análise econômica do direito societário · economista e o advogado vivem em mundos diferentes e...
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Análise Econômica do Direito
Societário
Prof. Dr. Alexandre Bueno Cateb
2º Curso de Inverno de AED
Nedep – Iders – 1/8/2011
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“Enquanto a eficiência constitui-se no problema
fundamental dos economistas, a justiça é o tema que
norteia os professores de direito (...) é profunda a
diferença entre uma disciplina que procura explicar
a vida econômica (e, de fato, toda a ação racional) e
outra que pretende alcançar a justiça como elemento
regulador de todos os aspectos da conduta humana.
Esta diferença significa, basicamente, que o
economista e o advogado vivem em mundos diferentes
e falam diferentes línguas.” (George Stigler)
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10 princípios da economia
3
As pessoas enfrentam tradeoffs
O custo de alguma coisa é aquilo de que você
desiste para obtê-la
As pessoas racionais pensam na margem
As pessoas reagem a incentivos
O comércio pode ser bom para todos
Os mercados são geralmente uma boa maneira de
organizar a atividade econômica
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10 princípios da economia
4
Às vezes, os governos podem melhorar os
resultados dos mercados
O padrão de vida de um país depende de sua
capacidade de produzir bens e serviços
Os preços sobem quando o governo emite moeda
demais
A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo
entre inflação e desemprego
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7% - Os contratos devem
ser sempre respeitados,
independentemente de
suas repercussões sociais.
61% - O juiz tem um
papel social a cumprir, e
a busca da justiça social
justifica decisões que
violem os contratos
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Por que economia? Suponha que você viva em Xanadu.
Em Xanadu, crimes graves são punidos com o encarceramento por
tempo indeterminado (ou melhor, prisão perpétua).
Recentemente, uma onda de assaltos a mão armada assolou a terra
mítica. Alguns propõem que este crime seja punido com a prisão
perpétua.
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Por que economia?
Indagações
Advogado constitucionalista: a nova proposta é compatível com
a proibição de que as punições legais sejam cruéis?
Filosófo do Direito: esta proposta é justa?
.....
Político(s): e eu com isto?
..... e o economista?
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Por que economia? O economista intervirá no debate assim:
“Se tal punição for a mesma para crimes a mão armada e para crimes a mão armada seguidos de assassinato, então estaremos criando um perigoso incentivo para o aumento de assassinatos”.
Por que?
E você não é, necessariamente, um economista, não?
Pobre Xanadu...
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Por que economia?
Economia é (era) geralmente entendida, pelos não-
economistas, como algo relacionado a:
Política monetária (moeda, inflação)
Política fiscal
Desenvolvimento econômico
Discussões sobre o regime cambial
Etc.
Entretanto, isto é apenas parte da economia.
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Por que economia? Há muitos conceitos econômicos importantes para a Análise
Econômica do Direito.
Além de Ronald Coase, Guido Calabresi... Você já ouviu falar em política antitruste?
Mas há muito mais do que isto em Análise Econômica do Direito.
Se você se sentir incomodado, de alguma forma, já teremos cumprido nosso objetivo.
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Sobre o que é economia?
A economia diz respeito a que, exatamente?
“A ciência econômica, cujo objeto, no nível mais
fundamental, não é dinheiro ou a economia, mas as
implicações de escolhas racionais, é uma ferramenta
essencial para compreender os efeitos de regras legais.
Compreender quais efeitos as regras terão é
fundamental tanto para entender as regras que já
temos quanto para decidir quais regras deveríamos
ter”. [David Friedman, Law´s Order, Princeton
University Press, 2000]
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Racionalidade (escolhas racionais)
Você busca a geladeira mais barata em Porto Alegre para
comprar.
Sua pesquisa dura 8 horas e você encontra uma geladeira por
um preço que não é o mais barato da cidade.
Comprá-la é um ato racional?
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Racionalidade
Não significa que o indivíduo tome decisões com análises
em planilhas ou recorrendo a cálculos elaborados.
Mas significa que, de alguma forma, a pessoa é capaz de
tomar decisões como atravessar a rua mesmo com o sinal
de pedestre lhe desaconselhando tal ação, caso ele perceba
que não há perigo de atropelamento iminente.
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Racionalidade
Significa também que o criminoso armado não fará
cálculos sobre a probabilidade de ser preso. Entretanto, se
ele perceber que matar a vítima reduz o risco de ser pego,
então ele não terá problemas maiores em puxar o
gatilho...
Desenvolvimentos: Akerlof (dissonância cognitiva), Caplan
(irracionalidade racional), Kahnemann & Tversky (economia
comportamental), etc.
