boletim esperança 02

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Boletim Esperança – Página 1 Boletim Esperança Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano 1, N. 2 JUNHO, 2009 VULTOS ESPÍRITAS IRMA DE CASTRO ROCHA (MEIMEI) Irma de Castro Rocha, este encantador Espírito, ficou conhecida na família espírita como Meimei. Trata-se de carinhosa expressão familiar adotada pelo casal Arnaldo Rocha(1) e Irma de Castro Rocha, a partir da leitura que fizeram do livro Momentos em Pequim, do filósofo chinês Lyn Yutang. Ao final do livro, no glossário, encontraram o significado da palavra Meimei – "a noiva bem amada". Este apelido ficara em segredo entre o casal. Depois de desencarnada, Irma passa a tratar o seu ex- consorte por "Meu Meimei". Irma de Castro Rocha não foi espírita na acepção da palavra, pois foi criada na Religião Católica. Ela o era, porém, pela prática de alguns princípios da Doutrina Codificada por Allan Kardec, tais como caridade, benevolência, mediunidade (apesar de empírica), além de uma conduta moral ilibada. Nasceu na cidade de Mateus Leme, Minas Gerais, a 22 de outubro de 1922 e desencarnou em Belo Horizonte, em 1º de outubro de 1946. Filha de Adolfo Castro e Mariana Castro, teve quatro irmãos: Carmem, Ruth, Danilo e Alaíde. Aos dois anos de idade sua família transferiu-se para Itaúna – MG. Aos cinco anos ficou órfã de pai. Desde cedo se sobressaiu entre os irmãos por ser uma criança diferente, de beleza e inteligência notáveis. Cursou até o segundo ano normal, sendo destacada aluna. A infância de Meimei foi a de uma criança pobre. Era extremamente modesta e de espírito elevado. Pura e simples. Adorava crianças e tinha um forte desejo – o de ser mãe, não concretizado porque o casamento durou apenas dois anos e houve o agravamento da moléstia de que era portadora: nefrite crônica, acompanhada de pressão alta e necrose nos rins. Irma de Castro, na flor de seus 17 anos, tornou-se uma bela morena clara, alta, cabelos negros, ondulados e compridos, grandes olhos negros bastante expressivos e vivazes. Foi nessa época que se tornou grande amiga de Arnaldo Rocha, que viria a ser o seu esposo. Casaram-se na igreja de São José, matriz de Belo Horizonte. Na saída da igreja, o casal e os convidados viveram uma cena inesquecível. Depararam-se com um mendigo, arrastando-se pelo chão, de forma chocante, sujo, maltrapilho e malcheiroso. Meimei, inesperadamente, volta- se para o andarilho e, sensibilizada pela sua condição, inclina-se, entrega-lhe o buquê, beijando-lhe a testa. Os olhos da noiva ficaram marejados de lágrimas... Arnaldo Rocha afirma que toda criança que passava por Meimei recebia o cumprimento: "Deus te abençoe". Havia um filho imaginário. Acontecia vez por outra de Arnaldo chegar do trabalho, sentar-se ao lado de Meimei e ouvir dela a seguinte frase: "Meu bem, você está sentado em cima de meu principezinho". Meimei tinha a mediunidade muito aflorada, o que, para seu marido, à época, tratava-se de disfunção psíquica. Estes pontos na vida de Meimei retratam os compromissos adquiridos em existência anterior, na corte de Felipe II, ao lado do marido Fernando Álvares de Toledo – o Duque de Alba (Arnaldo Rocha). Nessa época seu nome teria sido Maria Henríquez. Apesar do pouco tempo de casados, o casal foi muito feliz. Ela tinha muito ciúme do seu "cigano". Arnaldo Rocha explica que esse cuidado por parte dela era devido ao passado complicado do marido. Chico Xavier explicara que Meimei vinha auxiliando Arnaldo Rocha na caminhada evolutiva há muitos séculos, por isso a sua acuidade em adocicar os momentos mais difíceis e alegrar ainda mais os instantes de ventura. Na noite da sua desencarnação, Arnaldo Rocha acorda, por volta de duas horas da madrugada, com sua princesa rasgando a camisola e vomitando sangue, devido a um edema agudo de pulmão. O marido sai desesperado em busca de médico, pois não tinham telefone. Ao voltar, encontra-a morta. A amizade entre o casal, projetando juras de eterno amor, teve início por volta do século VIII a.C. Um general do império Assírio e Babilônico, de nome Beb Alib, ficou conhecendo Mabi, bela princesa, salvando-a da perseguição de um leão faminto. Foi Meimei quem relatou a história, confirmada depois por Chico Xavier e traduzida inconscien- EDITORIAL Não importa o que você esteja sentindo agora, felicidade ou infelicidade, o Sol segue a brilhar, a chuva cairá se for o caso, as estrelas continuarão a surgir e as sementes germinarão. Por essa razão, melhor participar e estruturar a vida de maneira que você se integre no concerto da Criação. Cada criatura representa um corpo celeste na organização do Universo. Seja você aquele que brilha como chama imortal e que participa do progresso do nosso orbe sendo alguém que faz. A EQUIPE GRUPO ESPÍRITA CAMINHO DA ESPERANÇA Rua Aristides Lobo, 51 – Rio Comprido Rio de Janeiro/RJ CEP.: 20.250-450 Tel.: (21) 2504-8512

