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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: A avaliação da EJA para alunos com deficiência intelectual
Autor: Patrícia Solano de Oliveira
Disciplina/Área: Educação Especial
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Escola de Educação Básica João XXIII
Município da escola: Ibiporã
Núcleo Regional de Educação: Londrina
Professor Orientador: Profa Dra Cleide Vitor Mussini Batista
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina
Relação Interdisciplinar:
Resumo: O caderno Temático faz parte das atividades previstas no Plano Integrador de Formação Continuada e nele encontramos o
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material didático, que objetiva apresentar, aos professores, equipe pedagógica, direção e demais interessados, subsídios, para o aprofundamento do tema, a avaliação da EJA para alunos com deficiência intelectual. Este caderno Temático será empregado na proposta de implementação pedagógica a ser realizada com professores, equipe pedagógica e direção da Escola de Educação Básica situada na região oeste, da cidade de Ibiporã. Os objetivos são: analisar os princípios educacionais legais referente à pessoa com deficiência intelectual, compreender o processo de avaliação utilizado na escola de educação básica na modalidade de educação especial, para os alunos com deficiência intelectual que frequentam a EJA e identificar junto aos professores as estratégias e os instrumentos da aprendizagem utilizados para os alunos com deficiência intelectual que frequentam a EJA. Para tal, entrevistaremos os professores que trabalham com os alunos da EJA, a respeito de quais estratégias e instrumentos da avaliação da aprendizagem, utilizam para avaliar os alunos com deficiência intelectual que frequentam a EJA.
Palavras-chave: Educação Especial, EJA, Avaliação
Formato do Material Didático: Caderno Temático
Público: Professores da EJA, Equipe pedagógica e Direção
APRESENTAÇÃO
O presente material refere-se à proposta de um caderno temático de
ensino, a qual se destina a professores, equipe pedagógica e direção que
trabalham na escola que ocorrerá a implementação do projeto de intervenção
pedagógica. Este Caderno Temático apresenta-se como parte integrante das
atividades do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – Turma
2013, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
Este material se propõem a refletir sobre a avaliação da EJA para
alunos com deficiência intelectual e múltiplas, da escola de Educação Básica
na Modalidade de Educação Especial. Este material tem como objetivo,
analisar os princípios educacionais legais referente à pessoa com deficiência
intelectual, compreender o processo de avaliação utilizado na escola de
educação básica na modalidade de educação especial, para os alunos com
deficiência intelectual que frequentam a EJA e identificar junto aos professores
as estratégias e os instrumentos da aprendizagem utilizados para os alunos
com deficiência intelectual que frequentam a EJA. Para tal, serão entrevistados
os professores que trabalham com os alunos da EJA, a respeito de quais
estratégias e instrumentos da avaliação da aprendizagem, utilizam para avaliar
os alunos com deficiência intelectual que frequentam a EJA.
JUSTIFICATIVA
As Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção
de Currículos Inclusivos compreende a Educação Especial como modalidade
que dialoga e compartilha os mesmos princípios e práticas da educação geral
que exige das famílias, alunos, profissionais da educação e gestores das
políticas públicas um novo olhar sobre o aluno com necessidades educacionais
especiais.
Passando a integrar os sistemas educacionais, a Educação Especial
se torna modalidade de educação que compartilha os mesmos pressupostos
teóricos e metodológicos presentes nas diferentes disciplinas dos demais
níveis e modalidades de ensino.
Os alunos com deficiência intelectual que frequentam a Escola de
educação Básica na modalidade de Educação Especial que completam 16
anos passam automaticamente a frequentar a EJA, no mesmo estabelecimento
de ensino. Cabe, portanto, buscar formas de atendimento a esse público tão
específico, particularmente no que se refere às questões de métodos e
técnicas de avaliação.
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A educação de Jovens e Adultos - EJA é uma modalidade de
ensino, pensada originalmente para atender jovens e adultos trabalhadores que
não tiveram acesso à educação básica, fundamental e média, em idade
inadequada.
A junção de duas modalidades de ensino (Ed. Especial e EJA),
uma complementando a outra, se faz realmente necessária, para atendimento
apropriado ao desenvolvimento dos alunos jovens e adultos, com deficiência
intelectual.
Nesta modalidade de ensino a preocupação dos professores se
dá com o desafio de pensar e organizar a avaliação, dos alunos com
deficiência intelectual que frequentam a EJA, para que esta possa contemplar
os aprendizados destes alunos. Aprendizado este que o permita apropriar-se
das habilidades básicas e de gestão para sua melhor autonomia e
independência ou que o ajude a ter acesso ao mundo do trabalho.
