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Ele veio para libertar os cativos Rebecca Brown Título original: “He Came to Set the Captives Free” Tradução de Margaret de Jesus Ramos Edição - Janeiro de 2000 DYNAMUS Editorial ISBN: 0-88368-323-7 Digitalizado por: BlacKnight Revisado e Formatado por SusanaCap WWW.PORTALDETONANDO.COM.BR/FORUMNOVO/

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  • Ele veio para libertar os cativos

    Rebecca Brown

    Ttulo original: He Came to Set the Captives FreeTraduo de Margaret de Jesus Ramos

    Edio - Janeiro de 2000DYNAMUS EditorialISBN: 0-88368-323-7

    Digitalizado por: BlacKnightRevisado e Formatado por SusanaCap

    WWW.PORTALDETONANDO.COM.BR/FORUMNOVO/

  • NDICE

    1. REBECCA........................................................................... 5

    2. ELAINE.............................................................................. 16

    3. A IRMANDADE ................................................................. 19

    4. RUMO AO PODER ........................................................... 27

    5. VIVENDO COMO UMA SACERDOTISA SUPERIOR....... 34

    6. O CASAMENTO................................................................ 38

    7. A DISCIPLINA NA IRMANDADE....................................... 41

    8. O BLACK SABBATH E OS SACRIFCIOS HUMANOS .. 439. MOMENTOS CRUCIAIS ................................................... 48

    10. O ENCONTRO ................................................................ 53

    11. ENTRANDO NA BATALHA ESPIRITUAL ....................... 58

    12. A BATALHA..................................................................... 67

    13. AS PORTAS.................................................................... 90

    14. O ESPRITO HUMANO, O ESTAR NA BRECHA E OMUNDO ESPIRITUAL......................................................... 111

    15. POR QUE DEVEMOS LUTAR ...................................... 131

    16. COMO LUTAR .............................................................. 139

    17. DESTRUIO DAS IGREJAS CRISTS...................... 168

    18. AS DOENAS DEMONACAS...................................... 179

    19. FALANDO DIRETAMENTE AOS QUE QUEREM SAIR DOOCULTISMO....................................................................... 194

    20. DEFINIES ................................................................ 203

  • Apresentao

    Meu primeiro contato com este livro se deu h mais de cinco anos, quandome veio s mos na lngua original. Lembro-me bem da orao que fiz naquelaocasio, pedindo aDeus que o tornasse disponvelem nossalngua.

    Interesso-me pelo tema do livro desde 1980, quando tive minha primeiraexperincia com manifestao de demnios. No me sa muito bem. Foi umencontro difcil, frustrante. Meu pai, que tambm pastor, experiente, meadvertiu: Filho, parte de nossa vitria consiste em no ignorarmos os ardis doinimigo.

    Aps essa experincia dolorosa, comecei a ler, pesquisare estudartudo queencontrava sobre o assunto; mas naquela poca no havia muita coisa de pesosobre o ministrio de libertao. Vendo meu interesse, meu pai encaminhou-me casa de um amigo seu, o Pr. AlmirGuimares, da Rocinha, Rio de Janeiro. Delerecebi orientao preciosa e de grande utilidade prtica. Aprofundei-me noassunto e ainda hoje leio o que de melhor surge nas livrarias evanglicas sobreanjos, libertao, satanismo, etc.

    A Dra. Rebecca Brown foi muito abenoada com a inspirao espiritualpara este livro. Foi tambm muito corajosa em escrev-lo, e isso muito mais pelorisco de se expor, como o fez, perante o povo evanglico, do que pelapossibilidade de reao hostil por parte dos demnios o Senhor Jesus osvenceu atodos. Sei muito bem o quanto custatomarumaposio dessanaturezaepor isso entendo que a coragem desse ato confere a este livro nova dimenso evalor.

    Ao contrrio dos espritas, ns, evanglicos, temos poucos registros denossas experincias nessa rea. uma pena. A troca de informaes valiosssima para o desenvolvimento de nossas habilidades espirituais, pois nossavivnciacristpode sermuito enriquecidacom as experincias de outros irmos.

    Fui tremendamente abenoado com a leitura deste livro. De tanto falardelepara tanta gente, acabei me envolvendo com o preparo desta edio. Por issomesmo, com enorme satisfao que o recomendo, primeiro aos pastores, meuscolegas de ministrio, e aos seminaristas, futuros obreiros que devero seapresentarpreparados! Tambm recomendo sua leitura aos guerreiros e guerreirasque crem na vida abundante, na vida plena de vitria sobre o maligno. Vale apena! Que Deus abenoe acadaum de vocs.

    Pr. Ciro Otvio

    IgrejaBatistadaFloresta

  • Belo Horizonte

    Ateno!

    SATANS NO QUER QUE VOC LEIA ESTE LIVRO! O qu o tornaum dos livros mais difceis que voc jtentou ler.

    Pai celestial peo-te que protejas o nosso leitordando-lhe entendimento exato de tudo o que nosdirecionastes a dizer. Peo e agradeo no preciosonome de teu filho Jesus Cristo, nosso Senhor eSalvador, amm.

    O propsito deste material mostrarcomo Satans e seus demnios atuamno mundo, e como voc poder, de modo eficaz lutarcontra eles, libertando-se daescravido.

    Satans far tudo para impedi-lo de ler. Tentar impor sonolncia,confuses, interrupes constantes e muitas outras coisas. Sendo que, o medo uma de suas maiores armas, ele a usar para intimid-lo. Ser preciso chamar onome de Jesus para afast-lo. No deixe de orare pedirao Senhorcobertura parao qu irler.

    Minha profunda gratido primeiro atribuda a Deus e depois Elaine.No seria possvelescrevereste livro sem as informaes cedidas porela e sem afora, orientao e estmulo vindos do Senhor. Do mesmo jeito que Elaine menarrou sua vida eu a escrevi. claro que no posso documentar tudo nessanarrativa. Porm, ela no nica. Existem tantas outras que saram do reino deSatans e do testemunhos parecidos. Todos os nomes foram mudados paraproteger as pessoas envolvidas na estria. Oramos fervorosamente para que oSenhor Jesus Cristo abenoe voc to logo comece a ler as pginas que seseguem.

    Indo para Nazar, onde fora criado, entrou, num sbado,na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se paraler. Ento, lhe deram o livro do profeta Isaas, e, abrindoo livro, achou o lugar onde estava escrito: O Esprito doSenhor est sobre mim pelo que me ungiu paraevangelizar os pobres; enviou-me para proclamarlibertao aos cativos e restaurao da vista aos cegos,para pr em liberdade os oprimidos, e apregoar o anoaceitvel do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o aoassistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os

  • olhos fitos nele. Ento, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje,se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir. (Lucas4.16-21).

    ELE VEIO PARA LIBERTAR OS CATIVOS!

    1. REBECCA

    Elasentiu que haviaalgo diferente no lugar, desde o primeiro momento queatravessara a porta. Era como se a escurido pairasse. No podia definir. Mas,estaval. Algo que elasabianuncaterexperimentado.

    Rebecca mdica, e era a primeira vez que entrava no hospitalMemorialpara comear seu treinamento em residncia. Terminara o curso de medicina noms anteriore, pelaprimeiravez em seus trintaanos, saade casa. No tinhaidiade que as tragdias que aconteceriam naquele hospital transformariam parasempre ela e o curso da sua vida. A escurido sinistra que sentira no espritoparecia espreit-la... espreit-la... e, de repente a envolveria numa srie deacontecimentos que testariam no limite mximo o compromisso dela com oSenhore SalvadorJesus Cristo.

    O primeiro teste viria logo. Rebecca j trabalhava h cerca de dois mesesno hospital. Numa noite enquanto trabalhava na sala de emergncia (S.E.), lpelas duas damadrugada, trouxeram um homem aparentando tertrintaanos.

    Quando viu o corpo dele todo machucado e estraalhado, Rebecca recuoude pavor. Antes de ser mdica ela j havia trabalhado como enfermeira emhospitais dacidade. Contudo, nem as experincias de seis anos nas S.E. faziam-nalembrar de ter visto algo semelhante! Mesmo na correria com os colegas detrabalho para salvar a vida do jovem pastor, ela no conseguia parar de pensar.Como isto pde acontecer? Quem teria feito talcoisa? Era bvio que ele haviasido torturado.

    O seu corpo estava parcialmente sem a pele. Inmeros eram os ferimentosde queimaduras, cortes, chicotadas e o mais terrvel: buracos nas palmas das moscausados pela introduo de ferros nela. Ele estava inconsciente e em profundochoque.

    Depois dos cuidados mdicos, o paciente estabilizado e transferido para oCTI, Rebecca procurou pelos policiais que haviam socorrido o moo. Eles notinham muito o que dizer, a no serde que parecia tratar-se de um caso tpico deseqestro. Acharam-no desmaiado e o primeiro pensamento fora de que estivesse

  • morto. Recusaram-se a falarsobre o incidente e saram rapidamente resmungandosobre terde arquivaro caso.

    Todos na S.E. voltaram s suas tarefas como se nada de anormal tivesseacontecido. Particularmente, ningum parecia surpreso pela condio do paciente.Rebecca, novamente, sentiu aquela esmagadora atmosfera. Estava tremendamenteconfusa e preocupada. No entanto, a despeito das circunstncias, o trabalho aesperava. At ento, nada em sua experincia de vida poderia t-la preparadotanto como o choque que o testemunho do pastor causaria ao narrar o que lheacontecera antes de entrarno hospitalnaquela noite. Ela, nem mesmo sabia que oprximo golpe seriacontraumade suas pacientes, umapessoaque amavamuito.

    Mas, primeiro, deixe-nos descrever o treinamento que o Senhor deu Rebeccapreparando-aparatudo o que viriaaacontecer.

    Foi-lhe concedido o tremendo privilgio e bno de nascer em um larcristo. Seus pais oravam por ela diariamente. Quando muito jovem aceitou aJesus como Salvador, mas no sabia nada sobre relacionamento pessoalcom Ele.Cresceu em uma denominao restrita e rigorosa onde no lhe era permitido fazeramigos ou relacionar-se com pessoas de outros grupos. Foi rejeitada tanto dentrode seu meio, como fora dele. Ridicularizada e criticada na escola pormembros deoutros grupos, ela cresceu solitria. Alm do mais, era muito enferma passandotoda a infncia ora em casa, ora no hospital. Descobriram depois, que ela possuauma doena neuromuscular que, alm de debilit-la era incurvel. Mas adedicao e as oraes de seus pais foram, para ela, estabilidade e proteo.Nenhum temor impediu que Rebecca entrasse em um mundo oculto. Ocultismoeste que aprisionatantos jovens com antecedentes similares.

    No primeiro ano na escola de medicina, ela, finalmente, entregou todas asreas de sua vida ao senhorio de Cristo. Deixou que Ele fosse o seu mestre, assimcomo o seu Salvador. Os quatro anos foram de intensa luta devido doenaneuromuscular e s dificuldades financeiras. Foram anos em que ela aprendeu aconfiar no Senhor, a andar com Ele dia-a-dia, ouvi-lo falar em seu esprito,aprendeu a seguirSuas orientaes e a experimentara proviso divina para cadanecessidade diria.

    Antes de ingressarnaescolade medicina, elahaviatrabalhado, durante seteanos, como enfermeira. Ento, como resultado do poderoso mover de Deus emsuavida, e de inmeros milagres, elaabandonou aenfermagem, e voltou aestudarindo depois paraaescolade medicina.

    Na poca em que entrou no hospital Memorial, Rebecca no sabiaabsolutamente nadasobre Satanismo ou mesmo sobre Elaine, umapoderosabruxaque morava perto dali. Ela nem sonhava que o fato de andarcom Cristo naquelehospital, causaria um impacto tamanho no mundo espiritual e que as foras das

  • trevas ficariam enfurecidas. Viu-se envolvida numa luta tremenda. Elaine, umadas mais poderosas bruxas nos EUA, liderou um ataque organizado por muitasoutras que usaram todos os poderes e habilidades dabruxariaparatentarmat-la.