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Informativo mensal do Grupo Espírita Caminho da Esperança, instituição fundada por Geraldo e Ana Guimarães, pais de Anete Guimarães.

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Page 1: Boletim esperança 02

Boletim Esperança – Página 1

Boletim Esperança Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano 1, N. 2 JUNHO, 2009

VULTOS ESPÍRITAS IRMA DE CASTRO ROCHA (MEIMEI)

Irma de Castro Rocha, este encantador Espírito, ficou conhecida na família espírita como Meimei.

Trata-se de carinhosa expressão familiar adotada pelo casal Arnaldo Rocha(1) e Irma de Castro Rocha, a partir da leitura que fizeram do livro Momentos em Pequim, do filósofo chinês Lyn Yutang. Ao final do livro, no glossário, encontraram o significado da palavra Meimei – "a noiva bem amada". Este apelido ficara em segredo entre o casal. Depois de desencarnada, Irma passa a tratar o seu ex-consorte por "Meu Meimei". Irma de Castro Rocha não foi espírita na acepção da palavra, pois foi criada na Religião Católica. Ela o era, porém, pela prática de alguns princípios da Doutrina Codificada por Allan Kardec, tais como caridade, benevolência, mediunidade (apesar de empírica), além de uma conduta moral ilibada.

Nasceu na cidade de Mateus Leme, Minas Gerais, a 22 de outubro de 1922 e desencarnou em Belo Horizonte, em 1º de outubro de 1946. Filha de Adolfo Castro e Mariana Castro, teve quatro irmãos: Carmem, Ruth, Danilo e Alaíde. Aos dois anos de idade sua família transferiu-se para Itaúna – MG. Aos cinco anos ficou órfã de pai. Desde cedo se sobressaiu entre os irmãos por ser uma criança diferente, de beleza e inteligência notáveis. Cursou até o segundo ano normal, sendo destacada aluna.

A infância de Meimei foi a de uma criança pobre. Era extremamente modesta e de espírito elevado. Pura e simples. Adorava crianças e tinha um forte desejo – o de ser mãe, não concretizado porque o casamento durou apenas dois anos e houve o agravamento da moléstia de que era portadora: nefrite crônica, acompanhada de pressão alta e necrose nos rins.

Irma de Castro, na flor de seus 17 anos, tornou-se uma bela morena clara, alta, cabelos negros, ondulados e compridos, grandes olhos negros bastante expressivos e vivazes. Foi nessa época que se tornou grande amiga de Arnaldo Rocha, que viria a ser o seu esposo.

Casaram-se na igreja de São José, matriz de Belo Horizonte. Na saída da igreja, o casal e os convidados viveram uma cena inesquecível. Depararam-se com um mendigo, arrastando-se pelo chão, de forma chocante, sujo, maltrapilho e malcheiroso. Meimei, inesperadamente, volta-

se para o andarilho e, sensibilizada pela sua condição, inclina-se, entrega-lhe o buquê, beijando-lhe a testa. Os olhos da noiva ficaram marejados de lágrimas...

