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1 PNLD Programa Nacional do Livro e do Material Didático MODELO LÓGICO DEZEMBRO 2018 VOLUME I

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PNLD Programa Nacional do Livro e

do Material Didático

MODELO LÓGICO

DEZEMBRO 2018

VOLUME I

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PNLD Programa Nacional do Livro e

do Material Didático

MODELO LÓGICO

Apresentação do Desenho do Programa

Coordenação Geral

Daniela Mesquita Ribeiro

Coordenação Executiva

Regina Kfuri

Coordenação de Avaliação e Inovação

Manoela Vilela Araújo

Coordenação de Análise de Informações

Henrique Chaves Faria Carvalho

Equipe

Bruno Martins Rizardi

Flávia Defacio

Tomaz Santos Vicente

Vitor Knöbl Moneo

2018

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 5

O QUE SÃO MODELOS LÓGICOS E COMO UTILIZÁ-LOS 6

Quais informações podem ser extraídas do modelo lógico? 7

Como ler o modelo lógico de um programa em implementação? 7

O QUE É O PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO E DO MATERIAL DIDÁTICO (PNLD)? 12

Breve histórico 12

Síntese do programa 12

Normativas e documentos de criação do programa 14

DESENHO DO PROGRAMA 16

PROBLEMA 16

EVIDÊNCIA 17

PÚBLICO-ALVO 17

CAUSAS IMPLÍCITAS 18

ATIVIDADES 18

RESULTADOS 21

IMPACTOS 22

SUPOSIÇÕES 22

ÁREAS RESPONSÁVEIS E LINHA DO TEMPO 24

MATRIZ RACI 25

CONSIDERAÇÕES FINAIS 27

ANEXOS 29

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APRESENTAÇÃO

Os recursos públicos são escassos e as decisões sobre como utilizá-los devem se

basear na compreensão do valor público produzido por determinado programa ou polí-

tica. Por essa razão, a discussão sobre a necessidade de se avaliar políticas públicas e

saber o tamanho do impacto dos programas governamentais tem crescido no mundo

todo. Se antes, iniciativas do tipo ficavam circunscritas ao debate acadêmico e a institui-

ções do terceiro setor, aos poucos a temática ganhou projeção e atualmente governos

vêm promovendo a cultura de avaliação e do melhor uso do recurso público. Sendo as-

sim, a Assessoria Estratégica de Evidências (AEVI) atua no âmbito do Ministério da

Educação para promover o uso adequado de evidências no desenho, na implementação

e no monitoramento das políticas educacionais, de modo a torná-las mais efetivas, efica-

zes e eficientes.

Na AEVI, o Núcleo de Análise de Informações (NAI-Info) tem como objetivo orga-

nizar e sistematizar informações e dados de políticas e programas prioritários do MEC.

Nesse contexto, um dos produtos do NAI-Info é a publicação de uma série de relatórios

que apresentam os modelos lógicos dos programas do ministério, fomentando seu uso

para a avaliação de políticas públicas e seu monitoramento.

Este relatório tem como objetivo explicitar o funcionamento do Programa Nacio-

nal do Livro e do Material Didático (PNLD), abordando tanto seu desenho quanto detalhes

de sua implementação.

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O QUE SÃO MODELOS

LÓGICOS E COMO UTILIZÁ-LOS

O modelo lógico é um instru-

mento de avaliação de políticas públicas

que expõe de forma simples e visual qual

é a intervenção de um programa e quais

são os resultados e impactos esperados.

Dessa forma, a utilização do modelo per-

mite ao gestor a compreensão do

programa de maneira ampla, auxiliando

na análise das informações, no desenho

de avaliações ou no diagnóstico dos re-

sultados e impactos esperados.

A principal finalidade de um mo-

delo lógico é a de explicitar a teoria de

um programa em momento de concep-

ção ou implementação. Por teoria do

programa, entenda-se a ideia por trás do

programa, ou seja, como se espera que

ele funcione para alcançar os resultados

e impactos pretendidos. Documentos

oficiais, como leis, portarias e resolu-

ções, dificilmente dão conta de explicar

totalmente o funcionamento de um pro-

grama e os resultados pretendidos, o

que dificulta sua análise tanto por parte

da equipe quanto de atores externos.

Nesse sentido, o modelo lógico organiza

as informações de maneira que o gestor

consiga identificar os componentes de

um programa e as relações causais entre

suas atividades e os resultados e impac-

tos esperados. Sendo assim, o gestor

pode fazer uso do modelo lógico para:

PROMOVER AVALIAÇÕES

O modelo lógico subsidia pesqui-

sadores no desenho e na realização de

avaliações, além de propiciar aos gesto-

res do programa mais clareza acerca das

perguntas que querem ver respondidas

pelas avaliações.

MONITORAR

Ao explicitar a teoria do pro-

grama e as suposições, o modelo lógico

aponta os principais aspectos do pro-

grama a serem monitorados pela equipe

de implementação.

COMUNICAR

O modelo lógico permite comuni-

car de forma visual e lógica a teoria do

programa para membros de equipe, lide-

ranças e parceiros.

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REGISTRAR AS MUDANÇAS

O modelo lógico pode e deve ser

revisado na medida em que o programa

sofre alterações; dessa forma, as dife-

rentes versões do modelo lógico formam

um registro das mudanças ao longo do

tempo.

Quais informações podem ser

extraídas do modelo lógico?

Após a construção do modelo ló-

gico, ele pode auxiliar o gestor a

responder a algumas perguntas sobre o

programa, tais como:

Como funciona a lógica da cadeia

de valor do programa?

Quais são as causas do problema

atacadas pelo programa?

Como o programa está dese-

nhado para atacar as causas do

problema?

Quais são as atividades realiza-

das pelo Ministério da Educação

e os produtos gerados?

Quais os efeitos dos produtos no

público-alvo? Como isso se tra-

duz nos resultados?

Quais são resultados esperados

que o programa busca atingir?

Quais são os impactos espera-

dos, ou seja, quais são as

mudanças que o programa pre-

tende concretizar sobre o

problema identificado?

Quais são as suposições mais crí-

ticas, ou seja, quais são as

condições necessárias para que o

programa ocorra conforme espe-

rado?

Quais as fragilidades ou as opor-

tunidades do programa?

Quais os pontos críticos que de-

vem ser monitorados?

Como ler o modelo lógico

de um programa em

implementação?

A metodologia de formulação do

modelo lógico varia de acordo com o

momento da política, que pode ser um

programa em concepção ou em imple-

mentação. Assim, a leitura do modelo

deve considerar essa diferença. Se o mo-

delo lógico foi feito sobre um programa

já em implementação, é importante ob-

servar que, muitas vezes, o problema do

qual o programa parte pode não ser o

mais adequado, ainda que seja aquele

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que foi utilizado no momento de concep-

ção do programa. O modelo lista ainda

atividades e produtos que em alguns ca-

sos já estão em execução. Finalmente, as

causas implícitas do problema podem

ser inferidas a partir dos resultados espe-

rados do programa.

O modelo lógico desenvolvido

pela AEVI possui 09 componentes. A se-

guir, cada um desses componentes é

definido.

1. PROBLEMA

É a situação indesejada que ori-

enta o desenho do programa. No caso de

programas em implementação, é preciso

identificar qual foi o problema que susci-

tou sua criação, mesmo que este

problema não seja de fato o mais ade-

quado para ser atacado.

