bollywood brasil ed.2 abril13

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Page 1: Bollywood brasil ed.2 abril13
Page 2: Bollywood brasil ed.2 abril13

pág. 3 - 5 Entrevista com: Florência Costa

pág. 5Enquete!

pág. 6 - 8Matéria da Capa: Grandes Filmes para 2013

pág. 8 - 9O Casamento Indiano

pág. 10 - 12Entretenimento:

Os Deuses de Bollywood

pág. 13 - 14 Notícias do Mês

pág. 14 - 15Crítica: Talaash

pág. 16 - 17Agenda de Estreias

Bollywood Brasil

Expediente:Editor-chefe: André Ricardo

Redação: André Ricardo, Claudia Rabelo Lopes, Feliz Luz, Fernanda Beltrand, Juily Manghirmalani, Rosely Toledo e Tiago Ursulino

Edição e revisão: Tiago UrsulinoDiagramação: Aline Moreira, Dayna Disha Malani, Juily Manghirmalani e Welber Conceição

Publicidade: Themis NascimentoDivulgação: Shadia Fernanda

Contato:Redação: [email protected]

Divulgação: [email protected]

Anúncios/patrocínio: [email protected]

Caros amigos e leitores da Bollywood Brasil,

Primeiramente gostaríamos de agradecer a todos pelo apoio e manifestações de carinho. Nossa revista alcançou quase duas mil visualizações em menos de 24 horas! Isso só aumen-tou nossa responsabilidade de trazer uma edição ainda melhor para vocês.

Na edição de abril trazemos uma entrevista interessantíssima com a jornalista Florência Costa, que foi correspondente do jornal O Globo na Índia e escreveu o livro Os Indianos (Edi-tora Contexto) sobre suas experiências por lá. Vamos descobrir como o país mudou a sua vida para sempre. Temos ainda uma matéria especial sobre os lançamentos de Bollywood que vão marcar 2013.

Após mostrarmos as divas, chegou a vez deles: os galãs de Bollywood, que vão arrancar sus-piros de nossas leitoras. Além disso, como o mês das noivas está logo aí, mostraremos como é o cerimonial de um casamento indiano.

Bollywood Brasil traz ainda a crítica do emocionante Talaash, produzido e estrelado por Aamir Khan. Vocês ainda vão descobrir qual é o casal eleito o mais romântico de Bollywood, conferir o resultado da nossa enquete sobre a atriz indiana preferida dos brasileiros e se apaixonar pelos bebês Bollywood.

Esperamos que vocês gostem cada vez mais da revista, que foi feita com muito carinho e, como sempre, estamos abertos para sugestões – seja através do nosso Facebook (Bollywood Brasil) ou através do e-mail [email protected]

Grande abraço da equipe da Bollywood Brasil!

Page 3: Bollywood brasil ed.2 abril13

ENTREVISTAcom Florência Costa por Claudia Rabelo Lopes

“A Nova Bollywood chegou para ficar”

Índia e Brasil estão ligados pela história – afinal,

Cabral procurava uma rota para as Índias quando chegou a

terras brasileiras em 1500 – e pela economia, uma vez que

ambos os países pertencem hoje ao chamado grupo dos

“emergentes”, os BRICS. Apesar disso, pouco se sabe aqui

sobre esse país asiático de dimensões continentais como o

nosso, e sobre como vive e pensa seu povo. Essa lacuna de

conhecimento começou a ser preenchida com a publicação

do livro “Os Indianos” (Ed. Contexto, 2012), escrito pela

jornalista Florência Costa. Ela se tornou a primeira corre-

spondente de um país latino-americano na Índia, onde mo-

rou de 2006 a 2012, trabalhando para o jornal O Globo.

A convivência da jornalista com o povo nas diferen-

tes regiões onde esteve, aliada a um trabalho aprofundado

de pesquisa, resultou em um retrato ao mesmo tempo

amplo e nítido da sociedade indiana em seus mais diver-

sos aspectos. Para quem se interessa pelo cinema feito

na Índia, o livro de Florência proporciona a compreensão

de muitos detalhes e alusões ao contexto social presentes

nas produções, enriquecendo a compreensão sobre elas e

trazendo possibilidades de interpretação antes não perce-

bidas. Nesta entrevista à Bollywood Brasil, Florência Costa

conta sobre sua experiência na Índia, revela o que mais

gosta no cinema indiano e reflete sobre o atual momento

de Bollywood.

...Florência, você foi a primeira jornalista latino-americana a ser correspondente na Índia. Como surgiu a ideia de

morar lá? Você já tinha alguma relação com o país antes?

Eu não tinha nenhuma relação com o país. Fui para lá porque minha irmã, que trabalha numa empresa de Tecnologia

da Informação, foi enviada para a Índia para morar por um ano. Eu resolvi segui-la para cobrir o país que despontava

naquele momento, em 2006, como potência emergente. Fiz um acordo com o jornal O Globo para ser correspondente

lá. Fui primeiro para Mumbai, a antiga Bombaim, o coração financeiro da Índia. Lá, morei um ano e meio. Depois en-

contrei o meu atual marido, me casei e nos mudamos para Nova Délhi, onde vivi até outubro do ano passado (2012).

...Em seu livro, você diz que a família é a principal e mais forte

instituição da Índia. Você acabou se casando com um indiano (o

jornalista Shobhan Saxena) e fazendo parte de uma família indi-

ana. Pode nos contar um pouco dessa experiência?

Foi uma experiência muito boa porque a minha família indiana é

aberta. São hindus liberais. Portanto não houve nenhum problema.

Eles me aceitaram de braços abertos. A avó do meu marido (mãe

do meu sogro), por exemplo, era uma mulher à frente de seu tem-

po. Fez universidade e liderou a seção feminina do Partido do Con-

gresso, que esteve à frente do movimento pela independência da

Índia do Império Britânico. Ela até chegou a ser presa nessa época

por sua atividade política.

...No capítulo “Curry Cultural”, você trata, en-

tre outras coisas, do cinema indiano, princi-

palmente de Bollywood. Você costumava ir ao

cinema na Índia? O que gostava de ver? Você

chegou a visitar algum estúdio?

Eu fui várias vezes ao cinema, mas eu preferia

ver os filmes indianos pelos DVDs. Eu vi de tudo.

Comprei uma coleção imensa de DVDs. Desde

filmes da antiga Bollywood, da década de 50,

passando pela fase superkitsch da década de

80, até a nova Bollywood de hoje em dia. A Ín-

dia tem várias indústrias cinematográficas. Bol-

lywood é uma delas. São os filmes falados em

Híndi e cuja sede fica em Mumbai. Como morei

em Mumbai um ano e meio, logo que cheguei

na Índia em 2006, visitei a cidade cinematográ-

fica e entrevistei produtores de Bollywood. Fui a

festas de lançamento de filmes e pude conver-

sar com alguns dos principais atores do cinema

indiano de hoje, como Irrfan Khan (que também

faz papéis em Hollywood. O último filme que fez

foi As Aventuras de Pi). E, além de Bollywood,

há as indústrias cinematográficas de outros es-

tados indianos, como Tollywood (filmes falados

em Telugu, no estado de Andhra Pradesh), e

Mollywood (filmes falados em Malayalam, no es-

tado de Kerala). E, é claro, há também o cinema

de arte, cujo nome mais famoso é o do diretor

Satyajit Ray, que ganhou o Oscar pelo conjunto

de sua obra na década de 80.

...Qual foi o seu primeiro “choque cultural” ao chegar à Índia?

