consi a s ci ico os o n icas · 2019-10-22 · julho/agosto 2010 caso clínico consi a s ci ico os...
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Caso Clínico
Consi a s
Ci ico os o n icasOs avanços obtidos nos últimos anos na área da Im-
plantologia obrigaram a uma reformulação no modo
como abordar situações clínicas com prognóstico
comprometido.
Apesar de solucionar a maior parte dos problemas
clínicos, a Implantologia necessita de osso para cumprir
o seu objectivo. A falta deste, leva á impossibilidade de
colocação de um implante
A criação de um defeito ósseo quer horizontal quer
vertical começa com a exodontia do órgão dentário. A
remodelação pós-extraccional foi primeiramente descrita
por Boyne (1966)(6)seguido por Amler (1969)
(7) , mas foi com a
necessidade de colocar implantes em alvéolos que a inves-
tigação ganhou outra importância.
Araújo (8) concluiu que cerca de 50 % das dimensões
vestíbulo-linguais da crista óssea vestibular são perdidas
nos primeiro 3 meses de cicatrização, ocorrendo no mes-
mo período a perda de 30% da crista palatina.
Esta remodelação prolonga-se na zona basal ao longo
da vida de um individuo.
Atwood (1962)(9) demonstra as 7 fases de reabsorção por
que passa a mandíbula e conclui que existe uma perda de
volume e altura. Estes estudos foram seguidos por análises
radiográ�cas e imagiologicas de Carlsson e Persson (1967)
(10) que comprovaram as suas conclusões.
Tallgreen (1972)(11) demonstra que essa reabsorção é
acentuada pelo uso de próteses removíveis.
Cawood e Howell (1988)(12) demonstram que o maxilar
superior sofre um fenómeno de remodelação centrifuga
perdendo osso no sentido vertical e horizontal.
n a o ss a ia a
Este procedimento foi descrito primariamente por
Boyne (1969) consistindo na regeneração de tecidos, pela
selecção de células a colonizar uma determinada matriz
e bloquear células indesejáveis através da utilização de
membranas biológicas.
Melcher (1976)(13) isola células do ligamento periodon-
tal para regeneração tecidular guiada (GTR) e criação de
cemento.
Nyman (1980)(14) utiliza membranas para regeneração e
ganho de inserção periodontal.
Dahlin (1989)(15) começa a usar membranas para bloquear
�broblastos e favorecer a colonização osteoblástica para a
regeneração óssea guiada (GBR), em 1991 o mesmo autor
demonstra o sucesso da técnica com membranas não reab-
sorvíveis para o aumento horizontal de osso.
Hammerle (16) e a equipa suíça lança os primeiros
postulados da regeneração óssea guiada. O mecanismo
de crescimento acontece, na grande maioria, por osteo-
conducção e por isso a criação de um espaço para existir
migração celular é mandatório, neste tipo de regeneração
óssea. A incorporação de factores de crescimento e prote-
ínas morfogenéticas nas matrizes aufere algum potencial
de osteoindução. Outro parâmetro de sucesso é o encer-
ramento primário da ferida cirúrgica.
A protecção dos materiais de regeneração tem de ser
uma constante. O contacto com a saliva e carga bac-
teriana deve ser evitado. A estabilização do complexo
biomaterial-membrana foi demonstrado ser um requisito
por Simion (1998)(17) .
A técnica de ROG apesar de ter um objectivo e uma
�siologia única, pode ser realizada com uma panóplia
de materiais de regeneração e uma grande variedade de
membranas.
Moy e Aghaloo (2007)(18) numa revisão sistemática onde
foram considerados 1232 implantes de 1985 a 2005 obti-
veram uma taxa de sobrevivência (de implantes coloca-
dos em osso regenerado) de 95,5%, concluindo os autores
que as técnicas de aumento de crista óssea não possuem
documentação detalhada nem estudos com follow-up a
longo prazo com excepção da ROG.
Outra revisão feita em por Chiapasco (2009)(19) demons-
tra a mesma conclusão.
Demonstra ainda que a falta de estudos clínicos ran-
domizados tornam as técnicas de regeneração óssea,
procedimentos com baixo valor cienti�co, sendo mais
importante a experiência clínica do que o tipo de técnica
ou material usado na regeneração.
n lis os o n ica li ina
A regeneração de tecidos orais e respectiva reabilitação
envolve a intima interacção da prostodontia com a cirur-
gia oral.
