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04 DE MARÇO DE 2015 Quarta-feira VENDAS CAEM 28% E MONTADORAS TÊM O PIOR FEVEREIRO DESDE 2007 PRINCIPAL GERADOR DE ENERGIA DO PAÍS, PARANÁ SOFREU O 2.º MAIOR REAJUSTE BAIXA CONFIANÇA DE VAREJISTAS ADIA INVESTIMENTOS NO PARANÁ INVESTIDOR DEVE RELATIVIZAR NOTA DE RISCO DE EMPRESAS ARGENTINA LIBERA ACESSO DAS MONTADORAS AO MERCADO DE CÂMBIO DORMER PRAMET IRÁ INVESTIR NA FÁBRICA BRASILEIRA PARKER DOBRA CAPACIDADE DE FÁBRICA EM S. J. CAMPOS GOVERNO VAI EXCLUIR 5 MILHÕES DE FAMÍLIAS DA TARIFA SOCIAL DE ENERGIA CAMINHÕES TÊM PIOR FEVEREIRO EM 20 ANOS INDÚSTRIA CRESCE 2% EM JANEIRO, MAS NÃO RECUPERA PERDA ANTERIOR MEDIDAS PARA FIM DA GREVE DOS CAMINHONEIROS BENEFICIAM EMPRESAS MONTADORAS ESTÃO MAIS PESSIMISTAS COM BRASI FENABRAVE REVISA PARA BAIXO TODAS AS PROJEÇÕES DE VENDAS DE VEÍCULOS EM 2015 EM UM ANO, PRODUÇÃO INDUSTRIAL ENCOLHEU 5,2%, APONTA IBGE GERDAU TEM LUCRO DE R$393 MI NO 4º TRI, QUEDA ANUAL DE 20% APÓS DEVOLUÇÃO DE MP DAS DESONERAÇÕES, DILMA ASSINA PROJETO COM O MESMO TEOR RENAN CALHEIROS DERROTA GOVERNO NO AJUSTE FISCAL APÓS SER ALVO NA LAVA JATO

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VENDAS CAEM 28% E MONTADORAS TÊM O PIOR FEVEREIRO DESDE 2007

PRINCIPAL GERADOR DE ENERGIA DO PAÍS, PARANÁ SOFREU O 2.º MAIOR

REAJUSTE

BAIXA CONFIANÇA DE VAREJISTAS ADIA INVESTIMENTOS NO PARANÁ

INVESTIDOR DEVE RELATIVIZAR NOTA DE RISCO DE EMPRESAS

ARGENTINA LIBERA ACESSO DAS MONTADORAS AO MERCADO DE CÂMBIO

DORMER PRAMET IRÁ INVESTIR NA FÁBRICA BRASILEIRA

PARKER DOBRA CAPACIDADE DE FÁBRICA EM S. J. CAMPOS

GOVERNO VAI EXCLUIR 5 MILHÕES DE FAMÍLIAS DA TARIFA SOCIAL DE ENERGIA

CAMINHÕES TÊM PIOR FEVEREIRO EM 20 ANOS

INDÚSTRIA CRESCE 2% EM JANEIRO, MAS NÃO RECUPERA PERDA ANTERIOR

MEDIDAS PARA FIM DA GREVE DOS CAMINHONEIROS BENEFICIAM EMPRESAS

MONTADORAS ESTÃO MAIS PESSIMISTAS COM BRASI

FENABRAVE REVISA PARA BAIXO TODAS AS PROJEÇÕES DE VENDAS DE VEÍCULOS

EM 2015

EM UM ANO, PRODUÇÃO INDUSTRIAL ENCOLHEU 5,2%, APONTA IBGE

GERDAU TEM LUCRO DE R$393 MI NO 4º TRI, QUEDA ANUAL DE 20%

APÓS DEVOLUÇÃO DE MP DAS DESONERAÇÕES, DILMA ASSINA PROJETO COM O

MESMO TEOR

RENAN CALHEIROS DERROTA GOVERNO NO AJUSTE FISCAL APÓS SER ALVO NA

LAVA JATO

PLANALTO ACENA COM REAJUSTE DO IMPOSTO DE RENDA ACIMA DE 4,5%

NOVA AMEAÇA À INDÚSTRIA MINEIRA

VOTORANTIM ESPERA UM ANO IGUAL A 2014 EM RESULTADOS E INVESTIMENTOS

DÓLAR FECHA ACIMA DE R$2,92 PELA PRIMEIRA VEZ EM DEZ ANOS

SIMEC ADIA INÍCIO DA PRODUÇÃO DE AÇOS LONGOS NO BRASIL

COMPORTAMENTO DA GLENCORE APÓS COMPRA DA XSTRATA

VENDA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CAI 11,5% EM JANEIRO

CUSTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL TEM LEVE ALTA EM FEVEREIRO, DIZ SINDUSCON

CONSTRUÇÃO VIVE PIOR FASE DE 1992

BRASIL ESTÁ ENTRE AS 15 ECONOMIAS MAIS MISERÁVEIS DO MUNDO

Fonte: BACEN

Vendas caem 28% e montadoras têm o pior fevereiro desde 2007

04/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo

A indústria automobilística vendeu apenas 185,9 mil veículos em fevereiro, o pior desempenho para o mês desde 2007, quando os negócios somaram 146,7 mil unidades.

Na comparação com os números de um ano atrás, a queda foi de 28,3%. Em relação a janeiro, houve recuo de 26,7%. No bimestre, as vendas somam 439,7 mil unidades, incluindo caminhões e ônibus, com redução de 23,1% ante igual intervalo de 2014. Para

este mês, a previsão de analistas é de um mercado ainda fraco.

Parte da queda em fevereiro é atribuída ao menor número de dias úteis, em razão do feriado de carnaval, que no ano passado foi em março. Ainda assim, quando levada em conta a média de vendas diárias, o recuo foi de 15,6% no confronto com fevereiro de

2014 e de 9,5% no comparativo com janeiro deste ano, segundo dados preliminares do mercado com base em registros de licenciamentos.

Para Rodrigo Nishida, economista da LCA Consultores, o ano começou excepcionalmente

ruim para o setor por fatores especiais como a alta do Imposto sobre Produtos

CÂMBIO

EM 04/03/2015

Compra Venda

Dólar 2,990 2,991

Euro 3,309 3,310

Industrializados (IPI) em janeiro e escassez de crédito e por fatores conjunturais, como o ajuste fiscal e a queda da confiança dos consumidores.

“Os sinais de desaceleração no mercado de trabalho, assim como a queda na confiança dos consumidores, também afetada pelo racionamento de água e energia deixa a situação

do mercado automotivo ainda mais complicada”, diz Nishida. Projeções

A LCA projeta para o ano todo uma queda de 8% nas vendas de automóveis e comerciais

leves. Oficialmente, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) trabalha com previsão de estagnação do mercado com números próximos aos 3,5 milhões do ano passado.

O Bradesco revisou a projeção para as vendas de veículos em 2015 de alta de 0,5% para

queda de 5,3%. O banco prevê que o mercado só deve voltar a crescer a partir de 2016, embora em ritmo menos expressivo do que antes.

Por segmento, o pior desempenho em fevereiro foi registrado para os caminhões, com queda de 49% nas vendas ante igual mês de 2014 e de 32,4% em comparação a janeiro

passado, com 5.209 unidades. Para os ônibus, o tombo foi de 47,3% e 18,5%, respectivamente (1.544 unidades). Já os números de automóveis e comerciais leves foram 27,1% inferiores aos de um ano atrás e 26,6% menores que os de janeiro deste

ano.

Segundo Rodrigo Baggi, economista da Tendências Consultoria, o recuo em caminhões foi motivado por condições ruins e crédito mais caro do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, aliados à queda na demanda. Ele destaca que a queda foi

motivada principalmente pelos setores de construção civil e infraestrutura. Com o desempenho fraco do mercado, as montadoras estão adotando medidas de corte

de produção com lay-off (suspensão dos contratos de trabalho), férias coletivas e programas de demissão voluntária (PDVs).

Mais vendidos

No primeiro bimestre, a Fiat manteve-se como líder do mercado, com 19,4% de

participação nas vendas. Entre as principais fabricantes, a General Motors ficou em segundo lugar, com 17%, seguida por Volkswagen (16%), Ford (9,9%), Hyundai 7% e

Renault (6%). Os carros mais vendidos foram Palio (23.635), Onix (20.376), Fox (16.497), HB20 (15.486), Ka (14.668), Uno (14.529), Gol (13.749), Prisma (12.530) e up! (12.288).

Principal gerador de energia do país, Paraná sofreu o 2.º maior reajuste

04/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo

O Paraná é o maior gerador de energia do país. Mesmo assim, as tarifas cobradas pela

Copel Distribuição tiveram o segundo maior aumento – considerando-se apenas as grandes concessionárias – no reajuste extraordinário que entrou em vigor na segunda-

feira (02). O preço da energia para o consumidor paranaense subiu, em média, 36,8%. Entre as

principais companhias, apenas a AES Sul, que atende parte do Rio Grande do Sul, teve reajuste maior (39,5%).

A explicação para o aparente contrassenso está na integração do sistema elétrico

brasileiro. Para fins de segurança do abastecimento e diluição de custos de produção, o setor é quase todo interligado, de forma que o local onde a energia é gerada faz pouca diferença no tamanho da tarifa.

Como uma distribuidora não compra energia apenas das geradoras de seu estado, mas

sim de usinas espalhadas pelo país, pouco importa que haja energia “de sobra” em seu local de origem. Mesmo que o Paraná seja superavitário em geração de energia, seus habitantes e empresas não vão necessariamente pagar menos por ela.

Custos em alta

Um dos itens que mais pesam na definição da conta de luz é o quanto a distribuidora local gasta para adquirir a energia. E a Copel Distribuição sofreu um forte aumento em seus custos nos últimos anos, em especial por ter ficado “descontratada” – ou seja, sem

energia para abastecer todos os seus clientes – no momento em que os preços da energia de curto prazo disparavam com a falta de chuvas e o uso intensivo de termelétricas. No

ano passado, a estatal paranaense chegou a comprar 13% de suas necessidades no mercado de curto prazo.

Ranking de tarifas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda não publicou o ranking de tarifas por

distribuidora após o reajuste extraordinário. O último dado disponível, de dezembro de 2014, indica que a tarifa média de fornecimento da Copel Distribuição, já com os impostos, era de R$ 401,84 por megawatt-hora (MWh), a 42.ª mais cara numa lista de 99

distribuidoras e cooperativas de eletrificação de todo o país. Considerando-se apenas as 25 distribuidoras com mais de 1 milhão de clientes, a Copel tinha a 8.ª tarifa mais barata.

