.
Na figura 3, observa-se o percentual de pessoas altamente incomodadas ao redor do
mundo para cada nível de pressão sonora que estão submetidas. O nível de pressão sonora foi
calculado usando a métrica DNL.
Figura 3 – Percentual de Pessoas altamente incomodadas vs. DNL
Fonte: EPA apud SOUSA, 2004
9
3.2. EFEITOS EXTRA-AUDITIVOS DO RUÍDO
Sérios problemas ao corpo humano são ocasionados pela exposição a ruídos, tais
como: aceleração da pulsação, aumento da pressão sanguínea e estreitamento dos vasos
sanguíneos. Um longo tempo de exposição a ruído alto pode causar sobrecarga no coração
causando secreções anormais de hormônios e tensões musculares. O efeito destas alterações
aparece em forma de mudanças de comportamento, como: nervosismo, fadiga mental,
frustração, prejuízo no desempenho das atividades e altas taxas de ausência no trabalho.
3.3. NÍVEL SONORO EQUIVALENTE
Os danos causados na audição decorrente de um dado ruído não dependem somente do
nível desse ruído, como também da duração do mesmo. Uma exposição de um minuto a 100
dB não é tão prejudicial quanto uma exposição de 60 minutos a 90 dB. O nível sonoro médio
integrado durante uma faixa de tempo especificada por ser estabelecida por um valor único
denominado Nível Sonoro Equiavalente - Leq. O cálculo é baseado na energia do ruído (ou
pressão sonora quadrática). Leq é definido por:
𝐿𝑒𝑞 = 10 log
1
𝑇∫
𝑃2(𝑡)
𝑃02 𝑑𝑡
𝑇
0
(3)
Onde:
• T é o tempo de integração
• 𝑃(𝑡) é a pressão acústica instantânea
• 𝑃0 é a pressão acústica de referência (2 x 10-15 N/m²)
𝐿𝑒𝑞 representa o nível continuo (estacionário) equivalente em dB, que tem o mesmo
potencial de lesão auditiva que o nível variável considerado.
10
4. RUÍDO AERONÁUTICO
O ruído aeronáutico é um dos tipos de poluição mais prejudiciais à saúde do ser
humano. O ruído proveniente de aeródromos é gerado pelas aeronaves em solo e também
pelas operações das mesmas no ar. A intensidade desses ruídos depende de vários fatores
como: modelo da aeronave, quantidade de pousos e decolagens, operacionalidades e
procedimentos dos aeroportos.
É de extrema relevância destacar essa problemática, já que o ruído afeta o entorno do
aeródromo e também pode afetar regiões mais afastadas. Grande parte dos aeródromos se
encontram em regiões urbanas onde há densa concentração habitacional e comercial. Dessa
maneira, uma vasta quantidade de pessoas está submetida aos ruídos provenientes desses
aeródromos e, consequentemente, estão submetidas a riscos de saúde causados por essa
exposição.
4.1. HELIPORTO
Um heliporto é um heliponto dotado de instalações e facilidades destinadas a apoiar as
operações de helicópteros e os embarques e desembarques de pessoas e cargas (Lei nº 7.565,
1986).
4.2. FONTES DE RUÍDO NOS HELICÓPTEROS
Os helicópteros possuem um ou mais rotores horizontais (propulsores) que quando
acionados pelo motor, criam sustentação e propulsão necessárias para o voo. As principais
fontes sonoras deste aparelho são provenientes do seu rotor principal, rotor de cauda, motor e
sistema de transmissão (gearboxes). Contudo, a fonte de ruído que predomina é proveniente
dos rotores. O ruído produzido pelo motor e sistema de transmissão (gearboxes) é relevante
em operações realizadas próximas ao solo (HAI, 1993).
11
A produção de ruído de um helicóptero é complexa e depende dentre outros fatores,
dos seguintes aspectos:
• Número de pás e diâmetro do rotor principal e de cauda;
• Número e tipo de motores: motor a turbina ou motor a pistão;
• Peso máximo de decolagem do helicóptero.
Os helicópteros podem ser classificados em duas categorias: equipados com motor a
turbina ou motor a pistão. Os motores a turbina são acoplados na parte superior do helicóptero
gerando interações de ruído de exaustão com a fuselagem e com o ruído gerado pelo próprio
rotor de cauda. O motor a pistão tende a ser mais ruidoso que o motor a turbina em operações
com máxima potência. Os motores a pistão são usualmente instalados na parte inferior do
helicóptero e o ruído da exaustão do motor é direcionado para o solo (HAI,1993).
4.2.1. CURVAS DE RUÍDO
As curvas de ruído são representadas por linhas formadas pela união de pontos que
apresentam o mesmo nível sonoro.
As curvas de ruído são utilizadas como ferramentas capazes de fornecer informações
visuais dos níveis de ruído em uma determinada área, auxiliando assim, no planejamento
urbano ou no monitoramento de receptores críticos sob avaliação.
Com essas curvas, é possível avaliar qual o impacto sonoro nas vizinhanças de um
aeródromo e, além disso, simular cenários futuros com o uso de softwares específicos, com o
objetivo de direcionar decisões sobre instalações e/ou modificações no funcionamento de
aeroportos ou heliportos.
Na cidade de São Paulo a legislação fixa níveis máximos de ruídos para determinadas
Zonas Urbanas (área residencial, hospitais, escolas etc.). Sendo assim, as curvas de ruído, que
podem ser obtidas por medições diretas ou simulações computacionais, são ferramentas
utilizadas na verificação da adequação dos aeródromos à legislação.
12
4.3. MÉTRICAS USUAIS
Para avaliação dos impactos sonoros causados sobre uma população é necessário
considerar não somente a amplitude do ruído, como também a duração do mesmo. Com a
finalidade de mensurar os efeitos causados por esses ruídos de longa duração utiliza-se
diferentes métricas que são apropriadas para cada analise que deseja realizar.
As métricas mais usuais e que serão discutidas nesse trabalho serão apresentadas a
seguir:
4.3.1. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA EQUIVALENTE PONDERADA EM A (LAeq)
A métrica LAeq calcula um nível de ruído obtido a partir do valor médio quadrático da
pressão sonora (com a ponderação em A), referente a todo o intervalo de medição.
A equação é dada por:
𝐿𝐴𝑒𝑞 = 10𝑙𝑜𝑔10 [
1
𝑇∫
𝑃𝐴2(𝑡)
𝑃02
𝑡+𝑇
𝑡
𝑑𝑡] (4)
Onde:
• 𝑇 = período de tempo avaliado, em segundos
• 𝑃𝐴(𝑡) = nível de pressão sonora, ponderado em A, em Pascal
• 𝑃0 = nível de pressão sonora de referência (𝑃0 = 0,00002 𝑃𝑎)
Nos estudos de ruídos aeronáuticos, a partir da métrica LAeq são definidas duas outras
métricas : LAeqD e LAeqN.
A métrica LAeqD avalia os efeitos acústicos apenas durante o período diurno (no Brasil
é compreendido entre 7h e 22h, ou seja, um intervalo de 15 horas). Já a métrica LAeqN faz a
mesma avaliação, mas durante o período noturno (no Brasil é compreendido entre 22h e 7h,
ou seja, um intervalo de 9 horas).
13
As duas métricas são definidas pelas equações a seguir:
𝐿𝐴𝑒𝑞𝐷 = 10 log10 [
1
3600 × 15∫
𝑃𝐴2(𝑡)
𝑃02 𝑑𝑡
22:00
7:00
] (5)
𝐿𝐴𝑒𝑞𝑁 = 10 log10 [
1
3600 × 9∫
𝑃𝐴2(𝑡)
𝑃02 𝑑𝑡
7:00
22:00
] (6)
4.3.2. DAY – NIGHT LEVEL (DNL)
A métrica Day – Night Level é baseada na métrica LAeq no seu método de cálculo. Essa
métrica é muito utilizada no zoneamento no entorno de aeródromos do mundo inteiro,
inclusive no Brasil.
A métrica DNL considera todos os eventos sonoros ocorridos ao longo de um dia
inteiro, e leva em consideração também a maior sensibilidade das pessoas ao ruído durante o
período noturno. Essa métrica corresponde à média da exposição sonora total ao longo de um
período de 24h, adicionando 10 dB(A) à média dos níveis de ruídos compreendidos entre 22h
e 7h.
A métrica DNL é definida pela equação:
𝐷𝑁𝐿 = 10 log10 {
1
3600 × 24[∫
𝑃𝐴2(𝑡)
𝑃02 𝑑𝑡
22:00
7:00
+ 10 ∫𝑃𝐴
2(𝑡)
𝑃02 𝑑𝑡
7
22
]} (7)
14
5. LEGISLAÇÃO
Atualmente as leis e decretos que abordam sobre ruídos e compreendem a cidade de
São Paulo são as descritas a seguir:
5.1. LEI N° 16.402, DE 22 DE MARÇO DE 2016
Disciplina o parcelamento, o uso e a ocupação do solo no Município de São Paulo, de
acordo com a Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014 – Plano Diretor Estratégico (PDE).
Classifica o território de São Paulo em Zonas, cada uma com sua característica de
estruturação.
É importante destacar dessa lei as 13 zonas territoriais que fazem parte desse estudo. O
anexo 1 desse trabalho contém trechos da lei que dissertam sobre essas zonas.
Além de dividir a cidade de São Paulo em zonas territoriais, a Lei nº 16.402 fornece os
parâmetros de incomodidade por zonas. No anexo 2 está contido o Quadro 4B dessa lei. Parte
desse quadro disciplina a emissão de ruído definindo o Nível Critério de Avaliação (NCA)
para ambientes externos em cada uma dessas zonas. O NCA é dado em dB(A) e é diferente
para cada período do dia. Os períodos definidos pela lei são compreendidos entre 7h às 19h,
de 19h às 22h e de 22h às 7h.
5.2. LEI N° 50.943, DE 23 DE OUTUBRO DE 2009
São acrescidos os artigos 40-A e 41-A ao Decreto nº 49.969, de 28 de agosto de 2008,
para o fim de regulamentar disposições da Lei nº 15.003, de 23 de outubro de 2009, que
estabelece diretrizes e normas referentes à construção, instalação, reforma, ampliação e
utilização de aeródromos, heliportos e helipontos no território municipal, de acordo com a Lei
nº 13.430, de 13 de setembro de 2002.
No Art. 40-A ficam estabelecidas as exigências:
15
Art. 40-A. O licenciamento de heliportos e helipontos dependerá do
atendimento das seguintes exigências específicas:
[...]
VII - avaliação do nível de pressão sonora resultante das operações do
heliponto ou heliporto, de acordo com o disposto nas normas técnicas brasileiras,
bem como nas disposições legais referentes ao tema, não podendo o ruído emitido
pelo helicóptero ultrapassar o limite máximo de 95 decibéis na operação de pouso e
decolagem, medido na plataforma;
5.3. LEI N° 15.723, DE 24 DE ABRIL DE 2013
Estabelece diretrizes e normas relativas à implantação, à construção e à reforma com
ou sem ampliação, para instalação e funcionamento de aeródromos, heliportos, helipontos e
similares, no Município de São Paulo, com fundamento nos arts. 119 e 120 da Lei nº 13.430,
de 13 de dezembro de 2002.
Possui praticamente as mesmas diretrizes da Lei n° 50.943, se diferenciando apenas na
determinação do ponto de medição do nível de ruído máximo de 95 dB na operação de pouso
e decolagem de helicópteros.
No Art. 6, fica estabelecido:
Art. 6º O Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, no caso dos helipontos,
deverá:
[...]
VI - avaliar o nível de pressão sonora resultante das operações do heliponto,
de acordo com o disposto nas Normas Técnicas Brasileiras, bem como nas
disposições legais referentes ao tema, não podendo o ruído emitido pelo helicóptero
ultrapassar o limite máximo de 95 db (noventa e cinco decibéis) na operação de
pouso e decolagem, medido a uma distância da área impactada a ser definida em
decreto;
16
5.4. ABNT NBR 13368/1995
Esta Norma prescreve o método para a monitoração de ruído gerado por aeronaves.
Não utiliza o critério de avaliação do ruído pelo zoaneamento do empreendimento, apenas
avalia com base no horário.
Tabela 1 - Nível Critério de Avaliação (NCA) para ambientes externos
Reclamações esperadas Diurno Noturno
Sem reações ou queixas esperadas Leq < 65 Leq < 55
Queixas generalizadas - Possíveis ações
da comunidade 75 > Leq > 65 65 > Leq > 55
Ações comunitárias vigorosas Leq > 75 Leq > 65
Fonte: NBR 13.368 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1995)
5.5. RBAC N° 161, DE 10 DE SETEMBRO DE 2013 (ANAC)
A Portaria Nº 18/GM5, de 14 de Fevereiro de 1974, cita em seu segundo tópico da
Parte II a importância de considerar os níveis de ruído na escolha do local para a construção
de helipontos. Os itens 2.1 e 2.2 do documento apresentam as seguintes informações:
2.1 - Para se escolher o local destinado à construção de um heliponto,
muitas considerações deverão ser feitas objetivando uma série de atendimentos,
principalmente os relativos à segurança das operações, interesse da comunidade e
dos usuários. Assim, considerações sobre facilidades de acesso por superfície ao
local, nível de ruído sobre a comunidade, condições de vento, interferência no
tráfego aéreo local, além de outras mais, deverão ser cuidadosamente estudadas.