2. EVIDÊNCIA

É a comprovação da existência do

problema. O modelo registra apenas a

evidência analisada à época da criação

do programa.

3. PÚBLICO-ALVO

População para qual o programa

é dirigido, seus beneficiários diretos.

Caso existam, são especificados critérios

de focalização. O modelo deixa claro se

os beneficiários diretos dos programas

são escolas, professores ou alunos e de

quais etapas de ensino.

4. CAUSAS IMPLÍCITAS

Causas potenciais do problema

atacadas pelo programa. No caso dos

programas em implementação, o mo-

delo infere as causas a partir dos

resultados.

5. ATIVIDADES

São os principais processos exe-

cutados pelo MEC que produzem bens e

serviços. Quando possível, estão organi-

zadas em ordem cronológica e

sequencial.

6. PRODUTOS

Bens ou serviços resultantes do

uma atividade, com os quais se procura

Na parte superior do modelo,

encontramos 4 componentes

estruturantes da política. São eles:

Na parte central do modelo lógico,

encontram-se 4 colunas, que

apresentam o desenho da política:

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atacar as causas do problema. Os produ-

tos podem resultar de uma ou mais

atividades.

7. RESULTADOS

Os efeitos gerados a partir dos

produtos criados, relacionados ao en-

frentamento das causas implícitas do

problema.

8. IMPACTOS

Mudanças geradas na situação

indesejada (o problema) a partir da qual

o programa foi criado.

9. SUPOSIÇÕES

Condições que devem ocorrer

para que parte do programa ocorra

como esperado. Suposições podem rela-

cionar atividades e produtos, produtos e

resultados, ou resultados e impactos. As

suposições podem auxiliar a detectar fa-

lhas de implementação ou falhas de

ideia do programa1.

Na parte inferior do modelo,

encontram-se as Suposições, que

relacionam os componentes do modelo:

1 A falha de implementação ocorre quando um programa não é executado corretamente, e os resultados e impactos não são alcançados devido a problemas operacionais. Uma falha de ideia ocorre quando o programa é implementado como esperado, mas ainda assim os resultados e impactos não são atingidos. (ver: Weiss, Carol H., 1972. Methods for assessing program effectiveness. Englewood Cliffs.)

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O PNLD foi instituído pelo Decreto

nº 91.542, de 19/8/85. Atualmente, o

programa provê as escolas de educação

básica pública com obras didáticas, peda-

gógicas e literárias, bem como com

outros materiais de apoio à prática edu-

cativa, de forma sistemática, regular e

gratuita. A gestão do programa está sob a

responsabilidade da Secretaria de Educa-

ção Básica – SEB/MEC; da Secretaria de

Educação Continuada, Alfabetização, Di-

versidade e Inclusão – SECADI/MEC; da

Secretaria de Educação Profissional e Tec-

nológica (SETEC) e do

Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Educação – FNDE.

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O QUE É O PROGRAMA NACIONAL

DO LIVRO E DO MATERIAL DIDÁTICO (PNLD)?

Breve histórico

A origem do PNLD remonta ao

ano de 1937, quando foi criado o Insti-

tuto Nacional do Livro. Desde então, o

programa teve diferentes nomes e dese-

nhos enquanto política pública. Em

1985, o programa foi batizado de Pro-

grama Nacional do Livro Didático (PNLD),

além de ser introduzida a escolha dos li-

vros pelos professores e a reutilização

dos livros didáticos - anteriormente, o

programa trabalhava com livros descar-

táveis.

Em 1992, devido a limitações or-

çamentárias, o atendimento foi restrito

às turmas até a 4ª série do ensino funda-

mental. A partir 1995, gradativamente o

programa voltou a distribuir livros didá-

ticos de forma universal para o ensino

fundamental. Em 2003, foi publicada re-

solução que ampliou o escopo do

programa para atender o ensino médio.

1 Entre os períodos de recebimento de novos materi-

ais didáticos, as escolas podem solicitar ao FNDE a

A partir de 2009, o programa atende in-

tegralmente as três etapas de ensino

(anos iniciais do fundamental, anos finais

do fundamental e ensino médio).

Atualmente, o programa atende

alunos e professores em diversos níveis

de ensino da educação básica (educação

infantil e anos iniciais do ensino funda-

mental, anos finais do ensino

fundamental e ensino médio). O PNLD

está organizado em ciclos de quatro

anos, sendo cada ano dedicado a uma

etapa de ensino. Portanto, alunos e pro-

fessores de uma determinada etapa de

ensino (por exemplo, ensino médio) re-

cebem novos materiais didáticos a cada

quatro anos1. O programa ainda contem-

pla a distribuição de livros acessíveis

para professores e alunos com diferen-

tes necessidades, como livros em Braille

para deficientes visuais.

reposição de materiais, em caso de insuficiência de estoque para atender todos os alunos e professores.

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- PNLD 2017 (anos finais do EF): reposi-

ção de livros e materiais didáticos já

distribuídos às escolas;

- PNLD 2018 (EM): reposição de livros e

materiais didáticos já distribuídos às es-

colas;

- PNLD 2019 (educação infantil + anos

iniciais do EF): aquisição inicial de livros

e materiais didáticos para serem utiliza-

dos pelas escolas em 2019;

- PNLD 2020 (anos finais do EF): obras fo-

ram inscritas pelos editores para serem

avaliadas de acordo com as regras do

programa;

- PNLD 2021 (EM): edital de convocação

passará por audiência pública em 17/12

e deve ser publicado até o fim de 2018.

Além disso, em 2018 foi realizada

uma edição chamada PNLD Literário

2018, a fim de ampliar o acervo de obras

de literatura das escolas públicas de edu-

cação básica, pensando especialmente

na ampliação de oportunidades de

acesso e leitura dessas obras por nossos

(as) estudantes. O PNLD Literário foi des-

tinado a escolas e alunos de educação

infantil (creche e pré-escola), dos anos

iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º

ano) e do ensino médio. A escolha dos

acervos do PNLD Literário foi realizada

pelos professores. A partir do PNLD

2019, o PNLD Literário será incorporado

às edições convencionais do programa.

Uma observação a ser feita a res-

peito do PNLD 2021 é que ele prevê dois

produtos adicionais às demais edições

do programa. Além dos livros didáticos

físicos e das obras literárias, ambas esco-

lhidas pelos professores, os alunos

receberão: 1) materiais dos itinerários

formativos (livros curtos relacionados

aos itinerários escolhidos pelos alunos) e

2) um guia de tecnologia, elaborado em

conjunto com o programa Educação Co-

nectada, para estimular o uso de

tecnologias pelos estudantes, como pro-

gramação

Síntese do programa

O PNLD é um programa desti-

nado à disponibilização gratuita de obras

Os principais objetivos do

programa são:

Atualmente, estão em execução as

seguintes edições do PNLD, nas etapas

subsequentemente explicadas:

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e materiais didáticos, literários e peda-

gógicos de qualidade a alunos e

professores de escolas públicas munici-

pais, estaduais e federais,

independentemente de suas necessida-

des. O programa atende ainda escolas

filantrópicas e conveniadas, chamadas

de escolas beneficiadas. Desde a sua cri-

ação, em 1985 (Decreto nº 91.542), a

importância do programa está relacio-

nada à universalização do ensino no

Brasil, à redução dos gastos dos cidadãos

com educação, e à valorização dos pro-

fessores e profissionais da educação.