PRINCÍPIOS LEGAIS REFERENTES À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Os anos 80 foram marcados pelas intensas discussões sobre
cidadania que os longos anos da ditadura militar haviam usurpado. Tivemos
promulgada a nova Constituição, chamada de “Constituição Cidadã”, que
avançou na área social, trazendo em seus artigos a igualdade e os direitos
sociais e individuais garantidos.
Na década de 90 ocorreu o grande avanço para as pessoas
portadoras de necessidades especiais. As mudanças foram muito significativas
em todas as áreas, em especial no setor educacional.
A educação de crianças, jovens e adultos com deficiência dentro do
sistema regular de ensino teve início com a Declaração de Salamanca e Linha
de Ação Brasília: CORDE, 1994, onde ocorreu a Conferencia Mundial de
Educação Especial representada por 88 governos e 25 organizações
internacionais em assembleia, reconhecendo a necessidade e a urgência de
providenciarem educação. Essa conferência aconteceu em Salamanca, na
Espanha.
Em 1988, a Constituição Brasileira já havia estabelecido que o
atendimento educacional especializado, para as pessoas com deficiência,
deveria ficar a cargo do ensino regular, mas só com a promulgação da lei nº
9394/96, em 2001, é que houve a preocupação da adequação à nova
legislação, começando a ser posta em prática (BRASIL, 1996).
Podemos verificar que após a Declaração de Salamanca, a inclusão
foi motivo de discussões no âmbito educacional tanto na forma de legislação
quanto na teoria e prática.
O número de alunos com deficiência, matriculados na rede regular
de ensino, veio aumentando a cada ano. A mídia, falada, escrita e televisiva,
favoreceu a ampliação, do número de matrículas de alunos deficientes na rede
regular de ensino, pois além de divulgar essa tendência, serve de incentivo a
quem ainda não despertou para o fato.
A Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, em seu
artigo 2º, estabelece que: “Os sistemas de ensino devem matricular todos os
alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos
com necessidades especiais, assegurando as condições necessárias para uma
educação de qualidade para todos” (BRASIL, 2005). Essa maneira com que a
legislação contempla a inclusão escolar, principalmente, em se tratando da
deficiência intelectual e física, tem suscitado as preocupações e indagações da
sociedade e de grupos específicos, como os professores e os pais.
Os princípios de atendimento das pessoas que apresentam
necessidades educacionais especiais de acordo com a LDBN são; a
preservação da dignidade humana, onde se busca a identidade, a igualdade de
cada cidadão, não permitindo qualquer tipo de discriminação e de desrespeito;
a busca da identidade, que juntamente com a dignidade se impõe, tornando
cada cidadão uma pessoas única dentro da sociedade, familiarizada consigo
mesma e representando uma parte da realidade.
As políticas públicas tratam da Educação, Cultura e do Desporto, e
deixam claro no cap. III, art. 205 da Constituição que:
A educação é um direito de todos e dever do Estado e da família. Será promovida e incentivada como colaboração da sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, qualificação para o trabalho (BRASIL, 1991).
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Essa lei estabelece o direito, e ao mesmo tempo a igual
responsabilidade e dever da família em relação ao Estado. Está previsto na
Constituição de 1988 o atendimento educacional especializado aos portadores
de deficiência, para o que antes era definido como Educação Especial e todas
as suas formas de intervenção. Em seu Artigo 208, a Constituição determina
que esse atendimento ocorra, preferencialmente, na rede regular de ensino. É
importante esclarecer que:
a) esse atendimento refere-se ao que é necessariamente diferente da educação em escolas comuns e que é necessário para melhor atender às especificidades dos alunos com deficiência, complementando a educação escolar e devendo estar disponível em todos os níveis de ensino;b) é um direito de todos os alunos com deficiência que necessitarem dessa complementação e precisa ser aceito por seus pais ou responsáveis e/ou pelo próprio aluno;c) o “preferencialmente” na rede regular de ensino significa que esse atendimento deve acontecer prioritariamente nas unidades escolares, sejam elas comuns ou especiais, devidamente autorizadas e regidas pela nossa lei educacional. A Constituição admite ainda que o atendimento educacional especializado pode ser oferecido fora da rede regular de ensino, já que é um complemento e não um substitutivo do ensino ministrado na escola comum para todos os alunos;d) o atendimento educacional especializado deve ser oferecido em horários distintos das aulas das escolas comuns, com outros objetivos, metas e procedimentos educacionais.e) as ações do atendimento educacional são definidas conforme o tipo de deficiência que se propõe a atender. Como exemplo, para os alunos com deficiência auditiva o ensino da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, de Português, como segunda língua, ou para os alunos cegos, o ensino do código “Braille”, de mobilidade e locomoção, ou o uso de recursos de informática, e outros;f) os professores que atuam no atendimento educacional especializado, além da formação básica em Pedagogia, devem ter uma formação específica para atuar com a deficiência a que se propõe a atender. Assim como o atendimento educacional especializado, os professores não substituem as funções do professor responsável pela sala de aula das escolas comuns que têm alunos com deficiência incluídos.