2.2 - Os helipontos devem ser localizados de maneira que o ruído dos
helicópteros, nas operações de pousos e decolagens, não venha trazer incômodo à
coletividade vizinha, respeitados os limites sonoros estabelecidos na legislação
competente.
Levando em conta a importância do assunto, foi criado a Portaria Nº 1141/GM5 que
posteriormente foi substituída por outro documento mais atualizado e objetivo chamado
17
RBAC Nº 161, que tem como objetivo tratar especificamente sobre o ruído aeronáutico e
estabelecer diretrizes para elaboração de Planos de Zoneamento de Ruído.
O Plano de Zoneamento de Ruído de Aeródromo – PZR é um documento elaborado
nos termos do RBAC, que tem como objetivo representar geograficamente a área de impacto
do ruído aeronáutico decorrente das operações nos aeródromos e, aliado ao ordenamento
adequado das atividades situadas nessas áreas, ser o instrumento que possibilita preservar o
desenvolvimento dos aeródromos em harmonia com as comunidades localizadas em seu
entorno.
O operador do aeródromo define qual PZR deve utilizar de acordo com os seguintes
critérios:
• Para aeródromos com média anual de movimento de aeronaves dos últimos 3
(três) anos superior a 7.000 (sete mil), deve ser aplicado um Plano Específico
de Zoneamento de Ruído - PEZR.
• Para os demais aeródromos, é facultado ao operador de aeródromo escolher o
tipo de plano a ser elaborado, Plano Básico de Zoneamento de Ruído – PBZR
ou PEZR.
A ANAC poderá solicitar a elaboração de um PEZR a qualquer aeródromo.
O PBZR para helipontos possui curvas de ruído de 75 dB e 65 dB com formas
geométricas simplificadas cujas configurações e dimensões são apresentadas,
respectivamente, na Figura 4. Os raios das Curvas de Ruído de 75 e 65 são, respectivamente,
100 e 300, traçadas a partir do centro geométrico do heliponto. A tabela E-1 contida no anexo
3 desse trabalho, mostra os usos compatíveis e incompatíveis para áreas abrangidas pelo
PBZR.
18
Figura 4 - Configuração das curvas de ruído de 75 e 65 para helipontos
Fonte: RBAC Nº 161 (ANAC, 2013)
O PEZR é composto pelas curvas de ruído de 85, 80, 75, 70 e 65 dB. As cinco curvas
de ruído que compõem o PEZR são calculadas por meio de programa computacional que
utilize metodologia matemática apropriada para a geração de curvas, na métrica DNL. A
tabela E-2 contida no anexo 3, mostra os usos compatíveis e incompatíveis para áreas
abrangidas pelo PEZR.
A autorização de construção ou modificação de características físicas e/ou
operacionais e de cadastro de aeródromos está condicionada ao cumprimento das Subpartes B,
C, D e E do RBAC. Essas subpartes estão contidas no anexo 3 desse trabalho.
5.6. ABNT NBR 10151/2000
A Norma fixa as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído em
comunidades, independentemente da existência de reclamações.
O método de avaliação envolve as medições do nível de pressão sonora equivalente
(LAeq), em decibeis ponderados em “A”.
19
Em alguns casos, para que se obtenha uma melhor avaliação do incomodo sonoro
causado à comunidade, são necessárias correções nos valores dos níveis de pressão sonora
medidos, caso o ruído apresente características especiais. Com essas correções obtemos o
nível de pressão sonora corrigido (Lc).
A avaliação do ruído é feita comparando-se o nível de pressão sonora medido, ou
quando necessário o nível de pressão sonora corrigido, com o critério de avaliação NCA,
estabelecido conforme a Tabela 4:
Tabela 2 - Nível de critério de avaliação NCA para ambientes externos, em dB(A)
Tipos de áreas Diurno Noturno
Áreas de sítios e fazendas 40 35
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas 50 45
Área mista, predominantemente residencial 55 50
Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55
Área mista, com vocação recreacional 65 55
Área predominantemente industrial 70 60 Fonte: NBR 10151 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000)
5.7. ABNT NBR 10152 /1987
Esta Norma fixa os níveis de ruído internos dB(A) compatíveis com o nível de
conforto acústico (NC) em ambientes diversos.
Na avaliação dessa Norma é necessário consultar a Norma NBR 10151 já descrita
anteriormente.
20
Tabela 3 - Valores dB(A) e NC
Locais dB(A) NC
Hospitais
Apartamentos, Enfermarias, Berçários, Centros Cirúrgicos
Laboratórios, Áreas para uso do público
Serviços
35-45
40-50
45-55
30-40
35-45
40-50
Escolas
Bibliotecas, Salas de música, Salas de desenho
Salas de aula, Laboratórios
Circulação
35-45
40-50
45-55
30-40
35-45
40-50
Hotéis
Apartamentos
Restaurantes, Salas de Estar
Portaria, Recepção, Circulação
35-45
40-50
45-55
30-40
35-45
40-50
Residências
Dormitórios
Salas de estar
35-45
40-50
30-40
35-45
Auditórios
Salas de concerto, Teatros
Salas de conferências, Cinemas, Salas de uso múltiplo
30-40
35-45
25-30
30-35
Restaurantes
40-50 35-45
Escritórios
Salas de reunião
Salas de gerência, Salas de projetos e de administração
Salas de computadores
Salas de mecanografia
30-40
35-45
45-65
50-60
25-35
30-40
40-60
45-55
Igrejas e Templos (Cultos meditativos) 40-50 35-45
Locais para esporte
Pavilhões fechados para espetáculos e atividades esportivas
45-60
40-55 Fonte: NBR 10152 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1987)
21
6. INTEGRATED NOISE MODEL – INM
As curvas de ruído podem ser traçadas utilizando o programa Integrated Noise Model
(INM) produzidos pela U.S. FAA (Federal Aviation Administration). O INM é usado para
avaliar o impacto sonoro resultante da ampliação ou construção de novas pistas de pouso e
decolagem, novas demandas de tráfego e composição das frotas de aeronaves, revisão de rotas
e estruturas aeroespaciais, alternativas de perfis de voo e modificação de outros
procedimentos operacionais (FAA, 1997).
No INM, os perfis de aeronaves e os algoritmos de cálculo são baseados na
metodologia proposta pelos documentos SAE-AIR-1845 – Procedure for the Calculation of
Airplane Noise in the Vicinity of Airports (SAE,1986), SAE - AIR - 1751, Prediction Method
for Lateral Attenuation of Airplane Noise During Takeoff and Landing (SAE,1991) e SAE-
ARP-866A – Standard Values of Atmospheric Absorption as a Function of Temperature and
Humidity.
O programa INM não modela os perfis de temperatura, gradiente de vento, efeitos da
umidade, absorção do solo, a trajetória individual de cada aeronave e difração em torno do
solo, barreiras e edifícios. Ele baseia-se nos valores médios e é projetado para estimar os
efeitos de longo prazo (valores médios anuais). Por este motivo, algumas diferenças entre os
valores previstos e medidos podem ocorrer, pois é possível que variáveis acústicas locais
importantes não sejam consideradas (Dinatto, 2011).
6.1. PARÂMETROS DE ENTRADA
Os parâmetros de entrada para helipontos são:
a. Características Físicas:
• Localização do heliporto (Coordenadas geográficas);
• Altitude;
• Localização dos empreendimentos que deseja estimar o impacto causado pelo
ruído emitido no heliporto (Para análises mais detalhadas);
b. Características Operacionais:
22
• Modelos das aeronaves que irão operar no heliporto;
• Descrição das rotas de pouso e decolagem.
• Procedimentos de pouso e decolagem para cada aeronave;
• Número de movimentos para cada aeronave (Pouso e decolagem);
c. Características Ambientais:
• Pressão;
• Temperatura;
• Umidade relativa do ar;
• Velocidade do vento;
d. Características das curvas de ruído:
• Métrica (DNL, LAeq, LAeqD, LAeqN, SEL, LAmax…)
• Refinamento;
• Low Cutoff e High Cutoff (Nível máximo e mínimo de Pressão Sonora
desejado);
6.2. PARÂMETROS DE SAÍDA
Após a inserção dos dados de entrada, o INM retorna em resultados numéricos e
gráficos os níveis de exposição sonora para o aeródromo de estudo e seu entorno. Para a
análise desse trabalho foram extraídas as curvas de ruído, um relatório com a posição de
vários pontos que compõem cada uma das curvas de ruído e um relatório com o ruído previsto
nos receptores críticos.
23
7. ESTUDO DE CASO: HELICENTRO BANDEIRANTES
7.1. O HELICENTRO BANDEIRANTES
O Helicentro Bandeirantes foi desenvolvido para atender inúmeros serviços de
transporte aéreo como parada para descanso, reabastecimento de aeronaves, negócios e
turismo na cidade.
Para que os serviços ocorram com qualidade, a estrutura do empreendimento contará
com acomodações tanto para pilotos e proprietários de aeronaves, como também
acomodações hoteleiras para visitantes. Além disso, terá uma estrutura com espaço de lazer,
lojas, academia, salas de espera, salas de treinamento para novos pilotos, hangar para 80
aeronaves, dentre outras instalações.
A instalação do empreendimento trará benefícios à população lindeira por meio do
aumento da oferta de empregos para trabalhadores que residem na região, que receberão curso
de capacitação e terão preferência na contratação.
O Helicentro será localizado na Avenida Miguel Estéfano, nº 2860, Saúde, São Paulo
– SP, e contornado pela Rodovia dos Imigrantes, umas das principais vias de acesso à cidade
de São Paulo.
7.2. INFORMAÇÕES DO EMPREENDIMENTO
O empreendimento foi autorizado pela ANAC a operar como um heliponto e realizar
até 1000 movimentos por mês, sendo que cada movimento corresponde a um pouso e uma
decolagem realizado por cada helicóptero. O Helicentro Bandeirantes possui as seguintes
informações técnicas, físicas e operacionais:
• Nome: Helicentro Bandeirantes
• Latitude: -23.638107 deg
• Longitude: -46.629390 deg
24
• Altitude: 761.0 m
• Operação: VFR Diurna/Noturna
• Área do Lote: 40.000.00 m²
• Área a Construir: 29.595.46 m²
• Área de pouso: 625 m²
• Número máximo de movimentos diários previstos: 35
• Velocidade do vento: zero
• Pressão ao nível do mar: 760 mm de Hg
• Temperatura ambiente: 25° C
O local da plataforma, será sobre o açude, com a intenção de proporcionar uma
paisagem mais agradável àqueles que observarem-na por um ângulo superior, buscando
alterar a paisagem do local integrando-a com a cidade.
7.3. ESTIMATIVA DO NÚMERO DE MOVIMENTOS E TIPOS DE AERONAVES
Os tipos de aeronaves e os respectivos percentuais de movimentos foram estimados a
partir da representatividade de cada aeronave presente no universo de aeronaves registradas
no cadastro geral de aeronaves da ANAC.
Na Tabela 4 constam as aeronaves que possuem a maior representatividade que foram
utilizadas para realização do EIA e na realização desse estudo.
Tabela 4 - Tráfego aéreo previsto
AERONAVE QUANTIDADE REPRESENTATIVIDADE MOVIMENTOS
R44 444 27% 9
SA350D 366 22% 8
B206 244 15% 5
A109 157 9% 3
R22 156 9% 3
S76 133 8% 3
B407 78 5% 2
EC130 64 4% 2
B429 11 1% -
TOTAL DE
AERONAVES 1653 100% 35
Fonte: EIA (ESCUDERO CONSULTORIA E PLANEJAMENTO, 2015)
25
Os trajetos de pouso e decolagem de um heliponto passam obrigatoriamente sobre as
Áreas de aproximação e de saída, também denominadas de rampas de aproximação e saída.
Trata-se de superfícies imaginárias traçadas a partir da área de pouso do heliponto.
Para o direcionamento do tráfego aéreo em relação às proximidades, adotaram-se os
percentuais de 54% de movimentos para a rampa de aproximação 187 (diurno), 43% para a
rampa de aproximação 337 (diurno) e 3% para a rampa de aproximação 187 (noturno).
Essas rampas de aproximação se configuram por meio de duas projeções, uma no
sentido noroeste a partir do centro da plataforma, e outra no sentido sudeste da mesma
(respectivamente 187º e 337º em relação ao ponto zero). Os movimentos dos helicópteros
foram distribuídos nas rampas de aproximação conforme mostrado pela Tabela 5.
Tabela 5 - Número de movimentos por aproximação
Fonte: EIA (ESCUDERO CONSULTORIA E PLANEJAMENTO, 2015)
A aeronave de modelo B429 está presente nas Tabelas 4 e 5, porém descritas sem
nenhum movimento. Isso deve-se ao fato de representar uma porcentagem muito baixa
quando comparada as outras aeronaves tabeladas. A inclusão dela na tabela tem como
objetivo identificar o limiar de inclusão de aeronaves registradas na ANAC que poderiam ser
utilizadas no estudo.
