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PUBLICIDADE entre MARGENS BIMENSÁRIO | 14 JANEIRO 2016 | N.º 552 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO “Com a sua experiência política e sentido de Estado pode ser a Presi- dente da República de que o país precisa, de- pois do mandato de má memória do atual pre- sidente da República”. JOAQUIM COUTO VOTA MARIA DE BELÉM ANDREIA NETO VOTA MARCELO REBELO DE SOUSA “Com todo o respeito que tenho por outros candidatos, acho que não estão ao nível da preparação, capacidade e competência política do professor Marcelo Rebelo de Sousa”. “Sampaio da Nóvoa dis- pensa comentários sobre princípios de competência ou de honestidade, seriedade e capacidade de traba- lho, é um homem de valor inestimável”. CASTRO FERNANDES VOTA SAMPAIO DA NÓVOA PRESIDENCIAIS 2016 Edgar Silva é a melhor opção pelo seu traba- lho “na proteção de crianças desprotegidas, pela luta pelos mais desfavorecidos e por uma sociedade mais justa e fraterna” JOSÉ ALBERTO RIBEIRO VOTA EDGAR SILVA Disputa pelo lugar de Cavaco já começou Avenses votam na EB 2/3 GOVERNO DE ANTÓNIO COSTA ANULA PASSAGEM DE HOSPITAL PARA A MISERICÓRDIA DE SANTO TIRSO Joaquim Couto satisfeito, Misericórdia pede explicações EM ANÁLISE, PÁG.S 12 E 13 DESTAQUE, PÁG.S 4 E 5

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 14 JANEIRO 2016 | N.º 552 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

“Com a sua experiênciapolítica e sentido deEstado pode ser a Presi-dente da República deque o país precisa, de-pois do mandato de mámemória do atual pre-sidente da República”.

JOAQUIM COUTO VOTAMARIA DE BELÉM

ANDREIA NETO VOTAMARCELO REBELO DESOUSA

“Com todo o respeitoque tenho por outroscandidatos, acho quenão estão ao nível dapreparação, capacidadee competência políticado professor MarceloRebelo de Sousa”.

“Sampaio da Nóvoa dis-pensa comentáriossobre princípios decompetência ou dehonestidade, seriedadee capacidade de traba-lho, é um homemde valor inestimável”.

CASTRO FERNANDES VOTASAMPAIO DA NÓVOA

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IDEN

CIAI

S 20

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Edgar Silva é a melhoropção pelo seu traba-lho “na proteção decrianças desprotegidas,pela luta pelos maisdesfavorecidos epor uma sociedademais justa e fraterna”

JOSÉ ALBERTO RIBEIROVOTA EDGAR SILVA

Disputa pelolugar deCavaco jácomeçou

Avensesvotamna EB 2/3

GOVERNO DEANTÓNIO COSTAANULA PASSAGEMDE HOSPITALPARA AMISERICÓRDIADE SANTO TIRSOJoaquim Couto satisfeito,Misericórdia pede explicações

EM ANÁLISE, PÁG.S 12 E 13

DESTAQUE, PÁG.S 4 E 5

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Quando, em 1987, apareceu o pri-meiro álbum dos Pop Dell’ Arte, já eleseram conhecidos no meio alternati-vo nacional. Tinham editado previa-mente o maxi “Querelle” e causadofuror na segunda edição do Concur-so de Música Moderna do RockRendez-Vous. Quem ganhou o prémioprincipal foram os esquecidos THC,enquanto o grupo liderado por JoãoPeste ficou com a compensação doprémio de originalidade. Esta contra-partida não surpreende. Inovaram es-tética e artisticamente, transgredindoas regras que as editoras normalmen-te impõem. Com as costas quentes daAma Romanta, lutaram contra a mes-ma miopia cultural e obsessiva maxi-mização fácil do lucro. Daí o título“Free Pop” assentar como uma luva.

Traçando novos caminhos, expe-rimentaram e reconstruiram algunsconceitos que haviam destruído pro-positadamente. Talvez por isso, a popque eles insistiam estar incluídos sejamais desconfortável para alguns ou-

vidos. O eventual incómodo alimen-tou a mística ao longo dos anos. Al-gumas análises foram corrigidas, sen-do a do Blitz a mais gritante: na pri-meira crítica colocaram-no apenascomo o 10º melhor disco portuguêsdo ano; 23 anos depois alterarampara um dos melhores da década. Dequalquer modo, esta mudança nãomerece condenação mas sim elogios.

A abertura é um bom exemplo doque esperar nas faixas seguintes. Àliberdade vocal junta-se o som deestilhaços. “Berlioz” é o ponto de par-tida para um mundo surreal, com es-tados febris variados. “Rio Line”,“Avanti Marinaio” e “Bladin” são pa-ragens obrigatórias. Esta última dis-tancia-se das outras, como uma pro-funda lamentação. “Juramento semBandeira” fecha como uma libertação,quase anárquica. Ao vocalista junta-se Adolfo Luxúria Canibal. Curiosa-mente só em 1988 os Mão Mortase estreavam com o disco homóni-mo. Aqui ele aproveita para se mos-trar, integrando-se num manifestoenérgico e poderoso.

É difícil encontrar o LP à venda equando aparece no mercado costumaser vendido à volta de 30 euros. Exis-tem também edições em CD. A de 2011é remasterizada e inclui dois temasbónus: “Esborrre” e “Sonhos Pop”. |||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016

Dentro de portas - “Free Pop”

Transgressõeslivres daestética pop

Traçando novos cami-nhos, experimentarame reconstruiram algunsconceitos que haviamdestruído propositada-mente. Talvez por isso,a pop que eles insisti-am estar incluídos sejamais desconfortávelpara alguns ouvidos.

Esta sexta-feira, dia 15, às 22h00, oCentro Cultural Vila Flor, em Gui-marães, é palco para a estreia de“Subterrâneo”, de Dostoiévski, comencenação de Luís Araújo e inter-pretação de Nuno Cardoso. Vinteanos depois de uma experiênciamarcante no seu percurso, Nuno Car-doso regressa como ator a esta peça,partindo do texto homónimo deFiódor Dostoiévski. Desta vez comencenação de Luís Araújo e comuma nova dramaturgia, “Subterrâneo”promete mergulhar o público numtexto intenso que se tornaria ummarco na literatura.

Há vinte anos, mais concretamen-te a 8 de setembro de 1995, Nuno

TEATRO

Nuno Cardoso volta a darvoz e corpo a textomarcante de DostoiévskiDIRIGIDO POR LUÍS ARAÚJO, NUNO CARDOSO REGRESSA, VINTE ANOS DEPOIS, A“SUBTERRÂNEO”. SOZINHO EM PALCO, O ATOR DÁ VOZ E CORPO A UM ESPE-TÁCULO MARCANTE DO SEU PERCURSO ARTÍSTICO. ESTA SEXTA, EM GUIMARÃES

Cardoso interpretou, pela primeiravez, este “Subterrâneo”, no Mosteirode São Bento da Vitória, no Porto.Além do Porto, a peça foi apresenta-da em mais sete cidades e em 16 es-tabelecimentos prisionais no âmbitodo Projeto Liberdades num total de68 apresentações. Na altura, a peçateve encenação de Paulo Castro.

Agora, com uma nova dramatur-gia, e com encenação de Luís Araú-jo, Nuno Cardoso volta a interpre-tar a voz de um homem acossadoque se entrega a um monólogo ple-no de desencontros e contradições.A peça parte de “Cadernos do Sub-terrâneo”, ponto de viragem na obrade Dostoiévski, que antecederia e

marcaria as suas principais obras,despertando de forma implacáveluma nova consciência sobre o lu-gar do homem na sociedade e avan-çando para territórios não explora-dos da literatura, o que levariaGeorge Steiner a considerá-lo, emtermos formais, o mais decisivo tex-to para a modernidade literária.

“Subterrâneo” é um monólogoque constantemente se reinventacomo falso diálogo com interlocu-tores imaginários, fingindo respos-tas que de imediato desmonta, numjogo de espelhos onde fuga e con-fronto se equivalem, aqui exposto nasolidão do palco. Os bilhetes cus-tam 7,50 euros. |||||

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeira saída de janeiro foi o nosso estimado assinante Floriano Moreira,

residente na rua Silva Araújo, n.º 845, em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

SEXTA, DIA 15 SÁBADO, DIA 16Céu pouco nublado.Vento fraco. Max: 12º / min. 3º

Céu limpo. Vento fraco.Máx. 13º / min. 2º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 10º / min. 8º

DOMINGO, DIA 20

ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016 | 03

Janeiro molhado, se nãoé bom para o pão,não é mau para o gado

MÉDICO DOS OLHOSOFTALMOLOGISTA

MARCAÇÃO DE CONSULTASTELEFONE 252 872 021 | TELEMÓVEL 918 182 018 - 938 130 893

VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

Desde o passado dia 8 de janeiroque se encontra patente no CentroCultural de Vila das Aves a exposi-ção Linha, Ponto e Vírgula”. Da auto-ria do caricaturista André Carrilho,a exposição reúne 80 caricaturasde escritores nacionais e estrangei-ros, e pode ser visitada até dia 20de fevereiro.

Entre os vários escritores carica-turados, estão os portugueses Agus-tina Bessa Luís (na imagem), Alexan-dre O’Neill, Fernando Pessoa e So-phia de Mello Breyner. Já Drummon-de Andrade, Caetano Veloso e MiaCouto representam alguns dos es-

critores lusófonos, e Carmén Posa-das, Charles Bukowski e Oscar Wildeos escritores de outros países.

André Carrilho nasceu a 26 dejulho de 1974, em Lisboa. Desde1992 que tem trabalhado profissi-onalmente como designer, ilustra-dor, cartoonista, animador e carica-turista, colaborando com alguns dosmais importantes jornais e revistasportuguesas. Ganhou vários pré-mios nacionais e internacionais emostrou o seu trabalho em grupoou individualmente em exposiçõesem Portugal, Espanha, Brasil, Françae Estados Unidos da América. |||||

EXPOSIÇÃO

Escritores nacionais eestrangeiroscaricaturadospor André Carrilho80 CARICATURAS EM EXPOSIÇÃO NO CENTRO CULTURALDE VILA DAS AVES ATÉ DIA 20 DE FEVEREIRO

Por dentro doteatro de Molière

Nas noites de sexta e sábado, há te-atro para ver na Casa das Artes deFamalicão, levado à cena pelos alu-nos do 2º ano do Curso Profissio-nal de Artes do Espetáculo-Interpre-tação da Academia Contemporâneado Espetáculo, também de Vila Novade Famalicão.

A peça, “O Improviso de Versa-lhes”, apresenta-se em tons de comé-dia – fora do seu tempo, diz-se - e traza assinatura de Molière que é, tam-bém, nome de personagem. Molière,precisamente, está a ensaiar um im-proviso com a sua companhia, quedeverá ser resolvida e apresentadaao Rei nesse mesmo dia. Os atoresquestionam-no, desafiam-no, rebe-lam-se contra ele por não “ter-se des-culpado respeitosamente para com oRei e pedir-lhe que lhe concedessemaior prazo”. É durante todo esseensaio que Molière (autor e persona-

gem) - em domínio total da lingua-gem teatral - se expõe, mas tambémridiculariza os vícios, tiques e defei-tos de representação dos atores e au-tores da sua companhia rival. Molièrecria, dentro da peça, uma outra peça,um jogo de espelhos onde encontraa forma de se poder criticar impedin-do qualquer crítica de outros.

“O Improviso de Versalhes” é umacoprodução da Academia Contem-porânea do Espetáculo – Famalicão eda Casa das Artes, com encenaçãode Manuel Tur e conta com as inter-pretações de nomes como Ana Ri-beiro, Andreia Reis, Bianca Viana, Bru-na Ribeiro, Bruno Batista, Catarina Li-ma, Catarina Malheiro e Diogo Peixo-to, entre outros. A peça é apresenta-da esta sexta e sábado, às 21h30. Osbilhetes custam 4 euros (2 euros paraportadores de cartão de estudante ecartão quadrilátero cultural). |||||

UMA COMÉDIA DIVERTIDA, ÁGIL, ASTUTA E ACUTILANTECHEIA DE RIDÍCULAS MORAIS E FALSAS MODÉSTIAS PARAVER AMANHÃ E SÁBADO NA CASA DAS ARTES DE FAMALICÃO

TEATRO

Este sábado, dia 16, há cinema deanimação para ver no Centro Cultu-ral de Vila das Aves. Estreado oano passado, “Home: a minha ca-sa”, é exibido às 16 horas e tementrada livre. Produzido pela Dream-Works Animation e realizada porTim Johnson, o filme baseia-se nolivro infantil “The True Meaning ofSmekday”, de Adam Rex.

