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Determinação do Teor de Princípio Ativo
(HPLC) e da Dissolução de Glibenclamida
9ª Rodada
Rodada EP MED 09/15
15/Outubro/2015
Ensaio de Proficiência para Determinação do Teor de Princípio Ativo (HPLC) e da Dissolução (HPLC) de Glibenclamida - 9a Rodada
RELATÓRIO FINAL
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO
Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde - INCQS
Avenida Brasil, 4365 - Manguinhos
Rio de Janeiro - RJ – Brasil - Cx. Postal 926 - CEP: 21040-900
COMISSÃO ORGANIZADORA DA RODADA
- COMISSÃO DO PROGRAMA DE ENSAIO DE PROFICIÊNCIA
Armi Wanderley da Nóbrega – Coordenador Geral
Marcus Henrique Campino de la Cruz – Coordenador Técnico
Maria Helena Wohlers Morelli Cardoso – Coordenadora da Qualidade
- COMITÊ TÉCNICO
Euclides Quintino da Silva Filho
Lilian de Figueiredo Venâncio
Mariete Ferreira Lemos
Solange Maria Coutinho Brandão
André Colonese
Autorizada a emissão – Armi W. da Nóbrega
(Coordenador Geral)
Relatório Final - EP Determinação do Teor de Princípio Ativo e da Dissolução de Glibenclamida – 9a Rodada – EP MED 09/15
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SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................................................................. 3
2. Objetivos ................................................................................................................................... 4
3. Produção dos Itens de Ensaio ................................................................................................... 4
3.1. Escolha do Princípio Ativo .................................................................................................. 4
3.2. Preparo dos Itens de Ensaio ............................................................................................... 4
3.3. Faixa de Concentração Esperada ....................................................................................... 4
3.4. Armazenamento e Envio dos Itens de Ensaio..................................................................... 5
3.5. Recebimento do Item de Ensaio ......................................................................................... 5
3.6. Análise dos Itens de Ensaio ................................................................................................ 5
4. Tratamento Estatístico dos Resultados ..................................................................................... 5
4.1. Avaliação da Homogeneidade dos Itens de Ensaio ............................................................ 5
4.2. Avaliação da Estabilidade dos Itens de Ensaio ................................................................... 6
4.3. Estabelecimento dos Valores Designados .......................................................................... 6
4.4.1. Análise de Resíduos ........................................................................................................ 6
4.4.2. Desvio Padrão para Avaliação de Proficiência ................................................................. 6
4.4.3. Índice z ............................................................................................................................ 7
4.4.4. Análise Robusta .............................................................................................................. 7
5. Resultados da Avaliação da Homogeneidade e Estabilidade dos Itens de Ensaio .................... 7
5.1. Avaliação da Homogeneidade ............................................................................................ 7
5.2. Avaliação da Estabilidade ................................................................................................... 8
6. Atribuição dos Valores Designados ........................................................................................... 9
7. Avaliação do Desempenho dos Laboratórios Participantes ..................................................... 10
7.1. Laboratórios Participantes ................................................................................................ 10
7.2. Resultados dos Laboratórios Participantes ....................................................................... 10
7.3. Considerações Sobre os Métodos de Análise................................................................... 15
7.3.1. Teor ............................................................................................................................... 15
7.3.2. Dissolução ..................................................................................................................... 15
7.4. Cálculo do Índice z ........................................................................................................... 15
8. Conclusões e Comentários...................................................................................................... 17
9. Confidencialidade .................................................................................................................... 18
10. Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 18
11. Laboratórios Participantes ..................................................................................................... 19
Anexo A – Homogeneidade Segundo a Norma ISO 13528 ......................................................... 20
Anexo B – Valor Designado Segundo a Norma ISO 13528 ......................................................... 21
Relatório Final - EP Determinação do Teor de Princípio Ativo e da Dissolução de Glibenclamida – 9a Rodada – EP MED 09/15
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1. Introdução
Ensaio de proficiência (EP) é o uso de comparações interlaboratoriais com o objetivo de avaliar a
habilidade de um laboratório em realizar um determinado ensaio ou medição de modo competente
e demonstrar a confiabilidade dos resultados gerados. Em um contexto geral, o ensaio de
proficiência propicia aos laboratórios participantes: avaliação do desempenho e monitoração
contínua; evidência de obtenção de resultados confiáveis; identificação de problemas relacionados
com a sistemática de ensaios; possibilidade de tomada de ações corretivas e/ou preventivas;
avaliação da eficiência de controles internos; determinação das características de desempenho e
validação de métodos e tecnologias; padronização das atividades frente ao mercado e
reconhecimento de resultados de ensaios, em nível nacional e internacional.
Com a crescente demanda por provas regulares e independentes de competência pelos organismos
reguladores e clientes, o ensaio de proficiência é relevante para todos os laboratórios que testam a
qualidade de produtos. Além do baixo número de provedores de ensaios de proficiência na área de
medicamentos, os custos cobrados para a participação nestes ensaios principalmente de
provedores internacionais, são normalmente muito elevados, o que inviabiliza, em muitos casos, a
participação de um laboratório em um número maior de ensaios.
Os medicamentos frequentemente são ministrados por via oral mediante formas sólidas de
dosagens tais como comprimidos e cápsulas. Considerando que as preparações farmacêuticas
sólidas para uso oral são as formas de administração e apresentação mais utilizadas, a identificação
de problemas nestas fornecerá dados que permitirão apontar possíveis riscos sanitários.