Foram vários choques ao mesmo tempo. Muitas línguas, as roupas tão diferentes que eles usam, várias religiões, a

comida supercondimentada, a multidão em todos os lugares, a falta de espaço, e por aí vai. Tudo é muito diferente.

Para você começar a entender a Índia e os indianos demora muito tempo.

...Bollywood faz um cinema que mesmo pessoas com pouca ou nenhuma instrução conseguem entender. O que mais

lhe chamou a atenção na relação das pessoas com o cinema na Índia?

É isso mesmo, são filmes fáceis de serem entendidos por todos. Eles chamam de filmes-família. Por isso são

conservadores e não mostram cenas ousadas. Em um país onde a família é a principal instituição, pais e filhos vão

ao cinema juntos. Uma coisa que me chamou muito a atenção foi o endeusamento dos atores, muitas vezes tratados

como divindades mesmo, principalmente no sul da Índia. Lá, alguns atores têm até templos construídos em sua ho-

menagem. A morte de determinados ídolos provoca quebra-quebra nas ruas. Pesquisando sobre a história do cinema

indiano, eu descobri a origem disso. É que no início, os filmes indianos eram inspirados na mitologia indiana. Os atores

encarnavam personagens mitológicos. E mitologia indiana é intrinsecamente ligada à religião. O príncipe Rama (pro-

tagonista do épico Ramayana), por exemplo, o mais importante personagem da mitologia, é ao mesmo tempo uma das

encarnações do deus hindu Vishnu. Foi assim que aconteceu o endeusamento dos atores.

Florência com saris

Florência com jovem bramane na cidade de Jodhpur, estado do Rajastao 3

Page 4: Bollywood brasil ed.2 abril13

...No livro você expressa uma visão crítica sobre a produção bollywoodiana tradicional, mas fala também de uma “nova Bollywood” que começa a surgir.

Quais as principais mudanças em curso?

A nova Bollywood é muito interessante. Os filmes de hoje em dia começam a ousar mais na criatividade, no roteiro, para agradar as várias plateias

indianas que surgiram com o crescimento econômico do país. Até algum tempo atrás havia apenas as gigantescas salas de cinema, de mil lugares. Só era

possível fazer filmes que agradassem a um público imenso, de A a Z. Dos anos 90 para cá, começaram a surgir as salas de cinema nos shoppings que se

multiplicaram pelo país, com o crescimento econômico. E essas salas têm 200 a 300 lugares. Então começou a ser possível fazer vários tipos de filmes,

para todos os gostos. Um dos filmes mais interessantes dessa nova Bollywood que eu vi foi Delhi Belly, uma comédia sobre três amigos que dividem um

apartamento e se metem em confusão com contrabandistas de pedras preciosas. Um linguajar ousado para a conservadora sociedade indiana. Uma comé-

dia deliciosa, que os jovens urbanos adoraram. Mas as famílias conservadoras não gostaram. Agora no dia 8 de março, foi lançado o filme Sahib, Biwi Aur

Gangster Returns, com muito sucesso, dirigido pelo ótimo Tigmanshu Dhulia. Eu vi o primeiro e foi bem ousado, com cenas de sexo (não explícito, é claro)

e a protagonista, uma mulher, com um papel muito forte e dominador, muito raro nos filmes tradicionais onde a mulher geralmente é uma sofredora. Esse

filme é outro exemplo da chamada Nova Bollywood, que chegou para ficar, na minha opinião.

...Isso pode ter relação com a mudança ocorrida a partir de 2001, quando o cinema foi finalmente reconhecido na Índia como uma indústria e passou a

contar com incentivos fiscais?

Essa foi uma mudança importante para o cinema indiano porque a partir daí a indústria pode contar com incentivos governamentais, empréstimos

de bancos etc. Até então os produtores tinham quase que somente a máfia como fonte de captação. A máfia (vários tipos de máfia) e Bollywood se mes-

claram a um ponto que ficou difícil de separar um do outro até alguns anos atrás. Era uma época em que os pagamentos eram todos em cash, dinheiro

sujo. Os diretores eram obrigados a escalar atrizes que namoravam mafiosos, por exemplo. E quando não o faziam, corriam o risco de levar um tiro, como

aconteceu. Hoje, o dinheiro da nova economia já entra para financiar as novas produções. E isso, é claro, ajudou a arejar o cinema.

...Quais realizadores você destacaria nessa “nova Bollywood” que podem ser interessantes para o público brasileiro? E você tem algum ator/atriz favoritos?

Eu destacaria além do Tigmanshu Dhulia, que citei na pergunta anterior, o diretor Anurag Kashyap, que fez vários filmes bons; o último deles, Gangs of Wasseypur, dividido em dois de tão longo que é. Uma espécie de Poderoso Chefão indiano.

Participou do último festival de Cannes em uma mostra paralela. Ele também dirigiu Dev.D, uma refilmagem de um antigo clássico, a história de um boêmio bêbado que depois de uma decepção amorosa acaba caindo nos braços de uma pros-

tituta. Quem faz o papel dessa prostituta é uma excelente atriz da nova geração, Kalki Koechlin, mulher de Anurag Kashyap, por sinal. Outra boa atriz da nova Bollywood é Vidya Balan, que protagonizou em 2011 um filme de grande sucesso,

The Dirty Picture, sobre uma dançarina de cabaré dos anos 80. A veterana Shabana Azmi fez inúmeros filmes de sucesso e para mim tem lugar de honra nessa lista. Ela fez, por exemplo, o clássico Ankur, do badalado diretor Shyam Benegal

(cinema-arte indiano). E fez também um papel de protagonista no filme Fire, da maravilhosa trilogia da diretora Deepa Mehta “Earth-Fire-Water”.

Quanto aos atores, além do Irrfan Khan, do qual já falei, eu destacaria Naseeruddin Shah, também um veterano de primeira qualidade. Ele foi visto por um público mundial no filme famoso Um Casamento à Indiana [2001]. E tem a grande estrela

Aamir Khan, que além de um bom ator, tem produzido o que há de melhor na Nova Bollywood. Ele, por exemplo, foi quem produziu Delhi Belly (do qual já falei anteriormente), e também o filme Peepli Live, uma comédia e ao mesmo tempo

crítica social através da história de uma tentativa de suicídio de um agricultor falido e a corrida da sedenta mídia indiana para cobrir o caso e ganhar audiência.

...Alguns filmes de Bollywood, embora mantendo características tradicionais e até clichês, prob-

lematizam temas políticos, sociais e éticos do país. Em sua opinião, o cinema tem um impacto

significativo para a conscientização e a mudança social na Índia? Ou essas produções são toma-

das como puro entretenimento sem maiores consequências para o conjunto daquela sociedade?

De fato os filmes de Bollywood até que mostram bastante essas questões que você apontou. Na

verdade, eles são um espelho da sociedade, de suas preocupações, de suas revoltas. Sempre

que há um caso explosivo na mídia, seja de corrupção, ou de um crime, Bollywood tenta correr

atrás. Por exemplo, teve um caso famoso de assassinato de uma moça, Jessica, em Délhi, morta

a tiros por um playboy filho de um político rico. Ele só foi para a cadeia por causa da mobilização

da classe média, que foi para a rua pedir justiça. Isso aconteceu acho que em 2001. A história

inspirou o filme No One Killed Jessica. São inúmeros os exemplos. Eu acho que os filmes não só

refletem a sociedade, mas também ajudam a conscientizar. O cinema tem um alcance imenso na

Índia. O povão vai ao cinema. Bollywood é tão popular lá como as novelas são no Brasil.

