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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO
PROGRAMA DE RECURSOS HUMANOS EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO – ANP/PRH 43
TRABALHO DE CONCLUSÃO
SISTEMA ATMOSFÉRICO DE DISPERSÃO DE ÁGUA TRATADA:
ADEQUAÇÕES AMBIENTAIS E LEGISLATIVAS
Dayana de Lima e Silva
Orientador: Prof. Dr. Wilaci Eutrópio Fernandes Junior
Natal/RN,Dezembro de 2012
Trabalho apresentado ao PRH/ANP 43 – Engenharia de Petróleo
Dayana de Lima e Silva ‐ Campus Universitário ‐ Natal ‐ RN – BRASIL – CEP: ‐ 59072‐970
E‐mail: [email protected] Tel. +55 (84) 33422517 / 91676594 ii
SISTEMA ATMOSFÉRICO DE DISPERSÃO DE ÁGUA
TRATADA: ADEQUAÇÕES AMBIENTAIS E LEGISLATIVAS
Esta pesquisa corresponde ao trabalho final apresentado
ao Programa de Recursos Humanos em Engenharia de
Petróleo – PRH/ANP 43 inserido no Departamento de
Engenharia de Petróleo da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte.
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SILVA, Dayana de Lima e – Sistema Atmosférico de Dispersão de Água Tratada:
Adequações Ambientais e Legislativas.Trabalho final apresentado ao PRH/ANP 43.
Concentração: Pesquisa e Desenvolvimento em Engenharia de Petróleo. Linha de Pesquisa:
Meio ambiente, Natal-RN, Brasil.
Orientador: Prof. Dr. Wilaci Eutrópio Fernandes Junior
RESUMO
A produção de água é realidade inerente à produção do petróleo, sendo, em muitos
casos, de volume muito maior que o do óleo produzido. Geralmente o destino dado às águas
produzidas, após tratamento, é o da reinjeção nos poços, descarte para os mananciais ou reuso
industrial. Existem casos em que os destinos atualmente empregados não podem ser utilizados,
seja por alto custo, por impossibilidade de recebimento do local de destino ou por não haver
facilidades ainda desenvolvidas. O emprego de um sistema de dispersão atmosférico da água
produzida aumenta as possibilidades de descarte desta água, proporcionando maior produção
do petróleo ou redução de perdas a ela associadas. O objetivo deste trabalho é estudar as
possibilidades de um atomizador para dispersar água produzida tratada de reservatórios de
petróleo a fim de descartá-la em meio atmosférico atendendo a legislação vigente e com base
em fundamentos de dispersão atmosférica. Isso impulsionado pela necessidade de novas
técnicas e novos fins para a água produzida tratada de reservatórios de petróleo, em curto e a
médio-longo prazo visando os campos do pré-sal.Em relação às possibilidades operacionais, o
projeto é viável economicamente em virtude dos baixos custos de implantação, transporte e
manutenção, além de necessitar de pressões bastante inferiores às de injeção, reduzindo o custo
de energia elétrica e de não exigir perfurações de poços. Como resultado prévio espera-se:
Melhoria do micro-clima da região em torno do sistema de dispersão;Ganho social;Antecipar
os resultados de produção de poços com alto BS&W e distante das facilidades de produção (não
necessita de perfurar poços de injeção);Antecipação de receita;Possibilita operar em paralelo
com sistemas hoje implantados; Aumenta a flexibilidade operacional. O sistema utiliza a
energia eólica para promover a dispersão atmosférica e o transporte da água produzida.
Palavras-chave: descarte, água produzida, dispersão atmosférica.
