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FUNDAÇÃO UNIRG
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG
RAFAEL NUNES GARCIA
USO DA TECNOLOGIA VANT PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRAS DE
PAVIMENTAÇÃO EM GURUPI-TO.
GURUPI – TO
MAIO-2019.
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RESUMO
O USO DA TECNOLOGIA VANT PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO EM GURUPI-TO. Garcia, R. N. ¹; Oliveira, M. D.de ²; (1
Acadêmicos do Curso de Engenharia Civil – UnirG, Gurupi/TO; 2Profª. Orientadora, Curso de Engenharia Civil – Centro Universitário de Gurupi/TO).
O avanço no conhecimento e tecnologia tem gerado progresso em todas as áreas de conhecimento. Na engenharia civil não poderia ser diferente, novas metodologias, softwares e equipamentos são inseridos todos os dias, como ferramentas para auxiliar a profissão. A pavimentação, assim como as demais áreas da engenharia civil, cresceu muito nos últimos anos devido à incentivos governamentais como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A utilização de VANTS (Veículos aéreos não tripulados) para acompanhamento e verificação de obras, é realidade em muitos lugares do Brasil, sendo muito utilizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Este trabalho realizou analise sobre viabilidade do uso da tecnologia VANT para acompanhamento de obras de pavimentação em Gurupi-TO. Para coleta e comparação de dados foram realizados o uso de visita técnica e uso de voos programados conforme andamento de cronograma de obras. Para tratamento dos dados coletados através do VANT utilizou-se o software Drone Deploy que como produto final gera mosaicos e por fotogrametria permiti extração de dados como medidas, volumes e áreas. O uso da tecnologia VANT apresenta vantagens e também desvantagens quando comparada ao método convencional de medição. A não de obra técnica qualificada não é dispensável uma vez que a tecnologia não tem a capacidade de interpretação de dados e informações relacionadas ao processo. A necessidade de novos estudos sobre software auxiliares e uso de VANT com outras tecnologias são fundamentais para a maior precisão e futura difusão da tecnologia.
Palavras-chave: Gestão de Obras; Fotogrametria; Drone; Fiscalização de obras;
Infraestrutura.
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1 INTRODUÇÃO
O uso de tecnologias em todas as áreas de conhecimento é cada vez mais
frequente no mundo. Na engenharia civil não é diferente, o uso, inserção de novas
tecnologias e metodologias vem inovando o mercado de trabalho transportando-nos
a patamares tecnológicos nunca alcançados anteriormente.
O principal meio modal brasileiro, o rodoviário, é responsável pela maioria dos
transportes de cargas e pessoas no país. De acordo com a Confederação Nacional
dos Transportes (2017) o mesmo não possui uma infraestrutura de boa qualidade de
maneira que, a eficiência do serviço seja influenciada negativamente. Fazendo com
que devido a esse fato, os custos operacionais e riscos de acidentes aumentem
consideravelmente, influenciando diretamente todos os setores possuem correlação
direta com o transporte de mercadorias e pessoas.
O conceito de VANT (veículo aéreos não tripulados) é muito fácil de ser
entendido, mas sua aplicabilidade vai muito além de ter a habilidade para pilotá-lo.
Eles conseguem chegar em locais de difícil acesso, captar áudio e imagem em alta
definição, fazer trabalho sujo (coleta de materiais radioativos) e além dos serviços
militares para que foi criado.
A topografia é um dos serviços mais significativos do processo anteriormente
citado sendo ela iniciada na parte de elaboração de projetos, acompanhamento da
execução até o processo construtivo ser finalizado. A escolha do traçado, cálculo de
volumes e informações exatas do terreno, são fundamentais para reduzir os custos e
ampliar as metas.
Os VANT’s podem ser úteis no acompanhamento de obras de pavimentação,
podendo servir como instrumento de fiscalização de etapas. De forma que acompanhe
todo processo de etapas construtivas tendo materialidade através de imagens e
vídeos da execução dos serviços.