    O primeiro ano de residncia tambm o primeiro do treinamento que ummdico recebe depois da faculdade, indo especializar-se em alguma rea. omais difcil e temeroso, e no foi diferente para Rebecca, exceto que ela estavaconsciente de havia algo estranho e indefinvelacerca daquele hospital. Algo queningum parecia notar. Nem mesmo seus colegas cristos. Era como se fosse umaatmosfera de dio, murmurao e luta em todo departamento, e, porque no dizer,em todo o hospital. Uma atmosfera extremamente fria. Deus usou as pressesfsicas e emocionais desse ano paraaumentarsuaintimidade com Rebecca.

    Ela constatou que, desde o comeo, havia uma resistncia incomum aoevangelho e, as pessoas com quem tentava compartilhar recusavam,enfaticamente, at mesmo ouvir. De fato, passados os seis meses que trabalhavano hospital, a administrao recolhera dos quartos todos os novos testamentos.Colocaram nos postos de enfermagem o aviso de que o empregado que fosseapanhado evangelizando os pacientes seria despedido no ato. No deixando demencionarque, aos ministros no seria permitido visitarna companhia de outrosque no fossem os seus prprios paroquianos. E, se tentassem evangelizaroutrospacientes seriam escoltados pela segurana e advertidos a no retornarem mais. OServio de Capelania no era permitido. Na realidade, parecia haver um esforono sentido de banirqualquermeno ao cristianismo dentro do hospital.

    Rebecca fora designada para trabalhar no CTI. Entretanto, imediatamente,se viu mergulhada num turbilho de atividades. Eram 120 horas semanais detrabalho rduo. Assim, elaatribuiu exausto apiorado seu estado fsico.

    No obstante, o Senhorcomeou a falar-lhe firmemente no corao que eladeveria passaruma hora em orao, todas as manhs, antes do trabalho. Deveriapedirpela instituio e tambm pela cidade porque o evangelho seria proclamadoalm de se tornar frutfero. To logo, comeou a obedecer, achou-se,repetidamente, compelida pelo Esprito Santo a pedir ao Senhor que sujeitasse opoder das trevas naquele lugar. Sempre ela se via citando Nmeros 10.35, ondeMoiss diz:

    ...Levanta-te, Senhor, e dissipados sejam os teusinimigos e fujam diante de ti os que te odeiam.

    No sabiaporque oravadessamaneirae, naverdade, eraestranho paraelaasituao. No entanto, insistentemente o Esprito Santo impulsionava-a a agirassim.

    Como o Senhormais e mais, queimava-lhe o corao pelas almas daquelelugar, ela comeou a pedir-lhe, diariamente, a permisso para tapara brecha pelo

  • hospitale pelacidade do mesmo modo que estem Ezequiel22.30-31:

    Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e secolocasse na brecha perante mim a favor desta terra,para que eu no a destrusse, mas a ningum achei. Porisso eu derramei sobre eles a minha indignao, com ofogo do meu furor os consumi, fiz cair-lhes sobre a cabeao castigo do seu procedimento, diz o Senhor Deus.

    Em particular, ela nem mesmo sabia o significado de estar na brecha,contudo, pediaao Senhorque ausasse damaneiraque Ele quisesse.

    Nos primeiros meses no Memorial, Deus ensinou-lhe uma preciosa lio datotal dependncia dEle no exerccio da medicina. Uma noite, muito tarde, foraadmitido um paciente na Unidade de Tratamento Coronrio. Possivelmente,tratava-se de um infarto, pois o mesmo tinha dores fortssimas no peito e apresso sangnea estava muito alta. Naquela noite, Rebecca ficara responsvelpara examinare cuidardo paciente. Ele deu-lhe uma lista dos remdios que usavae entre eles havia um que era muito bom para abaixara presso, ao mesmo tempoque reduzia o trabalho rduo do corao. O paciente, firmemente, assegurou-lhede que estava tomando uma dose especial do remdio e Rebecca aceitou oargumento. Decidiu dar-lhe aquela dosagem na inteno de abaixar a presso eassim evitar o infarto. O pior que ela no sabia da gravidade do que fizera. Adosagem era muito perigosa, a menos que o paciente tivesse sido preparadogradualmente paratomaraquelaquantidade.

    Depois de umahora, as enfermeiras vieram cham-ladizendo que apressodo paciente cara muito e que alm de estar em choque, ele parecia estarmorrendo. O temor apoderou-se dela. Na aflio, chamou seu superior. Contou-lhe o ocorrido e perguntou o que poderia ser feito para reverter o efeito doremdio que administrara. De uma maneira impessoal, ele disse que ela cometeraum estpido engano e que no havia nada, absolutamente nada, a fazer, a no seresperar, para ver se ele sobreviveria ou no. No havia disponvel, nenhumremdio que pudesse serusado para anularos efeitos do que fora administrado. E,alm do mais, o superioracrescentou que, quando residente, cometera um enganosemelhante e que o paciente dele ficara com seqelas, devido ao perodo dochoque em que quase morrera.

    Os pensamentos sobressaltavam-lhe a mente enquanto caminhava pelasalas escuras e solitrias na direo da Unidade de Tratamento Coronrio para vero paciente. O medo, a culpa e a autopunio eram os que dominavam. Corria-lhepela espinha um suorfrio s de pensarna possibilidade de termatado o homem.Os pensamentos a torturavam: ...Deus criou o universo onde causa e efeitotrabalham em harmonia. Agora, por causa desta estupidez, esse homemprovavelmente morrer j que o remdio absolutamente irreversvel depois do

  • efeito estabilizado, ento, no preciso nem mesmo orarpedindo que Deus mudea ordem s porsua causa e seu erro. Repentinamente, o Esprito Santo comeoua mostra-lhe o erro dos seus pensamentos e, gentilmente, comeou a fluirdentrodela, mostrando que ela era diferente! Ela era filha do Rei! E, sendo assim,possua um privilgio especial que os outros mdicos no tinham. Ela tinha odireito de pedira Deus, o Pai, no nome de Jesus, para corrigiro engano, fora paraisto, e muitas outras coisas, que Cristo morreranacruz.

    Abruptamente, virou-se e correu at a capela. L ajoelhou-se diante doSenhor e comeou a orar fervorosamente, pedindo a recuperao do paciente.Baseou-se no fato de que era filha do Rei e que podia obterajuda numa hora deaflio, como estem Hebreus 4.16:

    Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto aotrono da graa, afim de recebermos misericrdia eacharmos graa para socorro em ocasio oportuna.

    Rebecca levantou-se e voltou Unidade. Ao chegar, constatou que apresso sangnea do paciente voltara ao normale que ele j no sentia dor! Umnovo eletrocardiograma revelou que o corao trabalhava normalmente.Passaram-se dois dias e ele saiu de alta no apresentando, absolutamente,qualquerseqela!

    Rebecca aprendeu a ouvir, sempre, a voz do Senhor. Vez, aps vez, Elefalaria suavemente em seu esprito, ora revelando um engano antes que o mesmopudesse trazer conseqncias srias, ora despertando-lhe a ateno sobre algoesquecido ou desaparecido e, tambm, lembrando-lhe o que fora lido ouaprendido anteriormente. Ela aprendeu a orar e a jejuar pedindo que Deusrevelasse a chave para diagnosticardoenas particularmente obscuras. Aprendeu,tambm, a dependerdo Senhorpara dar-lhe habilidade nas mos e nunca executarqualquerprocedimento sem antes orare pedira Jesus, o Mdico dos mdicos, quea orientasse. Louvado seja Deus! Pois, em todos esses anos o Senhorcontinuamente tem sido fiel e no aconteceram complicaes srias comoresultado do trabalho dela.

    Passados seis meses de residncia, novamente depois de tersido designadaa trabalharno CTI, o jovem pastorque ela vira na sala de emergncia, finalmentese recuperou a ponto de poder falar. Ela acompanhara o progresso dele bem deperto. Agora, orava por ele constantemente e, movida pelo Esprito, ia at oquarto dele para conversarem. Um certo dia, ele narrou-lhe o que realmenteaconteceraantes de seradmitido no hospital.

    Bob era pastor de uma pequena igreja na cidade e envolvera-se em umministrio com ex-satanistas. Contou Rebecca, que numa cidade prxima,existia uma grande comunidade satnica e que o satanismo estava desenfreado

  • naquele Estado. Ele, sob o senhorio do Senhor, conduzira um bom nmero dessaspessoas aJesus. Elas deixaram de servirao diabo e fizeram de Cristo o SalvadoreSenhor de suas vidas. Assim, expulsaram os demnios que habitavam em seuscorpos em troca de poderes mgicos. Na noite em que ela o vira pela primeiravez, ele havia sido raptado pelos satanistas e levado a uma de suas reunies.Colocaram-no sobre o altar, de frente para o grupo e o torturaram. Eles j sepreparavam para preg-lo em uma cruz, quando um dos membros gritou quealgum, l fora, vira algo suspeito e chamara a polcia. (Os satanistas tinhamacesso ao rdio da polcia e monitoravam todas as chamadas). Bob desmaiaraenquanto estava sendo crucificado e esteve inconsciente at acordar na cama dohospital.

    Como nunca ouvira falarem talcoisa, Rebecca estava atnita. Seria essa aexplicao para a sensao que tivera no hospital? Outras revelaes estavam porvir.

    Na segunda vez em que fora escalada para trabalharno CTI, aumentaram-lhe as preocupaes. Nas noites em que estava de planto, ficava responsvelportodos os pacientes em estado grave. Como orava intensamente poreles, comeouanotarque muitas mortes ocorriam sem qualquerexplicao.

    Normalmente, h uma ordem no desenvolvimento de uma determinadadoena que leva morte. Vejamos um exemplo: se um paciente fica em choque(presso baixa) devido alguma hemorragia, e se a mesma forestancada ou se ovolume de sangue perdido forreposto atravs de transfuso, a presso no devercairnovamente, a no serque haja outra hemorragia ou que esse mesmo pacientesofrade umainfeco generalizada.

    No entanto, muitos dos pacientes de Rebecca, depois de estabilizados, semqualquer razo aparente, pioravam o quadro clnico. Quando no era o coraoque, de repente, parava de bater, era a presso que descia zero ou a respiraoque cessava. Apesarde todos os esforos para salvar-lhes a vida, muitos morriamrapidamente. Rebecca presenciava a autpsia feita neles e, cada vez, ficava maisconfusa quando a causa da morte no era outra seno a mesma que os trouxera aohospital.

    Outro problema que afligia Rebecca eram as freqncias dos casos de,como so chamados na medicina, Psicose aguda do CTI. Os pacientes, quandoesto

    sob stress de uma doena crtica, so transferidos para o CTI e ficam ldurante um determinado tempo. As luzes ficam acesas vinte e quatro horas. Osmonitores ficam ligados e no existem janelas. Nessas condies, umconsidervel percentual fica desorientado e comea a ter alucinaes, isto ,comea a ver coisas que no so reais. Coincidentemente, no Memorial, a

  • incidncia das Psicoses do CTI era bem superior ao que Rebecca presenciaraem outros hospitais.

    Ela se sentiu orientada pelo Senhor, a conversar com os pacientes parasaber o que eles viam exatamente, e para sua surpresa, a maioria via demniosnos quartos!

    Profundamente preocupada com a situao, ela comeou a mencionar nasconferncias as incidncias das mortes e das psicoses. E, pelas manhsconversava sobre o assunto com outros residentes. Porm, ningum pareciapreocupar-se com a questo ou, at mesmo, dar crdito ao que ela dizia. Depoisda terceira tentativa, chamaram-na at a sala do diretor do programa detreinamento e advertiram-na para que se calasse. Disseram que ela no tinhaexperincia suficiente para saber sobre o que estava falando. Quando Rebeccaargumentou, que a sua experincia, somada ao tempo de enfermagem e medicina,j era de dez anos, disseram que se ainda continuasse a criar problemas, seriacortadado programade treinamento.

