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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL –
PDE
ODACIR LOURENÇO
CADERNO PEDAGÓGICO
A MATEMÁTICA FINANCEIRA: SUAS INFLUÊNCIAS NA VIDA DOS JOVENS
INSERIDOS NO MERCADO DE TRABALHO
IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
ORIENTADORA: PROFª. MS. RENATA CAMACHO BEZERRA
ÁREA CURRICULAR: MATEMÁTICA
FOZ DO IGUAÇU
2014
Ficha de identificação
Título: A Matemática Financeira: Suas Influências na Vida dos Jovens Inseridos no Mercado
de Trabalho
Professor PDE: Odacir Lourenço
Área: Matemática
Núcleo: Foz do Iguaçu
Orientadora: Prof.ª Ms. Renata Camacho Bezerra
IES: Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
Escola para intervenção: Colégio Estadual Prof.ª Carmelita de Souza Dias
Conteúdo: Matemática Financeira
Apresentação
No exercício da função docente, por vários anos, nas minhas vivências e na
interação com alunos provenientes de classes menos favorecidas com características próprias
de escola de periferia, constatamos a existência de inquietações de professores e alunos em
relação a significância do ensino aprendizagem de matemática financeira e suas aplicações no
cotidiano dos educandos, que constroem conhecimento suficiente para obter os índices
exigidos para a aprovação no âmbito escolar, porém apresentam dificuldades para concretiza-
los considerando a abstração própria da disciplina.
Paralelamente ao ambiente escolar, muitos indivíduos que estão cursando o
terceiro ano do ensino médio, ao ingressar no mundo do trabalho e, sem ter desenvolvido
habilidades para interagir com o mercado consumidor, tornam-se alvo de campanhas de
marketing e instituições financeiras que ávidas pela maximização dos lucros os reduzem a
condição de explorados com consequências preocupantes na área emocional, financeira e
afetiva, visto que no bojo da falta de conhecimento teórico-prático, cerceia-se os direitos
individuais e degrada-se as relações humanas minimizando, dessa forma, as possibilidades de
uma vida mais humana e saudável com reflexo na sociedade.
O Ministério da Educação afirma no livro educação financeira nas escolas,
[…] Discentes e docentes financeiramente educados são mais autônomos em
relação as suas finanças e menos suscetíveis a dívidas descontroladas, fraudes e situações comprometedoras que prejudiquem, não só a própria
qualidade de vida como a de outras pessoas. (BRASIL, 2013: 01)
Neste contexto, este caderno pedagógico foi elaborado no intuito de contribuir e
mediar a construção do conhecimento científico. A proposta contempla um rol de atividades
de matemática financeira voltada para a concretização dos conteúdos da disciplina de forma
contextualizada através das quais objetivamos enfatizar um novo olhar sobre as práticas
docentes e suas relações com a construção do conhecimento e contribuir para desenvolver as
potencialidades dos alunos alvo dessa proposta pedagógica. Esperamos com o
desenvolvimento das atividades contribuir para a formação de indivíduos críticos e
conscientes de seus direitos e deveres na sociedade na qual estão inseridos.
Capítulo 01
Motivação
ATIVIDADE 01- MOTIVANDO OS ALUNOS
Objetivo: Nesta atividade introdutória, Intenciona-se motivar o aluno e despertar nele o
interesse pela educação financeira.
Recursos didáticos: Datashow, notebook, giz, lousa, papel sulfite, lápis, borracha.
Encaminhamentos metodológicos:
-Assistir ao vídeo, “O que te faz feliz?” 1
-Questionar o aluno sobre a mensagem implícita e explicita no vídeo exposto, instigando-o a
expor a visão pessoal sobre o conteúdo.
-Distribuir folhas de sulfite com a questão. O que é ser feliz?
-Recolher o material e fazer uma breve análise das respostas.
-Colocar a resposta de forma que não seja possível identificar o autor.
-Solicitar que cada aluno, ordenadamente leia uma resposta de outro colega.
-Distribuir folhas de sulfite com a questão. O que você faz, te faz feliz?
-Distribuir folhas de sulfite com a questão. O que na sua visão é importante para você
conseguir fazer o que te faz feliz.
-Após intervenções propor e explicar a intenção do projeto e sua forma de desenvolvimento.
ATIVIDADE 02 -EDUCAÇÃO FINANCEIRA
Objetivo: Pretende-se com a atividade que o aluno compreenda a importância de educar-se
financeiramente e despertar nele o interesse por economia pessoal e familiar.
Recursos didáticos: Poesia ou isto ou aquilo, sulfite, caneta.
Encaminhamentos metodológicos:
- Solicitar a leitura da poesia de Cecília Meireles, “Ou isto ou aquilo”.
- Após a leitura do poema de Cecília Meireles, Propor debate sobre a mensagem implícita na
poesia.
1 Vídeo disponível em http://www.youtube.com/watch?v=ltd6hxdDZ4Y.
Ou isto ou aquilo
Autor: Cecilia Meireles
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
O u se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
ou aquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto
ATIVIDADE 03- CONCEITOS
Objetivo: Pretende-se com essa atividade, que o aluno defina a importância que ele atribui ao
dinheiro em sua vida, obtenha conhecimentos sobre a origem da moeda, Banco Central e suas
atribuições e história do Sistema Financeiro Nacional
Recursos didáticos: Datashow, notebook, textos, canetas, sulfite, notas e moedas brasileiras
(antigas), cartolina, painel.
Encaminhamentos metodológicos:
- Assistir ao vídeo “O que é dinheiro”.2
-Solicitar a produção de texto sobre a importância do dinheiro em suas vidas (individual).
-Distribuir e solicitar a leitura individual dos textos (Escambo, Moeda-Mercadoria, Moeda
em Formato de Objetos, Moeda de Papel, Banco Central do Brasil, Entenda a
importância da educação financeira pessoal).
- Promover debate sobre as mudanças de formas das moedas.
- Construir um painel sobre notas e moedas antigas brasileira.
- Expor painel sobre notas e moedas antigas brasileiras.
- Promover discussão sobre a importância atribuída por eles ao tema.
- Produção de texto individual com o tema: Como posso contribuir para economizar em casa e
na vida pessoal.
2Vídeo disponível em https://www.youtube.com/watch?v=9rF_9e_7Who.
Texto 1- Escambo
3
Escambo. Fonte: Wikipedia 1
A moeda, como hoje a conhecemos,
é o resultado de uma longa evolução. No
início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por
mercadoria, sem equivalência de valor.
Assim, quem pescasse mais peixe do que o necessário para si e seu grupo trocava este
excesso com o de outra pessoa que, por
exemplo, tivesse plantado e colhido mais milho do que fosse precisar.
Esta elementar forma de comércio
foi dominante no início da civilização,
podendo ser encontrada, ainda hoje, entre povos de economia primitiva, em regiões
onde, pelo difícil acesso, há escassez de
meio circulante, e até em situações especiais, em que as pessoas envolvidas
efetuam permuta de objetos sem a
preocupação de sua equivalência de valor. Este é o caso, por exemplo, da criança que
troca com o colega um brinquedo caro por
outro de menor valor, que deseja muito.
As mercadorias utilizadas para escambo geralmente se apresentam em estado
natural, variando conforme as condições de
meio ambiente e as atividades desenvolvidas pelo grupo, correspondendo
a necessidades fundamentais de seus
membros. Nesta forma de troca, no entanto,
ocorrem dificuldades, por não haver uma medida comum de valor entre os elementos
a serem permutados.
3 Disponível em:
http://www.bcb.gov.br/?ORIGEMOEDA
Texto 2 – Moeda/Mercadoria 4
Moeda mercadoria. Fonte: Bcb do Brasil
Algumas mercadorias, pela sua
utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras. Aceitas por todos, assumiram
a função de moeda, circulando como
elemento trocado por outros produtos e
servindo para avaliar-lhes o valor. Eram as moedas mercadorias. O gado,
principalmente o bovino, foi dos mais
utilizados; apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação
de serviços, embora ocorresse o risco de
doenças e da morte. O sal foi outra moeda mercadoria; de difícil obtenção,
principalmente no interior dos continentes,
era muito utilizado na conservação de
alimentos. Ambas deixaram marca de sua função como instrumento de troca em nosso
vocabulário, pois, até hoje, empregamos
palavras como pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado) derivadas da palavra
latina pecus (gado). A palavra capital
(patrimônio) vem do latim capita (cabeça). Da mesma forma, a palavra salário
(remuneração, normalmente em dinheiro,
devida pelo empregador em face do serviço
do empregado) tem como origem a utilização do sal, em Roma, para o
pagamento de serviços prestados.