I - aprimorar o processo de en-

sino e aprendizagem nas escolas

públicas de educação básica, com a con-

sequente melhoria da qualidade da

educação;

II - garantir o padrão de quali-

dade do material de apoio à prática

educativa utilizado nas escolas públicas

de educação básica;

III - democratizar o acesso às fon-

tes de informação e cultura;

IV - fomentar a leitura e o estí-

mulo à atitude investigativa dos

estudantes;

V - apoiar a atualização, a auto-

nomia e o desenvolvimento profissional

do professor; e

VI - apoiar a implementação da

Base Nacional Comum Curricular.

Normativas e documentos de

criação do programa

DECRETO Nº 91.542, DE 19 DE

AGOSTO DE 1985

Institui o Programa Nacional do

Livro Didático, dispõe sobre sua execu-

ção e dá outras providências;

DECRETO Nº 9.099, DE 18 DE JULHO

DE 2017)

Dispõe sobre o Programa Nacio-

nal do Livro e do Material Didático.

PORTARIA Nº 1.321 DE 17 DE

OUTUBRO DE 2017 (MEC)

Referente a divulgação das institui-

ções e entidades da sociedade civil para

indicação de comissão técnica PNLD 2019 e

2020

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DESENHO DO PROGRAMA

O problema que pautou o PNLD foi a desigualdade no acesso de alunos e

professores a materiais didáticos de qualidade. O Decreto nº 91.542/1985 elenca

razões para a criação do programa, tais como a universalização e melhoria do en-

sino de 1º grau; a promoção da valorização do magistério, inclusive mediante a

efetiva participação do professor na indicação do livro didático; e a redução dos

gastos da família com educação. Sendo assim, atualmente o programa está dese-

nhado para ter como público-alvo alunos e professores em diversos níveis de

ensino da educação básica (educação infantil e anos iniciais do ensino fundamen-

tal, anos finais do ensino fundamental e ensino médio).

PROBLEMA

É situação indesejada que orienta o desenho do programa.

PROBLEMA DETALHAMENTO

Acesso desigual de alunos e professores de ensino básico a materiais didáti-cos de qualidade

De acordo com a equipe do programa, o problema que pautou o pro-grama foi o acesso desigual de alunos e professores a materiais didáticos de qualidade. Em muitos casos, a aquisição dos materiais ficava a cargo dos responsáveis dos estudantes, onerando demasia-damente as famílias de baixa renda. Além disso, havia escolas em que os professores não recebiam materiais de suporte, pois o programa não tinha caráter universal em todos os anos da educação básica.

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EVIDÊNCIA

Comprovação da existência do problema.

EVIDÊNCIA DETALHAMENTO

Decreto nº 91.542/1985

"O Decreto nº 91.542/1985*, assinado pelo então Presidente da Re-pública José Sarney, elenca em sua exposição de motivos as razões para a criação do programa, quais são:

- universalização e melhoria do ensino de 1º grau;

- promover a valorização do magistério, inclusive mediante a efetiva participação do professor na indicação do livro didático;

- reduzir os gastos da família com educação.

* Tendo em vista que a criação do programa data de 1985 (Decreto nº 91.542/1985), e uma primeira versão do programa data de 1937 (Decreto-Lei nº 93/1937), não há dados conhecidos sobre o problema originário do programa à época. Portanto, o Decreto nº 91.542/1985 foi considerado como evidência para fins deste modelo lógico."

PÚBLICO-ALVO

População para qual o programa é dirigido, seus beneficiários diretos.

PÚBLICO-ALVO DETALHAMENTO

Alunos e professores de escolas públicas munici-pais, estaduais, federais e beneficiadas, independen-temente de suas necessidades

O programa atende alunos e professores em diversos níveis de ensino da educação básica (educação infantil e anos iniciais do ensino fun-damental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio). O PNLD está organizado em ciclos de quatro anos, sendo cada ano de-dicado a uma etapa de ensino. Portanto, alunos e professores de uma determinada etapa de ensino (por exemplo, ensino médio) recebem novos materiais didáticos a cada quatro anos*. Além disso, o pro-grama contempla a distribuição de livros acessíveis para professores e alunos com diferentes necessidades, como livros em Braille para deficientes visuais.

*Entre os períodos de recebimento de novos materiais didáticos, as escolas podem solicitar ao FNDE a reposição de materiais, em caso de insuficiência de estoque para atender todos os alunos e profes-sores.

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CAUSAS IMPLÍCITAS

Causas potenciais do problema atacadas pelo programa, deduzidas a partir dos resultados.

CAUSAS IMPLÍCITAS DETALHAMENTO

1. Professores necessi-tam de suporte para ministrar suas aulas

Causa implícita deduzida a partir do resultado: 1. Aula dos professo-res melhora

2. Alunos necessitam de suporte para estudo dentro e fora da sala de aula

Causa implícita deduzida a partir do resultado: 2. Estudo dos alunos melhora

3. Livros únicos e padro-nizados não são adequados para redes e escolas

Causa implícita deduzida a partir do resultado: 3. Redes de ensino ou escolas recebem materiais adequados à sua realidade

4. Desigualdade no acesso aos materiais didáticos

Causa implícita deduzida a partir do resultado: 4. Universalização do acesso aos materiais didáticos

5. Professores e alunos precisam dos materi-ais didáticos durante todo o ano letivo

Causa implícita deduzida a partir do resultado: 5. Escolas utilizam os materiais didáticos em todo o ano letivo

ATIVIDADES

São os processos executados pelo MEC que produzem bens e serviços.

ATIVIDADES DETALHAMENTO

1. Abrir período de adesão para UFs e municípios

A equipe de implementação abre o período de adesão. Unidades da Federação e municípios devem aderir ou renovar a adesão ao pro-grama para que suas redes de ensino possam receber materiais didáticos no âmbito do programa. A adesão ou renovação é realizada com senha do(a) Secretário(a) de educação estadual, distrital ou mu-nicipal. A adesão é realizada por meio do sistema Programa Dinheiro Direto na Escola Interativo (PDDE Interativo). Uma vez que a rede de ensino aderiu ao programa, todas as escolas da rede irão receber ma-teriais didáticos.

2. Lançar edital e abrir inscrição para edito-ras de materiais didáticos

A Secretaria de Educação Básica (SEB) e a Secretaria de Educação Con-tinuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) são responsáveis pela elaboração dos materiais didáticos, em cooperação com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O

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ATIVIDADES DETALHAMENTO

primeiro passo para a elaboração é a elaboração e lançamento de um edital de convocação para o processo de inscrição e avaliação de obras didáticas e literárias. Por meio do edital, os editores de livros di-dáticos podem inscrever suas obras avaliadas pelo MEC e, se aprovadas, serão distribuídas no âmbito do Programa Nacional do Li-vro e do Material Didático (PNLD). O edital define o processo e os critérios de seleção das obras e materiais didáticos e literários.

3. Realizar a avaliação pedagógica dos ma-teriais

A avaliação pedagógica dos materiais e livros didáticos inscritos pelos editores é realizada por uma comissão técnica de especialistas nos te-mas correlatos. A comissão é formada por indicações do Ministério da Educação e de outros órgãos e entidades relevantes no cenário edu-cacional*. São eles:

Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação;

- Conselho Nacional de Secretários de Educação;

- União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação;

- União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação;

- Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação;

- Conselho Nacional de Educação;

- Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de En-sino Superior;

- Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Pro-fissional, Científica e Tecnológica; e entidades da sociedade civil escolhidas pelo Ministério da Educação para elaboração das listas trí-plices do Conselho Nacional de Educação, conforme o disposto no Decreto nº 3.295, de 15 de dezembro de 1999.

