88705690 pinto ildete oliveira o livro manual de preparacao e revisao
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DEDALUS - Acervo - FFLCH-GE
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21100001131
EDITORA:
SandraAlmeida
ASSISTENTE EDITORIAL:
Sueli Campopiano
PRODUO GRFICA:
Milton Takeda
Nanci Y. Nichi
Tomiko Chiyo SuguitaMatilde N. Ezawa
CAPA:
Paulo Cesar Pereira
COMPOSIO:
Diarte Ed. e ComI. de Livros Ltda.
FOTOS:
Fbio Carvalho
OSeO!!L!!!"'1ClFONE 447-EUS11
ISBN 85 08 04486 O
1993
Todos os direitosreservados
EditoraticaS.A.
Rua Barode 19uape,110- CEP 01507-900- Te!': PABX (011)278-9322
Caixa Postal8656- End. Telegrfico"Bomlivro" - Fax: (011)27H146
SoPaulo (SP)
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Cf;f!:mgeral,poucosesabesobreo quesepassaentreaentregade um originalpelo autore o livro pronto. Acredita-seque aeditorasimplesmenteprovidenciaa impressodeum original,transformando-oem livro.
Na verdade,o texto,antesdaimpresso,percorreumlongotrajeto,quecomeana ediodo original, faseemquesepro-pemmudanas,acrscimosecortes,apartirdediscussescomo autor.
Segue-sea fasedepreparao,emqueo originalsubme-tido aum tratamentoqueo aperfeioano queserefereformae ao contedo.
Quanto forma,procura-sepadronizaro textodeacordocomasnormasdaeditora,almdelimp-Iodasincorreesgra-maticais.O textopadronizadoecorretoo resultadodessetra-balho atencioso.
Quantoaocontedo,trata-sedeeliminarerros,evitarin-coernciase atabsurdosquequalquerautor,por melhorqueseja, comete.
Essetrabalh(yespecializado feit9'na Editoratica, poruma equipede preparadoresde texto,e resultaRa qualidadehoje amplamentereconhecidapor todosaquelesquelemumlivro com o selotica.
IldeteOliveiraPintofoiporvriosanospreparadordetexto,funoqueexerceucomrara competncia.Estaobra, nascidadessavivncia,expeastcnicase normasdepreparaoe re-viso,orientandoaquelesquetrabalhamou pretendemtraba-lhar em editoraode texto.
Nossoobjetivoaopublicarestemanualcolocara tcnicada preparaoe da revisodelivrosnasmosdaquelesquedeumaformaou deoutraestopreocupadoscomaqualidadedostextospublicados.
JosBantimDuarteDiretorEditorial
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SUMRIO o
INTRODUO _
1 Procedimentosgerais de preparao _
2 As imagensdo texto _
3 Seesdo texto _
4 Formas do discurso _
5 Iniciais maisculas _
6 Iniciais minsculas----------------
7 Nomes prprios _
8 Numerais ------------------
9 Diviso silbica ~
10 Abreviaturas, siglase smbolos------------
11 Citaes ~
12 Notas _
13 ' Refernciasbibliogrficas e bibliografia --------
14 Padres complementares_-----------
15 O processode reviso de provas ----------
16 A estruturado livro impresso _
APNDICES _
1 Principais smbolos e sinais usados na reviso e marcao de
orlglnOls _
2 Principaissmbolose sinais usados na reviso de provas -~
3 Principais abreviaturase termos usadosem bibliologia ---
4 Abreviaturas dos nomesdos meses---------
5 Alfabeto grego _
6 Vocabulrio onomstico------------~
NDICE ANAlTICO . _
BIBLIOGRAFIA _
571
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44
57
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inegvela liberdadedeexpressodo autorparaconstruirsuamensagem,emborasvezeselesepreocupemaiscomo con-tedodoquecoma forma.A forma,por suavez,toimportan-tequantoo contedo,masparadoxalmente tal suaimportnciaqueelatemdeestarlatentee nointerferirno contedo- a noserqueformae contedosefundame constituama essnciadaprpriamensagem,o contedo.
Essafuso comumquandosejoga compalavrasou quan-do seinstauraum momentode rupturacompadresestabeleci-dos, caracterizando-seo processode criaoliterria.
Na mensagemdidtica,tcnica,cientficaedeinformaogeralimpe-se,porm,umanormalizaotextualqueevitea lnguadeBabel,quefaacomquea mensagemflua tranqilamente,semtensesou contradies.
Emborao estilopertenaao autor,coma liberdadequeeletemdeconstruirsuamensagem,a editorapode- e deve- in-tervirno seutexto,e o fazcomo seuplenoconsendmento,paragarantira correoea clarezadainformaoea qualidadedapu-blicao.Paraconseguirisso,svezes,chegamesmoa modificara estruturade um livro.
Por conterelementosqueseinterpemnessaatuao,pode-sedizerqueestelivro um manualde estilo,cujapreocupaomaiorsistematizarasnormaseditoriaisaplicveiscommaiorfre-qncia,sema pretensode serexaustivo.
Em setratandodenormas,ouregras,existeo riscodeo ape-lo limitadoa elasnopermitirquesejamconsideradasasexceespossveis.Paraevitarisso,porm, fundamentalo discernimentodosprofissionaisda editoraemno ir de encontro liberdade
de criao,quandoo autorprocuraformasdiscrepantesparadi-vulgarsuamensagem,infringindoconscientementeasregrasesta-belecidas.
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6 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO
o originale a editoraoIntroduo
Principais formos de apresentao dos originais
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... r
Int. 4.
e a idade
~ ,;T ,;
Avisar; lembrar. -to' ~-
Estouvado; estabanado .
2. Abrandar. -+- ~ ~
Substncia que serve para adoar,
est na adol,escncia.2. (O) que
2. (fig.) Abrandar; suavizar. -Jt1' adoado
cru, seco ao sol.
ainda no alcanou pleao de8envolv~mento; jovem.
~ v.int. Ficar doente.-ti- ~ ~
~'~ 1. Renderculto a (divindade). 2. Amaremextremo.....~
'~~;~~;~~e~
~ adj. 1. Digno de ser adorado. 2. Encantador.
Laudo
Numere as laudas consecutivamente,a partir das pginaspr-textuais(v. p. 137). Sobreponha um asterisco aonmeroda ltima lauda - por exemplo: 325*. Se houverinsero posterior de uma ou mais laudas, numere-ascom omesmonmeroda lauda anterior seguido das letras o, b, c,... - por exemplo, 520,52b,52c, ... - e indique, nalauda anterior, que, conforme o exemplo, "segue 52a" ou"h 52a" e, na lauda 52a, que "segue 52b", e assim pordiante.
Com esse procedimentotradicional procura-se controlartodas as laudas dos originais, sem que seja precisorenumer-Iasdesde a primeira insero. Mas, se voctrabalha com um microcomputador,ele poder fazer issoautomaticamente,repaginando o documento.
O texto deve ser datilografado dentro do campoapropriado da lauda. O original apresentado em papelcomum, do tipo sulfite,deve ser datilografado apenas emum lado da folha e em espao duplo.
OriginalOriginal todomaterialentreguepeloautoreditoraque
resultarnolivro.Podeserum simplesmanuscrito,masaceit-Iodestaformadependedaconveninciadaeditora,poispodeocor-rer quea ilegibilidadedaescritacomprometao fluxodeprodu-o.A formamaistradicionaldeapresentaodo originaltemsidoa do textodatilografado,emlaudasapropriadasou emfo-lhasdepapelcomum.Com a penetraodosmicrocomputado-res, comumo original chegar editoraem folhasimpressaspor essemecanismo,e tambmno novidadeo autorentre-garo textoemdisquetes- dispositivosque,emnossocaso,con-tmo textogravado.
Para situardevidamentea abrangnciadasquestesespe-cficasdestemanual, necessrioantesapresentarosconceitosdeoriginal e deeditorao,para quepropiciemumaviso,senototal,aomenosparcialdo processodeediodeum livro.
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10 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO
As atividadesrelativas adequaodotextoquedizemres-peito organizao,normalizaoe revisodos originaissochamadasdepreparao.(A revisodeoriginaisocorreantesdacomposio,e a revisode provassed na faseindustrial,ouseja,depoisdeo textotersidocompostoeantesdeserimpressofinalmente- v. p. 125.)
aprofissionalencarregadodeexecutaressaadequaochamadoaqui genericamentede preparadorde texto.
PROCEDE
SG E RA I SRACO.
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Faa tinta, com legibilidade, as emendas, ou correes,definitivas.Marcaes a lpis no devem ser compostas oudigitadas, servemapendS de orientao arte, composio ou reviso. Trabalhando commicrocomputador,utilize o recurso conhecido como "marcasde reviso" para assinalar modificaes provisrias notexto.
Ao p da letra,normalizao,ou padronizao, a aplica-odenormaslingsticase editoriaisaotexto.Com elatodosstma ganhar.Ganhamautores,editorese demaisprofissio-naisenvolvidoscomo livro,poisencontramaumpontodeapoioqueorientae facilitao trabalho.Ganha a prpria publicao,contandocom uma apresentaoracionale uniforme. Ganhao leitor, que podeutilizar melhora obra.
o texto deve apresentar exatido nas informaeshistricasou factuais, nas datas, nos nmeros,nos nomesdepessoas e de coisas, bem como nas citaes de qualquertipo: de lngua portuguesa ou estrangeira, de textosarcaicos cuia fidelidade ortogrfica precise ser mantido, detextos legais, etc.
a editorfaz a apresentaodo textoao preparadore lhedalgumasrecomendaes.Mas notudo.apreparador,en-to, partepara conhec-Iomelhor. uma relaode namoroqueprincipia.a textocomeaa serevelaraosolhosdo prepa-radore a lhe sugeriro quefazerparaconquist-Io.Mas o pre-paradoraindatemdebuscarinformaescomplementaresso-breo autor- seviveou no, seuestilo- ediscernira nature-zaou o tipodapublicao,paraemseguidadelimitarou esten-der seucampode ao.
Malgradotodososesforos,nohtextosemerros,desdeos originaisato livro impresso.Mas, paraminimizar isso,precisoquequalqueroriginalsejasubmetidopelomenosaumacorreoortogrficae de sintaxe. "
Dependendoda "lente" dequeo preparadorpossalanarmoparaexaminarosoriginais,seuuniversodeatuaopodesetornar bemcomplexo.E, quantomais respostasofereceraessacomplexidadedecoisas,maisestarhabilitando-sea reali-zar um bom trabalho.
Em princpio, o textode autorj falecido inaltervel.Eventuaismodificaessodecididaspelo editor.
a autorvivo o rbitropor excelnciadasquestessusci-tadasemsuaobra. Seutextosujeita-seaospadresda editora,maselepodeedevedefendera integridadedeseusescritos,sem-pre quefor necessrio.Autoresh quejulgam seutextoperfei-toedefinitivo;outrosreconhecemacolaboraoquesepossadar.
Estilo a maneirapeculiarde o autorexprimir seuspen-samentos.Soimprevisveisosrecursosdequeelepodeseva-ler paraconseguirefeitosexpressivos,como,porexemplo,o em-pregodeum tempoverbalpor outro, a mudanada formade
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12 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO 1 - Procedimentosgerais de preparao 13
tratamentoparaindicaralteraodeestadospsicolgicosdeper-sonagens,a concordnciaideolgica,o infinitivoflexionadopararessaltarapessoasobrea ao,asfiguras'depalavrasedecons-truo,etc.Interferirnessesrecursossemperceberasintenesdo autor deturpar-lheo escrito.
A liberdadedo autorem romperpadres praticamenteilimitada,masissono motivosuficientepara que seutextonosejarevisadocomrigor, mesmoquesetratedetextodena-turezaliterria. ilustrativadessaatuaoa seguintepassagemdeAntnioHouaisssobreumepisdiodaediodaobradeGui-maresRosa:
... desdeSagarana,e da para diantecadavez maisobsessivamente,os textoseramrespeitadospassivamentepelo impressortal comoestavam.Orevisor timidamenteperguntavaa ele, s vezes,seessez era assimmesmo(porqueele trocavas por z) ou seessej por g deveriapermanecer.Geralmente,eledavaum sorrisinhoe dizia: "Pode corrigir"!.
Os textosdidticos,cientficose afinsdevemsersubmeti-dosao rigor da normalizaoe sofrerasalteraesnecessriascomvistas coerncia,clarezae correoda informao.Paratanto, estemanual um livro aberto.
Alm dosassuntosprpriosdoscaptulossubseqentes,en-tre o mais que sefizer necessrio,observe:
A ortografia
Os principaiscnonesortogrficosda lngua portuguesasoo Vocabulrioortogrficodalnguaportuguesa(V 01p), daAcade-mia Brasileirade Letras, o Novo dicionrioda lnguaportuguesa,deAurlio BuarquedeHolanda Ferreira,e o Dicionriocontem-
1 "Preparaodeoriginais- I", emAlusioMagalhesetalii, Editorl]fo hoje, 2.ed.,Rio deJaneiro, FundaoGetlioVargas,1981,p. 53.
porneoda lnguaportuguesa,deCaldasAulete. Nem sempre,po-rm, bastaconferira grafiade palavrasno Volp ou constataro registrodestaou daquelaformanos dicionrios.Por exem-plo, noVolp osvocbulosobra-de-arteesenhor-de-engenhosocon-signadosapenascomhifens,masno existemali significados.Entoprecisoconsultarosdicionrios- eler asacepesdosverbetes- parasaberqueobra-de-artea "designaotradicio-nal de estruturastais comobueiros,pontes,viadutos,tneis,muros de arrimo, etc., necessrias construode estradas"e que obradearte a "obra produzidasegundoo conceitodearte,especialmentea quetidacomodeboaqualidade"; quesenhor-de-engenhoo mero,i.e., "peixetelesteo,percomorfo,dafamliadosserrandeos"e quesenhordeengenho o "propriet-rio de engenhode acar".