Arnaldo Rocha afirma que toda criança que passava por Meimei recebia o cumprimento: "Deus te abençoe". Havia um filho imaginário. Acontecia vez por outra de Arnaldo chegar do trabalho, sentar-se ao lado de Meimei e ouvir dela a seguinte frase: "Meu bem, você está sentado em cima de meu principezinho". Meimei tinha a mediunidade muito aflorada, o que, para seu marido, à época, tratava-se de disfunção psíquica. Estes pontos na vida de Meimei retratam os compromissos adquiridos em existência anterior, na corte de Felipe II, ao lado do marido Fernando Álvares de Toledo – o Duque de Alba (Arnaldo Rocha). Nessa época seu nome teria sido Maria Henríquez.

Apesar do pouco tempo de casados, o casal foi muito feliz. Ela tinha muito ciúme do seu "cigano". Arnaldo Rocha explica que esse cuidado por parte dela era devido ao passado complicado do marido. Chico Xavier explicara que Meimei vinha auxiliando Arnaldo Rocha na caminhada evolutiva há muitos séculos, por isso a sua acuidade em adocicar os momentos mais difíceis e alegrar ainda mais os instantes de ventura.

Na noite da sua desencarnação, Arnaldo Rocha acorda, por volta de duas horas da madrugada, com sua princesa rasgando a camisola e vomitando sangue, devido a um edema agudo de pulmão. O marido sai desesperado em busca de médico, pois não tinham telefone. Ao voltar, encontra-a morta.

A amizade entre o casal, projetando juras de eterno amor, teve início por volta do século VIII a.C. Um general do império Assírio e Babilônico, de nome Beb Alib, ficou conhecendo Mabi, bela princesa, salvando-a da perseguição de um leão faminto. Foi Meimei quem relatou a história, confirmada depois por Chico Xavier e traduzida inconscien-

EDITORIAL

Não importa o que você esteja sentindo agora, felicidade ou

infelicidade, o Sol segue a brilhar, a chuva cairá se for o caso, as

estrelas continuarão a surgir e as sementes germinarão.

Por essa razão, melhor participar e estruturar a vida de

maneira que você se integre no concerto da Criação.

Cada criatura representa um corpo celeste na organização

do Universo. Seja você aquele que brilha como chama imortal e

que participa do progresso do nosso orbe sendo alguém que faz.

A EQUIPE

GRUPO ESPÍRITA CAMINHO DA ESPERANÇA

Rua Aristides Lobo, 51 – Rio Comprido Rio de Janeiro/RJ CEP.: 20.250-450 Tel.: (21) 2504-8512

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Boletim Esperança – Página 2

temente pelo escritor e ex-presidente da União Espírita Mineira, Camilo Rodrigues Chaves, no livro Semíramis, romance histórico publicado pela editora LAKE, de São Paulo.

Meimei tinha a mediunidade clarividente, conversava com os espíritos e relembrava cenas do passado. Era comum ver Meimei, por exemplo, lendo um livro e, de repente, ficar com o olhar perdido no tempo. Nesses instantes, Arnaldo olhava de soslaio e pensava: "Está delirando". Algumas vezes ela afirmava: "Naldinho, vejo cenas, e nós estamos dentro delas; aconteceu em determinada época na cidade...". Arnaldo, à época materialista, não sabendo como lidar com esses assuntos, cortava o diálogo, afirmando: "Deixa isso de lado, pois quem morre deixa de existir".

Em seus últimos dias terrenos, nos momentos de ternura entre o casal apaixonado, apesar do sofrimento decorrente da doença, Meimei tratava Arnaldo como "Sr. Duque" e pedia que ele a chamasse de "minha Pilarzinha". Achando curioso o pedido, Arnaldo perguntou o motivo e recebeu uma resposta que, para ele, era mais uma de suas fantasias: "Naldinho, esse era o modo de tratamento de um casal que viveu na Espanha no século XVI. O esposo chamava-se Duque de Alba e a sua esposa, Maria Henríquez". Embevecido com a mente criativa na arte de teatralizar da querida esposa, entrava na brincadeira deixando de lado as excessivas perquirições.