AERONAVE MOVIMENTOS APROX. 187
(DIURNO)
APROX. 337
(DIURNO)
APROX. 187
(NOTURNO)
R44 9 4 5 -
SA350D 8 4 4 -
B206 5 3 2 -
A109 3 2 1 -
R22 3 2 1 -
S76 3 2 1 -
B407 2 1 1 -
EC130 2 1 - 1
B429 - - - -
TOTAL DE
AERONAVES 35 (dia) 54% 43% 3%
26
7.4. RECEPTORES UTILIZADOS PARA DIAGNÓSTICO DO RUÍDO
Nesse estudo foram utilizados receptores críticos, que serviram de parâmetro de
comparação com as mormas e leis vigentes. Esse receptores estão mostrados na Tabela 6. Os
pontos de 0 a 11 foram retirados do EIA realizado pela Escudero Consultoria e Planejamento,
no qual o trabalho está se referenciando. Os pontos 12 e 13 foram acrescentados para uma
análise mais detalhada. A definição desses pontos foi feita estrategicamente nas áreas de
impacto sonoro decorrentes das operações do Helicentro.
Tabela 6 - Localização dos Receptores
Ponto Coordenadas Endereço Área
0 23º 38’ 16.88’’S
46º 37’ 43.7’’W Pista e Pouso Helicentro
1 23º 37’ 55.99’’S
46º 37’ 57.39’’W Centro Espirita – R. Edgar Pereira, 135 Mista
2 23º 37’ 51.70’’S
46º 37’ 33.68’’W Colégio Marta – R. Abeylard Queirós, 195 Escola
3 23º 38’ 01,38’’S
46º 37’ 52.21’’W Plus Automação – R. Eduardo Pereira, 405 Mista
4 23º 38’ 08.83’’S
46º 37’ 42.68’’W Secretaria da Educação – R. Jacapé, 148 Escola
5 23º 38’ 10.55’’S
46º 37’ 37.55’’W Igreja Mórmon – Av Miguél Estefno, 2595 Mista
6 23º 38’ 13.42’’S
46º 37’ 55.80’’W
1º Prédio do Condomínio – Av. Leonardo da
Vinci, 2566 Mista
7 23º 38’ 34.28’’S
46º 37’ 56.03’’W
E.E. Prof. Miguel Roque – R. Domiciano Leite
Ribeiro, 455 Escola
8 23º 38’ 29.35’’S
46º 37’ 43.96’’W Hospital Psiquiátrico – Rua Etruscos, s/n Hospital
9 23º 38’ 21.66’’S
46º 37’ 38.00’’W
Entrada do Jd. Botânico – Av. Miguel Estefno
3867/3031 Mista
10 23º 38’ 52.17’’S
46º 37’ 49.12’’W
Entrada do Centro de Exposições – Imigrantes
Km 1.5 Rural
27
Fonte: (ESCUDERO CONSULTORIA E PLANEJAMENTO, 2015)
11 23º 39’ 06.04’’S
46º 37’ 12.20’’W
Entrada do Zoológico – Av. Miguel Estefno,
4241 Mista
12 23° 38’ 12.31’’S
46° 37’ 45.95’’W Casa - Tv. Dança do Manjericão 54 Residencial
13 23° 38’ 18.12’’S
46° 37’ 53.17’’W
Condomínio Clima Bothânico - R. Domiciano
Leite Ribeiro 51 Residencial
28
7.5. PLANO DE ZONEAMENTO DE RUÍDO – PZR
Com o intuito de realizar o PEZR de acordo com o Regulamento Brasileiro da
Aviação Civil RBAC nº 161, as curvas DNL geradas pelo software INM (apresentadas na
Figura 5) foram georreferenciadas em um mapa de satélite e sobre um mapa de Zoneamento
Urbano disponibilizado pela prefeitura de São Paulo, utilizando o software ArcGis, sendo
possível dessa forma identificar a região que está inserida dentro dos níveis de ruído e
identificar a localização dos receptores críticos definidos. As curvas georreferenciadas são
mostradas nas Figuras 6, 7 e 8. Na Figura 6 as rampas de aproximação estão observadas como
uma reta tracejada descritas como APROX. 187 e APROX. 337 e a área hachurada e
contornada em amarela representa a área em que está contido o empreendimento. A Figura 7
mostra as curvas DNL georreferenciadas no mapa de zoneamento de São Paulo e a
localização dos receptores críticos.
Além do PEZR, também foi feito o PBZR. Para realizar o PBZR, as curvas de 65
dB(A) e 75dB(A) foram traçadas de acordo com a RBAC e estão demonstradas da Figura 6 e
9. Na Figura 6, o círculo maior traçado na cor branca delimita a Área 1 e representa a curva de
ruído de 65 dB, possuindo raio 300 m, já o círculo menor também traçado em branco delimita
a Área 2, representa a curva de ruído de 75 dB e possui raio de 100 m.
29
Figura 5 - Curvas DNL
30
Figura 6 - Curvas DNL e curvas do PBZR georreferenciadas em mapa de satélite
31
Figura 7 - Curvas DNL, zoneamento urbano e receptores críticos
32
Figura 8 – Áreas de Conflito com a RBAC 161 para as curvas DNL
33
Figura 9 - – Áreas de Conflito com a RBAC 161 para o PBZR
34
Verificando a Figura 6 é possível perceber que, baseado na análise visual, o PBZR não
é viável comparado ao PEZR, uma vez que as curvas de 65 dB(A) do PBZR (representadas
pela Área 1) ocupam uma área maior do que as curvas de 65 dB(A) da métrica DNL utilizadas
para o PEZR. Sendo assim, o PBZR caracteriza uma área maior de impacto, diferente do que
mostram as simulações realizadas na métrica DNL. Este fato é confirmado na verificação das
Figuras 8 e 9. As áreas em vermelho são definidas como áreas de conflito, ou seja, áreas onde
o nível de ruído que estão submetidas estão fora das condições exigíveis pela RBAC 161.
Para análise de compatibilidade dos solos definidas pelo RBAC 161, foram feitas as
comparações com as Zonas definidas pela Lei Municipal nº 16.402, e pelos receptores críticos
contidos no interior das curvas do PBZR e do PEZR.
Para a equivalência das Zonas Urbanas com o uso do Solo descrito pelo RBAC 161
foram utilizados os seguintes critérios:
• Para Zonas que caracterizavam mais de um tipo de uso de solo sem nenhuma
predominância sobre um deles, foi feita a análise para ambas as ocupações.
• Para Zonas que caracterizavam mais de um tipo de uso de solo, porém
possuem predominância no uso de um deles:
1- Se o uso do solo predominante possuir maior rigor de avaliação
comparado ao uso do solo não predominante, este será utilizado
como avaliador. Ex: ZM caracteriza usos residenciais e não
residenciais com predominância no uso residencial, dessa forma, de
acordo com a RBAC 161, o uso do solo pode ser residencial ou
comercial e de serviços. Como o uso residencial possui maior rigor
de avaliação comparado ao uso comercial e de serviços, ele foi
utilizado como avaliador.
2- Se o uso do solo de menor predominância possuir maior rigor de
avaliação comparado ao uso do solo predominante, este será
utilizado como avaliador. Ex: ZC caracteriza usos residenciais e
não residenciais, com predominância aos usos não residenciais. De
acordo com a RBAC 161, o uso do solo pode ser residencial ou
comercial e de serviços. Como o uso residencial possui maior rigor
de avaliação comparado ao uso comercial e de serviços, ele foi
utilizado como avaliador, mesmo não sendo o uso predominante.
35
Na Tabela 7 tem-se a caracterização e avaliação do uso e ocupação do solo de cada
zona inserida nas curvas do PBZR.
Tabela 7 - Caracterização e avaliação dos impactos para PBZR
Zonas
Nível de
Ruído de
Exposição
dB(A)
Equivalência
da Zona com
usos do solo
definidos pelo
RBAC 161
(TAB. E-1,
ANEXO 3)
Compatibilidade
com o PBZR
(TAB. E-1,
ANEXO 3)
Solução
ZC 65-75
Residencial e
comercial e
serviços
N(1)
Uso do solo e edificações
relacionadas não compatíveis.
Se os órgãos determinarem
que os usos devam ser
permitidos, devem ser
adotadas medidas para atingir
uma RR de pelo menos 25 dB
ZEIS-1 65-75 Residencial N(1)
Uso do solo e edificações
relacionadas não compatíveis.
Se os órgãos determinarem
que os usos devam ser
permitidos, devem ser
adotadas medidas para atingir
uma RR de pelo menos 25 dB
ZEIS-2 65-75 Residencial N(1)
Uso do solo e edificações
relacionadas não compatíveis.
Se os órgãos determinarem
que os usos devam ser
permitidos, devem ser
adotadas medidas para atingir
uma RR de pelo menos 25 dB
ZEIS-3 65-75 Residencial N(1)
Uso do solo e edificações
relacionadas não compatíveis.
Se os órgãos determinarem
que os usos devam ser
permitidos, devem ser
adotadas medidas para atingir
uma RR de pelo menos 25 dB
ZEP 65-75
Usos
recreacionais
(parques)
S Compatível sem restrições
ZM > 65 Residenciais N(1)
Uso do solo e edificações
relacionadas não compatíveis.
Se os órgãos determinarem
que os usos devam ser
permitidos, devem ser
36
adotadas medidas para atingir
uma RR de pelo menos 25 dB
ZOE
65-75
Usos públicos
(aeroportos,
terminais de
transportes...)
25
Uso do solo e edificações
relacionadas geralmente
compatíveis. Medidas para
atingir RR de 25, 30 ou 35 dB
devem ser incorporadas no
projeto/construção das
edificações onde houver
permanência prolongada de
pessoas
65-75
Usos
recreacionais
(ginásios,
estádios de
esportes...)
S Compatível sem restrições
Na Tabela 8 tem-se a caracterização e avaliação do uso e ocupação do solo de cada
zona inserida nas curvas do PEZR.
Tabela 8 - Caracterização e avaliação dos impactos para PEZR
Zonas
Nível de
Ruído de
Exposição
dB(A)
Equivalência
da Zona com
usos do solo
definidos pelo
RBAC 161
(TAB E-2,
ANEXO 3)
Compatibilidade
com o PEZR
(TAB E-2,
ANEXO 3)
Solução
ZC 65-70
Residencial e
comercial e
serviços
N(1)
Uso do solo e edificações
relacionadas não compatíveis.
Se os órgãos determinarem
que os usos devam ser
permitidos, devem ser
adotadas medidas para atingir
uma RR de pelo menos 25 dB
ZEIS-1 65-75 Residencial N(1)
Uso do solo e edificações
relacionadas não compatíveis.
Se os órgãos determinarem
que os usos devam ser
permitidos, devem ser
adotadas medidas para atingir
uma RR de pelo menos 25 dB
ZEIS-3 65-75 Residencial N(1)
Uso do solo e edificações
relacionadas não compatíveis.
Se os órgãos determinarem
que os usos devam ser
permitidos, devem ser
37
adotadas medidas para atingir
uma RR de pelo menos 25 dB
ZEP 65-75
Usos
recreacionais
(parques)
S Compatível sem restrições
ZM 65-70 Residenciais N(1)
Uso do solo e edificações
relacionadas não compatíveis.
Se os órgãos determinarem
que os usos devam ser
permitidos, devem ser
adotadas medidas para atingir
uma RR de pelo menos 25 dB
ZOE
65-75
Usos
recreacionais
(ginásios,
estádios de
esportes...)
S Compatível sem restrições
65-75
Usos públicos
(aeroportos,
terminais de
transportes...)
25
Uso do solo e edificações
relacionadas geralmente
compatíveis. Medidas para
atingir RR de 25, 30 ou 35 dB
devem ser incorporadas no
projeto/construção das
edificações onde houver
permanência prolongada de
pessoas
7.6. AVALIAÇÃO SEGUNDO A NORMA ABNT NBR 10151/2000
Para verificar a conformidade com a Norma NBR 10151/2000, foram utilizadas as
métricas LAeqD e LAeqN calculadas pelo INM.
38
Foram definidas as seguintes situações na caracterização e avaliação do ruído:
• Áreas de Conflito:
Áreas onde o nível de ruído que estão submetidas estão fora das condições
exigíveis pelas Normas e Leis
• Situação de Regularidade:
Nível de ruído em condições exigíveis de acordo com as Normas e Leis para as
áreas e receptores analisados
• Situação de Irregularidade:
Nível de ruído não está em condições exigíveis de acordo com as Normas e
Leis para as áreas e receptores analisados
7.6.1. CURVAS LAeqD
Realizado a simulação, as curvas de ruído LAeqD geradas estão representadas na Figura
10. Essas curvas foram georreferenciadas do mesmo modo em que foi feito para as curvas
DNL utilizadas no PEZR. As curvas georreferenciadas estão representadas pelas Figuras 11,
12 e 13.
39
Figura 10 - Curvas LAeqD
40
Figura 11 - Curvas LAeqD georreferenciadas em mapa de satélite
41
Figura 12 - Curvas LAeqD, zoneamento urbano e receptores críticos
42
Figura 13 - Áreas de Conflito com a NBR 10151 para as curvas LAeqD
43
Conforme determinado pela Norma, o método de avaliação consiste em uma
comparação entre o nível de pressão sonora corrigido Lc e o nível de critério de avaliação
NCA. Como o ruído não tem caráter impulsivo, a Norma determina que o nível corrigido Lc
será representado pelo nível de pressão sonora equivalente, LAeq. Dessa forma os valores
calculados pela métrica LAeqD assumiram os valores de Lc.