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ABSTRACT
The production water is actually inherent in the production of oil and in many cases, the
volume is greater than the oil produced. Usually the destination of the produced water after
treatment is the reinjection wells, springs or disposal for industrial reuse. There are cases where
the destinations currently employed can not be used either by high cost, for the inability to
receive the place of destination or no facilities yet developed. The use of a dispersion system of
atmospheric water produced increases the possibilities of disposing of the water, providing
increased oil production and reduction of losses associated with it. The objective of this work is
to study the possibilities of an atomizer to disperse the treated produced water oil reservoirs in
order to dispose of it in the middle atmosphere serving legislation and taking into consideration
fundamentals of atmospheric dispersion. This is driven by the need for new techniques and new
purposes for the treated water produced from oil reservoirs in the short term and medium-term
targeting the pre-salt fields. Regarding the operational possibilities, the project is economically
viable because of low deployment costs, transportation and maintenance, and require much
lower pressures to injection, reducing the cost of electricity and does not require drilling of wells.
As previous results: Improvement of the microclimate of the region around the dispersal system;
Gain social Anticipating the results of production from wells with high BS & W and away from
production facilities (no need to drill injection wells ) Anticipated revenue; Enables operate in
parallel with systems deployed today; Increases operational flexibility. The system uses wind
power to promote the atmospheric dispersion and transport of produced water.
Keywords: disposal, produced water, atmospheric dispersion.
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"Se não me identifico com outras
sensibilidades semelhantes à minha e se não
me obstino incansavelmente em perseguir este
ideal eternamente inacessível na arte e na
ciência, a vida perde todo o sentido para mim."
Albert Einstein.
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Dedicatória
A meus pais e irmãos.
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Agradecimentos A Deus!
A meus pais, Tarciso e Elizaete e irmãos, Nádia Patrícia e Marcos Dayan pela torcida
e apoio.
Aos amigos,minha energia mais motivadora, desafiadora.
Aos professores em especial, Célio Gurgel, Wilaci Eutrópio pelo incentivo, paciência
e ajuda em todos os momentos.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte pelo suporte humano e físico
fundamentais para um trabalho acadêmico. Orgulho-me de fazer desse universo.
Ao PRH-ANP 43 pelas oportunidades não apenas acadêmicas, mas, sobretudo pelo
conhecimento de mundo oferecido.
A Petrobras pelo incentivo ao curso de Engenharia de Petróleo.
A Agência Nacional doPetróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT),
por meiodo Programa de Recursos Humanos da ANP para o Setor Petróleo e Gás (PRH-
ANP/MCT) pelo apoio financeiro.
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Índice
1. Introdução.............................................................................................................................1
1.1 Objetivos..............................................................................................................2
2. Modelagem do Processo.......................................................................................................4
2.1. Condições Atmosféricas e de Dispersão................................................................6
2.2. Legislação Ambiental .........................................................................................13
2.2.1. Direito Ambiental - Lei Nº 9.966...............................................................13
2.2.2. Resolução CONAMA - Lei Nº 357............................................................14
2.2.3. Resolução CONAMA - Lei Nº 382............................................................16
3. Resultados e Discussões......................................................................................................19
3.1. Importância dos resultados................................................................................20
3.1.1. Importância para a formação acadêmica...................................................20
3.1.2. Importância para a formação profissional..................................................20
4. Conclusões...........................................................................................................................21
4.1. Recomendações..................................................................................................22
Referências...............................................................................................................................23
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Lista de Figuras
Capítulo II
Figura 2.1: Esboço do SADAT...................................................................................................5
Figura 2.2: Etapas de uma dispersão: emissão, transporte e imissão (Modificado de Lisboa,
2010)...........................................................................................................................................6
Figura 2.3: Gradiente térmico.....................................................................................................8
Figura 2.4: Processos de dispersão.............................................................................................9
Lista de Tabelas
Capítulo II
Tabela 2.1: Extensões das escalas de movimento.......................................................................7
Nomenclaturas e Abreviações
SADAT: Sistema atmosférico de dispersão de água tratada
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
Capítulo I
Introdução
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1. Introdução
Por muitos anos acreditava-se que explorar recursos naturais não exigia preservá-los.
Nos últimos anos com o conceito de sustentabilidade muito difundido em todo o mundo, essa
visão ficou para trás. Sabe-se que os recursos naturais precisam ser explorados e a iminente
escassez faz desa atividade uma preocupação com as gerações futuras.