No Brasil, entre outras, circularam o cauri – trazido pelo escravo africano –, o
pau-brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco e o
pano, trocado no Maranhão, no século
XVII, devido à quase inexistência de numerário, sendo comercializado sob a
forma de novelos, meadas e tecidos. Com o
passar do tempo, as mercadorias se tornaram inconvenientes às transações
comerciais, devido à oscilação de seu valor,
pelo fato de não serem fracionáveis e por serem facilmente perecíveis, não
permitindo o acúmulo de riquezas.
4 Disponível em:
http://www.bcb.gov.br/?ORIGEMOEDA
Texto 3- Moeda em Formato de Objetos 5
Os utensílios de metal passaram a ser
mercadorias muito apreciadas. Como sua
produção exigia, além do domínio das técnicas de fundição, o
conhecimento dos locais
onde o metal poderia ser
encontrado, essa tarefa, naturalmente, não
estava ao alcance de
todos. A valorização, cada vez maior, destes
instrumentos levou à
sua utilização como moeda e ao aparecimento de réplicas de objetos
metálicos, em pequenas dimensões, que
circulavam como dinheiro. É o caso das
moedas faca e chave que eram encontradas no Oriente e do talento, moeda de cobre ou
bronze, com o formato de pele de animal,
que circulou na Grécia e em Chipre.
Moedas Antigas
6 Surgem, então, no século VII a.C., as
primeiras moedas com características das
atuais: são pequenas peças de metal com
peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto
é, a marca de quem as emitiu e
garante o seu valor. São cunhadas na Grécia moedas de
prata e, na Lídia, são utilizados pequenos
lingotes ovais de uma liga de ouro e prata chamada eletro. As moedas refletem a
mentalidade de um povo e de sua época.
Nelas podem ser observados aspectos
políticos, econômicos, tecnológicos e culturais. É pelas impressões encontradas
nas moedas que conhecemos, hoje, a efígie
de personalidades que viveram há muitos séculos.
Provavelmente, a primeira figura histórica a
ter sua efígie registrada numa moeda foi
Alexandre, o Grande, da Macedônia, por volta do ano 330 a.C. A princípio, as peças
eram fabricadas por processos manuais
muito rudimentares e tinham seus bordos
5 Disponível em:http://www.bcb.gov.br/?ORIGEMOEDA 6 Disponível
em:http://www.bcb.gov.br/?ORIGEMOEDA
irregulares, não sendo, como hoje, peças
absolutamente iguais umas às outras.
Ouro, Prata, Cobre, Ligas metálicas 7Os primeiros metais utilizados na
cunhagem de moedas foram o ouro e a
prata. O emprego destes metais se impôs, não só pela sua
raridade, beleza,
imunidade à corrosão e valor econômico, mas
também por antigos
costumes religiosos. Nos primórdios da
civilização, os
sacerdotes da
Babilônia, estudiosos de astronomia, ensinavam ao
povo a existência de estreita ligação entre o
ouro e o Sol, a prata e a Lua. Isto levou à crença no poder mágico destes metais e no
dos objetos com eles confeccionados. A
cunhagem de moedas em ouro e prata se
manteve durante muitos séculos, sendo as peças garantidas por seu valor intrínseco,
isto é, pelo valor comercial do metal
utilizado na sua confecção. Assim, uma moeda na qual haviam sido utilizados vinte
gramas de ouro, era trocada por
mercadorias neste mesmo valor. Durante muitos séculos os países cunharam em
ouro suas moedas de maior valor, reservando a
prata e o cobre para os valores menores. Estes
sistemas se mantiveram até o final do século
passado, quando o cuproníquel e,
posteriormente, outras ligas metálicas passaram
a ser muito empregados, passando a moeda a
circular pelo seu valor extrínseco, isto é, pelo
valor gravado em sua face, que independe do
metal nela contido.
Com o advento do papel-moeda a cunhagem de moedas metálicas ficou restrita a valores
inferiores, necessários para troco. Dentro desta
nova função, a durabilidade passou a ser a
qualidade mais necessária à moeda.
7 Disponível em:
http://www.bcb.gov.br/?ORIGEMOEDA
Formato de pele de
animal 1 fonte: Exp.
sobre moedas e cédulas raras
Moeda brasileira
cunhada em cuproníquel
1 Fonte: Bcb do Brasil
Texto 4 - Moeda de Papel 8
Na Idade Média, surgiu o costume de se
guardarem os valores com um ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e
prata. Este, como garantia, entregava um
recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar
pagamentos, circulando de mão em mão e
dando origem à moeda de papel.
No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foram
lançados pelo Banco do Brasil, em 1810.
Tinham seu valor preenchido à mão, tal como, hoje, fazemos com os cheques. Com
o tempo, da mesma forma ocorrida com as
moedas, os governos passaram a conduzir a emissão de cédulas, controlando as
falsificações e garantindo o poder de
pagamento.
Atualmente quase todos os países possuem seus bancos centrais, encarregados das
emissões de cédulas e moedas. A moeda de
papel evoluiu quanto à técnica utilizada na sua impressão. Hoje a confecção de cédulas
utiliza papel especialmente preparado e
diversos processos de impressão que se complementam, dando ao produto final
grande margem de segurança e condições
de durabilidade.
Formatos Diversos9
O dinheiro variou muito, em seu aspecto físico, ao longo dos séculos. As moedas já
se apresentaram em tamanhos ínfimos,
como o stater, que circulou em Aradus,
Fenícia, atingindo também grandes dimensões como as do dáler, peça de cobre
na Suécia, no século XVII. Embora, hoje, a
8 Disponível em:
http://economia.uol.com.br/album/100819_cedulas_album.jhtm 9 Disponível em:http://www.bcb.gov.br/Pre/PEF/PORT/publicacoe
s_DinheironoBrasil.pdf
forma circular seja adotada em quase todo o
mundo, já existiram moedas ovais,
quadradas, poligonais etc. Foram, também, cunhadas em materiais não metálicos
diversos, como madeira, couro e até
porcelana. Moedas de porcelana circularam, neste século, na Alemanha, quando, por
causa da guerra, este país enfrentava grave
crise econômica. As cédulas, geralmente, se
apresentam no formato retangular e no sentido horizontal, observando-se, no
entanto, grande variedade de tamanhos.
Existem, ainda, cédulas quadradas e até as que têm suas inscrições no sentido vertical.
As cédulas retratam a cultura do país
emissor e nelas podem-se observar motivos característicos muito interessantes como
paisagens, tipos humanos, fauna e flora,
monumentos de arquitetura antiga e
contemporânea, líderes políticos, cenas históricas etc. As cédulas apresentam,
ainda, inscrições, geralmente na língua
oficial do país, embora em muitas delas se encontre, também, as mesmas inscrições em
outros idiomas. Essas inscrições, quase
sempre em inglês, visam a dar à peça leitura
para maior número de pessoas.
Sistema Monetário
10O conjunto de cédulas e moedas utilizadas
por um país forma o seu sistema monetário.
Este sistema, regulado através de legislação própria, é organizado a partir de um valor
que lhe serve de base e que é sua unidade
monetária. Atualmente, quase todos os
países utilizam o sistema monetário de base centesimal, no qual a moeda divisionária da
unidade representa um centésimo de seu
valor. Normalmente os valores mais altos são expressos em cédulas e os valores
menores em moedas. Atualmente a
tendência mundial é no sentido de se suprirem as despesas diárias com moedas.
As ligas metálicas modernas proporcionam
às moedas durabilidade muito superior à
das cédulas, tornando-as mais apropriadas à intensa rotatividade do dinheiro de troco.
Os países, através de seus bancos centrais,
controlam e garantem as emissões de
10 Disponível em:http://www.bcb.gov.br/Pre/PEF/PORT/publicacoes_DinheironoBrasil.pdf
Fonte: bcb do brasil 1
dinheiro. O conjunto de moedas e cédulas
em circulação, chamado meio circulante, é
constantemente renovado através de processo de saneamento, que consiste na
substituição das cédulas gastas e rasgadas.
Sistema Financeiro Nacional11
Podemos apontar a vinda da família real
portuguesa para o Brasil como um
início para o Sistema Financeiro
Nacional. Com a vinda da realeza, em
1808, nasceu o Banco do Brasil,
primeira instituição financeira do país.
Já um segundo marco veio acontecer
mais de 100 anos depois: em 1920
quando foi fundada a Inspetoria Geral
dos Bancos. Seu objetivo era fiscalizar
as instituições financeiras atuantes da
época, que já eram bem mais do que
apenas o Banco do Brasil.