Muito imposto

Um ponto que encarece muito a tarifa no Paraná são os impostos – o ICMS sobre a energia no estado, de 29%, é um dos maiores do país. Ao todo, os tributos representam

31% da tarifa paga pelos clientes da Copel. Apenas os consumidores de seis distribuidoras brasileiras pagam mais que isso – entre elas, duas companhias que também atuam no

Paraná, a Forcel, de Coronel Vivida (32,1%) e a CFLO, de Guarapuava (31,5%). Estado produz 18% do total e consome 6%

Em janeiro, as usinas hidrelétricas e termelétricas do Paraná geraram 10,6 mil megawatts (MW) médios, o equivalente a 17,8% de toda a energia produzida no país no mês,

segundo boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No mesmo período, o estado consumiu 2,464 milhões de megawatts-hora (MWh), o que corresponde a 6,1% de todo o consumo nacional de energia, conforme dados da Copel e

da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Baixa confiança de varejistas adia investimentos no Paraná

04/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo

A estagnação da economia está forçando muitas varejistas do Paraná a reduzir investimentos e cortar custos para enfrentar o momento ruim sem promover demissões. A pretensão de investir caiu 13 pontos no estado no último semestre, ao mesmo tempo

em que a possibilidade de reduzir o quadro funcional se expandiu, indica pesquisa conjuntural encomendada pela Federação do Comércio do Estado do Paraná (Fecomércio-

PR) junto a representantes do setor. Entre as que apertaram os cintos estão as Lojas MM, com sede em Ponta Grossa e

focadas em móveis e eletroeletrônicos. A empresa reduziu de 40 para 30 o número de lojas a serem abertas até dezembro. O plano de expansão foi definido em setembro

passado, mas alterado neste início de ano, após uma sondagem própria indicar queda recorde na confiança do consumidor.

Situação parecida enfrenta a Romera, de Arapongas, que pretendia ingressar neste ano em um novo estado, mas adiou o projeto para 2016. A entrada do grupo no Pará, feita no

ano passado, já havia sido afetada, com redução de 16 para nove no número de unidades

abertas. “A Copa do Mundo foi o divisor de águas, o marco para a decadência do nosso mercado”, conta o diretor executivo do grupo, Júlio Lara, que ficou decepcionado com a venda de televisores durante o Mundial. Ele relata redução no ímpeto do consumidor

desde então.

O Grupo Muffato, que tem super e hipermercados, não cortou investimentos, mas usa a palavra “cautela” para definir o momento atual e afirma que vai esperar os próximos meses para decidir em que ritmo pretende executar as obras previstas – três unidades

devem ser abertas neste ano, em Ponta Grossa, São José do Rio Preto (SP) e um município ainda não divulgado. “Esse é um dos cenários mais difíceis do período pós Plano

Real”, diz o diretor do grupo, Everton Muffato. As empresas também têm promovido reduções de custos para compensar resultados

abaixo do esperado – em 2014, as vendas do varejo no Paraná recuaram 6% no segmento de móveis e se expandiram 2,4% de maneira geral, configurando o pior

resultado em nove anos, conforme dados do IBGE. As Lojas MM, por exemplo, diminuíram o volume de treinamentos e realocaram funcionários para suprir novas demanda sem contratações. Na Romera, viagens foram restringidas a casos indispensáveis e

ferramentas como Skype se tornaram opção para promoção de reuniões a distância, sem necessidade de deslocamentos.

Risco de demissões

Os esforços, segundo os empresários, buscam afastar a possibilidade de promover

demissões. O Grupo Muffato interrompeu o movimento de abertura de vagas há cerca de nove meses e, hoje, só contrata para substituir funcionários que se desligam da empresa.

Júlio Lara, da Romera, diz que a empresa está “tirando de onde pode para não precisar mexer nos empregos”. “Antes, nossa vitória era aumentar as vendas. Agora, vamos ficar

felizes se não precisarmos fazer corte de pessoal”, acrescenta. Para o presidente da Associação Comercial do Paraná, Antônio Miguel Espolador Neto, o

aumento do volume de vendas será a condição necessária para que o movimento de demissões no varejo seja evitado. “Os empresários estão muito preocupados com essa

possibilidade.” Otimismo atinge o menor índice em cinco anos

A expectativa de vendas dos empresários do Paraná no primeiro semestre de 2015 despencou e alcançou o menor índice já registrado pela Fecomércio-PR, que há 14 anos

faz esse levantamento. O indicador atual mostra que apenas 38% dos entrevistados têm expectativa favorável de vendas para este semestre.

O índice alcançou o melhor resultado recente no primeiro semestre de 2010 (88%) e, desde então, vem caindo. O recuo no último ano foi de 24 pontos, o que levou o indicador

a ficar abaixo de 50% pela primeira vez desde que a pesquisa é realizada. As principais razões para o pessimismo, conforme a entidade, são a elevada carga

tributária, a inflação crescente, o aumento dos custos de mercado e a falta de dinheiro em posse dos clientes. “Tivemos aumento de juro, restrição de crédito e elevação da carga

tributária. Tudo marchou contra o varejo”, resume o presidente da Fecomércio-PR, Darci Piana.

A área mais cética é a de Curitiba e região metropolitana, onde a expectativa de crescimento das vendas é de apenas 34%. Em contrapartida, os empresários mais

otimistas são os do Oeste e Sudoeste do estado, que têm 60% de perspectiva de faturar

mais ao longo deste semestre. Piana explica que o otimismo nessas regiões se deve à influência do agronegócio, que gera receitas que movimentam o varejo local.

Risco de desemprego e alta na alíquota do ICMS preocupam o setor

Empresários relatam temor de que a situação econômica, já desfavorável, se agrave caso

a estagnação resulte em desemprego. A preocupação se justifica porque um eventual corte na renda dos clientes teria como consequências redução do poder de compra e crescimento da inadimplência. “Se fica sem dinheiro, a primeira coisa que a pessoa deixa

de pagar é uma compra a prazo e não serviços essenciais, como água e luz”, diz o vice-presidente do grupo MercadoMóveis, Márcio Pauliki.

Mais imposto

Também há receio de que o aumento da alíquota de ICMS promovido pelo governo

estadual e que passará a vigorar em abril complique a situação. O imposto, que está com tarifas reduzidas desde 2008, será reajustado de 12% para 18% ou 25% no caso de 95

mil itens, como alimentos e eletrodomésticos. Presidente da Associação Comercial do Paraná, Antônio Miguel Espolador Neto prevê o repasse deste custo ao consumidor, o que tende a sufocar ainda mais a capacidade de consumo e afetar o setor.

Hipermercado

Exceção à regra, o Condor abre hoje, em Campo Largo, na Grande Curitiba, a sua 40ª loja – um investimento de R$ 40 milhões. Com a inauguração, a rede encerra as festividades do seu aniversário de 40 anos, iniciadas em março de 2014.

No Brasil

A percepção de que as vendas não devem se recuperar nos próximos meses minou a confiança do setor. O índice desabou 8,8% ante janeiro, o recuo mais intenso já registrado. É o menor nível desde março de 2010, quando começou a série da Fundação

Getulio Vargas.

Investidor deve relativizar nota de risco de empresas

04/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo

O nome é eloquente, mas o selo de “grau de investimento” concedido por agências de

classificação de risco a empresas – como a Petrobras, que o perdeu parcialmente na última semana – não assegura a confiabilidade nem o retorno de aplicações. Especialistas

recomendam que o indicador seja relativizado e combinado com outros fatores para a escolha de um negócio, como debêntures e ações. A chancela é concedida a organizações consideradas detentoras de boa capacidade e

vontade de honrar compromissos financeiros no prazo estabelecido, nacional ou internacionalmente – o que não significa, porém, que irão fazê-lo. Para conquistar o título,

elas precisam ser alocadas na metade superior de escalas com cerca de 20 posições que as agências utilizam para classificar o potencial de quitação das dívidas. Quem se situa abaixo dessa faixa, recebe o conceito de “grau especulativo”.

O analista Alex Agostini, da agência Austin Rating, explica que a nota é um indicador do

perfil da dívida da empresa, a partir de uma metodologia específica, e que não deve ser tomado como recomendação de investimento. Um dos fatores para o descompasso é o

horizonte das análises das agências, cujo viés de longo prazo pode ser incompatível com as perspectivas do investidor.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) define o rating como uma “atividade de opinar” –sujeita a erros, portanto. Há casos conhecidos – como os dos títulos subprime

americanos, responsáveis pela crise imobiliária de 2008 – em que as agências falharam ao atribuir notas altas a dívidas que mais tarde seriam desonradas. No Brasil, bancos que entraram em processo de falência passaram por situação semelhante.

Presidente da FTI Consulting, Eduardo Sampaio diz que é saudável que a nota de crédito

seja considerada na análise para a alocação do dinheiro, mas que é preciso priorizar variáveis como o perfil do investidor, em especial objetivos e tolerância ao risco. No caso da Bolsa de Valores, mesmo que se opte por ações de empresas com “grau de

investimento”, a ameaça de perdas sempre é alta, dada a natureza volátil desse mercado.

Outros investimentos

Duas áreas impactadas pelas notas de rating são as de fundos de pensão e de investimentos, que utilizam em seus critérios de aplicações as notas de crédito, já que a

legislação determina avaliação de riscos. Assim, a perda de um “grau de investimento” pode determinar a saída de determinado ativo das carteiras.

As agências também atribuem notas a aplicações como debêntures e fundos de investimentos com destaque para o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios.

Mais um rating importante, com impacto em toda a cadeia financeira, é o soberano, que mede a capacidade de um país honrar suas dívidas. Atualmente, o Brasil tem grau de investimento nas três principais agências classificadoras, duas delas no nível limite para

perder o título.

Risco de Petrobras sofrer novo revés em avaliação é grande

Embora o rebaixamento da Moody’s já tenha impactado a Petrobras, a situação da empresa ficará mais complicada caso as agências Fitch e Standard & Poor’s sigam o

mesmo caminho e retirem o grau de investimento da estatal. Quando ao menos dois dos três avaliadores atribuem o mesmo conceito, o impacto no mercado é maior – há fundos

de pensão e de investimentos que excluem a empresa de seu rol de investimentos. A corretora XP divulgou, em comunicado, que a considera grande a probabilidade de isso ocorrer.

O principal efeito para a petroleira é o aumento de custos para o financiamento, já que a

empresa tende a perder aportes do mercado financeiro e pagar juros mais altos para obter empréstimos, dado o risco maior que oferece ao credor. No caso da Petrobras, o quadro se agrava porque o nível de endividamento da estatal é bastante elevado.