No sentido de conservação da vida e desenvolvimento sócio-político-econômico, dois
recursos naturais ganham destaque: a água e o petróleo. O primeiro é indispensável à vida, o
segundo é fonte de energia indispensável para o desenvolvimento. Atrelá-los é ter a certeza de
que se está lidando com um meio ambiente rico, necessário e exigente de preservação. A
indústria de petróleo vive essa realidade quando se trata do reuso das águas produzidas tratadas.
Pensando em uma solução alternativaparaa produção de água inerente à produção do
petróleo, esse trabalho propõeum atomizador para dispersar água produzida tratada de
reservatórios de petróleo a fim de descartá-la em meio atmosférico atendendo a legislação
vigente e com base em fundamentos de dispersão atmosférica.
Geralmente, o destino dado às águas produzidas, após o tratamento, é o da reinjeção
nos poços, descarte para os mananciais ou reuso industrial, o que faz necessáriasnovas técnicas
e novos fins para a água produzida tratada de reservatórios de petróleo, em curto e a médio-
longo prazos.
Em relação às possibilidades operacionais, o projeto é viável economicamente em
virtude dos baixos custos de implantação, transporte e manutenção, além de necessitar de
pressões bastante inferiores às de injeção, reduzindo o custo de energia elétrica e de não exigir
perfurações de poços.
Existem casos em que os destinos atualmente empregados não podem ser utilizados,
seja pelo custo, pela impossibilidade ambiental de instalação.
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O emprego de um sistema de dispersão atmosférico da água produzida aumenta as
possibilidades de descarte desta água, proporcionando maior produção do petróleo ou redução
de perdas a ela associadas.
Como resultado espera-se: Melhoria do micro-clima da região em torno do sistema de
dispersão; Ganho social; Antecipar os resultados de produção de poços com alto BS&W e
distante das facilidades de produção (não necessita de perfurar poços de injeção); Antecipação
de receita; Possibilita operar em paralelo com sistemas hoje implantados; Aumenta a
flexibilidade operacional. O sistema utiliza a energia eólica para promover a dispersão
atmosférica e o transporte da água produzida.
1.1. Objetivos
Este trabalho tem por objetivo estudar as possibilidades de dispersão e enquadramento
legislativo de um sistema de descarte atmosférico de águas produzidastratadas. Não é foco
deste projetar ou realizar o experimento fisicamente. Os próximos capítulos abordarão:
Capítulo II: Modelagem do processo – Descreve como o estudo foi desenvolvido, em
que bases se fundamentou.
Capítulo III: Resultados e discussões – Exibe e analisa os resultados.
Capítulo IV: Conclusões – Lista os pontos conclusivos e aponta recomendações.
As referências bibliográficas são relacionadas ao final.
Capítulo II
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Matematicamente, o transporte apresentado na Figura 2.2 implica no desenvolvimento
e estudo do comportamento de uma pluma.Adequar a partícula dispersa a um modelo
matemático promove o ajuste do sistema, restringindo-o e facilitando sua análise.
• Aspectos Meteorológicos
As condições externas, aquelas imprevisíveis em geral, não são consideradas e uma
vez acontecendo modificam todo o cenário da abordagem. Quando essas condições externas
estão vinculadas ao meio ambiente mais cauteloso deve ser o estudo.
a. Ventos
Se o ar se move em relação ao solo, pode-se dizer que se trata de vento, ou seja,
apenas ar em movimento. Assim, uma série de forças coloca este ar em movimento:
• Gradiente de pressão, que tende a impulsionar o movimento do ar de áreas com alta
pata baixa pressão.
• Gravidade, que acelera o ar para baixo a uma taxa próxima de 9,8m/s².
• Fricção, que atua no sentido oposto a direção do vento e é aproximadamente
proporcional ao quadrado da velocidade do vento.
• Força de Coriolis, causada pela rotação do planeta e que geralmente, chama-se
força defletora da rotação da Terra. Atua em ângulo reto à direção do vento e é proporcional a
velocidade do mesmo; Em consequência, atua para a direita no hemisfério norte e para a
esquerda no hemisfério sul.