As conquistas na área educacional podem ser evidenciadas com a
homologação da Lei nº 9394, em 15 de agosto de 2001 (fundamentada no
Parecer CNE/CEB nº 17/2001), na qual a Educação Especial, em todos os
níveis, é tratada como modalidade regular pública, com garantia de: vagas em
estabelecimentos públicos; acesso, provendo transporte e adequações de
prédios; atendimento em sala regular, com acompanhamento de equipe
especializada, e em salas de educação especial, na rede regular, quando a
condição de aprendizado se tornar adequada em salas regulares; atendimento
em escolas especiais, com equipe de apoio e professores especializados para
os alunos que não se beneficiem das modalidades em escolas regulares.
Sendo assim, os fundamentos legais que regem a educação
especial como modalidades de educação escolar tentam aproximar-se ao
máximo possível da prática pedagógica social da educação inclusiva.
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
O Ministério da Educação por meio da Secretaria de Educação
Especial apresenta o documento Educação Inclusiva - Atendimento
Educacional Especializado para a Deficiência Mental, com o objetivo de
oportunizar aos sistemas de ensino orientações e informações para a
organização do atendimento às necessidades educacionais especiais dos
alunos com deficiência mental.
Esse documento mais conhecido como AEE tem como objetivo
oportunizar aos sistemas de ensino orientações e informações para a
organização do atendimento às necessidades educacionais especiais dos
alunos com deficiência intelectual.
O Capítulo 1 diz que a escola é a instituição responsável pela
passagem da vida particular e familiar para o domínio público, tendo assim uma
função social reguladora e formativa para os alunos.
Em se tratando de alunos com deficiência intelectual, a escola
comum poderá encontrar limitações, então deverá existir um espaço que
atenda esses educandos, espaço este que não seja clínico.
O Estado do Paraná desde 2010 vem orientando, capacitando e
dando respaldo as instituições e entidades a se transformarem em Escolas de
Educação Básica, através do PARECER CEE/CEB Nº 108/10 e da
RESOLUÇÃO Nº 3600/2011 que trata da mudança de nomenclatura das
instituições e a RESOLUÇÃO Nº 7863/2012 – Convênio de Cooperação
Técnica e Financeira entre SEED e Entidades Mantenedoras das escolas que
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ofertam Educação Básica Modalidade de Educação Especial, que mantém as
escolas com recursos e profissionais.
As escolas comum possuem seu papel definido, a construção do
conhecimento pré-definida intencionalmente, as escolas especiais vem
complementar a escola comum atuando sobre o saber particular que
invariavelmente vai determinar e possibilitar a construção do saber universal.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA ESCOLA
A avaliação da aprendizagem de cada escola deve estar descrita em
seu Projeto Político Pedagógico.
A avaliação é um processo que faz parte da nossa proposta
pedagógica, e é complexa por não se resumir em fazer provas, tirar notas,
fazer exames, repetir ou passar de ano. Verificamos que estas práticas
pedagógicas de avaliações são arcaicas, mas ainda predomina em nossas
escolas.
A avaliação da aprendizagem deve ter a cara da escola e de seu
alunado. Carvalho (2004, p. 161), em suas colocações, afirma que:
Proceder uma avaliação que respeite a individualidade do educando, partindo do ponto de que ele não mais é um sujeito solitário da avaliação, como se, isoladamente, ele pudesse ser o responsável pelo seu sucesso ou fracasso, demonstra que os educadores estão na busca de caminhos que levem a uma proposta de avaliação diferenciada.
Sobre as diferenças de cada aluno podemos acrescentar que se
fazem presentes e necessárias, e temos que considerar em que extensão cada
indivíduo atingiu o objetivo estabelecido no início do planejamento.
Sant'ana (1995, p. 14) diz devemos ter "[...] por parâmetro o próprio
indivíduo, e não suas dimensões em relação ao grupo". Podemos perceber
nitidamente que para o aluno é primordial levarmos em consideração o que nos
coloca a autora. Devemos sempre partir do ponto que ele está, e
acompanharmos seu avanço, e não compara-lo com o grupo.