A necessidade em assegurar níveis aceitáveis de qualidade nos serviços prestados pelos
laboratórios que realizam ensaios analíticos levou ao desenvolvimento de normas e guias de
referência que definem requisitos técnicos para a acreditação. Para obter confiabilidade em
resultados é necessário o estabelecimento de procedimentos, rotinas e métodos adequados que
contribuirão para gerar credibilidade técnica nos laboratórios de análises químicas.
Os ensaios químicos de teor e de dissolução de formas farmacêuticas sólidas para uso oral são
ferramentas de fundamental importância ao conjunto de medidas destinadas a verificar a
conformidade do produto no que diz respeito à identidade, eficácia e integridade segundo as
especificações mínimas de qualidade preconizadas em compêndios oficiais. Assim, a realização de
programas de ensaio de proficiência no Brasil é fundamental para o aumento da confiabilidade dos
resultados das medições aqui realizadas, trazendo maior confiabilidade aos resultados emitidos,
facilitando o comércio internacional e prevenindo barreiras técnicas.
Visando a promoção da saúde e em apoio a maior competitividade da indústria nacional, o INCQS
promoveu o Ensaio de Proficiência para Determinação do Teor de Princípio Ativo (HPLC) e da
Dissolução (HPLC) de Glibenclamida – 9ª Rodada, seguindo as diretrizes da ABNT ISO/IEC 17043,
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apresentando neste relatório os resultados da avaliação de desempenho dos laboratórios
participantes.
2. Objetivos
O objetivo deste Ensaio de Proficiência é fornecer aos laboratórios participantes uma ferramenta
efetiva para verificar sua competência nos ensaios de teor e dissolução de princípio ativo de
glibenclamida. Este EP também contribuirá para:
Promover o aumento da confiança nos resultados das medições dos laboratórios participantes;
Avaliar o desempenho de laboratórios para os ensaios propostos; e
Propiciar subsídios aos laboratórios para a identificação e solução de problemas.
3. Produção dos Itens de Ensaio
Os procedimentos de preparo dos itens de ensaio e as análises foram realizados no
Departamento de Química / Laboratório de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes / Setor de
Medicamentos do INCQS/FIOCRUZ. A metodologia analítica empregada nos estudos de
homogeneidade e estabilidade atende aos critérios da norma ABNT ISO/IEC 17025.
3.1. Escolha do Princípio Ativo
A glibenclamida é um potente agente hipoglicemiante e é uma das substâncias mais utilizadas
da classe das sulfoniluréias em diversos países para o tratamento de Diabete tipo 2 (diabetes
mellitus não-insulino-dependente – ou diabete de início na maturidade), quando o organismo
não utiliza a insulina de maneira eficaz, sendo que grande parte dos portadores da doença são
sedentários e apresentam sobrepeso corporal, o que torna a escolha relevante no que se refere
à vigilância sanitária.
As sulfoniluréias estimulam a liberação de insulina através do bloqueio dos canais do potássio
sensíveis ao trifosfato de adenosina nas células ß pancreáticas. Portanto, estes fármacos são
ineficazes em pacientes que retiraram o pâncreas ou que não possuem insulina endógena. Esta
classe de fármacos pode ser dividida em duas gerações de acordo com a estrutura química;
sendo a glibenclamida, pertencente à segunda geração, considerada mais potente.
3.2. Preparo dos Itens de Ensaio
Foi utilizado um material preparado em Farmanguinhos/Fiocruz gentilmente cedido a esta
coordenação para a utilização na rodada.
3.3. Faixa de Concentração Esperada
O teor de glibenclamida esperado no item de ensaio estava na faixa de 28 a 35 mg/g, enquanto
a sua liberação no ensaio de dissolução foi de não menos que 70% em 60min.
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3.4. Armazenamento e Envio dos Itens de Ensaio
Os itens de ensaio foram armazenados em frascos de vidro e mantidos em temperatura
ambiente 25±5 C até o momento em que foram enviados aos laboratórios participantes.
Cada laboratório inscrito na 9ª Rodada do Ensaio de Proficiência para Determinação de Teor
(HPLC) e Dissolução (HPLC) de Glibenclamida recebeu 1 (um) item de ensaio, o qual continha
30 comprimidos de glibenclamida. Os frascos foram enviados aos laboratórios por Sedex,
acondicionados em envelope com plástico bolha, devidamente lacrados e identificados com as
seguintes informações: o código da rodada, o princípio ativo a ser ensaiado e o número do item
de ensaio em questão.
Os laboratórios receberam as informações necessárias para realizar o armazenamento
adequado dos itens de ensaio, através do formulário de “Instruções para Armazenamento e
Preparo dos Itens de Ensaio”, disponibilizado no site durante o EP.
3.5. Recebimento do Item de Ensaio
Ao receber a amostra, os laboratórios foram orientados a inspecioná-la quanto á temperatura
de recebimento, bem como a integridade da embalagem e da amostra. As informações foram
registradas no “Formulário de Recebimento de Item de Ensaio” e encaminhadas para a
Coordenação deste Ensaio de Proficiência.
3.6. Análise dos Itens de Ensaio
Os laboratórios participantes foram orientados a realizar as análises segundo a sua metodologia
de rotina.
Os resultados analíticos, expressos em mg/g (teor) e % (dissolução), bem como as informações
referentes a metodologia utilizada, preparo da amostra e dos padrões, foram encaminhados à
Coordenação do Ensaio de Proficiência através do “Formulário de Registro de Resultados”.