Apresentamos esse ângulo da vida de Meimei para suscitar reflexões acerca do progresso espiritual por ela engendrado em suas diversas reencarnações – das quais citamos apenas algumas –, e que conduziram nossa querida amiga Meimei ao belo trabalho realizado em prol da divulgação da Doutrina Espírita, no Mundo Espiritual, aproveitando as vinculações afetivas com aqueles corações que permaneceram no plano terreno.

Em seus derradeiros dias de vida terrena, Meimei começou a ter visões. Ela falava da avó Mariana, que vinha visitá-la e que em breve iria levá-la para viajar pela Alba dos céus. Depois de muitos anos veio a confirmação através de Chico Xavier. Arnaldo recebe do médium amigo, em primeira mão, o livro Entre a Terra e o Céu, ditado por André Luiz, no qual encontra uma trabalhadora do Mundo Espiritual – Blandina – vivendo no Lar da Bênção, junto com sua Vovó Mariana, cuidando de crianças. Em determinado trecho, Blandina revela um pouco da sua vida terrena junto ao consorte amado.

Faltam-nos palavras para expressar nossa ternura e respeito ao espírito Meimei que, por mais de seis décadas, tem inspirado os espíritas a seguir o Caminho, e a Verdade e a Vida Eterna.

Ao finalizar este singelo preito de gratidão a Irma de Castro Rocha, a doce Meimei das criancinhas, lembramos o pensamento do Benfeitor Emmanuel, que sintetiza a amizade dos trabalhadores do Espiritismo Evangélico em todo o Brasil com o Espírito Meimei: um verdadeiro "sol que ilumina os tristes na senda da dor. Meimei, amor...". 1 - Arnaldo Rocha, ex-consorte de Meimei, é trabalhador e conselheiro da União Espírita Mineira desde 1946. Amigo inseparável de Chico Xavier. Organizador dos livros Instruções Psicofônicas e Vozes do Grande Além, FEB. Co-autor do livro "Chico, Diálogos e Recordações", UEM.

COSTA, Carlos Alberto Braga. Jornal O Espírita Mineiro , BH, n. 295, 30 jun. 2007.

NOTÍCIAS DO FEIRÃO Na contagem regressiva, estamos a um pouco mais de 60

dias, para a grande confraternização da Família Espírita, fato que

acontece há 18 anos no Colégio Militar do RJ e é um espetáculo do

Bem. Vamos recordar que todo o resultado derivado da

comercialização dos produtos expostos no Feirão é cem por cento

revertido em benefício da Mansão do Caminho – entidade sediada

em Salvador - BA, que se notabilizou como modelo exemplar de

serviço e promoção social. São Centenas de famílias e mais de

3.500 crianças dependentes diretamente dessa ação conjunta de

confrades espíritas e simpatizantes da doutrina. As adesões estão

chegando, não deixe para a última hora.

Fraternalmente, Jurandyr Paulo

COLUNA DO CAMINHO � Novidade na Cantina!

Venha saborear o delicioso pão-de-mel, que está à venda na cantina, feito pela nossa companheira Marlene.

� Visita em maio Durante o mês de maio, tivemos o prazer de receber a nossa companheira Solange, que veio da Bahia passar uma temporada conosco.

Júlia Solino

ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA “Orientação da infância, profilaxia do futuro”.

André Luiz A Escola de Estudos Espíritas Esperança estrutura-se nos princípios humanitários de todos os tempos, pois que preconiza os valores humanos de acordo com o ensino dos Espíritos amorosos.

Tem por missão fazer cumprir a ordem suprema do Pai e de Seu Filho Bem-Amado. Por isso, objetiva resgatar o bem que jaz ergastulado em cada alma, imprimindo na memória e no coração infantil as bases da moral espírita-cristã, para desdobrar-se em um futuro ditoso. Conta com a colaboração de voluntários fraternos e conscientes do compromisso social de servir às crianças com denodo.

Funciona aos sábados, das 8:00h às 15:00h, cumprindo a seguinte programação: recepção, café da manhã, momento cívico, prece, passe, aula espírita, almoço, oficinas e lanche. Colabore com a nossa Escola. Seja você também um multiplicador da paz no Rio!