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Incentivos
Essencialmente, o objeto da análise econômica do direito (ou Law and Economics) é...a lei.
Calma! Ninguém quer substituir o Direito pela Economia!
A lei funciona como um sistema de incentivos. A multa por excesso de velocidade não é apenas uma forma nova de se
aumentar a receita tributária ou de punir o infrator, mas também um incentivo para que o motorista seja mais cauteloso.
Ou seja, leis têm consequências. Mas também têm custos...
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Racionalidade + Incentivos
Exemplo: Helland & Tabarrok (w.p.) analisaram o efeito da lei californiana de 1994 conhecida como “three strikes and you´re out”.
Resumidamente, um strike seria um tipo “grave” de crime (ex: homicídio, estupro, tentativa de homicídio, sequestro, etc). Após a condenação por um strike, uma condenação subsequente dobraria a pena anterior e o criminoso teria de cumprir 80% da pena. Um criminoso com dois strikesteria 25 anos de cadeia (e mais o requisito dos 80%).
Esta lei representa um incentivo para a diminuição destes crimes?
Implicitamente você supôs uma forma de pensar/agir para o criminoso...
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Racionalidade + Incentivos
A verificação empírica desta pergunta está sempre sujeita a
erros estatísticos.
Mas entre uma resposta parcial – que pode ser refutada por
outros pesquisadores – e nenhuma...
O resultado: “A previsão do 3º strike na legislação californiana dos
3 strikes reduziu significativamente prisões por crimes “graves” de
criminosos com 2 strikes entre 17 e 20 por cento”.
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Por que Direito?
Economia aplica sua teoria a problemas que,
obviamente, têm implicações empíricas.
Um conflito sobre um lote de terras pode ser
teoricamente resolvido por um economista.
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Por que Direito?
Mas sua solução real passa pela atuação dos advogados
das partes envolvidas e dos juízes.
Logo, o economista que quer estudar aplicações práticas
das teorias terá que entender um pouco mais dos
“incentivos” legais, ou seja, do Direito. Para o profissional
de Direito, qual é a utilidade da Economia?
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Por que não apenas Direito ou não
apenas Economia?
A economia ajuda na percepção das consequências da lei.
“Os aplicadores do Direito não podem ignorar que a adoção
errônea de certas regras pode impor custos sociais claros a toda a
sociedade. Uma espécie de obscurantismo jurídico tem, no entanto,
impedido muitos de nós de perceber tal realidade. (...)
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Por que não apenas Direito ou não
apenas Economia?
(...) Tome-se o exemplo do processo civil, onde as reformas vão e
vem, ao sabor dos ventos, sem que se saiba ao certo seu impacto na
vida de todos nós”. [Fátima N. Andrighi, Ministra do STJ, em
prefácio a Timm, L.B. (org) Direito e Economia, Livraria do
Advogado Editora, 2008, 2ª ed.]
Será que podemos saber “ao certo”, o impacto de alguma
lei? Melhor seria dizer: “com a menor inexatidão possível”.
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A Empresa
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Vivante: requisitos
Combinação de
fatores natureza,
capital e trabalho
Risco assumido pelo
empresário
Organização e risco
Ferri:
Iniciativa e risco
Valeri:
Organização
Atividade
econômica
Fim lucrativo
Profissionalidade
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A Empresa
23
Ferrara
Organização por meio
da qual se exercita a
atividade
Perfis de Asquini
Subjetivo: empresa =
empresário
Funcional: empresa =
atividade
empreendedora
Patrimonial ou
objetivo: empresa =
estabelecimento
Corporativo: empresa
= instituição
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A Empresa
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Carvalho de Mendonça
Conceito econômico =
conceito jurídico
Rubens Requião
Empresa é a
organização dos fatores
de produção, exercida
pelo empresário
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A Empresa
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Natureza empresarialExercício de Atividade Econômica Profissionalmente exercida De forma organizada Destinada a atingir o mercado Lícita Com finalidade lucrativa
Empresa: atividade metódica e profissionalmente organizada, visando lucro
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A Empresa
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Ronald Coase
Feixe de contratos
Instituição criada para reduzir os custos de
transação
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Então, Empresa é...