Uma consequência secundária ocorre no mercado acionário, com é a redução da confiança

dos agentes do mercado, que se inclinam a depreciar o valor dos papéis da empresa. “Com a perspectiva de captar recursos com taxas maiores, a empresa embute risco maior aos seus credores”, explica Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos.

Entenda o rating de crédito

Saiba como funciona a atribuição de notas de risco e que importância isso tem:

O que é É uma nota que agências de classificação de risco atribuem à capacidade e à disposição de um emissor (empresa ou governo) honrar no prazo determinado as dívidas que têm.

Há classificações para curto e longo prazo, e em nível nacional e internacional – estas, dividem-se em moeda nacional e estrangeira.

Quem faz Há diversas agências de rating no mercado. As três principais, em nível mundial, são Fitch, Moody’s e Standard & Poor’s.

Como é feito As agências têm metodologias próprias. Em linhas gerais, reúnem e analisam informações

da saúde financeira do emissor, do mercado em que ele atua e da economia como um todo. Classificação

Cada agência tem uma escala própria de notas, que combinam letras (de A e D) e códigos (números e símbolos positivo ou negativo) para determinar a nota de cada emissor.

Principais efeitos Aumento dos custos de financiamento da empresa e perda de credibilidade com agente do mercado. Possível oscilação na Bolsa de Valores e perdas para carteiras de investimentos

que detêm o ativo.

Argentina libera acesso das montadoras ao mercado de câmbio

04/03/2015 - Fonte: Automotive Business

O governo da Argentina anunciou que vai dispor até US$ 231,7 milhões por mês para as montadoras instaladas no país para ser destinado a giro comercial e pagamento dos investimentos do setor. A medida foi comunicada pela ministra da Indústria, Débora

Giorgi, durante reunião com os representantes das fabricantes realizada na sexta-feira, 27, e vigora de 2 de março a 30 de junho deste ano, totalizando US$ 926,8 milhões.

Em nota, o ministério também garantiu o total do solicitado pelas empresas para seus planos de investimento: desse modo, terão acesso a US$ 77,7 milhões adicionais mensais

para o conjunto das fábricas.

Durante o encontro, Giorgi também disse que a partir da segunda-feira, 2, já estaria disponível para as associadas à Adefa, entidade que reúne as fabricantes do setor, US$ 154 milhões por mês via Mercado Único e Livre de Câmbios (MULC), para suas obrigações

comerciais.

Participaram da reunião os executivos Cristiano Rattazzi (Fiat), Enrique Alemañy (Ford), Isela Costantini (General Motors e presidente da Adefa), Martín De Gaetani (Honda), Analía Pellegrino e Jimena Barbieri (Iveco), Gustavo Castagnino (Mercedes Benz), Rodrigo

Pérez Graziano (PSA), Thierry Koskas (Renault), Daniel Affione (Toyota) e Lisandro Echeverría (Scania). Pelo lado do governo, acompanharam a ministra o Comércio,

Augusto Costa, o secretário de Planejamento Industrial do Ministério da Indústria, Horacio Cepeda, e o subsecretário de Comércio Interior, Ariel Langer.

Na Argentina, as dificuldades comerciais fizeram com que o país declarasse guerra às importações. Entre as diversas medidas para tentar conter o déficit da balança está a

autorização ou não por parte do governo para a compra de dólares destinados ao mercado interno.

Dormer Pramet irá investir na fábrica brasileira

04/03/2015 - Fonte: Automotive Business

“Nossa previsão para 2015 é de crescimento na comparação com 2014”, diz Diego Pauer,

novo diretor da Dormer Pramet para a América Latina. Muito mais do que numa possível mudança do cenário atual do mercado brasileiro, Pauer confia nos resultados que serão

obtidos com a recente fusão das marcas Dormer e Pramet, ambas integrantes do Grupo Sandvik.

“Com a fusão passamos a ser um dos fornecedores mais completos do mercado”, afirma o diretor. Ele explica que a fusão das marcas uniu a linha de rotativas da Dormer - que

detém fatia de 25% do mercado nacional, por exemplo – aos mais de 9 mil itens de ferramentas intercambiáveis da Pramet, que detém 2% do mesmo mercado, embora

esteja presente no mercado brasileiro a não mais que cinco anos. A aposta do Grupo Sandvik no sucesso da fusão é evidenciada pelos investimentos que

estão sendo realizados na fábrica instalada em Interlagos. Após a reforma do prédio adminsitrativo, a empresa dará início à implantação de novas máquinas num total de R$

12 milhões. “Basicamente, os novos equipamentos serão voltados à produção de ferramentas especiais”, informa o gerente de Marketing Renato Brandão.

Diego Pauer informa que já foi definida a estratégia de atuação no mercado. Foram criadas duas áreas, a de Produtos Comerciais e a de Produtos Técnicos. A primeira,

comandada por Paulo Ferreira, atuará via distribuição, atendendo as mais de 100 revendas de todo o País, comercializando os produtos da linha da Dormer acrescidos das linhas consideradas commodities da Pramet. A segunda será dirigida por Atilano Rey e irá

atuar através de uma rede de 25 distribuidores da Pramet, agora acrescida das rotativas de alta performance da Dormer.

“Os planos da Dormer Pramet para os próximos quatro anos são bastante audaciosos, não só no Brasil como no mundo, principalmente em função da sinergia das duas marcas”,

observa Atilano Rey. “A partir de abril, a marca Pramet estará fazendo sua estreia nos

Estados Unidos, onde aliás a Dormer atua também com a marca Precision, uma das líderes em rotativas do mercado norte-americano.

De acordo com Pauer, o mercado brasileiro é muito importante para a Dormer Pramet. “Aqui estão instalados a principal fábrica de ferramentas rotativas do grupo, com

capacidade para produzir 45 milhões de unidades anuais, e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Furação”. A unidade brasileira emprega 450 funcionários, quase um terço dos 1.500 empregados da Dormer Pramet.

Além da fábrica brasileira, responsável pela produção de brocas e fresas, A Dormer

Pramet conta ainda com outras duas unidades fabris. Uma em Halmstad, na Suécia, onde são produzidos machos e cossinetes, e outra em Sumperk, na República Checa, que fábrica a linha de ferramentas intercambiáveis. Essas três unidades fornecem para os

centros de distribuição do grupo espalhados pelo mundo que se encarregam de abastecer as 30 unidades de vendas que atendem cerca de 100 países.

Parker dobra capacidade de fábrica em S. J. Campos

04/03/2015 - Fonte: Automotive Business

A Parker Hannifin inaugurou a terceira linha de produção de filtros separadores de água,

destinados a veículos movidos a diesel, na planta de São José dos Campos (SP). Equipada com robôs e manipuladores, a nova linha permitiu dobrar a capacidade da fábrica. Com

investimento total de US$ 5 milhões, foram automatizadas três etapas da produção de filtros separadores: pintura, montagem e embalagem do produto acabado.

A montagem da nova linha consumiu seis meses de trabalho e envolveu as equipes de Produção, Lean e Qualidade. Antes do início da instalação dos equipamentos, um

protótipo de madeira e papelão foi construído em tamanho real para otimizar a disposição de máquinas e operadores na linha. Para diminuir o número de falhas, equipamentos instalados na linha realizam automaticamente testes de qualidade nos produtos.

"Estamos expandindo nossa área de atuação e lançando produtos patenteados para

proteger o mercado de nossos distribuidores", informa o gerente geral da Divisão Filtração da Parker, Sérgio Monteiro. "Uma vez que a linha traz melhorias de produtividade e redução de custos, isso fará com que nos tornemos ainda mais competitivos no mercado",

avalia Monteiro.

Presidente do Grupo Parker Hannifin na América Latina, Candido Lima ressaltou que este investimento evidencia a confiança da empresa no país. "Apesar do atual momento econômico, continuamos apostando nas oportunidades e em nossa divisão Filtração, que

vem crescendo continuamente", comenta. "Além disso, o Brasil conta com uma excelente

base de veículos comerciais, que deve continuar crescendo a médio e longo prazo", pontuou.

No Brasil, a Parker mantém oito unidades produtivas, seis escritórios regionais de vendas e dois centros de serviços de engenharia, desenvolvendo produtos e sistemas para as

áreas de controle de processos, hidráulica, pneumática, filtração, eletromecânica, condução de fluidos e gases, selagem e blindagem, climatização.

Governo vai excluir 5 milhões de famílias da Tarifa Social de energia

04/03/2015 - Fonte: Folha de S. Paulo

Para tentar conter a inflação e controlar os gastos do setor elétrico em 2015, o governo decidiu fazer um pente fino no cadastro do programa Tarifa Social e vai excluir 5 milhões

de famílias até o final deste ano. Elas representam 38% das 13,1 milhões de famílias que, em dezembro, eram beneficiadas com descontos na tarifa de luz.

Para ter direito ao benefício, é necessário estar abaixo de determinado nível de renda e de consumo. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), trata-se de

casos que não se enquadravam nas regras do programa, seja por erro de cadastro ou por mudança no perfil econômico ou de consumo da família. O corte representará uma redução de aproximadamente R$ 600 milhões neste ano no custo do programa, que é

repassado às tarifas de todos os consumidores.

Com o enxugamento do benefício, a estimativa é que o gasto para manter o programa fique em R$ 2,16 bilhões em 2015. Em 2014, o gasto foi de R$ 2,2 bilhões, mas, com os aumentos na tarifa de energia, a estimativa é que neste ano a despesa chegasse a R$

2,78 bilhões.

TARIFAÇO

A exclusão de beneficiados deve evitar mais aumentos no preço da luz. "Não houve impacto direto no orçamento do setor elétrico, pois a revisão do cadastramento deve compensar os aumentos tarifários deste ano", afirmou o diretor da Aneel Tiago Correia.

Como a Tarifa Social é, na realidade, um desconto sobre a tarifa praticada pela distribuidora, as despesas com o programa subiriam muito caso não fosse reduzida a lista

de beneficiados. Até o ano passado, a tarifa social era bancada com ajuda do Tesouro, que este ano

desistiu de fazer o repasse de R$ 9 bilhões ao setor e anunciou que o custo terá de ser bancado exclusivamente pelo consumidor.

Apenas com o reajuste extraordinário e a aplicação da bandeira tarifária vermelha, o consumidor já pagará neste mês uma conta 32% mais cara, em média.

Nos próximos meses, segundo previsões da agência reguladora, esse aumento médio deve chegar a 42%, com a aprovação do reajuste ordinário das tarifas.

Para se chegar ao patamar de redução alcançado, a Aneel e as distribuidoras de energia vêm fazendo, desde o ano passado, fiscalizações e novos cruzamentos dos dados das

famílias inscritas.