A AcademiaBrasileiradeLetrasmantmumbancodeda-
dosqueforneceo significadodosvocbulosconstantesno V olp.Qualquer mortalpoderter acessoa essebancopelo telefone(0121)262-1313.
Formas optativas
As palavrascommaisdeum registrolingstico(porexem-plo, contactoe contato,loiroe louro,radioatividadee radiatividade... )devemtersuagrafiauniformizada,semvariaodeforma,nummesmocontexto.
A pontuao
Conheceranlisesinttica fundamentalparabempon-tuar.A pontuaocorretadasoraesadjetivas,restritivaseex-plicativas,por exemplo,denotaantesdetudoclarezada men-sagem.Alm da pontuaoordinriado texto,nodevemseresquecidososcasosespeciaisaquiexaminados,comoa pontua-onasrefernciasbibliogrficas(p. 93), nosdilogos(p. 42),nas abreviaturasem geral(p. 75) e antesde etc.(p. 119).
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14 o LIVRO: MANUAL DE PREPARAO E REVISO 1 - Procedimentosgerais de preparao 15
o vocabulrioe asrepetiesdepalavras
Um bomtextoprima-sepelaprecisovocabular.Em prin-cpio, cadapalavratemum significadoexclusivo,prprio. Umtextocrivadodepalavrasrepetidaspoderevelarpobrezadeidiasou de vocabulrio.H palavras,comoaspreposies,ascon-junes,osverbosauxiliares,quegeralmentenopermitemfugira esseesquema,pois soelosbsicosde estruturaoda fraseoudopensamentolinear.H tambmcasosemquearepetiodepalavrasnecessriaparaaclarezadoenunciado,mas,quan-doessasrepetiessetornamgratuitas,devemosapelarparaossinnimos.No havendosinnimosperfeitos,o jeito modifi-car a frasepara conseguirnova expressoda mesmaidia.
As ambigidadeseoutrosvciosdelinguagem
Palavrasouexpressesempregadasirrefletidamenteoumalcolocadaspodemobscurecera frase,dar sentidoduvidosoouprovocarfatosindesejveis,comoa ambigilidade,a cacofonia,oeco,etc.Por isso,essasconstruesdevemserevitadas,senotiverema clara intenode assimserem.
Ambigidade ou anfibologia
Ambigilidadeumafiguradelinguagemqueocorresem-prequeumaconstruosintticaapresentarmaisdeum senti-do. Em textosliterrios,podefuncionarcomorecursoestilsti-co,masnoutroscasosconstituium vciodelinguagem.A men-sagempublicitria,por suavez, lanamo amideda ambi-gidadecomorecursoeficaz,quecausaimpacto.H vriosanos,um fabricantedeazeitedeolivaanunciouem grandescartazes
derua: "A Carbonellfoi provinagre". Ora, emlinguagemco-loquial, ir pro vinagrepodesignificar"morrer", "dar-se mal"ou coisado gnero.Mas, na verdade,a indstriaqueriadizerexatamenteo contrrio:almde fabricarazeite,passoua pro-duzir vinagre.E talvezcomamesmaqualidade.E destaformaa mensagemfoi recebida.Mas, em geral,a ambigidadedeveserevitada,principalmentequandosetratarde textosdidti-cos, tcnicosou cientficos.Vejamos algunsexemplos:
Encontrei-achorando.
Aqui a ambigidadeestem saberquemchorava:elaoueu?
Conjunes,pronomese atpreposiescostumamtam-bmcausarambigidades.Cuidadocompequenaspalavrasco-moque,de,se,seu,etc.,partculasque,svezes,emprestamsen-tido obscuro frase:
A preocupaosocialestpresentena obra de AlusioAzevedo,quebuscacompreenderos elementosdeterminantesda realidadesocial.
Quembuscacompreenderoselementosdeter~inantesdarealidadesocial:Alusio ou suaobra?A ambigidadeproduzi-da pelo quepode ser desfeitapela substituiodestepronomepor o qual, a qual, conformeo caso.
A consideraodemeusamigos importantepara mim.
O que importante?Que eu considereosamigosou queosamigosmeconsiderem?A clarezadafrasepodeserdadaporuma destasconstrues:"Considerar os amigos importanteparamim" ou "Ser consideradopelosamigosimportantepa-. "ra mim.
Joo e Jos prejudicaram-se.
A fraselevaa trsinterpretaes:"Joo eJos forampre-judicados","Joo eJos seprejudicaramasimesmos"ou "Jooe Jos prejudicaram-seum ao outro"?
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16 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO 1 - Procedimentosgerais de preparao 17
Maria dissea Antnioque no trouxerao seu livro.
Nessecaso,parao devidoesclarecimento,bastasubstituir"o seulivro" po~"o livro dele" ou "o livro dela".
Cacofonia
o somdesagradvel,ou palavraobscena,resultantedajunodasslabasfinaisdeumapalavracomasslabasiniciaisde outra. bemverdadeque svezeso escrpulocomos ca-cfatossetornaexagerado.Bastaevitaraquelesqueproduzamrealmentesentidosobscenosouridculos- a sensibilidadesua.
Eis algunsexemplosdejunes de palavrasconsideradasca-cfatos:
Acercadela - boomda - ela tinha- ela trina - envie-mej - f demais- mesmamaneira- mesmamo- nossohino- nuncagasta- por cada - umaminha- ete.
Eco
Consisteo econo empregodepalavrascoma mesmater-minaoou como mesmosomfinalprximasumasdasoutras.Funcionacomorecursoestilsticona poesia,masdeveserevi-tado na prosano-ficcional:
Entoa recesso a soluopara combatera inflao?
oeconasterminaesem -mente- Quandodoisou maisad-vrbiosem -mentemodificama mesmapalavra,junta-sea ter-minaoapenasao ltimo deles:
O outro respondeu,vaga e maquinalmente:- verdade,meusenhor, verdade...
(Eade Queirs.)
No entanto,pararealara circunstncia,conserva-sea termi-naonos advrbiose omite-sea conjunoe:
O marchora,comosempre,/ongamente,monotonamente.(AugustoFredericoSchmidt.)
Concordncia
Cumprir os princpiosgramaticaisde concordncia(ver-balou nominal)bsicoparaa clarezadotexto.Um problemaquasesempreexistentea respeito a flexo(ou no)da formaverbalacompanhadada partculase.Vamos apenascomparardois exemploscom essapartcula:
No seestabeleceuquaismedidasseriamtomadas.
overbonoseflexiona,porqueo sujeitoumaorao(= qUaISmedidasseriamtomadas).
No seestabeleceramas medidasque seriamtomadas.
Mas aquio verbotemdeserflexionado,porqueo sujeitoumsubstantivono plural, "as medidas".
Uma consultasNovasliesdeanlisesinttica,deAdrianoda Gama Kury, livro publicadopelatica, podeseruma boasoluopara elucidaroutroscasos.
Regncia
A regncia,principalmenteaverbal,costumatrazermui-tasdvidas.Nestecaso, importantesaberque acepoquesequer correspondeuma regnciacorreta.O Dicionrioprticoderegnciaverbal,deCelsoPedraLuft, publicadopelatica, cons-titui nosumaboafontedeconsultapararesolveressasdifi-culdadescomotambmum registroatualizadoda lngua.
Colocao pronominal
Embora a colocaopronominalestejamuitoem funoda eufonia,i.e., do somagradvelao ouvido, recomendvelseguirospadresdanormacultadoBrasil, quesvezesseafas-tam dasnormasda gramticaportuguesa.
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18 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO
A aberturadepargrafos
2Prevenindo-secontraos saltosna composio(v. p. 127)
e nasbatidasdepargrafos- verificaoda seqnciado tex-to, quandoisso feitopelasprimeiraspalavrasde cadapar-grafo-, recomendvelqueospargrafosseqenciaisnoseiniciem com as mesmaspalavras.
Idnticoprocedimentodeveter tambmo revisorimpe-dindo o fatodesagradvelde uma ou mais linhas seguidasdacomposiocomearemou terminaremcom as mesmaspala-vras, bastandopara issopedir para recorrero texto.
A coerncia
A utilizaosistemticadeummesmocritrioparaummes-mo tipo decaso fundamentalunidade,organicidade,nosdeobrascoletivasederefernciamastambmdeobrasindi-viduais.
Novas edies
Os originais de obras reformuladasdevem ser preparados erevisados na ntegra. Aps efetuarem-seas modificaesnecessrias, todo o livro deve ser vistoriado no sentido depreservar sua inteireza e ser preparado como se fosseoriginal indito. possvel que numponto qualquer hajaremissoa alguma parte suprimida, que seja necessria umanova enumerao de coisas, que, enfim, qualquer alteraocomprometa a uniformizao existente.
AS I M .G\EiN S D OT EX T O~'~_oI~,"_I OII!.~ MiM __
Ilustraes
Ilustraessoquaisquerimagensou figurasque acom-panhamo texto,taiscomodesenhos,diagramas,esquemas,or-ganogramas,fotografias,mapas,quadros,etc.
Classificaco~Podemosorganizarasilustraesdetrsmaneirasbsicas:
agrupandotodaselassoba denominaodefiguras,comexce-oapenasdastabelas;separando-asde acordocomo tipo decadauma; ou simplesmenteinserindo-asno texto, semclas-sific-Ias.
1. Ilustraes como figuras
Chamandogenericamentedefigurasquaisquerilustraes,podemosapresent-Iasde duasformas:classificadaspor umasnumeraoconsecutivaaolongodo livro ou por umanume-raoprogressiva(v. p. 37) compostade dois indicativos.
a) Uma snumeraoaolongodolivro - Estabelecendoumanumeraonicaparatodasasilustraesdocomeoaofimdo livro, seum mapa,por exemplo,for a primeirailustra-o, elesera figura 1; um quadrocomparativo,se for asegundailustrao,sera figura 2; uma fotografiapodersera figura 3; e assimpor diante.Antesde enunciara le-gendaemsi, faa-aprecederdaindicaoFigura ou Fig. -
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20 ________________________ O~_R~~_ArJUAL OE PREPARAO E REVISO L::__~s_im-"-gensd"_text~ " _ 21
conformeo quesequeiraadotarcomopadro-, seguidado nmero seqencialde cadauma. Assim:
Fig. 23:Mapado tesouro
referirno textoa uma determinadaimagem,bastamencionara sua classificao- figura 13, quadro 5, mapa 8.1, porexemplo.
3. Ilustraessem classificao
Inseridassemnenhumaclassificao,asilustraespodemcomplementaro textointegrando-seaelecomoum seguimentoseuou apenassuplement-Io- nestecaso,socolocadasnasproximidadesdo assuntoa que se referem.
IlustmicJ_c~I"~cadana_~eqncianotexto.
Reproduzida de: VESENTINI,Jos William & VLACH,Vnia Rbia Farias.Geografiacrtica;geografia do Terceiro Mundo. So Paulo, tica, 1991.v. 4, p. 170.
b) Numeraoprogressivacompostadedoisindicativos- Nestecasoo queteremosdefatosovriasnumeraesconsecutivasquesereiniciamacadanovocaptulo.Entretanto,paraqueno ocorraum mesmonmeropara maisde uma ilustra-o, recomendvelcolocarantesdo nmerode cadailus-traoo nmerodocaptulocorrespondenteseguidodepon-to. Assim, por exemplo,todasas ilustraesdo captulo7soenunciadaspor Figura 7.n ou Fig. 7.n: 7.1,7.2,7.3,De resto,valemas mesmasorientaesdo item acima.
2. Ilustraesespecificadas pelo tipo
As ilustraestambmpodemserclassificadasde acordocomo tipo de cadauma. O quediferenciaesteprocedimentodo anterior o fatode que aqui cadatipo de ilustraoganhaumanumeraoprpria.Por exemplo,todasasfotospodemsernumeradasindependentementedasoutrasilustraes(porumasnumeraoaolongodolivro ou por numeraoprogressiva,conformeo expostoacima); todosos mapaspodemter umanumeraoexclusiva,da mesmaformaqueos grficose tudoo maiS.
Este procedimento,bem como o anterior, proporcionamaiorliberdadenadistribuiodoselementosgrficosnapgi-na, poisdmaisautonomiafiguraemrelaocontinuidadedo texto.Alm disso,ambostma vantagemde que, parase
um muulmanoecristo(emboratalvezum pouco menos),ouse bomou mau,ou certoou errado,ou mas-culino ou feminino, ou bonito ou feio, oudoenteou so, ou claro ou escuro,ou ativoou passivo,ou uno ou mltiplo.