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Regulação de direitos e obrigações para o
investidor
Regulação de direitos e obrigações para a
sociedade
Forma mais eficiente de aproximar o capital dos
meios de produção
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Função social das empresas
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Cumprir a função para a qual a empresa se
propõe
Geração de tributos, empregos e riqueza
Atende interesses do mercado e da sociedade
Satisfação dos interesses dos acionistas
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AED aplicada à lei societária
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Organização dos mercados decorre das
diferenças da lei societária
Diferente performance da economia nos
países
Pressuposto da S.A.:
Aproximar investidor e produção
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Ranking das Juntas Comerciais segundo Movimento de Constituição,
Alteração e Extinção e Cancelamento de Empresas
Período: janeiro/2009 a Dezembro/2009
30
Ordem
Constituição Alteração Extinção Movimento Total
Junta
ComercialQte. %
Junta
ComercialQte. %
Junta
ComercialQte. %
Junta
ComercialQte. %
01 São Paulo 188.849 30,33 São Paulo 571.527 44,10 São Paulo 65.317 32,05 São Paulo 825.693 38,65
02 Minas Gerais 55.556 08,92 Minas Gerais 167.363 12,93Rio Grande do
Sul26.296 12,90 Minas Gerais 241.550 11,31
03 Paraná 49.393 07,93 Paraná 80.718 06,23 Minas Gerais 18.358 09,01 Paraná 148.008 06,93
04Rio Grande do
Sul49.294 07,92
Rio Grande do
Sul67.945 05,24 Paraná 17.897 08,78
Rio Grande do
Sul143.535 06,72
05 Rio de Janeiro 35.590 05,72 Rio de Janeiro 67.431 05,20 Santa Catarina 11.261 05,53 Rio de Janeiro 112.384 05,26
06 Bahia 34.984 05,62 Santa Catarina 49.687 03,83 Rio de Janeiro 9.363 04,59 Santa Catarina 90.206 04,22
07 Santa Catarina 29.258 04,70 Bahia 41.622 03,21 Goiás 8.901 04,37 Bahia 83.924 03,93
08 Goiás 25.649 04,12 Goiás 29.414 02,27 Ceará 8.102 03,98 Goiás 63.964 02,99
09 Pernambuco 19.696 03,16 Ceará 27.416 02,12 Bahia 7.318 03,59 Pernambuco 59.182 02,77
10 Ceará 19.334 03,11Distrito
Federal24.354 01,88 Pernambuco 4.841 02,38 Ceará 54.852 02,57
11Distrito
Federal12.599 02,02 Pernambuco 23.073 01,88 Espírito Santo 4.114 02,02
Distrito
Federal40.858 01,91
12 Mato Grosso 12.408 01,99 Espírito Santo 20.569 01,59Distrito
Federal3.904 01,92 Espírito Santo 36.689 01,72
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Ordem
Constituição Alteração Extinção Movimento Total
Junta
ComercialQte. %
Junta
ComercialQte. %
Junta
ComercialQte. %
Junta
ComercialQte. %
13 Espírito Santo 12.006 01,93 Mato Grosso 15.296 01,18 Mato Grosso 2.270 01,11 Mato Grosso 29.974 01,40
14 Maranhão 10.576 01,70 Paraíba 13.449 01,04 Maranhão 2.164 01,06 Pará 25.095 01,17
15 Pará 10.206 01,64 Pará 13.328 01,03 Piauí 1.573 00,77 Maranhão 22.619 01,06
16Rio Grande do
Norte8.067 01,30 Alagoas 12.634 00,97 Pará 1.561 00,77 Paraíba 22.282 01,04
17Mato Grosso do
Sul7.785 01,25 Amazonas 11.137 00,86
Rio Grande do
Norte1.475 00,72
Rio Grande do
Norte21.051 00,99
18 Paraíba 7.411 01,19 Maranhão 9.879 00,76 Amazonas 1.425 00,70 Alagoas 19.393 00,91
19 Amazonas 6.239 01,00Mato Grosso do
Sul9.806 00,76 Paraíba 1.422 00,70
Mato Grosso do
Sul19.022 00,89
20 Alagoas 5.522 00,89Rio Grande do
Norte9.417 00,73
Mato Grosso do
Sul1.418 00,70 Amazonas 18.801 00,88
21 Piauí 5.140 00,83 Rondônia 7.486 00,58 Alagoas 1.237 00,61 Rondônia 13.073 00,61
22 Rondônia 4.439 00,71 Sergipe 5.844 00,45 Rondônia 1.064 00,52 Piauí 11.571 00,54