Para Silva e Costa (2010) de modo geral os volumes de corte e aterro obtidos
a partir de dados do terreno natural gerados pela fotogrametria são perfeitamente
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comparáveis aos obtidos pela topografia. Obviamente existem diferenças fora das
tolerâncias quando são comparadas as seções transversais obtidas pelos dois
métodos.
Aerolevantamentos (aerofoto altimetria) e aerofotogrametria são produtos cada
vez mais acessíveis e de alta precisão. Os modelos gerados por esses métodos são
elaborados rapidamente quando comparado ao método tradicional com uso de
estação total, sendo uma das suas principais vantagens, além de fazer levantamento
de áreas de difícil acesso humano.
Devido a um grande desenvolvimento tecnológico Laranja, Correia e Brito
(2012) notaram que a utilização fotogrametria tem crescido bastante. Projetos que
antes eram inviáveis se tornam realidade nos dias atuais tendo grande confiabilidade
e eximias precisões nas finalidades que são lhes dadas.
A utilização da fotogrametria tem sido ampliada devido ao crescente
desenvolvimento tecnológico atual, o que permite que muitos projetos de mapeamento
topográfico, outrora considerados inviáveis, hoje se tornam possíveis. Para esses
autores, a fotogrametria possibilita extrair os elementos geográficos específicos para
as mais diversas aplicações.
Este trabalho tem como objetivo, analisar a viabilidade do uso de VANT’s para
acompanhamento de obras de pavimentação, comparando a visita à obra com
deslocamento pessoal.
O uso de novas ferramentas aplicadas à engenharia civil, pode contribui
positivamente ou negativamente, e se faz de grande importância, avaliamos as novas
tecnologias que surgem, de forma que possa ser possível percorrer novos caminhos,
contribuindo por exemplo, para um aumento de produtividade.
A importância desse trabalho se dá ao fato de ser cada vez mais habitual a falta
de planejamento e sobrecarga de serviço em funcionários. Isso faz com que cada
funcionário tenha que produzir mais em menos tempo, fazendo com que partes
importantes do processo, sejam deixados de lado tais como acompanhamento e
fiscalização, execução de obras, planejamento, visitas in loco, compatibilização de
projetos, entre outros.
Na busca de novas ferramentas que possam contribuir com melhorias para a
engenharia civil, será realizada uma análise da tecnologia VANT, no
acompanhamento e fiscalização de obras de pavimentação deste município de
Gurupi-TO.
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De acordo com Tribunal de Contas da União (2014), observa-se que cada vez
mais é recursivo problemas em obras, seja por má execução dos serviços ou falta de
fiscalização presente. Isso faz com que o prejuízo ao erário seja incalculável.
A escassez de tempo para elaboração de projetos acarreta em imprecisão de
alguns levantamentos. Atualmente, é fato que as Instituições Públicas Brasileiras se
encontram desestruturadas, tornando complicado a rotina de acompanhamento e
fiscalização de obras.
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 VANTs
Segundo Borges (2017) os Vants ou drones, como são conhecidos no Brasil,
são divididos em duas maneiras principais, são eles os de multirotores conforme figura
1 no qual não possuem asas fixas e precisam de pelo menos 3 motores para se manter
equilibrado no ar e o de asas fixas de acordo com a figura 2 no qual apresenta um
menor uso de bateria e maior autonomia de voo quando comparado com o anterior
Figura 1-VANT tipo asas fixas
Fonte: Drones e Engenharia(DroneEng),2018.
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Figura 2-VANT tipo multirotor
Fonte: DJI Store, 2018.
Os Vants são regulamentados no Brasil pela Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC), desde 2017 possuem normatização de voos. A regulamentação diz que voos
com uso de Vants acima de 0,250 kg, só podem sobrevoar a partir de 30 metros de
altura, não podem fazer transporte de cargas ou mercadorias. Vants que possuem
peso abaixo ou igual a 25kg devem sobrevoar a cerca de 400 pés ou 120m de altitude.