André Chen
l no s ciali a Ci ia al ac l a
icina n ia ni si a is oa
Paulo Coelho
Coo na o C so s ciali a o
Ci ia al a ac l a icina
n ia a ni si a is oa
João Caramês
Coo na o o C so s ciali a o
lan olo ia a ac l a icina
n ia a ni si a is oa
a os a ia icola n
is oa
ail so c n ail co l
Palavras Chave:
n a o ss a ia a lan
no n o anas
n o o
A perda de dentes e a consequente perda de função e
estética, levou á necessidade de desenvolver mecanismos
de substituição dentária.
O pós-extracção envolve a reabilitação do espaço
edêntulo com prótese removível com prótese �xa sobre
dentes ou com uma combinação de ambas (1,2) .
Com a descoberta e estudo do fenómeno de Osteoin-
tegração por Branemark e Adell, os Implantes Endosseos
passaram a ser uma opção válida de reabilitação oral (3,4)
Numa fase inicial o sucesso, ainda que baixo, era limi-
tado a situações de reabilitação total. Jemt (1986) descreve
a utilização de implantes para situações de reabilitação
parcial e unitária com uma taxa de sucesso num intervalo
entre os 81-88 % (5) .
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Caso Clínico
Numa análise prostodôntica o clínico obtêm o resul-
tado �nal da reabilitação projectando em modelos e ima-
gens a situação mais desejável para o paciente.
A partir da aprovação laboratorial e fotográ�ca a
equipa de reabilitação oral estuda as melhores solu-
ções para atingir o objectivo proposto. Numa primeira
análise torna-se necessário avaliar a Linha do Sorriso
(LS) e o Suporte do Lábio (SL). Dois itens indispensá-
veis para o sucesso da reabilitação. A LS é importante
para perceber qual a relação do rebordo alveolar com
o lábio superior.
Se o lábio cobre totalmente o rebordo alveolar quando
o paciente sorri (LS baixa) o uso de materiais de substitui-
ção de gengiva podem ser uma opção.
Se o lábio não cobre o rebordo alveolar em sorriso (LS
alta) todos os tratamento se tornam mais difíceis tendo o
clínico que , na maior parte dos casos, recorrer a técnicas
de regeneração vertical e horizontal em casos de reabilita-
ção unitária e parcial.
Em casos totais com LS alta, o clínico pode optar por
reabilitar sem gengiva arti�cial (se o caso o permitir) ou
reduzir a crista alveolar para transformar uma linha de
sorriso alta em baixa , de modo a que a união entre o re-
bordo alveolar e os materiais de substituição gengival não
seja visível quando o paciente sorri.
Se a LS determina o grau de regeneração vertical, o SL
determina a quantidade de regeneração horizontal neces-
sária para que não exista colapso perioral , nem eversão
do lábio. No caso de o paciente usar prótese removível
com acrílico rosa para compensar a perda de tecido ves-
tibular, torna-se imperativo regenerar a zona se a solução
for uma prótese implantosuportada.
Neste caso é visível o suporte em acrílico dado pela
prótese removível e a perda óssea horizontal provocada
pela perda da zona incisiva.
cnica Ci ica
A ROG é um procedimento minucioso e metódico,
que é tecnicamente sensível.
Tradicionalmente envolve material de regeneração ou
coágulo sanguíneo e uma membrana para selecção celu-
lar. Buser (1990)(20) com membranas de e-PTFE (poli�uo-
retileno) e colagéneo consegue um aumento horizontal
de 1,5 a 5,5 mm, Chiapasco (1999)(21) com osso autogeno
e membranas de e-PTFE consegue em média 2,7 mm e
Buser (2002)(22) 3,5 mm com os mesmos materiais , Prous-
saef (2003)(23) utiliza uma malha de titânio como membrana
e consegue 3,71 mm de média de aumento horizontal ,
Lyford (2003)(24) e Feuille (2003)
(25) com membranas reabsor-
víveis e aloenxerto um aumento de 2 a 3,2 mm.
ncis o
Uma incisão deve ser realizada no centro da crista al-
veolar por duas razões.
1 - Permitir uma cicatrização sem edema e in�ama-
ção: Cranin (1991)(26) demonstrou que uma incisão
crestal tem melhor potencial de cicatrização do que
uma incisão paracrestal ou vestibular, uma vez que
existe uma menor quantidade de �bras elásticas ,
hemorragia e edema intersticial e com isto maior po-
tencial de reparação.