4. Tratamento Estatístico dos Resultados
Neste tópico estão descritas as análises estatísticas utilizadas para a avaliação da
homogeneidade e da estabilidade das amostras, para a obtenção dos valores designados e
suas incertezas, do desvio padrão utilizado na avaliação dos laboratórios (desvio padrão de
Horwitz), bem como para a avaliação do desempenho dos laboratórios participantes.
4.1. Avaliação da Homogeneidade dos Itens de Ensaio
Para o teste de homogeneidade foram separados, aleatoriamente, dez itens de ensaio
representativos do conjunto de itens de ensaio. Os itens de ensaio foram divididos em duas
partes, que foram analisadas de forma independente.
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A norma ISO 13528 (item 4.4, anexo B) foi seguida na avaliação da homogeneidade dos itens
de ensaio. A norma em questão permite incluir o desvio padrão devido à heterogeneidade das
amostras, no desvio padrão de avaliação de proficiência (Horwitz) caso estas não se mostrem
suficientemente homogêneas. Um resumo do procedimento estabelecido na norma ISO 13528
para avaliação da homogeneidade dos itens de ensaio é apresentado no Anexo A.
4.2. Avaliação da Estabilidade dos Itens de Ensaio
O estudo de estabilidade seguiu a ISO GUIA 35. Os itens de ensaio reservados para esta
finalidade foram avaliados em seis períodos diferentes, compreendidos entre o fim do estudo de
homogeneidade pelo INCQS e o período final de entrega dos resultados pelos laboratórios
participantes.
4.3. Estabelecimento dos Valores Designados
As técnicas de estatística robusta são utilizadas para minimizar a influência de resultados
extremos sobre estimativas de média e desvio-padrão. Assim, a Coordenação deste Ensaio de
Proficiência adotou como valores designados para cada parâmetro, aqueles oriundos do cálculo
da estatística robusta apresentado no item 5.6 da norma lSO 13528, norma específica de
métodos estatísticos para uso em EP por comparações interlaboratoriais. Seguindo os critérios
desta norma, os valores designados foram obtidos pela média robusta dos resultados emitidos
por todos os laboratórios participantes, que reportaram valores de acordo com o
estabelecido no item 12 do protocolo da rodada, e pelo INCQS, conforme os procedimentos
estatísticos descritos no item 4.3.5 deste relatório.
4.3.1. Análise de Resíduos
A análise de resíduos foi empregada para avaliar a estabilidade dos itens de ensaio em
relação aos valores de referência do teor e da dissolução utilizados neste EP. Assim, foram
estimadas as variâncias dos valores utilizados na regressão linear, observando-se se os
valores do teor e da dissolução apresentavam alguma tendência através da ferramenta
estatística de análise de variância (ANOVA). Os itens de ensaio foram considerados
estáveis quando a inclinação da reta (ou a não linearidade) não foi significativa.
4.3.2. Desvio Padrão para Avaliação de Proficiência
Nesta rodada de ensaio de proficiência o desvio padrão para avaliação de proficiência dos
laboratórios participantes foi calculado como recomendado no item 6.4 da norma ISO
13528, isto é, como proposto originalmente por Horwitz, (Horwitz, 1980), onde a precisão
interlaboratorial é avaliada em termos de um desvio padrão de reprodutibilidade (Equação
1).
𝜎𝐻 = 0,02 × 𝑐0,8495 (1)
Onde: H é o desvio padrão de Horwitz e c é o nível de concentração expresso em fração
mássica.
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Adotando-se as modificações propostas por Thompson (Thompson, 2000) onde se leva
em consideração os níveis de concentração do mensurando expressos em fração mássica,
conforme as Equações 2, 3 e 4:
𝜎𝐻 = 0,02 × 𝑐, se c < 1,2 x 10-7 (2)
𝜎𝐻 = 0,02 × 𝑐0,8495, se 1,2 x 10-7 ≤ c ≤ 0,138 (3)
𝜎𝐻 = 0,02 × 𝑐0,5, se c > 0,138 (4)
Onde: H é o desvio padrão de Horwitz e c é o nível de concentração expresso em fração
mássica.
4.3.3. Índice z
Para a qualificação dos resultados dos laboratórios, o índice z (z-score, medida da
distância relativa do resultado da medição do laboratório em relação ao valor designado do
ensaio de proficiência) foi calculado de acordo com a Equação 5.
H
i xxz
* (5)
Onde xi representa o valor do laboratório participante, x* representa o valor designado
(média robusta) e H o desvio padrão de Horwitz.
A interpretação do valor do índice z está descrita abaixo:
z 2 - Resultado satisfatório
2 < z < 3 - Resultado questionável
z ≥ 3 - Resultado insatisfatório
4.3.4. Análise Robusta
Nesta rodada o valor designado (x*) e sua incerteza foram calculados através da análise
robusta (ISO 13528), documento complementar à ISO/IEC 17043. O procedimento adotado
no cálculo do valor designado e de sua incerteza está descrito no Anexo B.
5. Resultados da Avaliação da Homogeneidade e Estabilidade dos Itens de Ensaio
5.1. Avaliação da Homogeneidade
Para o teste de homogeneidade foram separados, aleatoriamente, 10 itens de ensaio. Para cada
item de ensaio foram realizadas duas análises completas de teor e de dissolução, produzindo
dois resultados (A e B), como mostrado na Tabela 1.