Giannina Laucas

ANIVERSARIANTES DO MÊS 05 de junho - Vinícius Guimarães

06 de junho - Laila Laucas Paulo

11 de junho - Josué Lemos

22 de junho - Thiago Laucas Pereira

26 de junho - Felipe Laucas Campos

Page 3: Boletim esperança 02

ENCARTE ESPECIAL do Boletim Esperança – Página 1

Boletim Esperança ENCARTE JUNHO, 2009

Por que Allan Kardec? Silvio Seno Chibeni

Dogmatismo? Tradicionalismo? Fanatismo? Visão estreita?

Vejamos: A obra de Allan Kardec, quando analisada

internamente, revela uma solidez lógica, uma racionalidade, uma limpidez argumentativa, uma coerência de fazerem inveja aos mais conceituados tratados filosóficos que a Humanidade possui.

Allan Kardec revelou, em tudo o que fez, uma prudência, um equilíbrio, uma sobriedade, um espírito positivo e despreconcebido, um bom senso, enfim, que singularizam sua figura entre todos os expoentes da cultura humana.

A obra de Allan Kardec, contrariamente ao que, em geral, acontece com outras que abordam os mesmos assuntos, está firme e amplamente baseada em fatos, cuidadosa e minuciosamente examinados à luz dos referidos critérios racionais; não surgiu entre as quatro paredes de um gabinete, mas de uma extensa convergência de informações.

Allan Kardec era possuidor de uma vasta erudição, transitando inteiramente à vontade pelos

mais variados campos do saber – das ciências às artes, das filosofias às religiões –, o que lhe permitiu trazer ao seu domínio de estudo os mais relevantes problemas que interessam ao homem, dentro de uma visão abarcante e integrada da realidade.

A obra de Allan Kardec apresenta-se dentro de padrões de clareza e objetividade tais, que não deixa nenhuma margem a ambigüidades e mal-entendidos, especialmente quanto aos pontos fundamentais.

Allan Kardec soube ser impessoal, separando, com rigor, suas opiniões pessoais e peculiaridades de sua vida privada do conhecimento doutrinário, que é independente e objetivo; jamais pretendeu a posse exclusiva e completa da verdade; nunca recusou um princípio pelo só fato de ter sido descoberto ou proposto por outrem; nunca hesitou em abandonar uma idéia quando provada errônea por argumentos insofismáveis.

A obra de Allan Kardec é incomparavelmente abrangente, ocupando-se desde os fatos mais palpáveis, destacadamente, os relativos à sobrevivên-cia do ser, até as mais profundas investigações da ética, passando pelo exame lúcido das grandes questões filosóficas que, ao longo das eras, têm desafiado o raciocínio do homem.

Aproveite a oportunidade de participar do

seminário, no DIA 14 DE JUNHO (domingo):

com Silvio Seno Chibeni

Nosso convidado é espírita e possui graduação em Física, pela Universidade

Estadual de Campinas (1981); mestrado em Física, pela Universidade Estadual

de Campinas (1984); e doutorado em Lógica e Filosofia da Ciência, pela

Universidade Estadual de Campinas (1993). Realizou estágio de pesquisa na

Universidade de Oxford, em 1986/1987, e pós-doutorado na Universidade de

Paris 7, em 1994/1995. Atualmente é professor livre-docente da Universidade

Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em

Epistemologia, atuando nas seguintes linhas de pesquisa: História da Filosofia

Moderna, História da Filosofia Contemporânea, Teoria do Conhecimento e

Filosofia da Ciência. Publicou, além de outros inúmeros textos científicos, um

livro sobre os Aspectos da Descrição Física da Realidade , pela editora da

Unicamp (1997).

Page 4: Boletim esperança 02

ENCARTE ESPECIAL do Boletim Esperança – Página 2

Allan Kardec tem sido confirmado por fontes independentes e fidedignas como um grande emissário de Jesus, especialmente escolhido por Ele para concretizar na Terra a Sua promessa do envio do Consolador [nota 1], que nada mais é do que o Espiritismo, que veio para nos ensinar todas as coisas (o esclarecimento abundante que traz), para nos fazer lembrar tudo o que Jesus nos disse (a sanção e explicação que ele nos dá dos Evangelhos), e que estará sempre conosco (a perenidade do Espiritismo).