Depois da Segunda Guerra Mundial,
ocorreu, no mundo todo, uma série de
importantes acontecimentos para que a
organização financeira mundial pudesse
chegar ao que vivenciamos hoje.
Exemplos disso é a criação do Fundo
Monetário Internacional (FMI) e o do
Banco Mundial - confira maiores
informações sobre os fundos de
investimento. Seguindo esse
movimento, o Brasil criou a
Superintendência da Moeda e do
11 Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/4portugues/3chegada_da_fa
milia_real.jpg
Crédito (SUMOC), no ano de 1945. O
SUMOC, por sua vez, também tinha a
missão de supervisionar a atividades das
instituições financeiras, mas tinha um
controle financeiro maior que a
Inspetoria Geral dos Bancos.
Mais tarde, em 1964, o SUMOC
mudaria de nome e viraria o que
conhecemos hoje como o Banco Central
do Brasil. Essa mudança ocorreu por
meio da “Reforma Bancária” que, além
dessa mudança, criou o Conselho
Monetário Nacional (em 31 de
dezembro de 1964). Esse conselho tem
o poder máximo do Sistema Financeiro
Nacional e é responsável por fazer as
regras e decidir o melhor caminho para
que o sistema financeiro tenha o melhor
desempenho possível. Também na
“Reforma Bancária” foi decidida a
composição original do Sistema
Financeiro Nacional. Essa composição
ficou com Conselho Monetário
Nacional, Banco Central do Brasil, o
Banco do Brasil, o Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico (BNDES)
e as outras instituições financeiras, tanto
privadas quanto públicas, do Brasil
O Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico, BNDES, foi fundado em 20
de junho de 1952. Seu objetivo é ajudar
e financiar novos negócios, novos
empreendimentos que possam
contribuir com o crescimento nacional.
No ano de 1965, se iniciou o Sistema
Financeiro de Habitação (SFH), sendo
que seu principal provedor seria o
Banco Nacional da Habitação (BNH).
No entanto, em 1986, o BNH foi extinto
e as suas atribuições foram passadas
para a Caixa Econômica Federal.
Outro integrante do Sistema Financeiro
Nacional é a Comissão de Valores
Mobiliários. Ele foi criado em 1976 e,
dez anos mais tarde, ocorreu a
transferência da autoridade de produção
de moedas referentes ao estado, do
Banco do Brasil para o Banco Central.
Em 1988, entrou em vigor a nova
constituição que buscava, entre outras
coisas, o equilíbrio econômico. Essa
fase foi de crescimento do Sistema
Financeiro Nacional, acompanhado de
um grande acrescimento da economia
privada. Nesse mesmo ano, foi
autorizado o que se chamou de
“constituição dos bancos múltiplos”,
que permitia a que a mesma pessoa
jurídica pudesse operar com mais de
uma carteira (como carteira comercial,
de investimento, de desenvolvimento.)
ao mesmo tempo, o que antes era
proibido.
Outro marco importante para a história
aconteceu em 1995, quando foi criado o
Programa de Estímulo à Reestruturação
do Sistema Financeiro Nacional
(PROER), que, como o próprio nome
diz, visava dar força ao sistema
financeiro nacional. E em 20 de junho
de 1996 foi criado o Comitê da Política
Monetária (COPOM), responsável por
definir a taxa básica dos juros aplicados
em território nacional (taxa SELIC).
Antes disso, em 1994, o Brasil dava
início ao “Plano Real”. Era uma série de
medidas que visavam uma recuperação
da economia brasileira que estava em
baixa. Com a moeda desvalorizada e
com uma inflação que fugia do controle,
o Brasil estava em uma complicada
situação financeira. Entre as medidas do
plano, estava a troca da moeda de
circulação no país. Foi lançada a moeda
Real que, junto às outras medidas
tomadas pelo governo, conseguiram
frear a inflação e recuperar a economia
brasileira. Fernando Henrique Cardoso,
ex presidente do Brasil, era o ministro
da Fazenda na época o lançamento do
Plano Real, sendo que o projeto foi um
trabalho seu.
Em 1999, foi lançada a cédula de
crédito bancário. Essa medida se deu
para criar um título de crédito que
pudesse facilitar, padronizar medidas
como empréstimos, financiamentos ou
repasses. Em 2002, ocorreram várias
mudanças importantes para o Sistema
Financeiro Nacional: nasceu o novo
Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB),
criação de Sistema de Transferências de
Reservas (STR) e também da
Transferência Eletrônica Disponível
(TED).
Texto 5- Banco Central do Brasil12
Sede do Banco Central do Brasil.
Fonte: Veja abril.com.br 1
O Banco Central do Brasil é um alto órgão do Sistema Financeiro Nacional. Ele
trabalha juntamente com o Conselho
Monetário Nacional e tem funções que operam
em conjunto com esses órgãos. Sua fundação foi a partir da lei nº 4.595/64, no art.8º, que fez
com que a Superintendência da Moeda e do
Crédito virasse uma autarquia federal, com sede na capital do país, com a definição de
Banco Central do Brasil. É ligado ao
Ministério da Fazenda e funciona num nível
acima de todos os outros bancos que atuam em território nacional. Como um “rei dos Bancos”.
Por ter patrimônio próprio, apesar de
ser um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, os resultados do trabalho do Banco
Central são incluídos no seu patrimônio. Sua
central é na capital do país (Brasília), mas tem “filiais” ou representações em Belém, Belo
Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre,
Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
O Banco Central não está em todas as capitais brasileiras, mas é acessível a todos por meio de
seu site.
Os fundos mútuos de investimento regulamentados pelo Banco Central do Brasil
(BACEN) são os fundos de investimento
financeiro (dívida estadual ou municipal), fundo de aplicação em quotas (de fundos de
investimento financeiros). Também estão na
lista de investimento o fundo de renda fixa
(que é capital estrangeiro), o fundo de investimento no exterior e o fundo de
investimento extra mercado.
São várias as funções do BACEN, algumas bem conhecidas, como a
12 Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/stf-contraria-banco-central-ao-julgar-processo-sobre-planos-economicos
responsabilidade de emitir e produzir papel-
moeda e moeda metálica, levando sempre em consideração os limites dados pelo Conselho
Monetário Nacional e também realizar
operações tipicamente bancárias (como empréstimos, redescontos às instituições
financeiras bancárias).Outras funções que
cabem ao Banco Central são as de: ser
depositário das reservas oficiais de ouro e capital estrangeiro, receber os recolhimentos
compulsórios e depósitos voluntários das
instituições financeiras. Também são funções do Banco Central executar compras e venda de
títulos públicos e federais de forma a facilitar a
política monetária adotada pelo governo, fiscalizar as outras instituições financeiras e
aplicar, se necessário, penalidades às mesmas.
Outra ligação entre as instituições
financeiras com o Banco Central é que o Banco tem de conceder autorização para que
essas instituições façam o país funcionar,
instalar ou transferir suas sedes, ou dependência, ser transformadas, incorporadas
ou encapadas.
O Banco Central é uma instituição
extremamente importante para o bom andamento da saúde econômica do país. Por
seu uma instituição intimamente ligada ao
governo, o Banco é um órgão que reflete as estratégias do governo no que dizem respeito à
economia do país. Também por ser responsável
pela emissão do dinheiro no país, ele é muito ligado às crises, ou pela prosperidade
econômica de um estado. Sendo assim, a
importância do Banco Central, além de ser um
gigante na parte prática do andamento financeiro do país, tem também um grande
valor simbólico para imagem do país, para a
formação da imagem da parte econômica e também da imagem de grandeza de um país. O
governo e o Banco Central andam juntos e,
geralmente, a imagem de um reflete na imagem do outro.
Texto 6 - Entenda a importância da
educação financeira pessoal13
Publicado por: Redação Mundo carreira
Fonte: www.dsop.com.br
Números do endividamento
familiar no Brasil demonstram a
necessidade de conhecimento de hábitos
corretos por parte da população para a
utilização de seus recursos financeiros
A última década marcou uma
considerável mudança na vida de milhares
de brasileiros. Com os avanços da
economia, muitos puderam ter maior
acesso ao crédito e começar a consumir
uma quantidade maior de produtos. Este
cenário, apesar de positivo, acabou por
trazer à tona a dificuldade desta população
para administrar suas próprias finanças.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e
Inadimplência do Consumidor (Peic),
realizada pela Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC), em janeiro deste ano 63,2% das
famílias brasileiras estavam endividadas de
alguma forma. É neste contexto que a
educação financeira surge como uma
ferramenta valiosa e importante para
auxiliar as pessoas a viverem de forma
mais sustentável.