* De acordo com o Decreto nº 9.099/2017, é facultado ao Ministro da Educação solicitar indicações de outras entidades não constantes da lista acima.

4. Formar os coorde-nadores estaduais (presencial)

Após as formações presenciais, os coordenadores estaduais têm a atribuição de monitorar a implementação do programa e orientar as redes de ensino.

5. Realizar negociação e aquisição dos ma-teriais didáticos

Após a escolha dos materiais didáticos pelas redes de ensino, é de res-ponsabilidade do Ministério da Educação negociar o preço a ser pago pelos materiais didáticos com as editoras, a fim de atender as deman-das das redes de ensino e escolas participantes.

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ATIVIDADES DETALHAMENTO

6. Supervisionar a dis-tribuição dos materiais

Cabe ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) su-pervisionar a distribuição dos materiais didáticos e literários para as escolas participantes do programa. Ademais, o FNDE é responsável pela contratação de empresa específica para realizar a distribuição. Normalmente, é contratada a Empresa Brasileira de Correios e Telé-grafos.

7. Avaliar a qualidade de produção gráfica dos materiais didáti-cos

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tem a res-ponsabilidade de avaliar a qualidade da produção dos materiais didáticos distribuído às escolas. Para tanto, o FNDE pode contratar ou conveniar instituições para realização do serviço. Em caso de descum-primento, são aplicadas sanções aos editores de materiais didáticos.

PRODUTOS

Bens ou serviços resultantes do uma atividade, com os quais se procura atacar as

causas do problema

PRODUTOS DETALHAMENTO

1. UFs e municípios participantes

Após realizarem a adesão - ou a renovação da adesão - pelo PDDE In-terativo, as redes de ensino das Unidades da Federação e dos municípios estão aptas a receber o programa.

2. Materiais didáticos inscritos

Materiais didáticos inscritos pelos editores para participar do edital de convocação.

3. Materiais didáticos avaliados e selecio-nados

Os materiais didáticos são avaliados pela comissão de especialistas formada pelo Ministério da Educação, e são selecionados os materiais a serem distribuídos no PNLD.

4. Materiais didáticos escolhidos pelas re-des de ensino e escolas

Realizado o processo de escolha dos materiais didático pelas escolas, de acordo com uma das três opções disponíveis às redes de ensino (ver detalhamento da atividade 4), estão definidos os materiais didáti-cos a serem distribuídos.

5. Materiais didáticos adquiridos

Uma vez definidos os materiais didáticos a serem distribuídos, é reali-zada a negociação com os editores para a definição dos preços e aquisição dos materiais.

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PRODUTOS DETALHAMENTO

6. Materiais distribuí-dos

Depois de adquiridos, os materiais são distribuídos pela empresa con-tratada para as escolas de todas as Unidades da Federação e municípios participantes do programa.

7. Produção dos mate-riais didáticos avaliada

Durante o processo de distribuição, a qualidade da produção gráfica dos materiais didáticos é avaliada pelo FNDE ou por instituição especi-alizada contratada ou conveniada; em caso de descumprimento de padrões mínimos, são aplicadas sanções aos editores.

RESULTADOS

Os efeitos gerados em relação ao enfrentamento das causas implícitas do pro-

blema.

RESULTADOS DETALHAMENTO

1. Professores ministram aulas melhores

O programa busca oferecer suporte aos professores, por meio dos materiais didáticos, para que possam planejar e ministrar suas aulas da melhor maneira possível. Dessa forma, com a distribuição de mate-riais didáticos de qualidade, espera-se uma melhoria nas aulas ministradas pelos professores.

2. Estudo dos alunos me-lhora

Assim como o programa busca melhorar as aulas ministradas pelos professores, espera-se que a distribuição de materiais didáticos de qualidade melhore o estudo dos alunos, tanto dentro quanto fora da sala de aula.

3. Redes de ensino e es-colas recebem materiais adequados à sua realidade

Tendo em vista as três possibilidades de escolha dos materiais didáti-cos disponíveis às redes de ensino e às escolas, um resultado esperado do programa é que as redes de ensino e escolas recebam materiais didáticos adequados à sua realidade, de forma a potenciali-zar o processo de aprendizado.

4. Universalização do acesso aos materiais didáticos

O programa busca atingir escolas de todo o Brasil e universalizar os materiais didáticos para o máximo de escolas, professores e alunos possível, de forma que não haja desigualdade no acesso a materiais didáticos de qualidade.

5. Escolas utilizam os materiais didáticos em todo o ano letivo

Um dos resultados esperados do programa é que as escolas utilizem os materiais didáticos durante todo o ano letivo - ou seja, que não ocorram atrasos na sua entrega.

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RESULTADOS DETALHAMENTO

6. Equidade na qualidade pedagógica e gráfica dos materiais

Espera-se que o programa entregue materiais didáticos com a mesma qualidade pedagógica e gráfica para todas as escolas participantes, re-duzindo as desigualdades no acesso a bons materiais

IMPACTOS

Os efeitos gerados em relação ao problema do programa.

IMPACTOS DETALHAMENTO

1. Melhora do nível de alfabetização dos alunos

A melhora do aprendizado dos alunos é um dos possíveis impactos do programa. Inclusive, é o impacto para qual se direcionam as suposi-ções S7, S8, S9 e S10.

2. Redução do aban-dono escolar

Outro impacto possível do programa é a redução de abandono esco-lar. Várias são as hipóteses para que o programa possa ter impacto positivo em relação a essa variável, por exemplo: i) a melhora das au-las dos professores e/ou do estudo dos alunos leva a uma menor reprovação e, consequentemente, a um menor abandono; ii) a univer-salização dos materiais didáticos evita o abandono de alunos cujas famílias não poderiam arcar com o custo dos materiais, em caso de inexistência do programa.

3. Redução do absen-teísmo de professores

Por fim, o último impacto possível do programa é a redução do absen-teísmo dos professores. Com materiais didáticos de qualidade para servir de apoio nas atividades pedagógicas, espera-se que os professo-res sintam-se mais valorizados e fiquem mais motivados, reduzindo os casos em que não comparecem para as aulas.

SUPOSIÇÕES

As condições que devem ocorrer para que parte do programa ocorra como espe-

rado.

SUPOSIÇÕES DETALHAMENTO

S1. Materiais didáticos são escolhidos por crité-rios técnicos

Uma das suposições realizadas é de que a comissão de especialistas avalia e seleciona os materiais didáticos por critérios técnicos.

S2. Redes e escolas têm informações suficientes

Supõe-se que as escolas têm informações suficientes para tomar a melhor decisão a respeito dos materiais didáticos que receberão,

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SUPOSIÇÕES DETALHAMENTO

para escolher os materi-ais

tendo em vista a disponibilização de todos os materiais didáticos por meio do Guia Digital, passível de acesso por diretores e professores.

S3. Professores utilizam os materiais didáticos para ministrar suas aulas

Suposição igualmente relevante para que o programa funcione ade-quadamente é a de que os professores utilizam os materiais didáticos para planejar e ministrar suas aulas. Pois, caso não utilizem, o resul-tado de melhoria das aulas dos professores não pode ser alcançado.