A Tabela 2 apresenta os resultados da análise estatística do estudo de homogeneidade dos
diferentes parâmetros.
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Tabela 1: Dados gerados no teste de Homogeneidade.
Item de Ensaio
Parâmetros Teor (mg/g) Dissolução (%)
A B A B
1 30,51 30,48 84 84 2 29,81 29,65 84 84 3 29,71 29,58 86 87 4 29,65 30,47 86 87 5 29,40 29,69 85 86 6 30,17 29,58 88 82 7 29,96 29,58 85 86 8 30,44 29,56 84 81 9 29,56 29,69 85 84
10 29,35 30,22 84 83
Tabela 2: Sumário das análises estatísticas do estudo de Homogeneidade.
Parâmetros Média �̂� 0,3 �̂� sx sw ss Resultado
Teor (mg/g) 29,85 1,01 0,30 0,28 0,38 0,08 Suficientemente Homogêneo
Dissolução (%) 84,75 8,5 2,55 1,30 1,60 0,64 Suficientemente Homogêneo
Onde: �̂� Desvio padrão de Horwitz (modificado por Thompson), correlacionado a concentração média das vinte amostras,
para cada parâmetro; Sx Desvio padrão das médias; Sw Desvio padrão dentro da amostra (analítico); SS Desvio padrão
entre amostras.
Assim, pelo descrito na Tabela 2, consideraram-se os itens de ensaio suficientemente
homogêneos para a finalidade deste Ensaio de Proficiência, em ambos os parâmetros.
5.2. Avaliação da Estabilidade
A estabilidade das amostras armazenadas foi avaliada nas condições de temperatura ambiente
(25±5 C) e na que simula a temperatura de transporte (40 C) (Tabelas 3 e 4). A avaliação foi
realizada durante o EP para verificar possíveis flutuações temporais na concentração do
princípio ativo e na dissolução. A avaliação foi realizada utilizando-se a análise de resíduos da
regressão linear (Tabela 5).
Tabela 3: Estudo de estabilidade: temperatura de armazenamento (25±5 C).
Dias Parâmetro
Teor (mg/g) Dissolução (%)
A B A B
0 30,32 29,60 86 84
7 30,01 29,91 85 83
14 29,21 29,42 82 82
21 29,58 29,70 82 82
27 29,69 29,14 82 80
36 29,94 29,33 81 79
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Tabela 4: Estudo de estabilidade: temperatura de transporte (40 C).
Dias Parâmetro
Teor (mg/g) Dissolução (%)
A B A B
0 30,04 29,38 83 82
1 29,77 30,42 84 83
2 30,02 30,20 84 84
4 29,95 28,84 83 82
7 29,55 29,16 83 81
Tabela 5: Análise de regressão para os parâmetros teor e dissolução.
Parâmetros Estudo Coeficiente
Angular Erro
padrão Intervalo de confiança
Resultado Inferior Superior
Teor (mg/g) Armazenamento -0,01146
0,00833
-0,03460
0,01169
Estável
Teor (mg/g) Transporte -0,09359
0,05308
-0,26251
0,07533
Estável
Dissolução (%) (%)(%)
Armazenamento -0,13738
0,01558
-0,18063
-0,09413
Não estável
Dissolução (%) Transporte -0,16558
0,14171
-0,61657
0,28540
Estável
Os resultados obtidos no tratamento estatístico dos dados mostraram que o parâmetro de
dissolução não se mostrou estável durante o período do EP, assim este NÃO SERÁ
CONSIDERADO para fins de avaliação dos laboratórios participantes, contudo todos os
resultados serão apresentados. O teor mostrou-se estável tanto no transporte como no
armazenamento.
6. Atribuição dos Valores Designados
Os valores designados relativos aos parâmetros empregados neste ensaio de proficiência foram
calculados segundo procedimento estatístico descrito no item 4.3.5; os respectivos desvios padrão
para avaliação de proficiência foram obtidos pelas equações modificadas baseadas no modelo de
Horwitz, conforme o item 4.3.3. Os resultados dos cálculos dos valores designados e dos desvios
padrões de Horwitz, com alguns parâmetros associados, estão apresentados na Tabela 6.
Tabela 6: Valores designados, incerteza dos valores designados e desvios padrão de Horwitz.
Parâmetros Valor designado uc (VD) k U (VD) Desvio
Padrão (σH) HorRat
(s*/σH)(1)
Teor (mg/g) 29,53 0,22 2,13 0,5 1,00 0,84
Dissolução (%) 83,5 1,5 2,15 3,3 0,91 5,80
(1) Parâmetro associado à qualidade do desvio padrão e a dispersão dos resultados do ensaio de proficiência. Para
maiores informações, ver Horwitz e Albert (2006)
A incerteza combinada do valor designado para o parâmetro de teor foi menor que 0,3σH. Assim,
esta pode ser negligenciada nas avaliações.
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7. Avaliação do Desempenho dos Laboratórios Participantes
7.1. Laboratórios Participantes
Vinte e dois laboratórios se inscreveram na 9ª Rodada do Programa de Ensaio de Proficiência
para a Determinação do Teor de Princípio Ativo (HPLC) e da Dissolução (HPLC) de
Glibenclamida, e todos (100 %) enviaram os resultados. Todos os laboratórios analisaram o teor
do princípio ativo na amostra, enquanto três (13,6 %) laboratórios não realizaram a análise de
dissolução.