A obra de Allan Kardec não é uma estrutura estática e fechada, mas sim dinâmica e aberta a complementações futuras, incorporando a característica da progressividade, essencial a todo sistema científico ou filosófico que não pretenda ser sepultado pelas constantes e inevitáveis descobertas de fatos novos e pela ampliação geral do conhecimento humano.

Allan Kardec testemunhou, em todos os atos de sua vida, a sua condição de Espírito de escol: jamais prejudicou a alguém; só com o bem retribuiu as ingratidões, ofensas e calúnias com que, em vão, tentaram embaraçar-lhe os passos; doou-se por completo à grande obra de educação dos homens que é o Espiritismo: a ela sacrificou o conforto, o repouso, os bens materiais, a saúde e até a própria vida.

Estudemos, com seriedade, essa obra. Conheçamos de perto esse autor [nota 2]. Depois, comparemo-los a obras e autores que os pretendam

superar. Quais se poderão gloriar de fazer-lhes frente em apenas algumas das dez características enumeradas (para não dizer em todas)?

Retornemos, por fim, à questão: Por que Allan Kardec?

Talvez já não seja difícil respondê-la ... [nota 3] ------------------------------------------------------------------

Notas: 1.Cf. Evangelho de João, cap. 14. 2. Para uma visão precisa, detalhada e completa

da personalidade de Allan Kardec, bem como das origens, dimensões e significado de sua obra, consulte-se o livro Allan Kardec (3 vols.), de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, editado pela Federação Espírita Brasileira, em 1979/80.

3. Para uma exposição do caráter legitimamente científico (à luz da moderna filosofia da ciência) do desenvolvimento de uma atividade de pesquisa em torno de um núcleo de princípios básicos (como o Espiritismo o faz em relação aos princípios fundamentais da obra de Allan Kardec), veja-se o artigo "Espiritismo e ciência", em Reformador de maio de 1984. (Nota do Autor em outubro de 1998: Para o mesmo tema, ver também os artigos "A excelência metodológica do Espiritismo" e "O paradigma espírita", publicados na mesma revista, números de novembro e dezembro de 1988 e junho de 1994, respectivamente.)

HORIZONTAL

3. Pacifista indiano que marcou a Humanidade com suas idéias.

5. Pastor americano que lutou contra o racismo.

7. Instituição fundada no Rio de Janeiro em 01/01/1884.

8. Religiosa e mística francesa nascida em 02/01/1873.

9. Último nome do educador João Henrique, nascido em 12/01/1827.

10. Educadora Espírita conhecida como "Mulher Literatura", desencarnada em São Paulo em 20/01/1919.

11. Médium de Botucatu nascido em 02/01/1889.

12. Importante cientista que desencarnou em Petersburg, Rússia, em 04/01/1903.

VERTICAL

1. A busca da verdade (indiano). 2. Espírita nascido em Gênova, na Itália, em 09/01/1862, que se dedicou ao estudo da metapsíquica. 4. Grande filósofo espírita nascido em 01/01/1846. 6. Médium mineira, que desencarnou 10/01/1969, tendo obtido entre suas psicografias, o conhecido romance "Almas Crucificadas".

Respostas no próximo Boletim Esperança.

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Boletim Esperança – Página 3

ENCONTRO COM A CIÊNCIA

O sucesso do evento ao lado, ocorrido no Instituto de Química da UFRJ se evidenciou pela qualidade da organização e quantidade de público: cerca de 150 pessoas.

David Nicodem, pastor evangélico, professor de Química há 43 anos, especialista em Fotoquímica e pesquisador em Pré-Biótica, fez as seguintes reflexões: “a Ciência mostra que existe Deus pelas evidências: é uma questão de lógica, de inteligência.” “Se o Universo fosse um pouco maior ou menor, não haveria vida. Por quê?” “O DNA é informação; a informação não existe sem inteligência; por trás de toda informação há uma inteligência. Quem criou o DNA?” “A vida começou da não-vida. Como? O problema dos biólogos é a primeira vida.” Pressuposto : “A Bíblia é a revelação de Deus. A fé em Deus não é cega, ela pode ser testada (Romanos, 1:8-22).” Proposta final : “Que se teste a existência de Deus nas pesquisas.”