Os valores de NCA para cada tipo de área foram mostrados na Tabela 4. A Tabela 9
apresenta a avaliação do ruído de acordo com a ABNT NBR 10151. Para que fosse feita a
avaliação foi considerada a equivalência de cada Zona Urbana compatível com as áreas
definidas pela Norma, de forma que se estabeleça um nível de ruído permissivel para elas.
Tabela 9 - Caracterização e avaliação dos impactos nas zonas urbanas segundo a ABNT NBR 10151,
utilizando a métrica LAeqD
Zonas Nível de Ruído de
Exposição dB(A)
Equivalência da
Zona com a NBR
10151
ABNT NBR
10151 dB(A)
Situação Segundo
ABNT NBR 10151
ZC 45-75
Área mista, com
vocação comercial
e administrativa
60 Irregular
ZEU 45-55
Área mista,
predominantemente
residencial
55 Regular
ZCOR-1 45-50
Área mista,
predominantemente
residencial
55 Regular
ZEIS-1 45-75
Área mista,
predominantemente
residencial
55 Irregular
ZEIS-2 50-65
Área mista,
predominantemente
residencial
55 Irregular
ZEIS-3 45-75
Área mista,
predominantemente
residencial
55 Irregular
ZEIS-5 50-55
Área mista,
predominantemente
residencial
55 Regular
ZEP 45-80
Área mista, com
vocação
recreacional
65 Irregular
ZER-2 45-50
Área estritamente
residencial urbana
ou de hospitais ou
de escolas
50 Regular
ZEUP 45-60 Área mista, com 60 Regular
44
vocação comercial
e administrativa
ZM 45-85
Área mista,
predominantemente
residencial
55 Irregular
ZOE 45-75 - - -
ZPR 45-50
Área mista,
predominantemente
residencial
55 Regular
A ZOE não foi utilizada para avaliação, pois se trata de uma zona onde o uso é
destinado a empreedimentos que necessitem de disciplina especial de parcelamento, uso e
ocupação do solo.
Além das curvas de ruído, o INM calculou pontualmente o nível de ruído que estará
exposto cada receptor. A Figura 12 monstra as curvas de ruído e os receptores analisados. A
Norma prevê que se o nível de ruído ambiente Lra do receptor possuir valor superior ao NCA
característico do local, o Lra deverá assumir o valor de NCA. É importante ressaltar que Lra é
medido na ausência de operações no aeródromo para que não influencie na leitura do
medidor. A Tabela 10 caracteriza e avalia os impactos nos receptores segundo a ABNT NBR
10151, utilizando a métrica LAeqD. Para que fosse feita a avaliação foi considerado a
equivalência de cada Receptor Crítico compatível com as áreas definidas pela Norma, de
forma que estabeleça um nível de ruído permissivel para ele.
45
Tabela 10 - Caracterização e avaliação dos impactos nos receptores segundo a ABNT NBR 10151,
utilizando a métrica LAeqD
Ponto NCA NBR 10151
dB(A)
Lra
dB(A)
NCA
Adotado
dB(A)
LaeqD
dB(A)
Situação Segundo ABNT
NBR 10151
1 55 62,2 62,2 54,9 Regular
2 50 62,4 62,4 46,5 Regular
3 55 - 55 59,1 Irregular
4 50 - 50 60,8 Irregular
5 55 76,1 76,1 59,4 Regular
6 55 70,5 70,5 60,9 Regular
7 50 66,7 66,7 53,3 Regular
8 50 53,2 53,2 60,3 Irregular
9 55 - 55 66,6 Irregular
10 40 - 40 45,2 Irregular
11 55 - 55 45,8 Regular
12 50 - 50 68,9 Irregular
13 50 - 50 67,1 Irregular
7.6.2. CURVAS LAeqN
Da mesma forma como foi realizada a avaliação no período diurno utilizando a
métrica LAeqD, foi feita a avaliação no período noturno utilizando a métrica LAeqN. A Figura 14
representa as curvas geradas pelo INM. As curvas georreferenciadas estão representadas nas
Figuras 15, 16 e 17.
46
Figura 14 – Curvas LAeqN
47
Figura 15 - Curvas LAeqN georreferenciadas em mapa de satélite
48
Figura 16 - Curvas LAeqN, zoneamento urbano e receptores críticos
49
Figura 17 - Áreas de Conflito com a NBR 10151 para as curvas LAeqN
50
Tabela 11 - Caracterização e avaliação dos impactos nas zonas urbana segundo a ABNT NBR 10151,
utilizando a métrica LAeqN
Zonas Nível de Ruído de
Exposição dB(A)
Equivalência da
Zona com a NBR
10151
ABNT NBR
10.151 dB(A)
Situação Segundo
ABNT NBR 10151
ZC 45-60
Área mista, com
vocação comercial
e administrativa
55 Irregular
ZEIS-1 45-60
Área mista,
predominantemente
residencial
50 Irregular
ZEIS-2 45-55
Área mista,
predominantemente
residencial
50 Irregular
ZEIS-3 45-60
Área mista,
predominantemente
residencial
50 Irregular
ZEP 45-60
Área mista, com
vocação
recreacional
55 Irregular
ZEUP 45-50
Área mista, com
vocação comercial
e administrativa
55 Regular
ZM 45-55
Área mista,
predominantemente
residencial
50 Irregular
ZOE 45-60 - - -
Tabela 12 - Caracterização e avaliação dos impactos nos receptores segundo a ABNT NBR 10151,
utilizando a métrica LAeqN
Ponto NCA NBR 10151
dB(A)
NCA
Adotado
dB(A)
LaeqN
dB(A)
Situação Segundo ABNT NBR
10151
1 50 50 42,7 Regular
2 45 45 34,9 Regular
3 45 45 47,0 Irregular
4 55 55 49,3 Regular
5 45 45 46,9 Irregular
6 45 45 45,7 Irregular
7 45 45 36,6 Regular
51
8 45 45 45 Regular
9 55 55 48,8 Regular
10 55 55 30,7 Regular
11 55 55 23,1 Regular
12 45 - 57,7 Irregular
13 45 - 50,7 Irregular
7.7. AVALIAÇÃO SEGUNDO A LEI MUNICIPAL 16.402/2016
O município de São Paulo possui uma estruturação no uso e ocupação do solo na
cidade, e a Lei Municipal 16.402 disciplina essa ocupação.
Foram definidas as seguintes situações na caracterização e avaliação do ruído:
• Áreas de Conflito:
Áreas onde o nível de ruído que estão submetidas estão fora das condições
exigíveis pelas Normas e Leis
• Situação de Regularidade:
Nível de ruído em condições exigíveis de acordo com as Normas e Leis para as
áreas e receptores analisados
• Situação de Irregularidade:
Nível de ruído não está em condições exigíveis de acordo com as Normas e
Leis para as áreas e receptores analisados
As Zonas inseridas nas curvas LAeqD e LAeqN e que conflitam com a Lei 16.402, estão
representadas em vermelho nas Figuras 17, 18 e 19. As Tabelas 13, 14 e 15 mostram os
resultados e avaliações dos impactos. Vale ressaltar que é importante a avaliação para três
períodos diários distintos, uma vez que a Lei estabelece parâmetros diferentes para cada um
52
deles conforme observado no Quadro 4B da Lei, contida no Anexo 2 desse trabalho. Durante
o período Diurno de 7h às 19h e 19h às 22h, utiliza-se a métrica LAeqD como parâmetro de
comparação, e no período Noturno de 22h às 7h, utiliza-se a métrica LAeqN como parâmetro de
comparação.
A ZEP a ZOE não foram avaliadas pois a Lei não define nível de ruído máximo para
essas zonas.
53
Figura 18 – Áreas de Conflito com a Lei Municipal 16.402 para o período de 7h às 19h
54
Tabela 13 - Caracterização e avaliação dos impactos nas zonas urbanas segundo a Lei Municipal nº
16.402/2016, utilizando a métrica LAeqD no período de 7h às 19h
Zonas Nível de Ruído de
Exposição dB(A)
Lei Municipal nº
16.402/2016 dB(A)
Situação Segundo Lei
Municipal nº 16.402/2016
ZC 45-75 60 Irregular
ZEU 45-55 60 Regular
ZCOR-1 45-50 50 Regular
ZEIS-1 45-75 50 Irregular
ZEIS-2 50-65 50 Irregular
ZEIS-3 45-75 55 Irregular
ZEIS-5 50-55 55 Regular
ZEP 45-80 - -
ZER-2 45-50 50 Regular
ZEUP 45-60 60 Regular
ZM 45-85 60 Irregular
ZOE 45-75 - -
ZPR 45-50 50 Regular
55
Figura 19 - Áreas de Conflito com a Lei Municipal 16.402 para o período de 19h às 22h
56
Tabela 14 - Caracterização e avaliação dos impactos nas zonas urbanas segundo a Lei Municipal nº
16.402/2016, utilizando a métrica LAeqD no período de 19h às 22h
Zonas Nível de Ruído de
Exposição dB(A)
Lei Municipal nº
16.402/2016 dB(A)
Situação Segundo Lei
Municipal nº 16.402/2016
ZC 45-75 55 Irregular
ZEU 45-55 55 Regular
ZCOR-1 45-50 45 Irregular
ZEIS-1 45-75 45 Irregular
ZEIS-2 50-65 45 Irregular
ZEIS-3 45-75 50 Irregular
ZEIS-5 50-55 50 Irregular
ZEP 45-80 - -
ZER-2 45-50 45 Irregular
ZEUP 45-60 55 Irregular
ZM 45-85 55 Irregular
ZOE 45-75 - -
ZPR 45-50 45 Irregular
57
Figura 20 - Áreas de Conflito com a Lei Municipal 16.402 para o período de 22h às 7h
58
Tabela 15 - Caracterização e avaliação dos impactos nas zonas urbanas segundo a Lei Municipal nº
16.402/20164, utilizando a métrica LAeqN no período de 22h às 7h
Zonas Nível de Ruído de
Exposição dB(A)
Lei Municipal nº
16.402/2016 dB(A)
Situação Segundo Lei
Municipal nº 16.402/2016
ZC 45-60 50 Irregular
ZEIS-1 45-60 40 Irregular
ZEIS-2 45-55 40 Irregular
ZEIS-3 45-60 45 Irregular
ZEP 45-60 - -
ZEUP 45-50 50 Regular
ZM 45-55 50 Irregular
ZOE 45-60 - -
7.8. COMPARAÇÃO DAS AVALIAÇÕES ENTRE A LEI 16.402 E A NBR 10151
BASEADO NAS ZONAS
Para o período diurno, houve divergências nas avaliações feitas usando a NBR 10151
e a Lei 16.402. Essa divergência se deve ao fato de que a NBR 10151 define NCAs diferentes
da LEI nº 16.402 conforme visto na tabela 16. A tabela mostra também o nível de ruído de
exposição de cada uma das zonas inseridas na métrica LAeqD. A tabela 17, mostra a relação
das situações de regularidade de cada uma dessas zonas.
59
Tabela 16 - Comparação do NCA definido pela NBR 10151 com o NCA definido pela Lei Municipal nº
16.402 para o período diurno
Zonas
Nível de
Ruído de
Exposição
dB(A)
NCA ABNT
NBR 10151
dB(A)
NCA Lei Municipal nº
16.402 de 7h às 19h
dB(A)
NCA Lei Municipal n°
16.402 de 19h às 22h
dB(A)
ZC 45-75 60 60 55
ZEU 45-55 55 60 55
ZCOR-1 45-50 55 50 45
ZEIS-1 45-75 55 50 45
ZEIS-2 50-65 55 50 45
ZEIS-3 45-75 55 55 50
ZEIS-5 50-55 55 55 50
ZEP 45-80 65 - -
ZER-2 45-50 50 50 45
ZEUP 45-60 60 60 55
ZM 45-85 55 60 55
ZOE 45-75 - - -
ZPR 45-50 55 50 45
Tabela 17 - Relação das situações de regularidade das zonas inseridas nas curvas de ruído da métrica
LAeqD
Zonas ABNT NBR 10151 Lei Municipal nº 16.402
de 7h às 19h
Lei Municipal n° 16.402
de 19h às 22h
ZC Irregular Irregular Irregular
ZEU Regular Regular Regular
ZCOR-1 Regular Regular Irregular
ZEIS-1 Irregular Irregular Irregular
ZEIS-2 Irregular Irregular Irregular
ZEIS-3 Irregular Irregular Irregular
ZEIS-5 Regular Regular Irregular
ZEP Irregular - -
ZER-2 Regular Regular Irregular
ZEUP Regular Regular Irregular
ZM Irregular Irregular Irregular
ZOE - - -
ZPR Regular Regular Irregular
60
Para o período noturno, fica evidente que não houve divergências nas avaliações feitas
usando a NBR 10151 e a Lei 16.402 conforme mostrado na tabela 19. Apesar disso, na tabela
18 é visto que os NCAs definidos são diferentes para cada uma dessas diretrizes. Essa
coincidência na situação de regularidade ocorreu devido ao fato de que o nível de ruído na
qual essas zonas estão submetidas serem acima de todos os NCAs. O nível de ruído de
exposição de cada uma dessas zonas também é mostrado na tabela 18.