Na prática, o vento tende a soprar de maneira constante, ou seja, sem mudanças de
velocidade e direção em relação à Terra. A segunda lei de Newton expressa que uma vez
aplicando uma força, é produzida uma aceleração proporcional.
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Com isso, se não há aceleração, não pode haver forças. Uma vez não existindo essas
forças, fica evidente a presença de um equilíbrio. Em outras palavras, as forças se cancelam.
Somente sob essas considerações o vento pode soprar com velocidade constante. Assim, pode
dizer que o ar se move normalmente e está sujeito a um equilíbrio de forças. (Henry, J.G e
Heinke, G.W.; 1999).
Em regiões litorâneas a frequência e velocidade do vento são maiores do que em
regiões de clima quente e seco. Adequar o sistema a essas condições significa estruturá-lo
fisicamente para as adversidades climáticas ao mesmo tempo em que, pode-se prever o raio de
dispersão que pode ser alcançado.
O protótipo idealizado do SADAT utiliza a energia eólica para promover a dispersão
atmosférica e o transporte da água produzida.
b. Escalas de Movimento
São três as escalas de movimento: sinótica, mesoescala e microescala. Em termos de
extensão são distribuídas conforme a Tabela 2.1.
Tabela 2.1: Extensões das escalas de movimento
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Em virtude das extensões da Tabela 2.1, o sistema de dispersão proposto se enquadra
na Microescala. Nesta, são inseridos os movimentos resultantes dos efeitos aerodinâmicos das
edificações, da rugosidade das superfícies e da cobertura vegetal.
Quaisquer pequenos obstáculos interferemna trajetória da dispersão.
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Sabe-se também que a forma como as partículas se dispersam na atmosfera segue,
basicamente a tendência do gradiente de temperatura. Com base nesse modelo pluma e no
gradiente térmico, os processos de dispersão podem ser definidos de acordo com a Figura 2.4.
a. Serpenteate (Looping)
• Perfil térmico: Superadiabático, a temperatura diminui mais rápido que a
adiabática;
• Condições predominantes: atmosfera instável, ventos fracos, céu claro com
poucas nuvens e muita insolação;
• Outras características: A estabilidade de origem térmica provoca grandes
turbilhões que aceleram a dispersão.
b. Cônico (Conning)
• Perfil térmico: Subadiabático, a temperatura aumenta mais rápido que a
adiabática;
• Condições predominantes: Dias nublados com ventos moderados;
• Outras características: Forma cônica e dispersão em menor volume do que o
modelo serpenteante.
c. Tubular (Fanning)
• Perfil térmico: Inversão, a temperatura aumenta com a altitude;
• Condições predominantes: Períodos no fim da tarde, noite e amanhecer;
• Outras características: Ausência de efeitos mecânicos, ou seja, em função da
estabilidade do ar, a mistura vertical pode ser considerada inexistente. E a horizontal é muito
baixa em função da ausência de ventos.
d. Fumegante (Fumigation)
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• Perfil térmico: A dispersão é iniciada abaixo da zona de inversão;
• Condições predominantes: Após o nascer do sol, a superfície do solo é aquecida,
reduzindo até o desaparecimento a inversão, o que favorece o processo dispersivo;
• Outras características: Elevados teores de concentração.
e. Antifumegante (Lofting)
• Perfil térmico: A dispersão é iniciada acima da zona de inversão;
• Condições predominantes: Entardecer quando se acentua o fenômeno de correntes
dear descendentes que é consequência da pressão existente entre grandes massas de ar que se
deslocam na atmosfera;
• Outras características: Pontos de emissão na ordem de 200m favorecem a dispersão.
f. Captura (Trapping)
• Perfil térmico: Dispersão retida em entre duas zonas de inversão;
• Condições predominantes: Neutralidade ou leve instabilidade ou ainda estabilidade
abaixo da dispersão;
• Outras características: Dentre os processos de dispersão é o de menor probabilidade
de ocorrência.