Lançamento de OS INDIANOS

Florencia e Shobhan se casaram numa cerimônia budista4

Page 5: Bollywood brasil ed.2 abril13

...Você menciona no livro que o cinema tem um papel na diplomacia indiana do “soft power”. Como isso se dá?

Metade da população mundial conhece Bollywood e seus astros. Bollywood pode ser desconhecida no Ocidente, mas

no Oriente e no entorno da Índia, essa indústria cinematográfica é a que mais faz sucesso. Isso porque fala a mesma

linguagem, tem os mesmos códigos de comportamento e morais dos povos daqueles países. Eu pude sentir isso em

pelo menos quatro países que visitei para fazer coberturas jornalísticas enquanto morava na Índia: no Irã, no Paquistão,

no Afeganistão e no Nepal. Em todos eles, as pessoas conheciam e demonstravam mais amor a Big B (Amitabh Bach-

chan, a grande estrela de Bollywood desde os anos 70) do que a qualquer celebridade Hollywoodiana. No Afeganistão,

logo após a queda do Taliban, começaram a pipocar lojas de DVDs com filmes de Bollywood. No centrão comercial de

Kabul, vi um enorme outdoor de Katrina Kaif, uma atriz sex-symbol de Bollywood, estampando uma das maiores lojas

da capital afegã. No Paquistão [país de maioria muçulmana], as mulheres, por influência dos filmes de Bollywood,

usam saris em festas de casamento. O sari, uma roupa tradicional indiana, usada pelas hindus, não é bem visto entre

os muçulmanos, até por mostrar demais a pele (a barriga fica de fora, por exemplo). E há vários outros países que as-

sistem Bollywood, inclusive no primeiro mundo onde há uma imensa diáspora indiana, como nos EUA, na Inglaterra e na

Austrália. Com todo esse poder de influência, o governo indiano não poderia deixar de usar esse “soft power”: o poder

que não é das armas. O poder que vem do charme de sua cultura. Uma forma de fazer sua autopropaganda no mundo

afora. Eu percebi o poder desse soft power nessas viagens: o sorriso dos afegãos e até dos paquistaneses quando você

diz que mora na Índia, que veio de Mumbai, a terra de Bollywood. E aí a pessoa recita diálogos de filmes famosos ou

canta músicas de filmes que ficaram para a história. E te perguntam se você algum dia já cruzou com Shahrukh Khan

ou Salman Khan, dois atores-deuses da indústria cinematográfica indiana.

...Em 2012 você voltou ao Brasil, depois de seis anos morando na Índia. Que hábitos você incorporou em sua estadia

lá que vieram com você? E qual o aprendizado mais importante que essa experiência indiana lhe proporcionou?

Depois de tanto tempo lá, eu costumo dizer que já virei meio indiana. Até tive choque cultural ao voltar pro Brasil, vendo

as mulheres com roupas tão decotadas, shortinhos e camisetas de alcinhas que eu tive que abandonar quando vivi por

lá. Foram muitos aprendizados. Só vou destacar os principais porque não haveria espaço para citar tudo. Mas eu acho

que o respeito pelos mais velhos, o orgulho de gostar de sua cultura, não dar tanta importância à aparência física, como

a paranoia da ditadura da magreza, por exemplo, tão comum no Ocidente.

ANUNCIE AQUIcontato: [email protected]

Comentários e Sugestões

Agradecemos a todos pelo carinho. Abaixo estão algumas das sugestões e comentários sobre nossa edição anterior.

Contamos com vocês para fazermos uma revista cada vez melhor. Para comentários ou sugestões usem o nosso face-

book (Bollywood Brasil) ou mandem e-mail para [email protected]

Marcio Vinicius - gostei mt da iniciativa e da edição ótimo texto e fotos só uma sugestão aumenta mais a letra pois

do tamanho q está fica parecendo q os textos são gigantescos e fica mt cansativo aos olhos... Espero q essas obser-

vações ajudem vc e a equipe continuem com essa ótima força de vontade de proatividade.

Bollywood Brasil – Obrigado Marcio. Adotamos sua sugestão e a fonte foi aumentada nessa edição.

Citralekha Devi Dasi - Curti muito a revista! Espero q façam mais e mais! Vida looonga! :D

António Gonçalves - Muitos parabéns a todos e felicidades para a revista

Srta Moon - Parabéns para toda a equipe!... Feliz Luz ficou ótima sua matéria

Fabio Farraj - Muito bom!!! Parabéns!!

Renata Flores - Parabéns pela revista....tomara que isso sirva de mais divulgação pros nossos queridos filmes india-

nos.

Myrlei Gonçalves - Gostei muito, tá linda! Posso sonhar que um dia vai chegar as bancas?

Enquete!

A Bollywood Brasil perguntou aos nossos leitores qual era a

sua atriz de Bollywood preferida. A competição foi acirrada,

mas seguem abaixo as mais votadas:

5º lugar, com 10% dos votos: PRIYANKA CHOPRA

4º lugar, com 12% dos votos: MADHURI DIXIT

3º lugar com 17% dos votos: AISHWARYA RAI BACHCHAN

2º lugar com 23% dos votos: RANI MUKERJI

E em primeríssimo lugar, na opinião de 30% do público

votante:

KAJOL DEVGN!

Vale lembrar que Kajol viveu a personagem Zooni, no filme

Fanaa, que foi exibido ano passado no Brasil.

Para os fãs da Kajol, cliquem aqui para ver a entrevista

(com legendas em português) da musa, juntamente com o

Aamir Khan, sobre sua atuação em Fanaa.

A Bollywood Brasil agradece a todos que participaram e

em breve teremos mais enquetes!

Florência com saris5

Page 6: Bollywood brasil ed.2 abril13

GRANDES FILMES PARA 20132012 acabou com a sensação geral de ter sido um bom ano para o cinema híndi. O ator Irrfan Khan – que já foi

visto nas telas em 2013, inclusive no Brasil, no papel do Pi adulto em As Aventuras de Pi – disse ao jornal The

Times of India em janeiro: “O país está acordando para boas histórias. Não nos faltam ideias. Apenas precisa-

mos de bons diretores para apresentá-las de forma interessante. Com sorte, 2012 foi um ano muito bom para a

nossa indústria.” Já estamos em abril, mas é verdade que, até agora, Bollywood ainda não usou suas melhores

cartas, e os filmes que mais prometem em questão de entretenimento ou impacto para 2013 ainda estão por

vir. É esperar e torcer para o ano novo ser ainda melhor do que o velho.

O gênero de ação é uma

das fontes mais seguras

de sucesso em Bollywood.

Em 2013 já foram dois:

Race 2 – mais um filme produzido e estrelado por Saif

Ali Khan – e Special 26 – estrelado por Akshay Kumar.

Race 2 entrou para o que a imprensa especializada

em cinema da Índia chama de “clube dos 100 crore”.

1 crore é uma medida de quantidade que equivale

a 10 milhões. A produção de Saif faturou 102

crores em rúpias indianas, o que equivale a mais de

R$ 35 milhões.

Mas muitas outras produções virão por aí ainda.

Em maio virá Shootout at Wadala (Tiroteio em Wadala),

com o galã John Abraham e Anil Kapoor. Apostando

nas sequências, Bollywood também vai contar com

Once Upon a Time in

Mumbai Again (Era uma

vez em Mumbai de novo),

que levará para as telas

o casal Akshay Kumar e

Sonakshi Sinha, que em

2012 estrelou o sucesso

Rowdy Rathore. E ainda,

mais em direção ao fim

do ano, Dhoom 3 vai

reunir um time de astros:

Aamir Khan, Abhishek

Bachchan e Katrina Kaif.

John Abraham em cartaz de Shootout At Wadala.