S4. Alunos utilizam os materiais didáticos para estudo dentro e fora da sala de aula

Da mesma forma como a suposição S3, supõe-se que os alunos utili-zem os materiais didáticos para estudo, tanto dentro quanto fora da sala de aula. Caso contrário, não há como haver melhoria de seu es-tudo.

S5. Redes de ensino e es-colas escolhem os livros por critérios pedagógicos

Espera-se que as redes de ensino e as escolas escolham os materiais didáticos por critérios pedagógicos, considerando quais serão os me-lhores materiais para usar em sala de aula. Se as redes de ensino e escolas usarem outros critérios para escolher os materiais, a lógica do programa é prejudicada e pode não se concretizar.

S6. Distribuição dos ma-teriais é feita em tempo hábil para o início do ano letivo

Supõe-se que a distribuição dos materiais didáticos será realizada ade-quadamente para as escolas os utilizarem durante todo o ano letivo. Caso a entrega atrase, o ano letivo pode ser iniciado sem materiais di-dáticos adequados, e tanto a preparação dos professores quanto o aprendizado dos alunos pode ser prejudicada.

S7. Aulas dos professo-res são melhoradas por conta dos materiais didá-ticos

Estabelece uma relação de causalidade entre um resultado do pro-grama e um impacto. Essa causalidade pode ser verificada em uma avaliação de impacto.

S8. Estudo dos alunos é melhorado por conta dos materiais didáticos

Estabelece uma relação de causalidade entre um resultado do pro-grama e um impacto. Essa causalidade pode ser verificada em uma avaliação de impacto.

S9. Escolha dos materiais mais adequados melhora o aprendizado dos alu-nos

Estabelece uma relação de causalidade entre um resultado do pro-grama e um impacto. Essa causalidade pode ser verificada em uma avaliação de impacto.

S10. Uso dos materiais didáticos durante todo o ano letivo melhora o aprendizado

Estabelece uma relação de causalidade entre um resultado do pro-grama e um impacto. Essa causalidade pode ser verificada em uma avaliação de impacto.

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ÁREAS RESPONSÁVEIS

E LINHA DO TEMPO

As áreas responsáveis pela gestão e implementação do Pro-

grama Nacional do Livro e do Material Didático são a

Secretaria de Educação Básica – SEB/MEC; a Secretaria de

Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclu-

são – SECADI/MEC; a Secretaria de Educação Profissional e

Tecnológica (SETEC) e o Fundo Nacional de Desenvolvi-

mento da Educação – FNDE.

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MATRIZ RACI

Atividade Responsável Aprovar Consultar Informar

1. Abrir período de adesão para UFs e municípios

Fundo Nacional do Desenvol-vimento da Educação (FNDE)

Secretaria de Educação Básica (SEB) Secretaria de Educação Continuada, Alfabetiza-ção, Diversidade e Inclusão (SECADI)

Secretarias de Educação estadu-ais e municipais

2. Lançar edital e abrir inscrição para editoras de materiais didáti-cos

Secretaria de Educação Bá-sica (SEB) Secretaria de Educação Con-tinuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SE-CADI)

Fundo Nacional do De-senvolvimento da Educação (FNDE)

Editores de livros e materiais didá-ticos

3. Realizar a avaliação peda-gógica dos materiais

Comissão de especialistas in-dicados (Decreto nº 9.099/2017)

Secretaria de Educação Básica (SEB) Secretaria de Educação Continuada, Alfabetiza-ção, Diversidade e Inclusão (SECADI) Fundo Nacional do De-senvolvimento da Educação (FNDE)

Ministro da Edu-cação

4. Abrir processo de escolha dos livros pelas re-des de ensino

Fundo Nacional do Desenvol-vimento da Educação (FNDE)

Secretaria de Educação Básica (SEB) Secretaria de Educação Continuada, Alfabetiza-ção, Diversidade e Inclusão (SECADI)

Secretarias de Educação estadu-ais e municipais

5. Realizar ne-gociação e aquisição dos materiais didáti-cos

Fundo Nacional do Desenvol-vimento da Educação (FNDE)

Secretaria de Educação Básica (SEB) Secretaria de Educação Continuada, Alfabetiza-ção, Diversidade e Inclusão (SECADI)

Editores de livros e materiais didá-ticos

6. Supervisionar a distribuição dos materiais

Fundo Nacional do Desenvol-vimento da Educação (FNDE)

Secretaria de Educação Básica (SEB) Secretaria de Educação Continuada, Alfabetiza-ção, Diversidade e Inclusão (SECADI)

Secretarias de Educação estadu-ais e municipais

7. Avaliar a qua-lidade de produção gráfica dos materiais di-dáticos

Fundo Nacional do Desenvol-vimento da Educação (FNDE)

Secretaria de Educação Básica (SEB) Secretaria de Educação Continuada, Alfabetiza-ção, Diversidade e Inclusão (SECADI)

Secretarias de Educação estadu-ais e municipais

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise do modelo ló-

gico do PNLD, combinada com consultas

feitas à equipe gestora do programa, é

possível destacar alguns aspectos que

merecem atenção quanto ao desenho

do programa. Uma das funções do mo-

delo lógico é ressaltar pontos a serem

monitorados no programa, e alguns des-

ses tópicos serão abordados abaixo.

Uma análise mais completa sobre o mo-

nitoramento do PNLD pode ser

encontrada no vol. II deste relatório.

Linha do tempo

Ao observar a linha do tempo, é

possível observar que o PNLD se trata de

um programa de grande complexidade.

Apenas durante o exercício de 2018, o

Ministério da Educação (MEC) e o Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educa-

ção (FNDE) executaram seis edições

diferentes do programa, em diferentes

estágios de implementação. Este as-

pecto deve ser considerado ao longo de

todas as demais considerações finais.

Atividade 1: Lançar edital e abrir

inscrição para editoras de materiais

didáticos

Quanto à atividade de lança-

mento do edital e inscrição das editoras,

responsáveis pelo programa indicaram

que um dos pontos de atenção é a ativi-

dade de habilitação das editoras de livros

e materiais didáticos.

De acordo com a equipe do pro-

grama, há uma carga excessiva de

atividades para habilitar as editoras a

cada edição do PNLD. A recomendação

da equipe é que a regulamentação de

habilitação das editoras seja alterada, no

sentido de estabelecer critérios e certifi-

cações necessárias para inscrever obras

no programa. De acordo com a sugestão,

as editoras seriam responsáveis por

manter certificações e documentos atu-

alizados em um sistema do programa,

desburocratizando a fase de habilitação

e, consequentemente, possibilitando à

equipe dedicar mais tempo e energia a

outras atividades.

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Atividade 7: Avaliar a qualidade de

produção gráfica dos materiais didá-

ticos

A atividade de avaliar a qualidade

gráfica dos livros e materiais didáticos é

uma atribuição do Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação (FNDE), e

para a qual pode ser contratada institui-

ção específica.

Atualmente, o serviço de verifica-

ção da qualidade gráfica é realizado pelo

Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT),

vinculado à Secretaria de Estado de De-

senvolvimento Econômico, Ciência,

Tecnologia e Inovação de São Paulo.

Segundo relatos da equipe do

programa, o serviço é realizado durante

seis (6) meses, após o início da distribui-

ção dos livros e materiais didáticos para

as escolas. Contudo, segundo os gesto-

res, há espaço para melhorias e para a

redução do tempo de prestação de ser-

viços para um máximo de seis (6)

semanas.

Suposição 6 (S6): Distribuição dos

materiais é feita em tempo hábil

para o início do ano letivo

A suposição S6 talvez seja a mais

importante do modelo lógico do PNLD.