23 Tocantins 4.276 00,69 Tocantins 5.395 00,42 Sergipe 818 00,40 Sergipe 10.379 00,49
24 Sergipe 3.717 00,60 Piauí 4.858 00,37 Tocantins 648 00,32 Tocantins 10.320 00,48
25 Amapá 1.946 00,31 Amapá 2.220 00,17 Roraima 440 00,22 Amapá 4.519 00,21
26 Acre 1.547 00,25 Roraima 1.996 00,15 Amapá 323 00,16 Acre 3.703 00,17
27 Roraima 1.065 00,17 Acre 1.855 00,14 Acre 301 00,15 Roraima 3.501 00,16
Total 622.552 100,00 Total 1.295.989 100,00 Total 203.811 100,00 Total 2.136.148 100,00
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CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS POR TIPO JURÍDICO -
BRASIL - 1985-2005
32
ANOSFIRMA
INDIVIDUAL
SOCIEDADE
LIMITADA
SOCIEDADE
ANÔNIMA
COOPE-
RATIVAS
OUTROS
TIPOSTOTAL
1985 168.045 148.994 1.140 363 66 318.608
1986 277.350 238.604 1.034 297 204 517.489
1987 222.847 195.451 857 319 161 419.635
1988 208.017 184.902 1.214 404 128 394.665
1989 240.807 209.206 1.251 437 151 451.852
1990 279.108 246.322 748 438 141 526.757
1991 248.590 248.689 611 447 156 498.493
1992 221.604 207.820 594 515 132 430.665
1993 254.608 240.981 697 757 161 497.204
1994 264.202 245.975 731 657 207 511.772
1995 263.011 254.581 829 879 187 519.487
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CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS POR TIPO JURÍDICO -
BRASIL - 1985-2005
33
ANOSFIRMA
INDIVIDUAL
SOCIEDADE
LIMITADA
SOCIEDADE
ANÔNIMA
COOPE-
RATIVAS
OUTROS
TIPOSTOTAL
1996 252.765 226.721 1.025 1.821 360 482.692
1997 275.106 254.029 1.290 2.386 410 533.221
1998 239.203 223.689 1.643 2.258 335 467.128
1999 244.185 229.162 1.422 2.330 246 477.345
2000 225.093 231.654 1.466 2.020 369 460.602
2001 241.487 245.398 1.243 2.344 439 490.911
2002 214.663 227.549 1.012 1.556 371 445.151
2003 228.597 240.530 1.273 1.503 310 472.213
2004 222.020 236.072 1.366 2.438 303 462.199
2005 240.306 246.722 1.800 1.297 413 490.538
TOTAL 4.569.288 4.300.257 20.080 21.731 4.534 8.915.890
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Características da Lei 6404
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Regular pormenorizadamente aspectos
fundamentais (empresa, controladores,
administradores, acionistas, etc.)
Divulgação de resultados
Fiscalização pública das S.A.
Distribuição obrigatória do lucro
Limite da gratificação da administração
Preservar valor da ação do minoritário (tag along)
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Reforma de 1997
35
Instrumento de política econômica
Descentralização estatal
Lei 9.457
Necessidade de operar privatizações
Restrição aos direitos dos acionistas minoritários
Privatizações
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Reforma de 2.001
36
Instrumento de política econômica
Globalização: investimentos estrangeiros
Fortalecimento do mercado acionário
Atração de capital
Restauração de direitos dos acionistas
minoritários
Lei 10.303
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Valores Mobiliários Previstos no art. 2º da Lei nº 6.385/76 e em Resoluções do
Conselho Monetário Nacional
Nova definição de valor mobiliário introduzida no art. 2º da Lei nº 6.385/76 pela Lei nº 10.303/2001:
Art. 2o São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei:
(...)
IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.
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Sistema Financeiro Nacional
Definição:
Conjunto de instituições e instrumentos
financeiros que possibilitam a transferência
de recursos dos ofertantes para os
tomadores e criam condições para que os
títulos tenham liquidez no mercado.