CRITÉRIOS Pelas regras do programa, têm direito ao benefício as famílias listadas no Cadastro Único

e que, portanto, tenham renda mensal de até meio salário mínimo per capita.

Também entra na lista quem está no Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social, que é um cadastro para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Quando menor o consumo de luz da família, maior o desconto.

Quem não for localizado pelos cadastros sociais, tiver informações desatualizadas há mais

de dois anos, não atender critérios de renda ou não renovar relatórios médicos (no caso de idosos e deficientes) perderá o benefício.

Ao longo de 2014 foram identificadas 5,8 milhões de famílias que precisam atualizar o cadastro. De acordo com a Aneel, as distribuidoras de energia já encaminharam cartas

para a residência dessas pessoas informando procedimentos e prazos para a atualização. A previsão da agência, usada para aprovar o orçamento do setor elétrico neste ano, é que 5 milhões não possam se recadastrar.

Caminhões têm pior fevereiro em 20 anos

04/03/2015 - Fonte: Automotive Business

As vendas de caminhões tiveram queda vertiginosa em fevereiro como reflexo da

retração da economia e da demora na regulamentação das novas condições do Finame PSI, linha de crédito subsidiada para a compra de pesados. Com 5,1 mil emplacamentos, a baixa foi de 32,6% sobre janeiro, que já foi um mês fraco, e de 50,1% na comparação

com o mesmo período de 2014. As informações são da Fenabrave, entidade que representa os distribuidores de veículos.

-Veja aqui os dados da Fenabrave

Com a ruptura do ritmo de vendas, o mercado interno de caminhões alcançou em

fevereiro o menor patamar para o mês em 20 anos, segundo a Fenabrave. O recorde negativo aconteceu apesar de, em 1995, o mercado nacional de veículos do segmento ser significativamente menor, de cerca de 50 mil unidades por ano, pouco mais de um terço

do total vendido no ano passado.

No primeiro bimestre as vendas somaram 12,8 mil unidades, com expressiva redução de

39% sobre o resultado de janeiro a fevereiro do ano passado. O volume foi o mais baixo para o período em 10 anos.

Alarico Assumpção Jr., presidente da Fenabrave, explica que o orçamento do BNDES para o Finame este ano é menor e, portanto, o mercado deve sentir impacto no volume de

vendas. No início de 2015 o setor enfrentou demora para que as novas condições da linha de crédito entrassem em vigor. A situação é agravada pelo ritmo lento da economia, já que, sem demanda por transporte de mercadorias não há aumento das vendas de

veículos. “O Finame ainda tem condições interessantes, mas a situação econômica não é atrativa”, avalia.

Desde janeiro a linha PSI para o financiamento de caminhões, ônibus e máquinas agrícolas tem juros mais altos, de 9% a 10% ao ano, e financia menor parcela do valor do

bem, de até 70% para pequenas e médias empresas e 50% para as grandes. A demora na regulamentação das novas condições atrasou o início efetivo das vendas de caminhões

em 2015. Como dificuldade adicional, o setor precisou buscar uma forma competitiva para financiar a parcela do preço dos veículos que não é coberta pela linha subsidiada do PSI. Apenas em fevereiro o BNDES divulgou uma maneira de fazer isso por meio de linhas

alternativas para financiar até 90% do bem, com duas modalidades diferentes de crédito, o PSI com juros fixos e o restante com taxa variável.

Com esses aspectos equalizados apenas recentemente, o mês de março deve ser um termômetro mais fiel de como se comportará o mercado de caminhões em 2015. Por

enquanto, a Fenabrave espera nova queda nas vendas este ano, de 10,5%, para 122,6 mil unidades até o fim do ano.

Indústria cresce 2% em janeiro, mas não recupera perda anterior

04/03/2015 - Fonte: Folha de S. Paulo

Após uma forte queda em dezembro, a produção da indústria esboçou uma reação e cresceu 2% em janeiro na comparação com o último mês do ano passado. Em dezembro,

a retração havia sido de 3,2% –o dado foi revisado para baixo, apontando originalmente uma queda de 2,8%. Os números foram divulgados pelo IBGE na manhã desta quarta-feira (4).

O resultado de janeiro foi o maior desde junho de 2013, mas não compensa a perda do

mês anterior. A expansão já era esperada por analistas, que a enxergam como uma recomposição parcial sobre uma base muito fraca. O centro das expectativas (ilustrado pela mediana das projeções, ponto central entre os

50% maiores e 50% menores índices) da agência Bloomberg apontava para uma alta de 2% de janeiro para dezembro. O resultado, portanto, ficou em linha com as expectativas.

Na comparação com janeiro de 2014, a produção industrial caiu 5,2%, após uma retração de 2,9% nesse indicador em dezembro.

Com isso, o setor acumula uma perda de 3,5% em 12 meses encerrados em janeiro –resultado que superou o centro das projeções da Bloomberg (2,7%).

Para analistas, a indústria viverá, em 2015, mais um ano de queda da produção. Em 2014, a perda foi de 3,2%, a maior desde 2012. No ano passado, o emprego na indústria fechou com queda de 3,2%, o pior resultado

desde 2009. Dentre os motivos para o fraco resultado do ano passado, estão o acúmulo de estoques em importantes setores, como veículos, e consumidores e empresários mais

pessimistas com o cenário econômico –o que posterga decisões de compras e investimentos.

Com esse quadro, algumas empresas já adotaram medidas como demissões, corte de turnos, suspensão de contratos de trabalho ou férias coletivas para lidar com a conjuntura

desfavorável.

Pesaram ainda na queda da produção fatores como inflação em alta, custo maior com energia (algumas fábricas decidiram parar para não ter prejuízo), invasão de produtos importados num período de fraca demanda mundial e exportações em declínio.

O mesmo cenário, dizem, deve se repetir neste ano, com os agravantes da possível

freada mais forte da economia global e a crise da Petrobras, que paralisou investimentos e afeta toda a cadeia de óleo e gás e de parte da de construção civil –que demanda insumos e máquinas da indústria. O mercado de trabalho também deve piorar neste ano

–em janeiro, a taxa de desemprego subiu acima das expectativas e superou a marca do mesmo mês do ano passado– e o crédito tende a se tornar mais caro, fatores que devem

restringir mais o consumo.

Medidas para fim da greve dos caminhoneiros beneficiam empresas

04/03/2015 - Fonte: Folha de S. Paulo Os líderes dos caminhoneiros que negociaram com o governo o fim da greve do setor

estão mais ligados a empresários e ao agronegócio que aos que dirigem caminhões.

O país tem quase metade de sua frota de 2,2 milhões de caminhões dirigida por motoristas autônomos, mas entre os que estiveram negociando estavam donos de posto de combustível, pilotos de corrida e donos de frotas.

O próprio governo reconheceu a dificuldade em identificar líderes do setor. Isso ocorre

porque os caminhoneiros são divididos entre autônomos e empregados que trabalham para 172 mil empresas. Destas empresas menos de 5% são grandes companhias, com frota de caminhões elevadas. As restantes são, na prática, reuniões de caminhoneiros

autônomos.

Durante a greve, os chamados líderes dos caminhoneiros foram ironizados pelas redes sociais. Uma página com cerca de 80 mil seguidores apresentava fotos de Neori Tigrão e Carlos Boesel, dois dos recebidos pelo governo como representantes dos caminhoneiros,

em companhia de deputados da Frente Parlamentar do Agronegócio. Tigrão é dono de postos de combustíveis, mas se apresenta como presidente do Sindicato

dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac). Já Boesel preside o sindicato dos Cegonheiros, que transportam carros. Ivar Schimdt, que falou como líder da categoria, tem uma empresa transportadora na cidade de Mossoró (RN).

Uma nota da Abcam (Associação Brasileira de Caminhoneiros), uma das entidades que

apoiaram o movimento grevista, foi enviada por um servidor do Sest/Senat, órgão do Sistema S controlado por empresas de transporte.

A Folha não conseguiu contato com os líderes que participaram da reunião. Ao longo da greve, a Polícia Rodoviária Federal recolheu vários depoimentos de caminhoneiros que se

diziam obrigados a parar seus caminhões por causa de ameaças.

A Polícia Federal investiga se empresas estavam por trás do movimento. Nesta terça-feira (3), o fim da greve coincidiu com a publicação, sem vetos, da nova lei dos caminhoneiros, que traz mudanças em regras de custo de pedágio e peso de caminhão que beneficiam

apenas as empresas donas de cargas.

Montadoras estão mais pessimistas com Brasi

04/03/2015 - Fonte: Estado de S. Paulo

Empresas demonstraram preocupação com o País durante o salão do automóvel de Genebra

GENEBRA - Enquanto, ontem, no Brasil, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) anunciava projeções ainda mais pessimistas para o setor, em

Genebra, durante o primeiro dia de um dos principais salões de carros do mundo, os executivos das maiores montadoras do mundo demonstravam preocupação com o mercado brasileiro.

"A situação está um pouco difícil", disse o presidente da Renault, Carlos Ghosn. "A

expectativa é de queda nas vendas em 2015 e isso é uma grande frustração porque sabemos que o Brasil tem um grande potencial", lamentou o executivo, que participa do evento em Genebra.

As expectativas do setor pioraram desde o início do ano. Em janeiro, por exemplo, a

Fenabrave disse que estimava uma retração de 0,53% nas vendas. Ontem, mudou essa previsão prevendo uma queda de 10% em relação ao ano passado, com um total de 2,48 milhões de emplacamentos até dezembro deste ano. Em 2014 ante 2013, as vendas

caíram 7,1%. Também em janeiro a Anfavea (associação das montadoras brasileiras)

indicou que o ano de 2015 seria de estagnação na venda, em cerca de 3,5 milhões de unidades. A produção teria alta de 4,1%.

Para Ghosn, a retomada do crescimento foi adiada "para 2016 ou 2017". "Chegou o momento de o governo assegurar que haverá equilíbrio na economia. O Brasil precisa

fazer os reajustes necessários para permitir que o mercado volte a se desenvolver." Masahira Moro, gerente executivo de Mazda, é ainda mais claro ao alertar para a crise no Brasil. "Não está na hora de abrirmos uma fábrica no País. Continuamos a acompanhar o

desenvolvimento no País. Mas vemos que há uma importante turbulência e uma queda de vendas", disse ao Estado.

Para as empresas que acabam de fazer pesados investimentos no Brasil, a esperança é a de que o crescimento seja retomado até o fim da década. "Nosso projeto para o Brasil é

de longo prazo", declarou Thomas Weber, um dos membros do Conselho de Direção da Daimler AG. Em 2013, a empresa anunciou investimentos de R$ 1 bilhão para 2014 e

2015 no mercado brasileiro. Emergentes. A realidade é que o Brasil é apenas parte de uma revisão mais completa da

estratégia das grandes montadoras nos países emergentes. Se desde 2008 a Europa e EUA sofreram uma grave crise financeira, a aposta das multinacionais era de que o

mundo em desenvolvimento compensaria pela queda de vendas nos mercados ricos.