Imran Khan e Akshay Kumar nos sets de Once Upon a Time in Mumbai Again.

MUMBAI EM AÇÃO

DANÇANDO NAS TRÊS DIMENSÕES

ABCD: Any Body Can Dance. Dançando em todas as dimensões.

A tecnologia 3D está em franco crescimento na Índia.

2013 já viu os astros Hrithik Roshan, Juhi Chawla e

Katrina Kaif emprestarem suas vozes aos personagens

da animação Main Krishna Hoon (Eu sou Krishna), além

de dançar com os números musicais elaborados de

ABCD: Any Body Can Dance (Todo mundo pode dançar)

– filme que, ao lado de estreantes na indústria, trouxe

o talentoso e experiente Prabhu Deva.

Alguns filmes serão lançados nos dois formatos

(2D e 3D), como o filme de super-herói Krrish 3 (mais

um com Hrithik Roshan, atuando ao lado de Priyanka

Chopra) e Bhaiyyaji Superhitt, outro filme com um time

grande de estrelas, como a já citada Sunny Deol,

Preity Zinta e Ameesha Patel (já vista em Race 2 neste

ano). Há também a animação 3D Chaar Sahibzade que,

segundo um dos produtores, estará “na mesma liga

de um Avatar ou Tintin”.

Um lançamento curioso será o filme Kamasutra

3D, baseado no célebre manual erótico, um projeto

corajoso num país onde ainda é raro ver os atores

sequer se beijarem nas telas.

Outra novidade é o lançamento de uma versão em 3D de

um dos maiores clássicos do cinema indiano: Sholay (1975).

O grande sucesso de Amitabh Bachchan e Dharmendra

deve voltar às telas no

dia da independência da

Índia, 15 de agosto.

A novidade tecnológica

não se restringe

porém à indústria de

Bollywood. Kochadaiyaan

e Vishwaroopam 2 (um

thriller de espionagem)

são exemplos de filmes

em tâmil que também

serão exibidos em 3D. Kamasutra 3D, filme erótico baseado no famoso manual.

Farhan Akhtar vai interpretar o atleta Milkha Singh, “o sikh voador”.

Talvez os mais importantes

prêmios do cinema indiano

sejam os National Film Awards.

A premiação, organizada pelo

governo indiano, tem âmbito

nacional, premiando filmes em

numerosas categorias (além

das usuais, há prêmios mais

incomuns para nós, como o de

“melhor filme sobre preservação ambiental”) e escolhendo

também, além de um melhor filme geral, melhores filmes em

cada uma das línguas nacionais.

Os vencedores da última edição foram anunciados

em março, e o filme que mais se destacou foi Paan

Singh Tomar, que levou os prêmios de melhor filme

(geral) e melhor ator para Irrfan Khan. O filme conta a

história real de Paan Singh Tomar, soldado indiano que

se tornou atleta e que, esquecido subsequentemente

pela nação, tornou-se um líder rebelde e acabou sendo

assassinado por forças do governo em 1981.

Em 2013, novos biópicos sobre esportistas indianos

estão em produção. O primeiro a chegar nas telas contará

a história do atleta Milkha Singh (nascido em 1935),

conhecido como “o sikh voador”. Milkha foi medalhista

de ouro nos Jogos Asiáticos de 1958 e nos Jogos da

Comunidade das Nações (Commonwealth Games) do

mesmo ano. O filme se chamará Bhaag Milkha Bhaag

(Corra, Milkha, corra) e contará com Farhan Akhtar no

papel de Milkha, estrelando também Sonam Kapoor

(filha de Anil Kapoor). Por toda a expectativa ao redor

do filme e considerando a presença de Farhan, ator e

produtor judicioso, é possível dizer que BMB é uma das

grandes promessas para 2013: certamente fará sucesso,

e provavelmente vai levar muitos troféus na temporada de

premiações, no começo de 2014. Ainda sem data de lançamento certa, mas cujas filma-

gens começam em junho, outra promessa de sucesso de

crítica e público é o biópico sobre a boxeadora Mary Kom. Medalhista de ouro em várias competições, além de ter

levado uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de

Londres em 2012, a esportista

será representada nas telas por

Priyanka Chopra. Pelo Twitter,

PC (como os fãs e a mídia a

costumam chamar) já compar-

tilhou com os seus seguidores as dores do treinamento para

entrar em forma para o papel.

HOMENAGEANDO OS HERÓIS NACIONAIS

A boxeadora Mary Kom, que terá biópico em sua homenagem estrelado por Priyanka Chopra.

E OS ZUMBIS SE LEVANTAM NA ÍNDIA...

Kalki Koechlin e Emraan Hashmi em cena

2013 vai marcar o começo de um novo gênero na

Índia: o dos filmes de zumbi. Rise of the Zombie (não

confundir com o americano Rise of the Zombies, de

2012) inaugurou a nova via em abril, mas logo será

acompanhado por Go Goa Gone, mais uma produção

da prolífica Illuminati Films, produtora de Saif Ali

Khan. Curiosamente, este último também será uma

comédia: fica a expectativa sobre o que Bollywood fará

com gênero popularizado pelo cinema americano.

A novidade vem atrás de um gênero primo e que

já gerou muitos filmes na Índia, o do terror. Em 2013

já vieram algumas produções nesta direção, como 3G

(com Neil Nitin Mukesh), Aatma (Alma; com Bipasha

Basu) e Ek Thi Daayan (A feiticeira), e ainda virá Ragini

MMS 2 (estrelando Sunny Leone, a ex-atriz pornô que

em 2012

estreou em

B o l l y w o o d

com o filme

erótico Jism

2), além de

Mumbai 125

KM, que será

em 3D!

Por Tiago Ursulino

6

Page 7: Bollywood brasil ed.2 abril13

Se entre as mulheres Deepika Padukone é quem tem

mais fichas para apostar em 2013, entre os homens

é difícil pensar em quem esteja numa onda melhor

do que Ranveer Singh. Ator ainda novato, começou

a carreira em 2010 com Band Baaja Baaraat (Banda,

música, cortejo), pelo qual levou o troféu de melhor

estreante masculino nos Filmfare Awards. Mas só em

2013 estrelará em três produções, e em todas apa-

recerá ao lado de algumas das atrizes mais populares

do momento em Bollywood.

Além de já ter a chance de colaborar com um dire-

tor do calibre de Sanjay Leela Bhansali no filme Ram

Leela, ao lado de Deepika Padukone, Ranveer tam-

bém contracenará com Priyanka Chopra em Gunday

(Vândalos).

Mas talvez sua grande promessa seja mesmo Loo-

tera (Bandido), filme que contará com a também nova

queridinha da indústria: Sonakshi Sinha. O drama promete

ainda pelo refinamento do seu diretor, Vikramaditya Mot-

wane, cujo filme anterior, Udaan (Voo; 2010), foi grande

s u c e s s o

de crítica.

M o t w a n e

também foi

corroteiris-

ta de Dev.D

(2009).

Ranveer e Deepika em cartaz de novo filme de Sanjay Leela Bhansali.

Sonakshi Sinha e Ranveer Singh reunidos para o lançamento de

Lootera.

… E DE RANVEER SINGH

O ANO DE DEEPIKA PADUKONE...

Desde sua estreia bom-

bástica em 2007 com

Om Shanti Om ao lado

de ninguém menos que

o rei Shah Rukh Khan,

Deepika Padukone nun-

ca deixou a primeira

divisão das estrelas de

Bollywood. Mas não foi senão em 2012 que ela atingiu

sua grande realização como atriz, no filme Cocktail,

terceira vez que contracenou com Saif Ali Khan numa

produção do astro. E, na onda deste sucesso de críti-

ca e público, a atriz resolveu apostar alto para 2013:

ao todo, ela aparecerá cinco vezes nas telas do país

ao longo do ano.