Douglas Carrara, antropólogo, também estudioso de Botânica e Homeopatia, com base em trabalho realizado na Fiocruz, fez as observações que seguem: “O antropólogo compara as sociedades primitivas com as atuais”. “O mateiro, o rezador, a parteira, o umbandista e o raizeiro são praticantes da medicina popular. Em sua atuação, eles dependem da espiritualidade, de condições morais elevadas e naturais. O ascetismo dessas pessoas serve de exemplo para a Humanidade porque elas distinguem o sagrado do profano e estabelecem um padrão de comportamento que merece credibilidade.” Reflexão : “É importante admitir que faz parte da natureza humana o reconhecimento de que há uma força superior a ela: Deus.”

Rubens Turci, doutor em Filosofia e Ciências Sociais, defendeu a tese de que “a crise da Humanidade é socioambiental; ciência e espiritualidade se apresentam como duas faces da mesma moeda.” Sintetizou a evolução do pensamento humano para a construção da verdade através do contraponto entre o Oriente e o Ocidente. Mostrou a crise epistemológica do Ocidente pelos conceitos de “Cogito ergo sum” (penso logo existo) X “Fides quaerens

intellectum” (a fé busca o intelecto, a razão; fé como pressuposto para o conhecimento). Imputou a Hegel e a Augusto Comte a responsabilidade de rejeitarem preconcei-

intellectum” (a fé busca o intelecto, a razão; fé como pressuposto para o conhecimento). Imputou a Hegel e a Augusto Comte a responsabilidade de rejeitarem preconcei tuosamente o Gîta, provocando uma lacuna no conhecimento ocidental. Reflexão: “Se Humboldt e Einstein, entre outros, foram influenciados pelo Gîta, é possível resgatar e atualizar o pensamento de São Tomás de Aquino, harmonizando a fé e a razão”.

Caro leitor, curioso de tudo isso é constatar que Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. I, item 8, já desde 1864, declara a “Aliança da Ciência e da Religião”. Eis aí a impressionante atualidade do pensamento espírita .

Por Vanessa Bianca

MENSAGEM DO MÊS “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, ensinou Jesus, afirmando que este é o primeiro e maior

mandamento. E acrescentou: “Toda a lei e os profetas se encontram neste mandamento”. Esta síntese orienta qualquer ser humano de forma definitiva. A interpretação é clara, transparente. O que fazer diante dos

testemunhos está expresso no ensinamento maior. No mundo íntimo, no lar, no relacionamento social-profissional, sempre, esta é a diretriz. Não há como tergiversar. Somente agir. Não importa onde, quando, como, com quem, nem por quê. Esta ação correta tem linha direta com Deus. Olhe para si mesmo, molde-se ao critério do Cristo e tudo se ajustará. A diferença entre o que desejamos, a forma como vivemos e a verdade é quase absoluta. A vivência cristã-espírita real torna o homem um clone do Senhor. Os que o representaram, de fato, jamais feriram alguém. Escolheram o bem definitivamente. É a Macrovisão de amor que têm da

vida. Mesmo quando experimentam dificuldades e testemunhos, inclinações negativas, pressões e ameaças, dores acerbas, sob o vendaval da loucura, não abdicam da opção primeira de servir, passar e amar.

Escolheram o seu destino absoluto: a perfeição em Deus. Todos eles: Paulo de Tarso, Francisco de Assis, Joana Angélica, Mahatma Mohandas Koramchand Gandhi, Madre Teresa de

Calcutá, Allan Kardec, Chico Xavier, Divaldo Franco foram esmagados pelas ameaças contra tudo o que tinham, inclusive a própria vida. Mas continuaram vencendo.