Considerando o clima predominante na região da Bacia Potiguar, dos sistemas de
dispersão apresentados na Figura 2.4, enquadra em um possível padrão para o SADAT o
modelo Serpenteante - Perfil térmico super adiabático, a temperatura diminui mais rápido que a
adiabática. São condições predominantes para sua ocorrência: atmosfera instável, ventos fracos,
céu claro com poucas nuvens e muita insolação.
Neste modelo, a estabilidade de origem térmica provoca grandes turbilhões que
aceleram a dispersão. No entanto, em nível numérico, o modelo cônico é o desejável.
Assim, só um estudo mais detalhado definiria a melhor formatação.
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2.2. Legislação Ambiental
A água é a fonte de sobrevivência de todo ser vivo. Seu consumo é abrangente e
indispensável para o homem, a natureza, as indústrias e o mundo.
Sua disponibilidade tem sido tema constante entre os povos e fator decisivo para a
modelagem dos ecossistemas. Tal abordagem é importante, principalmente porque, além de
tratar da escassez da água, engloba as discussões sobre as condições físicas e químicas
adequadas para sua utilização.
Um dos setores que tem tratado o tema da água com destaque é a Indústria Petrolífera.
Além de ter esse bem como produto final do seu processo também é responsável por seu
tratamento e destino utilização na própria área de petróleo, descarte ou aproveitamento em
outros âmbitos industriais.
O presente trabalho tem por objetivo, destacar a legislação vigente em relação ao
descarte da água provinda da indústria de petróleo. Esse enquadramento nos termos da lei além
de assegurar a viabilidade do projeto, a depender das condições de instalação também pode
reduzir custos de operação se não houver necessidade de processamento oneroso da água
produzida.
2.2.1. Direito Ambiental - Lei Nº 9.966
A Lei Ambiental N°9.966 dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da
poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas
sob jurisdição nacional. De acordo com esta, alguns conceitos para plataformas e suas
instalações de apoio nacionais ou estrangeiras são assim definidos:
Óleo: qualquer forma de hidrocarboneto, incluindo óleo cru, óleo combustível, borra,
resíduos de petróleo e produtos refinados.
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Mistura oleosa: mistura de água e óleo, em qualquer proporção.
Substância nociva ou perigosa: qualquer substância que, se descarregada nas águas, é
capaz de gerar riscos ou causar danos à saúde humana, ao ecossistema aquático ou prejudicar o
uso da água e de seu entorno.As substâncias nocivas ou perigosas são classificadas de acordo
com o risco produzido, para a saúde humana e para o ecossistema aquático, quando
descarregadas na água.
Descarga: qualquer despejo, escape, derrame, vazamento, esvaziamento, lançamento
para fora ou bombeamento de substâncias nocivas ou perigosas, em qualquer quantidade, a
partir de um navio, porto organizado, instalação portuária, duto, plataforma ou suas instalações
de apoio.
A descarga de óleo, misturas oleosas, substâncias nocivas ou perigosas de qualquer
categoria, e lixo, em águas sob jurisdição nacional, poderá ser excepcionalmente tolerada para
proteção de vidas humanas, pesquisa ou segurança de navio, nos termos do regulamento. A
descarga de resíduos sólidos das operações de perfuração de poços de petróleo será objeto de
regulamentação específica pelo órgão federal de meio ambiente.
Águas interiores: as compreendidas entre a costa e a linha-de-base reta, a partir de
onde se mede o mar territorial, as dos portos, das baías, dos rios e de suas desembocaduras, dos
lagos, das lagoas e dos canais, dos arquipélagos, e águas entre os baixios a descoberta e a costa;
Águas marítimas: todas aquelas que não sejam interiores.
O entendimento da Lei Ambiental N° 9.966 facilita na padronização sa nomenclatura
a ser adotada bem como e regulariza as categorias de risco. Essa última é determinante para a
viabilidade de instalação e execução de um projeto.
2.2.2.Resolução CONAMA - Lei Nº 357
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A Resolução CONAMA N° 357 dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões
de lançamento de efluentes.