No pensamentochins,ao contrrio,o queimporta a buscado equilbrio.A natureza,as coisase as prpriaspessoasso tudo issoao mesmotempo,devendoconvivercomessesopostose buscara harmoniados contrrios,t noa eliminaodeumlado, comono pen-samentoocidental.Existe at um diagramachinsantigo,queprocurasimbolizaresseensi~namentobsicoda seguinteforma:
T'aichi T'u ou Diagramado SupremoFundamental
Esse diagramarepresentaa harmoniadosopostos:o Yang,queo ladoclaroequerepre-sentao intelectomasculino,racional,expan-sivo;eo Yin,queo ladoescuroequesimbo-liza o intelectofeminino,intuitivo,complexo,contemplativo.
mcntod~ equilbriodessescontrrios-, fazcom que os chinesesaceitemc participemdefreqentesmudanas,aparentementeradicais.
o pensamentochinsdefendea naturezadelicada realidade,ou seja,aspocasdepre-dominnciado Yang e aquelasem queo Yinpredomina,com a buscado equilbrio nessemeiotermo.Assim, o chinscomum extre-mamentecurioso,abertoa novasidiaseexpe-rincias.Para elenoexistealgoradicalmentemau nem bom; tudo tem o seu lugar nomomentocerto,na dosecerta.
Isso explicapor que,na histriarecent'edaChina, o chinsno s aceitaacontecimentosaparentementeto diferentescomo participadeles:a implantaodo socialismo,o rompi-mentocoma Unio Soviticadepoisdeseguirsuaorientaoeconmica,a RevoluoCultu-ral e o isolamentodo pas, e a nova polticadeaberturaparao capitalismo.
provvelque novasmudanasocorramnessepas nas prximasdcadas,as quais primeiravista poderoparecerincompreens-veisparao pensamentoocidental.
4.Os "tigresasiticos"Coria do Sul, Taiwan (ou Formosa) e
Hong Kong - cidadelocalizadaemterritriochinse soba administraocolonialda Gr-Bretanha- so internacionalmenteconheci-dos como "tigres asiticos". Isto se devegrandeprosperidadeeconmica- sobretudoindustrial- quealcanaramnasltimasdca-das,comasmaiselevadastaxasdecrescimentodo mundo.
-
22 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO 2 - As imagensdo texto 23
Originais de legendas e crditos Uma lauda do original de crditos de fotos
Gamma
)
"..~.:!.'0... Y,.. 'o~ ...!
Gamma
Gail1ard/Gamma
Manoel Novaes
Angular
Marcos Guio/Angular
Marisa carrio/ Angular
Iolanda Huzak
Wagner Avancini/Angular
Carol Val/lkso
Ruy Teixa1ra/Angular
Tsuneo Nakamura/Volvox
Angular
Copyright Agence vu Bernaro Descamps/
Kenneth Garrett/Keystone
Thierry Champion/Gamma/Sigla
Kevin Schreiber -- Camera Presa London/
FOTEX/R. Drechster-Angular
Keystone
15.1
14.2
14.4
15.2
11.1
11.4
10.1
10.2
9.2
3.5
2.1
1.1
1.3
9.1
1.2
nas cidades chinesas., Num pas onde h pouca preocupaao
a fabricao de automveis particulares, a bicicleta
carvao mineral a cu aberto na Unio Sovitica. A esoava-
foi importada da Alemanha.
comea a se tornar comum na China: cartaz de publicidade de
eletrnica na Coria do Sul
- foto 9.2
de montagem de uma fbrica de automveis na Unio Sovitica
_.-~
194- foto 8.3)--~------,---
comum.
193 - foto 8.2
Quandonoforemapresentadoscomosoriginaisdotex-to,osoriginaisdelegendasecrditosdevemserfeitos parte.Podemserelaboradosoriginaisindependentesparacadatipodeocorrncia,i.e.,umparaaslegendaseoutroparaasfontesouoscrditos. tambrnpossvelapresentarumoriginalni-co,comumalistagemdetodosessesitensordenadossegundoaseqnciadotexto.Emqualquerumadessassituaes,men-cionesempreo nmerodalaudaemquedeveentraro crditofazendo-oacompanhar-sedonmerodafigura.
Uma laudo do original de legendas de fotos
de crdito ooidental, destinado principalmentea turistas.
-
24 o LIVRO:, MANUAL OE PREPARAO E REVISO~ - As imagensdo texto 25,-~~~-~~~--~- .._----_._-'"~-
Na apresentaodeoriginaisdemapas,relacione partetodososnomese textospara facilitara composio.Essarela-o pode ser feita nos prprios originais de legendas.Porexemplo:
riginal de ummapa
Ititulo GEOGRAFIA CRiTICA - 4 - MAPAS n,'Eo.=IJ,.
_ . 0 ! ;. o . ! " !..o ! !..;..............! ".
Umoriginalde legendase crditosemqueaparecemrelacionadososnomes
e textosdo map~
1tlrnil$E'UlP
titulo GEOGRAFIA CRiTICA - 4 ROTEIRO DE IMAGENS n'
".---...." " ! ~..........!0." :r .....r y .............y .............. ti T .. o "." 'll~~,
Aspecto do cerrado com elementos de sua feuna, no continente africano .
Fonte; Georafia Ilustrada, Abril Cultural, p. 1632.
Moambique
Antananarivo
OCEANO ATLANTICO
OCEANO PAclFICO
Seneal
Nger
Uban(uiNilo
Con~o
Kasai
~~ PriBcipais linhas frreas
Observe, no mapa, a rede africana de trans-
portes. Veja que o traado das principais
ferrovias no foi projetado para unir os
pases ou as reies de um mesmo pas. Ele
f9i pensado para unir as eoonomias africanasao mercado iaternaoia.al. Por isso as ferro-
vias diri!"em-se aos portos de exportao. O
sistema de transportes reflete, portanto,
umaeoonomiadependente,e vaItada para oexterior.
SIA
Ferrovias na frica
Cairo
Tnis
Argel
CasablancaDacarBellaco
ConscriAbidj
LagosBrazzaville
Kinshasa
LobitoCidade do Cabo
Port Elizabeth
Durban
Johannesbur,;o
Harare
Lubumbashi
Dar-es-SaIaam
Nairbi
Adio-Abeba
Djibuti
Indgenas de Madagsscar
J. CR. Peyre/Gamma/Sicla
.
y....*"""'1 .~\t ~P.u-~~
1"""""" PAM~ iWJ-~\
.."
~~ 'as na frica.._~... _~-~. Ferrov~
OCC=:I'lC
AT/....NTlc...o
.
-
26 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO1
L:-~m~~s do texto__27
Localizaco dos crditos# Crditos no verso do frontispcio
ae-.l4OWIM ~ div'w, eU~ vm:a4coida
-
28 o LIVRO: MANUAL OEPREPARAO E REVIS~ 2 - As imagensdo lexl"-- __ . .. .. . .29
b) no local da prpria imagem: c) no final do livro, comonesteexemplo:
Reproduzido de: PAZZINATO,Alceu Luiz & SENISE,Maria Helena Valente.Histriamodernae contempornea.So Paulo, tica, 1992. p. 373.
QlIadri[]ho~: Jim Davis, 07~OIlpAGINA 110
PGINA 109
Desenhos: !lomem de Jl,klo & TroiaPAGINA 113
Quadrinhos:JimDavis, (;arfiuldPGINA 114
Dl'~erlhohs de esportes: A.,,~()cia
-
30 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO As imagensdo texto 31
.Tabelas
As tabelassoregistrosdeclculosfeitospreviamenteedeseusrespectivosresultados.No sedeveconfundirtabelacomquadro.Os quadros"so elementoscopiadose noconstrudosestatisticamente"1.
Estatabelaapresentaduasconvenes:- (trao),indicandovaloresnulos,e-- ,------------. ,---_ .. _ .._-------- ._-,-----.
QJzeroll~J~:snum~ri5~_s_d_esE~z_veis.
TABELA 10
Inwces exportao-importao
--~.----------,~--~--Dallu
Rio deJandroRahlaPUJlllmbucoMllranhiop.rnPnlllbllSlInl(lSC.".dllrll.1l
I--'~~1,4961,914
_.1,6261,6630,9003,6281,177-1,643--_.-._---~. ...1797 0,2460,6070,6611,1951.128o0,34)-0,500
1798
1,3820,81(i0,7671,0810,624o19,066 1,014____ o
--_._-1799 0,6881,048___.9_,?_8~____---.2,609____o,792
1,807o 0,796
1800
1,1861,1451,3092,4061,5022,561--1,328-_..~.. _'0---"------~----_ ...._---_._ ..... -1801 1,1801,1732,4~11,741I,SI6o--1,3841802
1,0181,0450,9721,2060,775o--Imo1803
0,9430,9581,4071,6001,750--0,2591,14(1804
0,8200,9441,0121,8500,794 1,3370,984~--~--1,034
18051,2571,5961,5212,101 --2,1791,462
1806
1,5491,5662,1341,8371,204--2,4801,6801807
1,9981,9041,6933,3702,139--7,1512,0031808
0,0990.9460,0040,4730,880--o0,362--.!809
0,6991,6141,342__~~O84,230-~o1,402---- ._--- __ o1810 1,3401,121,0371,3742,167- -1,256~...._.._..1811 1,3511'2~1,0051,1652,191--o1,301f--.-.. TOTAL 1,0631,1841,261l,i971,2231,5922,3671,4111,193.-
Reproduzida de: ARRuDA,Jos Jobson de A. O Brasilno comrciocolonial.So Paulo, tica, 1980.p. 163.
Na preparaodastabelas,observeasrecomendaesse-guintes.
Numeraco"
As tabelasdevemter numeraoprpria e independenteda de outrasilustraes.Afora isso,podemsernumeradasdamesmaforma que estas.
1 KOTA1T, Ivani.Editorao cientfica. SoPaulo,tica, 1981.p. 63.
Convences"As casasvaziasdastabelasdevemserpreenchidascomuma
das seguintesconvenes:
a) - (trao),para indicar que o valor do dado nulo;
b) ... (reticncias),para indicar que no sedispsdo dado;
c) O (zero),para exprimir arredondamentode fraoda uni-dadeou valor numricodesprezvel.
Notas
As notasdetabelasdevemserchamadasporletrasmins-culase localizadasno rodapda prpria tabela.
TABELA B-8
Distribuiopercentualda amostra,de acordocomo nmerode vezesquea meengravidoua
GruposNmero de
Estimulaocognitiva%
vezes
Recreao
TOTALN1
N2NaTotalN1N2NaTotal
1-
3 4,40,00,04,44,4.6,70,011,17,74-
611,26,72,220,113,38,94,526,723,47-
9 8,86,76,722,215,74,44,524,623,410-12
8,88,92,219,913,38,98,831,025,413 - 15
15,72,26,724,62,20,00,02,213,516 - 18
0,02,20,02,22,20,00,02,22,219 - 21
2,20,00,02,20,02,20,02,22,222 - 24
0,02,20,02,20,00,00,00,01,125 - 27
0,00,00,00,00,00,00,00,00,028 - 30
2,20,00,02,20,00,00,00,01,1
% de u
53,328,917,8100,051.131,117,8100,0100,0
li A mdiade vezesque a meengravidou de 9,8.
Reprodl!zida de: DANTAs,Jovelina Brazil. Desnutrioe aprendizagem.SoPaulo, Atica, 1981.p. 91:
-
32 ~_~__ ___-LIVRO: MANUAL OE PRiPARAO_E .REVISO~
~-.J\s imagensdotexto 33
Fios
No fechecomfio horizontalo pdeumatabelaquepas-sade uma pginaparaoutra, mesmoqueo cabealhosejare-petido na pgina seguinte.Pode-se,entretanto,fugir a essaregrabsicavalendo-sederecursosgrficos- setas,por exem-plo - que possamindicar a continuaoda tabela. Reproduzidode: V~SENTINI, Jos William.Sociedadee espao.21. ed. ref. e
atual. So Poulo,Atica, 1992.p. 14-5.
14UNIDADE I GEOGRAFIA POLlTICA DO MUNDO ATUAl
CAPTULO 1 A GEOGRAFIA E o PROBLEMA DA REGIONALlZAO DO ESPAO MUNDIAL
de seuespaofisico; todavia, apesarde to-das essas possibilidades (que dependemmuito mais dos homens do que da nature-za), no h dvida nenhuma de que seuterritrio atual continuar no mesmocon-tinente.
J quando se trata dos aspectospoli-tico-econrnicos dos pases, no podemoster tal grau decerteza:asmodificaesaquipodemserradicaise ocorrer deum dia parao outro. Mas isso no significa que deve-mos deixar de lado os estudose as classifi-
caesda realidade social s porque ela dinmica e com transformaes rpidas.Seria mais fcil estudar o mundo atual apartir dos tipos de climas ou dos continen-tes; contudo, se fizssemosisso, no finalteriamosdeleuma viso muito pobre. Umaclassificaodos paisescom baseemaspec-
li-
pois alguns de seusaspectoslembram bas-tante o Terceiro Mundo; pode acontecerlambm de um pais (como Cuba, porexemplo)encaixar-setanto no Segundoco-1110 no Terceiro Mundo. Como esses,exis-Iem muitos outros casos de pasesque sodifceis deseremenquadradosperfeitamen-lc apenas num dessestrs conjuntos ou"mundos".
Ademais, as transformaesque ocor-rem na realidadesocial so mais rpidas emais imprevisveisque as modificaes na-turais.