Conforme Agência Nacional de Aviação Civil- (2017) para operação de Vants é
necessário que o usuário tenha cadastro junto a ANAC, licença, habilitação, ou
certificado medico aeronáutico exceto em caso em que os operadores não pretendam
passar de 400 pés ou 120 metros de altitude. Em locais que ocorrem pousos e
decolagens de aeronaves os voos precisam de uma permissão de voo.
Para Otake (2017), a utilização de fotografias aéreas, vídeo filmagens e
imagens de satélites para obtenção de dados tem sido cada vez mais frequente,
contudo as resoluções obtidas nesses materiais podem influenciar nos dados. A
integração de câmeras de alta qualidade e pequeno porte a Vants faz com que essa
tecnologia possa ser empregada em áreas de pequeno, médio e grande porte.
Segundo Borges (2017) os Vants são divididos em duas formações são eles os
multirotores e de asas fixadas no qual o primeiro possui uma mobilidade maior e o
segundo uma autonomia maior de voo devido ao menor consumo de bateria.
Em conformidade com Sousa (2017), o uso de Vants para coleta de dados
como curva de nível, dados geométricos entre outros aparentemente são práticos,
porém é necessário ter um cuidado especial com os métodos de coleta de dados,
legislações, com as regiões de voo, condições do tempo e do próprio aparelho para
voo.
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Para Medeiros (2008), os dados colhidos através de sobrevoo têm sua precisão
relacionada aos sinais do sistema global de posicionamento (GPS) emitidos pelos
satélites e captados pelos Vants.
Oliveira e Jesus (2018) expressam em seus estudos que novas tecnologias são
inseridas no mercado todos os dias e em todas as áreas, a chegada das mesmas não
significa fidedignamente que são substituição para os modelos convencionais pois
cada uma apresenta certa vantagem e desvantagem. É interessante que haja
indicações no qual possa caracterizar qual tipo se adeque melhor para cada tipo de
serviço. Os métodos de coletas de dados com Estação Total, Real Time Kinermatic
(RTK) e VANT são indicados para áreas, serviços e vegetações diferentes e não
necessariamente foram criados para um substituir o outro.
2.2 Fotogrametria
De acordo com Tommaselli (2009), o uso de imagens e fotografias para
extração de medidas e distâncias de objetos reais, ou seja, obter valores quantitativos
através de fotografias esta seria definição de fotogrametria. Com o avanço das
tecnologias de imagem, tem permitido a coleta de dados mais precisos através da
fotogrametria. Essa técnica também tem recebido outros nomes como videogrametria,
fotogrametria eletrônica, fotogrametria digital entre outros.
Tommaselli (2009), ainda relata que em 1849 foi possível a primeira prática de
fotogrametria para mapeamento topográfico no qual fotografias foram retiradas com o
uso de um balão. A invenção do avião permitiu um grande avanço pois até então só
se costumava utilizar a fotogrametria terrestre. A fotogrametria era de habitual uso em
reconhecimentos de áreas em períodos de guerras.
Em conformidade com Silva e Costa (2010), a grande quantidade de
informações presentes na fotogrametria está relacionada com as suas vantagens.
Estas informações são fundamentais nos estudos preliminares, de implantação, de
impacto, no momento em que se pretende um levantamento ágil em áreas perigosas,
inacessíveis ou de grande extensão. Algumas desvantagens são altos custos,
condições climáticas adequada e menor precisão quando comparada a alguns
levantamentos.
Tem evidenciado bons resultados em seu estudo Medeiros (2008) diz que o
uso de técnica videográfica com uso de Vant no meio rural, observando as culturas
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plantadas através das imagens podendo analisar alterações na coloração das
culturas. É possível ainda com essa técnica saber a locação da cultura através de
coordenadas geográficas. A precisão das informações dependerá principalmente das
condições climáticas e sinais de GPS.