2 - Terminação Sanguínea:
Kleinheinz (2005)(27) demonstrou em cadáver humano
que existem tanto na maxila como na mandíbula
dois suprimentos sanguíneos (um vestibular e outro
palatino/lingual ) que se anastomosam no centro da
crista alveolar.
A probabilidade de existir um segmento sem supri-
mento sanguíneo (zona que vai desde o centro da
crista á zona da incisão) aquando de uma incisão
vestibular é grande, podendo levar a necrose e deis-
cência da ferida cirúrgica.
Incisões verticais são um tipo de incisão a evitar, uma
vez que a cicatrização pode levar a defeitos estéticos im-
portantes. Em Biótipos Gengivais do tipo Espesso existe
maior probabilidade de poder existir uma cicatriz visível
em descargas verticais.
Por outro lado em Biótipos Gengivais do tipo Fino
existe uma maior probabilidade que exista uma correcta
cicatrização destas linhas de incisão.
No entanto o clínico deve tentar disfarçar as linhas de
incisão em acidentes anatómicos próximos.
Outro cuidado a ter com as linha de incisão é a de es-
tar intimamente ligada a osso são. Deve também permi-
tir que os materiais de regeneração, como as membra-
nas, tenham espaço e não �quem situados directamente
sobre esta linha, di�cultando o encerramento primário
da ferida.
Com a ROG pretende-se um retalho mucoperiósteo
de espessura total
Neste caso foram realizadas uma incisão crestal e
duas incisões verticais atrás da bossa canina permitindo
abrir um retalho de espessura total.
Coloca o i l n alan s co
A decisão de colocar um implante em simultâneo
com a ROG depende da quantidade de osso nativo
disponível.
Se o osso nativo permitir a ancoragem de um im-
plante (estabilidade primária de 35 a 50 N/Cm2) com
as dimensões de plataforma correctas (para o caso em
questão) e prostodonticamente �car colocado de modo
a poder ser reabilitado, então deve-se ponderar a colo-
cação simultânea.
Porem se não for possível, ou o implante �car muito
vestibularizado deve-se realizar a colocação diferida.
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Caso Clínico
Chiapasco (2009)(28) conclui que não existe demonstra-
ção cienti�ca randomizada que suporte a necessidade
de regenerar deiscências ou fenestracões de um implan-
te para o sucesso da reabilitação a longo prazo. Porém
quando ROG é necessária para reparar defeitos periorais
importantes, como o SL (independentemente se existe ou
não deiscência do implante) a possibilidade de colocar
um implante aquando do procedimento de regeneração
pode poupar tempo reduzindo o numero de cirurgias.
Quando pelo menos 40% do implante (29) está em
contacto com osso nativo e a estabilidade primária está
acima dos 35 N/cm2 , é possível que ao �m de 3 meses de
integração se comece a colocar carga nos implantes, uma
vez que não interfere na criação de volume vestibular para
suporte do lábio e não necessitamos de mais osso para o
sucesso do implante.
Se por outro lado a criação de osso é necessária para
o sucesso do implante (falta de estabilidade primária ou
menos de 40% de contacto ósseo) então devemos esperar
cerca de 6 meses para colocar carga nos implantes uma
vez que a presença de osso é crucial.
Em casos de maxila anterior com espessura reduzida
os implantes tendem a �car angulados para vestibular.
Deve-se ter em atenção que implantes angulados devem
ser colocados mais apicais para ser possível que o per�l de
emergência seja corrigido com pilares angulados.
Neste caso foram utilizados dois implantes Osseotite®
Microminiplant™ 3,25 mm de plataforma, por 13 mm de
comprimento, Biomet 3I NT Certain® com estabilidade
primária de 50 N/cm2 sem torque manual.
scol a io a ial
Desde cedo a controvérsia nasceu em redor deste tó-
pico. Desde o coágulo sanguíneo até ás células mesen-
quimatosas, hoje em dia existe uma vasta variedade de
materiais de substituição óssea.
O objectivo �nal é a criação de espaço para existir os-
teocondução, porém alguns materiais tem propriedades
secundárias que podem ser potenciadas para diferentes
ocasiões.
O uso de osso autógeno permite ter uma “pool” de
factores de crescimento e células mesenquimatosas que
podem induzir o osso nativo a produzir mais rapidamen-
te osso, atenção que o enxerto em questão não passa de
uma matriz , não tendo a possibilidade de permanecer e
tornar-se osteogénico como se pensava antigamente.