Todo este processo, porém, tem
início na conscientização de que é
necessário tratar os recursos financeiros de
modo adequado. E o primeiro passo para
que a educação financeira pessoal seja
efetiva é observar com cuidado a situação
atual das finanças, sem medo de enfrentar
situações delicadas. Mesmo que leve
13 Disponível em: http://www.mundocarreira.com.br/economia-e-financas/entenda-importancia-da-educacao-financeira-pessoal/
algum tempo, é possível, sim, negociar e
pagar dívidas, além de adquirir novos e
mais saudáveis modos de se relacionar
com o dinheiro.
Por fim, as famílias que se educam
e exercem controle sobre seus recursos
financeiros acabam transmitindo esta
habilidade para seus membros mais jovens.
Estes, por sua vez, poderão fazer valer esta
educação controlando os seus próprios
gastos, compreendendo os limites de seu
crédito, economizando mensalmente ainda
que uma pequena quantia, etc. Com estas e
outras atitudes financeiramente saudáveis,
estes jovens terão uma oportunidade maior
de realizar os seus sonhos sem passar pelas
mesmas dificuldades que atualmente
assolam tantas famílias por todo o Brasil.
Capítulo 02
A matemática financeira
ATIVIDADE 01 - CONCEITOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA E
FÓRMULAS 14
Objetivo: Explicar aos alunos o que é a matemática financeira, termos utilizados, Tais como:
montante, capital, taxa, juros compostos e suas respectivas fórmulas matemáticas de cálculo.
Recursos didáticos: Datashow, caneta e caderno.
Encaminhamento metodológico:
-Projeção dos textos definindo: A matemática financeira, o capital, o juro, taxa de juros, juros
compostos, montante.
A matemática financeira
É um corpo de conhecimentos que estuda a mudança de valor do dinheiro no tempo […], para
iniciar o seu estudo é necessário que se estabeleça uma linguagem própria para designar os
diversos elementos que serão estudados e que esses elementos sejam contextualizados com
precisão. (E.PUCCINI, 2011:12)
Capital
O Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira. Também conhecido
como: Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado.
Juro
É a remuneração pelo empréstimo do dinheiro. Ele existe porque a maioria das pessoas
prefere o consumo imediato, e está disposta a pagar um preço por isto. Por outro lado, quem
for capaz de esperar até possuir a quantia suficiente para adquirir seu desejo, e neste ínterim
estiver disposta a emprestar esta quantia a alguém, menos paciente, deve ser recompensado
por esta abstinência na proporção do tempo e risco, que a operação envolver. O tempo, o risco
e a quantidade de dinheiro disponível no mercado para empréstimos definem qual deverá ser a
remuneração, mais conhecida como taxa de juros.
Taxa de juros
A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro emprestado, para um
determinado período. Ela vem normalmente expressa da forma percentual, em seguida da
especificação do período de tempo a que se refere:
8 %a.a - (a.a. significa ao ano). OU 10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).
Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que é igual a taxa percentual
dividida por 100, sem o símbolo %:
0,15a.m - (a.m. significa ao mês). E 0,10 a.q.- (a.q. significa ao quadrimestre)
14 Fonte: http://www.somatematica.com.br/emedio/finan.php.
Juros Compostos 15
O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e portanto, o mais útil
para cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao
principal para o cálculo dos juros do período seguinte.
Chamamos de capitalização o momento em que os juros são incorporados ao principal.
Após três meses de capitalização, temos:
1ºmês: M = P. (1 + i)
2ºmês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M= P x (1 + i) x (1 + i)
3ºmês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M= P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i)
Simplificando, obtemos a fórmula: M = P. (1 + i).n
(Onde: M-montante, P-principal, i- taxa, n-tempo)
Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de
juros ao mês para n meses.
Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o principal do montante ao final do período:
J = M - P
Montante Determinamos montante ao valor total, obtido pela incorporação dos juros no regime de
capitalização, ao valor principal.
ATIVIDADE 02 -CALCULANDO O MONTANTE, CAPITAL, TAXA, TEMPO,
JUROS.
Objetivo: Relacionar o ensino do conteúdo de matemática financeira com situações comuns
encontradas no comércio, (Imagens e valores meramente ilustrativos sem compromisso com
valores reais dos preços praticados pelas lojas ou sites). As atividades serão distribuídas entre
os grupos e cada grupo resolve uma situação proposta como atividade. Após a resolução dos
exercícios o grupo deve expor aos outros a forma como resolveram o problema proposto.
Recursos didáticos: Encartes de propaganda, calculadora científica, lápis, borracha, caderno.
Encaminhamentos metodológicos:
-Formar grupos de 04 alunos.
-Distribuir os encartes entre os grupos formados na sala.
-Utilizando a fórmula para cálculo de juros compostos, solicitar aos alunos que efetuem os
cálculos solicitados no encarte promocional.
-Socializar a solução da atividade realizada.
15 Conceitos e fórmulas obtidos do portal Só matemática http://www.somatematica.com.br/emedio/finan.php
ATIVIDADE 2.1- GUITARRA
Analisando as condições propostas para a aquisição da guitarra, calcule o valor a ser pago
pelo produto nas condiçoes previstas no encarte promocional.
16Fonte: Magazine Luiza 1
Guitarra Les Paul Strinberg CLP 79 - Azul
R$ 809,40 à vista ou em 10 parcelas (com 0,5% de juros )
ATIVIDADE 2.2- GELADEIRA
Ao pesquisar preços para adquirir uma geladeira, Pedro recebeu a proposta da loja conforme
encarte promocional abaixo:
17
Fonte: Mania de compras
Refrigerador 2 Portas 429L Frost Free Brastemp -
BRM50NR BRBRM50NR
Refrigerador 2 Portas 429L Frost Free com Controle Eletrônico,
Smart Ice, Smart Bar, Inox - Ative Brastemp - BRM50NR
Mais informações
por: R$ 2.443,64 à vista 6x de R$ 433,17 Total a Prazo: R$
2.599,02
-Na hipótese de Pedro fechar a negociação qual a taxa de juros aplicada sobre o valor total da
compra a prazo?
ATIVIDADE 2.3- COMPRA DE SANDÁLIA
18 Fonte: Dafiti calçados 1
Sandália Colcci Tacha - Bege 259,12 à vista ou parcelado (1,5% 𝒂. 𝒎 𝒏𝒐 𝒄𝒓𝒆𝒅𝒊á𝒓𝒊𝒐)
Após análise financeira, Paula concluiu que o valor máximo que pode pagar pela sandália é
287,91. A loja cobra 1,5% no crediário. Calcule o número de parcelas à serem quitadas na
compra, conforme condições de venda proposta pela loja.
16 Disponível em http://www.magazineluiza.com.br/guitarra/instrumentos-musicais/s/im/iigu/ 17 Disponível em: http://www.maniasdecompras.comunidades.net/index.php?pagina=1345166142_03 18 Disponível em: http://www.dafiti.com.br/calcados-femininos/sandalias/colcci/
ATIVIDADE 2.4- BICICLETA
Claudionor analisou seus gastos mensais com transporte, percebeu que a passagem de ônibus
para fazer o percurso ida e volta ao trabalho, estava consumindo um percentual considerável
de seu salário, além de que o sedentarismo estava prejudicando sua saúde. Ciente que
precisava mudar seus hábitos financeiros e contribuir com a sua saúde e conservação do meio
ambiente resolveu pesquisar as ofertas de bicicletas disponíveis no mercado, interessando-se
pela proposta abaixo.
19
Fonte:Magazine Luiza 19 Bicicleta Boxxer Track & Bikes Aro 26 - Full
Suspension - 21 Marchas - Freios V-Brake - Branca
Financiamos em 6X a 1,46% a.m. total a prazo: R$ 488,89
-Claudionor verificou que havia um percentual de juros embutidos no preço final. Para que
ele consiga fazer uma análise melhor do preço do produto, determine o valor principal que
originou o montante proposto no encarte promocional.
ATIVIDADE 2.5- SONHO DE CONSUMO
Passeando na calçada, Ana viu exposto na vitrine, o seu sonho imediato materializado num
lindo celular Samsung com todas as funções que queria. Desprovida de prudência entrou na
loja para comprar o produto e recebeu a proposta abaixo:
20Fonte: Lojas Americana 1
BRANCO-DESBLOQUEADO-DUAL-CHIP-CAMERA-5MP-
PROCESSADOR-QUAD-CORE-1.2-GHZ-ANDROID-4
10x de R$ 89,90 iguais
Total a Prazo: R$ 899,00 (0,97% a.m).