A primeira vez foi em janeiro na sua quarta colabora-

ção com Saif Ali Khan, o já mencionado Race 2, que foi

um sucesso. Mas todos os seus outros filmes para 2013

já são também sucessos certos e estão entre os mais

esperados. A próxima aparição será ao lado de Ranbir

Kapoor numa produção de Karan Johar, Yeh Jawaani Hai

Deewani (Esta juventude é louca). Os dois atores, que

já namoraram na vida real (Deepika tem uma tatuagem

com as iniciais RK na nuca), trabalharam juntos antes

em Bachna Ae Haseeno (Salvem-se, garotas; 2008).

Deepika também voltará a trabalhar com Shah Rukh

Khan, depois de 6 anos, no longa Chennai Express. E

também vai estrelar o novo filme do prestigiado diretor

Sanjay Leela Bhansali (Hum Dil De Chuke Sanam, De-

vdas, Black e Saawariya, que inclusive está disponível

em DVD no Brasil), que se chamará Ram Leela (A histó-

ria de Ram), onde atuará ao lado de Ranveer Singh.

É difícil dizer ao lado de que galã a atriz fará mais

sucesso, mas ainda tem mais: fora de Bollywood, a

atriz aparecerá (virtualmente!) na superprodução tâ-

mil Kochadaiyaan,

animação que con-

tará com um dos

maiores fenôme-

nos dessa outra in-

dústria de cinema

da índia, o ator Ra-

jinikanth. O filme

será feito com cap-

tação de movimen-

to e sairá em 3D.

2012 terminou confirmando ainda mais essa

impressão: Vidya Balan é provavelmente a me-

lhor atriz em Mumbai. Após ter sido eleita como

tal em 2011 tanto nos Filmfare Awards quanto

nos National Film Awards por The Dirty Picture,

a atriz surpreendeu novamente com seu papel

em Kahaani, um dos filmes mais elogiados de

2012 e que a garantiu mais um Filmfare.

Em 2013 a atriz será vista duas vezes nas telonas,

primeiro em Ghanchakkar e depois em Shaadi Ke Side

Effects (Efeitos colaterais do casamento). Neste,

atuará ao lado de Farhan Akhtar; ou seja, só pode

dar boa coisa.

Vidya Balan em cena de Ghanchakkar.

VIDYA BALAN, A MELHOR ATRIZ DE BOLLYWOOD?

Ator sério e vetera-

no, que já apareceu

várias vezes tam-

bém em produções

americanas (como

em Viajem a Darje-

eling, Quem Quer

Ser um Milionário?,

O Espetacular Ho-

mem-Aranha e o recentemente premiado As Aventuras de

Pi), Irrfan Khan é um profissional em quem se pode con-

fiar. Partilhou nos National Film Awards anunciados em

março o prêmio de melhor ator com Vikram Gokhale (do

cinema marati), por sua atuação em Paan Singh Tomar.

Será visto em 2013 em cinco produções. Uma já

estreou: Saheb Biwi Aur Gangster Returns (O mestre, a

esposa e o gângster - retorno). O filme foi bem rece-

bido pela crítica e teve bom desempenho nas bilhe-

terias. Aparecerá ainda no thriller D-Day (ao lado de

Rishi Kapoor e Arjun Rampal) e nos dramas Lunch-

box e Tukkaa Fitt, além de uma aparição especial em

Pranam Walekum, que contará com a atriz brasileira

Giselli Monteiro, que já fez dois filmes em Bollywood:

Love Aaj Kal (Amor hoje em dia) e Always Khabi Khabi

(Sempre, às vezes). São várias chances para o ator

IRRFAN KHAN, O MELHOR ATOR?

Aamir Khan filmando para P.K., filme que deve sair

só em 2014.

E o que os três grandes Khan farão em Bollywood em 2013?

Shah Rukh, Salman e Aamir são ainda os indiscutíveis

grandes nomes da indústria atual entre os homens. Em

2012 seus filmes fizeram sucesso, como de costume, ape-

sar de não terem sido os mais falados.

Neste ano, Shah Rukh Khan vai estrelar apenas um

filme, o já citado Chennai Express, repetindo o casal de Om

Shanti Om com Deepika Padukone.

Aamir, como tem sido costume, também só aparecerá

uma vez este ano, em Dhoom 3, mas já está trabalhando

em outro projeto, o filme P.K., uma sátira política que con-

tará também com Anushka Sharma e deve sair em 2014.

Já Salman Khan, talvez o mais popular entre os três no

momento – principalmente por ter encarnado o simpático

policial Chulbul Pandey em Dabangg 1 e 2 (Destemido) e

pelo sucesso de Ek Tha Tiger (Havia um tigre) em 2012 –,

será visto várias vezes: vai estrelar Sher Khan (Leão Khan;

ação), Partner 2 (comédia, com Govinda, Lara Dutta e San-

jay Dutt) e Mental (outro de ação, ao lado da atriz Tabu).

Também fará uma aparição especial em Ishkq In Paris.

OS TRÊS KHAN

Shah Rukh Khan em cartaz de Chennai Express, em que voltará a atuar com Deepika Padukone 6 anos após Om Shanti Om.

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Page 8: Bollywood brasil ed.2 abril13

Cartaz do multidirigido Bombay Talkies, filme em hom-enagem aos 100 anos do cinema indiano.

BOMBAY TALKIES2013 marca o centenário do cinema indiano, e é claro que

não vão faltar homenagens à data ao longo do ano. Uma de-

las virá na forma do filme Bombay Talkies. O título é uma re-

ferência a um importante estúdio de cinema de Mumbai fun-

dando em 1934 e fechado 20 anos depois, responsável pela

produção de grandes filmes na chamada “idade de ouro” do

cinema indiano.

O filme será dividido em quatro partes, cada uma con-

tando uma história e dirigida por um diretor diferente, mas

todos renomados: Anurag Kashyap (de Dev.D e Gangs of Wa-

sseypur, por exemplo), Karan Johar (que dirigiu desde clás-

sicos como Kuch Kuch Hota Hai aos mais recentes sucessos

My Name Is Khan e Student of the Year), Zoya Akhtar (irmã de

Farhan e diretora dos aclamados Luck By Chance e Zindagi Na Milegi Dobara) e Di-

bakar Banerjee (diretor de filmes como Khosla Ka Ghosla e Oye Lucky! Lucky Oye!).

Para o jornal The Times of India, Zoya explicou: “[O filme] É sobre o poder e a

influência dos astros de cinema. Quando as pessoas às vezes se sentem perdi-

das, eles afetam suas vidas e as ajudam a seguir adiante. As pessoas os veem

como modelos.”

O trailer para este filme – assim como os de vários outros – já está disponível

no YouTube.

Clique no título para assistir. Os filmes com * já estrearam.

*Race 2 Mumbai 125 KM

*Special 26 Shootout at Wadala

*Rise of the Zombie Go Goa Gone

*Aatma Lootera

*3G Bhaag Milkha Bhaag

*ABCD: Any Body Can Dance Kamasutra 3D

*Ek Thi Daayan Yeh Jawaani Hai Deewani

*Main Krishna Hoon Bombay Talkies

*Saheb Biwi Aur Gangster Returns Ghanchakkar

FILMES CITADOS COM TRAILERS DISPONÍVEIS

acesse: www.dasindias.com.br

No Brasil, maio é o mês das noivas, então casamento se torna um tópicocorrente. Aproveitando-se disso, a Bollywood Brasil resolveu falar sobre esse momen-to tão esperado na vida de cada casal: como ele é preparado e vivenciado na Índia? Nossa redatora Juily Manghirmalani conta o que viu nas suas viagens pessoais pelo país.

