yara pina
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yara pina
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www.yarapina.com [email protected]
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Yara Pina nasceu em Goiânia, cidade onde atualmente vive e trabalha. É bacharel em
Biblioteconomia (2002) e Artes Visuais (2009) pela Universidade Federal de Goiás, e pós-
graduada em Arte Contemporânea pela mesma instituição. Em suas ações, explora os
repertórios da destruição e violência, buscando o confronto com diferentes “corpos”,
lançando mão de armas e objetos carbonizados para agredir, destruir e deixar
inscrições/vestígios dos atos violentos. Este ano, Pina integrou as segundas edições da
Frestas Trienal, Entre pós-verdades e acontecimentos e da mostra Performatus, O que
está a luz de nosso tempo discernimos no escuro. Recebeu o FID Prize 2017 da Foire
Internationale du Dessin, instituição independente, situada em Paris, dedicada à
divulgação do desenho contemporâneo. Em 2016, participou da mostra Ruminescências,
realizada durante a comemoração dos cem anos do dadaísmo (Cabaret Voltaire,
Goiânia) e da coletiva Das Virgens em Cardumes e da Cor das Auras (Museu Bispo do
Rosário, Rio de Janeiro). Entre os anos 2014 e 2015 integrou: a Bienal Internacional
Desde Aquí (Bucaramanga, COL); e, também, o programa Open Sessions, realizado pelo
Drawing Center, Nova York, do qual resultou as mostras Act + Object + Exchange (2014)
e Name it by trying to name it (2015). Em 2012, foi premiada pelo Salão de Abril de
Fortaleza, Ceará.
Yara Pina transits through repertories of destruction and violence. In actions and
installations, she clashes with different “bodies”, using weapons and charred objects to
attack, destroy and make inscriptions/evidences of violent acts. This year, Pina received
the FID Prize from Foire Internationale du Dessin, an independent institution based in
Paris, dedicated to contemporary drawing. Recently, Pina participated in exhibition
Ruminescências, held during the 100 years of dadaism (Cabaret Voltaire Goiânia, Brazil,
2016) and group exhibition Das Virgens em Cardumes e da Cor das Auras (Museu Bispo
do Rosário, Rio de Janeiro, Brazil). Between 2014 and 2015 Pina participated in: Bienal
Internacional Desde Aquí (Bucaramanga, COL); and she was selected to join Open
Sessions, a two year program in Drawing Center, New York, and which resulted in
exhibitions Act + Object + Exchange (2014) and Name it by trying to name it (2015). In
2012, she was awarded by Salão Abril de Fortaleza (April Salon of Fortaleza), Ceará,
Brazil. Yara Pina was born in Goiânia, city located in west-central of Brazil, where she
currently lives and works. She's graduated as Bachelor in Library Science and Visual Arts
from Universidade Federal de Goiás (Federal University of Goiás) and a post-graduate
degree in Contemporary Art from the same institution.. The beginning of her career is
characterized mainly by investigations involving materials and performative field of
drawing.
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“mulheres morrem menos por arma de fogo (...)”
As ações têm como referência casos de feminicídio íntimo no Brasil – em ambiente doméstico e familiar - envolvendo o uso de instrumentos perfurantes, cortantes e contundentes utilizados pelos autores do crime para mutilar e desfigurar os corpos das vítimas. Com base nesses relatos, tenho desenvolvido uma série de silhuetas – em andamento - em que agrido minha sombra, violando principalmente partes do corpo relacionadas à feminilidade e sexualidade das mulheres. As cinzas das imagens das vítimas que preenchem as marcas das violações deixam em evidência as partes visadas pelos agressores.
MARCAS DA INFÂMIA #1, 2017 sombra agredida com golpes de espeto, cinzas de
imagens de vítimas de feminicídio vestígios de ação
dimensões variáveis
MARKS OF INFAMY #1, 2017 shadow beaten with skewer
traces of action dimensions variable
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O título da obra é uma referência aos exercícios de disciplina militar
realizados durante as atividades de Ordem Unida. A ação, porém,
apresenta um modus operandi remanescente da ditadura militar e
ainda presente na atuação violenta da polícia brasileira. Coronhadas,
golpes com canos de fuzil, carabinas e espingarda, juntamente com
outros tipos de agressões - socos, pancadas, murros, tapas e bicudas –
integram práticas de tortura recorrentes da má conduta policial.
INSTRUÇÃO DE ORDEM, 2017
sombra agredida com golpes de espingarda carbonizada
vestígios de ação dimensões variáveis
ORDER INSTRUCTION, 2017
shadow beaten with charred shotgun traces of action
dimensions variable
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Os Duplos são uma série de imagens apresentadas no formato de um grande painel que mostram silhuetas de corpos de policiais e criminosos fortemente armados, em atos flagrantes de execuções e assaltos. As imagens tiradas com um celular pela artista têm como fonte primária registros de câmeras de monitoramento/vigilância e de testemunhas que gravaram com seus aparelhos móveis os flagrantes da violência. As silhuetas fundem os corpos em sombras, tornando difusa a identidade e o papel social de seus sujeitos. .