- Ana não pesquisou preços e no impulso dos imprudentes levou o
celular pagando juros. Qual valor do custo do dinheiro antecipado
pela financiadora?
19 Disponível em: http://www.magazineluiza.com.br/bicicleta-aro-26-full-suspension-21-marchas-freios-v-brake-track-bikes-boxxer-w/p/2088403/es/elbc/ 20 Disponível em: http://www.americanas.com.br/produto/113743311/smartphone-galaxy-win-duos-
ATIVIDADE 2.6- COMPRA DE NOTEBOOK
21
Fonte: Ricardo Eletro 1
Notebook Acer E1-571-6611 Preto Intel® Core™ i5-2450M, 6 Gb, HD 500 Gb, LED
15.6" W8
`A vista por R$ 1.893,68
R$ 2.222,64 (total a prazo com juros de 0,66%).
Na hipótese de compra do notebook parcelado, e considerando que ao incidir a taxa de juros
sob valor à vista teremos um valor final de 2.222,64. Determine quantas parcelas serão pagas
até a liquidação do financiamento.
ATIVIDADE 2.7- LAZER EM CASA
22
FONTE: RAQUINAGEM BRINQUEDOS 1
Mesa de Tênis 12MM Dobrável Simples Por: R$ 374,00 em 6X
ou à vista por $ 336,60
-Antônio à tempos vinha estudando a proposta da loja que
oferecia uma mesa de tênis de mesa, porém percebeu que a taxa
de juros não tinha sido informada. Analise a proposta da loja para
venda da mesa à prazo e determine a taxa e o valor dos juros cobrados, auxiliando Antônio na
compra consciente.
ATIVIDADE 2.8- VÍDEO GAME
Fonte:Magazine Luiza 223
Xbox 360 4GB com Controle sem Fio - Microsoft + Fable: The Journey p/
Xbox 360 Kinect
764,10 à vista ou em 5 parcelas no cartão (3%a. m)
-Se um consumidor aceitar as condições da loja para compra parcelada do vídeo game Quanto
terá desembolsado no final do prazo financiado?
21 Disponível em: http://www.ricardoeletro.com.br/Produto/Ultrabook-Acer-Intel-Core-i5-3317U-14-4GB-50020GB-HDSSD-Windows-8-Notebook-Acer-Intel-Core-i3-3217U-14-2GB-500GB- 22 Disponível em: http://www.traquinagembrinquedos.com.br/imagem/produto/mesa-de-tenis-12mm-dobravel-simples-big.jpg 23 Disponível em: http://www.magazineluiza.com.br/xbox-360-4gb-com-controle-sem-fio-microsoft-fable-the-journey-p-xbox-360-kinect/p/2095019/ga/gaco/
ATIVIDADE 2.9- SMARTPHONE
Fonte: Buscape.com 124
Smartphone LG Optimus L1 II E410 Desbloqueado Claro Preto Android 4.1, 3G,
Câmera 2MP, Memória Interna 4GB, GPS
299,00 à vista ou à prazo 380,41 (juros já calculados no preço parcelado 3.5%)
-Em quantas vezes terei que parcelar o financiamento para comprar esse smartphone por
380,41 nas condições promocionais?
ATIVIDADE 2.10- AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS HONDA BIZ 100
Fonte: Honda institucional 125
Honda Biz 100. Sem mesmice. Com emoção.
Novo motor 00 cilindradas, porta-capacete e o melhor
custo x benefício da categoria.
Valor à vista 4.650,00 ou
Parcelado em 48 vezes sem entrada. (l.2%a.m)
-João arrumou seu primeiro emprego, e resolveu adquirir uma moto. Após pesquisar ele optou
pela Honda Biz. Parcelou em 48 vezes conforme proposta acima. Daqui a quatro anos ele terá
desembolsado quantos reais?
24 Disponível em: http://www.buscape.com.br/smartphone-lg-optimus-l1-ii-dual-e415-desbloqueado.html?obn=1&gclid=COXJm5vojsECFU9k7AodB1AA5g#precos 25 Disponível em: http://www.honda.com.br/motos/Paginas/Biz100.aspx
Capítulo 03
Empréstimos
ATIVIDADE-01- CONCEITO DE EMPRÉSTIMOS
Objetivo: Conceituar alguns tipos de empréstimos tais como: crédito consignado, crédito
rotativo (cheque especial e cartão de crédito)
Recursos didáticos: Datashow, notebook, giz, quadro negro, cadernos, lápis, borracha e
caneta.
Encaminhamentos metodológicos:
-Distribuir após o término da projeção dos textos cópias do material projetado.
-Projeção de slides dos textos
-Incentivar os alunos a socializarem o conhecimento produzido após a leitura e análise dos
textos.
Cheque especial 26
Publicado por: Economia e emprego / Portal Brasil
O cheque especial é uma operação de crédito oferecida pelos bancos para cobrir cheques e
outros tipos de pagamentos que ultrapassem o valor existente na conta. O produto fica vinculado à
conta corrente e os recursos são disponibilizados automaticamente, conforme a necessidade do cliente
O cheque especial é uma operação de crédito oferecida pelos bancos para cobrir cheques e
outros tipos de pagamentos que ultrapassem o valor existente na conta. O produto fica vinculado à
conta corrente e os recursos são disponibilizados automaticamente, conforme a necessidade do cliente.
Os bancos cobram juros e encargos cada vez que os recursos são utilizados. Na maior parte
das instituições financeiras, esse valor é descontado uma vez por mês, em data de vencimento
predeterminada. No entanto, alguns bancos já permitem o pagamento do cheque especial em parcelas,
como acontece nos empréstimos comuns.
O limite do cheque especial, ou seja, o valor total da linha de crédito é negociado entre o
banco e o cliente, sendo levada em conta principalmente a renda do cliente. Toda vez que se tira um
extrato bancário, por exemplo, é possível visualizar o saldo em conta corrente mais o valor extra do
cheque especial.
As taxas de juros mensais cobradas pelos bancos para o cheque especial para pessoa física estão
disponíveis no site do Banco Central.
26 Disponível em: http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2009/11/cheque-especial
Os perigos do crédito consignado sem
planejamento
Autor- Paula Pane Silva Ramos
O crédito consignado é uma das grandes fontes
de reclamações no Procon e por isso, desde
2012, os Procons de todo o país vêm alertando
os consumidores para esse tipo de empréstimo
através de orientações nos pontos de
atendimento, além da elaboração de uma
cartilha direcionada aos aposentados e
pensionistas.
O consignado é uma modalidade de
empréstimo que desconta o pagamento direto
na folha salarial do trabalhador, e se tornou
muito popular por apresentar taxas de juros
menores do que os outros tipos de empréstimo
e liberação mais rápida do crédito, sem tantas
exigências. O motivo destas facilidades é o
desconto em folha, que torna o recebimento
mais seguro para a instituição financeira,
reduzindo a aproximadamente zero o risco de
inadimplência. Segundo dados do Banco
Central, apenas em janeiro/2013 foram
tomados 11,4 bilhões em empréstimos com
desconto na folha de pagamento, contra 8,6
bilhões em janeiro/2012.
Apesar dos juros menores não existe uma
regulamentação geral que fixe seus valores,
portanto deve-se sempre pesquisar para
localizar as melhores opções disponíveis no
mercado. Ainda assim, os juros do empréstimo
consignado não podem ficar acima dos 2,14%
ao mês para aposentados e pensionistas do
INSS, taxa na qual devem estar inclusos todos
os custos de operação, representando seu custo
efetivo real. Para as operações realizadas por
meio de cartão de crédito o limite sobe para
3,06% ao mês.
Outro cuidado a ser tomado é não estourar a
margem de uso, que hoje está fixada em no
máximo 30% do salário bruto. No caso de uma
instituição financeira negociar um empréstimo
acima da margem estabelecida, saiba que você
pode procurar ajuda especializada para
renegociar a dívida, diminuindo o valor e
aumentando o número de parcelas. Ainda
assim, especialistas recomendam que não se
comprometa mais de 20% da renda líquida
mensal.
Acima de tudo, o contratador de um
empréstimo consignado deve se atentar para o
fato de que esta operação representará dívidas
que afetarão a administração da renda pessoal
e familiar futura, uma vez que comprometerá
mensalmente parte do salário com o
pagamento do empréstimo. As coisas podem se
complicar caso a pessoa já tenha outras
dívidas, compras parceladas, entre no cheque
especial ou não consiga pagar toda a fatura do
cartão de crédito, gerando assim um “efeito
bola de neve” que gerará um descontrole nas
finanças pessoais.