O Casamento Indianopor Juily Manghirmalani

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Page 9: Bollywood brasil ed.2 abril13

Minhas experiências com casamentos indianos são principalmente ligadas à religião hindu, dentro da cultura Sindh, da qual minha família é originária. Sindh

é uma das quatro províncias do Paquistão, em que, no passado, a maior parte de sua população teve que escolher entre ficar na Índia ou no Paquistão, dependendo

da religião que seguiam - hindu ou muçulmana. Como minha família é hindu, mudaram-se para Mumbai, Índia.

Tive o privilégio e prazer de acompanhar três casamentos indianos de perto, um nos Estados Unidos em 2010, outros dois na Índia em 2011 e 2012 [F.1].

As experiências foram muito prazerosas e cheias de aprendizados. Os dois últimos foram um pouco mais tradicionais, um deles teve até rituais antigos de car-

regar a noiva no palanquim [F.2], entre outras coisas.

O número de festas difere por religião e também pelo quanto as famílias estão dispostas a investir

nisso. Muitas vezes, apenas a família da noiva paga pela maior parte das festas. Presenciei cerca de 5 a 7

festas por casamento.

Inicialmente, antes de todos os preparativos para as festas, os noivos fazem o seu mapa astral e identificam

se terão uma vida próspera juntos. Isso é algo comum em todos os casamentos hindus, porém naqueles

da cultura sindh existe outro papel fundamental - o da escolha do novo nome da noiva. Muitas vezes, em

famílias tradicionais, a noiva perde tanto o sobrenome quanto o nome, e passa ser filha “integral” da família

do homem com quem está casando.

Existem diferentes festas para a família da noiva e do noivo, e são quase todas feitas nas próprias

casas dessas pessoas. Um tipo de sacerdote - que pode ser homem ou mulher - vai até as casas das famí-

lias dos noivos e celebra um primeiro ritual (puja), de “perda da vida solteira” – o que significa deixar os

pais, criar novas responsabilidades e entrar para uma vida conjugal com esta outra pessoa. Nesta festa e

dia, o casal não se encontra e tanto os pais como os filhos fazem jejum.

O nome desta primeira festa depende de que lado da família você está. Se você estiver na família

da noiva, há uma celebração muito animada e esperada por todas as mulheres, na qual aplica-se henna nas

mãos, em formatos como o de flores, pavões etc. . O desenho de henna é um signo conhecido na Índia pra

identificar mulheres recém-casadas: aplica-se o corante das mãos até o cotovelo e nos pés até a metade

das pernas. Normalmente essa celebração dura uma tarde toda. Homens não participam, porém, muitas vezes, ficam por perto para ajudá-las a se locomover e alimentar as

mulheres que ainda estão com a henna fresca.

Outro ritual, um pouco mais parecido com o ocidental, é onde as famílias vão a um templo e fazem uma prece aos deuses pela benção do casal. Normalmente acontece

bem cedo e há oferendas de todos as pessoas presentes.

Há também uma celebração conhecida como “noivado”, que acontece dentro desse número de festas e não meses antes como no ocidente. As famílias trocam presentes

e dançam a noite toda. Antigamente, essa festa servia para o pagamento do dote, mas atualmente, cada vez mais, serve apenas para as famílias se encontrarem e demonstrarem

números de danças baseados nos filmes de Bollywood, preparados pelos familiares (principalmente primos e irmãos) aos noivos [F.5].

As duas maiores festas - em questão de número de convidados, tamanho e beleza de trajes - são o “casamento” e a “recepção”, as quais também possuem semelhanças

com as festas ocidentais.

No “casamento” tradicional, o noivo chega em uma espécie de carruagem com uma banda tocando música alta na frente, a família dançando e muita festa [F.4]. Segundo

Meeta Ravindra (especialista em casamentos indianos no Brasil), esse evento pode ser explicado como: “Os noivos consagram a união conjugal na presença do fogo sagrado

e pelos mantras, escritos em sânscrito, pronunciados

pelo sacerdote ou sacerdotisa. A cerimônia é constituída

de 16 passos e conta com a participação dos noivos e

dos pais e irmãos de ambos”. Tradicionalmente, é neste

momento em que a noiva “troca” de família: ela é levada

pelos seus antigos irmãos e primos, dentro de um pa-

lanquim, até sua nova família [F.3].

A “recepção” é a maior festa, normalmente celebrada à noite, e é quando as famílias e amigos se unem e

comemoram a união do casal. Há muita comida, bebida, belos trajes, fotos e danças.

Explicar cada passo e festa em detalhe não caberia nesta matéria. Com certeza há material para um livro. Alguns

filmes já foram feitos mostrando um pouco desse universo. O mais conhecido no Brasil é o Monsoon Wedding ou

Um Casamento à Indiana (2001).

Casamentos indianos são cheios de cores, sabores e cheiros. A preparação da semana de festas chega a durar cerca

de um ano, em que muitos outros rituais podem acontecer. E todos que presenciei foram experiências únicas.

F. 1

F. 2

F. 3

F. 4

F. 5

9

Page 10: Bollywood brasil ed.2 abril13

Na edição anterior, nós mostramos um pouco de algumas das muitas musas do cinema indiano. Agora nada mais justo que falarmos um pouco dos deuses de Bollywood. Na História da humanidade, a ideia que temos de Deus ou deuses abrange várias concep-

ções em todas as sociedades, desde as primitivas até as modernas civilizações. Deus muitas vezes é expresso como o Criador e Senhor do universo. As mais comuns entre suas atribuições incluem onisciência, onipotência, onipresença, eternidade e de existência

necessária. Aqui todas estas formas se encaixam exatamente com o que as fãs pensam e sentem pelos seus atores preferidos, mas os termos mais comumente usados pelas fãs são charmosos, lindos, talentosos, “sexy”, elegantes. Ou uma palavra que abrange

tudo, “divo”, palavra esta que segundo o dicionário Michaelis significa “divino, homem divinizado; deidade masculina”. Portanto, nada melhor do que conhecer alguns destes divos de Bollywood.

por Rosely ToledoOs Deuses de Bollywood

Page 11: Bollywood brasil ed.2 abril13

Amitabh Bachchan Amitabh Bachchan Harivansh, também conhecido como o Big Boss (Grande Chefe) ou o Rei de Bollywood, nasceu em 1942, filho do

Dr. Harivansh Rai Bachchan, um famoso poeta híndi. Ganhou popularidade na década de 1970 e já apareceu em mais de 180 filmes indianos.

Alguns de seus filmes são Deewar (1975), Sholay (1975), Kaala Patthar (1979), Bunty Aur Babli (2005), Kabhi Alvida Naa Kehna (2006)

entre muitos outros. Bachchan é unanimemente um dos os atores mais influentes e conhecidos na história do cinema indiano. Ele já ganhou

inúmeros prêmios importantes em sua carreira nos National Film Awards, Filmfare Awards, sendo o artista mais indicado em qualquer cat-

egoria principal. O Governo da Índia honrou-o com o Padma Shri em 1984 e o Padma Bhushan em 2001 (distinções civis indianas) por suas

contribuições para as artes.

Além de atuar, Bachchan trabalhou como cantor de playback, produtor de cinema e apresentador de televisão. Ele também teve uma

breve passagem na política na década de 1980.