Dentro da visão, em que educar é formar e aprender é construir o
próprio saber, a avaliação contempla dimensões, e não se reduz apenas em
atribuir notas. Nessa visão, Luckesi (2002, p. 25) "A função verdadeira da
avaliação da aprendizagem seria auxiliar a construção da aprendizagem
satisfatória".
A avaliação educacional que se preocupa com a transformação deve
se ater ao resgate da essência construtivista, segundo Luckesi (2002, p. 43)
"torna-se necessário que a avaliação educacional, no contexto de uma
pedagogia preocupada com a transformação, seja efetivamente um julgamento
de valor sobre manifestações relevantes da realidade para uma tomada de
decisão".
Os dados relevantes obtidos pelo professor deverão servir para
aquilo que se propõe, a transformação social do aluno. De acordo com
Hoffman (2005, p. 19), a avaliação deixa de ser um momento terminal do
processo educativo para se transformar na busca incessante de compreensão
das dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de
conhecimento.
Para o professor a avaliação é um momento de grande relevância,
pois é o momento de averiguar suas ações futuras.
Isso exige de mim uma reflexão crítica permanente sobre minha prática através da qual vou fazendo a avaliação do meu próprio fazer com o educando. O ideal é que, cedo ou tarde, se invente uma forma pela qual os educandos possam participar da avaliação. É que o trabalho do professor é o trabalho do professor com o aluno e não do professor consigo mesmo. (FREIRE, 2004, p. 64).
Como percebemos as escolas precisam repensar o seu papel nessa
fase de afirmação. As escolas na modalidade de educação especial, devem ter
como referência a homogeneidade, considerando que devam ter o mesmo tipo
de resposta educativa para todos os alunos. (RODRIGUES, 2008).
A escola deve colocar em prática os princípios inclusivos, pois todos
os alunos sem exceção deverão estar em clima de igualdade de oportunidades,
bem como as suas necessidades educacionais especiais atendidas.
OBJETIVOS
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OBJETIVO GERAL
• Analisar as estratégias e os instrumentos da avaliação da
aprendizagem, que os professores utilizam para os alunos com
deficiência intelectual que frequentam a EJA.
OBJETIVO ESPECÍFICO
• Analisar os princípios educacionais legais referente à pessoa com
deficiência intelectual.
• Compreender o processo de avaliação utilizado na escola de
educação básica na modalidade de educação especial, para os
alunos com deficiência intelectual que frequentam a EJA.
• Identificar junto aos professores as estratégias e os instrumentos
da aprendizagem utilizados para os alunos com deficiência
intelectual que frequentam a EJA.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Local
O estudo será desenvolvido em uma escola estadual situada na
região oeste, do município de Ibiporã. Esta escola atende 233 alunos, sendo
que 140 são frequentadores da EJA.
Participantes
Participarão do estudo 13 professores das classes da EJA, dois
professores da equipe pedagógica e o gestor da escola. Destes professores 15
são do sexo feminino e um do sexo masculino com idade entre 21 a 66 anos.
Instrumentos
Para execução dessa proposta de pesquisa, um dos instrumentos
utilizados foi o estudo bibliográfico para subsidiar os conhecimentos a respeito
da deficiência intelectual, avaliação e EJA.
Entende-se por levantamento bibliográfico, todas as obras escritas, bem como a matéria constituída por dados primários ou secundários que possam ser utilizado pelo pesquisador ou leitor (FACHININ, 2006, p. 122).
O instrumento a ser utilizado para levantar dados sobre como são
pensadas e organizadas as avaliações para os alunos com deficiência
intelectual que frequentam a EJA do referido estabelecimento de ensino, foi a
entrevista semi-estruturada (anexo A), com perguntas fechadas com o intuito
de responder aos objetivos do estudo. Uma das características da pesquisa
semi-estruturada, é, ter um roteiro previamente elaborado. O roteiro é usado
pelo entrevistador na mesma sequência em que foi elaborado.
Para Queiroz (1988 apud DUARTE, 2002, p. 147),
a entrevista semi-estruturada é uma técnica de coleta de dados que supõe uma conversação continuada entre informante e pesquisador e que deve ser dirigida por este de acordo com seus objetivos. Desse modo, da vida do informante só interessa aquilo que vem se inserir diretamente no domínio da pesquisa. A autora considera que, por essa razão, existe uma distinção nítida entre narrador e pesquisador, pois ambos se envolvem na situação de entrevista movidos por interesses diferentes.
O roteiro precisa ser muito bem trabalhado e o pesquisador deve
conhecer a fundo o tema da pesquisa, para inclusive elaborar as alternativas
de resposta. Após análise das entrevistas e a tabulação dos dados, será
apresentado o estudo, a todos os professores da escola que permitirá
evidenciar o olhar e a perspectiva dos docentes perante novas possibilidades
de como avaliar os alunos da EJA.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 1991.