Dicas para quem precisar fazer um
empréstimo consignado:
- Sempre pesquise a instituição financeira:
verifique a existência de CNPJ e loja física –
nestes casos prefira realizar a negociação
pessoalmente. Caso a instituição não seja
conhecida, pesquise no Banco Central se ela
está autorizada a funcionar.
- Caso opte por fazer um empréstimo pelo
telefone ou internet, saiba que você tem até 7
dias para cancelar o contrato. Segundo o
Código de Defesa do Consumidor, o cliente
pode rescindir o contrato quando o mesmo foi
feito fora do estabelecimento comercial;
- Nunca forneça suas senhas a ninguém (cartão
de crédito, senha institucional, entre outros);
- Sempre pesquise as taxas de juros cobradas e
as outras opções disponíveis: muitas vezes as
taxas anunciadas não são tão baixas assim –
cuidado com propagandas enganosas;
- Evite a utilização de intermediários, pois
aumenta o risco de golpes;
- Leia e releia o contrato. Entenda com o que
você está se comprometendo, saiba quanto vai
pagar, quais as taxas, em quanto tempo vai
terminar de pagar, se pode cancelar o contrato,
entre outras informações importantes;
- Evite prazos longos, mais sujeitos a
incertezas;
- Planeje-se bem: sua renda irá diminuir
durante o período de pagamento do
empréstimo, pois não vai receber integralmente
o salário;
- Recebeu um dinheirinho extra? Tente quitar o
empréstimo e se livrar dos juros, por menor
que eles sejam;
Ao fazer um empréstimo ou financiamento,
saiba que não é obrigado a aceitar outros
serviços oferecidos pela financeira ou banco –
esta prática configura venda casada;
- Fez um empréstimo e depois percebeu que
não vai conseguir quitar a dívida? Renegocie
com o banco: evite sacar do cheque especial ou
do cartão de crédito, uma vez que os juros são
bem mais altos e a chance de perder o controle
é muito maior.
A história do cartão de crédito27
Autor: Artigo por colunista Portal-Educação
fonte:www.fotosearch.com 28
O uso de moedas e cédulas vem sendo substituído pelos cartões de plástico, que a intenção de pagamento do consumidor, representando a facilidade do pagamento
sem o uso de cheques ou dinheiro em espécie. Uma
administradora de cartão analisa os documentos do
cliente e define um limite de crédito para o titular do cartão, que quando utiliza o mesmo, tem suas compras
financiadas pela administradora, deixando em dia seu
débito com a loja e passando a dever para a administradora. O lojista vende a prazo com garantia total de recebimento pela operadora de cartões,
pagando a esta uma mensalidade pelo serviço disponibilizado.
O cartão de crédito surgiu nos estados unidos na década de 20; os postos de gasolina, hotéis e
firmas começaram a oferecê-los para seus clientes mais fiéis. Eles podiam abastecer veículos ou ficar
hospedados em hotéis sem uso de dinheiro ou cheque. Em 1950, o diners club criou o primeiro cartão de crédito moderno. Era aceito em vinte de sete restaurantes do país, usado por importantes homens de
negócios, confeccionado em papel cartão. Em 1955 o diners passou a usar plástico em sua fabricação,
em 1958 surgiu o cartão do american express. em seguida os bancos perceberam que estavam em desvantagem no mercado em relação a essas instituições, e no mesmo ano foi lançado pelo bank of
america, o bank americard, atualmente conhecido como visa - que na década de 90 tornou-se o cartão
de maior circulação mundial - sendo aceito em doze milhões de estabelecimentos.
Alguns cartões não têm poder de compra, são os cartões de banco, usados para retirar dinheiro e fazer pagamentos em caixas automáticos. Mas existem cartões que aliam essas funções ao poder de
compra. Outro cartão interessante é o smart card, que realiza compras e vem com um chip carregado
com uma determinada quantia em dinheiro, que vai sendo descontado eletronicamente. Quando o
saldo acaba, basta recarregar com uma nova quantia.
27 Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/contabilidade/artigos/21545/a-historia-do-cartao-de-credito-e-do-cheque%20acessado 28 Disponível em: http://www.fotosearch.com.br/CSP712/k7125534/
O cartão telefônico também é um cartão de crédito. O cliente adquire pagando um
determinado valor, e utiliza para fazer ligações em telefones públicos sem uso de fichas ou moedas, a
cada chamada realizada, a tarifa é descontada do valor do cartão.
ATIVIDADE 02- USO RACIONAL DO CARTÃO DE CRÉDITO
Objetivo: Auxiliar na formação financeira dos alunos, contribuindo com o aumento de
consumidores conscientes no uso do cartão de crédito.
Recursos didáticos: Datashow, caderno, lápis, borracha, canetas, calculadora científica.
Encaminhamentos metodológicos:
-Assistir ao vídeo “Cuidado com o cartão de crédito”. 29
-Propor debate sobre o conteúdo do vídeo.
-Propor a resolução da atividade simulada de administração do cartão de crédito (2.1)
ATIVIDADE 2.1- PAGAMENTO MÍNIMO
-Paula comprou um celular que custou 856,75 para pagamento em 30 dias no cartão de
crédito. Ao receber a fatura percebeu que poderia pagar apenas 20% do saldo devedor. Paula
desinformada pagou apenas 171,35. Qual o valor da dívida após realizar esse pagamento
mínimo?
ATIVIDADE 2.1.1
Em relação a situação proposta na atividade 2.1, Paula não sabia, mas o saldo devedor da
compra transformou-se em crédito rotativo e sobre a sua dívida vai incidir:
Juros de mora- 1%
Multa por atraso- 2%
Juros do crédito rotativo- 12%
IOF- 0,123% a.m
-Nestas condições, determine o valor da dívida ser pago por ela no próximo período e analise
se Paula fez um bom ou mau negócio. (Socializar a sua opinião sobre a situação proposta).
Saldo
devedor
Juros cred.
Rotativo
12%
Juros de
mora 1%
Multa por
atraso 2 %
IOF 0,246
% Am
Valor
atualizado
29 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GG9zvVnsLro
Capítulo 04
Financiamentos
Sistema Price: Cálculo de financiamentos30
Os financiamentos utilizando a tabela Price são oferecidos com o propósito de
prestações fixas ao longo do período de quitação do bem, sem aumento por algum tipo de
correção (dependendo do contrato de financiamento). O método Price consiste em calcular
prestações fixas, sendo que o saldo devedor é amortizado aos poucos, até a quitação do
débito. Os juros estão embutidos nas prestações, a seguir iremos construir uma tabela
especificando o valor dos juros pagos e da amortização sobre o valor do saldo devedor. Assim
teremos condições de analisar todos os passos mensais de um empréstimo.
ATIVIDADE 01- ANÁLISE DA TABELA PRICE
Objetivo: Conceituar financiamento de automóveis, e o sistema de cálculo price. Construir o
conhecimento sobre a importância de pesquisar melhores taxas e planejar a longo prazo,
preparando-se para futuras aquisições.
Recursos didáticos: textos, cadernos, lápis, borracha, caneta, régua, calculadora científica.
Encaminhamento metodológicos:
-Simulação de cálculo de financiamento, construção da tabela price, análise de negociações e
impacto no orçamento pessoal e familiar ao efetuar novas aquisições.
Simulando a seguinte situação: você decidiu comprar uma moto que custa na loja 6.230,00.
Como não dispõe desse valor resolve financiar em 10 parcelas iguais com juros de 1.8% a.m.
Analisando essa proposta.
a) Qual será o valor da parcela definida no sistema price?
b) Quanto irá pagar de juros.
c) Quanto foi o valor total da moto no final do contrato?
ATIVIDADE 1.1- CONSTRUINDO A TABELA PRICE
Numa segunda situação, considere que você economizou 30% do valor principal antes da
aquisição da moto e deu esse valor de entrada, financiando somente a diferença. Calcule o
valor das prestações fixas e construa a tabela price.
Nº parcelas
Valor da prestação
fixa Juros % saldo
devedor
Amortização sd
devedor
Saldo devedor
00
....
10
Total
30 Disponível em: http://www.brasilescola.com/matematica/financiamentos-utilizando-tabela-price.htm
ATIVIDADE1.1.1
-Analisando os cálculos obtidos, na sua opinião qual das situações representa menor impacto
no seu orçamento mensal, a ou b?
ATIVIDADE1.1.2
-Discuta com seus colegas se existem outros valores que entrariam no seu orçamento pessoal
oriundos da compra da moto além das parcelas fixas?
Capítulo 05
Orçamento pessoal e familiar31
O que é orçamento?