1965 é conhecido na Índia como o ano dos Khan, pois, numa incrível coincidência, três dos maiores atores indianos nasceram nesse ano. São eles: Salman Khan, Shah Rukh Khan e Aamir Khan.

Aamir Khan

Aamir Hussain Khan iniciou sua carreira aos 8 anos como ator infantil, atuando ao lado de seu tio Nasir Hussain no filme Yaadon Ki Baaraa (1973), porém sua carreira profissional só veio aos 11

anos com Holi (1984).

Seu primeiro sucesso comercial foi o filme Qayamat Se Qayamat Tak (1988). Ganhou várias premiações nos National Film Awards e Filmfare Awards por suas atuações. O Governo da Índia o honrou

com o Padma Shri em 2003 e a Padma Bhushan em 2010 por suas contribuições para as artes.

Aamir não costuma fazer muitos filmes por ano (como é comum para os atores indianos), e não frequenta festivais. No entanto, tem talento para escolher filmes que acabam se tornando não só

sucessos, mas verdadeiros marcos na história do país. Filmes como Lagaan (2001), que foi nomeado ao Oscar, Mangal Pandey: The Rising (2005), Rang De Basanti (2006), Taare Zameen Par (2007), Ghajini

(2008), 3 Idiots (2009) são exemplos de grandes sucessos estrelados por Aamir.

Sendo também diretor e produtor, Aamir se estabeleceu como um dos principais nomes do cinema híndi e revolucionou a forma de se fazer cinema no país, abordando temas sociais e problemas

do povo indiano, muitas vezes considerados como tabu. O público brasileiro teve a chance de ver Aamir nas telonas, no filme Fanaa (2006), onde ele foi o Rehan, um terrorista dividido entre seu amor e

a lealdade pela causa da independência da Caxemira. Veja aqui o pequeno vídeo em que Aamir fala ao Brasil.

No campo social Aamir foi nomeado como embaixador da UNICEF para combate da desnutrição infantil, fazendo parte de uma campanha do governo visando aumentar a conscientização sobre

a desnutrição em 2011.

Salman Khan

Abdul Rashid Salim Salman Khan atuou em mais de 80 filmes híndi. Salman

é filho do roteirista Salim Khan e de sua primeira esposa Salma (Sushila

Charak).Sua estreia se deu com Biwi Ho To Aisi (1988), mas o sucesso co-

mercial só veio com o blockbuster Maine Pyar Kiya (1989), onde ganhou um

prêmio Filmfare de melhor ator estreante masculino.

Seu maior feito recente foi emplacar consecutivamente 5 grandes

sucessos: Dabangg (2010), Ready (2011), Bodyguard (2011), Ek Tha Tiger

(2012) e Dabangg 2 (2012).

Salman Khan atualmente é considerado o mais importante e influente

ator do cinema indiano. Aamir Khan chegou a dizer sobre o colega certa vez:

“Salman é a única estrela. Todos os outros são operários.”

Além do cinema, Salman também atua no campo social com sua

Fundação Being Human nas áreas de educação e saúde.

Shah Rukh Khan

Shahrukh Khan, muitas vezes creditado como Shah Rukh Khan e infor-

malmente conhecido como SRK, já fez mais de 75 filmes em híndi em gêneros

que vão desde dramas românticos a ação, e sua atuação rendeu tantos troféus

que ele se tornou o ator de Bollywood mais premiado de todos os tempos

(juntamente com Dilip Kumar). Em 2005, o Governo da Índia o honrou com o

Padma Shri por suas contribuições para o cinema indiano.

Começou sua carreira aparecendo em teatro e diversas séries de tele-

visão no final de 1980. Mais tarde fez sua estreia no cinema com Deewan

(1992).

Participou de vários filmes que já se tornaram clássicos na Índia, como

Dilwale Dulhaniya Le Jayenge (1995), Dil Para Pagal Hai (1997) e Kuch Kuch Hota

Hai (1998), e também dos mais recentes Chak De! India (2007) e My Name Is

Khan (2010).

Khan é o cofundador da Red Chillies Entertainment, importante produ-

tora, e também é coproprietário da equipe de críquete Kolkata Knight Riders,

que atua na primeira liga indiana.

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Page 12: Bollywood brasil ed.2 abril13

Hrithik Roshan

Hrithik Roshan nasceu em 1974, filho do diretor de cinema Rakesh Roshan.

Além de atuar, Roshan também é um exímio dançarino e apresentador de televisão,

além de ser considerado um dos homens mais bonitos da Índia.

Foi ator infantil em vários filmes ao longo dos anos 1980, mas sua estreia em

um papel principal veio no filme Kaho Naa... Pyaar Hai (2000). Participou de muitos

outros filmes como Kabhi Khushi Kabhie Gham (2001), Koi... Mil Gaya (2003), Krrish

(2006), Dhoom 2 (2006), Jodhaa Akbar (2008), Guzaarish (2010), Zindagi Na Milegi

Dobara (2011) e Agneepath (2012), seu maior sucesso comercial até o momento.

Roshan recebeu varias premiações como o Filmfare e um prêmio internacional como

melhor ator no Golden Minbar International Film Festival, na Rússia.

Akshay Kumar

Akshay Kumar, além de ator, é também produtor e artista marcial, realizando

acrobacias perigosas em seus filmes – o que lhe rendeu a reputação de ser o “Jackie

Chan indiano”. Sua estreia na televisão como o apresentador do programa Fear Fac-

tor - Khatron Ke Khiladi , foi em 2008.Como quase todo grande ator de Bollywood,

ele fundou uma empresa de produção, a Hari Om Entertainment.

Já apareceu em mais de 125 filmes. Sua carreira começou na década de

1990, fazendo filmes de ação, e passou a ser reconhecido por suas aparições na

série Khiladi, que incluiu Khiladi (1992), Khiladi Tu Anari (1994), Khiladiyon Ka Khiladi

(1996), Sr. e Sra Khiladi (1997), entre outros. Sua popularidade veio também através

de filmes como Yeh Dillagi (1994), Dhadkan (2000) e Namastey Londres (2007).Seus

filmes mais recentes foi Special 26, já em 2013.

Já foi indicado para os Filmfare Awards várias vezes, vencendo em duas oca-

siões. Outras premiações e reconhecimentos vieram, por exemplo, da Universidade

de Windsor, que lhe conferiu um doutorado honorário por sua contribuição ao cin-

ema indiano, e pelo governo nacional, com o Padma Shri em 2009.

Saif Ali Khan

Saif Ali Khan, nascido como Sajid Ali Khan em 1970, é filho do jogador de

críquete Mansoor Ali Khan e da atriz Sharmila Tagore, sobrinha-neta do poeta Rabi-

ndranath Tagore.

Apesar de ter estreado em 1992 com Parampara, só conheceu o sucesso de-

pois, com os filmes Main Khiladi Tu Anari (1994) e Yeh Dillagi (1994). Além disso, es-

trelou outros filmes como Dil Chahta Hai (2001), que marcou sua virada profissional,

Kal Ho Naa Ho (2003), Hum Tum (2004), Salaam Namaste (2005) e Race (2008) e

atuou em projetos aclamados pela crítica como Parineeta (2005) e Omkara (2006).

Também levou prêmios nos Filmfare Awards, National Film Awards e tem um

Padma Shri, que lhe concedido em 2010.

Recentemente tem produzido filmes com sua empresa, Illuminati Films,

sempre estrelando-os também: são eles Love Aaj Kal (2009), Agent Vinod e Cocktail

(2012) e o esperado Go Goa Gone (2013), uma “comédia zumbi”.