Bilhões foram investidos e, hoje, uma revisão desses projetos começa a ocorrer. A General Motors, por exemplo, anunciou na semana passada o fechamento de uma de suas fábricas na Indonésia, para se ajustar a um crescimento mais baixo na Ásia. Mesmo

assim, a empresa mantém que, até 2030, metade das vendas globais de carros ocorrerá nos mercados emergentes.

Nas últimas semanas, as notícias vindas dos mercados emergentes não foram positivas para as montadoras. Na Venezuela, a Ford perdeu em 2014 cerca de US$ 800 milhões

com a volatilidade do câmbio. Na Rússia, a GM fez desinvestimentos de US$ 194 milhões e cortou sua produção.

Na Ásia, a Toyota registrou queda de vendas de 11%, puxada pela desaceleração de mercados como Indonésia e Tailândia. Na Índia, as vendas de carros sofrem quedas

desde 2014 e o projeto da Fiat Chrysler de lançar uma produção local da Jeep em 2013 foi adiada provavelmente para o final de 2015.

Fenabrave revisa para baixo todas as projeções de vendas de veículos em 2015

04/03/2015 - Fonte: Estado de S. Paulo

A entidade espera agora que os emplacamentos de veículos novos deverão somar 2,48

milhões de unidades em 2015, queda de 10% ante o ano passado. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) anunciou nesta terça-feira, 3, a

revisão para baixo de todas as suas projeções para desempenho das vendas do setor automotivo em 2015. No segundo mês do ano, as vendas caíram 28% e montadoras registram o pior fevereiro desde 2007.

A entidade espera agora que os emplacamentos de veículos novos deverão somar 2,48

milhões de unidades em 2015, queda de 10% ante o ano passado. Em 2014 ante 2013, as vendas caíram 7,1%. A nova previsão é bem mais pessimista do que a queda de 0,53% estimada no início do ano.

O segmento de caminhões deverá ter o pior desempenho neste ano. A Fenabrave prevê

que as vendas de pesados deverão cair 10,5% em 2015 frente a 2014, ante projeção anterior de -1,2%. Para o segmento de ônibus, a federação revisou a previsão de tombo de 0,7% para queda de 8,5%.

Já para automóveis e comerciais leves, a entidade projeta agora queda de 10%, maior do que o recuo de 0,5% estimado no início do ano. Somando motos, implementos agrícolas e

outros veículos, a Fenabrave espera que o mercado automotivo total deve cair 22,25% (ante previsão anterior de -0,43%).

Ontem, o Bradesco também anunciou revisão para os emplacamentos de veículos em 2015 de +0,5 para queda de 5,3%. Já a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos

Automotores prevê "estabilidade" nas vendas, com 3,5 milhões de unidades emplacadas.

Em um ano, produção industrial encolheu 5,2%, aponta IBGE

04/03/2015 - Fonte: Exame.com

A produção industrial cresceu 2,0% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, divulgou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF).

O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que

iam de queda de 0,60% a crescimento de 3,60%, e acima da mediana estimada, positiva em 1,30%.

Em relação a janeiro de 2014, a produção da indústria brasileira caiu 5,2%. Nesta comparação, as estimativas iam de retração de 2,70% a 6,80%, com mediana negativa

de 5,00%. Em 12 meses até janeiro, a produção industrial nacional acumula queda de 3,5%.

O índice de Média Móvel Trimestral da indústria recuou 0,8% em janeiro ante dezembro. No mês anterior, a média móvel havia registrado queda de 1,4%, segundo os dados da

Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF).

A produção da indústria de bens de capital cresceu 9,1% em janeiro ante dezembro. Na comparação com janeiro de 2014, o indicador mostra queda de 16,4%. No acumulado em 12 meses até janeiro houve queda de 10,9% na produção de bens de

capital.

Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou redução de 1,1% na passagem de dezembro para janeiro. Na comparação com janeiro do ano passado, houve recuo de 7,4%. No acumulado em 12 meses, a queda foi de 2,9%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de janeiro foi de redução de 1,4% ante

dezembro, e recuo de 13,9% em relação a janeiro de 2014. Em 12 meses, a queda ficou em 9,9%. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve redução na produção de 0,3% em janeiro

ante dezembro, e recuo de 5,3% na comparação com janeiro do ano passado. Em 12 meses, o resultado foi de redução de 0,7%.

Para os bens intermediários, o IBGE informou que o indicador teve crescimento de 0,7% em janeiro ante dezembro. Em relação a janeiro do ano passado, houve recuo de 2,4%.

No acumulado em 12 meses, o instituto observou queda de 2,7%.

Gerdau tem lucro de R$393 mi no 4º tri, queda anual de 20%

04/03/2015 - Fonte: Exame.com

Fábrica da Gerdau: a queda no investimento reflete "a situação global do mercado de aço" São Paulo - O grupo siderúrgico Gerdau teve lucro líquido de 393 milhões de reais no

quarto trimestre, uma queda de 20 por cento sobre o mesmo período de um ano antes, em um resultado que veio melhor que o esperado por analistas. Analistas esperavam, em média, lucro líquido de 210 milhões de reais para a Gerdau no

quarto trimestre.

A companhia divulgou ainda que prevê investir 1,9 bilhão de reais este ano, após 2,3 bilhões de reais em 2014, montante que já foi 21 por cento menor que o previsto

inicialmente para ser aplicado no ano passado pelo grupo. Segundo a Gerdau, a queda no investimento reflete "a situação global do mercado de aço

(...) além disso, a empresa seguirá avaliando o cenário econômico e seus impactos no

desempenho das operações, de forma a adequar, se necessário, o montante dos investimentos aos movimentos do mercado".

A Gerdau produziu 4,323 milhões de toneladas de aço no quarto trimestre, queda de 2,8 por cento sobre os três últimos meses de 2013. Já as vendas recuaram 3,4 por cento no

período, para 4,399 milhões de toneladas, com queda de 4,2 por cento no volume distribuído ao mercado interno brasileiro e alta de 1,3 por cento no total exportado a partir do Brasil.

Apesar da queda nas vendas em volume, a receita da empresa subiu 5,1 por cento, para

10,843 bilhões de reais, impulsionada pela desvalorização do real contra o dólar, que beneficia resultados das operações internacionais da empresa, além de exportações do Gerdau a partir do Brasil, afirmou a Gerdau no balanço.

As operações norte-americanas elevaram sua participação no Ebitda da Gerdau entre o quarto trimestre de 2013 e os três últimos meses de 2014, de 9,5 para 17,5 por cento.

Isso ocorreu, mesmo com quedas de 2,6 e 5 por cento na produção e nas vendas de aço na região.

Já a fatia da unidade do grupo no Brasil caiu de 67,3 para 52,5 por cento, com a produção de aço caindo 4,3 por cento e as vendas, incluindo exportações, recuando 3 por cento.

A Gerdau encerrou 2014 com redução de alavancagem, com a relação dívida líquida sobre Ebitda em 2,4 vezes ante 2,5 vezes no final de 2013 e 2,7 vezes no terceiro trimestre do

ano passado.

Após devolução de MP das Desonerações, Dilma assina projeto com o mesmo teor

04/03/2015 - Fonte: Agência Brasil

Após a devolução ao Executivo da medida provisória (MP) que reduz a desoneração da folha de pagamento, a presidenta Dilma Rousseff assinou projeto de lei, com urgência

constitucional, com o mesmo conteúdo.

A MP 669/15, editada na semana passada por Dilma, foi devolvida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que criticou o aumento de “imposto por medida provisória”.

De acordo com a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, o projeto de lei

inclui a mudança nas alíquotas das desonerações no mesmo prazo previsto anteriormente pela MP: 90 dias, a chamada noventena. “Isso significa que a substituição da MP pelo projeto de lei não trará prejuízo para o ajuste fiscal pretendido pelo governo federal”,

informou, em nota, o Palácio do Planalto.

Como o projeto de lei foi enviado ao Congresso em regime de urgência, os deputados terão 45 dias para votar a matéria antes de esta trancar a pauta de votações na Casa, inviabilizando a análise de outras propostas legislativas. Depois de aprovado na Câmara,

os senadores têm o mesmo prazo para apreciarem o texto do projeto.

Uma hora depois de informar sobre a assinatura do projeto de lei, a Secretaria de Imprensa da Presidência enviou outra nota excluindo a informação de que o prazo previsto para as mudanças no projeto de lei é o mesmo da MP.

Segundo o Planalto, a mudança nas alíquotas das desonerações, conforme o projeto,

ocorrerá 90 dias a partir da publicação da lei. Como as medidas provisórias têm força de lei assim que editadas pelo Executivo, o envio do projeto significa, na prática, que as

mudanças só ocorrerão após sua aprovação no Congresso e sanção da Presidência, o que pode ultrapassar o prazo previsto inicialmente pelo governo de 90 dias a partir da edição da MP.

Apesar do prazo maior para entrada em vigor das mudanças, a nova nota mantém a

interpretação de que a substituição da MP pelo PL não trará prejuízos ao ajuste fiscal.

Renan Calheiros derrota governo no ajuste fiscal após ser alvo na Lava Jato

04/03/2015 - Fonte: O Estado de S. Paulo

Incluído na lista de políticos que os procuradores da Operação Lava Jato querem investigar, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), reagiu atacando o governo e barrando uma das principais medidas do ajuste fiscal proposto pela

presidente Dilma Rousseff.

A retaliação amplia as dificuldades que a presidente tem encontrado para obter apoio no Congresso para as medidas de ajuste, que a sua equipe econômica considera essenciais para equilibrar as finanças do governo e recuperar a capacidade do país de crescer.

Nesta terça (3), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo

Tribunal Federal autorização para investigar 54 pessoas suspeitas de envolvimento com o esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato.

Renan foi avisado com antecedência de que seu nome entrara na lista. Seus aliados acreditam que o governo exerceu influência sobre Janot com o objetivo de enfraquecer o

PMDB, partido que comanda as duas casas do Congresso e é o principal aliado do PT.

O presidente do Senado reagiu à tarde, determinando a devolução de uma medida provisória que aumentava tributos pagos por empresas de vários setores, apresentada pelo governo ao Congresso no fim da semana passada.

Horas depois, Renan criou outro problema para o governo ao adiar para a semana que

vem uma sessão conjunta do Congresso convocada para avaliar vetos da presidente e depois apreciar o Orçamento da União para 2015.