Orçamento pode ser visto como uma ferramenta de planejamento financeiro pessoal que
contribui para a realização de sonhos e projetos. Para que se tenha um bom planejamento, é necessário
saber aonde se quer chegar; é necessário internalizar a visão de futuro trazida pela perspectiva de realização do projeto e estabelecer metas claras e objetivas, as quais geralmente precisam de recursos
financeiros para que sejam alcançadas ou para que ajudem a atingir objetivos maiores. Por isso, é
importante que toda movimentação de recursos financeiros, incluindo todas as receitas (rendas), todas as despesas (gastos) e todos os investimentos, esteja anotada e organizada.
A. REFLEXÃO:DE ONDE VEM E PARA ONDE ESTÁ INDO O MEU DINHEIRO? De onde vem o dinheiro não costuma ser um mistério. Em geral, as pessoas naturalmente
têm uma boa noção de onde vêm as suas receitas, pois esperam recebê-las pelo trabalho realizado, por
algum investimento efetuado ou por benefícios recebidos. Quando o dinheiro vem como resultado do trabalho, as formas mais conhecidas são: salário, comissão de vendas, diárias, honorários, pró-labore,
faturamento de prestação de serviços, vencimentos, subsídios. O dinheiro também pode ser resultado
do rendimento de aplicações financeiras ou em bolsa de valores, planos de previdência social ou privada, prêmios de seguros, ou mesmo de aplicações não financeiras como aluguel de imóveis,
herança, royalties, prêmios de loteria. Pode ainda ter como origem benefícios previdenciários ou
assistenciais de programas sociais do governo. Por outro lado, pesquisas indicam que grande parte da população não sabe como gasta o seu dinheiro ou o quanto é gasto em cada grupo de despesas, como
alimentação, moradia, educação, saúde, lazer, dívidas e juros, viagens e realização de sonhos ou outros
gastos e investimentos.
E você? Você sabe quanto gasta e como gasta seu dinheiro todo mês? Você tem ideia de como suas despesas se comportaram neste ano? Você sabe quais itens consomem a maior parte de sua
renda? Quanto você já pagou de juros neste ano? Você planeja seus gastos? E sua poupança? Quando
planeja, você cumpre o planejamento? Controle e planejamento financeiro, bem como a anotação de todas as receitas e despesas,
ajudam a obter respostas para essas perguntas fundamentais.
Qualquer que seja o tamanho do seu plano ou sonho, é necessário ter um controle efetivo
das receitas e das despesas, bem como se organizar e definir o que tem de ser feito, de modo a alcançar os objetivos em menos tempo e ao menor custo possível.
Para que isso ocorra, o quanto antes você começar, melhor.
B. IMPORTÂNCIA DO ORÇAMENTO O orçamento financeiro pessoal oferece uma oportunidade para você avaliar sua vida
financeira e definir prioridades que impactam sua vida pessoal. O orçamento vai ajudá-lo a:
• Conhecer a sua realidade financeira;
• Escolher os seus projetos; • Fazer o seu planejamento financeiro;
• Definir suas prioridades;
• Identificar e entender seus hábitos de consumo;
• Organizar sua vida financeira e patrimonial; • Administrar imprevistos;
• Consumir de forma contínua (não travar o consumo).
Resumindo: o orçamento é uma importante ferramenta para você conhecer, administrar e equilibrar suas receitas e despesas e, com isso, poder planejar e alcançar seus sonhos.
31 Caderno de educação financeira disp. Em:www.bcb.gov.br
Elaboração do orçamento
Um importante princípio a ser seguido
na elaboração do orçamento é que as despesas não devem ser superiores às receitas. Mais do
que isso, é prudente que as receitas superem as
despesas, para que você possa formar uma poupança, investindo seu superávit financeiro
de modo a ter recursos suficientes para
eventuais emergências, realizar sonhos, preparar sua aposentadoria etc.
Receitas – Despesas = Poupança
Como elaborar um orçamento
O orçamento pessoal (ou familiar)
deve ser iniciado a partir do registro de tudo que você (ou sua família) ganha e o que gasta
durante um período, em geral um mês ou um
ano. Para simplificar um pouco a linguagem, vamos tratar do orçamento pessoal, mas tudo
que falarmos daqui em diante também vale
para o orçamento familiar. Na elaboração do
orçamento é necessário organizar e planejar suas despesas, com o objetivo de gastar bem o
seu dinheiro, suprir suas necessidades e ainda
realizar sonhos e atingir metas, de acordo com as prioridades definidas.
O processo de elaboração
Existe mais de uma maneira de
elaborar um orçamento. Vamos sugerir um
método que consiste em quatro etapas: planejamento, registro, agrupamento e
avaliação.
1ª- Planejamento
O processo de planejamento consiste
em estimar as receitas e as despesas do período. Para isso, você pode utilizar sua rotina
passada, elencando as receitas e as despesas
passadas e usando-as como base para prever as receitas e as despesas futuras.
Veja, na sequência, algumas sugestões
para auxiliá-lo nesta etapa.
Diferencie receitas e despesas fixas das
variáveis
Receitas fixas – Como o próprio nome diz, são
receitas que não variam ou variam muito
pouco, como o valor do salário, da aposentadoria ou de rendimentos de aluguel.
Receitas variáveis – São aquelas cujos valores
variam de um mês para o outro, como os
ganhos de comissões por vendas ou os ganhos
com aulas particulares.
Despesas fixas – São despesas que não variam
ou variam muito pouco, como o aluguel, a prestação de um financiamento etc.
Despesas variáveis – São aquelas cujos valores variam de um mês para o outro, como a conta
de luz ou de água, que variam conforme o
consumo.
• Lembre-se dos compromissos sazonais: impostos, seguros, matrículas escolares etc.
• Lembre-se dos compromissos já assumidos:
cheques pré-datados ou ainda não compensados, prestações a vencer, faturas de
cartões de crédito etc.
• Utilize informações passadas de conta de luz, água, telefone etc.
2ª - Registro
É necessário anotar, de preferência
diariamente, para evitar esquecimentos, todas
as receitas e despesas. Para isso, aqui vão algumas sugestões.
• Anote todos os gastos. Pode ser em uma
caderneta, em uma agenda, no celular, no
computador etc. • Confira os extratos bancários e as faturas de
cartões de crédito;
• Guarde as notas fiscais e os recibos de pagamento;
• Guarde os comprovantes de utilização de
cartões (débito/crédito); • Diferencie as várias formas de pagamentos e
desembolsos, separando-as em dinheiro, débito
e crédito.
3ª - Agrupamento
Você perceberá que, com o tempo, as anotações serão muitas. Para que você as
entenda melhor, agrupe-as conforme alguma
característica similar. Por exemplo: despesa com alimentação, com habitação, com
transporte, com lazer etc. Essa não é a única
forma de agrupar as despesas.
Você pode utilizar outras formas de agrupamento que sejam mais adequadas à sua
realidade. O agrupamento facilita a verificação
da parcela do salário ou da renda que é gasta em cada grupo de itens, além de auxiliar com
os ajustes ou cortes que eventualmente sejam
necessários.
4ª - Avaliação
Nesta etapa, você vai avaliar como
suas finanças se comportaram ao longo do mês e irá agir, corretiva e preventivamente, para
que seu salário e sua renda proporcionem o
máximo de benefícios, conforto e qualidade de vida para você.
Avaliar significa refletir. Portanto,
sugerimos as seguintes reflexões.
• O balanço de seu orçamento foi superavitário, neutro ou deficitário? Ou seja,
você gastou menos, o mesmo ou mais do que
recebeu? • Quais são seus sonhos e suas metas
financeiras? Precisam de curto, médio ou
longo prazo? São compatíveis com o seu orçamento? Tem separado recursos financeiros
para realizá-los?
• É possível reduzir gastos desnecessários?
Observe os pequenos gastos, pois a soma de muitos “poucos” pode ser bem relevante.
• É possível aumentar as receitas?
Gestão orçamentária
Devemos considerar que, no ponto de
partida, o orçamento pode ser deficitário. Nesta situação, as despesas superam as receitas. Pode
também ser neutro ou equilibrado, quando as
despesas são iguais às receitas, ou superavitário, quando as receitas são superiores
às despesas. A meta básica, entretanto, deve ser
alcançar e manter um orçamento superavitário.
Orçamento Receita x Despesa
Deficitário R< D Neutro R = D
Superavitário R> D
Meta básica: receita ≥ despesa
Com o tempo, o orçamento ajuda as pessoas a serem superavitárias. Ou seja, o
orçamento ajuda as pessoas a manterem suas
receitas maiores que suas despesas.
Esse é um dos objetivos básicos da boa gestão financeira pessoal.
Receitas > Despesas, então, objetivo
cumprido!