O filme reporta-nos para um fu-turo não muito distante, com o pla-neta Terra a ser invadido por uma

CINEMA

Animação daDreamWorksno Centro Culturalde Vila das Aves

raça alienígena chamada boov.Apesar de bem-intencionados e re-lativamente amistosos, os boov pre-tendem um novo sítio para morar.Por esse motivo, todos os humanossão capturados e transferidos paraum lugar deserto. Mas quando Tip,uma rapariga valente e destemida,consegue escapar, vê-se acidental-mente a braços com um aliado inco-mum: um pequeno boov expatriadopela sua própria raça, de nome Oh.Apesar de inicialmente relutanteem fazer-se à estrada com aqueleestranho ser, Tip percebe que a úni-ca maneira de conseguirem esca-par é unirem esforços – e conheci-mentos interplanetários –, numademanda que não determinaráapenas a sua sorte, mas a de to-dos os envolvido. |||||

04 | ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016

DESTAQUECavaco está de saída ehá dez candidatosque lhe querem o lugar

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Para muitos, Marcelo já era candidatomesmo antes de o ser. Durante me-ses a questão foi se o ‘Professor’ Mar-celo, que há anos comentava os acon-tecimentos da atualidade ao domin-go à noite, iria assumir uma candi-datura à presidência da república. Adecisão só surgiria em outubro pas-sado. “Cumprirei o meu dever moralde pagar a Portugal o que Portugalme deu. Serei candidato à Presidên-cia da República, pelos portuguesese portuguesas”, dizia então. Aponta-do por muitas sondagens como ofavorito à vitória, Marcelo Rebelo deSousa esteve em Santo Tirso em ju-lho passado a convite da deputadae presidente da Concelhia do PSDlocal, para a inauguração da sede.Agora como candidato (independen-te, ainda que com o apoio oficial doPSD e do CDS), Marcelo tem AndreiaNeto como mandatária da sua can-didatura no concelho. Para a deputa-

CHEGARAM A SER CERCA DE DUAS DEZENAS OS PUTATIVOS CANDIDATOS À PRE-SIDÊNCIA DA REPÚBLICA MAS SÓ DEZ FORMALIZARAM A CANDIDATURA, DOISDELES SÃO, PELA PRIMEIRA VEZ, MULHERES. AS PRESIDENCIAIS REALIZAM-SENO PRÓXIMO DIA 24 E MOSTRAMOS-LHE AGORA O QUE LIGA VÁRIAS FIGURAS DOCONCELHO A ALGUNS DOS CANDIDATOS PRESIDENCIAIS.

da as presidenciais resumem-se facil-mente: “com todo o respeito que te-nho por outros candidatos, francamen-te acho que não estão ao nível dapreparação, capacidade e competên-cia política do professor Marcelo Re-belo de Sousa”. Andreia Neto asse-gura que assumiu as funções de man-datária por acreditar que “a grandeexperiência, preparação e, acima detudo pelo seu sentido de Estado”, fa-zem de Marcelo o melhor candidato.Mas não é só, a presidente do PSDde Santo Tirso acredita no “papel con-ciliador que pode desempenhar en-quanto Presidente da República”.

Maria de Belém é histórica do PS,foi presidente do partido, ministra dasaúde e da igualdade e é, nas presi-dências de 2016, uma das duas mu-lheres candidatas. Aos 66 anos, deci-diu avançar com a candidatura mes-mo após o avanço de Sampaio da Nó-voa. Sem o apoio oficial do partido,Maria de Belém soma, no entanto, no-mes como Manuel Alegre, AlmeidaSantos ou Jorge Coelho entre os seusapoiantes. Em Santo Tirso não lhe fal-tam apoios, nomeadamente o do pre-sidente da concelhia do PS e presiden-te da Câmara, Joaquim Couto que jádemonstrou o seu apoio pessoal àcandidatura da socialista. Couto lem-bra que, apesar do secretário-geraldo partido ter concedido liberdadede voto na primeira volta das eleições,deve “solidariedade a uma militanteque, ao longo dos anos, tem presta-do relevantes serviços ao partido eao país”. Por outro lado, admira a “co-ragem e a personalidade” de Maria

de Belém que, “num impulso de cida-dania ativa decidiu apresentar a suacandidatura à presidência da Repu-blica”. Para Couto a eleição de Mariade Belém será “um marco histórico pa-ra o país, que nunca teve uma mulhera exercer as funções de Chefe de Es-tado”. “Estou convencido de que coma sua experiência política e sentidode Estado pode ser a Presidente daRepública de que o país precisa, de-pois do mandato de má memória paraPortugal e para os portugueses do atualpresidente da República”, sublinha.

CASTRO FERNANDES COMSAMPAIO DA NÓVOADa ala socialista irá a votos tambémSampaio da Nóvoa que acredita queos tempos exigem um “presidenteindependente e imparcial” e assegu-ra ser o candidato que se “compro-mete com a igualdade de oportuni-dades”. É antigo Reitor da Universida-de de Lisboa e mais um nome de pe-so na corrida presidencial. Apoiadopor três antigos presidentes da Repú-blica, Ramalho Eanes, Mário Soarese Jorge Sampaio, não é de estranhartambém que em Santo Tirso someapoiantes, nomeadamente do ex-pre-sidente da Câmara, Castro Fernandesque subscreveu o seu manifesto deapoio por se rever “nos princípios queele tem defendido no debate públi-co”. O ex-presidente da Câmara tirsen-se garante não ter sido o único: “o AsuilDinis, antigo presidente de Câmaratambém subscreveu, assim como RuiRibeiro, atual presidente da Assem-bleia Municipal, Jorge Gomes, atualpresidente da União de freguesiasde Santo Tirso, a Júlia Godinho e oJosé Carlos Ferreira, antigos vereado-res”. Castro Fernandes, que está comSampaio da Nóvoa desde o início, vêno candidato “um homem de refe-rência nacional, um catedrático a ní-vel nacional e internacional, uma fi-gura intelectual de relevo único”. Masnão é só e o socialista não poupa elo-gios ao candidato que considera dis-pensar “comentários sobre princípiosde competência ou de honestidade,seriedade e capacidade de trabalho,é um homem de valor inestimável”.

De esquerda são também Cândi-do Ferreira e Henrique Neto. O pri-meiro tem 66 anos, é médico de pro-fissão, entre 1991 e 1995 foi presi-dente da federação Distrital de Leiriado PS e, no mesmo ano, assumiu adireção de campanha de Jorge Sam-paio. Cândido Ferreira acabou por sedemitir de todas as funções no parti-do em 2011, quando contestou a li-derança de José Sócrates. É agora um

dos dez candidatos à presidência daRepública porque acredita represen-tar os interesses da população e nãoos interesses partidários. “O exemplotem de vir de cima e é altura de pôrfim ao despesismo insaciável e in-sustentável da atual classe política”,sublinha o candidato. Já HenriqueNeto foi o primeiro a anunciar a can-didatura, em março passado. Tem 79anos e é mais um dos rostos socialis-tas na corrida pela presidência. Ain-da assim, avança como independen-te e garante que a sua candidatura“não está ao serviço de nenhum par-tido político”, até porque consideraque, apesar de essenciais à democra-cia, “foram os partidos políticos que,em grande parte, conduziram o paísao desastre com que se vê confron-tado”. Garante não se candidatar “pa-ra deixar tudo na mesma” e assegu-ra querer “unir os portugueses numprojeto comum de inteligência, rea-lismo e verdade. Um projeto assentenuma estratégia clara, que, no curtoprazo, é a do crescimento económi-co e da criação de novos empregos”.

CANDIDATA AOS 39 ANOSPela primeira vez, uma eleição para apresidência é disputada por duas mu-lheres e a segunda é também a maisnova. Marisa Matias, tem 39 anos, éeurodeputada e a aposta do Blocode Esquerda. Candidata-se não para“fazer número, para animar a campa-nha ou para erguer a bandeira do par-tido”, mas para “fazer uma alternativapopular para estas eleições, na con-vicção de que, numa República, sãoos votos que decidem quem é quevai estar na chefia do Estado”, paraagregar e mobilizar. Diz-se uma mu-lher de esquerda que assume as suascausas. “Não tenciono fingir que souneutra para conquistar simpatias. Nãoquero ser politicamente correta, que-ro ser politicamente verdadeira”, asse-gura. Marisa Matias recolheu 17 milassinaturas de apoio e garante: “sereiuma Presidente de todos e todas asportuguesas, mas não esqueço o quese está a fazer aos mais pobres parasalvar os bancos, não esqueço o quese está a fazer aos jovens para os fa-zer desistir do país, não esqueço oque se está a fazer às mulheres paraque sejam sofredoras submissas, nãoesqueço o que se está a fazer aos tra-balhadores para pagar salários mise-ráveis, não esqueço o que se está afazer aos velhos para desonrar vidasinteiras de trabalho e de sacrifício”.

Com o apoio do PCP e do PEVconcorre Edgar Silva, 53 anos, filiadono partido desde 98 e antigo padre

PRESIDENCIAIS

NA IMAGEM AO LADO, DAESQUERDA PARA A DIREITA EDE CIMA PARA BAIXO: JORGESEQUEIRA, PAULO MORAIS,EDGAR SILVA, MARIA DEBELÉM, VITORINO SILVA,CANDIDO FERREIRA, MARISAMATIAS, SAMPAIO DANÓVOA, HENRIQUE NETO,MARCELO REBELO DE SOUSA

ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016 | 05

didato presidencial. Diz não estar “pre-so” a nenhum partido politico e avan-ça sob o lema de que “Portugal so-mos nós”. “Quero devolver o otimis-mo, devolver a confiança aos cidadãos.Quero deixar que as pessoas deixemde se sentir desamparadas. Queroque as pessoas, quando olharem parao boletim de voto, vejam na minhacara, um espelho”, adiantava na apre-sentação da candidatura. Paulo deMorais, por sua vez, foi vice presiden-te de Rui Rio e é conhecido pelo com-bate contra a corrupção. Foi o primei-ro a formalizar a candidatura, entre-gando no Tribunal Constitucional 8mil assinaturas. “Onde os outros tive-rem bandeiras, nós temos ideias, ondeos outros tiverem jantares, nós tere-mos debates”, adiantava então, subli-nhando: “chega de política de espe-táculo, é preciso política de convic-ções”. Paulo de Morais tem 52 anose assegura que irá ”lutar pela digni-dade de todos os portugueses, lutarpela dignidade da pessoa humana,combater privilégios, injustiças”.

Garante ser o candidato ‘mais pró-ximo do povo’ e embora no boletimde voto, o seu nome apareça comoVitorino Silva, a verdade é que é porTino que é conhecido, Tino de Rans,nome da freguesia onde foi presi-dente. Já participou em reality showse é apelidado por muitos como o cal-ceteiro mais famoso de Portugal. “Vouser Presidente da República”, acredi-ta, “com 22 anos, o povo da minhaterra quis que eu fosse presidente dajunta, que pusesse Rans no mapa, nãotenho dúvida nenhuma de que o paísquer que o Tino seja Presidente daRepública”, dizia em outubro passa-do à imprensa, quando apresentoua candidatura. Chegou mesmo a es-tar recentemente em Vila das Avespara recolher as assinaturas neces-sárias para a formalização da candi-datura à presidência. Reuniu 8118 eentregou-as no Tribunal Constitucio-nal em sete caixas e um cesto de vin-dimas. Vitorino Silva tem 44 anos. ||||||

“Estou convencido deque com a sua experi-ência política e sentidode Estado pode ser aPresidente da Repúbli-ca de que o país preci-sa, depois do mandatode má memória doatual presidente daRepública”.

JOAQUIM COUTO VOTAMARIA DE BELÉM

ANDREIA NETO VOTAMARCELO REBELO DESOUSA“Com todo o respeitoque tenho por outroscandidatos,francamente acho quenão estão ao nível dapreparação, capacidadee competência políticado professor Marce-lo Rebelo de Sousa”.

“Sampaio da Nóvoadispensa comentáriossobre princípios decompetência ou dehonestidade, seriedadee capacidade de traba-lho, é um homemde valor inestimável”.