A decisão pode criar novo embaraço para a equipe econômica, que tem feito esforços para recuperar a confiança do mercado financeiro no governo e conta com uma rápida

aprovação do Orçamento para alcançar o objetivo.

Além de Renan, a lista de políticos que a Procuradoria pretende investigar inclui o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se elegeu para o cargo contra a vontade de Dilma em fevereiro e desde então impôs várias derrotas a ela.

Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos no STF, analisar os pedidos e autorizar ou não os inquéritos sobre os políticos. Teori não tem prazo para decidir.

IRRITAÇÃO

A reação de Renan foi a culminação de um processo de irritação que o Palácio do Planalto menosprezou, de acordo com a avaliação de interlocutores da presidente.

O presidente do Senado já havia boicotado um jantar com Dilma na segunda-feira (2) e dado antes declarações negativas sobre o relacionamento do PMDB com os petistas e o Palácio do Planalto.

Como os processos no Supremo estão sob sigilo, ainda não está claro por que a

Procuradoria quer investigar Renan. Cunha foi citado por uma testemunha como destinatário de uma remessa de dinheiro do esquema, mas não se sabe se há outros indícios.

Renan é padrinho político do presidente da Transpetro, empresa de transporte de petróleo

da Petrobras, Sergio Machado, que se licenciou do cargo por pressão dos auditores externos da estatal.

Questionado sobre o pedido de investigação da Procuradoria na tarde de terça, Renan desconversou: "Não tenho nenhuma informação".

Eduardo Cunha disse ter a consciência tranquila. "Ninguém está imune a absolutamente a nenhum tipo de investigação", disse o peemedebista. "Só não posso deixar que a mentira

crie corpo." O deputado lembrou de um episódio de sua campanha para a presidência da Câmara,

quando sugeriu que integrantes da cúpula da Polícia Federal poderiam ter forjado uma gravação para associá-lo à corrupção na Petrobras.

"Eu já fui vítima de alopragem há dois meses e, se essa não foi suficientemente esclarecida, que o seja, e qualquer outra alopragem que possa aparecer estarei pronto

para sempre esclarecer."

Planalto acena com reajuste do Imposto de Renda acima de 4,5%

04/03/2015 - Fonte: Brasil Econômico

O Planalto estuda enviar ao Congresso Nacional proposta de reajuste na tabela do Imposto de Renda entre 5% e 5,5%, ou seja, um meio termo entre a proposta inicial do governo, de 4,5%, e os 6,5% aprovados pelos parlamentares no ano passado e vetados

pela presidenta Dilma Rousseff. A proposta, discutida ontem em reunião entre líderes da base aliada e o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, é um aceno da

disposição do governo de ceder e apresentar uma pauta positiva ao Congresso, em troca da aprovação do ajuste fiscal.

“O governo sinalizou a disposição de construir uma proposta (para a tabela do Imposto de Renda). Vamos começar a discutir a matéria e aquilo que o governo enviará em termos

de MP já na próxima semana”, disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), sem querer antecipar de quanto seria o reajuste em estudo. Outra fonte que participou da reunião, no entanto, confirmou ao Brasil Econômico que o percentual em

estudo gira em torno de 5% a 5,5%.

A discussão do veto do reajuste da tabela está marcada inicialmente para sessão conjunta do Congresso na próxima semana. A ideia é que a proposta do novo ajuste seja encaminhada a tempo de o governo não sofrer mais uma derrota no Parlamento.

Em um dia tenso nas relações entre o Executivo e o Legislativo — com o presidente do

Congresso Nacional, Renan Calheiros, devolvendo a MP da folha salarial — o PT, que vinha questionando as MPs do ajuste fiscal, resolveu assumir o seu papel de defensor das matérias do governo. Na Câmara e no Senado, líderes do partido levantaram a voz em

favor das propostas enviadas pela presidenta Dilma Rousseff.

Enquanto na Câmara Guimarães afirmava que “um momento como este é um momento de firmeza, de ajuste”, no Senado, o líder do PT, Humberto Costa, vociferava que refuta, “de forma veemente, a visão torta que alguns setores têm tentado disseminar, nos

últimos dias, de que o PT estaria na oposição ao governo em relação à pauta do ajuste fiscal”.

Em discurso na tribuna do Senado, antes mesmo de Renan Calheiros rejeitar a MP da folha salarial, Costa fez a defesa do debate das MPs no Congresso e de uma eventual

reformulação das propostas ao longo das discussões, mas garantiu o apoio ao governo em suas matérias. “Esta é a Casa em que o debate das Medidas Provisórias deve-se dar”,

disse Costa. “Jamais faltamos aos nossos governos e ao país”, garantiu.

Com a revolta dos parlamentares do PMDB, o PT no Congresso se vê acuado e busca nos demais partidos da base apoio para ver aprovadas as matérias. Costa e Guimarães fizeram questão de frisar o reconhecimento do governo de que falhou ao não negociar

com parlamentares da base os termos do ajuste fiscal, desde as MPs 664 e 665 enviadas no final do ano passado, quanto a mais recente 669, rejeitada ontem e transformada em

Projeto de Lei ontem mesmo. Na reunião com os líderes da base, os petistas enfatizaram a disposição do governo de

por em prática a promessa de campanha de diálogo permanente entre a presidenta e a sua base no Parlamento. “Fizemos uma nova pactuação, que contempla o funcionamento

regular do colégio de líderes e reuniões periódicas com a presidenta. Os líderes da base serão chamados para discutir todas as matérias relevantes, de interesse do país, antes delas serem enviadas para cá (Congresso)”, apontou Guimarães.

Segundo o petista, a presidenta receberá, hoje ou amanhã, os líderes da base aliada para

discutir o reajuste da tabela de imposto de renda e as medidas de ajuste fiscal. Hoje à noite, será a vez do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tratar do mesmo assunto com as lideranças partidárias. O encontro estava marcado inicialmente para segunda-feira, mas

foi adiado pela ausência de parlamentares em Brasília.

Nova ameaça à indústria mineira

04/03/2015 - Fonte: Diário do Comércio

O aumento das demissões na indústria mineira e a conseqüente perda de postos de trabalho altamente qualificados, aliado à queda na produção e nos investimentos, têm preocupado importantes segmentos produtivos do Estado, podendo gerar prejuízos ainda

maiores no longo prazo, como a intensificação do processo de desindustrialização do setor. O alerta é da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e da

Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em janeiro deste

ano, na comparação com o mesmo mês de 2014, foram extintas no Estado 19 mil vagas

na indústria extrativa, de transformação e de produção e distribuição de eletricidade, gás e água.

"Realmente, o desemprego industrial tem aumentado e a perspectiva não é boa para os próximos seis meses. Tudo indica que, se nada mudar, o número de demissões vai se

aprofundar ainda mais", destaca o economista-chefe da Fiemg, Guilherme Leão. Ele lembra que tradicionais setores da economia mineira, como o de veículos e o de

máquinas e equipamentos, exigem um nível mais alto de qualificação e treinamento dos funcionámais. E, até mesmo em função disso, o empresário tenta manter esse empregado

o máximo possível. "Mas existe um limite para isso. Quando começa a haver um comprometimento alto do

capital de giro da empresa, com perda de fluxo de caixa, o empresário precisa rever a estratégia e acaba sendo obrigado a cortar pessoal. E isso já está acontecendo aqui em

Minas", diz. O empresário e diretor-regional da Abimaq, Marcelo Luiz Veneroso, reforça a tese.

"Embora seja um absurdo, as empresas são obrigadas a abrir mão desse contingente. E o pior é que muitas delas não se recuperam depois, porque perdem a tecnologia, o modus

operandi ganho durante anos de trabalho. E esse processo não tem volta", lamenta.

O problema, conforme Veneroso, é que após o fim da crise a recontratação não é um processo fácil. "Hoje, ao demitir um funcionário que ganha R$ 15 mil, a empresa não está apenas abrindo mão desse gasto. Ela está perdendo muito mais do que ganhando, porque

com esse funcionário vai embora todo um processo produtivo exclusivo que, no caso do setor em que atuo, leva-se anos e anos para ser formado", explica.

Para o dirigente, é preciso manter o acervo tecnológico do país e isso só acontece com a formação de profissionais. "Essas perdas são irrecuperáveis. A tecnologia não está apenas

no papel, ela está na cabeça da equipe. Ao desmembrá-la, não há volta. Pelo menos não daquela maneira que até então funcionavam as operações", afirma.

Desocupação - Em janeiro, a taxa de desocupação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) cresceu e chegou a 4,1% da População Economicamente Ativa (PEA). A

última alta no índice havia sido verificada em novembro de 2013. Em âmbito nacional a taxa fechou janeiro em 5,3%.

Segundo os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, o indicador na Grande Belo Horizonte foi superior aos resultados de dezembro e janeiro de 2014. Em relação ao

mês anterior a diferença foi de 1,2 ponto percentual, uma vez que naquele mês o índice foi de 2,9%. Já na comparação com o primeiro mês do exercício passado o incremento foi

de 0,3 ponto percentual sobre a taxa de 3,8%.

Votorantim espera um ano igual a 2014 em resultados e investimentos

04/03/2015 - Fonte: Clip News A Votorantim Industrial (VID) espera que seus negócios tenham neste ano um

desempenho semelhante ao do ano passado, disse João Miranda, presidente da empresa. O nível de investimentos será mantido e a companhia está contando com bons resultados

das operações fora do Brasil para ajudar o resultado consolidado. Da receita líquida total, o mercado local responde por dois terços.

Até o momento, a VID não fechou seu plano de investimentos para 2015, informou Miranda. Mas ele adianta que provavelmente o desenho será o mesmo de 2014, com 75% dos recursos, sobre o valor de R$ 2,47 bilhões, direcionados para manutenção e apenas

um quarto do total destinado a novas operações ou expansões.

A VID reúne as empresas de cimento, aços longos, metais, mineração e papel e celulose do grupo, sendo que não consolida os números de papel e celulose, que são contabilizados no balanço da Fibria. No ano passado, obteve receita de R$ 28 bilhões, 7%

a mais do que em 2013. O número foi inflado pelos ganhos com a venda de energia, que representaram 8% do total - aproximadamente R$ 2,2 bilhões.

Miranda evitou mencionar o valor exato dessa cifra e não detalhou o impacto da energia no resultado final da VID, todavia a comercialização do insumo impacta diretamente o

Ebitda, que foi de R$ 7,1 bilhões no ano passado. O valor foi 32% (R$ 1,72 bilhão), superior ao do ano anterior.

Questionado sobre a expressiva participação da venda de energia na receita, Miranda disse que a empresa sempre comercializou parte do excedente e que "a energia passou a

ser um negócio da Votorantim". "Temos uma comercializadora que já é a sétima maior do país", justificou.