    Assim, suas oraes matinais tornaram-se intensas na busca de umarevelao do Senhor sobre o que estava acontecendo, e a primeira confirmaoveio atravs de umade suas pacientes.

    Pearlera uma senhora negra do suldos EUA, crente fervorosa que estiverasob os cuidados de Rebecca durante seis meses. Elas se amavam muito. Em umadeterminada noite, Pearlchegou ao hospitalmuito doente e Rebecca a transferiupara o CTI. Na manh seguinte, dentro da rotina normalde trabalho, ela foi verospacientes, e as enfermeiras disseram que Pearl estava alucinando. Rebeccaassustou-se porque conhecia sua paciente muito bem. Sabia que ela era uma cristfervorosae que sofreramuito, porisso, no se entregavaao pnico facilmente.

    No exato momento em que entrou no quarto, Pearl estava chorando.Quando Rebecca quis sabero motivo, ela disse que se no fosse retirada do CTI,uma enfermeira poderia mat-la naquela noite. Contou-lhe como procedera essaenfermeira ao cuidardela na noite anterior: dissera Pearlque no era necessrioque ela lutasse para viver porque poderia facilmente reencarnar-se numa vidafutura. A enfermeirafalou, tambm, que invocariaas entidades superiores paralev-la para essa maravilhosa vida futura. Quando ela lhe imps as mosfalando palavras em uma lngua estranha, Pearlreconheceu que era um ritualdefeitiaria. Ela conhecia, por experincia prpria, o vodu, a magia negra e osdemnios e declarou t-los visto no quarto. Disse Rebecca que se o mesmoacontecesse de novo elamorreria, pois estavabastante debilitadaparalutar.

    Rebecca estava estarrecida! Ela conhecia Pearlo suficiente para saberqueela no estava mentindo e que tambm no estava louca. A enfermeira de quemPearl falava, era uma senhora idosa, agradvel, atraente e extremamente

  • habilidosa. Alm de organizada e inteligente, ela procurava certificar-se do bem-estar dos pacientes. E o pior: era respeitada pelos mdicos e pelas outrasenfermeiras. No conceito de Rebecca ela era um tanto indiferente e carrancuda.Porm, esse conceito, Rebecca atribua s presses do trabalho que ela exercia.De qualquermaneira, elano podiaachardefeitos no trabalho daenfermeira.

    No possuindo provas, era impossvelconversarcom quem querque fosse,pois iriam falarque ela estava louca. Naquela poca, ela pouco sabia sobre bruxase quase nada sobre demnios. Ento, s havia uma coisa a fazer: orar. Todo otempo disponvel, ela passava de joelhos na capela, em orao. (Na realidade, acapela estava sempre vazia porque ningum a usava). No final do dia, o Senhorconfirmou em seu corao que Pearl estava falando a verdade. Ordenou-lhetambm, que durante anoite, assentasse beirade seu leito, pois estavaem estadoto grave que no poderia ser retirada do CTI e Rebecca poderia faz-lo porqueno estavade planto naquelanoite.

    O que estava para acontecernaquela noite, mudaria para sempre a vida deRebecca. Quando assentou-se ao lado da cama de Pearl, no esperando que,realmente, algo acontecesse, sentiu uma opresso demonaca como nunca antes.Helen, a enfermeira encarregada do CTI, no entrou no quarto durante toda amadrugada. Rebecca sentia vircontra ela um incrvele invisvelpoder. Era comose uma mo gigantesca tentasse esmag-la contra o cho e uma fora invisveltentasse sugar toda a vida de seu corpo. Ela tentava entender a situao,cientificamente, repetindo para si mesma que tudo era fruto de sua imaginao,contudo, isso no a ajudou. Sentia-se to fraca que no conseguia nem mesmopermanecer assentada. Pearl sentia o mesmo. Assim de mos dadas e sem fazerbarulho, elas oraram pedindo ao Senhorque as cobrissem com o precioso sanguede Jesus.

    Eles, pois, o venceram [Sat] por causa do sangue docordeiro e por causa do testemunho que deram...(Apocalipse 12.11)

    Fora uma noite de uma luta espiritual tremenda. Mesmo assim, Pearlamanheceu segurae Rebeccaretirou-ado CTI pelamanh.

    Outras revelaes vieram logo aps. Semanalmente, Rebecca lecionava umestudo bblico para algumas das enfermeiras que ela mesma conduzira Cristo.Uma delas, Jean, finalmente contou-lhe como se envolvera no satanismo antes dese converter. Ela disse que Helen a treinara para que se tornasse uma mdium, eestava para iniciar-se quando Rebecca entrou no hospital e comeou a falar-lhesobre Jesus, e como resultado, ela O convidou para ser seu Senhor e Salvador,recusando-se a manter qualquer relacionamento com Helen e as outras bruxas.Mas, mesmo assim ficou com medo delas.

  • De acordo com Jean, Helen considerava ser seu ministrio escalar-se paracuidar dos pacientes mais graves no CTI. Ento, quando estava com eles, falavaque no era necessrio que lutassem para viver porque poderiam, facilmente,reencarnar-se numa vida futura sem dores e sofrimentos. Assim, com ou sem oconsentimento deles, ela pousava as mos sobre os mesmos e invocava asentidades superiores para virem e acompanh-los at a outra vida. Isso,naturalmente, fazia com que o estado deles piorasse e chegassem ao bito. Jeanestava temerosa de contara situao a outras pessoas porque Helen ocupava umaposio de respeito dentro do hospital, e diante disso, ningum acreditaria nela.De fato, depois de ter aceitado a Cristo, Jean transferiu-se para um outro turno,evitando, dessa forma, trabalhar com Helen. Foi, por intermdio de Jean, queRebecca veio a saber tambm, sobre a comunidade satnica que existia ali pertoda cidade. Alm de teruma das maiores distribuidoras de literatura do ocultismo,essa comunidade possua tambm uma igreja. Toda a narrativa de Jeanconfirmava o que o pastordissera Rebecca, e, porisso, ela tinha medo de teromesmo destino dele. Na vizinhana, no havia ningum, que levasse a srio aComunidade. Sendo que isso era, precisamente, o que Satans queria.

    Atravs de outras fontes, Rebecca soube do envolvimento de enfermeiras emdicos com o ocultismo, e viu a necessidade de aprenderum pouco mais sobre aComunidade e sobre satanismo. Novamente, depois de levar o problema aoSenhor, obteve dEle a confirmao. Comeou, ento, a estudar a Bbliafervorosamente paraaprendermais sobre Satans e seus demnios. Descobriu queeles podiam habitar nas pessoas, e elas, por meio dos poderes satnicos, podiamfazer qualquer coisa. Foi ento, que Rebecca comeou a guerrear ativamentecontraHelen e os outros satanistas do hospital.

    Em suas oraes pelamanh, elapediaaDeus que amarrasse os poderes dodiabo nas pessoas que, especificamente, sabia estarem envolvidas com ele.Diariamente, noite, antes de deixaro hospital, ela caminhava pelo CTI e outrasalas e, tranqilamente, mas de forma audvel, usava de autoridade sobre cadaesprito demonaco onde os mesmos se encontravam ou onde poderiam estardurante o dia ou durante a noite. Amarrava-os com o poder do nome de JesusCristo e pedia ao Senhor que colocasse proteo especial sobre os pacientesresguardando-os das foras demonacas.

    Nas muitas noites que estava de planto, era chamada ao CTI ou uma dasalas para ver um paciente que estava sofrendo piora do quadro clnico. ComoDeus lhe dera discernimento de que tais problemas eram resultado dainterfernciademonaca, elaaprendeu avaler-se de Lucas 10.19 e Marcos 16.17.

    Eis a vos dei autoridade para pisardes serpentes eescorpies, e sobre todo o poder do inimigo, e nadaabsolutamente vos causar dano.

  • Estes sinais ho de acompanhar aqueles que crem: emmeu nome, expeliro demnios,...

    Foram muitas as vezes em que, assentada ao lado do enfermo, lutousilenciosamente em orao, amarrando e ordenando os demnios a sarem. Helen,porsua vez, do outro lado da cama desferia contra ela e o paciente, todo o podermaligno a seu dispor. Nas ocasies em que Rebecca tentou usar de seusconhecimentos mdicos para revertero quadro clnico do paciente, constatou queeles seriam insuficientes se no fossem combinados batalha espiritual emorao.

    Naturalmente que, nem Helen, Satans e as outras bruxas tinham prazernasatividades de Rebecca. Por isso, a batalha j estava declarada. Rebecca tentoucompartilharcom um casalde colegas cristos o que estava acontecendo. Eles, noentanto, recusando a acreditar, disseram que ela estava doente, cansada eimaginando coisas.

    Como a batalha se intensificasse, a doena neuromuscular de Rebeccapiorou. Ela ficou sob os cuidados de um dos mdicos chefe do hospital. despeito das oraes e dos esforos feitos a seu favor, ela sabia que estavamorrendo. Finalmente, no ltimo dia de sua residncia, ela ficou to doente que jno podia mais trabalhar. Uma avaliao mdica feita por vrios especialistasrevelou que ela no viveria por muito mais tempo e que no havia mais o quefazer. Perguntaram-na se queria ficar internada ou ir para casa. Ela decidiu queiria para casa. Assim, Rebecca deixou a cidade e o hospital pensando que nomais iria v-los. E seu corao estava bastante pesaroso pelas muitas... muitasalmas que naquele lugarestavam cativas pelos poderes das trevas.

    No agonizante ms que se seguiu a doena de Rebecca progrediu a pontode deix-la to fraca, que j no conseguia andar e nem mesmo levantar-se dacama. Mesmo assim, possua uma completa e maravilhosa paz. Jesus estava nocontrole e, era tudo o que importava. Noite aps noite, quando as dores a impediade dormir, ela desfrutava de uma doce comunho com o Senhor e da esperanafervorosade que Ele achamava, logo, parao larcelestial.

    Um dia, pastor Pat, o pastor de sua igreja local, veio visit-la, e sendo ohomem de Deus que era, no aceitava o fato de que Rebecca estivesse morte eorava constantemente por ela. Certa feita, disse que Deus revelara no ser davontade dEle que elamorresse.

    O pastor disse-lhe, Isto pode parecer loucura, mas estou certo que oSenhor revelou-me que, o que est acontecendo a voc um ataque de bruxasmuito poderosas, e a piora da sua doena devido a poderes demonacos queesto sendo enviados contra voc. Seria isso possvel? Voc conheceu ou esteveem contato com algumabruxa?

  • De repente Rebecca entendeu! Por que ela no associara a piora de suacondio batalha que travara com os satanistas no hospital? Ela nunca falara aopastor sobre aquele assunto. Ento, passou a contar-lhe o que acontecera no anoanterior.

    Ele andava de um lado para outro profundamente preocupado. Finalmente,voltou-se e disse: Eu sei que no avontade de Deus que voc morra. No tenhodvidas de que sua enfermidade resultado direto de bruxaria. Devemos orar ebloquearo poderdessas bruxas. Como ele orou! No apenas ele, mas os anciose cerca dos duzentos membros daquela igreja jejuaram e oraram por toda asemana. Fervorosamente, eles intercederam porRebecca, pedindo ao Senhorqueacobrisse e anulasse o poderenviado pelas bruxas contraela.