“Edgar Silva é a melhoropção pelo seu traba-lho “na proteção decrianças desprotegidas,pela luta pelos maisdesfavorecidos epor uma sociedademais justa e fraterna”

CASTRO FERNANDES VOTASAMPAIO DA NÓVOA

JOSÉ ALBERTO RIBEIROVOTA EDGAR SILVA

católico. Quer lutar para combater de-sigualdades e defende que “a injus-tiça não é invencível!”. Entregou notribunal constitucional 15 mil assina-turas, o dobro do exigido e assumeque irá defender “um outro rumo pa-ra Portugal que comporte a valoriza-ção do trabalho e dos trabalhadores,de afirmação dos seus direitos, quecombata a precariedade e o desem-prego, um rumo que tenha no au-mento dos salários, na elevação dopoder de compra, um fator decisivode justiça social e de contribuição in-contornável para reduzir as desigual-dades na distribuição do rendimen-to”. Em Santo Tirso, o comunista JoséAlberto Ribeiro é um dos que vê emEdgar Silva a melhor opção nestaspresidenciais. Apoia-o pelo trabalho“na proteção de crianças despro-

tegidas, pela luta pelos mais desfavo-recidos e por uma sociedade maisjusta e fraterna”. “Na vida temos quefazer escolhas e devem ser sempre emfunção de tornar a sociedade um pou-co melhor e não continuar a proteger,como ultimamente se tem feito, os quemais têm em desvalor dos que me-nos têm”, sublinha José Alberto Ribei-ro que acredita que Portugal está apassar por um “espirito de mudança“.

O PSICÓLOGO, O PROFESSORUNIVERSITÁRIO E O CALCETEIROJorge Sequeira, Paulo de Morais e Vito-rino Silva completam o leque de 10candidatos à presidência. Jorge Sequei-ra é um rosto do Norte e, aos 49 anos,é psicólogo, investigador, comentadorpolítico e professor Universitário. Atudo isso, junta agora o título de can-

06 | ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016

OPINIAO

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO

MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO (C.P.N.º 4354),

CATARINA SOUTINHO (C.P.N.º 1391), LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES, PEDRO FONSECA, NUNO MOTA,

FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, BELANITA ABREU, CATARINA GONÇALVES,

MANUEL NETO, FERNANDO TORRES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 552 - 14 JANEIRO 2016

Numa sociedade cada vez desacredi-tada nos atores políticos, o compromis-so político assume uma importân-cia decisiva na reabilitação da relaçãoentre quem elege e quem é eleito.

Em 2013, o Dr. Joaquim Coutoapresentou-se a eleições com umprograma arrojado, ambicioso, assen-te em 10 ideias e 100 medidas con-cretas, mas, acima de tudo, com umcompromisso adaptado às necessi-dades da população de Santo Tirso.

Dois anos volvidos, tenho a for-te convicção de que o balanço éfrancamente positivo.

Desde logo, pelo facto de 60 porcento das 100 medidas assumidasno compromisso eleitoral já estaremcumpridas a meio do mandato e 26por cento estarem em curso.

Quero destacar dois eixos queforam desde sempre assumidoscomo prioritários e que têm mereci-do uma atenção especial por partedo executivo municipal, com resul-tados muito positivos.

Em primeiro lugar, a Coesão So-cial. Depois de uma leitura atenta eperspicaz aos tempos que se vivem,foi assumido pelo Dr. JoaquimCouto que a Coesão Social seria apedra de toque para o mandato. Nãopor acaso, dois terços do orçamen-to municipal têm sido destinadospara medidas de apoio à popula-ção do concelho.

Destaco três medidas que sinali-zam esta prioridade: A criação doFundo Municipal de Emergência So-cial, a duplicação do Subsídio Mu-nicipal de Arrendamento e a desci-da de todos os impostos, nomea-damente do IMI (criticado de formademagógica pela oposição) e do IMIpara as famílias, do IRS e da Derrama.

Em segundo lugar, a Educação.

CARTAS AO DIRETOR

Das palavras aos atosAquilo que julgas comprar com o dinheiro que ganhas pelo teutrabalho, compras, afinal, com o teu curto tempo de vida na Terra...

O Homem... esseGrande Estúpido

José Machado

Se repararmos um pouco no que sepassa na vida de um animal, verifica-mos que ele, após a infância, só semexe pela sobrevivência: comida, pro-tecção e acasalamento. Todo o restodo seu tempo descansa.

Ao contrário de todos os outrosanimais superiores, o Homem utilizacada vez mais o seu tempo de vidano afã de sobreviver mas também deacumular. Todos os seus objectivos,toda a sua energia todo o seu tem-po se subordinam a estas duas ne-cessidades.

Ora, se a necessidade da sobrevi-vência é algo natural, já a de acumu-lar o não é. Pode dizer-se até que éantinatural. Se a primeira se entende,se justifica, a segunda é naturalmen-te injustificável; pior, ela agrava as con-dições de sobrevivência, torna a exis-tência cada vez mais exigente, árdua,complicada, difícil. Alimentar-se, pro-teger-se e criar relações boas e está-veis continuam a exigir demasiadotempo da nossa vida e, na maior par-te das vezes, até são impossíveis.

A acumulação é uma aberraçãodo pensamento humano, só possívelpelo uso indevido, errado, autodestru-tivo da sua capacidade de pensar ede escolher. Infelizmente, a razão pre-

dominou e continua a predominarsobre o coração, a irracionalidadevenceu e continua a vencer o bomsenso. Desta forma, o Homem em vezde aplicar toda a sua energia, toda asua capacidade no sentido de melho-rar as condições que a sua sobrevi-vência naturalmente exige, pelo con-trário, usa-as para acumular: poder,dinheiro, bens materiais, sensações…

A acumulação apenas tem umajustificação quando se destina aobem comum, à distribuição geral. Foradisso, é uma necessidade devoradorados sentimentos, do prazer de viverem comunidade. É uma obsessão queconsome e faz consumir o tempo devida de uma forma absolutamentenociva por ser antinatural.

A obsessão pela acumulação geraa escravidão do Ser Humano sobremúltiplas e por vezes bem camufladasformas, tão sedutoras que os ‘escravos’vêem nelas exercício da liberdade…

Este objectivo tornado necessida-de forma-se logo após o nascimentoe consolida-se com a educação quepredomina e se tornou a ideal.

Uma das expressões mais actuaisdeste objectivo insano é, por exem-plo, o desumano mapa de horáriosque impera no trabalho assalariado…

Outra é o que se está a fazer auma medida que foi um lampejo debom senso, de afirmação de huma-nidade – a reforma…

Há gente que se dá conta, sentena pele, os resultados desta obses-são e tenta escapar-lhe. São sinais deque a derrota da Humanidade ain-da não está plenamente completa. |||||

Também a esta área o executivo mu-nicipal liderado pelo Dr. JoaquimCouto deu grande atenção. Paraalém de diversas medidas que per-mitiram aliviar o esforço financeirodas famílias mais carenciadas, umadas iniciativas mais emblemáticaslançadas pela primeira vez no con-celho foi o programa MIMAR, cujamedida teve um grande impacto jun-to das famílias com filhos em idadeescolar, uma vez que, para além deuma dupla função educativa e soci-al, possibilita também um acompa-nhamento das crianças do I Ciclodurante as interrupções letivas.

Consolidadas estas e outras ini-ciativas, é importante continuar aexecução do compromisso eleitoralpara o que falta de mandato, impl-ementando medidas que estão se-guramente a ser objeto de estudosrigorosos, para, uma vez aplicadas,produzirem os efeitos desejados.

Neste campo, sublinho outras trêsmedidas, que entendo serem porta-doras desta nova forma de fazerpolitica, centrada nas pessoas e paraas pessoas.

Manter a cidade viva, atraindo ajuventude e impulsionando o comér-cio local. Os eventos já realizadostêm tido o condão de aproximar apopulação – em especial a juventu-de – da cidade e do concelho e, aomesmo tempo, de dinamizar o co-mércio de uma forma que já faz ecoa nível regional e nacional.

Reforçar um plano de obras mu-nicipais que permitam requalificar aszonas mais carenciadas do conce-lho e, em conjunto com outras en-tidades, dar continuidade à amplia-ção da rede de drenagem e águasresiduais que, em 2014 e 2015, foialvo de um forte investimento, em

especial no Vale do Leça, na ordemdos 3,7 milhões de euros.

Atrair investimento para o con-celho, através do Invest Santo Tirso-Gabinete de Apoio ao Investidor.

A aposta na captação de novoinvestimento já está a dar os seusfrutos, como é exemplo o anúncioda instalação de uma empresa bra-sileira em Santo Tirso, num investi-mento de cerca de 15 milhões deeuros, o qual vai permitir a criaçãode 150 novos postos de trabalho.

Ainda no âmbito do Invest San-to Tirso, e relativamente às empre-sas já instaladas no concelho, oMunicípio tem vindo a pôr em prá-tica um conjunto de benefícios fis-cais para aquelas que pretendaminvestir e, dessa forma, aumentar onúmero de postos de trabalho.

Aquilo que já foi feito em doisanos e aquilo que está na calha parao que falta cumprir de mandato per-mite, na minha opinião, encarar ofuturo com esperança redobrada.

Por vezes, o mais difícil é fazer omais fácil, isto é, falar verdade, cum-prir, passar das palavras aos atos ehonrar os compromissos assumidoscom a população de Santo Tirso. |||||NUNONUNONUNONUNONUNO LINHARESLINHARESLINHARESLINHARESLINHARES, 11 DEZEMBRO DE 2015

“O Dr. Joaquim Coutoapresentou-se a elei-ções com um progra-ma arrojado e ambici-oso, mas, acima detudo, com um compro-misso adaptado àsnecessidades da popu-lação de Santo Tirso”.

CARTOON // VAMOS A VER...

A mátria da educação

ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016 | 07

Um presençaenvenenada

Qual o significado de uma presença,de uma fotografia, de uma palavra,de um convite?

Em política, esse significado é sem-pre sobrevalorizado. E com razão.Quem anda na política ou observa apolítica, ou comenta a política, sabeque todos os gestos, todos os convi-tes e todas as palavras encerram, emsi, algo mais do que o seu simplesvalor facial.

Como se costuma dizer, em políti-ca o que parece é.

Vem isto a propósito da recentepresença de Castro Fernandes numainiciativa promovida pelo PSD.

Pode um ex-presidente de Câma-ra socialista ser convidado para umatertúlia do PSD e, mais ainda, aceitaresse convite, não só para estar pre-sente mas também para intervir (e, ajulgar pelas fotos, até parecia estar apresidir à cerimónia)?

Pode e deve. Esse espírito demo-crático e civilizado devia estar sem-pre presente nas disputas político-par-tidárias. Mas sabemos que assim nãoé, principalmente quando falamos depolítica local.Tratando-se, aliás, dedebater questões sobre a gestãoautárquica e municipal, o convite aCastro Fernandes faz todo o sentido,visto tratar-se da pessoa que liderou,até há dois anos atrás, e durante 15

anos, a Câmara de Santo Tirso. Atéaqui tudo bem feito. Da parte do PSD,então, tudo muito bem feito.

Mas – há sempre um mas – erapreciso não conhecermos as perso-nagens e termos esquecido tudo oque foi dito pelo PSD Santo Tirso con-tra Castro Fernandes e por este con-tra o PSD Santo Tirso. Evito agorarevisitar essa história para não fazercorar alguns dos protagonistas.

O que esta presença de CastroFernandes num evento do PSD signi-fica é que apesar das eleições autár-quicas ainda distarem cerca de 2anos, muita tinta vão fazer correr.

Uma coisa é certa: animação nãovai faltar. Se me parece que, ao con-trário de outras eleições, o PSD pare-ce estar a fazer o trabalho de casa (oconvite a Castro Fernandes não terátido o dedo de Gonçalves Afonso?),também do lado do PS, JoaquimCouto tem já um lastro de obra feitae ainda trunfos para jogar.

Seja como for, a procissão aindavai no adro. ||||| *Pedro Fonseca escrevede acordo com a antiga ortografia.

O que esta presença de Castro Fernandes num evento doPSD significa é que apesar das eleições autárquicasainda distarem cerca de 2 anos, muita tinta vão fazer correr”.“

Em Portugal, o artigo 48º da Lei deBases do Sistema Educativo estabe-lece o primado dos critérios de na-tureza pedagógica sobre os critéri-os de natureza administrativa. Mas,se alguém nele se baseie, que se de-sengane. O artigo 48º, que se sai-ba, nunca foi revogado, mas é letramorta. As mazelas são as mesmasnas duas margens do Atlântico. Mui-tas escolas padecem de uma admi-nistração fossilizada. Dez anos apósa celebração do contrato de auto-nomia da Ponte, outras escolas cele-braram contratos desgastados poruma regulamentação adaptada à ra-cionalidade burocrática, sobrevivemnuma autonomia de faz-de-conta.