Podemos afirmar com uma margemIIlnima de erro que as reas que hoje tml"lima tropical continuaro a t-Io daqui al:emanos. E podemostambmafirmar semproblemas que um pais qualquer, locali-lado na Amrica, l pelo ano 2050conti-IIlIar a ter seuterritrio situado no mesmocontinente. evidenteque tal paspode at
/Ullto: Banco Mundial, Worlddevelopmentreport,1991.
I hll:lulI1do a antiga Alemanha Oriental
IHluindo a antiga Alemanha Oriental. j includa na Europa Ocidental.
"
mundo com basenas caractersticasda so-
ciedadesempre mais problemticado queuma compartimentao com base em ele-mentosfsicos ~ em continentesou emcli-mas, por exemplo. Isso porque a realidadenatural menos dinmica: um dado pasencontra-sena Amrica e no na Europa, eisso no dmargema nenhuma dvida.
Paraentenderessadivisodo mundoemtrspartes, temosdesabero significadodas palavras capitalismo, socialismo e sub-desenvolvimento.Nas linhas a seguir, ire-mos estudaressestemasde maneiragenri-ca, mais terica do queconcreta;nos prx-mos captulos iremos aprofundar.um pou-co esseestudo. mostrando como a realida-
-
33 - Seesdotexto
~~cc:ionamentona Constituiobrasil~ira
35
Quantoaoseuaspectomaterial,o livro seapresentaemfascculosouemvolumes.Osfascculos,alternativaeditorialdepublicaodeumaobraextensaemcadernos(v. p. 135)sepa-rados,destinam-se encadernaoposterioremvolumes.
SECES D#
Unidadesfsicas
TOComo est organizadootexto da Constituio?
o textoconstitucional organizado,bastcamente,emartigos.-Cadaartigoenunciauma regra geral sobre determinaoo~.to e precedido de um algarismo arbico.A ConstitUiode 1988tem 315 artigos,que so agrupados em ttulos, capitulos, se
es e subsees. Alm disso, importan-te notar Que 'o texto constitucional com-
posto por uma parte permanente (com 245artigos agrupados em 9 titulos) e por uma
parte transitria lo Ato das DIsposies Tran-
sitrias, com 70 artigos), cujos dispositivostm carter provisrio e vigncia limitada,
podendo ser revogados sem prejuzo da par-
te permanente. _Cada artigo, por sua veJ.,.{KJlf ser subo
dividido em par~~incisos e alnea...
O pargrafo a subdiviso de aJUg'que
contm uma exceo, tgIV6mplemento
ou um pormenor d~to tratado pejo ar-
tigo; o incisD "'-uma subdiviso de artlfJo-
ou de pargrafo e vem precedido~ al-
garismo romano; e a alnea""iJla subdivi-
so de inciso e vem precedida de uma letra
mmscula.
CAPTULO IVDOSDIREITOS
poLtncos
--- Arl. 14.A soberaniapopularserexercidapelo sufrgio universale pelovotodiretoesecreto,comvalorigualpa-ra todos,e, nostermosda lei, mediante:
I - plebiscito:
II - referendo;
III - iniciativapopular.
I' O alistamentoeleitoraleo vo-o so:
I - obrigatriosparaos maiorese dezoitoanos;
11- facultativospara:
a) os analfabetos;b) os maioresdesetentaanos;c) os maioresdedezesseise meno-
resdedezoitoanos.
2' No podemalistar-secomoeleitoresos estrangeirose. duranteo pe-
Na organizaodeumaobrapode-serecorreravriosti-posdeseccionamento,emboraalgumasobrasseidentifiquemcomformaspreestabelecidas,comodicionrioseenciclopdias,quetrazemverbetesdispostosemordemalfabtica.As obrasjurdicas,sobretudoostextosdelei, seguempadresespeciais.(No exemplodapginaaolado,reproduz-seo seccionamentonaConstituioemvigor.)As obrasliterriastantopodemterseuplanodesdobradoemdivisestituladasounotituladasco-mopodemnoapresentarnenhumseccionamento.De resto,asdivisesmaiscomunssoashierrquicase asnumeradas.
Divises hierrquicasNestesistema,umtrechosesubordinaaoutrodandoaor-
ganicidadedaobrapormeiodoseguinteseccionamento- em-boranemtodasassubdivisesestejamnecessariamentepresentes:
a) Tomos- Cadatomopodecoincidirounocomovolume.
b) Livr,?s- Subdivisesdo tomo.c) Partes- A subdivisoempartespodeocorrerantesdasub-
divisoemlivros.
Reproduzidode: VITA, lvaro de. NossaConstituio.So Paulo,tica, 1989.p.70.
d) Captulos.e) Sees.f) Pargrafos.g) Subpargrafos.h) Vinhetase/ouentrelinhamentosmaiores.i) Nmeros(cardinaise/ouordinais).j) Letrasoualneas- As letrasoualneaspodemocorreran-
tesdosnmeros.
1)Outrasnotaes,comobolas,travesses,etc.
Divises numeradas
H obrasquenecessitamdeumseccionamentomarcadoquaseexclusivamentepornmeros,paraidentificarpartesme-nores.Issopodeserfeitopelanumeraodepargrafosoupelachamadanumeraoprogressiva.
-
LIVRO: MANUAl 111I'IIII'AIIAO E REVI~3 - Seesdo texto 37
Numerao de pargrafos
CadapargrafosucessivorecebeumnmeroIlaturalapar-tir deum(1, 2, 3, ...). Recorre-sea letrasealgarisllIosr()Jnanospara as subdivises,sehouver.
Comesse_tieo~numerCls~_a!remissesao prpri()textotornam-sefceis,
~_~spensando~_in_dica~d.c>~meroda pgina.
Numerao progressiva
Consistena identificaodasseespor numeraiscoloca-dosum aoladodooutroeseparadospor ponto.O conjuntonu-mricoresultanteda combinaodessesnumerais chamadode indicativodaseo.O primeironumeraldo indicativoserefere seoprimria, i.e., a divisomaior,quegeralmenteequiva-le ao captulo.O segundo, seosecundria,i.e., a primeirasubdivisodo captulo;e assimpor diante.
Indicativo da seo { 3.3.5.4.1
{ pc;mcia ~ 1 j I LqumanaSees secundria~ ., ~ quaternriaterClanaAs seesprimriasequivalentesa captulossonumera-
das consecutivamentea partir de um (1, 2, 3, n).As secundriasresultamda divisodasseesprimrias.
Constituemseuindicativo:o indicativoda seoprimria e onmerodeseqnciada segundasubdiviso(1.1, 1.2,1.3, 1.n,2.1, 2.2, 2.3, 2.n, ...).
As terciriasresultamda divisodassecundrias.Cons-tituem seu indicativo: o indicativo da seosecundriae onmerodeseqnciadestanovasubdiviso(1.1.1,1.1.n,1.2.1,1.2.n, 1.3.1, 1.3.n, ... ,2.1.1, 2.1.n, ...).
As seesquaternrias:1.1.1.1,1.1.1.n,1.1.2.1,1.1.2.n,... ,5.2.2.5, 5.2.2.n, ...
As seesquinrias:1.1.1.1.1,1.1.1.1.n,..., 2.1.1.1.1,...,7.3.5.2.1, 7.3.5.2.n, ...
A leiturados indicativos feitada seguinteforma:1.1 -+ um um,2.12.5 -+ dois dozecinco.
Recomenda-se,finalmente:
a) Caracterizaras alneas,quandohouver,por letrasmins-culas(a, b, c, ...) seguidasde parnteses.
u~;:;~co~/~;'~;'p;:;t~;~-~~ governo,com osstriae ao comrcio.Reunamostodasas pessoasque
dependemdest ,isto , os notrios,os advogados,os engenheiros,oserriose os empregadosque tiramvantagemdas opera-
esora m cionadas. Coloquemosjuntas,em suma,todas as pessoasquedireta u indiretamenteseutilizamda especulaoe que,de diversosmodos, f em cresceros rendimentosvalendo-seengenhosamentedascircunstAcias.
Coloquemosem outra categoria,que chamaremos(R), as
pessoascujos rendimentosso fixos ou quasefixos, e que, portanto,poucodependemdasengenhosascombinaesquepodemserimaginadas.Em tal categoriaestaro,grosso modo, os simplespossuidoresde pou-pana,que a depositaramnas caixasde poupana,nos bancos,ou quea empregaramem pensesvitalcias,os aposentados,aquelesque pos-suemcomo rendimentosttulosde Direito pblico,obrigaesde socie-dades,ou outrosttulossimilarescomrendafixa, os possuidoresde casase de terrasondeno haja lugar para a especulao,os camponeses,os
operrios,os empregadosque dependemdessaspessoasou que, dequalquermodo,nodependemdeespeculadores.Enfim, reunamosassimtodasas pessoasque nem diretanem indiretamentese beneficiemcoma especulaoe que possuamrendimentosfixos, ou quasefixos, ou aomenospoucovariveis.
2235. Com o nico intento de abandonaro incmodouso de
simplesletrasdo alfabeto,atribuamoso nomede especuladores s pes-soasda categoria(S), e de rentistas s pessoasda categoria(R). Pode-
mosrepetir,paraesta~ 6~ias de pessoas,maisou menoso quedissemosanteriormen ( 2231) obre os possuidoresde simplespou-
Reproduzido de: RODRIGUES,Jos Albertino, org. Pareto.So Paulo, tica,1984.p. 109.
-
38 o LIVRO: MANU~~Il~PARAO_E .R.E\iISO 3 - Seesdo texto 39
b) Alinhar o indicativo margemesquerda,fazendo-oprece-der o ttulo ou a primeirapalavrado texto(quandoa seono tiver ttulo).
c) Destacaro indicativo(emnegritoouitlico).No necess-rio separ-Iodottulooudotextoporqualquersinaldepon-tuao,bastao espao.
P9.inaque apresenta numerao progressiva.
4 ROTEIRO DO TRABALHO
o roteiro de um trabalhocientfico,seja artigoou mono-grafia, deve indicar metdicae detalhadamente,tanto quantopossvel,a direoqueo autorseguiu,ou seja,os tpicosprinci-paisa seremabordadose discutidosnotexto.Estesumriodiretorfacilitadesenvolvero assuntosobumalinha de condutaperfeitadas fasesda pesquisa.
E: importante,tambm,saber-sea quem dirigido o do-cumento.Apesardesseprimeiroesbooter certacoerncia,elepassvelde correoem qualquerdas etapas.
Uma descriotcnicadeveesclarecer,convencendo,enquan-to a obra literriadeveimpressionar,agradando,GARCIA (1978).
4.1 Estruturadodocumento
4.1.1 Nas monografiase teses,s\)gere-sea seguintedisposio:
a) Elementospreliminaresaa) capasab) folhaou pginade rostoac) dedicatriae/ou agradecimentosad) listasde ilustraesae) sumrio
b) Elementosdo textoba) introduobb) discussodo assuntobc) concluso/recomendaes
c) Elementosps-liminaresca) anexose/ou apndicescb) refernciasbibliogrficascc) ndices-,--------'"---'"'-
Reproduzidode: KOTAIT, Ivani.Editoraocientfica.So Paulo,tica,1981.p. 35.
Na preparaodos ttulos, conveniente:
1) Convencionarum cdigodecoresparamarcaodosttulose subttulos.Atribuem-sea elaspesoshierrquicosespecfi-cos.Com a corx, por exemplo,marcam-setodosos ttulosde peso1 (o ttulo principal); com a cory, todosos ttulosdepeso2; e assimpor diante.Com isso,todososttulosdemesmacor serocompostoscom o mesmotipo e corpo.Esteprocedimento vlidopara a preparaofeitaem pa-pel, pois,emvdeo,pode-sevalerdetipose corposdiferen-tespara estabelecera hierarquia.
2) No usarponto no final dos ttulose subttulos.
3) Alinhar margemesquerdaos ttulose subttulosprecedi-dosdenumeraoprogressiva.Nestecaso,bastacolocarosttulosdasseesprimrias(captulos)comtodasas letrasemmaisculaseemnegritoetodosossubttulos(ttulosdasdemaissees)emminsculas- apenasaprimeirapalavracominicial maiscula- e emnegrito.Veja comofica issona pginareproduzidacomoexemplode numeraopro-gressIva.
-
4 - Formas do discurso 41
FORMAS DO URSO
Essadeclaraodo narrador- a oraoque contmo verbodicendi-, queseinterpena falada personagem,tambmde-ve serdestacadapor travesso:
- Essevai ser ministro- sentenciouo pai, logo que o garotonasceu.
(CarlosDrummondde Andrade.)
Uma questode estilo
odiscursodireto,o indiretoeo indiretolivre soestrutu-rasnarrativasquestmavercomamaneiradeo autorcarac-terizare apresentarsuaspersonagens.Autoresh que, habil-mente,combinamessasestruturas. umaquestodeestilo.Nocasodo discursodireto,observeasnormalizaesabaixo,quevisamprincipalmente clarezado enunciado.
o discursodireto
Emprego do travessoDestaca-secomtravessoa falado discursodireto- re-
produoaopdaletradaspalavrasdealgum. desnecess-rio marcarcom aspasaquilo que foi destacadopor travesso.O uso das aspasfica restritoaoscasosapontadosadiante.