Mas e quando você atingir esse grande
objetivo? O que fazer com o superávit, ou seja,
com esse dinheiro que sobrou?
A resposta é poupar e cultivar o hábito de fazer poupança regularmente. Aliás, ao se
tornar uma pessoa superavitária, a primeira
coisa a fazer ao receber uma renda deve ser separar parte dela para poupança, antes mesmo
de pagar qualquer despesa.
A poupança deve ser vista como um compromisso com você mesmo.
Antes de sair pagando suas dívidas e despesas,
por que não se pagar primeiro? Mas,
infelizmente, essa não é a lógica da maioria das pessoas. O que acontece na prática? O
dinheiro vai sendo usado durante o mês, e
sobra pouco, ou quase nada, para poupar. Esperar para poupar no final é pouco efetivo
para investir e formar patrimônio. Uma
maneira de priorizar a poupança é autorizar seu banco a realizar investimentos automáticos em
datas predefinidas. Dessa forma, você estará
viabilizando sonhos, preparando sua
aposentadoria ou precavendo-se para uma situação inesperada. Para fazer isso, é
importante passar pela elaboração de um
orçamento. É na fase de avaliação que você vai refletir, pesando, de um lado da balança, seus
sonhos (projetos) e de outro, os seus desejos do
dia- a- dia.
Com o orçamento, é possível comparar e decidir suas prioridades e identificar sua
capacidade de poupança e reavaliar a
possibilidade de melhorar. Portanto, utilize o orçamento. Ele é o seu
principal aliado na boa gestão de seus recursos
financeiros.
Participação da família no orçamento
A participação e o comprometimento de cada membro da família são
imprescindíveis para o sucesso do projeto de
gestão financeira familiar responsável. Para envolver a família, é importante
levar em consideração que as pessoas são
diferentes umas das outras e, portanto, os diferentes membros da família costumam
apresentar comportamentos financeiros
distintos.
Algumas pessoas têm uma tendência natural para poupar, enquanto outras preferem
consumir de imediato. Algumas se preocupam
com o controle de seus gastos; outras são desatentas, desligadas ou desorganizadas.
Algumas se concentram na realidade,
buscando entendê-la de modo racional, ao
passo que outras tendem a enxergar o mundo
por uma ótica sonhadora. Considerando-se os diferentes perfis de
comportamento financeiro das pessoas, é
fundamental adotar uma abordagem adequada em torno do orçamento, para produzir
harmonia e somar esforços de todos os
membros da família. Nesse sentido, há duas abordagens
diferentes para tratar do assunto em família:
impor limites ou buscar limites.
A imposição de limites esbarra na dificuldade de se conquistar o
comprometimento de todos na busca do
objetivo estabelecido; já a opção da busca de limites implica o envolvimento de toda a
família e, por isso mesmo, costuma gerar
melhores resultados. Procure tomar suas decisões sobre o
orçamento em parceria com sua família e ter
projetos comuns a todos. Pense bem: será que
adiantaria pedir que todos os membros da família economizem para que você seja o
único beneficiário da compra de um carro
novo? Se isso for beneficiar apenas você, dificilmente os demais se sentirão motivados
para essa economia. Se todos caminharem
juntos, a educação financeira, com a
construção e a execução de um orçamento familiar, pode ajudar a unir a família!
• O orçamento é uma ferramenta valiosa para
que você consiga gerenciar sua vida financeira.
Crie o saudável hábito de fazê-lo. Você só tem
a ganhar. • Lembre-se da regra de ouro: o objetivo
principal é ter orçamento superavitário.
Mantenha as suas despesas sempre menores que as suas receitas. Em resumo, gaste menos
do que você recebe.
• No início, caso experimente dificuldades em fazer o orçamento, não desanime. É normal
termos dúvidas ao iniciarmos procedimentos
novos.
• Lembre-se de que existem diversas ferramentas para você fazer e acompanhar seu
orçamento. Desde as mais simples, como um
pedaço de papel e um lápis, até as mais sofisticadas, como planilhas e programas de
computador. Use aquela com a qual você se
sente mais confortável. • Após conseguir obter um orçamento
superavitário, ou seja, gastar menos do que
recebe, crie o hábito de fazer uma poupança,
tanto para realização de seus sonhos como para ter segurança em situações imprevistas ou de
emergência.
• O uso do dinheiro muitas vezes envolve não apenas você mesmo, mas também sua família
mais próxima. Caso essa seja sua realidade,
não deixe de conversar com eles e traçar
planos em comum, de modo a todos estarem compromissados com o que for definido no
planejamento orçamentário.
ATIVIDADE 01- A IMPORTÂNCIA
DO CONTROLE ORÇAMENTÁRIO
Objetivo: Desenvolver a importância do
controle financeiro, aprendendo a construir
e administrar a própria tabela
orçamentária.
Recursos didáticos: texto, Caderno, lápis,
borracha, régua, calculadora, giz, quadro
negro, Dados de receitas e despesas do
orçamento pessoal ou doméstico, coletados
individualmente pelos alunos (fictícios).
Encaminhamentos metodológicos:
-Distribuição de textos sobre a importância
do controle financeiro pessoal,
(orçamento).
-Após a leitura e socialização do
conhecimento produzido pelos alunos, --
analise a situação financeira apresentada na
tabela abaixo e faça suas considerações:
TABELA ORÇAMENTÁRIA
RECEITAS VALOR PERCENTUAL
Receitas fixas
-Salário 1.227,00 87,72%
-Aluguel
-outras
Receitas
variáveis
-Lucro de
vendas
175,00 12,28%
-rendimentos aplic.
-Outros
TOTAL DE
RECEITAS
1.402,00 100%
DESPESAS
Despesas fixas
-Aluguel 350,00 25% -Prestação 75,00 5,3%
-Mensalidades
Despesas
variáveis
-Água e esgoto 40,00 2,8%
-energia elétrica 75,00 5,3%
-Telefone 102,00 7,2%
-Alimentação 457,00 32,6%
-Saúde 38,00 2,7%
-Educação
formal
45,00 3,2%
-Transporte 150,00 10,7%
-Vestuário
-Lazer 70,00 5%
TOTAL DE
DESPESAS
1.402,00
SALDO
TOTAL 0,0
a) O comportamento financeiro da família que apresentou os dados acima pode ser
considerado deficitário? Explique a sua
resposta.
b) É correto afirmar que esse comportamento
não apresenta condições para realização de
sonhos futuros? Discuta com os colegas a sua visão em relação ao perfil financeiro dessa
família.
ATIVIDADE 1.1- CONSTRUINDO A
TABELA ORÇAMENTÁRIA
-Lançar os dados sobre receitas e despesas
pessoais ou domésticas previamente coletados na tabela abaixo.
Tabela orçamentária
RECEITAS VALOR PERCENTUAL
Receitas fixas
-Salário
-Aluguel
-outras
Receitas
variáveis
-Lucro de
vendas
-rendimentos
aplic.
-Outros
TOTAL DE
RECEITAS
DESPESAS
Despesas fixas
-Aluguel
-Prestação
-Mensalidades
Despesas
variáveis
-Água e esgoto
-energia
elétrica
-Telefone
-Alimentação
-Saúde
-Educação
-Transporte
-Vestuário
-Lazer
TOTAL DE
DESPESAS
Após análise do seu orçamento, responda:
a) Quais contribuições você pode dar para melhorar o saldo apresentado no
orçamento?
Capítulo 06
Comportamento do consumidor
ATIVIDADE 01- CONSUMIR COM CONSCIÊNCIA
Objetivo: Orientar os alunos sobre os riscos do consumo exagerado e orientá-lo quanto as
armadilhas das propagandas.
Recursos didáticos: data show, notebook, caderno, caneta, giz e quadro negro.
Encaminhamentos metodológicos:
-Assistir ao vídeo, “Consumismo-Destrave”32.
-Debate sobre o vídeo.
-Redação de texto diferenciando consumo de consumismo.
ATIVIDADE 02- PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR
Objetivo: Conscientizar os alunos sobre o que é o Procom e seus direitos e deveres enquanto
consumidor.
Recursos didáticos: Datashow, notebook, giz, quadro-negro.
Encaminhamentos metodológicos:
-Apresentação do tema.
-Palestra sobre “direito do consumidor”, ministrada pela Sra. Vivete Lourenço Ferreira,
funcionária do PROCON à vinte anos, nos quais participou de vários cursos, audiências
públicas, simpósios, congressos, palestras em escolas no tema proposto. É licenciada em
Língua portuguesa.
-Questionamentos sobre o tema da palestra.
32 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YFqG3R7KwRU