anestesicos locais unesa - vet - 2010-1
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Anestésicos Locais
Profa. Bernadete Soares
UNESA - Medicina Veterinária2010.1
À minha amiga Tania Tano in memorian
Conceito
• São substâncias que bloqueiam a condução nervosa quando aplicadas localmente no tecido nervoso em concentrações apropriadas.
• Em contato com o nervo são capazes de produzir tanto bloqueio sensitivo quanto motor.
• Efeito temporário e reversível* bloqueio temporário e localizado da condução nervosa podendo
acarretar perda da sensibilidade e da motricidade, dependendo da dose e do local de sua administração.
Histórico
Éster
- C - O -
O
O-CH3O
C N-CH3
Cocaína
Nativos do Peru – Folhas da Erytroxylon coca1860 – Albert Niemann (isolamento)1870-1880 Sigmund Freud (SNC)1884 – Carl Koller – Anestesia oftálmica1905 – Einhorn – Síntese da Procaína1943 – Lofgren – Síntese da Lidocaína
NA
NA Dopamina
DopaminaCocaína
Química e Classificação
H2N - - C - O - (CH2)2 - N
R1
R2
O
- N
R2
R3O
- NH – C – CH
R1
Região lipofílica(anel aromático)
Região Hidrofílica(Amina)
Cadeia Intermediária
Éster
Amida
Ésteres:ProcaínaTetracaína
Amida:LidocaínaBupivacaínaRopivacaínaPrilocaína
Bases fracas:
Propriedades Físico-químicas
BASE CÁTIONpKa = 8-9
H+
NHC=OCH2
N5H2C C2H5
-CH3H3C-
ALHCl ALH+ + Cl-
Não ionizadaLipossolúvel
Ionizada Hidrossolúvel
NHC=OCH2
N5H2C C2H5
-CH3H3C-
H
+ H+
pKa = 7,9
Membrana neuronal
pH = 7,950% 50%
Log [BH+] = pKa – pH [B]
pH = 7,424% 76%
Propriedades físico químicas
• As características dos anestésicos locais incluem: potência, difusão, latência e duração da atividade anestésica
• São determinadas pelas propriedades físico-químicas destes agentes
Difusão dos ALs – Penetração e latência
Axônio
Bainha de mielina
B ↔ BH+
B ↔ BH+
B ↔ BH+
Canais Na+
Anestésico % da BASE pH do meio
pKa 7 7,4 7,8
Benzocaína 3,5 100 100 100Lidocaína 7,9 11 24 44
Bupivacaína 8,1 7 17 33
Tetracaína 8,6 6 14 28
Procaína 8,9 1 3 7
Grau de ionização do AL depende do pH do meio↓ PH do meio (pH<pKa) ⇒ ↑ ionização - ↓Penetração - ↓Efeito
B + H+ BH+
Potência e Duração de Ação Anestésico Latência
(min)Duração (h) Potência Dose máxima
(mg/kg)
Procaína 0,2 - 15 < 1 1 12
Lidocaína 0,2 - 15 1 - 2 4 4,51 ou 82
Prilocaína 0,2 - 15 1 - 2 2 8
Tetracaína 1 - 15 3 - 5 16 2 - 3
Bupivacaína 0,5 - 30 3 - 6 16 2 - 3
Ropivacaína 1- 20 3 - 4 12 2 - 3
Curta Duração: ProcaínaDuração Intermediária: Lidocaína, Prilocaína, EtidocaínaLonga Duração: Tetracaína, Bupivacaína, Ropivacaína
Mecanismos de Ação
AδNarahashi e cols, 1971
QX314+
Na+
B ↔ BH+
B ↔ BH+
B ↔ BH+
QX314+Potencial de Ação
Anestésico local
1) Interação (BH+) com o sítio do AL localizado próximo ao poro2) Acúmulo de Base não ionizada na bicamada lipídica
Fatores que influenciam a ação dos ALs
Lipossolubilidade do AL
Concentração do AL no sítio de ação
pH do meio
Frequência de ativação dos canais de Na+
Associação do AL com vasoconstrictor
PA
Aα
Aδ
CCanais de Na
Diâmetro das fibras Grau de mielinização
Freq. de disparos de PA
Bloqueio diferencial dos nervos sensitivos vs. motores
Associação dos ALs com agentes vasoconstrictores
ALs +Epinefrina
1) Prolonga a duração anestésica2) ⇓ Riscos toxicidade3) Sangramentos locais
Vantagens
Desvantagens
1) Inapropriada para regiões de baixo fluxo sanguíneo2) Riscos de efeitos colaterais em pacientes cardiopatas
Influência da epinefrina na duração da anestesia induzida pela lidocaína e etidocaína no bloqueio do nervo ulnar
(min)
Lidocaína 1 %
Etidocaína 0,5 %
600200 400
Sem epinefrinaEpinefrina 1:200.0001g/200.000ml = 5µg/ml*
Farmacocinética
ABSORÇÃO METABOLIZAÇÃOELIMINAÇÃO
TOXICIDADE
Éster - butirilcolinesterase plasmáticaAL Amida + Proteínas ↔ AL-Proteínas
B ↔ BH+
TECIDOS:Coração
(Bupivacaína)
FÍGADO:N-alquilação → Hidrólise
Prilocaína → o-toluidina (metamoglobinemia)
Efeitos adversos sistêmicos - Intoxicações
Dose de Lidocaína
Cp(µg/ml)
3
5
7
9
12
Antiarrítmico
Zumbidos – Parestesia - Dislalia
Sedação – Confusão – AnsiedadeTremor
Abalos - Inconsciência
Convulsão – ComaIRA – Hipóxia - Choque
Parada Cardíaca
IRA = insuficiência respiratória aguda
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