Escrevo enquanto percorro a lu-sa pátria, cujo presidente não ousadizer que seja “pátria educadora”,enquanto quem governa o Brasil nosdiz que a educação é a prioridade dasprioridades, dado que só a educaçãoliberta um povo e lhe abre as portas deum futuro próspero. Não ouso duvidardas boas intenções dos governantesbrasileiros. Mas será preciso informá-los de que existe um requisito míni-

mo, para que essa pátria educadoraaconteça: a autonomia das escolas.

Conheço uma escola que temuma prática coerente com o seu pro-jeto escrito. Talvez por essa razão,um supervisor tivesse exigido queos professores dessa escola voltas-sem a dar aulas. O diretor da escolareagiu, alegando que o seu projetopressupunha a erradicação dessaobsoleta prática. A Diretoria admi-tiu desconhecer a existência do pro-jeto educativo dessa escola. E –espantemo-nos! – peremptoriamenteafirmou que a autorização de aber-tura de uma escola é feita com basenum Regulamento Interno (RI).

Sabemos que o RI é um docu-mento subsidiário de um projeto, queuma escola se rege (ou deverá re-ger-se) por critérios de natureza pe-dagógica. Mas, ao que parece, aque-la diretoria não sabe. E o lamentá-vel episódio alerta-nos para o factode que não é suficiente que um Dar-cy introduza um artigo 15 na Lei deBases brasileira. É necessário que di-retorias e secretarias entendam queautorizar o funcionamento de umaescola não é o mesmo que autorizaro funcionamento de uma padaria.

O que fazer quando, fazendoorelhas moucas a argumentos váli-dos, a Diretoria de Ensino ameaçaa escola com uma auditoria? O quefazer quando a Diretoria de Ensinodiz não ter autonomia e que vaiqueixar-se à Secretaria de Estado?

O que fazer perante a insensibili-dade e a prepotência de certasdiretorias e secretarias? Quero acre-ditar que essa diretoria seja exceçãoe não a regra. Mas deveremos reco-nhecer que o sistema patriarcal estáprofundamente radicado na admi-nistração escolar.

Se do termo patriarcado deriva apalavra pátria, do pater familias de-pendia a libertatis dos escravos... Apátria determina o território da nossaorigem biológica e social, enquantoa mátria é o lar coletivo da inteligên-cia. Assim o disse o Padre Vieira, naBahia de 1639: Se a pátria se deriva-ra de terra, a mãe que nos cria, havia-se de chamar Mátria.

Haja esperança! Enquanto umasecretária de educação age de modo“patriarcal”, um secretário de educa-ção “matriarcal” declarou: Urge rein-ventar a escola para que forme sujeitoscapazes de construir conhecimentos apartir de valores como a cooperação e asolidariedade (...) firme no propósito degarantir Educação democrática e dequalidade. ||||| Pedro Fonseca*

José Pacheco

Dez anos após a cele-bração do contrato deautonomia da Ponte,outras escolas sobrevi-vem numa autonomiade faz-de-conta”.

PEDRO FONSECA

08 | ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016

ATUALIDADE

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

Electricidade AutoMecânica geral

TacógrafosLimitadores de velocidade

AlarmesAuto-rádios

negrelcar - centro de assistência auto, lda.Av. 27 de Maio, 817 | 4795-545 Vila de Negrelos

Telf.: 252 870 870 - Fax: 252 870 879 | E-mail: [email protected]

CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO DE QUALIFICAÇÃODE INSTALADOR DE TACÓGRAFOS Nº 101.25.04.6.052CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO DE QUALIFICAÇÃODE INSTALADOR DE LIMITADORES DE VELOCIDADE Nº 101.99.04.6.053

Avenses votamna EB 2/3

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

No próximo dia 24 de janeiro quemvota em Vila das Aves terá que sedeslocar a um local diferente do ha-bitual para exercer o seu direito. Emvez da sede da junta de freguesia, asmesas de voto vão estar instaladasna Escola E.B 2/3, na Rua Luís Gon-zaga Mendes de Carvalho. Mas hámais, a junta de freguesia discordada escolha do local e assegura quefoi feita “contra a sua vontade”.

A escolha dos locais onde funci-onarão as assembleias eleitorais é dacompetência do presidente da Câ-mara que “solicitou a colaboração dasjuntas de freguesia na indicação delocais possíveis para o efeito, de modoa ser tomada a melhor decisão”. Amudança de local foi, então, sugeridapela Junta de freguesia que acreditaque o melhor local para o efeito se-ria um pavilhão. Assim, por questõesde mobilidade e acessibilidade suge-riu os pavilhões do Quartel de Bom-beiros Voluntários de Vila das Avese o Pavilhão do Clube Desportivo dasAves, até porque, garante a presiden-te, Elisabete Roque Faria, “já lá foramrealizados atos eleitorais”.

A autarquia explicou, no entanto,que segundo a lei “as assembleias

JUNTA PREFERIA PAVILHÃO DOS BOMBEIROS OUDO CLUBE DESPORTIVO DAS AVES, CÂMARA GARAN-TE QUE A LEI PREVÊ QUE SE REALIZEM EMEDIFÍCIOS PÚBLICOS E ESCOLHEU ESCOLABÁSICA PARA COLOCAR AS ASSEMBLEIAS DE VOTO

PRESIDENCIAIS 2016

“A Câmara Municipal deSanto Tirso optou porcolocar as assembleiasde voto na Escola EB2,3 de Vila das Aves,considerando que oestabelecimento de en-sino reúne as condiçõesnecessárias para a rea-lização do ato eleitoral”.

de voto deverão reunir-se em edifíci-os públicos, de preferência escolas,sedes de municípios ou juntas defreguesia, que ofereçam condições in-dispensáveis de capacidade, seguran-ça e acesso”. A sugestão da Câmarafoi a Escola Secundária D. AfonsoHenriques e é aqui que as opiniõescomeçam a divergir. A Junta de Fre-guesia defendeu, explica a presiden-te que “a secundária não reúne ascondições de acessibilidade para pes-soas de mobilidade reduzida, como-didade ou centralidade e que, assimsendo, era preferível manter asassembleias eleitorais na Junta deFreguesia”. A presidente acredita queo melhor local para o efeito seria umpavilhão e que “não sendo nos pavi-lhões sugeridos, a Junta de Fregue-sia é o edifício público com melhorescondições”.

A Câmara Municipal sublinha que,“uma vez mais foi sensível à argu-mentação da Junta de Freguesia deVila das Aves, que alegou a falta decentralidade daquele estabelecimen-to de ensino” e reavaliou a situação.

“Dada a existência de um edifício pú-blico ao lado daquele espaço, a Câ-mara Municipal de Santo Tirso op-tou por colocar as assembleias de votona Escola EB 2,3 de Vila das Aves,considerando que o estabelecimen-to de ensino reúne as condições ne-cessárias para a realização do ato elei-toral”, adianta a autarquia, sublinhan-do que “nunca se ouviu publicamente

a Junta de Freguesia de Vila das Avesfazer considerações negativas sobreo estado de conservação” da escola.

A junta de freguesia já fez saberà população que “por imposição daCâmara e contra a vontade da Juntade freguesia” as eleições terão lugarna EB 2/3, “apesar dos esforços rea-lizados para que se realizassem nopavilhão dos Bombeiros ou no Pavi-lhão do Clube Desportivo das Aves,ou então continuassem nas instala-ções da Junta de Freguesia”, subli-nhando ainda que são alheios “aostranstornos causados a todos osavenses”. Já a Câmara Municipal res-salva que “não se compreende qual-quer crítica que possa surgir por par-te da Junta de Freguesia de Vila dasAves sobre o local onde se vai reali-zar o ato eleitoral de 24 de janeiro,nem tão pouco a vontade de voltar apedir que as assembleias de voto fun-cionem na sede da Junta”. ||||||

ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016 | 09

CONCELHO

|||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Na sessão ordinária da AssembleiaMunicipal de Santo Tirso que se ini-ciou em 15 de dezembro passado eque se retomou no dia seguinte, dadaa extensão da ordem do dia, foramaprovados com os votos favoráveis damaioria socialista os documentos fun-damentais da gestão municipal apre-sentados pela Câmara. O Plano Pluria-nual de Investimentos (PPI) e o PlanoEstratégico de Desenvolvimento Urba-no (PEDU) apresentam como principaisprojetos do município para este ano,entre outros, a requalificação urbana(Via panorâmica, Rua Oliveira Salazar,Praça Camilo Castelo Branco, Pracetado Alto da Feira e Largo Coronel Batis-ta Coelho, em Santo Tirso, a rua SilvaAraújo em Vila das Aves e a avenidaDias Machado em Vila Nova do Cam-po), a “Autarquia Digital”, as HortasUrbanas, o ‘Fun Park’ e o Centro deArtes Alberto Carneiro. Alguns destesprojetos já são conhecidos mas outroscarecem de alguma informação suple-mentar e consideração pela línguamaterna para se saber do que se trata.

O grupo independente “P’ra Fren-

PLANO E ORÇAMENTO DA CÂMARA APROVADOS. “FUNPARK” (?) DE 4 MILHÕES É A NOVIDADE DO PLANOESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO URBANO.

Orçamentopassa semcontestação

te Santo Tirso”, pela voz do seu repre-sentante Henrique Pinheiro Macha-do (HPM) assumiu a posição de maioroposição às opções camarárias e as-sinalou que 60% do investimento estálocalizado na cidade de Santo Tirso,concluindo que isso “é a prova de queesta Câmara é a mais centralista queexistiu desde que há democracia emPortugal”. A análise do grupo repre-sentado por HPM (que no final votoucontra a aprovação dos documen-tos), salientou o aumento das trans-ferências correntes e salientou que ovalor previsto de receita de ImpostoMunicipal sobre Imóveis (IMI) é cer-ca de um milhão de euros superiorao de 2013 e que assim, a Câmara“com a atual política fiscal vai retirarao rendimento das famílias três mi-lhões de euros ao longo dos três anosde mandato que irá completar nopróximo ano” e salientou as despe-sas com a aquisição de serviços quedesde que este executivo tomou pos-se em 2013 passaram de cerca de 6milhões para 12 milhões de euros.

Para a maioria socialista, porém,este orçamento municipal para 2016abre portas para a consolidação de

uma estratégia que assenta em eixoscomo a Cultura, o Turismo, a Inova-ção, o Ambiente, a sustentabilidadee a herança social e industrial”. A maiorbancada de oposição, a coligaçãoPPD-PSD/PPM, acabou por abster-seapesar de contestar a ideia propaladade que há redução das receitas e con-trapor a ausência de redução de des-pesas supérfluas, de relevar despe-sas previstas em assessorias de co-municação e marketing e os ajustesdiretos, registando ainda contradiçõesno discurso vigente, pois o acrésci-mo de despesas supera o acréscimodas receitas. Também se absteve abancada da CDU, salientando algu-mas reduções de taxas camarárias,ainda que de pouco significado.

Para a maioria socialista o rigor ea responsabilidade que têm norteadoo mandato não impediu o executivode reduzir significativamente a dívida,mantendo o investimento, assinalan-do ainda a redução das taxas do IMIe outras taxas municipais bem comooutro aspeto significativo, uma “pou-pança corrente” (diferença entre asreceitas e as despesas correntes) daordem dos 5,7 milhões de euros. |||||

A REQUALIFICAÇÃO DA PRACETADO ALTO DA FEIRA É UMADAS OBRAS PRIORITÁRIASPARA A CÂMARA MUNICIPAL

ASAS garantemençãohonrosaem projeto daSIC Esperança“(Re)Construindo Percursos” é onome do projeto apresentadopela Associação de Solidarieda-de Social de Santo Tirso na sextaedição do prémio SIC EsperançaRock in Rio Escola Solar.

Estavam cerca de 100 projetosa concurso na sexta edição doPrémio SIC Esperança Rock in RioEscola Solar e, de entre os váriosprojetos de todo o país, o da ASASfez-se notar e arrecadou uma men-ção honrosa com o projeto “(Re)-Construindo Percursos”. A ideia épromover uma dinâmica entre paise filhos acompanhados pelo GAS(Gabinete de Ação Social daASAS) facilitando a comunicaçãopositiva e o fortalecimento de la-ços afetivos, através da criação deum Diário de Família Digital.

