economia do compartilhamento - sharing economy

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Palestra "Economia do Compartilhamento (Sharing Economy)", feita dentro da programação do Toda Quinta e Muito MMMAIS" do Museu das Minas e do Metal no dia 29/11, sobre um dos meus assuntos de militância, a partir de leituras a respeito do tema, especialmente o livro de Rachel Botsman e Roo Rogers "O Que é Meu é Seu: Como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo!" (What's Mine is Yours: The Rise of Collaborative Consumption). Agradeço ao público que muito contribuiu para o nosso bate papo e à direção do Museu nas pessoas da Márcia Regina e da Ana Paula Gaspar, pela paciência no acerto da agenda e atenção.

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Economia do compartilhamento

Alexandre Magrineli dos Reis

O meu motivo para estar aqui

Wilson Dias/ABr

A economia e o consumo hoje

Foto: flickr.com/photos/jassy-50

Foto: (AP)

Black Friday no Brasil

Os avisos• grupo de composto por cientistas,

industriais e políticos constituído em 1968 com objetivo de discutir temas relacionados a política, economia internacional, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

• Contratação de estudo ao Massachusetts Institute of Technology (MIT) com o objetivo de analisar problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da humanidade

• 1972: estudo intitulado “Os Limites do crescimento“

• Modelo computacional – batizado de “World3”:– 12 cenários que refletiam a seguinte

constatação: as tendências de crescimento da população global e da atividade econômica não eram sustentáveis e levariam a um esgotamento dos limites físicos dos recursos do planeta.

• Argumentava a favor da diminuição significativa das atividades produtivas em todo o mundo, com ênfase no corte da produção industrial.

1972: Clube de Roma e “Os limites do Crescimento”

Fonte: Clube de Roma

Os avisos

Relatório Brundtland“Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento da ONU (presidida pela primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland)Sintetiza a visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado;Ressalta a incompatibilidade entre os padrões de produção e consumo vigentes nos países industrializados e buscado pelos países em desenvolvimento com o o uso racional dos recursos naturais e a capacidade de suporte dos ecossistemas. Primeiro (ou principal) documento que tratou do conceito de "desenvolvimento sustentável".

1987: Nosso Futuro comum

Foto: AP

Temas da Rio+20

• Economia verde (Green Economy) no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza

Fonte: ONU

“Towards a Green Economy: Pathways to Sustainable Development and Poverty Eradication”

• Um dos documentos base para subsidiar as discussões da Rio+20;

• O estudo afirma que é possível garantir um futuro sustentável para o planeta através de investimentos no valor de 1,3 trilhão de dólares por ano – ou 2% da riqueza gerada pela economia global – em dez setores-chave, significando um estímulo à expansão econômica, com ênfase em fontes renováveis de energia. Trata-se de uma tentativa de uma mudança de paradigma em prol de uma economia verde.

Fonte: ONU

Economia Verde

Green Economy CoalitionDRAFT – Princípios de uma economia verde

Uma economia flexível e abrangente, que fornece uma melhor qualidade de vida para todos dentro dos limites ecológicos do planeta

1. Ela proporciona o desenvolvimento sustentável2. Ele oferece a equidade - O Princípio da Justiça3. Ele cria verdadeira prosperidade e bem-estar para todos - O Princípio da

Dignidade4. Além disso, melhora o mundo natural – O Princípio da Precaução,

limites planetários e integridade da Terra5. É inclusiva e participativa na tomada de decisões - O Princípio da

Inclusão6. É responsável - O Princípio da Governança7. Baseia-se resiliência econômica, social e ambiental - O Princípio

da Resiliência8. Ele proporciona um consumo e produção

sustentáveis - O Priniciple Eficiência9. Ele investe para o futuro - O Princípio Intergeracional

Documento final da Rio+20 O futuro que queremos

Posição oficial ONU: Determinação do conteúdo incluído no conceito da economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza. No documento final, países dedicaram uma seção para detalhar como as políticas econômicas podem ser uma ferramenta para avançar no desenvolvimento sustentável, observando que todos os países estão aprendendo como tornar suas economias mais verdes e aprendendo uns com os outros a partir do compartilhamento de experiências e lições.

Crítica: Documento não foi além de algumas afirmações genéricas sem criar mecanismos operacionais e compromissos para a introdução deste novo modelo econômico.

Críticas à economia verde

• "Economia verde privatiza a riqueza e socializa a pobreza“ (Evo Morales, Presidente da Bolívia)

• As críticas existentes baseiam-se que a economia verde ainda mantem a apropriação do homem sobre os bens naturais, a idéia de expansão da economia, sem trabalhar efetivamente na diminuição da produção e consumo.

A ECONOMIA DO COMPARTILHAMENTO

Economia do Compartilhamento

• Sharing Economy, Mesh Economy, collaborative consuption, são expressões utilizadas para descrever um conjunto de práticas que pressupõe possuir (ter) o que é necessário no momento certo sem a necessidade de adquirir.

• Tratam-se de relações de consumo que estão resurgindo, muitas estão sendo reinventadas com as novas tecnologias.