Conforme Otake (2017) as imagens aéreas podem apresentar distorções por
conta das distancias entre os objetos centralizados e os de bordo, chegando a
necessidade de correções neste processo, por exemplo ortorretificação.
Para Palermo e Leite (2013), a fotogrametria pode ser dividida entre aérea e
terrestre no qual a primeira permite geração de imagens e mapas planialtimétricos, e
o segundo mapeamentos e modelos tridimensionais. Com acompanhamento de
cartografia os mapeamentos realizados se tornam de mais fácil compreensão e com
informações mais precisas.
O Departamento Nacional dos Transportes (2006) em suas diretrizes de
estudos e projetos rodoviários permitem o uso de fotogrametria e aerofotogrametria
para modelos topográficos digitais, estudos de traçado, estudos ambientais, estudos
geológicos, projeto geométrico básico e outros estudos topográficos.
5.3 Pavimentação
Segundo Galvão (1996), a preocupação de interligar os vários lugares do Brasil
levou aos engenheiros da época elaborarem vários planos e projetos para os mais
diferentes meios modais. Só na década de 50 que se teve o reconhecimento das
rodovias como principal meio de transporte com a aprovação do plano nacional de
viação em 1951.
Para Galvão (1996) a capacidade de interligar vários espaços nacionais o meio
modal rodoviário teve sua ascensão, isso juntamente com a versatilidade técnico-
econômica quando comparado aos demais meios da época.
Em conformidade com Hasenack (2000), no Brasil os levantamentos
topográficos são feitos de formas isoladas por pontos de seguranças (Ps) locais, isso
acontece devido à falta de um sistema integrado de pontos fixos que poderiam fazer
a integração de dados que facilitariam o trabalho nessa área. Não existe nenhuma lei,
norma ou sistema de colaboração que aglutine os trabalhos e que determine métodos
e procedimentos para fazer parte desta base de dados.
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Em seu estudo Borges (2017) relata a utilização de Vants para
acompanhamento, planejamento e execução já é realidade no DNIT, os mesmos
apresentam baixo custo de implantação e geração de informação.
Oliveira e Jesus (2018), observou que há uma discrepância grande no que diz
respeito ao tempo de levantamento realizados de forma manual (estação total), semi-
manual (GPS RTK) e mecanizada (VANT) no qual é possível observar quem a
precisão é inversamente proporcional ao tempo de levantamento.
Para Bernucci et al. (2006) uma melhor atuação de tratamentos superficiais e
revestimentos dependem da escolha adequada de material, dos projetos executivos,
formulações de dosagem e produção de misturas de forma equilibradas.
Segundo Bernucci et al. (2006) possuindo múltiplas camadas e de espessura
finita os pavimentos podem ser rígidos ou flexíveis. Eles são destinados a resistir a
peso de veículos, as intempéries climáticas dando conforto e segurança a seus
usuários.
Conforme defendido por Neto (2004) dimensionamento de pavimentos tem
como objetivo calcular a sua espessura em conformidade com o trafego e cargas que
serão aplicadas. Os dimensionamentos eram realizados de forma empírica e com o
passar dos anos foram empregados cálculos e estudos mais específicos que
reduziram os erros e ampliaram a precisão dos mesmos.
Os pavimentos em geral de acordo com Bernucci et. al (2006), não se destroem
repentinamente, e sim gradativamente devido a vários fatores como excesso de carga
em caminhões , falta de manutenção dos mesmos entre outros.
5.4 Gestão de Obras
A viabilidade de execução para um empreendimento para Andrade e Souza
(2002) é feita através de uma análise de uma estimativa, essa estimativa é chamada
de orçamento no qual prevê os materiais e serviços que serão necessários para
executar o mesmo. Existem diversas maneiras de se elaborar um orçamento, mas
todas elas se baseiam em levantar as quantidades físicas necessárias e serviços
serão para execução.