A verba para o financiamentodo prémio foi gerada através davenda de eletricidade, produzidapor painéis solares instalados pelopaís, na sequência da 1ª ediçãodo projeto escola solar do Rockin Rio. ||||| ASASASASASASASASASAS (TEXTO EDITADO)

SANTO TIRSO

Esta Câmara é a mais centralistaque existiu desde que hádemocracia em Portugal”.“HENRIQUE PINHEIRO MACHADO, “P’RA FRENTE SANTO TIRSO”

10 | ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016

ATUALIDADETirsenses vão continuara pagar o mesmopela recolha do lixoMais serviços e menos custos para o

Município de Santo Tirso. Este foi oresultado do concurso internacionalpara recolha de resíduos sólidos elimpeza urbana, lançado no ano pas-sado, e que culminou com a entregadeste serviço a uma nova empresa.Para além de uma diminuição de 100mil euros por ano, a Câmara de San-to Tirso conseguiu garantir um au-mento dos serviços prestados, querna área da limpeza urbana, quer naárea da recolha de lixo, nomeada-mente com o reforço de contentoresnas várias freguesias.

“Numa altura em que se exigempolíticas orçamentais de poupança euma gestão das finanças municipaisrigorosa, o novo contrato que a Câ-mara Municipal de Santo Tirso assi-nou na área da recolha do resíduossólidos e limpeza urbana é dissoexemplo”, congratula-se o presiden-te da autarquia, Joaquim Couto.

No novo contrato em vigor, o pre-ço da tonelada passa de 39,55 eurospara 29,65. Contudo, ao serviço derecolha e transporte do lixo, a Câma-ra Municipal de Santo Tirso decidiuacrescentar a limpeza urbana, nome-adamente em Santo Tirso e Vila dasAves, libertando as juntas de fregue-sia desses encargos. “A diminuiçãoda despesa não pode ser feita a qual-quer custo. Consideramos de extre-ma importância manter o concelholimpo, servindo bem a população”, sal-vaguarda o autarca. Ainda assim,acrescentou, com a adição deste novoserviço, a Câmara ainda conseguiudiminuir cerca de 100 mil euros comos custos nesta área. |||||

O presidente da Câmara, JoaquimCouto, deu conta de que o tarifárioreferente aos resíduos sólidos iriamanter-se, como de resto se verificadesde o início do mandato. “A deci-são de não agravar a fatura de 2016é o resultado das preocupações so-ciais da maioria do PS face às dificul-dades dos agregados familiares que,em razão das políticas de austerida-de postas em prática nos últimos 4anos, têm vindo a perder rendimen-tos e poder de compra”. O presiden-te sublinhou ainda que, para além

COM O NOVO ANO VOLTARAM AS REUNIÕES CAMARÁRIAS E, AO CONTRÁRIODO QUE TEM SIDO HABITUAL, A PRIMEIRA DO MÊS FOI REALIZADA ‘ÀPORTA ABERTA’. ENTRE QUESTÕES MERAMENTE ADMINISTRATIVAS E AATRIBUIÇÃO DE ALGUNS SUBSÍDIOS, A TÓNICA ACABARIA MESMO POR SERRELATIVA ÀS TARIFAS DE RESÍDUOS URBANOS.

CONCELHO

da fatura do lixo se manter, tambémas tarifas sociais para os agregadosmais desfavorecidos não irão sofreralterações. A medida lançada pela au-tarquia em 2013 inclui os reforma-dos, cujos rendimentos não ultrapas-sem o Salário Mínimo Nacional, quepodem usufruir de uma redução de50 por cento na tarifa do lixo. “Atéao momento, mais de mil famílias be-neficiam das tarifas sociais em vigordesde 2014”, apontou o presidenteda Câmara de Santo Tirso. Duranteo ano de 2016, os munícipes abran-

gidos pelo serviço de recolha domici-liária vão continuar a pagar uma fatu-ra mensal de 8,30 euros. Já os res-tantes utilizadores, ou seja, aquelesque beneficiam apenas da recolhacoletiva, usufruem de uma tarifa re-duzida de 6,50 euros.

A oposição quis saber quais oscritérios subjacentes aos valores a quese refere o tarifário e, não ficando es-clarecida com as respostas acabou porvotar contra. Os vereadores do PSD/PPM acreditam que os consumidoresde Santo Tirso saem penalizados como tarifário e defenderam que “sendoos critérios subjacentes à formação dovalor das tarifas assentes no princípiodo utilizador/pagador, o valor da redu-ção se refletisse na fatura paga pelosmunícipes”. “O tarifário aprovado pelamaioria socialista além de violar os prin-cípios e regulamentos que estão subja-centes à prestação de serviços, às ta-xas e tarifas penaliza fortemente asfamílias de Santo Tirso”, sublinharam.A proposta acabou por ser aprovadacom os votos da maioria socialista.

Durante a reunião foram aindaaprovadas as atribuições de subsídi-os à Companhia de Teatro de SantoTirso, à paróquia de Santiago da Car-reira, para obras de renovação dotelhado da igreja, no valor de 1500euros e de 11 mil para a paróquiade Santa Maria da Reguenga, paraobras de conservação da igreja.|||||

Câmara de SantoTirso poupa 100mil euros narecolha do lixo

CONCELHO

EXECUTIVO APROVOU AINDAA ATRIBUIÇÃO DE ALGUNSSUBSÍDIOS, NOMEADAMEN-TE PARA O GRUPO DETEATRO DE SANTO TIRSO

ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016 | 11

Junta já concluiupasseios nasFontainhas

Se há assunto que preenche as con-versas da população de Vila das Avese alimenta os debates da Assembleiade Freguesia é, sem dúvida, o estadodas ruas e dos passeios. Em setembropassado a Junta de freguesia meteumãos é obra e começou por interven-cionar os passeios junto ao Loteamen-to das Fontainhas. Com as obras játerminadas, passar junto ao CentroCultural de Vila das Aves é agora umatarefa mais fácil. O passeio foi refeitoe já não há raízes a levantar o cimen-to. Finalizado foi também o alarga-

DEGRADAÇÃO DOS PASSEIOS LEVOU JUNTA DE VILA DASAVES A FAZER INTERVENÇÕES UM POUCO POR TODA AFREGUESIA. PARA ALÉM DOS PASSEIOS, REFERÊNCIA AINDAPARA O ALARGAMENTO DA RUA DO INFANTÁRIO

mento da Rua do Infantário e respetivaconstrução quer do passeio, quer domuro. A junta apostou também na re-qualificação da Viela das Carvalhei-ras e da transversal à Germano Pimen-ta. As ruas, que estavam em terra bati-da, foram agora dotadas de paralelo.Em setembro passado, o Entre Mar-gens dava conta de que algumas dasobras “estão a ser executadas pela Jun-ta de Freguesia, substituindo-se a Câ-mara por considerar que esta não dáprioridade ao assunto que considerada maior urgência”. ||||| ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

VILA DAS AVES

O auditório da Escola Básica deS. Tomé de Negrelos recebe hoje,dia 14, pelas 14horas, um debatesob o tema “Desporto Limpo e semDrogas”, moderado pela jornalis-ta Susana Cardoso e com a pre-sença de Narciso Oliveira, médi-co especialista em Medicina Des-portiva, Quim, guarda-redes doDesportivo das Aves e antigo jo-gador da seleção nacional e o ‘Per-sonal Trainer’ Miguel Andrade. OEvento está inserido no projeto in-ternacional em que o Agrupamen-to está envolvido, o Programa Eras-mus +, que conta como parceirosescolas da Itália, Espanha, Polónia,Gales e Lituânia. O projeto de-bruça-se sobre o Desporto e há-bitos de vida saudável. ||||||

S. TOMÉ DE NEGRELOS

Doping nodesporto emdebate naEscola Básica

!12 | ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016

EM ANALISE

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

O governo de António Costa decidiu,primeiro, enviar ao Tribunal de Con-tas o acordo de transferência da ges-tão do Hospital de Santo Tirso para aMisericórdia, forçando assim a suspen-são da aplicação do protocolo cujoinício teria lugar a 1 de janeiro de2016. Agora, decidiu mesmo anularo acordo firmado, justificando com“dúvidas sobre o efetivo interesse pú-blico” e sustentando a mesma com ofacto de a homologação ter sido pos-terior à queda do governo sem quetenha sido invocado, para tal, “urgên-cia e inadiabilidade”. Esta decisão foirecebida calorosamente pela Câma-ra Municipal de Santo Tirso. Já assimtinha acontecido com a notícia da sus-

ESTADO SEMMISERICÓRDIA -UMA OPÇÃOIDEOLÓGICA

pensão, tendo o Partido Socialista, emcomunicado, afirmado que a “suspen-são é uma nova esperança para a po-pulação”. E a Câmara, depois de afir-mar em comunicado que “o anteriorGoverno foi responsável pela contí-nua perda de valências do Hospitalde Santo Tirso, uma medida que tinhacomo objetivo evidente tornar o Hos-pital obsoleto, com o argumento deque, como não produzia, seria neces-sário entregá-lo à Santa Casa da Mise-ricórdia”, considerava que “é essen-cial que o Hospital de Santo Tirso semantenha no Serviço Nacional deSaúde (SNS), garantindo a qualidadee equidade de acesso aos utentes”.

Aparentemente, o Tribunal de Con-tas aparecia como que em compassode espera para outro tipo de decisões:

doutro modo não se entenderiam asreações à suspensão atrás referidas.Tanto assim que, cautelosamente, oPartido Comunista Português (PCP),que defendia também a reversão doprocesso, pôs a tónica no que faltavafazer para isso. Por isso levou à Assem-bleia Municipal realizada em meadosde dezembro uma moção, que só tevevotos contra do PSD, onde apelava “àreversão do processo de entrega doHospital de Santo Tirso à Santa Casada Misericórdia”, “na expectativa queserá agora não apenas necessária, mastambém possível pela nova correla-ção de forças existente na Assem-bleia da República, uma política ori-entada para a defesa do SNS públicoe de qualidade”. E, mais assertivo ain-da, o Grupo Parlamentar do PCP apre-

sentou na Assembleia da República(AR) em 18 de dezembro, um Proje-to de Lei cujo objeto é a reversão doHospital para o Ministério da Saúde,partindo do princípio que “a solu-ção que defende os utentes, os pro-fissionais e o Serviço nacional deSaúde é manter o Hospital de SantoTirso na esfera pública”.

As posições referidas, do Partido So-cialista, da Câmara e do Partido Co-munista, esta com o peso da moçãoaprovada na Assembleia Municipale da proposta de Lei na AR, manifes-tam uma preocupação comum com aqualidade dos serviços do Hospitalde Santo Tirso, que, pelas notícias dosúltimos meses, começou a tornar-sepreocupante. A Santa Casa da Miseri-córdia, em comunicado de outubro,anterior portanto aos últimos desen-volvimentos, assumia a retoma dagestão do Hospital como “uma solu-ção de esperança” para o mesmo e quenão aceitar o desafio que lhe foi pro-posto pelo estado “poderia conde-nar o hospital ao encerramento”.

O Hospital de Santo Tirso faz par-te, desde 2007, daquilo a que cha-maram “Centro Hospitalar do MédioAve”, juntamente com o Hospital deFamalicão. Trata-se de uma entidadepública empresarial (EPE) resultanteda fusão dos dois e a que foi dadasede em Santo Tirso. Sendo o Hospi-tal de Famalicão de maior dimensão,servindo um concelho maior e maispopuloso, foi imediata a contestaçãofamalicense à localização da sede (que,aparentemente, surgiu como uma com-pensação e reparação pela perda, porSanto Tirso, da maternidade) e seriade espantar que não surgisse, maisano, menos ano, um predomínio daimportância do mais forte. Ora issoacarretou alguns inconvenientes, co-mo a transferência de doentes para

FOI MANUEL PIZARRO, SECRETÁRIODE ESTADO DA SAÚDE DO ÚLTIMOGOVERNO DE JOSÉ SÓCRATES QUEFEZ O DESAFIO PARA QUE ASMISERICÓRDIAS PUDESSEM RECEBERDE VOLTA ALGUNS DOS HOSPITAISNACIONALIZADOS EM 1975.

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Um hospitalem risco?

ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016 | 13

Não parece realista esperar que um eventual futuro hospital para os concelhosabrangidos pelo atual CHMA venha a situar-se em Santo Tirso, pois ocentro de gravidade da região que lhe é afeta cairá sempre mais para norte”.

Famalicão para cirurgias que Santo Tirsojá não tinha capacidade para fazer.Por outro lado, as notícias da futuratransferência da gestão para a Mise-ricórdia e a paragem nos investimen-tos, a isso eventualmente associada,podem ter ajudado à deserção dealguns profissionais. O risco de declí-nio do Hospital era grande e já evi-dente pela análise de algumas situa-ções noticiadas, e a questão, agora, ésaber como dar a volta à situação.