De acordo com essa resolução, a água integra as preocupações do desenvolvimento
sustentável, baseado nos princípios da função ecológica da propriedade, da prevenção, da
precaução, do poluidor-pagador, do usuário-pagador e da integração, bem como no
reconhecimento de valor intrinseco à natureza. Nesse contexto, de acordo com a salinidade as
águas são assim classificadas:
Águas doces: Salinidade igual ou inferior a 0,5 %;
Águas salobras: Salinidade superior a 0,5 % e inferior a 30 %;
Águas salinas: Salinidade igual ou superior a 30 %.
A Resolução N° 357 ainda denomina:
Carga poluidora: quantidade de determinado poluente transportado ou lançado em um
corpo de água receptor, expressa em unidade de massa por tempo.
Classe de qualidade: conjunto de condições e padrões de qualidade de água
necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros.
Classificação: qualificação das águas doces, salobras e salinas em função dos usos
preponderantes (sistema de classes de qualidade) atuais e futuros.
Condição de qualidade: qualidade apresentada por um segmento de corpo d’água, num
determinado momento, em termos dos usos possíveis com segurança adequada, frente às
Classes de Qualidade.
Condições de lançamento: condições e padrões de emissão adotados para o controle de
lançamentos de efluentes no corpo receptor.
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Desinfecção: remoção ou inativação de organismos potencialmente patogênicos.
Enquadramento: estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a
ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de corpo de água, de acordo com
os usos preponderantes pretendidos, ao longo do tempo.
A importância da Resolução CONAMA N° 357 está por abranger a qualidade da água
e enquadrar as condições de emissão, pontos fundamnetais do projeto proposto.
2.2.3.Resolução CONAMA - Lei Nº 382
A resolução 382 do CONAMA, estabelecer limites máximos de emissão de poluentes
atmosféricos para fontes fixas. Estes devem ser fixados por poluente e por tipologia de
fonte.Para o estabelecimento dos limites de emissão de poluentes atmosféricos são
considerados os seguintes critérios mínimos:
• O uso do limite de emissões é um dos instrumentos de controle ambiental, cuja
aplicação deve ser associada a critérios de capacidade de suporte do meio ambiente, ou seja, ao
grau de saturação da região onde se encontra o empreendimento.
• O estabelecimento de limites de emissão deve ter como base tecnologias
ambientalmente adequadas, abrangendo todas as fases, desde a concepção, instalação, operação
e manutenção das unidades bem como o uso de matérias primas e insumos.
• Adoção de tecnologias de controle de emissão de poluentes atmosféricos técnica e
economicamente viáveis e acessíveis e já desenvolvidas em escala que permitam sua aplicação
prática.
• Possibilidade de diferenciação dos limites de emissão, em função do porte,
localização e especificidades das fontes de emissão, bem como das características, carga e
efeitos dos poluentes liberados.
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• Informações técnicas e mensurações de emissões efetuadas no País bem como o
levantamento bibliográfico do que está sendo praticado no Brasil e no exterior em termos de
fabricação e uso de equipamentos, assim como exigências dos órgãos ambientais licenciadores.
Esta resolução adota também algumas definições referentes às fontes de emissão:
• Capacidade de suporte: a capacidade da atmosfera de uma região receber os
remanescentes das fontes emissoras de forma a serem atendidos os padrões ambientais e os
diversos usos dos recursos naturais.
• Controle de emissões: procedimentos destinados à redução ou à prevenção da
liberação de poluentes para a atmosfera.
• Emissão: lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou
gasosa.
• Emissão fugitiva: lançamento difuso na atmosfera de qualquer forma de matéria
sólida, líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte desprovida de dispositivo projetado para
dirigir ou controlar seu fluxo.
• Emissão pontual: lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida,
líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte provida de dispositivo para dirigir ou controlar seu
fluxo, como dutos e chaminés.
• Equipamento de controle de poluição do ar: dispositivo que reduz as emissões
atmosféricas.
• Fonte fixa de emissão: qualquer instalação, equipamento ou processo, situado em
local fixo, que libere ou emita matéria para a atmosfera, por emissão pontual ou fugitiva.