Segundo relata Bazanelli (2003) nos orçamentos convencionais fatores como
logística e produção não são levados em conta, mas são de suma importância para o
ritmo de execução de obra, para cálculo de produtividade e definição de estratégias
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para execução. Essas perdas que não levadas em consideração gera ineficiência em
parte dos serviços.
Em concordância com Fraga (2006) os projetos são a base para a qualidade,
custos, acompanhamento e desenvolvimento de um empreendimento, quem os
elabora em geral não tem o cuidado de fazer a compatibilização, análise in loco e
solicitar analise para um terceiro. Tudo isso gera grandes transtornos, que poderiam
ser compensados com o acompanhamento dos empreendimentos.
3 METODOLOGIA
A cidade de Gurupi-TO, tem aumentando potencialmente as áreas
pavimentadas em sua área urbana. De acordo com dados obtidos pela Secretaria
de Infraestrutura do município no ano de 2016 foram cerca de 40.000 m² de novas
pavimentações executadas, já no ano de 2019 a projeção é para um coeficiente
em torno dos 210.000 m² aumentando 525% as áreas de novas pavimentações.
Com isso a cidade vem se tornado um canteiro de obras de pavimentação com
cifras que ultrapassam 20 milhões de reais em empreendimentos. Ainda de acordo
com a Secretaria, atualmente há diversos estudos de viabilidade para implantação
de pavimentação asfáltica e projeção para execução de 100% das melhorias com
expectativa de conclusão ocorra no segundo semestre de 2020.
Este trabalho trata-se de um estudo de caso cujo objetivo é analisar a
viabilidade do uso do VANT para acompanhamento de obras de pavimentação,
fazendo comparativo entre o método convencional de mensuração (utilizando
estação total e visitas técnicas) e uso da fotogrametria. No qual como resultado
final pretende-se apontar dificuldades encontradas durante o processo, tempo
empregado e comparar de precisão entre a fotogrametria e o método
convencional.
3.1 LOCAL
A localidade escolhida em acordo com a Secretaria, é o Setor Engenheiro
Waldir Lins (Figura 3). As Ruas Escolhidas Para estudo foi a Rua 10 e 11 no setor
Engenheiro Waldir Lins no município de Gurupi-TO.
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As ruas indicadas para estudo são as ruas 10 e 11 do Setor Engenheiro Waldir
Lins situado entre a latitude 11°44'37.42"S e longitude 49° 5'15.31"O no município de
Gurupi-TO.
Após escolhas das ruas, foram recolhidas as documentações pertinentes aos
Projetos, onde será feito o acompanhamento do serviço. Os serviços que foram
acompanhados são os de Topografia, Terraplanagem e Pavimentação os demais
serviços não serão acompanhados. O estudo feito com o uso de Vant e também com
deslocamento pessoal teve toda supervisão de profissionais da Secretaria.
Figura 3- Local Escolhido Para estudo
Fonte: Google Earth Pro (2018).
3.2 CRONOGRAMA, PLANO DE VOO E ACOMPANHAMENTO
Após recolhimento das documentações, análise dos projetos e cronogramas foi
elaborado o cronograma de voo e acompanhamento. Neste cronograma foi definido a
data para realização do estudo, a previsão de horário e ruas selecionadas.
Após seleção das ruas e áreas de pesquisa executou-se os planos de voos
através do Software Drone Deploy. Neste software é preciso criar um plano de voo,
ao criar este plano é necessário encontrar e determinar a área na qual será feito o
levantamento, altura do sobrevoo, ponto de partida e aterrisagem do equipamento e
trajetória do voo. Com isso, o próprio software já calcula quantas imagens deve ser
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capturarada, a área total de sobrevoo e tempo de bateria necessário. Os voos serão
realizados até uma altura máxima de 120 metros ou 400 pés que é o permitido por lei.