Caso a distribuição dos livros e materiais

didáticos não seja realizada em tempo

hábil, toda a cadeia de resultados do pro-

grama pode ser comprometida.

Atualmente, a Empresa Brasileira

de Correios e Telégrafos é responsável

pela distribuição dos materiais, papel

que tem desempenhado ao menos

desde 1985.

De acordo com a equipe do pro-

grama, há casos de escolas que recebem

livros e materiais didáticos com 3 ou 4

meses após o início do ano letivo.

Nesse sentido, sugerimos a reali-

zação de uma análise da logística do

PNLD, para determinar quantas escolas

recebem materiais didáticos com atraso,

por quanto tempo, e quais as suas carac-

terísticas.

Ademais, uma possibilidade é a

realização de uma avaliação de impacto,

para determinar o efeito do atraso dos

materiais e livros didáticos sobre indica-

dores escolares (como desempenho em

provas e abandono escolar, por exem-

plo).

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ANEXOS

ANEXO I

DECRETO Nº 91.542, DE 19 DE AGOSTO DE 1985

Institui o Programa Nacional do Livro Didático, dispõe sobre sua execução e dá outras providências

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição,

e

Considerando os propósitos de universalização e melhoria do ensino de 1º grau, contidos no Programa

"Educação para Todos";

Considerando a necessidade de promover-se a valorização do magistério, inclusive mediante a efetiva par-

ticipação do professor na indicação do livro didático;

Considerando, finalmente, o objetivo de reduzir os gastos da família com educação

DECRETA:

Art. 1º. Fica instituído o Programa Nacional do Livro Didático, com a finalidade de distribuir livros esco-

lares aos estudantes matriculados nas escolas públicas de 1º Grau.

Art. 2º. O Programa Nacional do Livro Didático será desenvolvido com a participação dos professores do

ensino de 1º Grau, mediante análise e indicação dos títulos dos livros a serem adotados.

§ 1º A seleção far-se-á escola, série e componente curricular, devendo atender às peculiaridades regio-

nais do País.

§ 2º Os professores procederão a permanentes avaliações dos livros adotados, de modo a aprimorar o

processo de seleção.

Art. 3º. Constitui requisito para o desenvolvimento do Programa, de que trata este Decreto, a adoção

de livros reutilizáveis.

§ 1º Para os efeitos deste artigo, deverá ser considerada a possibilidade da utilização dos livros nos anos

subseqüentes à sua distribuição, bem como a qualidade técnica do material empregado e o seu acaba-

mento.

§ 2º A reutilização deverá permitir progressiva constituição de bancos de livros didáticos, estimulando-

se seu uso e conservação.

Art. 4º. A execução do Programa Nacional do Livro Didático competirá ao Ministério da Educação, atra-

vés da Fundação de Assistência ao Estudante - FAE, que deverá atuar em articulação com as Secretarias de

Educação dos Estados, Distrito Federal e Territórios, e com órgãos municipais de ensino, além de associa-

ções comunitárias.

Parágrafo único. A execução prevista neste artigo compreenderá a seleção final, a aquisição e a distri-

buição do livro didático às escolas da rede pública de ensino de 1º Grau, bem, como atividades de

acompanhamento e controle do Programa.

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Art. 5º. A secretaria de Ensino de 1º e 2º Graus - SEPS, do Ministério da Educação, responderá pela

formulação, supervisão e avaliação da Política do livro didático.

Art. 6º. O Programa Nacional do Livro Didático instituído por este Decreto entrará em vigor no ano letivo

de 1986.

Art. 7º. O Ministro de Estado da Educação expedirá as normas que se fizerem necessárias à execução

deste Decreto.

Art. 8º. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 9º. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, em 19 de agosto de 1985; 164º da Independência e 97º da República.

JOSÉ SARNEY

Marco Maciel

Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da União - Seção 1 de 20/08/1985

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ANEXO II

DECRETO Nº 9.099, DE 18 DE JULHO DE 2017

Dispõe sobre o Programa Nacional do Livro e do Material Didático.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV,

da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 208, caput, inciso VII, da Constituição, e no art. 4º,

caput, inciso VIII, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

DECRETA:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º O Programa Nacional do Livro e do Material Didático - PNLD, executado no âmbito do

Ministério da Educação, será destinado a avaliar e a disponibilizar obras didáticas, pedagógicas e literárias,

entre outros materiais de apoio à prática educativa, de forma sistemática, regular e gratuita, às escolas

públicas de educação básica das redes federal, estaduais, municipais e distrital e às instituições comunitá-

rias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos e conveniadas com o Poder Público.

§ 1º O PNLD abrange a avaliação e a disponibilização de obras didáticas e literárias, de uso

individual ou coletivo, acervos para bibliotecas, obras pedagógicas, softwares e jogos educacionais, mate-

riais de reforço e correção de fluxo, materiais de formação e materiais destinados à gestão escolar, entre

outros materiais de apoio à prática educativa, incluídas ações de qualificação de materiais para a aquisição

descentralizada pelos entes federativos.

§ 2º As ações do PNLD serão destinadas aos estudantes, aos professores e aos gestores das

instituições a que se refere o caput, as quais garantirão o acesso aos materiais didáticos distribuídos, inclu-

sive fora do ambiente escolar, no caso dos materiais didáticos de uso individual.

§ 3º O PNLD garantirá o atendimento aos estudantes, aos professores e aos gestores das esco-

las beneficiadas, previamente cadastradas no Censo Escolar da Educação Básica, realizado pelo Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep.

§ 4º A opção entre os diferentes tipos de materiais didáticos a que se refere o § 1º será realizada

pelo responsável pela rede.

§ 5º O PNLD disponibilizará obras e materiais didáticos às instituições comunitárias, confessio-

nais ou filantrópicas sem fins lucrativos e conveniadas com o Poder Público, desde que observem o disposto

no § 1º do art. 8º da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.

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Art. 2º São objetivos do PNLD:

I - aprimorar o processo de ensino e aprendizagem nas escolas públicas de educação básica,

com a consequente melhoria da qualidade da educação;

II - garantir o padrão de qualidade do material de apoio à prática educativa utilizado nas escolas

públicas de educação básica;

III - democratizar o acesso às fontes de informação e cultura;

IV - fomentar a leitura e o estímulo à atitude investigativa dos estudantes;

V - apoiar a atualização, a autonomia e o desenvolvimento profissional do professor; e

VI - apoiar a implementação da Base Nacional Comum Curricular.

Art. 3º São diretrizes do PNLD:

I - o respeito ao pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;

II - o respeito às diversidades sociais, culturais e regionais;

III - o respeito à autonomia pedagógica das instituições de ensino;

IV - o respeito à liberdade e o apreço à tolerância; e

V - a garantia de isonomia, transparência e publicidade nos processos de aquisição das obras

didáticas, pedagógicas e literárias.