OS DUPLOS, 2017 impressão digital
250 x 600 cm
THE DOBLES, 2017 digital print
250 x 600 cm
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Em Vilipêndio a Vênus exploro o repertório da violência com vestígios e materiais simbólicos presentes nas narrativas sobre Vênus, ícone histórico da representação do corpo feminino. Desde a pigmentação vermelha em ocre presente nas estatuetas femininas pré-históricas, apropriadas pelo Ocidente ao serem denominadas de Vênus, até a destruição de inúmeras pinturas com nus femininos destruídas pela inquisição, simbolizadas pelas molduras carbonizadas arranjadas sob a forma de fogueira. O ataque a minha sombra com um cutelo, arma branca, é um deslocamento do gesto iconoclasta da sufragista Mary Richardson ao agredir, em 1914, a pintura Rokeby Venus de Velazquez. Diferentemente de seu ato, não se trata aqui de vilipendiar a imagem de um corpo feminino, mas de agredir a minha própria sombra.
VILIPÊNDIO A VÊNUS, 2017 sombra agredida com golpes de cutelo, molduras
carbonizadas destruídas, terra vermelha vestígios de ação
dimensões variáveis
VILIFICATION TO VENUS, 2017 shadow assaulted with chopper blows, charred frames
destroyed, red earth traces of action
dimensions variable
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SEM TÍTULO 2, 2017 cadeiras carbonizadas arremessadas
contra o canto da parede vestígios de ação
dimensões variáveis
UNTITLED 2, 2017 charred chairs thown against corner wall
traces of acion dimensions variable
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A Beleza é Convulsiva é um vídeo resultado de uma sequência de frames que mostram uma mulher sofrendo violência por parte de policiais durante um protesto contra o Governo Temer, em São Paulo, no ano de 2016. Capturadas provavelmente por algum dispositivo móvel e reproduzidas pela imprensa online e redes sociais, essas imagens mostram a mulher deitada na rua, imobilizada pelos agentes, no exato momento em que recebia um "mata-leão". As quatro imagens foram filmadas em um ambiente escuro pela artista com uma câmera em P&B, explorando diferentes focos e enquadramentos. O vídeo envolve as imagens em uma atmosfera surreal buscando velar a cena original da violência ao mesmo tempo em que exalta as expressões faciais e gestos da mulher, como se ela estivesse em crise convulsiva. O título da obra é uma referência ao trecho final do livro Nadja, de autoria do surrealista André Bréton: “A beleza será convulsiva, ou não será”.
A BELEZA É CONVULSIVA, 2017 (São Paulo, 1 junho 2016)
sequências de frames vídeo, 3’38, preto e branco, sem som
BEAUTY IS CONVULSIVE, 2017
(São Paulo, june 1st, 2016) frames sequence
video, 3’38, black and white, silence
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SEM TÍTULO 3, 2016 silhueta em carvão, golpes de facão
e terra vermelha vestígios de ação
dimensões variáveis
UNTITLED 3, 2016 charcoal silhouette, machete blows
and red earth traces of action
dimensions variable
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SEM TÍTULO 2, 2016 silhueta em carvão, crânio bovino,
golpes de facão e terra vermelha vestígios de ação
dimensões variáveis
UNTITLED 2, 2016 charcoal silhouette, bovine skull,
machete blows and red earth traces of action
dimensions variable
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SEM TÍTULO 2, 2017 silhueta em carvão, crânio bovino,
golpes de facão e terra vermelha vestígios de ação
dimensões variáveis
UNTITLED 2, 2016 charcoal silhouette, bovine skull,
machete blows and red earth traces of action
dimensions variable
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SEM TÍTULO 6, 2016 sombra agredida com bastões carbonizados
vestígios de ação dimensões variáveis
UNTITLED 6, 2016
shadow beaten with charred batons traces of action
dimensions variable
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stills de SEM TÍTULO 6, 2016 sombra agredida com bastão carbonizado
vídeo: 10minutos, P&B, sem som LINK: https://vimeo.com/105887965
stills from UNTITLED 6, 2016
shadow beaten with charred baton video, 10 minutes, silence
LINK: https://vimeo.com/221422567 VIDEO LINK https://vimeo.com/105887965
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SEM TÍTULO 7, 2014 cavaletes carbonizados arremessados
contra parede vestígios de ação
dimensões variáveis
UNTITLED 7, 2014 charred easels thrown against wall
traces of action dimensions variable
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SEM TÍTULO 1, 2014
violão carbonizado apedrejado vestígios de ação
dimensões variáveis
UNTITLED 1, 2014 charred guitar stoned
traces of action dimensions variable