Figura 4-Modelo de Plano de Voo Elaborado
Fonte: Drone Deploy (2019).
VANT utilizado no estudo é do modelo Phantom 4 Advance conforme figura 4
equipado com Câmera 4K/Ultra HD, com tela de 5,5’’ que permite a captação de
imagens de alta resolução permitindo uma grande aproximação das imagens.
Figura 4-Imagem Ilustrativa VANT Phanton 4 Advanced (DJI)
Fonte: DJI Store (2018).
A aeronave utilizada no estudo é um quadcoptero branco, DJ PHANTON 4
ADVANCED equipado com controle remoto, GPS, Estabilizador de câmera, Cartão de
Memória Micro SD, Câmera de Ação 4k (Alta Definição) e bateria com autonomia de
12
18 minutos. O raio de alcance do equipamento é de até 7 km, podendo chegar a uma
velocidade de 72 km/hr.
O acompanhamento com o uso do VANT, foi realizado em forma de sobrevoo
(levantamentos aéreos), onde o equipamento obteve imagens que tratadas no
software gerou-se ortomosaicos capaz de se extrair informações por fotogrametria.
O acompanhamento pessoal também foi realizado como forma comparativa
para obter parâmetros capaz de fornecer informações para debates. O deslocamento
pessoal é realizado em forma de visita técnica habitualmente utilizada na engenharia,
na qual o engenheiro fiscal se dirige até o local da obra, se dispondo da planilha de
medição, fazendo uso de ferramentas necessárias, tais como trena, nível, câmera
fotográfica entre outros.
Duas planilhas foram utilizadas e elaboradas do software Microsoft Office
Excel, conforme pré modelo ilustrada na figura 5. Uma planilha corresponderá ao
acompanhamento/fiscalização com a utilização de VANT, e a outra planilha
relacionada ao acompanhamento/fiscalização com deslocamento pessoal.
Com as duas planilhas idênticas foi-se realizado em comparativos entre os dois
métodos de visita à obra.
Figura 5-Modelo de Planilha para Acompanhamento de Obra
Fonte: Autor, 2018.
No mesmo dia, foi realizado os dois métodos de fiscalização. Na coluna de
Quantidade de Serviço Medido, serão anotadas a quantidade de serviço executado
no dia, dessa forma poderá ser provada a eficiência do equipamento quanto à
obtenção de dados.
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Anotando o horário inicial e final em cada método, será possível comparar a
rapidez/agilidade em cada caso, já que os serviços analisados serão os mesmos.
Foram apontadas limitações/dificuldades que poderão surgir, bem como as
condições do tempo no dia, entre outras observações.
O número de sobrevoos não foi pré-definido, mas está correlacionado ao
andamento das obras e a necessidade de visitas e mensuração de serviços
executados. Os voos serão controlados e executados por um engenheiro que auxiliará
durante todo processo.
3.3 TRATAMENTO DE DADOS E INFORMAÇÕES COLETADOS
Os sobrevoos geraram imagens que foram tratadas no Software Drone Deploy,
na plataforma do software é possível fazer o upload das imagens para que ele faça o
tratamento das mesmas. Depois de feito o tratamento e gerar as imagens através de
mosaicos, o software libera a imagem para download.
Após download da imagem é preciso utilizar o software auto desk civil 3d em
um Desktop para importar e abri-la de na qual foi possível a extração de medidas,
distancias e análise de da situação do empreendimento. Em caso de dificuldade de
processamento o auto desk civil 3 d consegue fazer a exportação para o auto desk
auto cad e o processamento no desktop fica mais leve.
O tratamento dos dados terá seu tempo cronometrado para fazer o comparativo
entre os dois métodos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi possível perceber que as qualidades das imagens obtidas nesse trabalho
impressionam quando comparadas as imagens aéreas do software do Google
Earth. A riqueza de detalhes das imagens ajuda entender mais facilmente o layout
de setorização, já que as imagens aéreas do Google Earth possuem uma
defasagem de tempo.