    Ao final daquela semana, Rebecca estava quase inconsciente. Ento, oSenhor fez com que ela lembrasse de uma passagem que lera no livro deWatchman Nee:

    A menos que um cristo esteja plenamente convencidode que seu trabalho terminou e que a vontade de Deuslev-lo, ele dever lutar com todos as suas foras contraa morte. Se os sintomas da morte aparecem em seucorpo antes que sua misso haja terminado, ele,positivamente dever resisti-los. Admitir, baseados emnossa condio fsica ou emocional, que o nosso tempoterminou, um erro de nossa parte. Ns, ao contrrio,devemos ter convico clara da parte de Deus no que dizrespeito nossa partida. Se vivemos para Ele, entodevemos morrer para Ele. Qualquer chamada que noproceda dEle deve ser rejeitada. Para vencer a morte oscrentes devem substituir a atitude passiva pelaresistncia. A menos que lancemos fora nossa atitudepacifista, no seremos capazes de sair da morte. E, a,seremos zombados por ela e, finalmente, vencidos.Numerosos so os santos que confundem, hoje,passividade com f. Alegam que entregaram tudo a Deus.Pensam que se no for a hora da morte, Deus os salvar.Porm, se essa hora chegou, que a vontade de Deus secumpra. Esse comportamento parece correto. Mas,podemos cham-lo de f? No! Absolutamente. apenaspassividade preguiosa. Quando no sabemos a vontadede Deus, devemos orar: No a minha vontade, mas a tuaseja feita. (Lucas 22.42). Isso no quer dizer que nodevemos orar especificamente levando diante dEle osnossos pedidos. O certo que: No devemos submeter-nos passivamente morte. Deus instruiu-nos a agir em

  • conformidade com o querer dEle. A no ser que saibamosser Sua vontade, no devemos permitir que a morte nosoprima. Ao invs disso, devemos resisti-la. Eis o porqude tal atitude: A Bblia fala dela como sendo nossainimiga (I Corntios 15-26).Do livro: O Homem Espiritual, Watchman Nee.

    Enquanto o Senhor trazia memria de Rebecca as passagens acima, oEsprito Santo suavemente, dizia que no era a vontade do Pai a morte dela, e queainda ela teria muito trabalho a fazer. Portanto, ela deveria lutar e resistir aSatans recusando-se a aceitar qualquer enfermidade ou morte trazidas por ele.Ela lutou por um pouco, porque, no fundo do corao, no queria viver. Noqueria lutar. Queria era irpara o cu com o Senhore desfrutarde toda a alegria epaz que aguardavam por ela. Porm, a voz mansa e doce do Esprito Santoinsistia. Finalmente, com muitas lgrimas, mas com os ps firmados na Rocha,comeou a resistirao diabo e a orden-lo a sairno nome de Jesus, e que ela nomais aceitava a doena ou a morte colocadas por ele. Aps algum tempo, oSenhor revelaria para Rebecca, que a nica razo pela qual Ele fora capaz demostrar-lhe Sua vontade, e, faz-la lutar resistindo a morte, devia-se poderosaintercesso do pastorPate dos irmos.

    Os msculos de Rebecca estavam to fracos, que ela teve que passar trsmeses se recuperando. O Senhor, no entanto, a sarou por completo. Assim, elaretornou ao hospitalmemorialpara terminaro treinamento, pronta, ao menos parao encontro que o Senhor estava preparando para ela e Elaine, a bruxa queorganizarao ataque paramat-la.

    2. ELAINE

    O casamento dos meus pais foi bastante conturbado. Meu pai era umbeberro que acreditava ser o dom de Deus para as mulheres. Ele maltratavamuito minha me. Quando nasci ele parou aos ps da cama dela e disse-lhe quedesejaria que eu tivesse morrido. At que, finalmente, ela atirou um vaso contraele.

    Meu nascimento foi como qualquer outro, igual a centenas no mesmo diapor todo o mundo, exceto, que eu nascera deformada. No tinha nariz, lbiosuperiore nem o cu da boca. o que eles chamam de lbio leporino. Minha mequis me verto logo eu nasci, e para ela, eu era o beb mais lindo do mundo. Suaprimeiraperguntafora: Elapoderseroperada?

  • Ela era muito... muito... pobre. No tinha dinheiro e nem meios paraconsegui-lo. Naquela poca, os programas destinados populao carente, noeram acessveis como hoje, mas mesmo assim, minha me no era o tipo depessoaque desistiafacilmente s pelo fato de serpobre.

    Aconteceu que, no mesmo hospital, havia uma enfermeira chamada Helen.Ela dera assistncia ao meu nascimento, e no mais, sabia da situao da minhame, e tambm dos maus tratos do meu pai. Helen no era uma pessoa comum,era uma poderosa bruxa membro de uma seita que apesarde pouco conhecida, setornou uma das mais poderosas em nosso pas. Os membros dessa comunidadeprestam uma espcie de culto e adorao a Satans e chamam a si mesmos de AIrmandade. Helen, era naquele tempo, o que eles denominavam em seus cultosde a pessoa do contato. O contato dela com minha me iria afetarno s todo oresto daminhavidacomo o de Rebeccatambm.

    No dia seguinte ao meu nascimento, Helen aproximou-se da minha mecom uma proposta. Se minha me permitisse que ela pegasse uma pequenaquantidade do meu sangue, elae suas amigas providenciariam todos os recursosfinanceiros e a ajuda necessria para a obteno da melhor cirurgia e cuidadosmdicos disponveis. Mame no conseguiaentenderporque elaofereciatanto emtroca de to pouco. Porm, como no houvesse outro recurso para uma situaodesesperadora como a nossa e, ainda, Helen assegurando-lhe o tempo todo, queno me causaria mal algum, mame, finalmente aceitou a proposta. Helen, erauma jovem senhora atraente, que parecia genuinamente sincera e preocupada nodesejo de ajudartanto minhame, como eu.

    O que ela no explicara para a minha me que o meu sangue era umaimportante venda. O pequeno recipiente contendo o meu sangue, foi levado edado a uma outra mulherchamada Grace. Ela fazia parte da seita satnica. L, eraconhecida como uma sacerdotisa superior. A venda do meu sangue daria a elamaior poder, vigor e uma posio mais elevada na seita. Helen, tambm, obtevemaiorpodercom atransao.

    O sangue fora levado por Helen e dado Grace, que durante a cerimnia,bebera do meu sangue. Isto fez com que ela e Satans tomassem posse de mim.Assim, a partir daquele momento, eu ficara exposta entrada de muitosdemnios. Grace, sob a orientao do diabo, enviou especificamente, para o meucorpo, diversos demnios que moldariam minhavida, personalidade e futuro.

    Mame, no sendo crist, jamais poderia imaginarque, o qu ela fizera, iriame tornar numa pessoa marcada, cuidadosamente vigiada pelos satanistas. Maistarde, como resultado, o meu prprio envolvimento na seita. Mesmo que mamejamais tivesse dito: Tudo bem, voc pode pegar um pouco do sangue dela, nofuturo, eu testemunharia a venda do sangue de outros bebs. Meu corao seafligia s de pensar nas conseqncias que essas vendas causariam no futuro

  • deles.

    Satans tinha, agora, uma preciosa propriedade. Um novo beb, onde osdemnios poderiam habitar, crescere tornarem-se poderosos e geis. Quanto maiseu crescia, tomando conscincia de mim mesma, mais eu sabia que algo diferentee incomum, aconteciadentro de mim, entretanto, no sabiao que era.

    Quatro dias, aps o meu nascimento disseram minha me que ela poderialevar-me a um hospital infantil perto dali. L, eu sofreria vrias intervenescirrgicas. Muitas na verdade. Foram necessrios dezesseis anos de cirurgiasplsticas para que eu tivesse um rosto normal. Tambm, tive que freqentarterapias para a correo da fala e da audio alm das correes na arcadadentria. Era apenas o comeo dos anos de muita dor, solido e rejeio. Dor,porque a cirurgia plstica me causava dores como de queimadura quando na fasede recuperao. Solido, porque eu no era como as outras crianas, e rejeioporque devido deformidade no meu rosto, eu tinha poucos amigos. Eu metornara rude e violenta. Aprendera a lutar para me defender. As interrupes, naescola, devido s cirurgias, desfaziam os meus crculos de amizade.

    As crianas na escola pareciam se divertir. Faziam-me de palhaa,cutucando, empurrando e zombando, at que eu no mais pudesse suportar.Mudvamos de escola para escola. Eu no freqentava a mesma dois anosconsecutivos.

    Meus pais achavam bom que eu no tivesse de enfrentaro mesmo grupo decrianas no ano seguinte. Porm, eu vivia a mesma situao. Acontecia o mesmoem cada escola. Um ano aps outro de agonia. Nada, absolutamente nada,mudava.

    Mame casou-se novamente, aps o meu nascimento. Os meus pais noiam igreja, e no me negavam o direito de ir, mas no iam. Ficavam esperandoum pelo outro, e assim, nenhum dos dois dava o primeiro passo. Finalmente, eume ajuntei a um grupo da igreja. Era um grupo ativo na Igreja Pentecostal. Eutinha dezesseis anos e fora aceita na mocidade porque sabia cantar, tocarguitarrae bateria. Eu possua muitos talentos, habilidade musicalassim como habilidadesartsticas. Foi umapocafeliz, emboradurasse pouco.

    Enquanto crescia, descobri que possua poderes inexplicveis, entretanto,no sabia de onde eles vinham, o que eram ou o que fazer com eles. Algumaspessoas me disseram que eu tinha dons especiais. Tenho uma tia que conheceprofundamente a bruxaria e o espiritismo, ela costumava atrair as crianas paraexibir jogos ocultos, e eu demonstrava habilidades superiores com as cartas,tar etc. Na adolescncia constatei uma enorme habilidade para influenciaroutrose faz-los agirem de acordo com minha vontade. A minha fora fsica eraincomum.

  • Lembro-me de que no primeiro ano da escola secundria, depois da aula deginstica, uma garota lsbica tentou abusarde mim, fiquei to furiosa que quase aafoguei no vaso sanitrio. Ela era bem maior do que eu, e se no fosse ainterveno de alguns adultos, eu ateriamatado.

    Permaneci na mesma escola todo o segundo grau. Meus colegas zombavamde mim, e a piorcoisa do mundo nessa idade, verque seus companheiros, almde abusarem, zombam de voc. Eu chegara ao ponto de no mais suportar asituao.

    Certa vez, quando eu passava pelo corredor, o capito do time de futebolgritou: Olhem essa horrvel lbio leporino! Recordo-me de houver jogado oslivros no cho e avanado na direo dele. O que consegui recordardepois foramos cinco professores tentando tirar-me de cima dele. Eu quase o matara. Deixei-ode nariz quebrado, assim como o queixo e inmeros ossos da face. A minha foraera sobrenatural. Naquele tempo, o garoto pesava cerca de cem quilos e eu nopassava dos cinqenta quilos. Mesmo assim, no sofri sequer um arranho, nemnos punhos.

    A fora parecia de mau agouro, entretanto, eu gostava. Ela era o nicojeito de terpaz e ningum podia me maltratar. Hoje, vejo de forma diferente, mas,na poca, ela era o nico meio de ter um pouco de paz. Amava aquela foramesmo no sabendo de onde vinha, e o que eu queria era conseguir mais. Nodemoraria muito e logo seria envolvida e arrasada por uma mentira de Satansque eu lamentariapormuito, muito tempo, e aindao fao. Mas, graas aJesus quesempre me amou, mesmo que eu no O conhecesse. Foi nessa poca que conheciSandy, no grupo da mocidade que eu freqentava. Ela tambm era da mesmaescola que eu, e tnhamos a mesma idade. Sandy era uma recruta no Satanismoe me levou ao passo seguinte no plano que o inimigo traaraparamim.

    3. A IRMANDADE

    Elaine:Sandy tornara-se minha amiga. A propsito, a nica que eu tinha. Eu a

    conheci no grupo de jovens que mencionei anteriormente. Quando amos igrejano eraparaouvirsobre o Senhor, eraparanos envolvermos com os garotos de l.Trabalhvamos em vrias programaes da mocidade e, tambm, estvamosjuntos paraestudare sair.