Dos laboratórios participantes, oito (36,4 %) são acreditados na norma ISO/IEC 17025. Todos
os laboratórios participantes informaram que possuíam o método qualificado para as análises
em questão.
7.2. Resultados dos Laboratórios Participantes
Os dados reportados pelos laboratórios participantes do ensaio de proficiência foram tratados
de acordo com os procedimentos descritos na ABNT ISO/IEC 17043. A Tabela 7 apresenta os
resultados dos laboratórios para o parâmetro de teor.
O parâmetro de dissolução está apresentado na Tabela 8.
Os gráficos da dispersão dos resultados dos laboratórios participantes em função dos
parâmetros encontram-se nas Figuras 1 (Teor) e 2 (Dissolução). Neste gráfico a linha central
representa o valor designado e as linhas pontilhadas o intervalo da incerteza expandida (U) do
valor designado.
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Tabela 7: Resultados para o parâmetro Teor.
Laboratório Método Amostra (mg) Padrão (mg) Determinação
Resultados (mg/g)
Item # Replicatas Teor
Médio Acreditado Calibrado Qualificado Quantidade(1) Solvente Quantidade Solvente Replicatas Leituras 1 2 3 4
MED 09/003 N S S 160,02 MeOH/H2O 20,2 MeOH/H2O 4 3 04 29,59 29,42 29,48 29,65 29,54
MED 09/010 S S S 160,1 MeOH/H2O 20 MeOH/H2O 4 3 28 29,73 29,51 29,76 29,78 29,69
MED 09/011 N S S 159,9 MeOH/H2O 25,33 MeOH/H2O 4 3 33 29,35 29,37 29,26 29,13 29,28
MED 09/015 N S S 160 MeOH/H2O 10 MeOH/H2O 2 2 41 30 30,11 30,05 30,11 30,07
MED 09/021 N S S 161,15 MeOH/H2O 6,056 MeOH/H2O 4 3 08 30,28 30,1 29,88 29,96 30,05
MED 09/026 N N S 159,99 MeOH/H2O 20,74 MeOH/H2O 4 3 54 4,94 4,95 4,96 4,83 4,92
MED 09/044 N S S 159,58 MeOH/H2O 19,8 MeOH/H2O 4 3 18 28,71 28,65 28,53 28,46 28,59
MED 09/050 S S S 159,25 MeOH/H2O 19,3 MeOH/H2O 4 2 10 29,7 29,6 29,4 29 29,4
MED 09/055 N N S 320,65 MeOH/H2O 20,2 MeOH/H2O 4 4 58 29,9906 29,8656 30,4904 29,9281 30,0686
MED 09/061 S S S 161,91 MeOH/H2O 10,035 MeOH/H2O 4 4 68 29,6297 30,2443 30,3372 30,3463 30,1394
MED 09/063 N S S 160,45 MeOH/H2O 20,48 MeOH/H2O 4 2 27 29,79 29,68 29,55 29,74 29,69
MED 09/071 S S S 159,95 MeOH/H2O 20,80 MeOH/H2O 4 3 36 29,04 29,65 28,89 29,23 29,2
MED 09/080 S S S 161,03 MeOH/H2O 20,1 MeOH/H2O 4 2 51 30,4 30,46 30,75 30,65 30,56
MED 09/082 N S S 160,53 MeOH/H2O 20,03 MeOH/H2O 4 3 70 4,84 4,89 4,87 4,88 4,87
MED 09/085 N S S 159,32 MeOH/H2O 10,3 MeOH/H2O 4 1 62 30,227 30,702 31,433 30,937 30,825
MED 09/087 N S S 64,1 MeOH/H2O 19,7 MeOH/H2O 4 3 34 5,03 5,09 4,97 5 5,02
MED 09/089 N S S 165,55 MeOH/H2O 22,17 MeOH/H2O 4 4 76 29,9338 30,50307 29,90493 30,24043 30,1455575
MED 09/100 S S S 159,62 MeOH/H2O 20 MeOH/H2O 4 2 26 4,69035421 4,720389797 4,65658701 4,691469 4,68970001
MED 09/105 S S S 159,9 MeOH/H2O 10,2 MeOH/H2O 4 2 73 33,52 33,35 33,18 33,28 33,33
MED 09/108 N S S 160,2 MeOH/H2O 20 MeOH/H2O 4 3 20 29,2 29,2 29,3 29,3 29,25
MED 09/114 S S S 160,46 MeOH/H2O 20,4 MeOH/H2O 4 2 42 29,5 29,4 29,7 29,7 29,6
MED 09/119 N S S 160,23 MeOH/H2O 0,01 MeOH/H2O 3 1 17 29,67 29,53 29,12 - 29,44
(1) Valores médios N=Não; S=Sim; MeOH=Metanol; H2O=Água
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Tabela 8: Resultados para o parâmetro Dissolução.