Tabela 18 - Comparação do NCA definido pela NBR 10151 com o NCA definido pela Lei Municipal nº
16.402 para o período nortuno
Zonas
Nível de Ruído
de Exposição
dB(A)
NCA ABNT NBR 10151
dB(A)
NCA LEI MUNICIPAL 16.402
de 22h às 7h
dB(A)
ZC 45-60 55 50
ZEIS-1 45-60 50 40
ZEIS-2 45-55 50 40
ZEIS-3 45-60 50 45
ZEP 45-60 55 -
ZEUP 45-50 55 50
ZM 45-55 50 50
ZOE 45-60 - -
Tabela 19 – Relação das situações de regularidade das zonas inseridas nas curvas de ruído da métrica
LAeqN
Zonas ABNT NBR 10151 LEI MUNICIPAL 16.402
22h às 7h
ZC Irregular Irregular
ZEIS-1 Irregular Irregular
ZEIS-2 Irregular Irregular
ZEIS-3 Irregular Irregular
ZEP Irregular -
ZEUP Regular Regular
ZM Irregular Irregular
ZOE - -
61
8. DISCUSSÕES E CONCLUSÕES
Como empreendimento ainda não está em operação, o dimensionamento do ruído
transmitido pelos helicópteros foi feito baseado em estimativas, e dessa forma não foi possível
prever com exatidão quais os modelos de helicópteros irão operar no aeródromo, bem como o
número de movimentos de cada um desses modelos. Mediante a isso, os resultados
encontrados nesse trabalho poderão ser diferentes daqueles encontrados a partir da construção
e operação do Helicentro.
Todos os resultados encontrados a partir das simulações realizadas no INM foram
comparadas e dadas as avaliações de conformidade (regular) ou não conformidade (irregular)
de acordo com as Normas e Leis Vigentes na cidade de São Paulo. Essas comparações foram
feitas tanto para análises individuais nos receptores quanto para análise nas Zonas Urbanas
definidas e disponibilizadas pela Prefeitura Municipal de São Paulo.
É possível perceber que há divergência de especificações para Leis e Normas, o que
torna toda e qualquer tipo de avaliação contraditória em um mesmo ponto de vista. Os
resultados dos estudos evidenciam os seguintes aspectos:
• PBZR e PEZR
A escolha de qual Plano de Zoneamento de Ruído utilizar pode ser subjetiva pelas
seguintes considerações:
1- As áreas que as curvas do PBZR abrangem podem ser maiores do que as áreas que
as curvas da métrica DNL abrangem. Por essa análise é preferível realizar o PEZR,
pois que há menos zonas críticas contidas no interior das curvas de ruído
comparado com o PBZR.
2- Em contrapartida, a análise de nível de ruído para ocupação do solo feita para o
PBZR é mais simples do que a análise feita pelo PEZR, tornando o PBZR atraente.
Para esse trabalho o PEZR é mais atrativo, pois o resultado da análise individual das
Zonas impactadas para ambos os PZR foram iguais e as curvas de ruído do PEZR abrangem
uma área menor de impacto comparado ao PBZR. Inclusive esse fato se evidencia mais, pois
somente no PBZR a ZEIS-2 está contida.
62
Além disso, se validada pela ANAC as curvas DNL simuladas, e constatado que de
fato todas as avaliações feitas estão corretas para o PEZR, o Helicentro Bandeirantes pode ser
construído desde que sejam feitas medidas de tratamento acústico nas áreas de impacto. Essas
medidas devem ser feitas pelos operadores do aeródromo.
• ABNT NBR 10151/2000
Na análise feita baseada no Zoneamento Urbano, 6 das 13 zonas contidas no interior
das curvas de ruído da métrica LAeqD não estão de acordo com os parâmetros de ruído
exigidos pela Norma. Seis das 8 zonas contidas no interior das curvas de ruído da métrica
LAeqN também não estão de acordo.
A análise também foi feita em 13 receptores críticos e constatou-se que, no período
diurno, as curvas de ruído da métrica LAeqD configurou 7 receptores incompatíveis com os
níveis de ruído permitidos pela Norma. Já na métrica LAeqN, 5 receptores estão incompatíveis.
Dessa forma, tanto no período diurno quanto no período noturno algumas zonas e
receptores seriam impactadas com a poluição sonora produzida pelos movimentos das
aeronaves no empreendimento, tornando-o inapropriado para funcionamento.
• LEI N° 16.402, DE 22 DE MARÇO DE 2016
Constatou-se que no período de 7h às 19h, 5 zonas dentre as 13 que estão contidas
dentro das curvas da métrica LAeqD estão fora dos níveis de ruído permitidos pela Lei. No
período de 19h às 22h, 10 zonas dentre 13 que estão contidas dentro das curvas da métrica
LAeqD também estão fora dos níveis de ruído permitidos. Já no período noturno de 22h às 7h, 5
zonas do total de 8 contidas dentro das curvas definidas pela métrica LAeqN, estão fora dos
níveis de ruído permitidos pela Lei. Sendo assim, a operação do Helicentro Bandeirantes
geraria incomodo nas regiões lindeiras ao empreendimento e desconfiguram a construção do
empreendimento como apropriada.
Visto todos esses aspectos, implica em dizer que utilizar a métrica DNL como único
fator avaliativo do impacto sonoro causado pelos movimentos dos helicópteros não é
suficiente e ao mesmo tempo é subestimado. A única legislação que utilizou essa métrica, a
RBAC 161, considerou a possibilidade da construção e funcionamento do empreendimento
desde que medidas de tratamento acústico sejam feitas, ao contrário do que considera as
outras Normas e Leis que utilizam a métrica LAeq.
63
Além disso, a métrica DNL considera um período de 24h e o período de maior
movimento dos helicópteros é no período diurno. Diante desse fato a métrica DNL não
permite caracterizar adequadamente o ruído emitido em situações em que a maior parte do
funcionamento do aeródromo seja apenas em um período do dia.
De uma forma geral, o uso das métricas LAeqD e LAeqN mostraram uma melhor
correlação da reação de incômodo das pessoas com o ruído gerado pelas operações com
helicópteros, já que evidenciou nas avaliações pela ABNT NBR 10151/2000 e Lei n° 16.402,
de 22 de março de 2016 que, ao contrário do que dizia a avaliação pela métrica DNL, as
operações do aeródromo comprometeriam o sossego das regiões lindeiras.
64
9. PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS
Recomenda-se para trabalhos futuros estudo de melhorias relacionadas a emissão dos
ruídos nas operações de pouso e decolagem de helicópteros no Helicentro Bandeirantes.
Algumas propostas de estudo são: mudanças estruturais do Helicentro, rotas alternativas para
os helicópteros, propostas de tratamento acústico nas regiões próximas, alterações no número
de movimentos diário do Helicentro, redistribuição dos movimentos nas rampas de
aproximação, redistribuição dos movimentos em diferentes períodos do dia e levantamento de
modelos de helicópteros adequados para operar no empreendimento definindo seu número
máximo de movimentos diários.
Além disso, propõe-se realizar medidas de nível de ruído ambiente em um número
maior de receptores críticos. Dessa forma, com uma densidade grande de receptores contidos
numa mesma região, estimar o nível médio de ruído ambiente para essa região e utilizá-lo
como Nível de Critério de Avaliação (NCA).
Outro estudo importante a ser proposto é estimar o número de pessoas expostas aos
ruídos e verificar o percentual de pessoas altamente incomodadas de acordo com os critérios
definidos pelas Normas e Leis.
65
10. BIBLIOGRAFIA
[1] ANAC. Informações Gerais. Disponível em: <http://www.anac.gov.br/>. Acesso em: 15
jan. 2018
[2] ARQUIVOS da Lei: Mapas de toda a cidade em formato aberto. Mapas de toda a cidade
em formato aberto. Disponível em: <http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-
regulatorio/zoneamento/arquivos/>. Acesso em: 15 jan. 2018.
[3] CARVALHO, Thomas. Ondas Sonoras. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/fisica/ondas-sonoras/>. Acesso em: 18 jan. 2018.
[4] FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION (USA). Integrated Noise Model (INM)
Version 7.0 User's Guide. 2007. Disponível em:
<https://www.faa.gov/about/office_org/headquarters_offices/apl/research/models/inm_model/
inm7_0c/media/INM_7.0_User_Guide.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2017.
[5] ESCUDERO CONSULTORIA E PLANEJAMENTO (Brasil). EIA - Estudo de Impacto
Ambiental. 2015. Disponível em:
<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/eia__rimaeva/index.php?
p=205115>. Acesso em: 18 jul. 2017.
[6] ESCUDERO CONSULTORIA E PLANEJAMENTO (Brasil). RIMA - Relatório de
Impacto Ambiental. 2015. Disponível em:
<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/eia__rimaeva/index.php?
p=205115>. Acesso em: 18 jul. 2017.
[7] ESCUDERO CONSULTORIA E PLANEJAMENTO (Brasil). Anexo I: Ruído. 2015.
Disponível em:
<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/eia__rimaeva/index.php?
p=205115>. Acesso em: 18 jul. 2017.
[8] HELICOPTER ASSOCIATION INTERNATIONAL (Usa). Fly Neighborly Guide. 1993.
Disponível em: <https://www.rotor.org/portals/1/Fly 2009.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2018.
66
[9] AZEVEDO, Ellen Cristina Zalona de. Estudo Acústico de um Heliponto no Rio de Janeiro
para Dimensionamento de Operações Aeroportuárias. 2012. 57 f. TCC (Graduação) - Curso
de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
[10] GAMA, Ana Paula. Avaliação Do Impacto Sonoro Do Tráfego. 2012. 211 f. Tese
(Doutorado) - Curso de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2012.
[11] LIMA, Patricia Figueiredo Gomes de. Análise Acústica do Heliponto da Lagoa Rodrigo
de Freitas. 2012. 89 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Mecânica, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
[12] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10151: Acústica -
Avaliação do ruído e áreas habitadas, visando conforto da comunidade - Procedimento. Rio de
Janeiro: ABNT, 2000.
[13] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10152: Nível de ruído
para conforto acústico. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.
[14] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13368: Ruído gerado
por aeronaves - Monitoração. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
[15] SÃO PAULO (Município). Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Aprova A Política de
Desenvolvimento Urbano e O Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo e Revoga
A Lei Nº 13.430/2002. São Paulo.
[16] SÃO PAULO (Município). Lei nº 16.402, de 22 de março de 2016. Disciplina O
Parcelamento, O Uso e A Ocupação do Solo no Município de São Paulo, de Acordo Com A
Lei Nº 16.050, de 31 de Julho de 2014 – Plano Diretor Estratégico (pde). São Paulo, SP, 31
jul. 2014.
[17] BRASIL. Lei nº 7.565, de 12 de dezembro de 1986. Dispõe Sobre O Código Brasileiro
de Aeronáutica. Brasília, DF, 12 dez. 1986.
[18] BRASIL. Constituição (2013). RBAC nº 161, de 10 de setembro de 2013. Planos de
Zoneamento de RuÍdo de Aeródromos – Pzr. Brasília, DF, 13 set. 2013.
[19] BRASIL. Portaria nº 1.141/GM5, de 8 de dezembro de 1987. DOU nº 187, S/1,
09/12/1987. Brasilia, DF, 9 dez. 1987.
67
[20] BRASIL. Portaria nº 18/GM5, de 14 de fevereiro de 1974. DOU nº 41, 01/03/1974.
Brasilia, DF, 1 mar. 1974.
[21] BRASIL. Portaria nº 256/GC5, de 13 de maio de 2011. DOU nº 92, S/1, p. 1,
16/05/2011. Brasilia, DF, 16 mai. 2011.
[22] N.Y.GERGES, Samir. Ruído: Fundamentos e Controle. Florianópolis: Universidade
Federal de Santa Catarina, 1992.
[23] MOSER, Michael. Engineering Acoustics: An Introduction to Noise Control. 2. ed.
Berlin: Springer, 2009.
[24] SLAMA, Jules Ghislain. Notas de Aulas de Acústica Ambiental e Ruídos
Aeroportuários. Rio de Janeiro: 2016.