O uso de materiais Aloplásticos (sulfato de cálcio, ma-
teriais cerâmicos etc...) permite manter espaço, mas a sua
degradação é completa havendo uma substituição do ma-
terial de regeneração por osso.
O mesmo se passa com Aloenxertos e os bancos de
osso humano.
Os Xenoenxertos , porém, possuem uma característica
que os tornam preferenciais quando se pretende aumen-
to de volume. Os osteoclastos não tem a capacidade de
reabsorverem as partículas deste material tornando a
zona regenerada numa matriz óssea e de tecido conjun-
tivo, com o Xenoenxerto embebido.
Uma vez que não são reabsorvidos mantém-se em po-
sição mantendo o volume.
Neste caso foi usado Xenoenxerto bovino (Bio-Oss
Geistlich®) grânulos 0,5 tamanho da partícula 1-2mm.
scol a ana
A presença ou não de membrana é o que vai de�nir se
estamos perante um procedimento de ROG ou não.
O uso de membranas reabsorvíveis substituiu de
uma maneira quase completa o uso de membranas não
reabsorvíveis.
As membranas de e-PTFE quando expostas, signi�-
cava quase sempre a substituição de toda a regeneração.
As membranas reabsorvíveis vieram a corrigir esse
problema uma vez que quando expostas tem a possibi-
lidade de degradação e permitir reepitelização da zona.
No entanto, é necessário mais estudos clínicos de
modo a saber até que ponto a regeneração é afectada.
A membrana têm de manter-se em posição durante
o tempo su�ciente para existir colonização da matriz e
posterior proliferação e mineralização da zona a regene-
rar, sem que seja invadida por �broblastos da submucosa
adjacente.
Neste caso foram usadas duas membranas reabsorví-
veis da Geistlich Bioguide® 25 por 25 mm.
a
O encerramento primário da ferida é fundamental,
logo a união gengival deve ser mantida em posição du-
rante o processo de cicatrização.
O objectivo é que a sutura mantenha a sua força tênsil
até haver cicatrização tecidular.
Para existir cicatrização óptima deve existir um míni-
mo de in�amação e carga bacteriana.
As suturas de Poli�uoretileno, Nylon/Poliamida são
mono�lamentos não reabsorvíveis logo sem poten-
cial de in�amação possuindo um baixo grau de adesão
bacteriana.
A seda é um multi�lamento não-reabsorvível que tem
uma reacção in�amatória acentuada devido ao alto grau
de adesão bacteriana.
Os �os reabsorvíveis possuem uma grande actividade
in�amatória. Podem ser usados com segurança na cavi-
dade oral mas quando queremos excelência neste tipo de
intervenção cirúrgica devemos ter em conta esse factor.
A espessura do�o de sutura também não pode ser des-
curado uma vez que �os maiores tendem a deixar uma
cicatriz maior, logo em descargas verticais devem ser usa-
dos �os de 5.0 para cima.
Muitas vezes com o aumento de volume não existe
gengiva su�ciente para encerrar a ferida por primeira
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Caso Clínico
intenção pelo que pequenas incisões no periósteo sãonecessárias para aumentar a elasticidade da gengiva e sepoderem aproximar os extremos da ferida.
Neste caso suturámos com material sintético reabsor-vível poliglatina 910 (Vicryl ® Ethicon-Jonhson and Jonh-son) de 4.0 na incisão crestal e de 5.0 nas incisões verticais.
as a ili a o o is ia
Em casos de regeneração óssea a cicatrização deve sermantida sem a pressão de próteses removíveis. A deiscên-cia da ferida cirúrgica é um dos problemas mais comuns.
A colocação de uma prótese removível com esqueletoem metal, apoios oclusais ou cingulares e/ou apoios indi-rectos pode ser uma solução, uma vez que permite utilizara reabilitação existente e minimiza o contacto da prótesecom o rebordo alveolar.
Outras possibilidade são as provisórias de resina, comcimentação aos dentes adjacentes ou se houver possibi-lidade colocar carga directamente aos implantes (funçãoimediata).
No entanto na fase pós-cirúrgica não se pretende mo-delar os tecidos moles mas sim permitir uma cicatrizaçãocorrecta da linha de incisão.
Foi, neste caso usada a prótese removível esqueléticauma vez que os apoios oclusais não permitiam contactocom o rebordo.