Laboratório Método Padrão Determinação
Resultados (%)
Item # Replicatas
Média Acreditado Calibrada Qualificado Quantidade (mg) Solvente Leituras 1 2 3 4 5 6
MED 09/003 N S S 11,3 MeOH 2 4 83,3 83 82,4 82,9 83,2 82,8 82,9
MED 09/011 N S S 11,14 MeOH 3 33 84,56 83,26 82,44 84,72 83,49 81,18 83,27
MED 09/015 N S S 10 MeOH 6 41 90,07 91,67 89,51 89,42 91,1 90,64 90,4
MED 09/044 N S S 22,3 MeOH 6 18 89,2297 88,2215 89,5322 99,0097 89,7331 87,3141 90,5069
MED 09/050 S S S 22,8 MeOH 2 10 83,28 77,71 81,09 83,63 82,53 80,97 81,5
MED 09/055 N N S 20,1 MeOH 4 58 80 79 81 80 79 81 80
MED 09/061 S S S 11,007 MeOH 4 68 80 78 80 82 81 81 81
MED 09/063 N S S 22,148 MeOH 2 27 84 86 85 85 83 85 85
MED 09/071 S S S 22,3 MeOH 3 36 79,88 80,77 80,55 79,11 79,78 80,05 80,02
MED 09/080 S S S 22,08 MeOH 1 51 73,05 72,51 73,18 72,43 72,45 73,72 72,89
MED 09/082 N S S 22,53 Suco Entérico 3 70 88,36 91,36 86,93 89,74 88,34 86,24 88,5
MED 09/085 N S S 12,00 MeOH 1 62 85,1 82,3 80 84,5 84,1 80,3 82,7
MED 09/087 N S S 21,9 MeOH 6 34 91,32 91,45 93,85 94,94 92,42 92,42 92,71
MED 09/089 N S S 22,21 MeOH 3 76 90,8991 88,2385 88,1079 90,1274 89,5412 88,2916 89,20095
MED 09/100 S S S 11 MeOH 1 26 70,7653 74,0858 76,3158 75,4547 75,4513 74,1192 74,3653
MED 09/105 S S S 10,2 CH3CN 6 73 80,72 74,87 75,85 74,64 74,9 81,42 77,0667
MED 09/108 N S S 22,1 MeOH 3 20 81 82 81 80 79 79 80
MED 09/114 S S S 22,42 MeOH 6 42 79 84 86 85 86 87 85
MED 09/119 N S S 22,1 MeOH 6 17 89,53 91,76 92,89 90,85 89,71 91,1 90,97
N=Não; S=Sim; MeOH=Metanol; H2O=Água e CH3CN=Acetonitrila
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Figura 1: Dispersão dos resultados: Teor
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Figura 2: Dispersão dos resultados: Dissolução
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7.3. Considerações Sobre os Métodos de Análise
7.3.1. Teor
Apesar da forma “não usual” de expressar este resultado, em mg.g-1 e não em
mg.comprimido-1 como é mais comum, a maior parte dos laboratórios apresentaram
resultados como esperados, evidenciando que os mesmos têm conhecimento sobre o
método e sabem expressar o resultado em função da concentração. Quatro laboratórios,
MED 09/026, MED 09/082, MED 09/087 e MED 09/100, provavelmente expressaram os
resultados como mg.comprimido-1.
7.3.2. Dissolução
Excetuando–se dois laboratórios MED 09/082 e MED 09/105, todos os outros utilizaram
tampão fosfato como meio da amostra.
7.4. Cálculo do Índice z
A avaliação de desempenho dos laboratórios participantes, expressa através do índice z
(Equação 5), está apresentada na Tabela 9.
Tabela 9: Valores do índice z obtidos pelos laboratórios participantes.
Código do Laboratório Teor (mg/g)
MED 09/003 0,0
MED 09/010 0,2
MED 09/011 -0,3
MED 09/015 0,5
MED 09/021 0,5
MED 09/026 -24,5
MED 09/044 -0,9
MED 09/050 -0,1
MED 09/055 0,5
MED 09/061 0,6
MED 09/063 0,2
MED 09/071 -0,3
MED 09/080 1,0
MED 09/082 -24,6
MED 09/085 1,3
MED 09/087 -24,4
MED 09/089 0,6
MED 09/100 -24,8
MED 09/105 3,8
MED 09/108 -0,3
MED 09/114 0,1
MED 09/119 -0,1
NA = Não Avaliado; Vermelho = Insatisfatório.
A Figura 3 (Teor) apresenta o resultado de índice z obtidos pelos laboratórios participantes.
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Figura 3: Gráfico de z-score: Teor.
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Os resultados para o parâmetro de teor foram razoáveis, tendo uma piora em relação ao obtido
na 8a Rodada (EP MED 08/13) quando nenhum laboratório apresentou resultado questionável,
não tendo nada mais a ser comentado.
Quatro dos cinco valores insatisfatórios podem estar relacionados aos laboratórios não terem
expresso os resultados da forma que foi pedido, como dito anteriormente. Isto fica evidente já
que os valores por eles relatados, em torno de 5 mg.g-1, é próximo ao valor nominal do
comprimido de glibenclamida.
Infelizmente não pudemos avaliar os laboratórios em função do parâmetro de dissolução visto
que este não se mostrou estável, com tendência de diminuição do valor ao longo do tempo.
Contudo, sugerimos que os laboratórios que obtiveram resultados muito discrepantes em relação
ao valor de consenso, principalmente resultados acima de 85% neste parâmetro, avaliem
criteriosamente o seu resultado.
Lembramos que o índice z é apenas um indicativo do desempenho do laboratório, cabendo a
cada laboratório fazer a sua interpretação e implementar, caso necessário, as ações corretivas.