• “refere-se à expansão das práticas de compartilhamento, troca, empréstimo, intercâmbio, aluguel e doação, reinventados por meio da tecnologia de rede em uma escala e de uma maneira sem precedentes”

Wikipedia – verbete Consumo colaborativo

• Ao buscar experiências e não somente objetos de compra, os consumidores estão mais voltados à satisfação de sua necessidade e ao real objetivo que uma troca comercial possui.

• No consumo colaborativo, a estrutura de oferta e demanda não é tão rígida e limitada como na compra tradicional: não há moeda fixa de escambo nem posse única ou total de um objeto.

• A prática comercial no consumo colaborativo é uma interação entre partes interessadas em ter acesso ao que o outro oferece.

• Toda esta configuração se mostra compatível com as relações que estabelecemos na internet, em uma comunicação que não é mais frontal, mas na qual ocorre produção de conteúdo de ambos os lados: todos são receptores e emissores ao mesmo tempo.

• Essa estrutura comunicativa da internet migrou para o mundo dos negócios na forma do consumo colaborativo: não há mais separação entre vendedor e comprador, mas uma relação mútua de escambo entre partes.

Retorno a práticas antigas...

• Muito do conceito da economia do compartilhamento é um resgate a praticas antigas realizadas pela humanidade em uma escala histórica, e mais próximo de nós, por nossos avós e pais

Fonte: http://www.arcauniversal.com/mundocristao/series/noticias/costumes-da-biblia---o-comercio-14593.html

Com nova roupagem

• Só que antes o que era feito apenas pelo contato entre indivíduos, amigos, vizinhos, numa dimensão reduzida de negociação, agora ganha uma escala física (empresa, bairro, família,etc...) e virtual (sites e redes na internet)

• Além do benefício da redução do consumo e, portanto, da fabricação de novos produtos e utilização de recursos naturais, o consumo colaborativo garante que o dinheiro, quando utilizado, recircule entre os indivíduos, não se concentrando em organizações.

• A revista TIME elencou o consumo colaborativo como uma das "10 idéias que vão mudar o mundo" . Fonte: http://collaborativeconsumption.com/

Principios da economia do compartilhamento

• MASSA CRÍTICA: termo sociológico utilizado para descrever a existência de um impulso suficiente em um sistema para torna-lo autossustentável

• PODER DE CAPACIDADE OCIOSA;• CRENÇA NOS BENS COMUNS: ao fornecer valor

para a comunidade, permitimos que o nosso próprio valor se expanda em troca

• CONFIANÇA ENTRE ESTRANHOS

Exemplo de publicações

GENEROS E ESPECIES DENTRO DA SHARING ECONOMY

SISTEMAS DE SERVIÇO DE PRODUTOS

• Compartilhamento de carros Compartilhamento de carros (de grandes marcas de automóveis) Compartilhamento de carro entre pares Compartilhamento de bicicletas

• Aluguel entre pares• Energia Solar

Aluguel de brinquedos• Aluguel de objetos de moda• Aluguel de livros• Aluguel de arte• Filmes

Fonte: http://collaborativeconsumption.com/

MERCADOS DE REDISTRIBUIÇÃO

• Grandes Mercados • Troca livre• Eletrônica • Trocas locais de livros • Sites para troca de bens do bebê e brinquedos • Trocas de roupas• Troca de mídias (DVD, livros, jogos)

Fonte: http://collaborativeconsumption.com/

ESTILO DE VIDA DE COLABORATIVO

• Coworking • Empréstimos sociais• Moedas sociais • Crowdfunding • Viagem entre pares• Caronas• Compartilhamento de taxis• Jardins

Escambo• Troca de favores• Compartilhamento de Redes de Armazenamento e estacionamentos

Fonte: http://collaborativeconsumption.com/

AIRBNB

Freecycle Network

EXPERIÊNCIAS NO BRASIL

Estante virtual

Site Caronetas

O Caronetas foi pré-selecionado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, como umas das 15 soluções mundiais para melhorar a mobilidade urbana.

Site DescolaAi

• Descola aí...

Instituto akatu

Instituto Alana – Feira de troca de Brinquedos

Instituto Alana/MMA – Cartilha Consumo Infantil

• Instituto Alana e Ministério do Meio Ambiente lançam cartilha sobre relação entre consumismo infantil e sustentabilidade com dicas e sugestões para pais e educadores. O objetivo da publicação é ajudar os pais e educadores a trabalharem com as crianças a diferença entre o “querer” e o “precisar”, além de abordar temas como sustentabilidade, descarte e consumo.

• Medidas como o consumo de lanches feitos em casa, mais saudáveis e que geram menos lixo e descarte de embalagens, são incentivadas. O material também traz alguns dados preocupantes sobre a influência da publicidade no consumismo infantil. Dados do Ibope mostram que, hoje, as crianças passam mais de cinco horas por dia na frente da televisão. E que 64% de todos os anúncios veiculados nas emissoras de TV, monitoradas às vésperas do Dia das Crianças de 2011, foram direcionados ao público infantil (Alana/UFES).

• O livreto é o terceiro volume da série Cadernos de Consumo Sustentável, publicada pelo Ministério do Meio Ambiente.

Fonte: Instituto Alana

Centro de Ecologia Integral

Fonte: Centro de Ecologia Integral

Feira de trocas - Ambientação

Conclusões

• Pensar...• Mudar atitude e hábitos...

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