- a senhorade quemroubarama bolsaontem?- Sim.
- Aqui o ladro, minhasenhora.- Mas comoo... senhordescobriuo meunmero?
(PauloMendesCampos.)
No exemploanterior,as duaspersonagensseexpressamlivremente,sema presenado narrador para identificarsuasfalas.Quando, porm,o narradoranunciao falante,eleo fazutilizandoosverbosdicendi(dizer,perguntar,responderesinnimos).
Se, no mesmopargrafoe no final da oraodo verbodi-cendi,ocorrernovoenunciadoou continuaodele,acrescenta-semaisum trav~ssoantesde retomara fala da personagem:
- Eu no disse?- festejouo pai. - Comeoua subir.(Idem.)
Emprego das aspas
Usam-seas aspas:
1) Para realara fala a queno se segueuma rplica:Foi l, chorando,disseao dono da casa: "se noprenderamo meutuimentopor que comprougaiolahoje?"O homemacabouconfessandoque tinhaaparecidoumperiquitinhoverdesim,de rabo curto,no sabiaquechamavatuim.
(RubemBraga.)
2) Para assinalarum discursodireto dentrode outro discur-so direto:
- O homemqueriaqueeu fossenaqueledia para umacantatana casadele. [...] Era umhomemde respeito,debarba grande. Um homeme tanto:"Ah! o senhor ocantadorDioclcio?""Sim, senhor", respondi,"sou eumesmo"."Pois vamoster umdesafio,como ManuelBacurau." Disseao homemque no cantavadesafio...
(Jos Linsdo Rego.)
Note que, no exemplo,a personagem que fala e o tra-vessoinicial caracterizao discursodireto.Quando repro-duz emseguidao seudilogocomum segundofalante,elao faztambmpor discursodireto,assinaladona escritacomaspas.
-
42o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO 4 Formas do discurso 43
,v
MPORTANTE
Noscasosdediscursodiretoassinaladocomaspas,aora-ointercaladacomo verbodicendifica fora dasaspas,entrevrgulas:
"Assim", dizia Maximina,"no h cristoqueagente",.
(Jos Linsdo Rego.)
A pontuaoObservenosexemplosabaixoa pontuaoem estruturas
narrativascom verbosdicendiintercalados:
- Seide umagrutamuitoboa - disseSoprinho.- Podemosfazer a nossacasal.
(FernandaLopesde Almeida.)
- Feio?- perguntouSoprinho.- Voc j reparounumaaranhafazendoteia?Uma teia de aranha umarenda.
(Idem.)
- Que revoluoestpida!- murmurouEugnio.- Eu noseicomoh gente...
(ricoVerssimo.)
- Estoupra entregarumaroupa a umfregus... - reforoungelo. - Vou recebera uns85 mil rise ento...
(Idem.)
A estruturanarrativacomverbodicendinodevesercon-
fundidacomumaoutraestruturasemelhante.No primeiroca-so,intercalandoaoraodoverbodicendi,onarradorgeralmenteanunciao falante.No segundo,eleinterrompea faladaperso-nagemparaacrescentaruma aoou umacircunstnciaqual-quer, semidentificaro falante.A diferenaentreessasestrutu-raspodesermaisfacilmentepercebida,secompararmososse-guintesexemploscomosanteriores- comparetambmo em-pregode maisculasno incio dasoraesintercaladas:
- J vou!Comlicena,doutor.- Estendeu-lhea mo,sorrindoumsorrisode agradecimento.- Obrigada. Agora seique o senhor meuamigo.
(ricoVerssimo.)
- Sozinha?- Ela sorriu.- Deixastecomigoa melhordasrecordaesnaquelanossaltimanoite.
(Idem.)
- Indstria!- Mordeu o charutocomraiva. - Indstria!-Estavapesado,tinhacomidoe bebidodemais,no encontravaargumentos.- Ora essa!Indstria...
(Idem.)
- Mas venhac, doutor... doutor... - No lheocorreuonomedo outro. - Venhac...
(Idem.)
Se a oraodo verbodicendifor intercaladanuma pausaqueexijavrgula,estasercolocadasempreno final da oraointercalada,depoisdo terceirotravessodo perodo:
- Menino- dizia-lheDioclcio-, terrada genteviver lpara as bandasdo sul...
(Jos Linsdo Rego.)
No haverpontuaoalgumaseobviamentea interrup-
-
5 - Iniciais maisculas 45
5INICIAIS MAISCULAS
Desafioquehajaalgumquesaibaempregaras maisculas.
ANTNIO HOUAISS.
A lnguaportuguesanoencontrouaindaumafrmulapararesolverdefinitivamentea dificuldadeno empregodasmais-culas,comofezo alemo,escrevendotodosossubstantivos,pr-priose comuns,cominicial maiscula.As "Instruesparaaorganizaodovocabulrioortogrficodalnguaportuguesa",que regulamentaramo assunto,do hoje mostrasde obsoles-cncia.Por isso,eapesardodesafiolanadopor Houaiss,queprecisoestabeleceralgunsparmetrosparaatenuara dispari-dadede critrios.Ei-Ios:
Empregoda maiscula
Emprega-sea letra inicial maisculaprincipalmente:
1) No comeode perodos,versose citaesdiretas.
a) Perodo:Todosos acontecimentos...
b) Verso:"Estoufarto do lirismocomedido/ Do lirismobemcomportado..." (ManuelBandeira.)
H poetas,entretanto,queutilizamaletraminsculanoincio do verso,quandoa pontuaoo permite:
"Muito bomdia, senhora,/ que nessajanelaest./Sabedizerse possvel/algumtrabalhoencontrar?"(JooCabral de Meio Neto.)
I:"~
c) Citaodireta:DisseRousseau:"Em todo animal,vejoapenasumamquinaengenhosa,que a naturezadotoudesentidos".
Se a citaofor feitapor uma locuoque se integrafrasesem o recursode dois-pontos,emprega-sea mi-nscula:
Rousseauafirmouque "todo animaltemidias,postoque temsentidos".
2) Nos nomesde pessoas.a) Nomese sobrenomes:
Euclidesda Cunha,RuiBarbosa.
b) Cognomes: .Pedro,o Grande; RicardoCoraode leo.
c) Alcunhasehipocorsticos(nomesfamiliarescarinhosos):Sete-Dedos,lulu.
d) Antonomsticos(nomescomunsno lugardenomespr-prios ou vice-versa),tomandoo nomecomum:
A guia de Haia, a Damade Ferro.
Mas, seo nomeprprio queestiverno lugar denomecomum,deve-seescrev-Iocomminscula(v. tb. p. 52):
Um nero (= umhomemcruel).e) Pseudnimos:
MarquesRebelo,Tristode Atade.
f) Nomesdinsticos:Os Braganas,os Mdicis.
3) Nos topnimoselocativos.Emprega-sea letrainicialmais-cula nos topnimose nos nomesde regiesem geral:
Campinas,Zona da Mata,Norte (designandoregieseno o pontocardeal),Centro-Oeste,OrienteMdio.
Nas locues,o substantivoquedesignaa espcie escritocom minscula:
A serrado Mar, trpicode Capricrnio,pennsulaIbrica,valedo Jequitinhonha,a cidadede Ouro Preto,ruaDireita.
-
46 o LIVRO: OEPHEPAFl1IC~ REVISO5 - Iniciais maisculas 47
Note-se,porm,que, seintegraro nomeoficial do topni-mo, o substantivodesignativodaespciedeveserescritocommaiscula:
Cabo Frio, a cidade(mas:cabo Frio, acidentegeogrfico);Cabo Verde, a ilha (mas:cabo Verde, acidentegeogrfico);a Cidadedo Cabo.
Em contextosisolados,comomapas,quadros,etc.,o desig-nativo referidoacimadeveser grafadosemprecom inicialmaiscula:
Reproduzido de: SANTOS,Maria Januria Vilela. Histriaantigae medieval.19. ed. So Paulo, tica, 1990. p. 39.
Escrevem-secomletrasminsculasostermosquesejuntam
aostopnimospara delimit-losno tempoe no espao:O alto Nilo, Brasilcolonial,frica setentrional,Rssiaeuropia,antigoEgito.
Mas, se fizerem parte do nome oficial (ou consagrado),essesadjuntossoescritoscom letrasiniciais maisculas:
frica EquatorialFrancesa,SaaraOcidental,PlanaltoCentral,BaixadaSantista.
fI
4) Nos astrnimos(nomesde constelaes,estrelas,planetas)- Os astrnimossoescritoscom inicial maiscula:
rion, Aldebar, Sol, Marte, Lua.
Entretantonoseusaamaisculanasdesignaesdo gregoque acompanhamos astrnimos:alfa do Cruzeiro do Sul,betado Escorpio.Tambmnoseescrevemcommaisculasosvocbuloster-ra, sole lua aotrazeremconotaesquenopermitamdizerqueessesnomessejamnomesprprios(o quenoacontecena linguagemcientficanemna refernciaespecficaao no-me do astro):ao nascerdo sol, a luz da lua, o sol propiciaa vida na terra,a guacobretrsquartosdaterra, "a terragirava indiferenteaos sofrimentosdos homens" (AntnioHouaiss),lua cheia,lua nova,fasesda lua, asluasdeJpi-ter, viu a lua refletidano lago.Mas: a Terra gira emtornodoSol,a idadedaTerra, adistnciadoSol,oeclipsedaLua,a chegadado homem Lua.
5) Na classificaocientfica- O nomecientficodosseresvi-vos escritocominicial maisculaapenasno primeiroter-mo e todaa locuointitulativadeveser grifada:
Homosapiens,Trypanosomaeruzi.
Outroscasosdeempregoda maiscula
Emprega-seaindaa inicialmaisculanosseguintesintitu-lativos:
1) Instituieseentidadesculturais,militares,polticasepro-fissionaise empresas:
Escolade Comunicaese Artes, Exrcito,SenadoFederal,Presidnciada Repblica,MinistriodaEconomia,PartidodosTrabalhadores,AssociaoBrasileirade Imprensa,Editoratica.
-
4) Nomescomuns,quandopersonificadosou valorizadosco-mo entidades:
A Cigarra, a Formiga,o dio, a Razo.
5) Coisas e eventosnomeadosindividualmente:A locomotivaBaronesa,o diamanteCruzeirodo Sul,EINiio, XXIII Congressode Cardiologia.
Tanto nestecaso,comono item 6, a seguir, dispensvelo usodeoutrosdestaquesgrficos,anosero damaiscu-la (nas p. 45 e 60 encontra-seexplicaosobreo uso demaisculasemdesignativosdeespcieeemtermosindivi-dualizantes).Assim, evitegrafar,por exemplo,o fogueteespacialChallengerou o prmio"Jabuti" (evitegrifoou as-pas),poiso usoda inicial maisculapor sij realcesufi-cientepara valorizaro contedosemnticoque sequer.
6) Produtosindustriaise marcasem geral- Escrevem-seosnomesde produtosindustriaise de marcasem geralcominicial maiscula(vejatambmo comentriodo iteman-terior):
Os temperosArisco,o Cadillae.
Convencionou-seempregarinicial maisculaem denomi-naescomoSenado(por SenadoFederal),Cmara (porCmara dos Deputados),Constituinte (por AssembliaConstituinte),Supremo(por SupremoTribunal Federal),Legislativo(por Poder Legislativo),etc.Mas bvioque,sea palavraassumiro valor de substantivocomum, noseempregaa inicialmaiscula:o senadodeRoma; o exr-citodeAnbal; o ministrio,opartido(mesmoreferindo-seao Ministrio X e ao Partido Y).
2) Perodose acontecimentoshistricos:Paleozico,Hgira,Antiguidade,IdadeMdia,Renascena,Seiscentos(o sculoXVII), RevoluoIndustrial,EstadoNovo, Nova Repblica.
Ocorrendo,porm,sentidofigurado derigor o empregodeminscula:Vive-senaquelaregioemplenaidademdia.
3) Festividadesou comemoraescvicas,religiosase tradi-CIOnaiS:
Setede Setembro,Natal, Carnaval,Dia do Trabalho.
7) Esculturaepintura- Quandohouverum nomedadope-la tradiooupeloprprioautor,usa-seamaisculanapri-meirapalavra(enaquelasqueexigiremo empregodemais-cula), grifando-setodo o nomeda obra:
Osguerreiros,O gritodo Ipiranga.
49
Quando, entretanto,o uso correntetransformaessesno-mesemsubstantivoscomuns,obviamenteelessoescritoscominicialminsculaesesujeitamsmesmasregrasorto-grficasestabelecidasparaosnomescomuns:maisena(donomecomercialMaizena), gilete(donomecomercialean-tropnimoGillette).
9) Filmes,e~petculosteatraiseprogramasdeteleviso- Em-prega-sea maisculana primeirapalavra(enaquelasquerequereremesteempregopor natureza),grifando-seo no-me todo:
O pagador de promessa,O arquitetoe o imperadordaAssria,Jornal nacional,O finoda bossa.
Na refernciaisoladaquecontenhatodososdadostc-nicosde identificaoda obra, dispensam-seas aspas.
b) Discono todo - Emprega-sea maisculana primeirapalavra(enaquelascujanaturezao exigir),grifando-setodo o nomedo disco:
O discoCompositoresbrasileirosemsolode piano foipremiado.