68
11. APÊNDICES
A1: MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA SIMULAÇÃO NO INM NA
MÉTRICA DNL
INM 7.0d SCENARIO RUN INPUT REPORT 15-Feb-18 22:06
STUDY: C:\USERS\IAGO\DESKTOP\CURVA BANDEIRANTES - LOCATION POINTS\
Created : 08-Jan-18 09:11
Units : Metric
Airport : HCB
Description :
HELICENTRO BANDEIRANTES - HCB
CURVA ATUAL - MOVIMENTOS REGULARES
SCENARIO: CENÁRIO 1
Created : 08-Jan-18 09:13
Description : CURVA DNL
Last Run : 07-Feb-18 22:08
Run Duration : 000:00:32
STUDY AIRPORT
Latitude : - 23.638107 deg
Longitude : - 46.629390 deg
Elevation : 761.0 m
CASES RUN:
CASENAME: CASO 1
69
Temperature : 25.0 C
Pressure : 759.97 mm-Hg
AverageWind : 0.0 km/h
ChangeNPD : No
STUDY RUNWAYS
CASENAME: CASO 1
RwyWind : 0.0 km/h
STUDY HELIPADS
H
Latitude : - 23.638107 deg
Longitude : - 46.629390 deg
Xcoord : 0.0000 km
Ycoord : 0.0000 km
STUDY TRACKS
RwyId-OpType-TrkId
Sub PctSub TrkType Delta(m)
H-APP-1
0 100.00 Vectors 96.0
H-APP-2
0 100.00 Vectors 50.3
H-DEP-1
0 100.00 Vectors 41.1
H-DEP-2
0 100.00 Vectors 105.2
70
STUDY TRACK DETAIL
RwyId-OpType-TrkId-SubTrk
# SegType Dist/Angle Radius(km)
H-APP-1-0
1 Straight 5.0000 km
H-APP-2-0
1 Straight 5.0000 km
H-DEP-1-0
1 Straight 5.0000 km
H-DEP-2-0
1 Straight 5.0000 km
AIRCRAFT GROUP ASSIGNMENTS
STUDY AIRPLANES
STUDY SUBSTITUTION AIRPLANES
USER-DEFINED NOISE CURVES
USER-DEFINED METRICS
USER-DEFINED PROFILE IDENTIFIERS
USER-DEFINED PROCEDURAL PROFILES
USER-DEFINED FIXED-POINT PROFILES
USER-DEFINED FLAP COEFFICIENTS
USER-DEFINED JET THRUST COEFFICIENTS
USER-DEFINED PROP THRUST COEFFICIENTS
USER-DEFINED GENERAL THRUST COEFFICIENTS
STUDY MILITARY AIRPLANES
71
USER-DEFINED MILITARY NOISE CURVES
USER-DEFINED MILITARY PROFILE IDENTIFIERS
USER-DEFINED MILITARY FIXED-POINT PROFILES
STUDY HELICOPTERS
A109 Standard data
B206B3 Standard data
B407 Standard data
EC130 Standard data
R22 Standard data
R44 Standard data
S76 Standard data
SA350D Standard data
USER-DEFINED HELICOPTER PROFILE IDENTIFIERS
USER-DEFINED HELICOPTER PROCEDURAL PROFILES
USER-DEFINED HELICOPTER NOISE CURVES
USER-DEFINED HELICOPTER DIRECTIVITY
CASE FLIGHT OPERATIONS - [CASO 1]
Acft Op Profile Stg Rwy Track Sub Group Day Evening Night
A109 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
A109 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
A109 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
A109 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
B206B3 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
B206B3 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 3.0000 0.0000 0.0000
72
B206B3 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
B206B3 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 3.0000 0.0000 0.0000
B407 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
B407 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
B407 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
B407 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
EC130 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 1.0000
EC130 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 1.0000
R22 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
R22 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
R22 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
R22 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
R44 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 5.0000 0.0000 0.0000
R44 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
R44 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 5.0000 0.0000 0.0000
R44 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
S76 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
S76 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
S76 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
S76 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
SA350D APP STANDARD 1 H 1 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
SA350D APP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
SA350D DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
SA350D DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
73
CASE RUNUP OPERATIONS - [CASO 1]
SCENARIO RUN OPTIONS
Run Type : Single-Metric
NoiseMetric : DNL
Do Terrain : No Terrain
Do Contour : Recursive Grid
Refinement : 14
Tolerance : 0.25
Low Cutoff : 65.0
High Cutoff : 85.0
Ground Type : All-Soft-Ground
Do Population : No
Do Locations : Yes
Do Standard : No
Do Detailed : No
Compute System Metrics:
DNL : No
CNEL : No
LAEQ : No
LAEQD : No
LAEQN : No
SEL : No
LAMAX : No
TALA : No
74
NEF : No
WECPNL : No
EPNL : No
PNLTM : No
TAPNL : No
CEXP : No
LCMAX : No
TALC : No
SCENARIO GRID DEFINITIONS
Name Type X( km) Y( km) Ang(deg) DisI( km) DisJ( km) NI NJ Thrsh dAmb (hr)
CONTOUR Contour -14.8160 -14.8160 0.0 29.6320 29.6320 2 2 85.0 0.0 0.00
LOCATION Location 0.0000 0.0000 0.0 0.0000 0.0002 1 1 85.0 0.0 0.00
75
A2: MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA SIMULAÇÃO NO INM NA
MÉTRICA LAeqD
INM 7.0d SCENARIO RUN INPUT REPORT 15-Feb-18 22:07
STUDY: C:\USERS\IAGO\DESKTOP\CURVA BANDEIRANTES - LOCATION POINTS\
Created : 08-Jan-18 09:11
Units : Metric
Airport : HCB
Description :
HELICENTRO BANDEIRANTES - HCB
CURVA ATUAL - MOVIMENTOS REGULARES
SCENARIO: CENÁRIO 2
Created : 25-Jan-18 21:30
Description : CURVA LAEQD
Last Run : 07-Feb-18 22:08
Run Duration : 000:00:28
STUDY AIRPORT
Latitude : - 23.638107 deg
Longitude : - 46.629390 deg
Elevation : 761.0 m
CASES RUN:
CASENAME: CASO 1
Temperature : 25.0 C
Pressure : 759.97 mm-Hg
76
AverageWind : 0.0 km/h
ChangeNPD : No
STUDY RUNWAYS
CASENAME: CASO 1
RwyWind : 0.0 km/h
STUDY HELIPADS
H
Latitude : - 23.638107 deg
Longitude : - 46.629390 deg
Xcoord : 0.0000 km
Ycoord : 0.0000 km
STUDY TRACKS
RwyId-OpType-TrkId
Sub PctSub TrkType Delta(m)
H-APP-1
0 100.00 Vectors 96.0
H-APP-2
0 100.00 Vectors 50.3
H-DEP-1
0 100.00 Vectors 41.1
H-DEP-2
0 100.00 Vectors 105.2
STUDY TRACK DETAIL
RwyId-OpType-TrkId-SubTrk
77
# SegType Dist/Angle Radius(km)
H-APP-1-0
1 Straight 5.0000 km
H-APP-2-0
1 Straight 5.0000 km
H-DEP-1-0
1 Straight 5.0000 km
H-DEP-2-0
1 Straight 5.0000 km
AIRCRAFT GROUP ASSIGNMENTS
STUDY AIRPLANES
STUDY SUBSTITUTION AIRPLANES
USER-DEFINED NOISE CURVES
USER-DEFINED METRICS
USER-DEFINED PROFILE IDENTIFIERS
USER-DEFINED PROCEDURAL PROFILES
USER-DEFINED FIXED-POINT PROFILES
USER-DEFINED FLAP COEFFICIENTS
USER-DEFINED JET THRUST COEFFICIENTS
USER-DEFINED PROP THRUST COEFFICIENTS
USER-DEFINED GENERAL THRUST COEFFICIENTS
STUDY MILITARY AIRPLANES
USER-DEFINED MILITARY NOISE CURVES
USER-DEFINED MILITARY PROFILE IDENTIFIERS
78
USER-DEFINED MILITARY FIXED-POINT PROFILES
STUDY HELICOPTERS
A109 Standard data
B206B3 Standard data
B407 Standard data
EC130 Standard data
R22 Standard data
R44 Standard data
S76 Standard data
SA350D Standard data
USER-DEFINED HELICOPTER PROFILE IDENTIFIERS
USER-DEFINED HELICOPTER PROCEDURAL PROFILES
USER-DEFINED HELICOPTER NOISE CURVES
USER-DEFINED HELICOPTER DIRECTIVITY
CASE FLIGHT OPERATIONS - [CASO 1]
Acft Op Profile Stg Rwy Track Sub Group Day Evening Night
A109 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
A109 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
A109 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
A109 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
B206B3 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
B206B3 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 3.0000 0.0000 0.0000
B206B3 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
B206B3 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 3.0000 0.0000 0.0000
79
B407 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
B407 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
B407 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
B407 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
EC130 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 1.0000
EC130 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 1.0000
R22 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
R22 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
R22 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
R22 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
R44 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 5.0000 0.0000 0.0000
R44 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
R44 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 5.0000 0.0000 0.0000
R44 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
S76 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
S76 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
S76 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
S76 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
SA350D APP STANDARD 1 H 1 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
SA350D APP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
SA350D DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
SA350D DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
CASE RUNUP OPERATIONS - [CASO 1]
SCENARIO RUN OPTIONS
80
Run Type : Single-Metric
NoiseMetric : LAEQD
Do Terrain : No Terrain
Do Contour : Recursive Grid
Refinement : 14
Tolerance : 0.25
Low Cutoff : 45.0
High Cutoff : 85.0
Ground Type : All-Soft-Ground
Do Population : No
Do Locations : Yes
Do Standard : No
Do Detailed : No
Compute System Metrics:
DNL : No
CNEL : No
LAEQ : No
LAEQD : No
LAEQN : No
SEL : No
LAMAX : No
TALA : No
NEF : No
WECPNL : No
81
EPNL : No
PNLTM : No
TAPNL : No
CEXP : No
LCMAX : No
TALC : No
SCENARIO GRID DEFINITIONS
Name Type X( km) Y( km) Ang(deg) DisI( km) DisJ( km) NI NJ Thrsh dAmb (hr)
CONTOUR Contour -14.8160 -14.8160 0.0 29.6320 29.6320 2 2 85.0 0.0 0.00
LOCATION Location 0.0000 0.0000 0.0 0.0000 0.0002 1 1 85.0 0.0 0.00
82
A3: MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA SIMULAÇÃO NO INM NA
MÉTRICA LAeqN
INM 7.0d SCENARIO RUN INPUT REPORT 15-Feb-18 22:07
STUDY: C:\USERS\IAGO\DESKTOP\CURVA BANDEIRANTES - LOCATION POINTS\
Created : 08-Jan-18 09:11
Units : Metric
Airport : HCB
Description :
HELICENTRO BANDEIRANTES - HCB
CURVA ATUAL - MOVIMENTOS REGULARES
SCENARIO: CENÁRIO 3
Created : 25-Jan-18 21:30
Description : CURVA LAEQN
Last Run : 07-Feb-18 22:09
Run Duration : 000:00:23
STUDY AIRPORT
Latitude : - 23.638107 deg
Longitude : - 46.629390 deg
Elevation : 761.0 m
CASES RUN:
CASENAME: CASO 1
Temperature : 25.0 C
Pressure : 759.97 mm-Hg
83
AverageWind : 0.0 km/h
ChangeNPD : No
STUDY RUNWAYS
CASENAME: CASO 1
RwyWind : 0.0 km/h
STUDY HELIPADS
H
Latitude : - 23.638107 deg
Longitude : - 46.629390 deg
Xcoord : 0.0000 km
Ycoord : 0.0000 km
STUDY TRACKS
RwyId-OpType-TrkId
Sub PctSub TrkType Delta(m)
H-APP-1
0 100.00 Vectors 96.0
H-APP-2
0 100.00 Vectors 50.3
H-DEP-1
0 100.00 Vectors 41.1
H-DEP-2
0 100.00 Vectors 105.2
STUDY TRACK DETAIL
RwyId-OpType-TrkId-SubTrk
84
# SegType Dist/Angle Radius(km)
H-APP-1-0
1 Straight 5.0000 km
H-APP-2-0
1 Straight 5.0000 km
H-DEP-1-0
1 Straight 5.0000 km
H-DEP-2-0
1 Straight 5.0000 km
AIRCRAFT GROUP ASSIGNMENTS
STUDY AIRPLANES
STUDY SUBSTITUTION AIRPLANES
USER-DEFINED NOISE CURVES
USER-DEFINED METRICS
USER-DEFINED PROFILE IDENTIFIERS
USER-DEFINED PROCEDURAL PROFILES
USER-DEFINED FIXED-POINT PROFILES
USER-DEFINED FLAP COEFFICIENTS
USER-DEFINED JET THRUST COEFFICIENTS
USER-DEFINED PROP THRUST COEFFICIENTS
USER-DEFINED GENERAL THRUST COEFFICIENTS
STUDY MILITARY AIRPLANES
USER-DEFINED MILITARY NOISE CURVES
USER-DEFINED MILITARY PROFILE IDENTIFIERS
85
USER-DEFINED MILITARY FIXED-POINT PROFILES
STUDY HELICOPTERS
A109 Standard data
B206B3 Standard data
B407 Standard data
EC130 Standard data
R22 Standard data
R44 Standard data
S76 Standard data
SA350D Standard data
USER-DEFINED HELICOPTER PROFILE IDENTIFIERS
USER-DEFINED HELICOPTER PROCEDURAL PROFILES
USER-DEFINED HELICOPTER NOISE CURVES
USER-DEFINED HELICOPTER DIRECTIVITY
CASE FLIGHT OPERATIONS - [CASO 1]
Acft Op Profile Stg Rwy Track Sub Group Day Evening Night
A109 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
A109 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
A109 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
A109 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
B206B3 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
B206B3 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 3.0000 0.0000 0.0000
B206B3 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
B206B3 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 3.0000 0.0000 0.0000
86
B407 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
B407 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
B407 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
B407 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
EC130 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 1.0000
EC130 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 1.0000 0.0000 1.0000
R22 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
R22 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
R22 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
R22 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
R44 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 5.0000 0.0000 0.0000
R44 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
R44 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 5.0000 0.0000 0.0000
R44 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
S76 APP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
S76 APP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
S76 DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 1.0000 0.0000 0.0000
S76 DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 2.0000 0.0000 0.0000
SA350D APP STANDARD 1 H 1 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
SA350D APP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
SA350D DEP STANDARD 1 H 1 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
SA350D DEP STANDARD 1 H 2 0 --- 4.0000 0.0000 0.0000
CASE RUNUP OPERATIONS - [CASO 1]
SCENARIO RUN OPTIONS
87
Run Type : Single-Metric
NoiseMetric : LAEQN
Do Terrain : No Terrain
Do Contour : Recursive Grid
Refinement : 14
Tolerance : 0.25
Low Cutoff : 45.0
High Cutoff : 85.0
Ground Type : All-Soft-Ground
Do Population : No
Do Locations : Yes
Do Standard : No
Do Detailed : No
Compute System Metrics:
DNL : No
CNEL : No
LAEQ : No
LAEQD : No
LAEQN : No
SEL : No
LAMAX : No
TALA : No
NEF : No
WECPNL : No
88
EPNL : No
PNLTM : No
TAPNL : No
CEXP : No
LCMAX : No
TALC : No
SCENARIO GRID DEFINITIONS
Name Type X( km) Y( km) Ang(deg) DisI( km) DisJ( km) NI NJ Thrsh dAmb (hr)
CONTOUR Contour -14.8160 -14.8160 0.0 29.6320 29.6320 2 2 85.0 0.0 0.00
LOCATION Location 0.0000 0.0000 0.0 0.0000 0.0002 1 1 85.0 0.0 0.00
89
12. ANEXOS
ANEXO 1 – LEI MUNICIAL 16.402, DE 22 DE MARÇO DE 2016
DAS ZONAS
Art. 5º As zonas correspondem a porções do território nas quais incidem parâmetros
próprios de parcelamento, uso e ocupação do solo estabelecidos nos quadros desta lei.