    Ela era muito bonita, possuidora de uma situao financeira melhor que aminha, vestia-se muito bem e era muito popular. No parecia se preocuparcom adiferena entre ns. Eu pensava que ela era minha amiga, mais por pena do que

  • qualqueroutro sentimento. Na ocasio, eu no sabia que ela era uma recruta daIrmandade. Sandy disse-me, pouco tempo depois do incidente com o capito dotime de futebol, que notara uma fora especialem mim. Foi ento que falou-medo lugar onde eu poderia aprimor-la. Olha, ela disse, sei que voc triste esolitria e acho que sei onde conseguiria ajuda. A igreja que freqentamos no seimporta de verdade com voc, e para ser franca, nem mesmo Deus. Se Elequisesse no teria permitido que voc nascesse assim. Ento, ofereceu-me achance de ir a um acampamento de jovens do grupo a que ela e a famliapertenciam. Ela o chamava de acampamento da igreja. Este ficava poucasmilhas de distncia e aconteceria no vero. Pensei a respeito e, como estvamosde frias escolares, no tendo mais o que fazer, decidi ir.

    Falei aos meus pais que iria a um acampamento de uma determinada igreja.Na realidade eles nem se preocupavam com o que eu fizesse. Estava ao mesmotempo receosa e eufrica, pensava, que finalmente, encontrara uma amiga e quetalvez ir com ela seria a resposta para a minha solido e questionamentosconcernentes estranha fora dentro de mim. Ela falara sobre o acampamentovrios dias antes, descrevera-o como o lugar onde eu poderia ser aceita,reconhecida e amada. L, os meus poderes poderiam serusados e aperfeioados.Iria tornar-me importante e famosa ou quem sabe, rica, alm de podertertudo oque desejasse. Na medida em que falava, eu sentia o estranho poder dentro demim revolver-se e intensificar.

    O que Sandy no fizera fora mencionara palavra seita e dizera verdadesobre o grupo. Vou pararaqui paradaravoc um resumo sobre o mesmo.

    ***O grupo, que secretamente denomina-se A Irmandade, constitudo por

    pessoas que adoram a Satans e so diretamente controladas porele. uma seitaque, alm de prejudicial, est crescendo rapidamente. Os dois maiores centrosficam nos EUA. Um na costa oeste, mais precisamente em Los Angeles, SoFrancisco, e o outro na parte ocidental onde moro. Eles se dividem em gruposlocais chamados de Assemblias. Estas variam de cinco a dez pessoas podendochegar a milhares. a mesma seita que Hal Lindsey descreve em seu livroSatans est vivo e ativo no planeta Terra e Mike Warnke em Sat ovendedor. No esquecendo de que Doreen Irvine, na Inglaterra, escreveu sobre amesmano livro Livre daFeitiaria.

    Esta seita, extremamente secreta, e no se guarda nada que seja escrito.At mesmo os contratos com Sat, assinados com sangue pelos membros, soqueimados pelo sacerdote superiore pela sacerdotisa superior. (Isto no nem doconhecimento dos membros que esto em uma posio inferior). Os satanistas se

  • infiltram em qualquer nvel da sociedade, rica ou pobre. Esto entre os deeducao superior, a polcia, oficiais do governo, homens e mulheres de negcio,e at entre os chamados ministros cristos. Muitos freqentam a igreja e soconsiderados cidados de respeito, devido ao envolvimento nas atividades civislocais. Tudo funciona como disfarce, vivem vidas duplas e so experientesmestres do engano.

    E no de admirar; porque o prprio Satans setransforma em anjo de luz. No muito, pois, que osseus prprios ministros se transformem em ministros dejustia; e o fim deles ser conforme as suas obras. (IICorntios 11.14-15)

    Nas reunies, eles usam nomes falsos, para que ao se encontrarem nas ruas,no reconheam uns aos outros pelo nome verdadeiro. Eles so rigidamentedisciplinados porSatans e seus demnios e praticam sacrifcios humanos vriasvezes ao ano e sacrifcio animal mensalmente. Os sacrifcios humanos, em suamaioria, so de bebs nascidos de casais membros da seita. Todos os cuidados eat o parto so realizados pormdicos e enfermeiras dentro da Irmandade. Assim,a me nunca vista, o beb no registrado e nem mesmo sua morte. Entre ossacrifcios esto: os que so raptados, um determinado membro quando est sobdisciplina ou os voluntrios. Os ltimos, penso eu, porno suportarem mais a simesmos.

    Muitos so assassinos frios e sanguinrios, extremamente habilidosos.

    Cada Assemblia liderada por um sacerdote superior e por umasacerdotisa superior. Eles chegam essa posio, quando acham graa diantede Sat, por meio da execuo de determinadas tarefas e pela obteno de altospoderes de bruxaria. So muitas as disputas entre os membros dentro da prpriaseita. Existe tambm uma sociedade elitizada de bruxas que se denominam AsIrms da Luz. No deixando de mencionar outros grupos nos EUA que sedenominam Os Iluminados. A maioria no faz parte da Irmandade. Os que soligados a ela so os Iluminados que descendem diretamente dos Druidas(sacerdotes dos antigos Celtas) na Inglaterra. Eles so perigosos e extremamentepoderosos. Praticam com freqnciasacrifcios humanos.

    As Irms da luz vieram da Europa para os Estados Unidos em meados dosculo XVIII, poca sombria no continente europeu. No obstante, suas razesfundamentam-se nas feiticeiras do Egito antigo e da Babilnia que possuampoderes o suficiente para reproduzir trs entre as dez pragas enviadas sobre oEgito no tempo de Moiss (veja xodo captulo 7). Elas so incrivelmentepoderosas. Capazes de produzir doenas e at mesmo morte sem ter o mnimocontato fsico com a vtima. Para tanto, contam com a cumplicidade dosdemnios. Infelizmente, so iludidas a pensar que esto no controle, quando, na

  • verdade, elas que so controladas e usadas para os desgnios do diabo e seusdemnios.

    Incrveis atrocidades so cometidos na seita por pessoas controladas pelosdemnios. Elas chegam ao extremo de perder todas as emoes de amor ecompaixo e tornam-se to cruis que dificilmente parecem humanas. Abordareisobre esse assunto mais tarde.

    O rpido crescimento da Irmandade um marco do finaldos tempos e umcumprimento daprofeciabblica.

    Nos Estados Unidos, e por todo o mundo, existem milhares de pessoas eseitas que adoram e servem a Satans usando diversos e diferentes nomes. Muitoso chamam de mestre. Os costumes e estilo de adorao variam muito de umaorganizao paraoutra.

    ***Eu, pessoalmente, acabei dentro de uma dessas seitas quando fui ao

    acampamento naquele vero. Ficara bastante excitada. Excitao essa, que seperde proporo do que se v, sente e escuta. Levaram-me, primeiramente, a umsalo onde ficamos a fim de que eu me sentisse vontade. O acampamentopossua muitas instalaes: museus, bibliotecas, lugares em que eram praticados aquiromancia, o hipnotismo, a leitura do tar e das cartas e o vodu. Algunsadeptos, viviam l o ano todo, enquanto que outros no. Era nesse lugar que aseitafuncionavaoficialmente sem o conhecimento do pblico.

    Freqentamos muitas aulas em que fomos ensinados a usar e aprimorarnossos poderes. Sandy levou-me ao primeiro encontro com as Irms da Luz.Mais tarde, eu viria a saber que elas me vigiaram por toda a infncia desde apocaem que meu sangue foravendido porHelen e Grace.

    Sandy levou-me a uma enorme igreja satnica, que ficava aos fundos, duashoras antes da principal reunio da noite. Como o sol estava se pondo, toda aigreja ficara escura, exceto pelas treze velas cuidadosamente dispostas ao cho naparte da frente do recinto. Elas formavam sombras medonhas. E, essa sombraseram das treze figuras assentadas, cada uma, atrs de cada vela. medida em quenos aproximvamos pude notar que se tratava de treze mulheres. Estavamvestidas igualmente, com tnicas longas e brancas. Tinham, tambm, capuzes nascabeas e estavam assentadas com as pernas cruzadas sobre o cho limpssimo, ascostas eretas, os braos cruzados sobre o peito, olhavam fixamente e totalmenteconcentradas paraas velas.

    As velas mediam cerca de setenta centmetros de altura por8 de espessura.Eram de cera preta, colocadas no topo de longas escotas de papelelegantemente

  • decoradas. A cera derretida caa sobre o papel. As mulheres no usavam jias ouquaisquerenfeites, no faziam movimentos, exceto, o dos lbios pelos contnuoscantos e zumbidos das preces oferecidas a Satans. Havia naquele lugarum poderque, ao mesmo tempo que me fascinava, me assustava. Pude senti-lo enquantoobservei aquele ritualde duas horas.

    Na noite seguinte, fui levada outra vez, para assistir a mesma cerimnia.Sabia que eram As Irms da Luz apenas porque Sandy dissera. Outros se referiama elas como as Mes, e poucos nem mesmo sabiam que elas eram um grupoelitizado. Os homens no sabiam nada sobre a identidade delas, porque eramestritamente excludos do grupo. Entretanto, eram a fora na seita e formavamuma rigorosa guarda. As Irms no toleravam fraqueza em quaisquer dosmembros. Os fracos eram destrudos e poucas eram as mulheres jovens no meiodelas.

    Aproximara-me de uma das mulheres depois do ritual na segunda noite eela disse que observara meu interesse e conhecia o poder que eu possua. Falou,tambm, que queria que eu fizesse parte do programa de treinamento. Eramcasuais e bondosas. Disseram que eu poderia desenvolvere aprimorarmeu poder.Assim, engoli a isca, alinhae afundei.

    No comeo, diziam que eu poderia tergrandeza e usufruirdo poderpara tero que quisesse. Foram, tambm, as primeiras a dizer-me que aquele poderera deSatans e no de Deus. E que aquele, e no este, era o verdadeiro Deus.Ensinaram-me acantare fazeras preces, e que paratudo o que necessitasse erasacender minha vela e depositar as oraes diante dela. No deveria ser egostapedindo s paramim, deveriaorarpelos outros e o pedido poderiasertanto paraosucesso, como para a runa de algum. No houve nenhuma diferena nessesentido enquanto o nome no papelcontinuou o mesmo: o meu.

    Chegou, finalmente, o ltimo dia do acampamento e eu me preparei paravoltar. Num relance confrontei-me com o fato de que a bondade das pessoas,naquele campo, era uma fachada e que o meu envolvimento no era nenhum jogoe nem voluntrio. Quando encontrei Sandy para a viagem de volta, ela disse-meque acabara de conversar com as Irms da Luz e que elas estavam oferecendotreinamento especial para mim e os outros especialmente dotados. E, quetanto o sacerdote superior como a sacerdotisa queiram falar brevemente comigonaigrejaantes dapartida.

    Acompanhada pelos outros entrei no templo. Tnhamos acabado de entrarquando os guardas nas portas nos barraram e disseram que esperssemos diantedo pequeno grupo na frente da igreja. A sacerdotisa superior aproximou-sedizendo que havamos sido escolhidos para nos tornarmos integrantes daIrmandade. Para isso, teramos de assinar um pacto de sangue com Satans nareunio da noite seguinte. Perguntei o que havia no pacto, e a resposta que me

  • deram foi que eu entregaria meu prprio corpo, alma e esprito ao nosso grandepai Sat, em gratido s muitas bno vindas dele. Comunicaram-nos que seno o quisssemos fazer, eles usariam de certa persuaso para mudar nossasmentes. Retruquei que, sob nenhuma circunstncia, assinaria tal contrato. Nomesmo instante, a sacerdotisa advertiu-me que eu no teria outra escolha. Olheidiretamente nos olhos dela e disse: V para o inferno! Sua bruxa! Acho quevocs so todos esquisitos e no farei isso.

    Imediatamente, um dos guardas veio por trs e agarrou o meu brao pelopunho, puxando-o para trs com tanta fora, que senti como se estivessequebrado. Falou que eu deveria ajoelhar-me diante da sacerdotisa e que deveriapedir perdo pelo meu desrespeito, seno ele iria me bater at que o fizesse.Insultando-o gritei: Ento v em frente! Comece! Porque no me curvarei paramulhernenhuma!.