H obrasquenopossuemttulo e soconhecidasape-nasporumadenominaoquepodeindicarumaordemdeclassificaoqualquerou umacaractersticatcnica.Nestecaso,usa-sea inicial minsculana grafiada de-nominao:
A sinfonian'?5 emd menor.
8) Msicaa) Faixadeum disco- No texto,emprega-sea maiscu-
la inicial na primeirapalavrado ttulo (e naquelasqueoexigirempornatureza),colocandoonomeentreaspas:
"Alegria, alegria", "Garota de Ipanema".
5 - Iniciais maisculas
-If.~
1If
IIIIif,"'
-il;
li'
II!ltI
o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO48
-
10) Livros, jornaiserevistas- Por demandartratamentomaisminucioso,esteitem servisto adiante,a partir da p. 90e mais especificamentenasp. 109-11.
11) Palavrascomacepoespecial- Entre outras,escrevem-secominicialmaisculaasseguintespalavras,tomadasemacepoespecial:
a) Colnia, Imprio,Reinadoe Repblica,equivalendo pa-lavra Brasil ou designandoo perodohistrico:
A exploraodo pau-brasilna Colnia,a crisedoImprio,o presidenteda Repblica,o adventoda
.Repblica.
b) Corte,referindo-seao governodeum pasmonrquico.Ope-sea corte,a residnciadeum monarcaou aspes-soasque o cercam.
c) Estado,referindo-seaoconjuntodepoderespolticosdeuma naoou naopoliticamenteorganizada:
Um Estadototalitrio,golpede Estado.
Mas noseescrevecommaisculaquandosetratardadivisoterritorialdecertospases:o Brasil tem26esta-dos. Assim tambm:terceiroestado(o povo, em rela-oaocleroenobreza,osoutrosdoisestados),estado-maior (quandonosereferirespecificamenteentida-de das forasarmadas),etc.
d) Igreja, comoinstituioou comunidadede fiis:O papelda Igreja,a Igrejaanglicana.
e) Metrpole,a capitalou sededeum impriocolonial;emoposioa metrpole,a grandecidade.
f) Trono,comoinstituio;mastrono,comoo lugaremquese assentaum soberano.
g) Unio, comoa reuniodosestadosfederativos,o podercentral:
Os estadosda Unio.
6I N I C I A I SM IN useU L A S
~,U _= IU_"
Nada impedeque, parademonstrarreverncia,conside-raoou respeito,exprimiraltosconceitosreligiosos,polticosou nacionalistase outrasdistines,sejaa palavrarealadape-la maiscula.Mas, para racionalizaro assunto, recomen-dvelempregara inicial minscula:
1) Nos cargose ttulos(nobilirquicos,dignitrios,profissio-nais,eclesisticosehagionmicos)- marqus,dom,comen-dador,desembargador,professor,doutor,presidente,mi-nistro, general,padre, frei, papa, so, santo,etc.:
O viscondede Cairu, domPedro 11,frei VicentedoSalvador,santoAntnio.
Quandoconstituremabreviaturas,colocadasjunto aono-meprprio, oscargose ttulosseroescritostambmcomminsculas:o rei d. Joo VI, fr. Gaspar, proL Celso.
Opcionalmente,estetipodeabreviaturapodeserescritocominicialmaiscula:a imperatrizD. TeresaCristina,Dr. Zer-bini, Mal. CasteloBranco.Escrevem-setambmcominicialmaisculaosdesignativos
de cargose ttulosque seintegramao nomeprprio paraformarnovos intitulativos,comotopnimos,instituies,etc.: a ilha de SantaHelena, a cidadede PresidentePru-dente,o largo GeneralOsrio, o Hospital So Camilo.
2) Nas frmulasdetratamento:voc,senhor,seu,dona.Mas:Vossa Senhoria,Sua Excelncia,Vossa Alteza.
3) Nosnomesquedesignamartes,cinciasoudisciplinas:pin-tura, msica,fsica, histria,direito, matemtica.
4) Nos nomesdedoutrinas,correnteseescolasdepensamen-toereligies:posit'ivismo,realismo,romantismo,barroco,modernismo,marxismo,catolicismo.
5) Nos nomesdegruposoumovimentospolticose religiosos:jacobinos,protestantes.
-
52 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO
6) Nos nomesdosmeses,diasda semanae estaesdo ano:janeiro, tera-feira,inverno.Mas, intitulandologradourospblicos,osnomesdosmesessoescritoscommaisculas:avenida23 de Maio.
7) Nos nomesdedivisespoltico-administrativas:provncia,estado,municpio.Mas: Estado(commaiscula),referin-do-seao poderpolticode umanaoou naopolitica-menteorganizada.
8) Nos nomesdospontoscardeais,quandoindicaremdireesou limitesgeogrficos:apontarparao norte, limitar-seaosul. Mas, designandoregies,soescritoscommaiscula:a regioSudeste,asplantaesde cafno Oestepaulista.
9) Nos nomesde documentosoficiais: lei, alvar, portaria,emenda,etc.;bemcomonassuassubdivises:captulo,ar-tigo, pargrafo,alnea, inciso.
Quandoaonomedodocumentonosegueum nmero(lein? 5 765), mas um nome, deve-seescrev-Iocom letrasmaisculas:Lei de Imprensa,Lei Afonso Arinos.
10) Nos nomesdepovoseetnias:baianos,gregos,bantos,pa-taxs.Excepcionalmente,edesdequesistematicamentenamesmaobra,pode-seusara maiscula(semflexodeplu-ral) em casosespecializadoscomo: "os Maw" em lugarde "os maus", "os Bororo" por "os borors" ou "osbororos".
11) Nos nomescompostosem que ocorra forma onomsticaconstituindounidadesemntica(ligadapor hfen): gua-de-colnia, banana-so-tom,pau-brasil, calcanhar-de-aquiles,joo-ningum.
12) Em certosantropnimoshistricosou literriosemprega-dosapenasemsentidometafrico(v. tb. p. 45): anfitrio,caxias,dom-quixote,judas, mecenas,ssia,tartufo, etc.
13) Em antropnimosquedonomeaunidadesdemedidas(v.tb. p. 77): ampere,kelvin, newton,watt, etc. Com exce-o de grausCelsius, Fahrenheite Raumur.
7NOMES PRPRIOS
O nomecomquesedesigna''um antropnimo,um top-nimo, um astrnimo(seastrnimoj noum topnimo),umintitulativo,um axinimo"l, etc., um nomeprprio, que seidentificana escritapelaletrainicial maiscula.Estecaptulo,todavia,tratarexclusivamentedosnomesde pessoase de lu-garescomonomesprprios.Os demais,pornoofereceremou-tras dificuldadesalm do empregodasmaisculas,sovistosapenaspor esteprisma no captulo5.
As "Instruespara a organizaodo vocabulrioorto-grficoda lnguaportuguesa"assimrecomendamo tratamen-to do assunto:
Os nomesprpriospersonativos,locativose dequalquernatureza,sendoportuguesesouaportuguesados,estosujeitoss mesmasregrasestabelecidaspara os nomescomuns.
Para salvaguardardireitosindividuais, quemo quisermanterem sua assinaturaa forma consuetudinria.
Podertambmsermantidaa grafiaoriginal dequaisquerfirmas, sociedades,ttulose marcasque seacheminscritosem registropblico.
Os topnimosde origemestrangeiradevemserusadoscom as formasvernculasde uso vulgar; equandono tm formasvernculas,transcrevem-seconsoanteas normasestatudaspela ConfernciadeGeografiade 1926que no contrariaremosprincpiosestabelecidosnestaslnstrues2.
1 Houaiss,"Preparaodeoriginais",cit., p. 55.
2 A conferncia,patrocinadano Rio deJaneiro,em1926,peloInstitutoHistricoeGeogrficoBrasileiro,estabeleceu,entreoutrasnormas,que"noserousadasabre-viaturasnosnomesgeogrficos",excetuando"a abreviaturadaunidadedafedera-o". (Sobreisso,v. p. 60.) o quenosinformaCelsoPedroLuft (Novo guia orto-grfico, PortoAlegre,Globo, 1976,p. 120),citandoAntenorNascentes.
-
Os topnimosde tradiohistricasecularnosofremalteraoalgumana suagrafia, quandojestejaconsagradapelo consensodiuturno dosbrasileiros.Sirva de exemploo topnimo"Bahia",que conservarestaforma quandose aplicaremrefernciaao Estadoe cidadeque tmessenome.
Observao.- Os compostose derivadosdessestopnimosobedeceros normasgeraisdovocabulriocomum.
Postoisso,seguem-senormasqueprocuramresolverasd-vidasmais freqentessobreo assunto.
lVonnes de pessoas
Norma geralRessalvandoos casosenunciadosa seguir,os antropni-
mos, "portuguesesou aportuguesados,estosujeitoss mes-masregrasestabelecidaspara os nomescomuns".
Pa rticularidades
1) Pessoasvivas- Pode-serespeitara idiossincrasiaortogrfi-ca do nomede pessoasvivas, de acordocom o registrodecertido,ignornciado escrivoou caprichopessoal:
AntonioCandido, Racheide Queiroz.
2) Pessoasfalecidas- Os nomesde pessoasfalecidas,entre-tanto,excetuandoos casosdo prximoitem, ajustam-sesnormasvigentes:
Gilberto Freire,ricoVerssimo,Eade Queirs.
3) Pseudnimose nomespeculiares- A grafiade pseudni-mos se sujeitageralmentes regrasortogrficasoficiais:
Tristode Atade,MarquesRebelo.
55
Mas h casospeculiaresdepseudnimosemqueessasujei-o setorna impossvel:
Yan (Joo Fernandes)de AlmeidaPrado, K. Lixto,Alphonsusde Guimaraens,Qorpo-Santo.
4) Nomes que ainda no assumiramforma portuguesadeaceitaogeral - So admissveisformas como Wilson,Nelson, Walter, etc., nomesessesmarcadamenteingleses,quepor issoconservamletrasalheiasaoportuguseausnciade acentuao.
Nomes estrangeiros
1) Nomesem lnguasque adotamo alfabetolatino - ten-dnciahojeda lngua no Brasil no aportuguesarnemtra-duzir nomesprpriosestrangeiros:
EnricoFermi,UmbertoEco,Anatole France,Mareei Proust,Jules Romains.
Excetuam-se regranomescujo aportuguesamentoj deusocorrente:Jlio Verne, Gustavo(ou Gustave)Flaubert,Augusto (ou Auguste)Comte, etc.
2) Nomesemlnguasquenoadotamo alfabetolatino - Hlnguasquenoutilizamo alfabetolatinoparaa suaexpres-soescrita.Os nomesquedelasnoschegamso,portanto,objetodetransposiogrfica.Por essatransposio,procura-sefazercomquecaracteresdoalfabetolatinocorrespondama caracteresdo alfabetode origemdo nome. Isso podeserfeito de duasformas:por transliteraoou por transcrio.
a) "A transliteraoumaformadetransposiogrficadeuma escritapara outra, carterpor carter,segundoacorrespondnciade sonsquedevemrepresentar.,,3Masnemsempreo alfabetoparao qual sefaz a transposio(latino, no caso)possuitodasas letraspara representaros sonsda lngua-fonte.Entoosestudiosossevalemdediacrticos(sinaisauxiliaresquedosomespecial letra
:; ARAJO, Emanuel.A construodo livro. Rio dejaneiro!Braslia,Nova Fronteira!InstitutoNacionaldo Livro, 1986.p. 213.
-
56 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO 7 - Nomes prprios57
ou a gruposdeletras),recorremaletrasgregasou criamsmbolosespeciaisparatransliter-los.Por exemplo,umdeterminadosomsemequivalentena representaoes-critado alfabetolatinoseriatransliteradopors (letracomdiacrtico)ou por I (smboloespecial).
b) "A transcrio uma formade transposiogrficadeuma escritapara outra de acordoquer com o conheci-mentodapronnciadeumalnguaviva, quercoma in-terpretaoda pronnciadeumalnguamorta.,,4 Assimo carteracimatransliterado(s)poderiasertranscritoporehparao portugusou francs,shparao ingls,sehparao alemo,se ou sei para o italiano, e assimpor diante.
Como foi dito acima, tendnciada lngua no Brasilnoaportuguesarnemtraduzirnomesprpriosestrangeiros.Quanto ao no-aportuguesamento,cabeum parntesises-clarecedor.A regradeveriaprevalecerparaosnomesescri-tos em caractereslatinos,masestseestendendotambmparaos nomesque, originariamente,no seescrevemcomcaractereslatinos.No h, arigor, umatranscriototaldes-tesltimosnomesparao portugus,pelomenoso do Brasil.Assim que na grafiadelesseencontramletrasestranhasao nossoalfabeto(k, w, y), dgrafoscomosh, e assimpordiante.
Parailustrarmelhoro assunto,tomemosum nomerusso- por exemplo,Bukharin,comoescrevemosnoBrasil.Con-sultandoediescorrelatasde um dicionrioenciclopdico- francesas,portuguesa6ebrasileira7-, encontramos,res-pectivamente:
Boukharine;
Buearine- transcriocom todosos elementosdoportugus;Bukharin - com adaptaoparcial:ou francs(= u),perdado e final, mas conservandokh.