No ano passado, a empresa chegou a vender energia em leilão, mas o executivo disse que

isso foi um evento extraordinário, o qual não deve se repetir neste ano. O grupo é um grande gerador de energia em Hidrelétricas próprias, insumo voltado para sustentação dos negócios de cimento e metais.

Sobre as operações de cimento, que garantiram 70% do lucro da VID no ano passado e

43% da receita, Miranda sinalizou uma perspectiva positiva. "Cimento e aço iam bem no começo de 2014. Depois, isso mudou. Ainda assim, continuam com uma demanda forte", disse. Ele afirma que a empresa "continua olhando para regiões de alto crescimento" e

citou como exemplos as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. A divisão de siderurgia, com a produção de aços longos, foi responsável por 13% das receitas da empresa em

2014 e por 5% do lucro. Na divisão de metais, a aposta é de bons resultados, principalmente nas operações de

zinco. É a commodity com perspectivas de mercado mais promissoras, diz. Miranda informou que a companhia está estudando a possibilidade de estender a vida útil da mina

de Vazante (MG) por mais dez anos, o que seria possível com um investimento de R$ 500 milhões.

Menos animada com o níquel, a Votorantim Industrial não tem planos de retomar neste ano as operações da unidade de Fortaleza de Minas (MG), suspensas desde o fim de

2013. "O atual patamar de preços do metal não justifica reabrir essa operação", disse. Em todas as operações, a VID lucrou R$ 1,68 bilhão em 2014 - sete vezes mais do que os

R$ 238 milhões de 2013. O Ebitda foi R$ 7,1 bilhões, 32% superior ao de 2013.

No ano passado, a companhia reduziu sua alavancagem financeira. A relação da dívida líquida (R$ 16,5 bilhões no fim do ano) com o Ebitda caiu para 2,32 vezes, ante 3,18 vezes um ano antes. "O compromisso do acionista é chegar a 2 vezes no longo prazo",

disse o executivo ao Valor.

Dólar fecha acima de R$2,92 pela primeira vez em dez anos

04/03/2015 - Fonte: Reuters Brasil

O dólar fechou acima de 2,92 reais pela primeira vez em mais de dez anos nesta terça-feira, reagindo a persistentes preocupações com os fundamentos da economia brasileira e com investidores testando a tolerância do Banco Central ao fortalecimento da moeda

norte-americana.

Na reta final da sessão, a moeda norte-americana ampliou os ganhos, em meio a especulações sobre a lista preparada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com os políticos envolvidos na operação Lava-Jato a ser enviada ao Supremo Tribunal Federal

(STF).

A divisa dos Estados Unidos subiu 1,14 por cento, a 2,9280 reais na venda, a máxima da sessão e o maior nível de fechamento desde 2 de setembro de 2004, quando foi a 2,940 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,4 bilhão de dólares.

Segundo o operador da corretora Correparti João Paulo de Gracia Correa, qualquer "alívio sobre o real tende a ser pontual, já que a situação econômica e política do Brasil gera

muita insegurança entre os investidores locais e estrangeiros, com potencial de uma reversão de trajetória e volatilidade nos mercados internos".

Ele ressaltou ainda que a comunicação recente do governo tem levantado dúvidas sobre o futuro das intervenções diárias no câmbio, marcadas para durar pelo menos até o fim

deste mês. Nesse contexto, investidores elevavam as cotações do dólar para buscar mais pistas sobre qual será a postura do Banco Central.

Investidores têm mostrado menor apetite por ativos brasileiros diante da perspectiva de que, mesmo se o ajuste for bem-sucedido em resgatar a credibilidade da política fiscal, a

inflação no Brasil deve fechar 2015 acima de 7 por cento e o país deve mostrar contração econômica.

O escândalo de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava-Jato também contribuiu para o menor apetite por ativos brasileiros. A previsão é que a PGR enviará ao

STF pedidos de abertura de inquérito ou denúncias contra políticos envolvidos na operação entre terça e quarta-feira.

"O mercado não tem informações novas, mas há muita especulação", disse o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.

No caso do câmbio, essa pressão tem sido corroborada ainda por ruídos sobre a

intervenção do BC. A autoridade monetária sinalizou que deve rolar perto de 80 por cento do lote de swaps cambiais que vencem em 1º de abril, equivalente a uma posição vendida de 9,964 bilhões de dólares. Nos últimos meses, o BC vinha fazendo rolagens integrais.

Contando com o leilão de swaps para rolagem desta sessão, em que a autoridade

monetária vendeu a oferta integral, cerca de 7 por cento do lote de abril já foram rolados. Segundo analistas, à medida que o mês se aproximar do fim, investidores devem pressionar cada vez mais a autoridade monetária a se posicionar sobre o futuro do

programa de ofertas diárias.

"Já tem gente se preparando para (a cotação de) 3 reais", disse o operador de um importante banco nacional.

Nesta manhã, o BC também deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps, com volume correspondente a 98,3 milhões de dólares. Foram vendidos 1.400 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 600 para 1º de fevereiro de

2016.

Simec adia início da produção de aços longos no Brasil

04/03/2015 - Fonte: InfoMoney

A Simec, siderúrgica líder em aços especiais na América do Norte, adiou, ainda sem nova data, o início da produção da usina de aços longos em construção em Pindamonhangaba, no estado de São Paulo.

A previsão inicial para início das operações da siderúrgica mexicana no Brasil, onde será

chamada de GV, era em julho de 2013. No entanto, em novembro do ano passado, a Simec anunciou que a unidade entraria em operação somente no início de 2015 e agora, mais uma vez, informa que haverá mais atrasos.

A expectativa da usina que irá competir com a Gerdau no mercado nacional é que a

capacidade anual de produção de tarugos da planta seja de 520 mil toneladas por ano e de barras, vergalhões e fios-máquina de 400 toneladas por ano.

Comportamento da Glencore após compra da Xstrata

04/03/2015 - Fonte: Monitor Digital

Desde de que comprou a Xstrata, em 2013, a Glencore investiu em carvão talvez mais do que qualquer outra grande mineradora mundial, tornando-se uma das maiores

mineradoras, exportadoras e negociantes do produto, que é usado como combustível e na siderurgia. Mas, desde então, os preços do carvão caíram cerca de 25%.

Até agora, o cenário para a aposta da empresa suíça tem sido misto. “Este ano será feio para o carvão, sem dúvida”, diz Hans Daniel, da Doyle Trading Consultants, um grupo de

pesquisa de Nova York especializado em carvão. “O mercado ainda está com excesso de oferta e isso realmente é decisivo.”

De acordo com matéria do Wall Street Journal, o valor de mercado da Glencore diminuiu cerca de 10%, para US$ 60 bilhões, desde o fechamento do negócio, e a empresa

realizou, no ano passado, uma baixa contábil de US$ 7,5 bilhões vinculada principalmente aos ativos da Xstrata. Além disso, a queda nos preços do carvão coincidiu com o recuo

nos preços de outras commodities que a companhia possui, como o cobre, ampliando as perdas.

Freio

Esses fatores frearam as expectativas do presidente da companhia, Ivan Glasenberg, de realizar uma fusão com a mineradora anglo-australiana Rio Tinto, dizem analistas e especialistas de mercado. No fim de 2014, a Rio Tinto informou que havia rejeitado uma

aproximação de Glasenberg sobre uma fusão entre as gigantes da mineração.

O setor de mineração está sob pressão com o declínio dos preços das commodities. O Índice de Metais e Mineração da Standard & Poor’s caiu cerca de 20% desde o fechamento da operação entre Glencore e Xstrata.

Os preços do carvão pareciam promissores em fevereiro de 2012, quando a fusão com a Xstrata foi anunciada. A commodity era então negociada acima de US$ 100 por tonelada numa época em que a demanda da China, principal consumidor de carvão do mundo,

ainda estava forte.

Glasenberg era visto como um especialista em carvão desde os anos 80, quando era um operador no mercado. Há mais de dez anos, ele ajudou a vender minas de carvão da Glencore para a Xstrata por US$ 2,5 bilhões, abrindo caminho para a abertura de capital

da Xtrata, em 2002.

China O apetite da China por carvão enfraqueceu recentemente, com seu consumo e produção

caindo em 2014 pela primeira vez em 14 anos. A demanda americana também está caindo em face da migração de usinas de energia para o gás natural, ao mesmo tempo

em que as exportações de países produtores como Rússia, Colômbia e Austrália crescem. Os preços caíram para os valores mais baixos em cerca de seis anos, oscilando entre US$ 60 e US$ 65 a tonelada, comparado com mais de US$ 80 quando o negócio com a Xstrata

foi fechado, em maio de 2013, segundo dados da Platts.

A Glencore parece mais vulnerável aos preços fracos do carvão do que outras grandes mineradoras. Ela é a maior produtora de carvão do mundo, com um volume estimado de

148 milhões de toneladas este ano, ante 122 milhões de toneladas da BHP Billiton e 99 milhões da Anglo American, pelas estimativas da Macquarie Capital.

Preço

Uma variação de 10% no preço do carvão térmico, usado principalmente em usinas de energia, alteraria em 14% o lucro da Glencore, segundo a corretora britânica Liberum Capital. Na BHP Billiton, o impacto seria de 2,2%, de 1,6% na Rio Tinto e de 11% no

lucro da Anglo American. “Eles estão mais expostos no portfólio de carvão”, diz Marc Elliot, analista de mineração da Investec em Londres, sobre a Glencore.

Glasenberg, que criticou as produtoras de minério de ferro por elevarem a oferta apesar da queda dos preços, tem buscado reduzir a produção de carvão da Glencore. A empresa

suspendeu a produção em minas de carvão na Austrália na época do Natal e, na semana passada, afirmou que pretende cortar a produção australiana em cerca de 15%. No fim de

janeiro, ela anunciou planos de reduzir a produção na África do Sul em pelo menos cinco milhões de toneladas por ano.

Alguns analistas dizem que os preços do carvão não devem cair muito mais. Um dos motivos é que os custos já superaram a receita em muitas mineradoras, o que deve

afetar a produção e reduzir a força da queda dos preços, disse recentemente Paul Gait, analista da Sanford C. Bernstein, em um relatório.

A Glencore tomou medidas para fortalecer suas finanças diante da perda de valor de seus ativos. Em fevereiro, a empresa informou que planejava cortar investimentos em até

18%, entre US$ 6,5 bilhões e US$ 6,8 bilhões. Investidores vão saber se haverá mais cortes amanhã.

A Glencore pode também reduzir investimentos em suas operações de trading, reforçando seu balanço e rechaçando receios quanto à classificação de risco da empresa.