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Figura 6-Imagem Desatualizada
Fonte: Google Earth Pro (2019).
4.1 Resultados
Os resultados obtidos nesse trabalho são dois mosaicos elaborados além de
dados obtidos com visitas técnicas e levantamentos in loco. As imagens elaboradas
cobrem totalmente os trechos no qual o estudo foi realizado a fim minimizar os erros
possam surgir.
Conforme é possível analisar através do Mosaico 1 (Figura 7) as ruas antes de
sofrer as intervenções (melhorias), as mesmas não sofriam com erosões, porém,
necessitava de limpeza superficial e nivelamento de terreno.
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Figura 7-Mosaico 1
Fonte: Drone Deploy (2019).
Figura 8-Zoom no Trecho da Rua 11
Fonte: Drone Deploy (2019).
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Segundo CASSEMIRO e PINTO (2014) para obtenção de dados fidedignos é
necessário que seja garantido a sobreposição de imagens de forma correta a fim de
criar uma nuvem de pontos prescindível para formação do mosaico.
Figura 9-Pontos de Coleta de Imagens
Fonte: Drone Deploy (2019).
Pode-se observar na imagem que os pontos em azul são os que o VANT
capturou os dados, é possível observar que existe certa simetria entre os mesmos,
através destas capturas que se sobrepõe nos ’’pontos-chaves’’ (junção de uma foto
com outra) é possível gerar os mosaicos do estudo.
Uma das etapas primordiais para o acompanhamento com uso de VANT
utilizando a fotogrametria como processo de medição é a formação dos mosaicos. Os
pontos-chaves são gerados pelo software Drone Deploy no qual o mesmo encontra
pontos em comum entre as imagens interliga todos e gera-se o mosaico.
Para Schwuchow (2018) os serviços de quantitativo de volumes pode ser
realizado e acompanhado com o Uso do VANT em conjunto com RTK ( Real Time
Kinematic) no qual este sistema tem o posicionamento em tempo real, que permite
modelos digitais de terrenos com pouca discrepância quando comparada ao método
tradicional.
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Este tipo de coleta não foi possível ser realizada devido a falta do RTK . A falta
do mesmo não influencia no acompanhamento uma vez que ainda é possível a
medição de unidades lineares e quadradas, ficando impossibilitada apenas a
volumétrica. O software Drone Deploy em sua versão paga disponibiliza a medição
volumétrica não sendo tão confiável tendo em vista que o sistema de posicionamento
não é em tempo real.
Figura 10-Acompanhamento de Terraplanagem
Fonte: Drone Deploy (2019).
Pode-se observar através do Gráfico 1 que os tratamentos dos dados
apresentam uma diferença considerável entre os dois métodos sendo o com VANT o
que consome mais tempo, já no Gráfico 2 no acompanhamento pessoal foi o que
houve um tempo mais considerável.
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Figura 11-Gráfico 1
Fonte: Autor (2019).
Figura 12-Gráfico 2
Fonte: Autor (2019).
Os dados obtidos através de medições in loco e por fotogrametria obteve-se
diferenciais de 6,07 m², A medição in loco apresentou um valor de 6.074,84 m² e o por
fotogrametria 6.080,91 m², de área preparada para o serviço de imprimação com uso
da emulsão asfáltica CM-30.
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Tratamento de Dados Vant (Hr)
Tratamento de Dados Pessoal (Hr)
COMPARATIVO DE TRATAMENTO DE DADOS
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45
Coleta de Dados Vant (Hr)
Coleta de Dados Pessoal (Hr)
COMPARATIVO DE COLETA DE DADOS
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4.2 DISCUSSÃO
Deus (2017) relata em seu estudo as vantagens apresentadas pela
fotogrametria digital comparado ao método tradicional de levantamento está o
aumento da precisão, redução de tempo, acesso a locais de difícil acesso, precisão e
velocidade em captação de imagens de alta qualidades.