    Ele atirou-se sobre mim e no primeiro agarro, jogou-me com toda fora notemplo. No me recordo de nada, a no ser, o momento em que acordei numacela. Ela media cerca de um metro e meio porum metro e meio, tinha o cho demadeira spera, e estava completamente vazia. Na porta, tinha uma pequenajanela, de modo que eu pudesse ser observada pelo lado de fora. Eracompletamente escura, e eu ficara l porvinte e quatro horas. O que me pareceuvrios dias. No era permitido dormir, as vozes bradavam todo o tempo. Diziam-me, repetidamente, que toda glria, honra e venerao eram devidas Satans. Eque eu deveria pedirperdo a ele, o senhordo universo. Diziam, tambm, que seeu no aderisse s regras e assinasse o pacto, eles me torturariam e matariamminha famlia que j estava sendo observada por eles. No me deram gua oucomidadurante aquele perodo.

    Na noite seguinte, levaram-me uma outra sala onde fui encontrada porduas Irms da Luz. Ajudaram-me a tomarbanho e colocaram uma tnica sobre omeu corpo nu. Fiquei descala. A tnica chegava ao cho e fora amarrada cintura por um cordo branco. Nela havia capuz e mangas longas e no tinhaenfeites. As mulheres disseram-me para no lutar e tentar impedir meu destino,disseram que receberia maravilhosas bnos como resultado da entrega ao meupai Satans.

    Transportaram-me reunio dentro de um furgo. De modo que eu nopudesse verpara onde estvamos indo. A reunio no era na igreja porque vi, derelance, aconstruo quando bruscamente colocaram-me nela. No tinhajanelas eos fundos eram de madeira. Parecia um armazm construdo numa fazenda. Nocho de madeirahaviafeno. Eraum lugarisolado.

    Era iluminada apenas por algumas velas que tremulavam nas paredes.Estavam arranjadas em grupo de trs: uma preta, uma vermelha e outra branca.Estavam presentes cerca de duzentas a trezentas pessoas assentadas em bancos

  • planos de madeira, virados para a frente da construo. Na frente, havia umaplataforma com tochas, cerca de um metro cada uma, que ardiam nos cantos. Nomeio da plataforma um altar feito de pedras asperamente cortadas. Construram-no sobre cavaletes (aprenderia mais tarde que estes cavaletes eram para promoverfcilmobilidade). As pedras eram cinzas com manchas amarronzadas do sanguede muitos sacrifcios. Tanto de animais como de humanos.

    Apesardo medo e do cansao, senti uma comovente excitao enquanto otremendo poderinvisveldo lugarpareciafazerreagiro poderem mim. O incensoestava queimando e enchia o recinto com o ardor. Penso que existia algum tipo dedroga nele porque rapidamente me senti um pouco tonta. A sala estavacompletamente silenciosa enquanto a platia aguardava com expectativa, osurgimento dos encapuzados sobre aplataforma. Depois de um sinal, que no foravisto, muitos sininhos comearam a tocar, e das sombras surgiram o sacerdotesuperiore asacerdotisasuperior.

    Ambos vestiam tnicas idnticas. Eram de cetim, do mesmo modelo daminha, e adornadas de vermelho nas orlas e nos punhos das mangas. Os cordes cintura eram dourados. Estavam descalos como todos os outros e tinham nasmos cetros medindo cerca de um metro. O cetro dela era dourado, no topo domesmo havia uma cruz de cabea para baixo e uma serpente enrolada ao redordocabo e, tambm, sobre a cruz. J o dele, tinha o mesmo desenho s que de prata.Eram carregados solenemente na curvatura dos braos A presena de ambos ossacerdotes indicava autoridade e pela primeira vez tive conscincia do poderqueeles tinham e invejei-os. Os guardas estavam fora e dentro do recinto fortementearmados. Pelaprimeiravez eu estavaem um ritualde verdade. Tudo o mais foramjogos, brincadeiras e exibies. Depois dessas observaes, dois guardas melevaram at ao altar, e fomos apresentados congregao como os novosmembros ansiosos para congregar. O sacerdote voltou-se primeiro para mim edisse: Irmos e Irms de Sat, trazemos a vocs esta filha, Irm Coragem (meunovo nome), ela est aqui porque pediu para se tornaruma de ns, e agora, diantedo nosso senhor, mestre do universo e tambm destruidor, Satans, dizemos:Esta filha, irm Coragem, damos a ti para que faas dela o que desejares. Nsprometemos aelatuas bnos como nos guiastes afazer.

    Em seguida, deram-me uma faca para que eu cortasse meu dedo. Comorecusei-me a faz-lo, um dos guardas deu-me uma violenta chicotada nas costasfazendo-me contorcerde dor. No obstante, estava determinada a no me curvarperante eles. Com um movimento rpido da mo a sacerdotisa superior fez sinalpara que ele parasse de me bater. Disse em tom de desdm que haviam outrosmeios mais eficazes de mostrar-me meu erro.

    Atnitaeu olhavaenquanto elae o sacerdote tomavam lugares, opostos, emum enorme pentagrama (estrela de cinco pontas) desenhado no cho no meio do

  • altar. Ele fora desenhado dentro de um crculo. Havia, tambm, velas pretas emcadapontadaestrela.

    Com um simples movimento das mos, a sacerdotisa acendeu-as semsequer tocar nelas. Comeou ento o encantamento. O sacerdote ajuntou-se aocoro. Em determinadas partes, marcadas pelo badalarde pequenos sinos, a platiacantavajunto.

    Repentinamente, o pentagrama ficou invisvel sob uma cobertura defumaa e uma ofuscante luz. A sala encheu-se, instantaneamente, de um odordeenxofre queimado. Um demnio gigantesco manifestou-se no centro do crculo.Bandeiras rodeavam-no. Sua altura era de aproximadamente dois metros e meio.Ele olhou-me de um jeito ameaadormovimentando-se para frente e para trs. Asacerdotisa superior (Grace) voltou-se para mim e disse que se no assinasse opacto, o demnio iria me torturarat me matar. J era o suficiente! Nunca sentiralauto medo. Mas, ao mesmo tempo desejava ardentemente o poder demonstradopor Grace. Estava determinada a ser to poderosa como ela. S assim, poderiavingar-me de tudo o que os outros me fizeram.

    Quando consenti em assinaro contrato, duas mulheres vieram e colocaramumatnicapretasobre abrancaque eu vestia. A tnicapreta, feitade algodo, erado mesmo modelo. A corpreta indicava que eu no era mais uma novata. Pegueia faca que me ofereceram e cortei profundamente o dedo. Mergulhei uma penaem meu prprio sangue e assinei o pacto. Assim eu entregava meu corpo, alma eesprito aSatans.

    Terminando de faz-lo, fui envolvida em uma descarga eltrica de energiaque comeou no alto da minha cabea indo at as pontas meus dos ps. Foi toforte que ca nocauteada ao cho. Ao tentar me levantar, constatei que Graceestava fazendo outro encantamento. Invocava outro demnio. Este, dizendo quemoraria dentro de mim, aproximou-se pegando-me rudemente pelos ombros antesque eu pudesse dizerqualquercoisa, e logo, senti-me agonizar. Um calorintensoapoderou-se do meu corpo e senti aquele cheiro de enxofre novamente. Desmaieiem meio quela agonia e s acordei quando fui rudemente carregada para ocaminho para a viagem de volta. Estava to exausta e confusa pela falta de sono,comida, gua e pelos maus tratos, que no podia compreendero sentido exato detudo o que aconteceraamim.

    Permaneci no acampamento por mais duas semanas at que meusferimentos e queimaduras sarassem. Quando cheguei em casa, estava certa de seruma das pessoas mais poderosas da terra. Sabia possuir uma fora fora dacompreenso da maioria das pessoas e pensava que nada, nem ningum, poderiadestruir-me.

    Como estavaerrada!

  • 4. RUMO AO PODER

    Elaine:Agora, eu era um membro da Irmandade, com um novo nome, e me

    tornara, como conhecido, uma bruxa. Passado um ms, aps a assinatura dopacto com Sat, e tive meu primeiro encontro com a sacerdotisa local. Aassemblia que se reunia em minha cidade era enorme, quase mil pessoas. Asacerdotisasuperiorentrou em contato comigo, dizendo que queriaque fosse at asua residncia. Fiquei surpresa ao ser chamada por to importante autoridade.Pouqussimas garotas so chamadas por uma sacerdotisa superior a menos quetenham uma tarefa importante a fazerou que estejam para serem disciplinadas. Acasa era muito bem decorada e ela a governava com mo de ferro. Disse-me:Voc foi escolhida por Satans para ser treinada e tornar-se uma sacerdotisasuperior, isto , se forqualificada.

    No satanismo isto uma grande honra. Voc deve estar altamentequalificado para este tipo de treinamento. A sacerdotisa era uma senhora idosa eocupara a posio durante muitos e muitos anos. Era muito bonita, apesar daidade. A sua personalidade era amistosa, embora houvesse algo de indiferenanela. Sabia que eu fora destinada para substitu-la, e uma sacerdotisa sempredestruda quando substituda por outra. Comandada por Sat e seus demnios,deve treinaroutrabruxaparaasubstituio. No hescolha, apenas obedincia.

    Achei estranho ser convocada para o treinamento, porque alm de serjovem, era novo membro. O que no sabia na poca, era que os demnios que jestavam comigo eram mais fortes do que os dela e que Satans ordenara-lhe queme mostrasse exatamente quem eram, como us-los e, finalmente, como destru-la.

    No fundo do corao, eu no era e nunca seria algum para destruio.Gostava da vida e no queria machuc-la, porm, sabia que se no o fizesse, elame mataria.

    Recebi treinamento em muitas reas nos vinte meses que se seguiram.Encontrvamos na casa dela ou em qualqueroutra sala longe dos outros membrosdaseita. Nos encontrvamos, pelo menos, umavez porsemana.

    O treinamento consistia basicamente de encantamentos. Aprendi comoevocar os espritos para fazerem minha vontade, ensinou-me a projetar e usar opoderque me acompanhava portanto tempo, e que este poderera dos demniosque habitavam dentro de mim, e aprendi tambm, a convocar e conduzir umareunio como umasacerdotisasuperior.

    No meu treinamento participavam, tambm, As Irms da Luz. Eram as

  • principais na aprendizagem de como eu poderia aprimorar meu poder o maisrapidamente. Assimilei muito mais segredos do que quaisqueroutras sacerdotisas.Pediram que me unisse sociedade, mas recusei. No ntimo eu as consideravaesquisitas.

    Prepararam-me para aprender arte marcial. Eu j sabia o Karat e o Jud,mas nada a respeito do Kung-Fu. Destinaram-me aos cuidados de um chins deestatura mediana que lecionava os trs. Era tambm um conhecido advogado naminha cidade. Era simptico para comigo, mas um mestre severo. Aprendi muitocom ele, treinava as pessoas cultas da redondeza, e disse-me que eu tinhapotenciale queira que participasse de torneios. Eu nunca participara e no o quisfazer.

    Sabendo que a arte marcial era um treinamento rigoroso e atormentador,invoquei certos demnios para que me dessem habilidade necessria. O corpo e amente deveriam ser treinados para movimentarem-se como um s. Assimconseguia saltar vrias vezes no ar, depois de vrios saltos mortais, apoiava-menos ps ou nas mos para destruir o adversrio. Tornei-me uma expert nomanuseio de facas, tchacos, espadas, revlveres, arcos e flechas, estrelas e muitasoutras armas orientais que no so muito bem conhecidas nos EUA. Todos osmembros recebiam esse mesmo treinamento tanto os de posio superior, comoos de inferior. Esses ltimos eram usados como seguranas, assassinos, etc.

    Aprendi muito sobre Satans e quase tudo sobre suas mentiras. Ensinaram-me a respeito do poderdele, como me amava e que eu fora rejeitada porDeus, edentre tantas mulheres, a escolhida para ser a sacerdotisa superior. As Irms daLuz falaram-me muito sobre a oportunidade de tornar-me a Noiva Regional deSat.