1 Idem, ibidem, p. 213.Petit Larousse illustr. Paris, Larousse, 1978.
Dicionrio prtico ilustrado. Porto, Lello, 1986.7 Pequenodicionrio enciclopdicoKoogan Larousse. Dir. Antnio Houaiss. Rio deJaneiro,
Larousse do Brasil, 1979.
Por a sevquea tendnciano Brasildea transcriodos nomes se fixar por normatizaesinternacionais,principalmenteas do inglse do francs.No restamuito aopreparadorsenobuscarumalinha de atuaojunto aoeditor,preocupar-secoma coernciadasgrafiasde acordocomo critrioutilizadoou respeitara tradiodeescritadenomesmaisdivulgados.
3) Nomes em lnguas que empregamalfabetosbaseadosnoalfabetolatino - Nestecaso,os diacrticosquemodificamletrasdevemser respeitados:
Angstrm,LeosJancek, Nlbjgaard,GregorioMarann.
Estesdiacrticosnodevemserconfundidoscomosutiliza-
dosna transliterao,os quaisdesaparecemapso carterser transcritopara o portugus(ver acima).
Plural
Em geral,osnomesdepessoasflexionam-seemnmero.Se o nomefor duplo, apenaso primeiro termovaria:
os Cceros,os Andradas,os Maios (lembre-seda obra de Eade Queirs:Os Maias), os Correiasde S, os CasimirosdeAbreu.
No seflexionam,porm:
1) Os nomesduplosquepossuremo s finalno primeirotermo:os lvaresde Azevedo,os GonalvesDias.
2) Os nomesriitidamenteestrangeiros:os Wilson, os Goncourt.
Em referncia bibliogrfica
Em refernciabibliogrficaderodap,defim deseooude livro, ondesedevemreproduziripsis liUerisos dadoscons-tantesno frontispciodaobracompulsada,o nomedeum autor
-
58 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO 7 - Nomes prprios 59
V. NA 1'. 155
o VOCABUlARIOONOMSTlCO.
retratadopodeestargrafadodiferentementedaformausadanotexto.Nadaimpede,porexemplo,quesejaGngorasempreaformadotextoe Gngoraa formaquecompareanasfontesderefernciasbibliogrficasdelnguaespanholaoudePortugal.
MPORTANTE
Aspalavrasderivadasdenomesestrangeirosmantmasca-ractersticasoriginaisdagrafiadonome,excetuandoater-minao,quedeveserportuguesa:
goethiano,taylorismo,comtiano.
Especialatenoparaosnomesterminadoseme:Voltaire faz voltairiano;Shakespeare,shakespeariano.
Mas: Littr, littreano;Mallarm,mallarmeano.
Quadrosinpticode algumasregrasortogrficasparaosantropnimos
Eliminam~se
...
.
consoantesdobradas,com
Melo e noMelloexceoderr e ss
Netoe noNetto
h depoisdeconsoante,
Atadee noAthadeexcetonosdgrafosch, lh e
Mateuse noMatheusnh
Temstoclese noThemstocles
h entrevogais
Abraoe noAbraho
c, g ep antesde
Vtor e noVictorconsoantes
Incioe noIgncioBatistae noBaptista
,. .....
Ocorrnciade.....,..
...
Moraise noMoraesae
aINovaise noNovaesPaise noPaesCorreiae noCorra
eaela
Osiase noOsas
Crisstomoe noch
c ou quChrisstomo
(comsomde"k")Raquele noRachel
Estelae noStelas inicialseguidoes(ouStella)
deconsoanteEstnioe noStnio
Freiree noFreyrey
iMaia e noMayaSlviae noSylviaAlusioe noAlosio
ouManuelenoManoel
(emcertasgrafias)Muniz e noMoniz
Lus e noLuizz
sQueirsenoQueiroz(emcertasgrafias)
Sousae noSouza
Nomesdelugareseafins
Norma geral
OsnomesgeogrficoselocativosquecorrespcJndemasubs-tantivoscomunstambmobedecemsmesmasregrasdeorto-grafiaoficialediferemdestesunicamentepeloempregodaini-cialmaiscula.
-
Caracterizao do nome prpri oNosnomesdadosporumalocuoconstitudadeumsubs-
tantivoseguidodeumtermo(preposicionadoouno)queoin-dividualiza,onomeprprioessetermoindividualizantee,por-tanto,apenaseledevetera inicialmaiscula:
a cidadede So Paulo,oceanoPacfico,cabo da BoaEsperana,rio Verde,avenidaAtlntica,largo da Plvora,vale do Paraba,serraGeral, pico da Neblina,estadodo Riode Janeiro.
MasbomlembrarquecaboFrio nomedoacidentegeo-grficoeCaboFrio nomedacidade;queCidadedo Caboaca-pitallegislativadafricado Sul; etc.(v. tb. p. 45).
Abreviaturas
Deve-seevitarousodeabreviaturasnosnomesgeogrfi-cos,comexceodasigladaunidadedafederao,quesepodeacrescentar,entreparnteses,aonomedacidade,vilaoupo-voadodequalquercategoria:
So Bernardodo Campo(SP),SantaRosa(RS),MarechalRondon(PR).
Nomes estrangeiros
Nohavendo"formasvernculasdeusovulgar"dosto-pnimosdeorigemestrangeira,atendnciamoderna- atporrecomendaodasNaesUnidas- noaportugues-Ios.Assim,usam-seformasaportuguesadas,comoAnturpia,Bor-dus,Londres,etc.,aoladodeformasnoaportuguesadas,co-moAuschwitz,Massachusetts,etc.
Paraosnomesgeogrficostransliteradose nomesprove-nientesdelnguasqueempregamalfabetosbaseadosnoalfabe-to latino,aplicam-seosmesmosprincpiosexpostosnap. 55.De resto, sconsultaro vocabulrioonomsticodap. 156.
Aportuguesamento
Algunstopnimos,numdadomomento,soaportugue-sadoseusadosnaformaverncula,masamodapassa,osapor-tuguesamentosdesaparecem. o caso,porexemplo,deOx-nia (Oxford),formahojetotalmentedesconhecida.
liB 5 E R V A ONohporqueevitaroaportuguesamentoparcialdeNovaYork, formaamplamentedifundida.
Em referncia bibliogrfica
Emrefernciabibliogrficaderodap,defimdeseooudolivro,ondesedevemreproduziripsis litterisosdadoscons-tantesnofrontispciodaobracompulsada,deregraqueono-medolocaldepublicaosejatranscritodeacordocoma ln-guadeorigemdapublicao:
London,New York, Madrid, Milano.
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8NUMERA
8 - Numerais 63
oempregodealgarismoarbiconagrafiadeumnmerodenotaconcisoeexatido.O arbicodeveserusadonaindi-caodevaloresdemedidasemonetrios,dadosmatemticoseestatsticos,expressestcnicasoucientficas.Seguem-seal-gumasregrasparaoempregodosnumerais,masantesdeaplic-Iasnantegraconvenienteponderara naturezadaobra,ouseja,se umaobradeexatas,literria..,
Regrageral
Os nmeros,emgeral,sorepresentadosporalgarismosarbicos,masseescrevemporextensoosnumeraisdezeroa no-vee asdezenase centenasredondas:
Dois,dez, quarenta,seiscentos- setemil, noventamil,quinhentos.milhes.
Grafia mista
1) Classedosmilhares- Nohavendonadanasordensdaclasseinferior:
73 mil,mas73 200;539 mil,mas539209.
2) A partirdaclassedosmilhes- Pode-serecorreradoispro-cedimentos:
a) 12milhese 892mil, mas12892050.b) 7,3milhes.
1) Noseparteumnmero(expressoemalgarismos)nofinaldelinha.
2) As classesdeumnumeralseparam-secomespaofino,ex-cetuando:
a) Ano:No ano de 1990.Mas: h 1 990 anos.
b) Flio(nmerodepginaaplicadonapublicao):1858;mas:1 858 pginas,pgina 1 858.
c) Endereamento:CEP 04404-040;caixapostal8656;avodo Contorno,1317.
3) Noseusazero esquerdadenmerosinteiros,a noserquesetratedecdigosdeendereamentopostal,prefixoste-lefnicose outrosnmeroscodificados.Nasdatas(v. tb.p. 66),porexemplo,senohouvero algarismocorrespon-dente dezena,escrevasimplesmente:
2-8-1991.
4) Ao escreverumnmeroporextenso,observeo seguinte:a) No seusao hfenquandosetratardenumeral:
Dcimoprimeiro,trintae dois.
Se,porm,o numeralfor substantivado,a sim,o em-pregodohfen obrigatrio:
Vinte-e-um(jogode cartas),oitenta-e-oito(inseto).
b) A vrguladispensvelcomopontuaointermediria,ouainda,segundoAntnioHouaiss,"dispensveloem-pregodequalquersinaldepontuaointermdio"1:
2 835 132 =dois milhesoitocentose trintae cincomilcentoe trintae dois.
1 Elementosdebibliologia, Rio deJaneiro,InstitutoNacionaldoLivro,1967,v. 1,p. 195.
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64 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO 8 - Numerais 65
c) Emprega-seaconjunoe ligandoapenasasordens(cen-tenas,dezenas,unidades)dentrodecadaclasse:
892 = oitocentose noventae dois,850 =oitocentose cinqenta,802 = oitocentose dois.
Salvoexceesa seguir,nohavere entreumaclassee outra(milhares,milhes,bilhes,...):
5 432594276 = cincobilhesquatrocentose trintaedois milhesquinhentose noventae quatromilduzentose setentae seis.
Mas o e aparecerem:23 001 = vintee trsmile um,
23 058 =vintee trsmile cinqentae oito,23 400 = vintee trsmile quatrocentos,5 600000 =cincomilhese seiscentosmil,
nmerosemquehzero(ouzeros)completandoordensdaltimaclasse.
MPORTANTE
Eviteiniciarfrases,pargrafosouttulosdeseescomal-garismos.Senoforpossvelevitartalconstruo,procureescrevero nmeropor extenso.
Numerais com expresses quedenotam aproximao
Escreve-seo numeralporextenso:Quase centoe cinqentapessoas.
Mas as datas,mesmoaproximadas,soescritascomarbicos:
Por voltade 1600(ou: c. 1600).
Antes de unidades abreviadas
Antesdeunidadesabreviadas,osnumeraisdevemseres-critossemprecomalgarismosarbicosecomespaoentreova-lor numricoe a unidade:
5 m, 800W.
osinalcorrespondenteagrauficaprximoletraquere-presentaa escalae separadodonmeroporespao:
90 DC, 32 DF.
Depois de abreviaturas oudepois de substantivos
Escrevem-secomalgarismosarbicos:Aluno n':'1, ap. 7, casa4.
Numeraissubstantivados
Quandosubstantivados,os numeraissoescritosporextenso:
Pintaro sete,o Seiscentos(designandosculos- nestecaso,osculoXVII -, o numeraldeveserescritocommaiscula).
Porcentagens
Sorepresentadasporalgarismosarbicos,seguidosdosm-bolo % (semespaoentreo algarismoe o smbolo):
10%,37%.
Sobre a concordncia verbal
1) O verboficanosingularsea expressopartitivaestivernosingular:
Cercade 90% do eleitoradovotou.
Mas, sehouverqualqueradjuntodaporcentagemnoplu-ral, o verbovaiparao plural:
Cercade 90% dos eleitoresvotaram.
Esses25% do salriovo para o impostode renda.
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66 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO8 - Numerais 67
2) Comoverboser,esteficanosingularseaexpressonum-rica consideradana suatotalidade:
Os 40% de mulheres pouco.
3) Faz-seaconcordnciacomaporcentagem,seantesdestaviero verboou a expressopartitiva:
Votaram90% do eleitorado.Do eleitorado,90% votaram.
1) Envolvendonumeraisdeumanoveeasdezenasecentenasredondas,porextenso:
Doiscruzeiros,cincomilmarcos,dez milhesde dlares.
2) Envolvendonumeraisa partirde 11,comalgarismos:15 cruzeiros,120milmarcos,32 milhesde dlares.
3) Seenvolveremfraes,asquantiassoescritascomalgaris-mosacompanhadosdo respectivosmbolo:
Cr$ 832,50,US$725.30.
Escrevem-seo diaemalgarismosarbicos,o msporex-tensoe o anoemalgarismosarbicos:
10de agostode 1990,marode 1952.
Ou tudocomalgarismosarbicosemumadasseguintesformas,desdequeseoptepeloempregosistemticodeumadelas:
10-8-1990,10/8/1990ou 10.8.1990.
Apesardeexpressesdotipo"anos30" seremdeusocor-rente,procureevit-Ias.Passeaadotaraspalavrasdcadaedec-nio,escrevendotodososalgarismosdonmero,enosadezena:
Dcadade 1930,decniode 1980.
Soescritoscomalgarismosseguidosdasrespectivasabre-viaturasdasunidadesdetempo- h = hora(s),min = minu-toes),s = segundo(s):
7h (ou setehoras),9h 15min,5h 27min15s,15h30s.
Sea horafor aproximada,escreve-setudoporextenso:s setee meiada manh,pertodas quatrohoras.
Fraes
Grafia
As fraessoescritas:
1) Porextenso,quandoambososelementosestoentreumedez:Trsquintos,dois nonos.
2) Comalgarismosemtodososoutroscasos,inclusiveasfra-esdecimais:
3/15 (ou 135), 2,2.