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• Limite máximo de emissão-LME: quantidade máxima de poluentes permissível de
ser lançada para a atmosfera por fontes fixas.
• Prevenção à geração da poluição: conceito que privilegia a atuação sobre o
processo produtivo, de forma a minimizar a geração de poluição, eliminando ou reduzindo a
necessidade do uso de equipamento de controle, também conhecido como as denominações de
Prevenção à Poluição e Produção mais Limpa.
Nesta resolução embora o enfoque seja a poluição atmosférica sólido-ar pode-se
estendê-la para o caso água-ar no sentido legislativo. Isso permite a adequação do sistema deste
trabalho.
Dentro do que foi esboçado, uma vez regulamentado pela legislação, o SADAT mostra-
se viável economicamente em virtude dos baixos custos previstos de implantação, transporte e
manutenção, além de necessitar de pressões bastante inferiores às de injeção, reduzindo o custo
de energia elétrica e de não exigir perfurações de poços.
A análise da legislação assegura ainda a antecipaçãodos resultados de produção de
poços com alto BS&W podendo ser locado distante das estruturas de produção uma vez que,
não necessita de perfurar poços de injeção. Ou seja, possibilita operar em paralelo com sistemas
hoje implantados, aumentando a flexibilidade operacional.
Capítulo III
Resultados e Discussões
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3. Resultados e Discussões
Este capítulo é destinado a discussão dos resultados e sua importância
3.1. Importância dos resultados
A realidade da região Nordeste no que diz respeito a produção de petróleo e os
desafios inseridos com a descoberta do pré-sal fazem do descarte de água um fator
indispensável de análise sobretudo, do ponto de vista de novas tecnologias.
Dessa forma, este trabalho, mesmo que teoricamente, aponta uma solução alternativa
para o problema dos altos volumes de água produzida.
3.1.1. Importância para a formação acadêmica
Em nível acadêmico, trabalhar junto com um docente com experiência na indústria
fez desse projeto uma realidade além da universidade. Mostrou como os conhecimentos de
sala de aula podem de fato serem aplicados.
A troca de conhecimento foi fundamental para a realização deste.
3.1.2. Importância para a formação profissional
De um desafio encontrar a solução. Esta é a realidade de qualquer profissional em
especial o do setor de petróleo. Realizar esse projeto foi também vivenciar um pouco do
ambiente profissional.
Do ponto de vista da pesquisa, a ideia de uma alternativa para o descarte de água
produzida pode surtir interesse de empresas do setor para a implantação prática do
equipamento.
Capítulo IV
Conclusões e Recomendações
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4. Conclusões
A respeito do Sistema Atmosférico de Dispersão de Água Tratada proposto pode-se
concluir:
• O entendimento dos aspectos ambientais é importante para identificar as
condições do cenário onde o projeto será instalado;
• O enquadramento na legislação assegura a empresa e demais envolvidos no que
diz respeito à redução de riscos de contaminação, segurança na implantação e execução do
projeto e qualidade de vida;
• O SADAT se mostra viável e aplicável de acordo com as condições atmosféricas e
legislativas;
• Melhoria do microclima da região em torno do sistema de dispersão;
• Possibilita operar em paralelo com sistemas hoje já implantados.
4.1. Recomendações
• Realizar o estudo numérico da dispersão no sistema água-ar;
• Realizar um experimento e avaliar seu funcionamento e resultados;
• Simular computacionalmente o comportamento do SADAT avaliandodiferentes
esquemas de dispersão em relação à estrutura do equipamento e do ambiente (altura, vazão;
temperatura, ventos, etc.).
Referências
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Referências
DOURADO,H.O. - Dissertação de Mestrado: Estudo da dispersão de gases odorantes
ao redor de obstáculos através do modelo de pluma flutuante – 2007.
HENRY, J.G e Heinke, G.W. - Ingeniería Ambiental: Prentice Hall, México, 1999.
Legislação de Direito Ambiental.
LISBOA, H. M. - Controle da Poluição Atmosférica; 2010.
Resolução CONAMA N° 357.
Resolução CONAMA N° 382.