Venda de material de construção cai 11,5% em janeiro

04/03/2015 - Fonte: Valor Econômico

O faturamento deflacionado das vendas internas de materiais de construção caiu 11,5% em janeiro ante o mesmo mês do ano passado e encolheu 2,9% na comparação com dezembro de 2014, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de

Construção (Abramat).

As vendas de materiais básicos tiveram queda de 14,2% na comparação com janeiro de 2014 e variação positiva de 0,3% ante dezembro. Já as vendas de itens de acabamento caíram 7,7% na comparação com janeiro do ano passado e apresentaram redução de

8,8% no comparativo com dezembro.

A Abramat estima para o ano expansão das vendas em 1% na comparação com 2014. Ao projetar esse crescimento, um dos fatores que a Abramat levou em conta foi que os incentivos do governo ao setor seriam mantidos, situação alterada com a recente

mudança de tributação.

Nos 12 meses encerrados em janeiro, houve retração de 7,6% na comparação com o intervalo equivalente anterior.

Custo da construção civil tem leve alta em fevereiro, diz Sinduscon

04/03/2015 - Fonte: Valor Econômico

O custo unitário básico (CUB) da construção civil do Estado de São Paulo teve alta de 0,1% em fevereiro na comparação com janeiro, para R$ 1.174,59 por metro quadrado.

Esse indicador foi calculado sobre as obras não incluídas na desoneração da folha de pagamentos.

O CUB, índice oficial da variação dos custos das construtoras utilizado nos reajustes dos contratos de obras, é calculado pelo Sinduscon-SP e pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em fevereiro, os custos com mão de obra tiveram alta de 0,45%, as despesas com materiais, aumento de 0,27%, enquanto os salários dos engenheiros ficaram estáveis.

No acumulado dos 12 meses encerrados em fevereiro, o custo da construção paulista subiu 6,52%. As despesas com mão de obra cresceram 8,58%, os custos com materiais

aumentaram 3,12%, e os salários dos engenheiros tiveram alta de 11,78%.

O Sinduscon-SP informou também o CUB de fevereiro das obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos. O indicador subiu 0,11%, para R$ 1.093,04 por metro quadrado. Nesse caso, houve variação apenas nos custos com materiais de construção, de 0,27%.

O custo de construção das obras incluídas na desoneração da folha cresceu 6,42% em 12

meses, com alta de 8,67% nas despesas com mão de obra, de 3,12% nos gastos com materiais e de 11,78% com os salários dos engenheiros.

Construção vive pior fase de 1992

04/03/2015 - Fonte: Valor Econômico

Depois de contribuir positivamente com o crescimento da economia desde 2010, a atividade da construção civil deve ter o pior biênio da série histórica mais recente das

contas nacionais em 2014 e 2015. No ano passado, a perda de fôlego do mercado

imobiliário, a paralisia dos negócios provocada pela Copa do Mundo e, em menor escala, o comportamento mais modesto do consumo das famílias deve ter levado o Produto Interno Bruto (PIB) do setor a encolher mais de 5%. Se confirmadas as previsões de economistas

ouvidos pelo Valor, seria o pior desempenho da construção desde 1992, quando esse componente do PIB industrial diminuiu 5,8%.

Em 2015, a situação pode se agravar, devido aos impactos da Operação Lava¬Jato sobre os investimentos da Petrobras e das construtoras envolvidas nas investigações.

A construção civil representa pouco menos de 4,7% do PIB, mas considerando a cadeia

do setor, esse peso chega a cerca de 8%, de acordo com cálculos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre¬FGV). Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do Ibre, a evolução do setor dentro do PIB é

atrelada à trajetória da produção de insumos típicos da construção civil, que caiu 5,7% em 2014. Nas estimativas da entidade, o PIB da construção caiu 5,2% no ano passado.

Em um cálculo feito com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon¬SP), que considera dados do Ministério do Trabalho, Ana Maria aponta

que o número de trabalhadores com carteira nas construtoras ficou 0,5% menor no período ¬ trajetória menos catastrófica, mas mesmo assim fraca. "A média do ano não foi

tão ruim, mas houve grande deterioração da atividade no segundo semestre", diz a economista, mencionando que, feitos os ajustes sazonais, o nível de emprego na construção recuou 2,7% entre a primeira e a segunda metade de 2014.

Segundo ela, os primeiros meses do ano ainda foram bons devido à aceleração de obras

para a Copa do Mundo, mas, nos últimos meses de 2014, o segmento de infraestrutura deu contribuição negativa ao setor. De acordo com Ana Maria, as obras passaram a andar

em ritmo mais lento em função de atrasos nos pagamentos. Além disso, o fim do ciclo de lançamentos imobiliários, decorrente das dificuldades do

setor no cumprimento de prazos, mas também de uma redução da demanda, foi outro fator que levou à queda do PIB da construção. Dados da Associação Brasileira das

Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que, em 2014, o crédito imobiliário teve sua menor alta em uma década, com avanço de 3,4% dos desembolsos para compra e construção de imóveis.

Esses números consideram apenas operações de crédito com recursos da poupança. Já

em janeiro, o volume dessa modalidade de empréstimos saltou 12% sobre igual mês de 2014. O presidente da Abecip, Octavio de Lazari Junior, explica que os desembolsos são reflexo de lançamentos contratados há cerca de três ou quatro anos.

Por isso, a entidade não está tão preocupada com relação a 2015 e prevê alta em torno de 5% do financiamento imobiliário no ano. "O que pode causar alguma preocupação é não haver lançamentos agora, e daqui a três a quatro anos, não haver continuidade do

ciclo de produção", observou, algo que não está no radar por enquanto. O ano passado, porém, já foi um período de menor dinamismo dos lançamentos.

Na média de dez capitais brasileiras, estimativas da Tendências Consultoria com base em informações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) apontam que 2014

deve terminar com queda de 28% nas vendas de imóveis. "Com o nível de incertezas elevado, o segmento residencial sofreu bastante", diz Mariana Oliveira, economista da

consultoria, para quem o PIB da construção caiu 6,1% no ano passado. Além do desempenho mais modesto do segmento imobiliário, ela menciona que a

atividade da construção também foi afetada por fatores pontuais em 2014. "Houve uma paralisia geral da construção, especificamente em junho e julho, devido à Copa", afirma

Mariana. Para este ano, as expectativas são piores. Após cortar a estimativa para o PIB de 2015 ¬

a consultoria trabalha com retração de 1,2% da economia no período ¬ Mariana passou a trabalhar com recuo de 9,4% da atividade da construção civil. Em seus cálculos, a

incorporação dos impactos da Lava¬Jato, sozinha, derrubou o PIB da construção em cerca de dez pontos percentuais, levando¬se em conta a redução de 30% dos investimentos da

Petrobras e, ainda, a paralisação das obras tocadas pelos 23 grupos econômicos investigados.

Com peso menor na construção, o chamado "consumo formiga", ancorado nas compras de material de construção das famílias, também não deve ter bom resultado em 2015. No

ano passado, o volume de vendas de material de construção no varejo ficou estagnado, depois de ter crescido 6,9% em 2013. "A expectativa é que a renda não cresça como em outros anos, e há um ambiente mais pessimista, com crédito mais caro", observa Ana

Maria, do Ibre, que prevê queda de 5,5% do PIB da construção neste ano.

Na avaliação do Sinduscon¬SP, o valor agregado das construtoras ficará estagnado entre 2014 e 2015. O nível de emprego no setor deve diminuir 2% e a produção de insumos típicos da construção civil terá recuo de 1,5%. Em nota, o sindicato afirma que os

condicionantes positivos para a construção, como a contratação pelo governo de obras de infraestrutura e de novas unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, serão

contrabalançados por fatores negativos. "A expectativa para 2015, no setor imobiliário, ainda é de queda no emprego, uma vez que o menor volume de obras neste ano é fruto de decisões de investimento tomadas no ciclo de desaceleração em 2013 e 2014", afirma

a entidade.

Ontem, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou números bastante desanimadores para o setor. O faturamento deflacionado das vendas internas de materiais de construção caiu 11,5% em janeiro na comparação com o

mesmo mês do ano passado e encolheu 2,9% na comparação com dezembro de 2014.

A Abramat estima para o ano expansão das vendas de apenas 1% na comparação com 2014. Ao projetar esse crescimento, um dos fatores que a entidade levou em conta foram os incentivos do governo ao setor seriam mantidos, situação alterada com a recente

mudança de tributação. Nos 12 meses encerrados em janeiro, houve retração de 7,6% na comparação com o intervalo equivalente anterior.

Brasil está entre as 15 economias mais miseráveis do mundo

04/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo

A inflação é uma doença que pode levar a sociedade à ruína, disse uma vez o economista Milton Friedman, ganhador do prêmio Nobel. Some o aumento do desemprego ao diagnóstico e se tem uma situação de miséria.

Os efeitos da combinação de inflação e alta do desemprego serão mais sentidos em 2015 na Venezula, Argentina, África do Sul, Ucrânia e Grécia - as cinco piores economias para

se trabalhar e viver, de acordo com pesquisa da Bloomberg. Para chegar ao ranking, a publicação criou o índice da miséria. Ele é uma simples equação: taxa de desemprego + variação do índice de preços ao consumidor = miséria. O Brasil ocupa a 13ª posição do

levantamento.

A Ucrânia, envolvida numa guerra, enfrentará também problemas econômicos. A tensão com os rebeldes pró-Rússia irá prolongar a falta de emprego, e a inflação não oferecerá muito aIívio. O desemprego provavelmente crescerá 9,5% no país esse ano.

As expectativas da Ucrânia ainda não são tão ruins quanto as enfrentadas no ano passado, quando o país ficou em segundo lugar no ranking da miséria. As projeções de

2015, por piores que sejam, apontam a Ucrânia como menos debilitada que a Venezuela, África do Sul e Argentina.

Na Venezuela, a inflação estimada para este ano está em 78,5%. A terrível escassez de produtos básicos no país, na semana passada, levou a vizinha Trinidade e Tobago a

oferecer papel higiênico e gasolina em troca de petróleo. Cinco anos depois que os investidores popularizaram o termo "PIIGS" para descrever um

grupo de países europeus com grandes déficits orçamentários, quatro desses cinco países permanecem em apuros, de acordo com os dados projetados pela Bloomberg .

A Grécia ocupa a quinta posição da ranking, a Espanha a sexta, Portugal a 10ª e a Itália é a 11ª. Já a Irlanda está no 16° lugar.

Posíção País 1ª Venezuela

2ª Argentina 3ª África do Sul

4ª Ucrânia 5ª Grécia 6ª Espanha

7ª Rússia 8ª Croácia

9ª Turquia 10ª Portugal 11ª Itália

12ª Colombia 13ª Brasil

14ª Eslováquia 15ª Indonésia