§ 1º Os perímetros das zonas estão delimitados nos Mapas 1 e 2 desta lei.
§ 2º Na área de proteção e recuperação dos mananciais deverão ser aplicadas, em todas
as zonas, as regras de parcelamento, uso e ocupação previstas na legislação estadual
pertinente, quando mais restritivas.
Art. 6º As zonas do Município têm suas características definidas em função do
território no qual se inserem:
I - populacional, atividades econômicas e serviços públicos, a diversificação de
atividades e a qualificação paisagística dos espaços públicos de forma a adequar o uso do solo
à oferta de transporte público coletivo, compreendendo:
a) Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU);
b) Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Ambiental (ZEUa);
c) Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto (ZEUP);
d) Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto Ambiental (ZEUPa);
e) Zona Eixo de Estruturação da Transformação Metropolitana (ZEM);
f) Zona Eixo de Estruturação da Transformação Metropolitana Previsto (ZEMP);
II - territórios de qualificação: são áreas em que se objetiva a manutenção de usos não
residenciais existentes, o fomento às atividades produtivas, a diversificação de usos ou o
adensamento populacional moderado, a depender das diferentes localidades que constituem
estes territórios, compreendendo:
90
a) Zona Centralidade (ZC);
b) Zona Centralidade Ambiental (ZCa);
c) Zona Centralidade lindeira à ZEIS (ZC-ZEIS);
d) Zona Corredor 1 (ZCOR-1);
e) Zona Corredor 2 (ZCOR-2);
f) Zona Corredor 3 (ZCOR-3);
g) Zona Corredor Ambiental (ZCORa);
h) Zona Mista (ZM);
i) Zona Mista Ambiental (ZMa);
j) Zona Mista de Interesse Social (ZMIS);
k) Zona Mista de Interesse Social Ambiental (ZMISa);
l) Zona Especial de Interesse Social 1 (ZEIS-1);
m) Zona Especial de Interesse Social 2 (ZEIS-2);
n) Zona Especial de Interesse Social 3 (ZEIS-3);
o) Zona Especial de Interesse Social 4 (ZEIS-4);
p) Zona Especial de Interesse Social 5 (ZEIS-5);
q) Zona de Desenvolvimento Econômico 1 (ZDE-1);
r) Zona de Desenvolvimento Econômico 2 (ZDE-2);
s) Zona Predominantemente Industrial 1 (ZPI-1);
t) Zona Predominantemente Industrial 2 (ZPI-2);
u) Zona de Ocupação Especial (ZOE);
III - territórios de preservação: são áreas em que se objetiva a preservação de bairros
consolidados de baixa e média densidades, de conjuntos urbanos específicos e territórios
destinados à promoção de atividades econômicas sustentáveis conjugada com a preservação
ambiental, além da preservação cultural, compreendendo:
91
a) Zona Predominantemente Residencial (ZPR);
b) Zona Exclusivamente Residencial 1 (ZER-1);
c) Zona Exclusivamente Residencial 2 (ZER-2);
d) Zona Exclusivamente Residencial Ambiental (ZERa);
e) Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável (ZPDS);
f) Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável da Zona Rural (ZPDSr);
g) Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM);
h) Zona Especial de Preservação (ZEP);
i) Zona Especial de Preservação Cultural (ZEPEC).
CAPÍTULO I
DAS ZONAS INTEGRANTES DOS TERRITÓRIOS DE TRANSFORMAÇÃO
Art. 7º As Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU) são porções
do território destinadas a promover usos residenciais e não residenciais com densidades
demográfica e construtiva altas e promover a qualificação paisagística e dos espaços públicos
de modo articulado com o sistema de transporte público coletivo, subdivididas em:
I - Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU): zonas inseridas na
Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, com parâmetros de parcelamento, uso e
ocupação do solo compatíveis com as diretrizes da referida macrozona;
[...]
III - Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto (ZEUP): zonas
inseridas na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, com parâmetros de
parcelamento, uso e ocupação do solo compatíveis com as diretrizes da referida macrozona e
com a perspectiva de ampliação da infraestrutura de transporte público coletivo;
[...]
CAPÍTULO II
DAS ZONAS INTEGRANTES DOS TERRITÓRIOS DE QUALIFICAÇÃO
92
Art. 9º As Zonas Centralidade (ZC) são porções do território voltadas à promoção de
atividades típicas de áreas centrais ou de subcentros regionais ou de bairros, destinadas
principalmente aos usos não residenciais, com densidades construtiva e demográfica médias, à
manutenção das atividades comerciais e de serviços existentes e à promoção da qualificação
dos espaços públicos, subdivididas em:
I - Zona Centralidade (ZC): porções do território localizadas na Macrozona de
Estruturação e Qualificação Urbana com atividades de abrangência regional;
[...]
Art. 10. As Zonas Corredores (ZCOR) incidem em lotes lindeiros à ZER ou à ZPR que
fazem frente para vias que exercem estruturação local ou regional, destinadas aos usos não
residenciais compatíveis com o uso residencial e com a fluidez do tráfego, com densidades
demográfica e construtiva baixas, subdivididas em:
I - Zona Corredor 1 (ZCOR-1): trechos de vias destinados à diversificação de usos de
forma compatível à vizinhança residencial;
[...]
Art. 11. As Zonas Mistas (ZM) são porções do território destinadas a promover usos
residenciais e não residenciais, com predominância do uso residencial, com densidades
construtiva e demográfica baixas e médias, subdivididas em:
I - Zona Mista (ZM): porções do território localizadas na Macrozona de Estruturação e
Qualificação Urbana;
[...]
Art. 12. As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) são porções do território
destinadas, predominantemente, à moradia digna para a população de baixa renda por
intermédio de melhorias urbanísticas, recuperação ambiental e regularização fundiária de
assentamentos precários e irregulares, bem como à provisão de novas Habitações de Interesse
Social – HIS e Habitações de Mercado Popular – HMP, a serem dotadas de equipamentos
sociais, infraestrutura, áreas verdes e comércio e serviços locais, situadas na zona urbana.
§ 1º As ZEIS classificam-se em 5 (cinco) categorias, definidas nos termos dos incisos I
a V do “caput” do art. 45 da Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014 – PDE.
93
[...]
Art. 15. As Zonas de Ocupação Especial (ZOE) são porções do território que, por suas
características específicas, necessitem de disciplina especial de parcelamento, uso e ocupação
do solo.
[...]
CAPÍTULO III
DAS ZONAS INTEGRANTES DOS TERRITÓRIOS DE PRESERVAÇÃO
Art. 16. As Zonas Predominantemente Residenciais (ZPR) são porções do território
destinadas majoritariamente ao uso residencial, bem como a atividades não residenciais
compatíveis com o uso residencial, com densidades construtiva e demográfica baixas.
Art. 17. As Zonas Exclusivamente Residenciais (ZER) são porções do território
destinadas ao uso exclusivamente residencial, com densidade demográfica baixa, sendo
subdivididas em:
[...]
II - Zona Exclusivamente Residencial 2 (ZER-2): áreas destinadas exclusivamente ao
uso residencial com predominância de lotes de pequeno porte;
[...]
Art. 20. As Zonas Especiais de Preservação (ZEP) são porções do território destinadas
a parques estaduais considerados unidades de conservação, parques naturais municipais
existentes e outras Unidades de Proteção Integral definidas pela legislação federal (Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza) existentes e que vierem a ser criadas no
Município, tendo por objetivo a preservação dos ecossistemas e permitindo apenas a pesquisa,
o ecoturismo e a educação ambiental.
[...]
Art. 178. Integram a presente lei:
[...]
k) Quadro 4B – Parâmetros de incomodidade por zona;
94
ANEXO 2 - PARÂMETROS DE INCOMODIDADE POR ZONA
Notas:
(a) Aplicam-se a legislação pertinente e as normas técnicas brasileiras – ABNT em vigor.
(b) Aplicam-se a legislação pertinente e as normas técnicas em vigor, sendo que o Executivo poderá estabelecer parâmetros mais
restritivos de radiação eletromagnéticas não ionizantes.
(c) No caso dos aeroportos aplica-se o nível de ruído conforme norma técnica específica.
(d) Poderão incidir parâmetros especiais e mais restritivos nos termos §2º do artigo 113 desta lei.
(e) Quando necessário a CETESB recomenda instalar e operar sistema de controle de poluição do ar baseado na melhor tecnologia.
(f) Para atividade de local de culto, nos feriados, sábados a partir das 14h e nos domingos, os parâmetros relativos a ruídos referentes ao
período das 7h às 19h passam a valer também para os períodos das 6h às 7h e das 19h às 22h, permanecendo inalterados os
parâmetros referentes ao período das 7h às 19h e das 22h às 7h.
Tipo de zona
Zona
Nível Critério de Avaliação (NCA)
para ambiente externo dB(A) (c) (d) (f)
Vibração
associada
Emissão de
radiação
Faixa de
frequência
(0Hz à
300GHz)
Emissão de
odores
Emissão de gases,
vapores e material
particulado (e) Emissão de
ruído das
7h às 19h
Emissão de
ruído das
19h às 22h
Emissão de
ruído das
22h às 7h
TR
AN
SFO
RM
AÇ
ÃO
ZEU
ZEUa 50 45 40 (a) (b) (a) (a)
ZEUPa
ZEU
60
55
50
(a)
(b)
(a)
(a)
ZEUP (a)
ZEM ZEM (a)
ZEMP (a)
Q
UA
LIF
ICA
ÇÃ
O
ZCs
ZCa 50 45 40 (a) (b) (a) (a)
ZC 60 55 50 (a) (b) (a)
(a)
ZC-ZEIS (a)
ZCOR
ZCOR-1 50 45 40 (a) (b) (a) (a)
ZCOR-2
ZCOR-3 55 50 45 (a) (b) (a) (a)
ZCORa 50 45 40 (a) (b) (a) (a)
ZM
ZM 60 55 50
(a)
(b)
(a)
(a) ZMa 50 45 40
ZMIS 60 55 50
ZMISa 50 45 40
ZEIS
ZEIS-1 50 45 40
(a)
(b)
(a)
(a)
ZEIS-2
ZEIS-3 55 50 45
ZEIS-4 50 45 40
ZEIS-5 55 50 45
ZDE ZDE-1 60 55 50
(a) (b) (a) (a) ZDE-2 65 60 55
ZPI ZPI-1
65 60 55 (a) (b) (a) (a) ZPI-2
P
RE
SE
RV
AÇ
ÃO
ZPR ZPR 50 45 40 (a) (b) (a) (a)
ZER
ZER-1 50
45
40
(a)
(b)
(a)
(a) ZER-2
ZERa
ZPDS ZPDS
50 45 40 (a) (b) (a) (a)
ZPDSr (a)
ZEPAM ZEPAM 50 45 40 (a) (b) (a) (a)
ÁR
EA
S
PÚ
BL
ICA
S E
INT
EG
RA
NT
ES
DO
SA
PA
VE
L Verdes
AVP-1 50 45 40 (a) (b) (a) (a)
AVP-2
Institucionais AI 60 55 50 (a) (b) (a) (a)
AIa 50 45 40 (a) (b) (a) (a)
Clubes AC1
50 45 40 (a) (b) (a) (a) AC2
95
ANEXO 3 – RBAC Nº 161, 10 DE SETEMBRO DE 2013
SUBPARTE B
PLANO DE ZONEAMENTO DE RUÍDO – PZR
161. 11 Aplicabilidade
(a) Este regulamento estabelece, para os operadores de aeródromos, os requisitos de
elaboração e aplicação do Plano de Zoneamento de Ruído – PZR e define critérios técnicos
aplicáveis na análise de questões relacionadas ao ruído aeronáutico na aviação civil.