Até 1974 os hospitais existentes erampertença, em grande maioria, de Mise-ricórdias, associações do tipo “irman-dades” constituídas na ordem jurídi-ca da Igreja Católica. O Serviço Naci-onal de Saúde foi criado com o Esta-do a tomar, por transferência de res-ponsabilidade, os cuidados de saú-de prestados nesses hospitais, semque tivesse sido transferida a titulari-dade dos bens afetos a esse serviço.Manuel Lemos, presidente da Uniãodas Misericórdias, contou, em entre-vista publicada no jornal “Público” de20 de dezembro passado, que foiManuel Pizarro, Secretário de Esta-do da Saúde do último governo deJosé Sócrates que fez o desafio paraque as Misericórdias pudessem re-ceber de volta alguns dos hospitaisnacionalizados em 1975. E que asugestão partiu da constatação de que,no conjunto de contratos de acordoexistentes entre o SNS e as Misericór-dias no âmbito da prestação de cui-dados de saúde, era possível obterpoupanças da ordem dos 25%.

Segundo o mesmo Manuel Le-mos, as condições básicas colocadaspela parte das Misericórdias para umacordo eram: que cada uma das Mi-

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sericórdias se não opusesse, que nãohouvesse diminuição dos serviçosprestados às populações e que nãofosse posta em causa a sustentabili-dade da própria misericórdia.

Com a queda do governo Sócra-tes, o processo foi retomado e surgiuentão Santo Tirso como um dos casosde estudo para transferência da ges-tão hospitalar, com base em diplomaenquadrador, entretanto aprovado, queestabelece que, para fazer o mesmonas Misericórdias, o Estado pagará25% menos do que ele próprio gas-ta no mesmo tipo de serviço…

Tratando-se de um processo inicia-do por um governo socialista e reto-mado pelo governo da coligação dedireita, dizer que a transferência degestão para uma instituição particularresultava de opções ideológicas detipo liberal ou ultraliberal parece ma-nifestamente exagerado. Parece maisrazoável admitir que o reconhecimen-to da existência de um “terceiro setor”(a seguir ao público e ao privado), deuma “economia social” em que osvalores da solidariedade social e opapel das instituições privadas semfins lucrativos são determinantes, terásido a motivação principal, assim co-mo o reconhecimento da importân-cia e da história das Misericórdias.

As Misericórdias não se assumemcomo empresas privadas nem consi-deram a sua atividade como negó-cio puro e simples e, na entrevista re-ferida atrás, Manuel Lemos é perentó-rio: “não é negócio nenhum. Com25% menos conseguimos ter resulta-dos positivos e depois é tudo reinves-tido na instituição. Não é para com-prar iates. Nós não somos privados”.

Parece claro que há pressupostosideológicos e corporativistas a justifi-car a posição do Partido Comunista

no sentido da rejeição da transfe-rência: do seu ponto de vis-ta trata-se de uma privatiza-ção encapotada que “corres-ponde ainda a uma desresponsa-bilização do Estado na garantia dodireito universal à saúde e na presta-ção de cuidados de saúde eficazes ede qualidade”. Por isso, para a defesados profissionais e dos utentes, exi-ge-se a manutenção na esfera públi-ca. A questão da eficiência dos re-cursos financeiros passa a ser, noseu argumentário, tratadacomo uma quebra de 25%no investimento do Estado.

A posição socialista e a da Câ-mara Municipal, muito embora pos-sa conter também algum pressupos-to ideológico relacionado com asobrigações do Estado, poderá assen-tar, mais do que isso, na expetativa documprimento de promessas antigasde investimento estatal num hospi-tal moderno para o Centro Hospi-talar do Médio Ave. Esta é,porém, uma ideia que es-barra com a realidade, cadavez mais assumida e eviden-te, de ligação da cidade e concelhode Santo Tirso à Área Metropolita-na do Porto, mais ou menos de cos-tas voltadas a Famalicão. Não pare-ce realista esperar que um eventualfuturo hospital para os concelhosabrangidos pelo atual CHMA venhaa situar-se em Santo Tirso, pois o “cen-tro de gravidade” da região que lheé afeta cairá sempre mais para norte.

O acordo de cooperação assinadopela Misericórdia de Santo Tirso queestabelecia a devolução do Hospi-tal não era pequeno desafio para a

instituição que, em comunica-do publicado em

outubro, afir-mou que seria

bem mais cómodocontinuar a beneficiar passiva-mente dos dividendos do alu-

guer do edifício. Trata-se de umacordo que assegurava a integra-ção do estabelecimento de saú-de, pertencendo agora a uma IPSS,no Serviço Nacional de Saúde,acautelando a continuidade

dos serviçosatualmentep r e s t ado s

(consultas ex-ternas, cirurgias, meios com-

plementares de diagnóstico, ser-viço de urgência básica) e quegarantia o encaminhamento dosdoentes, em caso de necessida-de, para as unidades hospitala-res da Área Metropolitana doPorto. Previa ainda um futuro alar-

gamento a outras áreasde prestaçãode cuidados eque, com vista

a assegurar parâmetros dequalidade elevados, seria inicia-

do um processo de certificaçãoneste domínio.

Eram estas as linhas gerais doacordo a que o Tribunal de Contasteria de dar parecer. Do que se co-nhece e pelas intenções de redu-zir custos em 25% por referênciaaos custos dos serviços do estado,não parecia haver possibilidade demudança de rumo no processo pe-la intervenção pura e simples do Tri-bunal de Contas: a viabilidade e ren-tabilidade do serviço terão sido bemestudadas pela União das Miseri-córdias, que até tem já exemplosgarantidos de sucesso. Aliás, aqui aolado, em Riba d’Ave, os investimen-tos vultuosos da Misericórdia lo-cal no seu hospital parecem reve-lar uma gestão competente e em-preendedora que podia ser replica-

da em Santo Tirso. A decisão agoratomada, ao evitar o veredito do Tribu-nal de Contas e muito embora refiraque “os estudos e o modelo econó-mico-financeiro(…) suscitam fundadasdúvidas dobre a efetiva defesa do in-teresse público”, parece pretender evi-tar que seja a iniciativa legislativa doPCP a definir o futuro do Hospital.

Algumas dúvidas podiam persis-tir sobre a forma como, na prática, seiria processar a ligação com o SNS, mas,de resto, a garantia da integração, agarantia da manutenção de todas asvalências, o encaminhamento para aÁrea Metropolitana e a aposta naqualidade respondiam às condiçõesfundamentais que todos exigiam.

“Há aqui um teatro político”, disseo representante da União das Mise-ricórdias a propósito das notícias dasuspensão e este novo ato desse te-atro vai, provavelmente, degradar ain-da mais a imagem dum hospital queprecisa de medidas urgentes.

Nenhum dos intervenientes dastomadas de posição e decisões, apa-rentemente, quer pôr em causa as Mi-sericórdias em geral e a Misericórdiade Santo Tirso em particular. Esta foidesafiada a assumir algo que nãosolicitou e negociou de boa-fé: umacordo que, no geral, parece respon-der aos interesses das populações. Écaso para dizer, pelo menos pela parteque cabe à Misericórdia e ao futuropróximo do Hospital Conde de S. Ben-to, que… não havia necessidade! |||||

“Transferência dagestão para aMisericórdia: umainiciativa Socialista

Saúde pública,negócios privados?

Serviço Nacionalde Saúde e ÁreaMetropolitana doPorto

A Misericórdia de Santo Tirsodeu conta, esta terça-feira, de querealizou “um pedido de esclare-cimento oficial ao Sr. Secretáriode Estado Adjunto e da Saúde”,no sentido de obter uma respos-ta formal sobre anulação do acor-do que previa a devolução da uni-dade hospitalar de Santo Tirso.

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CULTURA14 | ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016

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O Agrupamento 0004 dos Escutei-ros da Vila das Aves organizou nopassado sábado, 9 de Janeiro, o seuXXXº Sarau de Reis ininterrupto, comum salão paroquial a abarrotar, noinício e, como sempre, num vai-e-vemde gente alegre e até orgulhosa depassar pelo palco a honrar, cada gru-po à sua maneira, uma tradição na-talícia que já vai tendo o seu ladoinventivo sem deixar de manter um“arzinho” da tradição.

Este ano, os organizadores manti-veram o formato habitual com a manu-tenção da venda de bilhetes para umsorteio de cabazes e outros bens eserviços mas quiseram aliar à iniciati-va o estímulo à solidariedade com oSuper-Tiago. Desde já, a pedido de vá-rias pessoas fica um apelo e uma críti-ca: o sorteio ‘in loco’ deverá ser únicoe não repetível caso o número sorte-ado não se encontre na plateia, o queocorreu por duas vezes; as pessoasadquiriram o seu número e por maisdiversas razões válidas, não poden-do aguentar até ao final a presença,deveriam saber através de editais ououtra informação compatível se foramcontempladas com a sorte, definin-do-se um prazo para o levantamentodo prémio que lhes coube em sorte.

VILA DAS AVES

Três décadas aCantar os ReisO SALÃO PAROQUIAL DE VILA DAS AVES VOLTOU AENCHER PARA OUVIR CANTAR OS REIS. PORINICIATIVA DO AGRUPAMENTO LOCALDOS ESCUTEIROS, HÁ 30 ANOS QUE É ASSIM.

Quanto aos grupos que se inscre-veram no sarau e que assumiram asua presença honraram naturalmen-te com a dignidade que os caraterizaa comunidade avense, nesta iniciati-va que contou com as presenças deTiago Araújo, vereador da Cultura daCâmara de Santo Tirso, de ElisabeteFaria, presidente da Junta local e porresponsáveis do núcleo de Famalicãodo CNE, para além, naturalmente, dosescuteiros do agrupamento que vêmassumindo esta função de preservara tradição do canto de Janeiras e Reis.

Quanto às prestações musicais,vénia ao Agrupamento de Escolas D.Afonso Henriques, mais concretamenteao seu núcleo escolar da EB 2/3,dirigido pela professora Esmeralda,que cantou e encantou com vozesmuito bem afinadas e melodias sim-ples e de bom efeito; aos pequeninhosdo Jardim Infância das Fontainhas (domesmo Agrupamento) que deixaramo perfume da sua graça e das suascoroas e capas de reis; aos alunos daEscola da Ponte que encheram verda-deiramente o palco, embora este anocom uma verve e irreverência menosartísticas, não por pender para umas“reisadas” estilo “rap” mas por ter res-valado, em certos momentos, para um

estridor sem tom nem som onde os“lugares-comuns” da escola, esses sim,passaram bem; à “Catequese da In-fância” que fez passar com alegria amensagem do Menino de Belém.

Destaque também para os muitoadultos do Lar Familiar da Tranquili-dade que entoaram muito bem umamelodia de reis nada fácil com auxí-lio de vários jovens instrumentistas,deixando um testemunho de quemesmo de cadeira de rodas e já nafase descendente da vida se podehonrar a tradição; para o coro daAssociação de Reformados (Arva)que, como sempre, mostrou o seuentusiasmo por cantar em grupo,afinadamente sim, mas de forma de-masiado altissonante e, atenção, quenem todas as melodias servem paradar os vivas, muito menos o tangodos Amores de um Estudante; paraos ranchos, o de Santo André e oEtnográfico, que têm a sua culturaprópria, o seu estilo de cantar, deacompanhar e o aprumo visual nostrajes e nos movimentos como umcoletivo que se impõe e nisso estãosempre bem; para a UniversidadeSénior que, pela primeira vez, se apre-sentou neste sarau partilhando umaconhecida melodia do Zeca Afonsobem própria desta quadra.

Finalmente, quanto ao Grupo Co-ral de Vila das Aves que quis primarpor cantar “a cappella”, como é seutimbre, uma harmonização de umacantiga, “Vamos dar as Boas-Vindas”,uma canção natalícia da Covilhã,numa harmonização um tanto ouquanto dissonante de um tal SimãoBarreto, destoou e não conseguiumanter o equilíbrio de vozes que selhe exigia, no entanto, impôs-se de-pois por uns “vivas” mais soltos e al-guma “picardia” crítica.