O que você deseja? Amar e ser bom? Por que não? Segure na mão de Deus e vá. Sirva até desmaiar. Trabalhe até a exaustão. Ame até se transformar numa estrela. Este é o seu destino... O nosso destino. GERALDO GUIMARÃES

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Boletim Esperança – Página 4

LIVRO DO MÊS – OS MENSAGEIROS “A obra de André Luiz, psicografada pelo médium

Francisco Cândido Xavier, teve sua Primeira edição em 1944, pela Federação Espírita Brasileira (Rio de Janeiro/RJ); em novembro/2001 estava na 37ª edição (490° milheir o).

O Autor alerta aos médiuns quanto à necessidade da prática dos ensinamentos na esfera íntima, evitando surpresas negativas, quando do retorno ao Plano Espiritual.

A obra se desdobra em três partes distintas: 1ª Parte- do 1º ao 13º cap. : Testemunhos de médiuns

(desencarnados) que, tendo partido de "Nosso Lar", com tarefas específicas, não conseguiram cumpri-las - no retorno, seus relatos são pungentes e esclarecedores.

2ª Parte-a partir do 14º cap.: Descrição de atendimentos

prestados a encarnados e a desencarnados, pela equipe dos mensageiros de "Nosso Lar".

3ª Parte - a partir 33º cap.: - André Luiz e Vicente, sob comando do protetor

Aniceto, após estágio no "Centro de Mensageiros", partem em caravana de "Nosso Lar" para à Crosta (plano terreno). A meio caminho, pernoitam no "Posto de Socorro", onde André Luiz realiza um proveitoso estágio. Ali, conhecem amigos espirituais responsáveis por “Campo da Paz” (colônia próxima ao Posto de Socorro). A seguir, os três se dirigem à Crosta, onde permanecem por uma semana num lar humilde, verdadeira oficina de “Nosso Lar” na Terra, participando de atendimentos a encarnados e desencarnados, sobressaindo preciosos ensinamentos sobre reuniões mediúnicas”. KHUL, Eurípedes. Acesso em 23 maio 2009. Disponível em : <www.institutoandreluiz.org/sinopse_os_mensageiros.html>.

PROGRAMAÇÃO DA CASA

2ª Feira (20:00 às 21:00)

PALESTRAS DOUNTRINÁRIAS: LIVRO DOS ESPÍRITOS

1 de junho – Josué Bezerra Questões 182 a 188

8 de junho – Anete Guimarães LIVRE

15 de junho – Claudia Passarelli Questões 189 a 191

22 de junho – Jair Cesario Questões 192 a 196

29 de junho – Gracinha Questões 197 a 199

3ª Feira (14:50 às 15:25)

2 de junho – Evangelho - cap.I item 11 e nota – exp. Teresa

9 de junho – Evangelho - cap.II item 1 – exp. Rita

16 de junho – Evangelho - cap.II item 2 e 3 – exp. Rosa

23 de junho – Evangelho - cap.II item 4 – exp. Giannina

30 de junho – Evangelho - cap.II item 5 – exp. Rafael Pinho

5ª Feira (19:30 às 21:00)

REUNIÕES MEDIÚNICAS

Sábado ( 8:30 às 15:00)

ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA

DATAS IMPORTANTES DO MÊS DE JUNHO 03/06/1925 – Desencarnação de Camille Flammarion,

astrônomo famoso em sua época, colaborador de Kardec.

10/06/1853 – Os espíritos introduzem o processo da escrita,

agilizando as comunicações mediúnicas.

10/06/1860 – O Espírito de Verdade informa a Kardec que

ele não permaneceria muito tempo encarnado, apenas o

bastante para concluir os trabalhos indispensáveis.

12/06/1856 – Allan Kardec recebe do Espírito de Verdade a

confirmação a respeito de sua missão.

16/06/1871 – William Crookes entrega à rainha Vitória

relatório confirmando a veracidade dos fenômenos

mediúnicos produzidos pela médium Florence Cook.

16/06/1966 – Desencarnação de Peixotinho (Francisco

Peixoto Lins), médium de efeitos físicos.

21/06/1886 – Desencarnação do famoso médium britânico

Daniel Dunglass Home.

24/06/1943 – Desencarnação de Ernesto Bozzano.

EXPEDIENTE

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Revisora: Giannina Laucas

Colaboradores:

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