(b) A autorização de construção ou modificação de características físicas e/ou
operacionais e de cadastro de aeródromos está condicionada ao cumprimento das Subpartes B,
C, D e E deste regulamento.
(c) Todo aeródromo civil ou compartilhado deve ter, obrigatoriamente, um PZR que
será cadastrado pela ANAC nos termos deste RBAC.
(d) Quando se tratar de aeródromo compartilhado, o operador de aeródromo deve
consultar o Comando da Aeronáutica – COMAER antes de elaborar o PZR.
161.13 Disposições gerais
(a) O PZR é composto pelas Curvas de Ruído e pelas compatibilizações e
incompatibilizações ao uso do solo estabelecidas para as áreas delimitadas por essas curvas.
(b) Curvas de ruído são linhas traçadas em um mapa, cada uma representando níveis
iguais de exposição ao ruído.
(1) Curva de Ruído de 85 é a linha traçada a partir da interpolação dos pontos que
apresentam nível de ruído médio dia-noite de 85 dB.
(2) Curva de Ruído de 80 é a linha traçada a partir da interpolação dos pontos que
apresentam nível de ruído médio dia-noite de 80 dB.
(3) Curva de Ruído de 75 é a linha traçada a partir da interpolação dos pontos que
apresentam nível de ruído médio dia-noite de 75 dB.
96
(4) Curva de Ruído de 70 é a linha traçada a partir da interpolação dos pontos que
apresentam nível de ruído médio dia-noite de 70 dB.
(5) Curva de Ruído de 65 é a linha traçada a partir da interpolação dos pontos que
apresentam nível de ruído médio dia-noite de 65 dB.
[...]
161. 15 Critérios para definição do tipo de PZR
(a) O operador de aeródromo deve utilizar o critério apresentado a seguir para definir a
obrigatoriedade de aplicação de um Plano Específico de Zoneamento de Ruído – PEZR:
(1) para aeródromos com média anual de movimento de aeronaves dos últimos 3 (três)
anos superior a 7.000 (sete mil), deve ser aplicado um PEZR.
(2) para os demais aeródromos, é facultado ao operador de aeródromo escolher o tipo
de plano a ser elaborado, Plano Básico de Zoneamento de Ruído – PBZR ou PEZR.
(b) A ANAC poderá solicitar a elaboração de um PEZR a qualquer aeródromo
SUBPARTE C
PLANO BÁSICO DE ZONEAMENTO DE RUÍDO – PBZR
161.21 Disposições Gerais
(a) O PBZR possui curvas de ruído de 75 e 65 com formas geométricas simplificadas
cujas configurações e dimensões são apresentadas, respectivamente, na Figura C-1 e na
Tabela C-1.
(b) As curvas de ruído de um PBZR serão obtidas por meio do enquadramento de cada
pista de pouso e decolagem do aeródromo em uma das quatro classes especificadas na Tabela
C-1, considerando o número de movimentos de aeronaves no ano anterior.
[...]
(c) O operador de aeródromo deve fazer constar do PBZR:
1) planta, nos formatos eletrônico e impresso, em escala que possibilite a identificação
de ruas e lotes da região, contendo no mínimo os seguintes itens:
97
(i) coordenadas geográficas das cabeceiras das pistas de pouso e decolagem e, no caso
de helipontos, de seu centro geométrico;
(ii) limites do sítio aeroportuário;
(iii) as curvas de ruído de 75 e 65;
(iv) escala gráfica;
(v) legenda.
(2) tabela contendo os usos compatíveis e incompatíveis para as áreas abrangidas pelo
Plano, de acordo com o exposto na Subparte E.
[...]
(e) Para efeito de elaboração e aplicação do PBZR para helipontos, os raios das Curvas
de Ruído de 75 e 65 são, respectivamente, 100 e 300 m, traçados a partir do centro geométrico
do heliponto, conforme presentados na Figura C-2.
Figura C-2- Configuração das curvas de ruído de 75 e 65 para helipontos
SUBPARTE D
PLANO ESPECÍFICO DE ZONEAMENTO DE RUÍDO – PEZR
98
161.31 Metodologia para elaboração das curvas de ruído que compõem o PEZR
(a) As cinco curvas de ruído que compõem o PEZR são calculadas por meio de
programa computacional que utilize metodologia matemática apropriada para a geração de
curvas, na métrica DNL.
(1) O operador de aeródromo deve calcular curvas de ruído para o sistema de pistas de
pouso e decolagem previsto no planejamento para a expansão da infraestrutura aeroportuária,
considerando a estimativa do número de movimentos e tipos de aeronaves, ao final do seu
horizonte de planejamento.
[...]
(b) O operador de aeródromo deve considerar, para o cálculo das curvas de ruído,
características físicas e operacionais do aeródromo.
(1) As características físicas do aeródromo devem incluir, no mínimo, os seguintes
dados:
(i) número de pistas existentes e planejadas;
(ii) dimensões das pistas existentes e planejadas;
(iii) coordenadas geográficas das cabeceiras das pistas existentes e planejadas;
(iv) elevação do aeródromo;
(v) temperatura de referência do aeródromo;
(vi) coordenadas geográficas do ponto de teste de motores e orientação da aeronave.
(2) As características operacionais do aeródromo devem incluir, no mínimo, os
seguintes dados:
(i) previsão do número de movimentos por cabeceira;
(ii) tipos de aeronaves que serão utilizadas na geração das curvas de ruído, incluindo
os respectivos pesos de decolagem;
99
SUBPARTE E
USO DO SOLO
Tabela E-1 - Usos compatíveis e incompatíveis para áreas abrangidas por PBZR
Uso do Solo
Nível de Ruído Médio Dia-
Noite (dB)
Abaixo
de 65 65-75
Acima
de 75
Residencial
Residências Uni e Multifamiliares S N(1) N
Alojamentos Temporários (Exemplos: hotéis, motéis e
pousadas ou empreendimentos equivalentes) S N(1) N
Locais de permanência prolongada (Exemplos: presídios,
orfanatos, asilos, quartéis, mosteiros, conventos, apart-hotéis,
pensões ou empreendimentos equivalentes)
S N(1) N
Usos Públicos
Educacional (Exemplos: Universidades, bibliotecas,
faculdades, creches, escolas, colégios ou empreendimentos
equivalentes)
S N(1) N
Saúde (Exemplos: hospitais, sanatórios, clínicas, casas de
saúde, centros de reabilitação ou empreendimentos
equivalentes)
S 30 N
Igrejas, auditórios e salas de Concerto
(Exemplos: igrejas, templos, associações religiosas, centros
culturais, museus, galerias de arte, cinemas, teatros ou
empreendimentos equivalentes)
S 30 N
Serviços Governamentais (Exemplos: postos de atendimento,
correios, aduanas ou empreendimentos equivalentes) S 25 N
Transportes (Exemplos: Terminais rodoviários, ferroviários,
aeroportuários, marítimos, de carga e passageiros ou
empreendimentos equivalentes)
S 25 35
Estacionamentos
(Exemplo: edifício garagem ou empreendimentos
equivalentes)
S 25 N
Usos Comerciais e serviços S
Escritórios, negócios e profissional liberal (Exemplos:
escritórios, salas e salões comerciais, consultórios ou
empreendimentos equivalentes)
S 25 N
100
Comércio atacadista - Materiais de construção, equipamentos
de grande porte S 25 N
Comércio varejista S 25 N
Serviços de utilidade pública (Exemplos: cemitérios,
crematórios, estações de tratamento de água e esgoto,
reservatórios de água, geração e distribuição de energia
elétrica, Corpo de Bombeiros ou empreendimentos
equivalentes)
S 25 N
Serviços de comunicação (Exemplos: estações de rádio e
televisão ou empreendimentos equivalentes) S 25 N
Usos Industriais e de Produção
Indústrias em Geral S 25 N
Indústrias de precisão (Exemplo: fotografia, óptica) S 25 N
Agricultura e floresta S S(3) S(4)
Criação de animais, pecuária S S(3) N
Mineração e pesca (Exemplo: produção e extração de recursos
naturais) S S S
Usos Recreacionais
Estádios de esportes ao ar livre, ginásios S S N
Conchas acústicas ao ar livre e anfiteatros S N N
Exposições agropecuárias e zoológicos S N N
Parques, parques de diversões, acampamentos ou
empreendimentos equivalentes S S N
Campos de Golf, hípicas e parques aquáticos S 25 N
101
Tabela E-2 - Usos compatíveis e incompatíveis para áreas abrangidas por PEZR
Nível de Ruído Médio dia-noite (dB)
Uso do Solo Abaixo
de 65 65 – 70 70 – 75 75 – 80 80 – 85
Acima
de 85
Residencial
Residências uni e multifamiliares S N (1) N (1) N N N
Alojamentos Temporários (exemplos:
hotéis, motéis e pousadas ou
empreendimentos equivalentes)
S N (1) N (1) N (1) N N
Locais de permanência prolongada
(exemplos: presídios, orfanatos,
asilos, quartéis, mosteiros, conventos,
apart-hotéis, pensões ou
empreendimentos equivalentes)
S N (1) N (1) N N N
Usos Públicos
Educacional (exemplos:
Universidades, bibliotecas,
faculdades, creches, escolas, colégios
ou empreendimentos equivalentes)
S N (1) N (1) N N N
Saúde (exemplos: hospitais,
sanatórios, clínicas, casas de saúde,
centros de reabilitação ou
empreendimentos equivalentes)
S 25 30 N N N
Igrejas, auditórios e salas de Concerto
(exemplos: igrejas, templos,
associações religiosas, centros
culturais, museus, galerias de arte,
cinemas, teatros ou empreendimentos
equivalentes)
S 25 30 N N N
Serviços governamentais (exemplos:
postos de atendimento, correios,
aduanas ou empreendimentos
equivalentes)
S S 25 30 N N
Transportes (exemplos: terminais
rodoviários, ferroviários,
aeroportuários, marítimos, de carga e
passageiros ou empreendimentos
equivalentes)
S S 25 30 35 35
Estacionamentos (exemplo: edifício
garagem ou empreendimentos
equivalentes)
S S 25 30 35 N
Usos Comerciais e serviços
Escritórios, negócios e profissional
liberal (exemplos: escritórios, salas e
salões comerciais, consultórios ou
empreendimentos equivalentes)
S S 25 30 N N
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Comércio atacadista - materiais de
construção, equipamentos de grande
porte
S S 25 30 35 N
Comércio varejista S S 25 30 N N
Serviços de utilidade pública
(exemplos: cemitérios, crematórios,
estações de tratamento de água e
esgoto, reservatórios de água, geração
e distribuição de energia elétrica,
Corpo de Bombeiros ou
empreendimentos equivalentes)
S S 25 30 35 N
Serviços de comunicação (exemplos:
estações de rádio e televisão ou
empreendimentos equivalentes)
S S 25 30 N N
Usos Industriais e de Produção
Indústrias em geral S S 25 30 35 N
Indústrias de precisão (Exemplo:
fotografia, óptica) S S 25 30 N N
Agricultura e floresta S S (2) S (3) S (4) S (4) S (4)
Criação de animais, pecuária S S (2) S (3) N N N
Mineração e pesca (Exemplo: S S S S S S
Usos Recreacionais
Estádios de esportes ao ar livre,
ginásios S S S N N N
Conchas acústicas ao ar livre e
anfiteatros S N N N N N
Exposições agropecuárias e
zoológicos S S N N N N
Parques, parques de diversões,
acampamentos ou empreendimentos
equivalentes
S S S N N N
Campos de golf, hípicas e parques
aquáticos S S 25 30 N N
Notas das Tabelas E-1 e E-2 :
• S (Sim) = Usos do solo e edificações relacionadas compatíveis sem restrições
• N (Não) = Usos do solo e edificações relacionadas não compatíveis.
• 25, 30, 35 = Usos do solo e edificações relacionadas geralmente compatíveis.
Medidas para atingir uma redução de nível de ruído – RR de 25, 30 ou 35 dB
devem ser incorporadas no projeto/construção das edificações onde houver
permanência prolongada de pessoas.
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• (1) Sempre que os órgãos determinarem que os usos devam ser permitidos,
devem ser adotadas medidas para atingir uma RR de pelo menos 25 dB.
• (2) Edificações residenciais requerem uma RR de 25 dB.
• (3) Edificações residenciais requerem uma RR de 30 dB.
• (4) Edificações residenciais não são compatíveis.
Observação: Redução de Nível de Ruído (exterior para interior) – RR: diferença entre
as medidas simultâneas de nível de ruído externo e interno à edificação, considerando uma
fonte sonora constante (RBAC Nº 161).
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