A zona incisiva da prótese foi rebasada.
s Ci ico
Em situações de ROG é necessário controlar o pa-ciente com antibioticoterapia a �m de reduzir ao má-ximo a carga bacteriana e favorecer a cicatrização daincisão.
A Amoxicilina em associação com ácido clavulâmicoe os Macrólidos (azitromicina/eritomicina/claritromici-na) são opções de amplo espectro que podem ser usadasnestas situações.
O controlo da dor com analgésicos de acção periféri-ca inibidor de prostaglandinas como o Paracetamol ousimilar aos narcóticos como a Clonixina são úteis para oconforto do paciente nesta fase.
A utilização de anti-in�amatórios é controversa nestafase, uma vez que pode mascarar uma situação de infec-ção á zona (sendo mais difícil de detectar pois o pacientemantêm-se confortável)
Esta demonstrado cienti�camente o atraso na produ-ção de osteoblastos quando anti-in�amatórios esterói-des ou não-esteróides (AINES) são usados.
Recomenda-se a remoção de sutura 6 a 8 dias após acirurgia para impedir agregação bacteriana ao �o e con-sequente contaminação.
Neste caso foi usado uma Amoxicilina 875 mg asso-ciado ao Ácido Clavulâmico 125 mg de 12 em 12 horasdurante os oito dias, Clonixina 300 mg em regime de SOS.
a o la o ci la
Após o período de integração dos implantes e quandonão se optou por um protocolo de função imediata é ne-cessário realizar o Stage II (cirurgia de colocação de pilartransepitelial) dos implantes para impressão preliminar.
O laboratório confecciona uma nova prótese provisó-ria para iniciar-se a modulação dos tecidos moles, tantoao nível dos implantes como ao nível dos pônticos.
A fase provisória serve de maqueta para a reabilitação�nal em termos de cor, forma e oclusão.
Apesar de os casos de maxila anterior com reduzidaespessura alveolar tenderem a terminar como casos ci-mentados, nesta fase uma provisória aparafusada permiteum melhor controlo na modulação dos tecidos.
A criação de pônticos normalmente requer uma pe-quena plastia gengival associado a colocação da provisória
A remodelação gengival e a sua arquitectura estabili-zam 6 a 8 semanas, após o trauma cirúrgico pelo que aimpressão de�nitiva deve ser realizada somente após esteperíodo. Neste caso usou-se os pilares provisórios Prefor-mance®Biomet 3I™para a confecção da prótese provisóriaaparafusada com torque de 20 N/cm2
l c o ila s
Em casos de correcção da angulação dos implantes areabilitação �nal muitas vezes tem de ser cimentada.
O laboratório tem duas opções ou utilizar pilares pré--fabricados ou individualizá-los.
Neste caso foram utilizados dois pilares individuais deZircónio do sistema Atlantis®para confecção de uma pró-tese cimentada sobre implantes.
Co oas inais so lan
O caso termina com a colocação de uma estruturade zircónio, com zircónio de revestimento (cerâmica IcezirkonzhanÒ).
O torque �nal de 35 N/cm2 é dado nos pilares e a pon-te cimentada de forma de�nitiva com cimento Rely Xä(3M®).
Concl s o
A ROG é hoje um procedimento muito usado nacirurgia oral para corrigir defeitos ósseos. De todas astécnicas de aumento horizontal é a que apresenta maiorvalidade cienti�ca.
É uma técnica multidisciplinar uma vez que é um meiopara atingir um�m (a colocação de dentes) e não um actoisolado.
Por isso deve ser conjugado com a prostodontia paraque o resultado seja o melhor possível.
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Este caso demonstra a complexidade de transformar
uma prótese removível numa reabilitação implanto-
-suportada mantendo toda a arquitectura perioral que
faz parte de um sorriso.
Um processo que também envolve o laboratório e o
técnico de prótese dentária uma vez que a escultura de
um correcto per�l de emergência é uma interacção entre
este e a cirurgia oral.
Mais importante que a técnica cirúrgica usada é o
diagnóstico e plano de tratamento por detrás de cada
caso que envolve a correcção de defeitos ósseos.
Para que estes casos funcionem é preciso um siner-
gismo entre toda a equipa de reabilitação oral – Cirur-
gião, Prostodontista e Técnico de Laboratório.
Os autores agradecem aos técnicos de prótese den-
tária Nuno Guimarães, Carlos Silva e Ana Braguês pelo
apoio laboratorial prestado neste caso.
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