    Em qualquer poca existem de cinco a dez Noivas Regionais de Sat nosEstados Unidos. uma posio de grande honra e poder. As Irms da Luzdisseram que estavam convencidas de que eu tinha condies para chegara essaposio. Falavam, constantemente, dos benefcios que receberia ao atingi-la.Ento, determinei que aconseguiria.

    O primeiro demnio que vira, foi na primeira cerimnia em que assinara opacto, j o segundo, foi o primeiro que eu invoquei. Logo que executei oencantamento necessrio, ele apareceu em uma nuvem de fumaa que cheirava aenxofre. Todo o ritualfora rigorosamente elaborado, passo a passo, e novamente,l estava ele numa forma fsica. Era enorme, quase trs metros de altura. O seucorpo parecia com o de um homem, s que um pouco diferente, era todo preto. Jsabamos que era da classe dos Guerreiros Negros. Seus olhos eram vermelhoscomo fogo, as mos enormes e a armadura que possua era a prpria pele, queparecia um tipo de casco de tartaruga, e era negra e cheia de escamas duras. Cadauma com aproximadamente dezesseis centmetros quadrados. Sabia que era um

  • demnio poderoso e o invocaras paracertificar-me que podiafaz-lo.

    Estando ele parado e olhando-me fixamente, disse-lhe que eu era aescolhida. A resposta veio pronta: Sei quem voc e tambm que estou aquipara proteg-la por todo o tempo em que voc servir ao todo-poderoso, Satans,nosso deus e senhor. O nome dele era Ri-Chan. Lutou muito por mim. Noentanto, quando desobedeciaaSat, erapunidaporele.

    Depois disso, passei a ver e conversar com muitos demnios. Minhahabilidade cresceu para ver o mundo espiritual. Era capaz de conversar com osdemnios mesmo que no se manifestassem fisicamente. Raramente, pedia-ospara aparecerem, exceto quando queria impressionar ou atemorizar algum naseita.

    Mann-Chan foi o outro demnio poderoso que convoquei durante uma dassesses do meu treinamento na casa da sacerdotisa superior. Ela disse que euchegara ao ponto em que deveria aprendera fazerum encantamento especial, nofiquei sabendo o propsito, e, tambm, no perguntei, j que aquele era um diasolene, devido aos preparativos. Minha primeira ao foi desenhara giz no choum grande pentagrama e depois um crculo ao redor do mesmo (o propsito docrculo manter o demnio convocado dentro do mesmo, a no ser que lhe sejadada a permisso para sair. Supe-se que o crculo protege a bruxa quando odemnio chega. Na realidade, eles fazem muito mais do que pedido. Por isso,rapidamente aprendi a convocarsomente os demnios mais fracos do que os queme protegiam). Coloquei, cuidadosamente, as velas pretas nas pontas da estrela easeguirumabem maiorno centro. Ao todo, seis. Umamesacom um prato quentefora colocado prximo ao pentagrama. Do mesmo modo, uma chaleira preparadaanteriormente pela sacerdotisa superior, estava cheia de uma gua benta eprofanada. benta para os catlicos, porque o sacerdote urinara dentro dela.Levaram, tambm, um cachorro e o mataram. Puseram o sangue em uma jarraespecialque depois foi dada a mim, para levar casa da sacerdotisa superior. Eladeu-me, ento, p e ervas. A gua na chaleira chegara a ferver no prato quentepouco antes que eu comeasse o encantamento.

    No fiz perguntas, apenas obedeci s instrues da sacerdotisa ao p daletra. Assentei ao cho e fixei o olhar na vela preta ao centro do pentagrama ecomecei a murmurar: Oh grande Sat, poderoso criadordo universo, imploro-te,d-me um demnio para guiar-me e serluz na minha vida. Que ele me d toda asabedoria e conhecimento. Meu amado senhor, atenda ao meu pedido! Naqueleinstante asacerdotisafalou o nome Mann-Chan paramim.

    Falei: Mann-Chan, voc bem-vindo ao meu corpo, peo que saia do seuesconderijo. Tomei o p, as ervas, o sangue e os coloquei dentro da chaleira. Ovapor imediatamente cobriu a sala e sentimos um odor repugnante. Pequei umcopo-de-p, enchi-o com o lquido da chaleira, coloquei-o cuidadosamente na

  • mesa e esperei. Pouco depois de cinco minutos o lquido se transformara em p.Peguei o copo e atirei o p nabandeiradavelaenorme no centro do pentagrama.

    Instantes depois, uma bandeira enorme surgiu, e a vela desaparecera emmeio aumaluz brancaofuscante. medidaem que aintensidade daluz diminua,podia ver a figura inacreditvel de um homem jovem e elegante, seus cabeloseram negros como carvo e seus olhos negros penetrantes irradiavam inteligncia.Ajoelhei-me ao lado do pentagrama e com um trapo apaguei o desenho paraformarum atalho.

    O homem que era, na verdade, o demnio Mann-Chan veio para fora dopentagrama atravs do atalho que eu fizera. Falando perfeitamente no meuidioma, de uma maneira educada e o que parecia ser grande amor, ele disse quehabitariano meu corpo. Disse que ningum iriame machucar. Ele me dariatodo oconhecimento e sabedoria e seria meu professor e guia. Denominou-se oredentor. Consenti, muito mais enlevada pela beleza da fisionomia dele. Assim,aproximou-se para entrar. No entanto pouco antes de faz-lo transformou-se daforma humana para a demonaca que era: horrenda! Estava nu. O rosto mudarada beleza para a crueldade. O brilho negro dos cabelos transformara-se em umcastanho opaco. Os fios ficaram speros, esparsados e curtos, iguais aos de umporco espinho. Os olhos incrivelmente escuros e maus. A boca aberta exibia aspresas longas, afiadas e de um amarelo encardido. Os braos longos e as moscurtas com dedos de unhas grandes e pontiagudas. Ouvi uma gargalhada detriunfo enquanto ele entrava no meu corpo. Soltei um grito agudo, primeiro pelaviso dele e depois por sua entrada. A dor que senti era totalmente nova. Eracomo se meu corpo estivesse em chamas. Senti como se estivesse morrendo, e detodo corao, eu desejei que fosse verdade. Ri-Chan manifestou-se ao ouvirmeugrito.

    Pensou que talvez eu estivesse sendo atacada. No entanto, Mann-Chanfalou-lhe que ele no precisava se preocupar. Quando a dor passou Mann-Chandisse que tudo fora uma pequena demonstrao do que me aconteceria se eu odesobedecesse e que tambm servia para lembrar-me de que me possura paraficar, e, no mais, nada e nem ningum poderiafaz-lo sair!

    Ele passara, ento, a ser o principal demnio em mim. Comunicavacomigo, colocando pensamentos diretamente na minha mente. E eu comunicavacom ele ora em voz audvel, ora com o esprito. Na verdade, eu no constataraque ele no podia lermeus pensamentos. Ele controlava-me e abria as portas paraos outros irem e virem quando quisessem e quando eu desejasse. Minha vidaestavacentradanele, todos os meus esforos estavam concentrados em domin-lo,porm, era o inverso que acontecia. Com freqncia, me deixava inconsciente econtrolava meu corpo por completo, usando-o e falando atravs da minha boca.Controlava at o que comia, o tanto que dormia, a maneira como executava meu

  • trabalho e at as pessoas com quem me relacionava. Tudo naminhavida.

    Ele me ensinou como usar os demnios na guerra espiritual, e a maneiracomo poderia aproveit-los para fortalecer meu corpo espiritual, o modo de us-los nos rituais para prejudicar os outros, as bruxas, as igrejas e at mesmo osministros do evangelho de Jesus Cristo. Deu-me habilidade para falar muitaslnguas e tambm paraandare falarcom grande autoridade e poder.

    Entretanto, ele no eraaluz que prometerae nem possuao amore abelezaque vira nele. Era maligno e consumia a minha alma e o meu corpo. Por noparticipar e nem apoiar os sacrifcios humanos, ele me causava enorme dor esofrimento. A minha vida era um pesadelo sem fim. Minha existncia era dbia,fira, ao mesmo tempo, membro de uma seita satnica e freqentava uma igrejacrist onde ensinava, cantava e participava de inmeras atividades. Estavadespedaadae completamente presa.

    Comecei a lutar contra muitas bruxas. A batalha acontece de diversosmodos. O mais comum a bruxa mais forte chamaros demnios da bruxa fraca,resultando na destruio desta ltima, porque ela fica sem defesa. Os demniosno so leais, eles sempre vo para a pessoa mais forte. O reino maligno regidopela competio. o oposto do reino de Deus onde as pessoas servem umas soutras.

    A batalha, raramente acontece no plano fsico, embora as bruxas usem osdemnios para destrurem o corpo da perdedora. Em particular, havia uma bruxaque me atacara, o seu nome era Sarah. Tentei explicar-lhe que se ela no medeixasse eu a destruiria. Ela no acreditou e comeamos uma batalha ferrenha. Oque presenciei foi horrendo: eu a vi enfraquecer-se, medida em que invocava osdemnios dela para entrarem em mim. No comeo eles revidaram e senti meucorpo atirado contra a parede e minha garganta estrangulada sem qualquer sinalvisvelde mos. Agora, o que ela presenciou foram muitos demnios, entre elesMann-Chan e Ri-Chan, atirarem-se contra ela. Comearam a rasgar-lhe o corpo.Finalmente ela constatou que eu era a escolhida e logo me tornaria a sacerdotisasuperior e que ela perdera a batalha. Ela queria viver e eu agradeo a Deus porisso.

    Como resultado dos ferimentos da batalha, ela foi parar no hospital. Anosmais tarde, disse-me que fora durante o perodo de internao, que ela aceitara aJesus como Senhor e Salvador e que passara a viver completamente para Ele.Foratotalmente transformada, e acredite-me, amudanafoi linda.

    O primeiro encontro com Sat aconteceu pouco antes da cerimnia em queeu me tornaria uma sacerdotisa superior. Ele veio at a mim num corpo fsico,assentou-se e comeou a falar. Disse que eu seria sua sacerdotisa superior e queera muito especial para ele. De acordo com ele, seria necessrio um sacrifcio,

  • mais sangue derramado para a minha purificao, s assim eu me tomaria suasacerdotisa. Odiava aquilo, mas fiquei aliviada ao saber que o que seriasacrificado eraum animal.

    O que vi era um homem extremamente elegante, esplendoroso, alegre ebrilhante. Parecia que me amava muito e que jamais me causaria qualquerdano.Mann-Chan e Ri-Chan no deram qualquer indicao de perigo. Estava pordemais ansiosa por aquele ritual. Queria que ele voltasse. Tinha dentro de mimuma profunda necessidade dele. Pela primeira vez sentira-me verdadeiramenteamada. Como eu estava errada! Ele me odiava e sua inteno era apenas usar omeu corpo paraproveito prprio e depois destruir-me.

    Freqentei as reunies regularmente durante os dois anos do meutreinamento. Elas aconteciam em celeiros, igrejas, casas, alojamentos, qualquerlugar. Certa vez, quando Satans estava presente, senti-me mais e mais atrada aele, iguala uma mariposa poruma lmpada. Ele sabia o que estava acontecendo eque me fisgaracompletamente.

    Pouco antes de tornar-me uma sacerdotisa superior, presenciei, pelaprimeira vez, um sacrifcio humano. Estvamos num celeiro. ramos cerca demil. A vtima, eraum pequeno beb. A me o entregara, pensando serumagrandehonra. O desaparecimento dele e de outros bebs no era investigado pela lei.Filhos ilegtimos, nascidos em casa no eram registrados e as mes sequerfaziamo pr-natal.

