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AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA EM GRUPO PARA SUJEITOS PORTADORES DE DOENÇA DE PARKINSON NO
AMBULATÓRIO DE FISIOTERAPIA DO HUSM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIACENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM REABILITAÇÃO FÍSICO-MOTORA
TANISE LOPES MUSSOLINE
ORIENTADORA: PROF.ª DR.ª ANA LUCIA CERVI PRADO
SANTA MARIA, RS, BRASIL
JUNHO DE 2015
INTRODUÇÃO
A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente.
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Gânglios da base
Desequilíbrio dopaminérgico
Déficits na integração sensorial
INTRODUÇÃO
Integração sensorial:
O equilíbrio é mantido por um processo envolvendo:◦ Sistema sensorial (visual, proprioceptivo e vestibular);
◦ Integração da informação sensorial dentro do SNC;
◦ Respostas musculoesqueléticas apropriadas.
Processo sensório motor conta com os mecanismos:◦ Corticais:
◦ Córtex sensório-motor, área motora suplementar e córtex pré-motor.
◦ Subcorticais:
◦ Controles mediados pela medula, pelos sistemas cerebelar, vestibular, sensorial e estriatal.
(LAMEIRA, 2006)
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INTRODUÇÃO
Integração sensorial:
A atrofia e a degeneração dos núcleos da base geram um padrão inibitórioexacerbado, fazendo com que o paciente com DP encontre dificuldade emmodular as estratégias de equilíbrio.
Encontra-se em conflito constante de processamento sensitivo central, poisentra em contato com informações visuais e somatossensoriais íntegras e comreações vestíbulo-galvânicas exacerbadas.
(LAMEIRA, 2006)
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INTRODUÇÃO
As alterações resultantes da DP possuem grande impacto na vida destespacientes.◦ Morbidades
◦ Hospitalizações
◦ Dano funcional
◦ Isolamento social
◦ Dependência
Incapacidade funcional (dificuldade ou impossibilidade de realizar uma AVD)◦ Principal causa de isolamento social e depressão.
(LOUREIRO et al, 2012; SILVA et al., 2010)
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A FISIOTERAPIA NA DOENÇA DE PARKINSON
Objetivos:
◦ Manter o condicionamento físico;
◦ Preservar a atividade muscular;
◦ Preservar a flexibilidade;
◦ Aprimorar o equilíbrio;
◦ Melhorar a Qualidade de Vida.
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A FISIOTERAPIA NA DOENÇA DE PARKINSON
Abordagens Possíveis:
◦ Atendimento individual;
◦ Atendimento em grupo;
◦ Dançaterapia;
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A ASSISTÊNCIA EM GRUPO NA DOENÇA DE PARKINSON
Eficaz em diversas doenças, porém é pouco discutida na literatura.
Vantagens: a possibilidade de atendimento simultâneo de vários pacientes,gerando economia de recursos; promoção de um ambiente que estimula oconvívio entre pessoas que tiveram suas vidas alteradas pela mesmaenfermidade; estímulo à realização de atividades físicas benéficas.
As alterações físico-motoras e suas consequências, tendem a afastar o pacientecom DP do convívio social.
Este isolamento tem impacto na atividade motora, na psique e, assim, na QV,levando à depressão, comum na DP.
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A ASSISTÊNCIA EM GRUPO NA DOENÇA DE PARKINSON
O atendimento em grupo ajuda aos participantes aprender a lidar com apatologia, permitindo a troca de vivências boas e ruins, dando suporte emocionale estímulo à busca de ganhos físicos e mentais.
Como efeitos positivos do tratamento em grupo, temos a melhora na interaçãosocial, encarar a sua condição de vida, perda do medo, melhora na autoconfiançae, consequentemente, diminuição do estresse e sintomas de depressão.
Aumenta as chances de adesão ao tratamento.
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OBJETIVOS
1. Objetivo geral: Avaliar o efeito da assistência fisioterapêutica em um grupo de sujeitos portadores de Doença de Parkinson.
2. Objetivos específicos:1. Avaliar a funcionalidade
2. Avaliar o equilíbrio
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METODOLOGIA
Critérios de inclusão:◦ Ambos os sexos
◦ Idade mínima de 40 anos
◦ Estágios I, II ou III de Hoehn e Yahr
◦ Frequentando assistência fisioterapêutica no ambulatório de Fisioterapia do HUSM.
Critérios de exclusão:◦ Presença de outra patologia neurológica
◦ Sofreu quedas recentes com fraturas
◦ Uso de álcool
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Estudo descritivo longitudinal com abordagem quantitativa.
METODOLOGIA
Coleta de dados:◦ Anamnese;
◦ The Activities-specific Balance Confidence (ABC);
◦ Mini Balance Evaluation Systems Test (MINIBESTest)
Local: Ambulatório de Fisioterapia do HUSM
Atendimento: 16 sessões.1. Alongamentos e mobilizações globais
2. Exercícios em ortostatismo para MMSS e MMII
3. Atividades funcionais
4. Relaxamento
RESULTADOS PARCIAIS
Tabela 01. Caracterização da amostra
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Grupo Intervenção (n=7)
Sexo (M) 4
Idade (a) 71 ± 16
Estágio H&Y 2 (1 – 2)
Início da doença superior a três anos 5
Tremor como sintoma inicial 6
Antecedentes familiares 3
Uso de repositores de dopamina 4
RESULTADOS PARCIAIS
Tabela 02. Avaliações pré e pós intervenção
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Pré Pós Valor de p
MiniBESTest 25 ± 3,4 25 ± 2,8 1,000
ABC Test 68 ± 18 74 ± 15 0,407
Confiança menor que 50%
6. Subir numa cadeira para pegar algo
40 50
11. Subir ou descer uma rampa
41 58
15. Pegar ou sair de uma escada rolante carregando pacotes e sacolas que o(a) impedem de segurar o corrimão
39 34
16. Andar em calçada molhada ou escorregadia
41 46
DISCUSSÃO
A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa, considerada crônica e progressiva do Sistema Nervoso (SN) (LOUREIRO et al, 2012).
A incapacidade funcional limita as AVDs e a participação social do indivíduo, provocando o isolamento social (SILVA et al., 2010).
Um escore de ABC Test < 67% está relacionado com um maior risco de quedas (Lajoie et al.,2004).
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DISCUSSÃO
Não há estudos sobre a assistência fisioterapêutica em grupo na DP.
Diferentes formas de intervenção e métodos avaliativos dificultam a realização da discussão.
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