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Segmentos Prazos Finalidade Tipo deintermediação
Monetário Curto Controle deliquidez
monetária naeconomia
Bancário e nãobancário
Crédito Curto,médio
Consumo ecapital de giro
Bancário e nãobancário
Câmbio Curto eà vista
Conversão demoedas
Bancário eauxiliar
Capitais Médio,longo
Investimentos,capital de giro e
operaçõesespeciais
Não bancário
A Segmentação do Mercado Financeiro
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AGENTES: Unidades superavitárias (poupadores)
Unidades deficitárias (tomadores)
Intermediários Financeiros
MECANISMOS DE FINANCIAMENTO:
Financiamento indireto (ou intermediado) mercado de crédito
Financiamento direto mercado de capitais
Valores Mobiliários
O Processo de Financiamento
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Principais Valores Mobiliários Negociáveis no
Mercado de Capitais
Ações
parcela do capital social
Debêntures
títulos de dívida de
médio e longo prazo
Notas Comerciais(“commercial papers”)
título de dívida de curto prazo
Fundos de Investimento em
Participações(“Private Equity”)
empresas emergentes
Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios(FIDC)
securitização de recebíveis
Quotas de Fundos de
Investimento
Fundos de Investimento
Imobiliário
Certificados de Recebíveis
Imobiliários(CRI)
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TIPO DE OFERTA VOLUME
2006
VOLUME
2007
VOLUME
2008
VOLUME
2009
AÇÕES 31.181 75.498 34.878 38.068
DEBÊNTURES 69.464 46.533 37.458 7.350
NOTAS
COMERCIAS
5.278 9.725 25.907 8.850
QUOTAS FIDC 12.777 9.961 10.020 2.264
QUOTAS FIP 4.775 22.274 20.050 5.237
CRI 1.071 868 930 983
OUTROS 415 600 1.518 726
TOTAL 124.961 166.977 130.761 63.478
Ofertas Registradas
(R$ MILHÕES)
42
© C
opyr
ight
by
Ale
xand
re B
ueno
Cat
eb
Volume de Títulos Emitidos(13/10) (EM R$ BILHÕES)
13
29
71
125
167
131
64
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
43
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opyr
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by
Ale
xand
re B
ueno
Cat
eb
Volume das Ofertas de Ações(13/10) (EM R$ MILHÕES)
2.7239.152
14.142
31.182
15.200
75.434
55.500
34.879
7.607
39.094
9.058
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
2003 2004 2005 2006 2006
IPO
2007 2007
IPO
2008 2008
IPO
2009 2009
IPO
44
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xand
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ueno
Cat
eb
Operações de Abertura de Capital (IPO)(13/10)
1 0 1 0
7 9
26
64
4 2
0
10
20
30
40
50
60
70
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
45
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Ale
xand
re B
ueno
Cat
eb
Participação de Investidores Externos nas Ofertas
Públicas de Ações (em %)
60,1967,06
75,6
48,1
56
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2005 2006 2007 2008 2009
46
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xand
re B
ueno
Cat
eb
Investimento estrangeiro em mercado
saldo + valorização (em US$ bilhões – agosto/09)
10 2029
53
102
214
264
123
212
0
50
100
150
200
250
300
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
maio
2008 2009
47
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ueno
Cat
eb
Mercado de Renda Fixa Brasileiro
• Queda das taxas de juros permitiu avanço do
mercado de títulos privados
Títulos públicos x Títulos privados
Fontes: Cetip, Anbid e Banco Central. Elaboração: ANDIMA.
-
200,00
400,00
600,00
800,00
1.000,00
1.200,00
1.400,00
1.600,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
(jul)
R$
bilh
õe
s
Títulos Públicos Títulos Privados
71%
29%
51%
49%
48
© C
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by
Ale
xand
re B
ueno
Cat
eb
-49,60%
-8,87%
-19,85%-22,97%
-17,10%
-71,99%-72,73%
-13,91%
-38,53%
-18,32%
-25,02%
-45,50%
-62,23%
-80%
-70%
-60%
-50%
-40%
-30%
-20%
-10%
0%
1972 1976 1978 1979 1982 1987 1990 1995 1998 2000 2001 2002 2008
Fonte: Jornal Valor Econômico, 27/10/2008, pág. D2
PIORES ANOS DO IBOVESPA
49
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ueno
Cat
eb
Reforma de 2.009
50
Modernização do sistema contábil adotado no
Brasil
Globalização: empresas brasileiras atuando no
mercado internacional
Redução de custos de informação
Lei 11.941
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ueno
Cat
eb
Atuação da CVM
51
Redução de custos de transação
Informação – redução de assimetria de informações
Negociação – equilibrar ganhos entre as partes contratantes
Execução contratual – segurança jurídica e econômica
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eb
52
Regulação do mercado
Minimizar custos de transação
Minimizar litígios
Prevenir condutas
Sanção aos agentes por infração de regras
Arbitragem para solução de conflitos
Amicus curiae – preserva o mercado
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ueno
Cat
eb
Característica presente ao longo
dos anos:
53
Exercício de atividade econômica, profissionalmente
exercida, de forma organizada, destinada a atingir o
mercado, lícita, com finalidade lucrativa
Maximizar o LUCRO
=>
Eficiência econômica
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ueno
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eb
Função social das empresas
54
Cumprir a função para a qual a empresa foi criada
Geração de tributos, empregos e riqueza
Atende interesses do mercado e da sociedade
Satisfação dos interesses dos sócios/acionistas
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