É notório a grande diferença de produtividade entre as coletas de dados com
VANT e a com uso pessoal, enquanto um voo para coleta de dados dura 9 minutos o
tempo médio com uso de pessoal foi de 41 minutos, algo muito considerável no final
de um dia de serviço.
Na figura 5 pode-se observar que durante a captura das imagens ouve a
presença de uma grande nuvem que em alguns casos podem comprometer os
mosaicos gerados. A questão climática é um dos principais parâmetros para uso ou
não da tecnologia, em locais de chuvas constantes ou pouca incidência solar pode
impossibilitar os voos ou atrapalhar a sobreposição das imagens.
Com a coleta de dados de forma convencional com uso de visita técnica as
nuvens não são impedimentos, só se torna um quando existe presença de chuva,
granizo ou ventos extremamente fortes.
A auta suficiência do VANT de apenas 15 minutos/bateria é um dos pontos que
pesa contra a utilização dessa tecnologia para coleta de áreas muito extensas ou
quando não se possui a infraestrutura de energia elétrica para recarrega-lo como em
áreas rurais de acordo com CASSEMIRO e PINTO (2014).
Pode-se observar que o tratamento de dados em campo apresentou um tempo
maior que o do VANT, isso apresentaria certa desvantagem quanto ao uso do mesmo,
mas, vale lembrar que o MDT (modelo digital de tratamento) no qual gera como
produto final o orthomosaico demora ser elaborado pela plataforma uma vez que tem
que é necessário fazer o upload e o sistema faz tudo automaticamente ficando o autor
tendo apenas que fazer o download. Enquanto o sistema faz o mosaico é possível
realizar outras atividades, enquanto no modelo tradicional não existe essa
possibilidade.
O fato de as medições de área quadrada apresentarem valores diferentes não
afeta significativa financeiramente e/ou quantitativamente, pois o mesmo não
apresenta nem 0,5% do valor de contrato e/ou execução dos serviços.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse estudo foi possível observar que o uso de VANT para acompanhamento
de obra de pavimentação foi possível e gerou bons resultados, tanto de produtividade,
quanto de informações. Notou-se que é preciso aprimorar o método de coleta de
dados para que facilite ainda mais o serviço, o uso do VANT com uso de RTK ou de
Geodésico que são sistemas de posicionamento em tempo real ajudariam neste
processo.
O teste com outros softwares de ortomosaicos e fotogrametria precisam ser
testados para validar os sistemas de medições. O uso do software Drone Deploy como
ferramenta de programação de voo facilita o processo de pilotagem e domínio do
equipamento VANT, a versão paga do software permite gerar mais dois tipos de
ortomosaicos que demonstram em 3D o levantamento e altura das estruturas.
É preciso considerar que mesmo com as tecnologias sendo criadas e
implantadas constantemente nas mais diversas áreas as mesmas não possuem a
capacidade de interpretação das informações coletas. Neste caso o VANT e o
software de lançamento das informações, não possuem a capacidade de
interpretação dos métodos construtivos tornando fundamental a presença técnica
qualificada no processo.
As condições climáticas influenciam diretamente no uso do VANT, ficando o
mesmo impossibilitado de levantar voos em tempo nublado, com fortes ventos e com
grande probabilidade de chuva. Foi possível observar no mosaico 1 (figura 7) que
ouve a interferência de uma nuvem na qual prejudica e pode impossibilitar as análises
necessárias.
Para uso e levantamentos com utilização de VANT, com exatidão geográfica e
precisão nos dados coletados é necessário um conhecimento técnico. Calibrar,
fornecer as manutenções necessárias e imprescindível para obtenção de dados com
precisão. Uso de equipamentos em conjunto como RTK e Geodésico ampara a coleta
de dados e a precisão que pode ser alcançada.
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REFERÊNCIAS
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