Participaram ainda os grupos: Jo-vens Renascer, o Asas - Casa do Sole naturalmente o grupo anfitrião eorganizador que está de parabéns porcontinuar a manter viva esta tradiçãodo Cantar de Reis. |||||

PORMENOR DA ATUAÇÃO DOJARDIM DE INFÂNCIA DASFONTAINHAS (VILA DAS AVES)NO SARAU DE REISORGANIZADO PELOSAGRUPAMENTO 0004FOTO: FERNANDO SOARES

Teve lugar, no passado dia 26 dedezembro, um Concerto de Natalna Igreja Matriz de S. Mamede deNegrelos, organizado pela paró-quia local. E diga-se, desde logo,que a Igreja tornou-se pequena pa-ra acolher todos os que não quise-ram perder a atuação do Coral daMisericórdia de Santo Tirso e doCoral dos Pequenos Cantores deSanto Tirso, desta vez abrilhanta-da com a participação do Coro dosPequenos Cantores de S. João daPonte (Guimarães) e do Orfeãode Loureiro (Oliveira de Azeméis).

As vozes celestiais das crian-ças que compunham os coros in-fantojuvenis, orientados pelas ma-estrinas Aliona Barbaneagra e Ma-riana Silva, deram início a um con-certo que iria deixar marcas nascomemorações do 50.º aniversá-rio da paróquia de S. Mamede deNegrelos. Seguiu-se a atuação doCoral da Misericórdia e do Orfeãode Loureiro, que sob a batuta dosmaestros José Manuel Pinheiro eRui Ferreira, respetivamente, inter-pretariam variadas músicas dos seusreportórios, encerrando o concer-to com uma atuação conjunta in-terpretando a obra tradicional In-glesa “The First Noel”, perante ascerca de 350 pessoas que enche-ram o espaço. |||||

S. MAMEDE DENEGRELOS

Concerto marcaos 50 anos daparóquia local

ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016 | 15

´INQUERITO

Sebastião Lopes nasceu em Vila dasAves há 62 anos. Depois de 16 anosa viver na Alemanha, regressou à suaterra há já 32 anos. É membro da As-sembleia de Freguesia, tendo sido elei-to na lista do PSD. Trabalha atualmenteem Felgueiras, exercendo funções dediretor de produção da Triple Marfel.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Falta sobretudo emprego, parece-meque a exemplo de outras autarquias,a nossa também podia ser um poucomais proativa, nesta área, mas reco-nheço que é uma área muito difícil.

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Uma programação que unisse maisa população ao seu centro cultural,não só a de Vila das Aves, mas detodas as freguesias vizinhas.

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?Se foram prometidas é porque todaselas são necessárias, mas eu perguntoé se já cumpriram alguma; acreditoque no próximo ano alguma coisaseja feita, mas será demasiado tarde.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Não estou preocupado com isso, mas,pelo andamento, no ‘dia de s. nuncaà tarde’. Mas não é, neste momento,obra prioritária para o concelho.

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para…Para poder mostrar à população doconcelho que existem obras em Viladas Aves, menos dispendiosas, masmuito mais necessárias do que a recu-peração da praça não sei das quantase do que parques e mais parques; são

“Os barcos em altomar baloiçam quasetanto como os automóveisnas nossas ruas”INQUÉRITO A SEBASTIÃO LOPES, MEMBRO DA ASSEMBLEIADE FREGUESIA DE VILA DAS AVES, ELEITO PELO PSD

os passeios, a recuperação de ruas, ailuminação pública e outras mais…Não tarda que se organizem trans-portes grátis para povoar os parques...

A Casa de chá, no Parque D. Maria IIdá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Dom Pérignon, pois apesar de tudoparece-me mais saudável; mas é umlocal que me traz boas recordaçõesaquando da minha juventude deestudante.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…Em que a palavra era mais que umaescritura.

Eu faria um abaixo-assinado para…Oh! Para tanta coisa. Por ex.: acenderas lâmpadas apagadas da iluminaçãopública, dar luz à volta da nossa igreja(gostava de saber quem as apagou);as nossas ruas parecem percursos paraa prática de marinheiros (os barcos emalto mar baloiçam quase tanto comoos automóveis nas nossas ruas); osnossos passeios…

Onde se comem os melhores jesuítas?Na Moura, claro, passe a publicidade.

Eu pagava para…Eu pagava para ver as casas de banhodo nosso cemitério antigo com adignidade que merecem, e não mei-as escondidas atrás de uma parede.

Em que década vai o PSD conquistara Câmara de Santo Tirso?Não tenho dúvida que será esta. Nãoé meu costume, mas aqui sigo a li-nha de pensamento socialista: esta-mos na hora de mudança… Isto des-de que o PSD não se lembre, à últimahora, de dar tiros nos pés, o que jánão seria a primeira vez, infelizmen-te. Ou que o segundo e terceiro seunam para derrubar o primeiro. Achoque caso a nossa deputada AndreiaNeto queira e o PSD também, estãoreunidas as condições para a mudan-ça; reconheço capacidade e empenhona Dra. Andreia para termos políti-cas diferentes e mais consensuais noconcelho de Santo Tirso. Apesar detodo o respeito e admiração que te-nho pelo presidente Couto.

Com quem é que nunca iria à bola(ou à missa)?À missa vou com toda a gente, apren-di a respeitar toda a gente. Como soupraticante, sinto que as igrejas cada vezmais têm lugar para mais gente, desdeque vejam em Cristo o exemplo a se-guir, já que no resto, respeito a ideiade cada um. À bola? É difícil estar aolado dos que só têm bola na cabeça.

Com quem é que gostava de se coli-gar?Sinceramente, nunca fui muito dadoa coligações.

Sabe o nome da diretora do CentroCultural de Vila das Aves?Maria do Céu. Conheço e com mui-to gosto! E parece-me uma senhoramuito simpática.

Depois do Parque da Rabada, do ri-beiro do Matadouro e do AmieiroGalego, que outro nome lhe ocorrepara um novo parque no concelho?Claro que o da Quinta do Verdeal.Ou o da Tojela, mas descansem quevamos ver nascer outros na sede deconcelho e nós vamos esperando ebatendo palmas.

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?Acho que não.

A quem dava com um pau de selfie?Àqueles que não são capazes de pôros interesses coletivos à frente dospessoais.

Santo Tirso tem ‘pedalada’ para tan-ta festa?Pelos vistos para muito mais, mas sóna sede de concelho: é que a peda-lada é em bicicleta de ginásio.

A quem oferecia uma medalha demérito?Ao grupo de jovens que foi capaz deesquecer o que os separa e fortale-cer o que os unia e com a Junta de Vi-la das Aves organizar o “Aves em Na-tal” e sobretudo o Concerto de Natalde 26 de dezembro, que encheu aIgreja Matriz e cuja receita reverteu parao “Super-T”. Foi um ato louvável nestemundo cada vez mais egoísta e in-sensível. E dava ainda à empresa ouentidade que resolvesse em definiti-vo as questões financeiras que impe-dem que o Tiago possa resolver o seuproblema de saúde. Neste caso, amedalha seria, certamente, de ouro. |||||

SEBASTIÃO LOPES

“Ainda sou do tempoem que a palavraera mais queuma escritura”.

16 | ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016

DESPORTOSEGUNDA OLIGA DE FUTEBOL // CD AVES

FUTEBOL // DISTRITAIS

17 - GUIMARÃES B 30

18 - LEIXÕES 27

19 - BENFICA B 27

20 - SP COVILHÃ 26

21 - PENAFIEL 26

23 - ORIENTAL 22

22 - MAFRA 24

1724 - UD OLIVEIRENSE

FUTEBOL // DISTRITAIS

09 - OLHANENSE 34

10 - CD AVES 33

11 - FAMALICÃO 33

12 - ATLÉTICO CP 32

13 - AC VISEU 32

15 - VARZIM 31

14 - SANTA CLARA 31

3016 - FARENSE

FUTEBOL // DISTRITAIS

CLASSIFICAÇÃO II LIGA P01 - FC PORTO B 49

02 - CHAVES 43

03 - FEIRENSE 42

04 - FREAMUNDE 40

05 - GIL VICENTE 40

07 - SC BRAGA B 37

06 - PORTIMONENSE 39

3508 - SPORTING B

Vitória importante parao Aves na visitaà Serra da Estrela

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

No sentido de dar continuidade àserie de resultados positivos e de(re)iniciar uma aproximação aos luga-res cimeiros ao comando de Ulissesde Morais os homens do Aves cedoimpuseram o seu futebol. O resulta-do começou a ganhar forma logo aos11 minutos por Guedes, bem servi-do por Mendy, que abriu o marcadorpara a equipa avense.

A equipa da Covilhã sentiu o golosofrido. Desde o primeiro tento doAves, tentaram explorar o contra ata-que, e assim, importunar a defensivaavense, mas esta sempre se impôs,não permitindo que os serranos co-locassem em perigo, a baliza de Quim.Para que fique registado; Quim, guar-da-redes do Aves, teve mais uma exi-bição de alto nível e de máxima con-centração pois, ao longo dos 96minutos, manteve inviolada a balizada equipa avense. Aos 34 minutos,no seguimento de um livre, Ericssonde cabeça, fez aumentar a vantagempara o Aves, num lance onde Taborda,

A RECEITA DE BILHETEIRA DOJOGO AVES - FARENSE(NA IMAGEM) REVERTEUPARA A CAUSA DO SUPER-T

NEM O FRIO E CHUVA QUE SE FAZIAM SENTIR, ABALOU A SUPREMACIA AVENSE.O CD AVES DESLOCOU-SE À SERRA DA ESTRELA, NO DOMINGO PASSADO(10 DE JANEIRO) PARA DEFRONTAR O COVILHÃ, EM MAIS UM JOGOA CONTAR PARA A SEGUNDA LIGA. VENCEU SEM DIFICULDADE POR 3-0

apesar de atraiçoado pelo vento, nãoficou bem na fotografia.

A equipa de Vila das Aves mante-ve-se sempre super tranquila, fruto davantagem na partida, enquanto os dacasa, acusavam o resultado negativoe não se concentrar para tentar dar avolta ao resultado. Dadas as circuns-tancias, surgiu já em cima do interva-lo, por intermédio de Mendy a marcaro terceiro para o Aves aos 42 minutos.

Os homens de Chaló, treinador

do Covilhã, com uma desvantagem de0-3, entraram na segunda parte, de-terminados em aproveitar o fato dejogar a favor do vento, para subir noterreno e assim tentar diminuir a des-vantagem no marcador. Tal nunca veioa acontecer, fruto da grande experi-ência e determinação avense, queanulava qualquer lance de perigo.

O Desportivo das Aves é o vence-dor justo, que soma uma importantevitória para avançar pa-ra uma classi-ficação mais tranquila e para se apro-ximar dos lugares da frente.

Nas jornadas anteriores o Despor-tivo das Aves derrotou o Farense por2-0 (na imagem) e empatou em Mafra(1-1) e ocupa o décimo lugar com 33pontos após a jornada 24, a primei-ra da segunda volta do campeonato.

TAÇA DE PORTUGAL - OITAVOSDE FINAL: DESTA VEZ OFINAL NÃO FOI FELIZ PARAO DESPORTIVO DAS AVESConforme noticiado na última edi-ção do Entre Margens, realizou-se em16 de dezembro no Estádio do Clu-be Desportivo das Aves o jogo como Nacional da Madeira, da 1ª Liga,a contar para a Taça de Portugal. Dessejogo não fizemos notícia pois se dis-putou já depois do fecho da edição.Ao fim dos 120 minutos de jogo oempate a duas bolas obrigou à deci-

são pela marcação de grandes pena-lidades e, desta vez, foi o visitante ater a sorte do jogo, eliminando osavenses. Ainda assim, fica o registode mais uma partida disputada comgrande garra perante um adversáriode escalão superior. |||||

ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016 | 17

O Desportivo das Aves tem eleiçõesmarcadas para o dia 30 de janeiropróximo e não se confirma aquiloque há algum tempo atrás se perspe-tivava como inédito: a apresenta-ção de duas listas. De facto, já naúltima Assembleia Geral do clube,de 22 de outubro passado, o atualpresidente, Armando Silva, tinhadado conta da sua intenção derecandidatura e António Freitas, pre-sidente honorário, deu a conhecer,por essa altura a sua intenção deconcorrer à liderança do clube.

Depois de diligências infrutífe-

Presidente demissionáriolidera a únicalista apresentada

Ginásio Clube tirsenseelegeu Órgãos Sociais

DESPORTIVO DAS AVES ELEGE CORPOS GERENTES

António Freitasdesistiu dacandidatura

FC TIRSENSE

O Tirsense tem eleições marcadaspara o dia 16 do corrente mês nasua sede social sita no Estádio AbelAlves de Figueiredo. Fernando Ma-tos lidera a única lista candidata, ape-sar de ter apresentado a sua demis-são em Assembleia geral realizadaem 14 de dezembro. Nessa altura,apresentou como justificação paraa sua decisão o facto de não terconseguido que o Tirsense tivesse

tido um percurso desportivo deacordo com as expetativas criadas,dando a entender também que tevefalta de apoios por parte da Câma-ra Municipal.