8. Conclusões e Comentários
A análise dos dados obtidos neste EP sugere:
O resultado desta rodada, para o parâmetro de teor podem ser considerados satisfatórios, já que
77,3% dos resultados foram considerados satisfatórios;
Houve uma piora dos resultados do parâmetro de teor em relação ao EP anterior (EP MED 08/13);
Apesar de não ter sido calculado o z-score do parâmetro de dissolução, sugerimos que os
laboratórios façam uma análise crítica do seu resultado, frente aos obtidos pelo INCQS no estudo
de homogeneidade, bem como ao dos outros laboratórios, expresso no valor de consenso;
A maioria dos laboratórios preencheu os formulários conforme estabelecido nas instruções; e
Para os laboratórios que obtiveram resultados insatisfatórios, ações corretivas podem ser
adotadas para o aprimoramento das suas medições. Uma avaliação detalhada, desde o
recebimento do material e seu armazenamento, até o preenchimento do Formulário para Registro
dos Resultados, e a avaliação de todos os passos da metodologia de análise, será importante
para a identificação dos pontos críticos.
O estabelecimento de ações corretivas e a contínua participação em ensaios de proficiência são
ferramentas de grande contribuição para o aprimoramento das medições realizadas pelos
laboratórios.
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9. Confidencialidade
Os resultados deste Ensaio de Proficiência são confidenciais, isto é, cada laboratório é identificado
por código individual conhecido apenas pelos participantes da rodada e pela Coordenação deste
Ensaio de Proficiência. Os resultados obtidos neste EP poderão ser utilizados em trabalhos e
publicações do provedor mantendo evidentemente a confidencialidade dos laboratórios participante.
10. Referências Bibliográficas
ABNT ISO/IEC 17025. Requisitos Gerais para a Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração, 2005.
ABNT ISO/IEC 17043. Avaliação de Conformidade — Requisitos Gerais Para Ensaios de Proficiência, 2011.
ABNT ISO GUIA 35 – Materiais de Referência – Princípios Gerais e Estatísticos para Certificação, 2012.
ANVISA. Farmacopeia Brasileira, 5ed Brasília, v.2, 557-1448, 2010.
Horwitz, W; Albert, R; “The Horwitz Ratio (HorRat): A Useful Index of Method Performance with Respect to Precision”; J. Assoc. off AOAC International.; 89(4); 1095-1109; 2006.
Horwitz, W; Kamps, L.R; Boyer, K.W; “Quality Assurance in the Analysis of Foods for Trace Constituents”; J. Assoc. off Anal. Chem.; 63(6); 1344-1354; 1980.
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Vocabulário Internacional de Metrologia: Conceitos Fundamentais e Gerais e Termos Associados (VIM 2012). Edição Luso-Brasileira. Rio de Janeiro, 2012.
International Organization for Standardization – ISO 13528 - Statistical methods for use in proficiency testing by interlaboratory comparisons. 2005.
The International Harmonized Protocol for the Proficiency Testing of Analytical Chemistry Laboratories. Pure Appl. Chem., Vol. 78, No. 1, pp. 145–196, 2006.
Thompson, M. Recent trends in inter-laboratory precision at ppb and sub-ppb concentrations in relation to fitness for purpose criteria in proficiency testing. (DOI: 10.1039/b000282h) Analyst, 125, 385-386, 2000.
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11. Laboratórios Participantes
A lista dos laboratórios que enviaram os resultados à coordenação do Programa é apresentada na Tabela 10.
Tabela 10: Laboratórios participantes do Ensaio de Proficiência para Determinação do Teor de
Princípio Ativo e da Dissolução de Glibenclamida - 9ª Rodada.
Instituição
Analítica Análises Físico-Químicas e Microbiológicas LTDA
ASPEUR – Associação Pró-Ensino Superior em Novo Hamburgo Laboratório de Controle de Qualidade de Medicamentos e Cosméticos
CEDAFAR – Centro de Estudos e Desenvolvimento Analítico Farmacêutico Faculdade de Farmácia da UFMG
Equalis Laboratório de Análises Físico Químico e Microbiológicas
Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde - LACEN – RS IPB – LACEN/RS
Fundação Ezequiel Dias – FUNED Serviço de Medicamentos, Saneantes e Cosméticos - SMSC
Fundação Ezequiel Dias – FUNED Laboratório de Controle Físico-Químico/Divisão de Controle de Qualidade Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz Centro de Equivalência Farmacêutica EQFAR - 040
Fundação Oswaldo Cruz - Instituto de Tecnologia em Fármacos – FARMANGUINHOS - LDVA
ICF Instituto de Ciências Farmacêuticas de Estudos e Pesquisas LTDA
Labcore Laboratório de Análises LTDA
Laboratório Analítico Farmacêutico – Lafarm
Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina – LACEN – SC Físico – Química de Medicamentos (FQMED)
Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará - LACEN – CE
Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo – LACEN – ES Análise de Medicamentos
Laboratório Central do Estado do Pará - LACEN – PA Análises Físico-Químicas de Medicamentos
Nature Lab Pesquisas e Análises LTDA
Ortofarma Laboratório de Controle de Qualidade
Pharmacontrol Laboratório de Controle de Qualidade LTDA
PROQUIMO L.I.C.R.P.Q.F.Biológicos LTDA
Secretaria de Saúde de Goiás - LACEN – GO Laboratório Central de Saúde Pública Dr Giovanni Cysneiros
União Brasileira de Educação e Assistência UBEA PUCRS Laboratório Analítico de Insumos Farmacêuticos – LAIF
Total de participantes: 22 laboratórios O código de cada participante não está associado à ordem da lista de participantes.