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BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, v. 134, n. 248, p. 27834-27841, 23 dez. 1996. Seção 1.
BRASIL. Parecer CNE/CEB nº 17/2011, de 07 de julho de 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB017_2001.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2013.
BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001. Disponível em: <http://www.mec.gov.br/cne/pdf/CEB0201.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2005.
CARVALHO, Rosita Elder. Os pingos no is. Porto Alegre: Brasil Mediação 2004.
DUARTE, Rosália. Pesquisa qualitativa: reflexões sobre o trabalho de campo. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 115, p. 139-154, mar. 2002. Disponível em: < www.scielo.br/pdf/cp/n115/a05n115.pdf>. Acesso em: 29 out. 2013.
FACHININ, Odília. Fundamentos da metodologia. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 29. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
HOFFMAN, Jussara. Pontos & contrapontos. 9. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Parecer CEE/CEB nº 108/2010, de 11 de fevereiro de 2010. Disponível em: <http://www.cee.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/Pareceres2010/CEB/pa_ceb_108_10.pdf>. Acesso em: 04 jun. 2013.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação especial para a construção de currículos inclusivos. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_edespecial.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Resolução nº 3600/2011-GS/SEED. Disponível em: <http://www.nre.seed.pr.gov.br/campomourao/arquivos/File/Resolucao_3600_2011.pdf>. Acesso em: 29 out. 2013.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Resolução nº 7863/2012, 28 de dezembro de 2012. Disponível em: < http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibir&codAto=84869&indice=1&totalRegistros=5241&anoSpan=2013&anoSelecionado=2012&mesSelecionado=0&isPaginado=true>. Acesso em: 29 out. 2013.
RODRIGUES, Lea Carvalho. Propostas para uma avaliação em profundidade de políticas públicas sociais. Revista Aval, Fortaleza, v.1, n.1, p. 7-16, jan./jun. 2008. Disponível em: < http://wpmapp.oktiva.com.br/wp-aval/files/2009/09/artigo-lea_1.pdf>. Acesso em: 05 junho de 2013.
SANT'ANA, Martins Ilza. Porque avaliar? como avaliar? critérios e instrumentos. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 1995.
ANEXO A
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
ENTREVISTA PARA PROFESSORES DA EJA
Este roteiro de entrevista tem o objetivo coletar dados para subsidiar a implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica, a ser realizada com professores, equipe pedagógica e direção da Escola de Educação Básica João XXIII, da cidade de Ibiporã. A proposta tem como base entrevistar os professores que trabalham com os alunos da EJA, sobre quais estratégias e
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instrumentos da avaliação da aprendizagem, utilizam para avaliar os alunos com deficiência intelectual que frequentam a EJA. Após análise e tabulação de dados, será apresentado a todos os participantes, as informações obtidas, para conhecimento e análise, das possibilidades de diferentes estratégias e instrumentos da aprendizagem utilizados para os alunos com deficiência intelectual que frequentam a EJA.
1 - Função ( ) professor de sala EJA ( ) professor de arte ( ) professor de ed. Física ( ) professor de música ( ) equipe pedagógica ( ) direção
2 - Sexo ( ) masculino ( ) feminino
3 - Formação ( ) graduação ______________________________________________ ( ) pós graduação___________________________________________ ( ) mestrado _______________________________________________ ( )doutorado ______________________________________________
4 - Quanto tempo de atuação ( ) 0 a 5 anos ( ) 6 a 10 anos ( ) 11 a 15 anos ( ) 16 a 20 anos ( ) mais de 21 anos
5 – Qual o conceito utilizado para avaliar o aluno da EJA. ( ) nota ( ) menção ( ) relatório ( ) Outros. Quais_____________________________________________
6 – Quais os instrumentos de avaliação são utilizados para avaliar. ( ) prova individual ( ) prova em grupo ( ) trabalhos
( ) relatórios ( ) seminários ( ) Outros. Quais______________________________________________
7 - Quais as disciplinas são avaliadas em seu aluno da EJA. ( ) português ( ) geografia ( ) matemática ( ) ed. física ( ) história ( ) artes ( ) ciências ( ) outra ___________________
8 – Cite dificuldades que encontra nas avaliações que utiliza. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
9 – Como poderia ser pensado as avaliações. Sugira.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10 – O instrumento de avaliação consegue de fato mostrar o que o aluno apropriou.( ) sim( ) não
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Nome do Entrevistado____________________________________________
Data _________________________________________________
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