Mas escreve-seporextensoa fraoquenorepresentaraidiaexatadeum nmero:
No te conteiummilsimoda histria.
Concordncia
A concordnciaverbalcomnmerofracionriofeitase-gundoa leiturado nmero,i.e., como valorexpressopelonmero:
... 0,25g (vintee cincocentigramas)da substnciaproduzem...
... 1,2g (umgramae doisdecigramas)de umxidodenitrognioapresentam0,56g de nitrognio.Um terodos alunosprecisaestudarmais.Doisterosdo livro foram lidosnuminstante.
... 1,5 milhode cruzeirosforamgastos...
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68 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO
Ordinais
1 AntnioHouaiss,Elementosde biblialagia, cit., v. 2, p. 91.
A regrageraldedivisosilbicadoportuguspartirosvocbulosdeacordocoma pronncia:
pneu-m-ti-co,ac-ne, des-cer,car-ro, sub-Io-car,su-bli-me,ci-sal-pi-no,cis-pla-ti-no,su-pe-res-tru-tu-ra.
Do pontodevistatipogrfico,entretanto,humaregrafundamental,queevitariaadiscussodospreceitosqueregula-mentamo assunto:"No partirvocbulonamedidadopos-svel''1. Coma ressalvadamedidadopossvel,vamossou-trasnormas.
I CA
llIUl
DIVISO SIL
oobjetivodestecaptulonodetalharasregrasdedivi-sosilbicadoportugus,mastratarcomexclusividadedapar-tiodepalavrasnofinaldelinha.O queaquisevsoorien-taesabrangentesque,senoferemasregrasoficiaisdo"For-mulrioortogrfico",limitamempartesuaaplicao.Massotambmorientaesprticasquevisamevitaroerroeosfatosdesagradveisadvindosdapartiodo vocbulo.
Existemproblemasdenaturezasemelhantetambmnaedi-odetextosdeoutraslnguas.Emboranamaioriadelasadi-visosilbicapossaseprocessarcomonoportugus,hparti-cularidadesquetmdeserconsideradas.Por isso,oportunonosapresentarasnormasbsicasdoportugus,comotam-bmapontaroscasosquedelediferememalgumaslnguasmaisdifundidas:espanhol,ingls,alemoe francs.
DMPORTANTE
Nosesuperpemaosromanosasabreviaturas(0, a, os,as)indicativasdeordinaiseusadassomentecomosarbicos.Bastaescrever,porexemplo,XX Congresso,poisosroma-noscolocadosantesdosubstantivosolidoscomoordinais.
A 19arismosromanosEmpregam-seosalgarismosromanos,principalmente,nos
seguintescasos:
1) Dinastiase nomesdereis,imperadores,papas,etc.:11 dinastia,LusXVI, Joo Paulo 11.
2) Sculos:SculoXX, sculoII a.e.
3) Eventosperidicos(congressos,seminrios,conclaves,etc.):XI BienalInternacionaldo Livro,XXXVReunioAnual daSociedadeBrasileirapara o Progressoda Cincia.
Masescrevem-seporextensoPrimeiraGuerraMundial,Se-gundoReinado,etc.,pornoseremepisdiosperidicos.(Veja-sea indicaodeeventosemrefernciasbibliogrfi-cas p. 114.)
4) Numeraodepginaspr-textuais(seforocaso)e subse-esdeumlivro.Nestascircunstncias,excepcionalmente,podemserescritoscomletrasminsculas:
......., li, 111,IV,
Escrevem-seosordinaiscomalgarismosarbicosseguidosdaabreviaturaindicativadeordem,comexceodeprimeiroadcimo,quesoescritosporextenso:
Primeiro,segundo,nono, 13':>,25':>.
H casosemqueosordinaissorepresentadosporalga-rismosromanos(vejao prximoitem).
Emrefernciasbibliogrficas,osordinaisreferentesaon-merodaediosorepresentadosapenaspeloarbicoseguidodeponto(v. p. 111).
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70 o LIVRO: MANUAL DE PREPARAO E REVISO 9 - Diviso silbica 71
\..
Recomenda-se,entretanto,quenofinaldelinhasejamcon-sideradososseguintesprocedimentos:
1) Nopartirovocbulodemodoquepossafigurar,noincioouno finaldelinha,palavraobscenaou ridcula:
aps-tolo,asso-alho,e-mieo,eu-rioso,de-putada,exerc-eio,fede-ral.
2) Empalavrascompostasunidasporhfen,namedidadopos-svela partiodevecoincidircomo hfenj existentenapalavra:
inter-/relao,pau-/brasil,olho-/d'gua.
a) Quandoapartiocoincidecomo hfenj existentenapalavra,nonecessriorepeti-Ionalinhaseguintedacomposio.Entretanto,quandoissoocorreremfinaldelinhadosori-ginais(dequalquerespcie),o preparadordevecolocaro hfennocomeodalinhaseguinte,apenasparafacili-tara interpretaodocomponedoroudigitador,o qualnoir reproduzi-Iona composio.
b) O hfensdeveserrepetidonacomposioquandosetratardeobrasdelnguaportuguesadestinadasaopri-meiroe segundograus.
3) A separaodevogaisdeveserevitadano incio,nomeiOou no fim depalavras:
e-Iemento,ou-vido,eompre-enso,eonsei-neia,ea-iu.
4) Nopartirsiglasou abreviaturas:Telebrs,FGTS,bibliogr., ibid.
5) Palavrasenomesestrangeirosdevemserseparadosdeacor-docomasnormasdalnguaoriginal.Quandonosetiverconhecimentodessasnormas,umamedidaprticanopar-tir osvocbulosouconsultaraspginasseguintes,quetra-zemregrasbsicasdealgumaslnguasbemdivulgadasen-trens.
Faz-seadivisosilbicadoespanholcomonoportugus,mas bomlembrar:
1) As letrasII e rr soindivisveis:ea-lIe,ea-rroza.
2) Prefixoscomoab-, bis-, cis-, des-,in-, inter-,sub-, super-,etc.permanecemindependentesdaslabaseguinte:
eis-alpino,des-nimo,in-alterable.
3) Nosotrose vosoirosassimsedividem:nos-otros,vos-otros.
Dificuldadesdepartiodepalavrasnoinglsexistematparaaquelesqueo tmcomovernculo,masalgumasnormasbsicaspodemsersintetizadas.
1) Em geral,separa(m)-se:a) Duasconsoantesiguais:
bot-tom,fer-ry, rab-bit.
b) A terminao-ing:be-ing,c1ean-ing,foot-ing.
Mas, seantesde-ing houverduasconsoantes,a divisopodeocorrer:
Nasduasconsoantes:
light-ning,swim-ming,whip-ping.
Ou propriamenteem-ing:dress-ing,off-ing,tell-ing.
2 Subsdiosparaasnormasdedivisosilbicadoespanhol,doingls,doalemoedofrancsforamcolhidosna obracitadadeEmanuelArajo(p. 187-.92pas.).
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72 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO 9 - Diviso silbica 73
2) No se separam:
a) Duas consoantesquetmum nicosom(ch, ck, she th):ar-chiteet,jock-ey,mar-shal,au-thor.
b) Os elementosdasterminaes-cial, -cian, -cious, -gious,-ism, -ist, -logy, -sion, -tial, -tion:
essen-tial,magi-cian,reli-gious.
c) Nomes de pessoas:Michael,Truman,William.
Alemo
Como grandepartedosvocbulosda lngua alem for-madapor composio,a partioidealdovocbulo,nestesca-sos,deveconsistirna separaodoselementosque o formam:
Arm-band-uhr(relgiode pulso), Bahn-hof(estao),Hand-buch(manual).
No mais, a divisosilbicado alemo semelhante doportugus;atente,porm,para as seguintesparticularidades:
1) No seseparamgruposdeletras(ch,ph, sch,st, th) quetmapenasum som:
ma-chen(fazer),Wissen-schaft(cincia),Ge-stalt(forma).
2) O grupoch noformaslabacomconsoantequevemdepoisdele:
leuch-ten(brilhar),rech-nen(calcular),Tech-nik(tcnica).
Seguidode vogal, com ela forma slaba:Fl-che(plano),Ku-chen(bolo),Md-chen(menina).
3) As letrasII seguidasdevogalficamumanumaslabaeaou-tra na slabaseguinte:
Kol-Iekte(colheita),stel-Ien(pr), Tel-Iur(telrio).
4) O grupo ck converte-seem kk quandodividido:Backe -+ Bak-ke(face),Mcke -+ Mk-ke (mosquito),
Nacken -+ Nak-ken (pescoo).
5) Na divisodeumapalavracompostaquetemo primeiroele-mentodecomposioterminadopelasletrasss - advindasda transformaodo sinalf3 (v. p. 116)- e o elementose-guintecomeadocom s, mantm-seisoladoo grupo ss:
Gross-stadt(cidadegrande,metrpole),
Mass-stab(metro- Mass, "medida"; 5tab, "basto").
Francs
Emboraa divisosilbicado francsseprocessedemodoanlogoao do portugus,observeo seguinte:
1) No seseparamas slabasligadaspor x ey:ex-gese,exi-ger,voya-geur.
2) As letrasj e h entrevogaisformamslabacoma vogalpos-terior:
-jeetion,ma-jeur,nichilisme.
3) A letra h forma slabacom a consoanteque lhe precede:me-nhir,m-thode,p-cheur.
4) Os gruposmn e ct podemserdivididos:am-nistier,sec-tion,trac-tion.
5) A slabacom e mudo no deveser separada:charte,en-fance,phi-Io-sophe.
-
j(JA B R E V I A T U R A S,$ I G L A S
E SiMBOLOiS
A breviaturs
Abreviaturas circunstanciais (abreviaes)Marca-se a palavraou locuoabreviadacom ponto:adio(adjetivo),fut. indo(futurodo indicativo).
Normalmente,secciona-sea palavradepoisde consoanteou de encontroconsonantal:
agr. (agrrio).
Existindooutraspalavrascujaabreviaturasejacoinciden-te, faz-seo desdobramento,assim:
agric. (agricultura),agrim.(agrimensura),agron. (agronomia).
Algumas abreviaestcnicas,no entanto,soexcees:ago. (agosto),Cio(cincia),cio(cientfico)
e outrasestabelecidaspela AssociaoBrasileira de NormasTcnicas.
Com exclusodassiglasdasunidadesda federao(AM,RS, MT, ...), no seabreviamos nomesgeogrficos:
So Roque,e no S. RoqueiCoronel Fabriciano,e no Cel.Fabriciano.
MPORTANTE
A abreviaosdeveocorrerquandoa palavraapareanotextocom uma freqnciatal quejustifique o recurso.
Abreviaturas tradicionais
Consagradopelatradio,estetipo deabreviaturafogeregra anteriore pode seapresentar:
1) Com letras finais superpostasdepoisdo ponto de seccio-namento:
am.o (amigo), c. el (coronel).
Entretanto os tipossuperpostosdevemserevitados.Nestecaso,o pontovem depoisda abreviatura:
amo.,e no am.Oi cel., e no c.el.
2) Com colocaoaleatriade elementos:btl. (batalho),fls. ou fols. (folhas),Sr.ta (senhorita).
3) Com letrasdobradaspara indicar:
a) Plural: SS.AA. (SuasAltezas),pp. (pginas).Mas o plural deregrasefaz comacrscimode s: V.Sas.(VossasSenhorias),caps.(captulos).
TENO
Na normalizaoderefernciasbibliogrficas,devemserusadasas abreviaturasconstantesda p. 150.
b) Superlativo:DD. (Dignssimo),MM. (Meritssimo).
Hifens e acentos nas abreviaces#Mantm-senasabreviaesoshifense acentosexistentes
nos vocbulosabreviados:
m.-q.-perf.(mais-que-perfeito),sc. (sculo).
o ponto abreviativo e outrossinais de pontuao
O pontoabreviativodesaparecediantedopontoquemar-ca pausae combinacom os demaissinais, i.e.:
1) Quando ocorrerpontoabreviativosimultaneamentecomoponto que marcaa pausa,usa-seapenasum ponto:
"s ordensde V.Sa. Minha mulhere filhosagradecem.No se incomodeV.Sa." (Eade Queirs.)
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76 o LIVRO: MANUAL OE PREPARAO E REVISO 10 - Abreviaturas,siglas e smbolos 77
2) Conserva-seo pontoabreviativoantesdetodososoutrossi-nais de pontuao:
" ... fao sincerosvotospela prosperidadedos seusempreendimentos.Por quem! Criado de V.Exa.!" (EadeQueirs.)
"Oh, senhordoutor,V.Exa...." (Idem.)
A letra h em dgrafos
Nas abreviaesconstitudasdeletrasiniciais,mantm-seo h aoladodaconsoantequecomeleformadgrafo(duasletrascom um nico som):
Ch. (Charles)S. Peirce,Th. (Theodor)W. Adorno, Ph. D.(PhilosophiaeDoctor,doutorde/emfilosofia).
Siglas
As siglaspodemserformadaspor letrasiniciaisdo intitu-lativo(livros,jornais,revistas,departamentos,organizaes,ins-tituies,partidospolticos,etc.),por letraseslabasiniciaisoupor combinaesarbitrrias:
ABL (A,;:ademiaBrasileirade Letras),
Incra (InstitutoNacionalde Colonizaoe ReformaAgrria),