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Anexo A – Homogeneidade Segundo a Norma ISO 13528
Primeiramente, seleciona-se aleatoriamente um número g (onde g ≥ 10) de amostras do lote de
itens de ensaio preparado retiram-se duas porções de teste de cada item de ensaio e realizam-se
as análises de todas as porções (2g) de forma aleatória, completando-se todas as séries de medição
sob condições de repetitividade.
Calcula-se a média, xt,., entre as duas porções de teste (xt,1 e xt,2), para cada amostra, e em seguida,
calcula-se a média geral, x , definida como a média das médias de cada amostra. A partir destes
valores, calcula-se o desvio padrão das médias das amostras, sx, conforme a Equação 1 e as
diferenças entre as porções de teste, wt, também para cada amostra, a partir da Equação 2.
)1/()( 2
,. gxxs tx (1)
2,1, ttt xxw (2)
A partir dos valores definidos acima, calcula-se o desvio padrão dentro das amostras sw e o desvio
padrão entre as amostras ss, conforme as Equações 3 e 4, a seguir:
g)²/(ws tw 2 (3)
)2/²(² wxs sss (4)
As amostras podem ser consideradas adequadamente homogêneas para este ensaio de
proficiência, se for atendido o critério definido na Equação 5:
𝑆𝑆 ≤ 0,3𝜎𝐻 (5)
onde, 𝜎𝐻 é o desvio padrão alvo, obtido através da equação de Horwitz (4.3.3), da concentração
média de cada parâmetro no estudo de homogeneidade.
Caso este critério não seja alcançado, a norma ISO 13528 permite ainda a inclusão da variação
existente entre as amostras, no desvio padrão para avaliação de proficiência, conforme a Equação
6:
𝜎𝑀 = √𝜎𝐻2 + 𝑆𝑠
2 (6)
Esta inclusão permite que possíveis variações na homogeneidade entre os itens de ensaio com
relação aos valores de concentração, não influenciem diretamente na avaliação de desempenho do
laboratório participante do EP. Contudo, inicialmente deve ser verificada a possibilidade de
melhorias no processo de preparo das amostras.
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Anexo B – Valor Designado Segundo a Norma ISO 13528
A Norma ISO 13528 é um documento complementar à ISO GUIA 43 e fornece os métodos
estatísticos a serem empregados nos ensaios de proficiência. Este documento descreve a análise
robusta envolvendo o emprego da estimativa do algoritmo A para o cálculo do valor designado e do
desvio padrão. Neste EP, somente o valor designado foi calculado através da análise robusta, sendo
o desvio padrão estimado através das equações derivadas do modelo geral de Horwitz (4.3.3).
Inicialmente, todos os valores objetos da análise (valores enviados pelos laboratórios participantes)
foram colocados em ordem crescente. A seguir, foram calculados os valores da mediana de xi (x*)
e do desvio padrão (s*), conforme as Equações 1 e 2.
ixdemedianax * (1)
*483,1* xxmeds i (2)
Onde: med é a mediana; xi valor de concentração reportado pelo laboratório.
Em seguida, foi calculado o valor de Fi, segundo a Equação 3, e a partir da estimativa de Fi, calculou-
se o novo valor inferior (concentração inferior), e o novo valor superior (concentração superior),
através das Equações 4 e 5.
Fi = 1,5s* (3)
Novo Valor Superior = x* + Fi (4)
Novo Valor Inferior = x* - Fi (5)
Os novos valores, superior e inferior, foram comparados a cada um dos resultados individuais dos
laboratórios participantes, e os que estavam acima do valor superior ou abaixo do valor inferior foram
descartados, ou seja, foram considerados valores dispersos ou discrepantes e substituídos pelos novos
valores superiores e inferiores. Este procedimento compreende a um ciclo ou Ciclo 0.
Iniciou-se um novo ciclo, a partir do cálculo da média robusta (x*)1 e do desvio padrão (s) dos novos
valores encontrados, e a seguir calculou-se o novo desvio padrão robusto (s*)2. O novo valor de s*
foi calculado pela Equação 6:
𝑆∗ = 1,134𝑠 (6)
1 Na ISO 13528 quando se inicia o Ciclo 1, x* passa a ser denominado como média robusta, uma vez que advém de um algoritmo robusto. 2 Na ISO 13528 quando se inicia o Ciclo 1, s* passa a ser denominado como desvio padrão robusto, uma vez que advém de um algoritmo robusto.
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Em seguida, calculou-se novamente o valor de Fi, os novos valores superiores e inferiores,
conforme descrito, respectivamente, nas Equações 3, 4 e 5, sendo os valores discrepantes
substituídos pelos novos limites. Este procedimento corresponde a outro ciclo ou Ciclo 1.
O ciclo é reiniciado até o momento em que os valores da nova média robusta (x*) e do novo desvio
padrão robusto (s*) convergirem, ou seja, até que não haja nos ciclos, diferença entre eles. Neste
momento o ciclo é finalizado e os novos valores de x* e s*, que são os valores da média robusta
(valor designado do EP) e do desvio padrão robusto.
Para a incerteza do valor designado descrito, será adotada a fórmula apresentada no item 5.6.2 da
norma ISO 13528, específica para valores designados obtidos a partir do algoritmo A. A incerteza
padrão será calculada pela Equação 7:
ux∗ = 1,25 × s∗/√p (7)
Onde, s* é o desvio padrão robusto e p é o número de laboratórios
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