Art. 4º O PNLD será executado em estrita observância aos princípios constitucionais da legali-

dade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência e caberá ao Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação - FNDE estabelecer normas de conduta, a serem seguidas pelos participan-

tes, que impeçam, sem prejuízo de outras vedações:

I - a oferta de vantagens, brindes ou presentes de qualquer espécie por parte dos autores, dos

editores, dos distribuidores, dos titulares de direito autoral ou dos seus representantes a pessoas ou insti-

tuições vinculadas ao processo de aquisição de obras didáticas, pedagógicas e literárias;

II - o acesso dos autores, dos editores, dos distribuidores, dos titulares de direito autoral ou dos

seus representantes ao sistema disponibilizado para registro da escolha no âmbito do PNLD;

III - a pressão ou o assédio por parte dos autores, dos editores, dos distribuidores, dos titulares

de direito autoral ou dos seus representantes para influenciar pessoas vinculadas à escola ou à rede a

escolher seus materiais, em desrespeito à autonomia do corpo docente;

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IV - a participação, direta ou indireta, ou o patrocínio, dos autores, dos editores, dos distribui-

dores, dos titulares de direito autoral ou dos seus representantes em eventos relacionados à escolha no

âmbito do PNLD; e

V - a prática tendente a induzir que determinadas obras sejam indicadas preferencialmente

pelo Ministério da Educação para adoção pelas redes e escolas participantes.

§ 1º É vedada a realização de publicidade, propaganda ou outras formas de divulgação que

utilizem logomarcas oficiais, selos do PNLD, marcas graficamente semelhantes, ou que façam referência

direta ao processo oficial de aquisição.

§ 2º O FNDE regulamentará a forma da divulgação e da apresentação das obras didáticas, pe-

dagógicas e literárias nas escolas participantes.

Art. 5º A adesão formal das redes de ensino federal, estaduais, municipais e distrital constitui

critério de participação no PNLD, observados os prazos, as normas, as obrigações e os procedimentos es-

tabelecidos em Resolução do FNDE.

Parágrafo único. Ficam dispensadas de aderir ao PNLD as redes que tenham aderido ao Pro-

grama até a data de publicação deste Decreto.

Art. 6º O processo de aquisição de materiais didáticos ocorrerá de forma periódica e regular,

de modo a atender as etapas e os segmentos de ensino seguintes:

I - educação infantil;

II - primeiro ao quinto ano do ensino fundamental;

III - sexto ao nono ano do ensino fundamental; e

IV - ensino médio.

§ 1º Os ciclos de atendimento e a vigência relativos aos processos a que se refere o caput serão

definidos em edital.

§ 2º O PNLD distribuirá anualmente obras didáticas e literárias para uso em sala de aula pelos

estudantes, conforme os critérios, os requisitos e os procedimentos previstos em Resolução do FNDE, ou-

vida a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação.

Art. 7º Os materiais didáticos adquiridos no âmbito do PNLD serão destinados às Secretarias de

Educação e às escolas beneficiadas por meio de doação com encargo.

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§ 1º O encargo de que trata o caput corresponde à obrigatoriedade de as Secretarias de Edu-

cação e as escolas beneficiadas adotarem procedimentos para a utilização correta e a conservação dos

materiais didáticos no âmbito do PNLD, observado o disposto nas orientações a serem expedidas pelo

FNDE.

§ 2º As Secretarias de Educação e as escolas participantes orientarão os professores, os estu-

dantes, os seus pais e os seus responsáveis sobre a guarda, a conservação e a devolução dos materiais

didáticos ao final do período letivo, inclusive por meio de campanhas de conscientização.

§ 3º Durante o ciclo de atendimento, os materiais didáticos serão entregues para uso no de-

correr do período letivo:

I - a título de cessão definitiva, no caso de material consumível; ou

II - a título de cessão temporária, no caso de material reutilizável.

§ 4º A cessão temporária a que se refere o inciso II do § 3º gera a obrigação da conservação e

da devolução à escola, ao final de cada ano letivo, dos materiais reutilizáveis, conforme disposto em edital.

§ 5º Decorrido o ciclo de atendimento, os materiais reutilizáveis passarão a integrar, definitiva-

mente, o patrimônio das escolas e o seu descarte será responsabilidade da rede para a qual foram

disponibilizados, de acordo com a respectiva legislação.

§ 6º Ao final de cada ano letivo, a guarda definitiva dos materiais consumíveis caberá aos estu-

dantes e aos professores beneficiados.

§ 7º As escolas informarão à respectiva Secretaria de Educação sobre a existência de materiais

não utilizados ou excedentes e a carência de materiais, a fim de possibilitar o remanejamento entre as

unidades de ensino.

CAPÍTULO II

DAS ETAPAS DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO

E DO MATERIAL DIDÁTICO

Art. 8º O PNLD obedecerá as etapas e os procedimentos seguintes:

I - inscrição;

II - avaliação pedagógica;

III - habilitação;

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IV - escolha;

V - negociação;

VI - aquisição;

VII - distribuição; e

VIII - monitoramento e avaliação.

§ 1º A critério do Ministério da Educação, as etapas de que tratam os incisos III a VIII do caput

poderão ser dispensadas, conforme edital específico.

§ 2º As etapas de que tratam os incisos I, III, IV, V, VI, VII e VIII do caput serão executadas pelo

FNDE, nos termos a serem definidos em Resolução.

Art. 9º A inscrição de materiais didáticos será aberta aos titulares de direito autoral, de acordo

com as regras, os prazos e as condições estabelecidas em edital.

Art. 10. A avaliação pedagógica dos materiais didáticos no âmbito do PNLD será coordenada

pelo Ministério da Educação com base nos seguintes critérios, quando aplicáveis, sem prejuízo de outros

que venham a ser previstos em edital:

I - o respeito à legislação, às diretrizes e às normas gerais da educação;

II - a observância aos princípios éticos necessários à construção da cidadania e ao convívio social

republicano;

III - a coerência e a adequação da abordagem teórico-metodológica;

IV - a correção e a atualização de conceitos, informações e procedimentos;

V - a adequação e a pertinência das orientações prestadas ao professor;

VI - a observância às regras ortográficas e gramaticais da língua na qual a obra tenha sido es-

crita;

VII - a adequação da estrutura editorial e do projeto gráfico; e

VIII - a qualidade do texto e a adequação temática.

Art. 11. A etapa de avaliação pedagógica contará com comissão técnica específica, integrada

por especialistas das diferentes áreas do conhecimento correlatas, cuja vigência corresponderá ao ciclo a

que se referir o processo de avaliação, a qual terá as seguintes atribuições:

I - subsidiar a elaboração do edital de convocação, inclusive quanto à definição dos critérios

para a avaliação pedagógica e a seleção das obras;

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II - orientar e supervisionar a etapa de avaliação pedagógica;

III - validar os resultados da etapa de avaliação pedagógica; e

IV - assessorar o Ministério da Educação nos temas afetos ao PNLD.

Art. 12. A escolha dos integrantes de cada comissão técnica será feita pelo Ministro de Estado

da Educação, a partir da indicação das seguintes instituições:

I - Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação;

II - Conselho Nacional de Secretários de Educação;

III - União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação;

IV - União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação;

V - Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação;

VI - Conselho Nacional de Educação;

VII - Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior;

VIII - Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e

Tecnológica; e

IX - entidades da sociedade civil escolhidas pelo Ministério da Educação para elaboração das

listas tríplices do Conselho Nacional de Educação, conforme o disposto no Decreto nº 3.295, de 15 de de-

zembro de 1999.

§ 1º O Ministro de Estado da Educação poderá solicitar indicações de outras instituições para a

escolha dos integrantes de que trata o caput.

§ 2º Os integrantes da comissão técnica firmarão termo no qual declararão:

I - não prestar pessoalmente serviço ou consultoria aos titulares de direito autoral inscritos no

processo;

II - não possuir cônjuge ou parente até o terceiro grau, em linha reta ou colateral, entre os

titulares de direito autoral inscritos no processo; e

III - não estar em situação que configure impedimento ou conflito de interesse.