A autarquia não tardou a reagiràs notícias oriundas do clube dacidade, revelando que desde a pos-se da direção que se demitiu já ti-nha atribuído, em apoios diretos eindiretos, mais de 250 mil euros. |||||

Decorreu na passada 2ª feira, 11de janeiro, a Assembleia Geral Or-dinária para a eleição dos ÓrgãosSociais do Ginásio Clube de SantoTirso para o triénio 2016/2018. Alista liderada por Rafael Sousa foi

eleita com o voto a favor da totali-dade dos associados presentes. AAssembleia Geral do Clube conti-nuará a ser presidida por HenriqueFernandes, e o Conselho Fiscal eDisciplinar por Mafalda Cunha. |||||

GINÁSIO CLUBE DE SANTO TIRSOAs três últimas jornadas do FCVilarinho saldaram-se por resul-tados para todos os gostos: vitó-ria na Lixa ( 0 -1), derrota em casacom o Paredes (0 -1) e empateno Padroense (2-2). Estes resul-tados permitem-lhe manter o 16ºlugar entre vinte concorrentes nofinal da primeira volta do campe-onato. O próximo jogo, contra umclube do “seu” campeonato, o Baião,embora sendo no reduto do adver-sário pode permitir ao FC Vilari-nho distanciar-se um pouco maisdo fundo da tabela classificativa. |||||

FUTEBOL // DIVISÃO DEELITE PRO-NACIONAL

Vilarinho vitoriosona Lixa, perdepontos em casa

As jornadas recentes do Campe-onato de Portugal traduziram-se,para o S. Martinho, por uma su-cessão de empates que lhe dão asexta posição da tabela num con-junto de 10 equipas da série Bdo Campeonato de Portugal. De-pois do registo de três empatesfeito na última edição deste jor-nal, o S. Martinho voltou a empa-tar em Arões (1-1), em casa como Fafe (0-0) e em Mondim (1-1).Metade do total dos jogos reali-zados (8) terminaram empatadose a regularidade é tal que, na outrametade são tantas as vitórias quan-tas as derrotas. Nos dois jogosque falta disputar nesta fase po-derá ainda amealhar alguns pon-tos mais. O jogo com o Varzim,que é último da tabela é em casae a visita a S. Torcato pode permi-tir resultado favorável.

O Tirsense cedeu mais um em-pate caseiro em dia de bolo pelos78 anos do Clube. O estado dorelvado, devido à intempérie, nãoajudou e um golo para cada ladofoi o melhor que se pôde obterno jogo com o Sobrado. No jogocom o Pedras Rubras, disputadono seu estádio, o Tirsense foiinapelavelmente derrotado peloPedras Rubras por duas bolas semresposta. Entretanto, e já depoisdo fecho desta edição, jogou-seontem a partida da 15ª jornadaque, em Cinfães, foi interrompidadevido ao mau tempo no primei-ro domingo do ano. Os outrosdois jogos em falta para a conclu-são desta fase serão no Coimbrõese em casa com o Vila Real. |||||

CAMPEONATO DE PORTUGAL

S. Martinhoe Tirsenseempatam

ras de Narciso Oliveira, presidenteda Assembleia Geral, no sentidode juntar numa só as duas candida-turas, António Freitas acabou poranunciar a sua desistência. No comu-nicado publicado por alguns órgãosda imprensa desportiva, AntónioFreitas criticou o elevado passivo,do qual “mais de 80 por cento éexigível no imediato”, tendo “algunscredores já avançado com ações ju-diciais” e considerando que o pró-ximo mandato será marcado pelasdificuldades financeiras resultantesda gestão dos últimos anos. ||||| ALFALFALFALFALF

Para o presidente da Câmara Muni-cipal de Santo Tirso, Joaquim Couto,esta é “uma prova que rapidamentegranjeou espaço a nível nacional einternacional”, destacando não só ascondições técnicas mas também a pai-sagem natural que proporciona aosparticipantes. “Trata-se de uma provarealizada numa paisagem natural derara beleza, que passa por alguns dosex-líbris do nosso concelho”, explica.

Em termos de novidades, o diretorda prova, Hélder Azevedo, destacou“um novo percurso, de 15 quilóme-tros, para atletas menos experientes,que queiram iniciar-se na atividade,e ainda o prolongamento da Ultrapara 50 quilómetros”. Destinada aatletas experientes, como o tirsenseDiogo Fernandes, presente na confe-rência de apresentação, a prova pro-põe desafios constantes ao longo dopercurso. Com partida e chegada noPavilhão Municipal de Santo Tirso, aUltra envolve quatro zonas emblemá-ticas do concelho: Monte da Assun-ção, Valinhas, Pilar e Monte Córdova.

O Trail Longo, de 27km, com ver-tente de competição, também envol-verá as zonas do Monte da Assun-ção, Valinhas e Monte Córdova. Já oTrail Curto, de 15km, destinado a atle-tas menos experientes ou que se pre-tendam iniciar na atividade, terá lu-gar apenas no Monte da Assunção.Ambos os Trails têm como local de

Santo Thyrso UltraTrail chega agoraaos 50 quilómetrosA SEGUNDA EDIÇÃO DO SANTO THYRSO ULTRA TRAILTERÁ LUGAR A 13 E 14 DE FEVEREIRO E COMPORTA UMGRAU DE DIFICULDADE MAIOR

partida e chegada o Pavilhão Muni-cipal de Santo Tirso.

A Caminhada/Marcha de Mon-tanha, um percurso de 10km, nãotem fins competitivos e permite a par-ticipação de todos. Destinada essen-cialmente a iniciantes e familiares ouacompanhantes dos atletas, terá umvalor simbólico, que reverterá a favorde 3 instituições.

As provas dividem-se entre doisdias. No primeiro, 13 de fevereiro,tem lugar o STUT Kids Trail. Já o UltraTrail de 50km, o Trail Longo de 27km,o Trail Curto de 15km e a Caminha-da/Marcha de Montanha de 10km,têm lugar no dia 14.

A inscrição é obrigatória, e deveser feita em www.lap2go.com, até 7 defevereiro. A prova STT Kids é de ins-crição gratuita. |||||

18 | ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016

DIVERSOS

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

S. TOMÉNEGRELOS

Manuel Pinto Machado

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de S. Tomé de Negrelos, com 87 anos de idade,falecido na sua residência no dia 15 de Dezembro de2015. O funeral realizou-se no dia 16 de Dezembro, naCasa Mortuária da Vila de S. Tomé de Negrelos, para aIgreja Paroquial, indo de seguida a sepultar noCemitério da Vila de S. Tomé de Negrelos. Sua famíliarenova os sinceros agradecimentos pela participaçãono funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DELORDELO

Rosalina Pereira Moutinho

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Deocriste - Viana do Castelo, com 82 anosde idade, falecida na sua residência no dia 2 deDezembro de 2015. O funeral realizou-se no dia 4 deDezembro, na Capela Mortuária da Vila de Lordelo,para a Igreja Paroquial, indo de seguida a sepultar noCemitério da Vila de Lordelo. Sua família renova ossinceros agradecimentos pela participação no funerale missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

No passado dia 11 de dezembro, faleceu a D. SandraManuela Rodrigues dos Santos, com 39 anos, divorcia-da, residente em Mindelo - Vila do Conde.

D. Sandra Manuela Rodrigues dos Santos

Agradecimento Landim

Sua mãe e filhos e demais família vêm assim, muito sensibilizados,agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas de carinhoe amizade que lhes foram endereçadas aquando do falecimento da suaente querida.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego eFormação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Empregoindicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associadaa cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicadajá foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

No passado dia 12 de dezembro, faleceu o Sr. Joaquimda Silva Azevedo, com 82 anos, viúvo de D. Maria BeatrizCarvalho Pereira, residente no lugar da Saldanha - S.Simão de Novais.

Sr. Joaquim da Silva CarvalhoAgradecimento Novais

Suas sobrinhas(os) e demais família vêm assim, muito sensibiliza-dos, agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas decarinho e amizade que lhes foram endereçadas aquando do falecimen-to do seu ente querido.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

No passado dia 31 de dezembro, faleceu o Sr. FranciscoMartins Dias, com 65 anos, casado com a D. MariaAngelina Ferreira de Freitas, residente na Rua da Pe-dreira- Bairro.

Sr. Francisco Martins DiasAgradecimento Bairro

Sua esposa, filhos e demais família vêm assim, muito sensibiliza-dos, agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas decarinho e amizade que lhes foram endereçadas aquando do faleci-mento do seu ente querido.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

No passado dia 31 de Dezembro, faleceu a D. MariaJoséMartins de Oliveira Correia, com 53 anos, casada como Sr. José Alberto de Castro Ferreira Correia, residente narua Central - S. Tomé de Negrelos.

D. Maria José Martins de Oliveira CorreiaAgradecimento

S. Tomé de NegrelosVila das Aves

Seu marido e filha e demais família vêm assim, muito sensibiliza-dos, agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas decarinho e amizade que lhes foram endereçadas aquando do faleci-mento da sua ente querida.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016 | 19

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Deixem o Homem nascer o novo diaSem aquele ódio de ranger os dentes...E ao bombar da discórdia e da agoniaNão mais deflagrem sobre os inocentes!

Construa-se a cidade da alegriaOnde as artérias sejam as nascentesDaquela esperança doce que nos criao chão de um tempo novo e novas gentes!...

Ano Novo

Deixem as mãos acarinhar o fruto,Pensar que não há mais mágoa nem luto,Todo um desejo que a lutar se alcança;

Porém, no mundo em que a ambição vigora,De que nos vale gritar aqui e agora,Se não houver vontade de mudança?!...

Afonso Bastos

A FECHAR20 | ENTRE MARGENS | 14 JANEIRO 2016

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancasa 28 de janeiro

Nome: ............................................................................................................................................................................Morada: ................................................................................................................................................................Código Postal: ......................... / .................... Localidade: ..............................................................................Telefone: ............................................. Número de Contribuinte: .............................................................................Data de Nascimento: ......... / .......... / ..........Forma de pagamento: Cheque número (riscar o que não interessa): ....................................................................................ou por transferência bancária para o NIB: 0035 0860 00002947030 05Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ..........................................................................

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VILA DAS AVES

Tó Trips abre, emfevereiro, ciclode concertos noCentro Cultural

No final do próximo mês de feverei-ro, a música moderna portuguesaregressa ao Centro Cultural de Viladas Aves e o primeiro convidado éde peso: Tó Trips, uma das metadesdos Dead Combo que em abril doano passado revelou o seu segundoálbum a solo “Guitarra Makaka -Danças a um Deus Desconhecido”.

O concerto está marcado para dia27 e com ele abre-se um ciclo dequatro espectáculos a que a organi-zação, a cargo do produtor e progra-mador artístico Sérgio Neto, deu onome de ‘Sonoridades Emergentes’.

Depois de Tó Trips, o programade concertos prossegue com outrafigura central da nova música portu-guesa, Norberto Lobo, no dia 19 demarço. Em abril, no dia 16 é a vez deSequin, projeto a solo de Ana Miró,subir ao palco do Centro Cultural deVila das Aves. O ‘Sonoridades Emer-

gentes’ termina com o concerto dabanda de blues-folk portuguesa, aJigsaw, no dia 14 de maio. Todos osconcertos acontecem às 22 horas noCentro Cultural de Vila das Aves eos bilhetes para cada espetáculo cus-tam 5 euros.

Recorde-se que entre 2010 e 2012o mesmo espaço cultural de Vila dasAves acolheu o então Ciclo de Mú-sica Moderna Portuguesa, consubs-tanciado com os concertos de JP Si-mões, Noiserv e Tiguana Bibles, en-tre muitos outros. Idêntica iniciativaregressa agora, mais uma vez com oapoio da Câmara Municipal de San-to Tirso, com o propósito de propor-cionar uma maior dinâmica àqueleespaço cultural e, ao mesmo tempo,promover os sons de que se faz amúsica nacional. O ‘SonoridadesEmergentes’ conta com o apoio dojornal Entre Margens. ||||||

TÓ TRIPS, UMA DAS METADES DOS DEAD COMBO,(NA IMAGEM) APRESENTA-SE NO CENTROCULTURAL NO DIA 27 DE FEVEREIRO.EM MARÇO, CHEGARÁ NORBERTO LOBO