    O beb (uma menina), fora amarrado a um altarde pedras que ficava sobreuma espcie de cruz de cabea para baixo. Jamais esquecerei o som terrvel deseus gritos quando a sacerdotisa superiorenfiou-lhe a faca no peito arrancando ocorao que ainda pulsava. O sangue dela foi bebido primeiro pelo sacerdotesuperior e depois pela sacerdotisa. Os outros membros que desejassem podiamfaz-lo tambm. Muitos fizeram, no apenas para receberem novos e fortesdemnios, mas tambm por acreditarem que aqueles sacrifcios favoreceriam afertilidade e os filhos que nascessem seriam inteligentes e poderosos nosatanismo.

    No consegui irembora, estavapresanamultido. O horrorse apoderarademim assim como o vazio e o desespero. Perguntava a mim mesma porque Satansquisera talsacrifcio. No era o sangue de Cristo suficiente? Tnhamos aprendidosobre a derrota de Cristo na cruz e que seu sacrifcio fora o ltimo para Sat. Sque eu, ainda, aprenderiaque o desejo dele porsangue e destruio erainsacivel.

    A minha ltima batalha com a sacerdotisa superior foi aprovadadiretamente porSatans. Aconteceu na igreja onde eu encontrara as Irms da Luzpela primeira vez. Ele, com um simples aceno de cabea, deu-me permisso paracomear. A batalha foi curta, durou apenas vintes minutos. Ela estava velha e eu

  • no queriamat-laporque avida muito importante paramim. Eladesistiu, assimque constatou que estavafracademais paralutar. No ano seguinte suicidou-se.

    Chegou o dia da cerimnia em que me tornaria a sacerdotisa superior. Osacrifcio com o sangue j fora feito. Estava de frente para todos na igreja.Estavam presentes muitas pessoas e o prprio Sat. Era um ritualimportantssimo, os enfeites da tnica branca que eu vestia eram dourados evermelhos. Puseram uma coroa de ouro puro sobre minha cabea e, ento, assineium novo pacto declarando ser a sacerdotisa superior de Satans. No se ouviasequer um som enquanto eu punha meu nome no papel. A sacerdotisa superior,depois do consentimento dele, levantou-se para declarar que eu era, agora, asubstituta. Declarou tambm que eu no poderia ser molestada por demnios,sacerdotes e sacerdotisas, bruxas ou quem quer que fosse, porque era AEscolhida. A multido parecia extasiada. Gritava, cantava e danava. O prprioSat em sua forma fsica parecia estar jubilante. Vestido de um brancoesplendoroso, ele emanavagrande autoridade.

    A congregao curvou-se em louvor a mim, a grande rainha, a rainha deSatans senhor todo-poderoso. Estava do lado dele para sempre comunicando-lhes suas ordens e desejos. Senti-me, pela primeira vez na vida, verdadeiramenteaceita. Estava enlevada, orgulhosa e muito, muito poderosa a ponto de pensarquenem mesmo ele poderiadestruir-me.

    Estava sobre o altarde pedras. Minhas roupas foram retiradas e Satans fezsexo comigo para provarque eu era a sua sacerdotisa (no s ele, mas tambm osacerdote superior e muitos outros fizeram o mesmo comigo). A congregaoenlouqueceu, muitos eram viciados em drogas e lcoole a reunio tornou-se umaorgia sexual. Satans soltou uma gargalhada de triunfo que eu nunca ouvira emtoda vida. Meu corpo tornou-se frio e rgido. No me recordo de haver sentidotanta culpa, dor e sofrimento. O vazio e a frieza que senti aquela noite eu nuncaesquecerei.

    Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhesnasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas doshomens eram formosas, tomaram para si mulheres, asque, entre todas, mais lhes agradaram.. Ora naqueletempo havia gigantes na terra; e tambm depois, quandoos filhos de Deus possuram as filhas dos homens, asquais lhes deram filhos;... (Gn 6.1,2 e 4).

  • 5. VIVENDO COMO UMA SACERDOTISA

    SUPERIOR

    Elaine:Logo que assumi meus deveres de sacerdotisa superior de uma influente

    Assemblia, passei a termuitos privilgios assim como conflitos. Os atritos comSatans e os outros membros da seita, eram porque eles faziam coisas que eurecusavaafazerou at mesmo envolver-me.

    Minha maior responsabilidade era trabalhar com o sacerdote superior daorganizao para planejarmos as reunies mensais. Essas reunies aconteciamduas vezes por ms e em extremo sigilo. O sacerdote e eu, nos encontrvamoscom as treze bruxas e os treze feiticeiros daAssembliae assentvamos formandoum Conselho. Esse contato era feito numa casa rica e espaosa onde havia umamesaenorme com lugarparatodos.

    O sacerdote superior e eu, assentvamos cabeceira da mesa, de um ladoficavam as treze bruxas e do outro os treze feiticeiros em ordem de importncia,listavam presentes outros que ns considervamos indesejveis. Eram conhecidoscomo lobisomens e estavam sempre carrancudos, eram observadores eameaadores, e ficavam sob a forma humana at Sat ordenar a mudana. Apresena deles, era de carter disciplinado. No tocvamos neles e nemdialogvamos com eles. Pertenciam exclusivamente a Satans. Ns os temamos eos detestvamos. Ora exerciam a funo de guardas, ora a de disciplinadoresusados pelo diabo e seus anjos com o propsito de correo para a obedincia sordens dadas.

    O Conselho planejava os encontros e se encarregava dos negcios daAssemblia. As ordens eram dadas diretamente por Sat ao sacerdote e sacerdotisa ou atravs dos demnios neles. Sempre planejvamos dramticos eexcitantes encontros sem deixarde certificarde que teramos lcoole drogas. Euno usava drogas ou bebidas. Elas eram levadas reunio por membros da seitaenvolvidos com o vcio. Eu no me envolvera e nunca me envolveria naquelesnegcios. Os membros de posio superior como a minha, tomavam muitocuidado para no se meterem em negcios que despertassem o interesse da lei.Tampouco se drogavam ou ficavam ligados, estvamos sempre sbrios porquesabamos que os outros desejavam as nossas posies.

    Encontrvamos, tambm, com autoridades de outros grupos de ocultismo.Existem muitos que no fazem parte da Irmandade e to pouco sabem respeitodamesma. Mas, eles so cuidadosamente vigiados e controlados porela.

  • Decididamente, eu me recusava a participar dos sacrifcios de animais ouhumanos. Isso no era problema, porque muitos queriam faz-lo, mas devido minha teimosia eu era com freqncia castigada severamente por Sat e seusdemnios. Os outros membros no podiam aproximar-se de mim por causa dopoder. Ento, a punio era aplicada porSat e seus demnios. Torturaram o meucorpo com muitas doenas, entre elas, o cncer com todos os horrores daquimioterapia. Mesmo assim, eu me recusava, simplesmente no era capaz detiraravidade algum.

    Jovem, por favor oua-me! Qualquer envolvimento com o ocultismo novale a pena. No se consegue sairdele facilmente. Satans pode fazercom voc omesmo que fez a mim, ou pior. Oro, diariamente, para que Deus possa mostrar-lhe que possvela libertao. Sat no pode ret-lo mesmo que tenha assinadoqualquer pacto. O mesmo pode ser desfeito pelo sangue de Jesus Cristo. Vocpode se tornar livre no instante em que pedir a Jesus para entrar em sua vida,perdoartodos os seus pecados e se tornarseu Senhor, Salvadore Mestre. Satanstrabalharsempre paraasuadestruio. No entanto, Jesus querdaravoc, vida!

    Eu me divertia a valer em alguns encontros, algumas vezes nosajuntvamos para conversare jogar, exibindo nossos poderes. Acenderuma velado outro lado da sala, por exemplo, sem sequer tocar nela era apenas uma dasdiverses. Viajei diversas vezes para a Califrnia para participar de jogos econvenes. Realmente eu gostavadisso.

    Viajei em um jato particular para uma rea restrita, perto da cidade onde,pela primeira vez, eu tivera contato com a seita. Ningum fora da seita e poucosdentro dela sabem da localizao. Fica muito bem guardada e fortemente armada.Normalmente, eu era apanhada pelo sacerdote superior e acompanhada poralgumas bruxas e bruxos. Foi um grande encontro. O propsito erao de trocarmosIdia e competirmos para verquem era o mais forte. Eu me sobressai tanto nessascompeties, que ocupei a posio de Noiva Regional de Sat no ConselhoRegional. E, finalmente, o ttulo mximo de Noiva de Sat por todo os EstadosUnidos.

    A estadia era semanal e as conferncias aconteciam, sempre, antes doBlack Sabbath (reunio de bruxos e bruxas no sbado meia-noite, presididapor Satans), e celebrado no final da semana da pscoa. Eu sempre achava umadesculpa para retornarpara casa antes dessa celebrao. Fomos a um lugarmuitoespecial que fica nas montanhas da Califrnia, fora de Los Angeles. L, existeuma manso construda especialmente para a seita. Suponho que ela tenha trintadormitrios ou mais. As janelas de vidro e ao inoxidvel, tm smbolosdemonacos do ocultismo. Dentro, uma exuberante moblia e uma enorme sala dejantar acoplada a um salo de baile, no deixando de mencionar as piscinas,quadras de tnis, golfe etc.

  • Parece uma casa de campo para milionrios, possui trs pores comenormes galerias subterrneas contendo bibliotecas de assuntos e histrias antigasdo ocultismo. Nessas galerias podem ser encontradas moedas de todos os pasesdo mundo, alm de ouro e prata. Todaarea escondidasob umadensaflorestaefirmemente guardadatanto em terracomo pelo ar.

    Minha ltima viagem quele lugarfoi marcada poruma intensa competioque eu jamais experimentara. Na ocasio eu ostentava o ttulo mximo de Noivano pas. Era uma competio internacional, o lder era um sacerdote superiordiferente dos outros que j haviam passado porl, era alto, elegante e sinistro. Noentanto, possua um poder de mau agouro que o tornara medonho e antiptico atodos. Conduziu a competio, e obviamente, no se preocupava se algummorresse ao falhar em fazer o que fosse pedido. Seus olhos negros e mauhumorados faziam gelarquem querque fosse at os ossos. Era rigoroso, e eu fiz omelhor que pude para evit-lo. A competio consistia em aumentar o grau dedificuldade nas tarefas para exibiro poderdos competidores. Lembro-me que, emum determinado momento, eu deveria mudar, com um gesto de meus dedos, aforma de um gato para um coelho e vice-versa. As mudanas eram efetuadas sobos poderes demonacos resultando na morte imediata dos animais. No ltimo dias eu ainda no tinha competido mas, mesmo assim, o sacerdote superiorcontinuava a impelir-me e no tive escolha a no seratenderaos desejos dele. Oincidente posteriorpoderiaterme matado se os demnios no fossem poderosos osuficiente.

    Fizeram-me ficar de p, parada, numa distncia de frente para um homemque segurava uma magnum 357. Passei minha mo na frente do meu corpoinvocando os demnios e coloquei-os de modo que formassem um escudo.Instantes depois o homem disparou seis tiros em mim. No seria possvelerrardeto perto.

    No entanto, o escudo formado pelos demnios era to forte que nem preciso dizerque as balas caram no cho ameus ps. Fui aclamadae honradaporvenceracompetio.

    Colocaram-me um coroa de ouro na cabea e meus companheiros na seitase inclinaram e me prestaram homenagens. Fui tratada igual a uma rainha pelorestante da estadia. Deram-me belssimas roupas, quaisquer que quisesse,banharam-me, pentearam os meus cabelos e me calaram. Nas festas eu estavasempre acompanhada de um homem elegante que era tambm meu guarda-costas.Fomos na maioria dos restaurantes elitizados em Los Angeles, e o meuacompanhante sempre experimentava a minha comida para assegurar-me de queno estivesse envenenada. Tambm surfamos e cavalgamos. Aos membros noerapermitido lutarem entre si durante a ocasio porque foraconsideradatempo delouvor a Satans. Orgulhei-me muito daquele tempo. Mas, logo o Senhor

  • humilhou-me.

    Foi durante a minha ltima visita Califrnia que um incidente mecolocaria no caminho para aceitar a Cristo. Comecei a questionar o porqu deSatans exigir ser mais poderoso d