Art. 13. Edital do Ministério da Educação estabelecerá regras para orientar e diretrizes a serem

obedecidas na etapa da avaliação pedagógica.

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§ 1º Para realizar a avaliação pedagógica, serão constituídas equipes de avaliação formadas por

professores das redes públicas e privadas de ensino superior e da educação básica.

§ 2º Os integrantes das equipes de avaliação firmarão termo no qual declararão:

I - não prestar pessoalmente serviço ou consultoria os titulares de direito autoral inscritos no

processo;

II - não possuir cônjuge ou parente até o terceiro grau, em linha reta ou colateral, entre os

titulares de direito autoral inscritos no processo; e

III - não estar em situação que configure impedimento ou conflito de interesse.

Art. 14. A avaliação pedagógica terá por objetivo qualificar ou selecionar os materiais inscritos

conforme os critérios estabelecidos neste Decreto e em edital.

Art. 15. Em relação aos materiais didáticos sujeitos à qualificação a que se refere o art. 14, as

equipes de avaliação decidirão, de forma fundamentada, sobre:

I - a aprovação do material didático;

II - a aprovação do material didático condicionada à correção de falhas pontuais, desde que

observados os limites previstos em edital específico; ou

III - a reprovação do material didático.

§ 1º Na hipótese de que trata o inciso II do caput, o titular de direito autoral poderá reapresen-

tar o material corrigido, para conferência e aprovação, no caso de as falhas apontadas terem sido

devidamente sanadas, ou para reprovação, em caso negativo.

§ 2º Serão consideradas falhas pontuais as não repetitivas ou constantes que possam ser cor-

rigidas com simples indicação da ação de troca a ser efetuada pelo titular de direitos autorais.

§ 3º Não serão consideradas falhas pontuais:

I - erros conceituais;

II - erros gramaticais recorrentes;

III - necessidade de revisão global do material;

IV - necessidade de correção de unidades ou capítulos;

V - necessidade de adequação de exercícios ou atividades dirigidas;

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VI - supressão ou substituição de trechos extensos; e

VII - outras falhas que ocorram de forma contínua no material didático.

§ 4º O limite para correção de falhas pontuais será definido em edital.

Art. 16. A avaliação pedagógica cujo objeto é a seleção de acervos de materiais didáticos a que

se refere o art. 14 indicará se a obra inscrita foi selecionada ou não, com base nos critérios estabelecidos

neste Decreto e em edital, e resultará na classificação do conjunto das obras inscritas.

Art. 17. As decisões das equipes de avaliação poderão ser objeto de recurso fundamentado por

parte do titular de direito autoral, no prazo de dez dias, contado da data de publicação do resultado da

avaliação pedagógica.

§ 1º É vedado o pedido genérico de revisão da avaliação.

§ 2º Os recursos contra as decisões de que trata o caput serão dirigidos às equipes de avaliação,

as quais, na hipótese de não as reconsiderarem no prazo de cinco dias, os encaminharão à Secretaria de

Educação Básica do Ministério da Educação.

§ 3º Para análise dos recursos, a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação po-

derá dispor do auxílio de equipes de especialistas que não tenham participado de nenhuma das fases da

avaliação pedagógica.

Art. 18. Durante a etapa de escolha, por opção dos responsáveis pela rede, a adoção do mate-

rial didático será única:

I - para cada escola;

II - para cada grupo de escolas; ou

III - para todas as escolas da rede.

§ 1º Na hipótese de que trata o inciso I do caput, serão distribuídos os materiais escolhidos pelo

conjunto de professores da escola.

§ 2º Na hipótese de que tratam os incisos II e III do caput, serão distribuídos os materiais esco-

lhidos pelo conjunto de professores do grupo de escolas para o qual o material será destinado.

Art. 19. A etapa de negociação terá como objetivo a pactuação do preço para aquisição de

materiais didáticos selecionados para compor os acervos ou escolhidos pelas redes ou pelas escolas,

quando for o caso.

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Art. 20. Para fins de aquisição, os materiais didáticos serão produzidos diretamente pelas em-

presas contratadas e caberá ao FNDE a responsabilidade por sua distribuição, por intermédio de empresa

contratada especificamente para esse fim.

Art. 21. O FNDE divulgará os dados relativos à aquisição e à distribuição dos materiais didáticos

referentes a cada edital.

Art. 22. O quantitativo de exemplares de materiais didáticos para os estudantes e os professo-

res e de acervos para sala de aula e bibliotecas será definido com base nas projeções de matrículas das

escolas beneficiadas, de acordo com os dados do Censo Escolar, conforme estabelecido em Resolução do

FNDE, ouvida a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação.

§ 1º Será mantida reserva técnica de material didático para atendimento das matrículas adici-

onais ou não computadas nas projeções, conforme estabelecido em Resolução do FNDE.

§ 2º Fica o FNDE autorizado a realizar aquisições de exemplares adicionais de materiais didáti-

cos que já foram adquiridos, para a complementação de atendimento às novas matrículas, à reposição de

materiais didáticos reutilizáveis danificados ou não devolvidos, e de materiais didáticos consumíveis.

§ 3º As redes de ensino federal, estaduais, municipais e distrital que não desejarem receber

materiais didáticos no âmbito do PNLD deverão solicitar exclusão do Programa na forma e no prazo defini-

dos em Resolução do FNDE.

Art. 23. A etapa de monitoramento e avaliação consiste no controle de qualidade e na supervi-

são da produção e da distribuição do material didático, no monitoramento das redes de ensino

participantes e na avaliação da execução do PNLD.

Parágrafo único. O FNDE poderá dispor do apoio de instituições contratadas ou conveniadas

para cumprimento da etapa de monitoramento e avaliação.

CAPÍTULO III

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 24. O Ministério da Educação poderá criar iniciativas suplementares para avaliar e disponi-

bilizar materiais didáticos, a serem disciplinadas em ato do Ministro de Estado da Educação, destinados a

etapas e modalidades, objetivos ou públicos específicos da educação básica, com ciclos próprios ou edições

independentes.

Art. 25. O Ministério da Educação adotará mecanismos para promoção da acessibilidade no

PNLD, destinados aos estudantes e aos professores com deficiência.

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Parágrafo único. Os editais do PNLD deverão prever as obrigações para os participantes relati-

vas aos formatos acessíveis.

Art. 26. A participação nas etapas do PNLD não implica a obrigação de contratação pelo Minis-

tério da Educação ou pelas suas autarquias e não confere aos participantes direito de reivindicação,

indenização ou reposição de custos de participação no processo.

Art. 27. O FNDE poderá requerer certificação de origem do papel e de outros materiais utiliza-

dos na produção dos materiais didáticos adquiridos no âmbito do PNLD, nos termos a serem definidos em

Resolução.

Art. 28. As despesas do PNLD correrão à conta das dotações consignadas na lei orçamentária

anual ao Ministério da Educação e ao FNDE, de acordo com as suas áreas de atuação, observados os limites

estipulados na legislação orçamentária e financeira.

Art. 29. Fica revogado o Decreto nº 7.084, de 27 de janeiro de 2010.

Art. 30. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Brasília, 18 de julho de 2017; 196º da Independência e 129º da República.

MICHEL TEMER

José Mendonça Bezerra Filho

Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da União - Seção 1 de 19/07/2017

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