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SEM TÍTULO 1, 2012/2017 armas improvisadas feitas com
objetos cortantes e perfurantes dimensões variáveis
UNTITLED 1, 2012/2017 improvised weapons dimensions variable
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SEM TÍTULO 4, 2014 sudário com impressão
de crânio bovino carbonizado instalação
dimensões variáveis
UNTITLED 4, 2014
Sudary made with marks from charred bovine skull, stone and linen,
installation dimensions varible
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SEM TÍTULO 5, 2014 porta carbonizada, telhas quebradas,
cano de ferro instalação
dimensões variáveis
UNTITLED 5, 2014 charred door, broken piles
and iron pipe installation
dimensions variable
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SEM TÍTULO 5, 2012 moldura carbonizada, facão, gordura
vestígios de ação dimensões variáveis
UNTITLED 5, 2012
charred frame, machette, fat traces of action
dimensions variable
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SEM TÍTULO 6, 2011 carvão em pó, papel, moldura, espelho quebrado,
garrafa de vidro, pé de cabra, balde de ferro, cabo de madeira
dimensões variáveis
UNTITLED 6, 2011 wooden frame, charcoal powder, bucket,
crowbar, broomstick, bottle, broken mirror, paper dimensions variable
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Stills de SEM TÍTULO 2, 2011 rasgando uma tela branca preenchida com carvão em pó
registro de ação vídeo: 2’26 minutos, preto e braço, sem som
LINK: https://vimeo.com/87567237
Stills from UNTITLED 2, 2011 tearing a canvas filled with charcoal poder
video 2,26 minutes, silence, black and white
LINK: https://vimeo.com/87567237
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:: exposições coletivas / group exhibitions
2017 | Entre pós-verdades e acontecimentos, Frestas Trienal, SESC Sorocaba, SP |Roçadeira#3, Encontros performáticos em lugares improváveis |III Bienal do Sertão, Vitória da Conquista, BA | Performatus #2, SESC Santos, SP 2016 | Das Virgens em Cardumes e da Cor das Auras, Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, RJ | Não vivo sem meu corpo, R³ Gabinete de Arte, Goiânia, GO | Ruminescências, Dada Spring Brasil, Cabaret Voltaire Goiânia, Goiânia, GO | Diálogos Possíveis, Centro Cultural da UFG, Goiânia GO | Refluxo, Festival Experimental de Artes, Centro Cultural Cora Coralina, Goiânia, GO | Sobre o que agora se pode ver, R³ Gabinete de Arte, curadoria Divino Sobral, Goiânia, GO
2015 | Bienal Internacional Desde Aquí, Bucaramanga, Colômbia | Name it by trying to name it, Drawing Center, New York, Estados Unidos | Triangulações, Centro Cultural da UFG, Goiânia, Goiás, Brasil | Draw to perform II, International Symposium about Drawing Performance, Number 3, Londres, Reino Unido | Action + Object + Exchange, Satellite Contemporary, Las Vegas, Estados Unidos | Video Art Festival Now&After, Schusev Museum Architetecture, Moscow, Rússia 2014 | Repentista #2, Gallery Nosco, Londres, UK | 20º Salão de Arte Anapolino, Goiânia, Goiás, Brasil 97 | Arte Londrina II, Divisão de Artes Plásticas , Casa de Cultura UEL, Londrina, PR, Brasil | Action + Object + Exchange, Drawing Center, New York, Estados Unidos. 2013 | A Bela Morte: confrontos com a natureza morta no século XXI, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil | Diálogo Desenho, Museu Universitário de Arte, Uberlândia, MG, Brasil 2012 | Drawing 2012 - International Exhibition of Contemporary Drawing, Place Suisse des Arts, Lausanne, Suiça | 31º Arte Pará, Belém, PA, Brasil | 6B Mostra de Desenho Contemporâneo, Centro Cultural da Justiça, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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| 63º Salão Abril de Fortaleza, Fortaleza, CE. Prêmio | Abre Alas 8, A Gentil Carioca, Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, RJ, Brasil 2011 | FAV.NOVA Inacabada, Galeria de Artes Visuais, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil | 10º Salão Nacional de Arte de Jataí, GO, Brasil 98
:: individuais simultâneas / simultaneous solo exhibitions
2010 | Exposição "Desenho, Instalação e Performance", Museu de Arte Contemporânea de Goiás, Goiânia, GO, Brasil | Exposição Fôlego, Museu de Arte de Goiânia, Goiás, Brasil
:: obras em acervos públicos / works in public collections
| Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS | Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO
:: prêmios / prizes |FID Prize, Foire du Internationale Dessin, Paris, 2017 | 63º Salão Abril de Fortaleza, Fortaleza, CE.
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www.yarapina.com [email protected]