Ainda nesta edição, você pode conferir os principais projetos em que os

“divos” (e as musas, claro) de Bollywood estão envolvidos em 2013.

Abhishek Bachchan

Abhishek Bachchan é filho dos atores

Amitabh Bachchan e Jaya Bachchan e é casado

com a atriz e ex-Miss Mundo Aishwarya Rai.

Bachchan estreou no cinema com o

filme Refugee (2000), mas seu sucesso co-

mercial veio com Dhoom (2004). Atuou em

filmes como Bunty Aur Babli (2005), Kabhi Al-

vida Naa Kehna (2006), Guru (2007) e Bol Bach-

chan (2012), seu trabalho mais recente. Seus

projetos para 2013 são Dhoom 3: Back in Ac-

tion, sendo rodado, e Happy New Year, em pré-

produção.

Ajay Devgn

Ajay Devgn nasceu como Vishal Devgan em 1969 em uma família já envolvida na indústria do cinema

híndi em Mumbai. Seu pai, Veeru Devgan, é um coreógrafo de dublês bem conhecido e sua mãe, Veena Devgan,

uma produtora de cinema. Ajay, além de ator, é também diretor e produtor. Ele é casado com a atriz Kajol desde

1999.

Estreou ainda como criança com Pyari Behna (1985). Seis anos mais tarde, em Phool Aur Kaante (1991),

ele fez sua estreia pra valer no cinema. No decorrer de sua carreira, teve filmes de sucesso comercial, inclu-

indo Raincoat (2004), Yuva (2004), Omkara (2006) e Golmaal: Unlimited Fun (2006), e os mais recentes Singham

(2011), Bol Bachchan (2012) e Son of Sardaar (2012). Em decorrência de seu sucesso, estabeleceu-se como um

dos principais atores de Bollywood. Devgn já recebeu vários prêmios nos Filmfare Awards e nos National Film

Awards.Estreou como diretor de cinema com o filme U Me Aur Hum (2008), que conseguiu um sucesso mod-

erado nas bilheterias, fixando sua empresa de produção, Ajay Devgn Films, no mercado cinematográfico.

Acesse: www.portalunique.com

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Page 13: Bollywood brasil ed.2 abril13

Notícias do mêspor André Ricardo

Depois de Salman Khan com o Ek Tha Tiger, outros filmes, estrelando

Shah Rukh Khan e Aamir Khan, serão lançados no Japão em 2013.

Uma empresa de distribuição japonesa fez parceria com a Yash Raj

Films para exibir no Japão sucessos de Bollywood, incluindo 3 Idiotas

e Jab Tak Hai Jaan. O público japonês já começou a entrar no embalo,

com um flashmob Bollywood numa das praças mais movimentadas de

Tóquio no mês passado. A estreia oficial de Bollywood no Japão foi em

20 de abril.

O famoso museu de cera de Madame Tussauds celebrou Bollywood, ini-

ciando na Times Square, Nova York, uma série de exibições itinerantes

com os maiores astros do cinema indiano. Aishwarya Rai, Kareena Ka-

poor, Amitabh Bachchan, Shah Rukh Khan e Hrithik Roshan estavam lá

representados pelos seus modelos de cera. A exposição foi inaugurada

com 10 dançarinas ao melhor estilo Bollywood. Após Nova York, ela se-

guirá para Hollywood e depois Ásia, onde circulará por diversos países.

O ator de Bollywood Aamir Khan (o Rehan do filme Fanaa), mais uma

vez se engaja em ações sociais. Aamir, que também é o embaixador da

UNICEF contra desnutrição infantil, lançou a campanha com anúncios

e pequenos filmes para conscientizar as pessoas sobre a ameaça de

desnutrição em crianças, que na Índia ainda apresenta números alar-

mantes.

Madame Tussauds celebra Bollywood

Bollywood desembarca no Japão

Aamir Khan em campanha da UNICEF contra desnutrição infantil

O cantor sul coreano de rap Psy, famoso pelo seu “Gangnam style” e que

esteve no Brasil no carnaval deste ano, vai estrelar um remake de um filme

de Bollywood, ABCD: Any Body Can Dance (Todo mundo pode dançar), que

foi o primeiro filme musical em 3D na Índia. ABCD estrou em fevereiro e

lucrou o equivalente a quase 13 milhões de reais na Índia. Clique aqui para

ver o trailer do filme que agradou produtores da Coreia do Sul.

Psy vai estrelar remake de filme 3D de Bollywood

A estrela de Bollywood Priyanka Chopra lançou sua música de estreia,

In My City (Em minha cidade). A música conta com a participação de

will.i.am, componente do grupo The Black Eyed Peas, que já esteve no

Brasil várias vezes. A cantora já ganhou disco de platina tripla com esta

música na Índia. O vídeo, que também conta com a participação de

will.i.am, já está disponível online e pode ser visto clicando aqui.

Atriz de Bollywood Priyanka Chopra ganha tripla platina em parceria com will.i.am

Numa pesquisa do maior portal de filmes indianos do Reino Unido,

Kajol e Shah Rukh Khan foram eleitos o casal mais romântico de todos

os tempos do cinema indiano. Eles fizeram o par romântico nos filmes

Dilwale Dulhania Le Jayenge e Kuch Kuch Hota Hai, por exemplo. A

maioria dos comentários do público dizia que o casal tem uma química

“especial e eletrificante”. O talento e a beleza da atriz Kajol puderam

ser apreciados pelo público brasileiro no filme Fanaa, exibido em 2012.

Kajol e Shah Rukh Khan eleitos o casal mais romântico de Bollywood

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Page 14: Bollywood brasil ed.2 abril13

Bollywood made in Portugal!

Em novembro de 2012, uma grande delegação do governo português

foi à Índia para promover Portugal como destino de produções de Bol-

lywood. E os frutos já começaram a ser colhidos. Em março produtores

e agentes de Bollywood estiveram em terra lusitanas, para estudar po-

tenciais locais de filmagem. Além disso já há um projeto indiano, uma

minissérie, confirmada para ser filmada no país. O objetivo de Portugal

é replicar a história recente de sucesso da Espanha ou Suíça, onde o

número de turistas aumentou exponencialmente após filmes de Bolly-

wood serem filmados nesses países. Nossos irmãos patrícios não estão

dormindo no ponto...

Você já deve ter visto adultos e até crianças dançando Bollywood, mas

que tal bebês? Veja esse anúncio do chocolate KitKat, em que bebês

indianos começam a dançar em estilo Bollywood, quando o médico

começa a comer o chocolate. O vídeo, claro, se transformou numa sen-

sação na internet. Clique aqui para ver o vídeo e se apaixonar!

Bebês Bollywood

Estrelas de Bollywood estão sendo cotadas para atuarem como pro-

tagonistas no filme que Spielberg pretende produzir na Índia: Aamir

Khan, Shah Rukh Khan e Hrithik Roshan. Denzel Washington e Bradley

Cooper também estão cotados para serem as estrelas internacionais

do filme, enquanto Richard Gere, um apaixonado pela cultura indiana,

também poderia ter uma participação na produção.

Steven Spielberg anuncia a produção de filme com estre-las de Bollywood e Hollywood

CRÍTICA:TALAASHPor Feliz Luz

Antes de começar, um aviso: você ainda não assistiu

a um filme de suspense como Talaash no cinema

indiano. Nunca!

Talaash começa sem nenhuma pretensão

aparente. Tocando uma música ao estilo de blues,

incomum nos filmes indianos, a letra informa: “As

ruas abrem os braços para quem passa. Este é o

caminho para almas perdidas. Aqui, os sorrisos são

falsos.” Realmente, a letra tem razão quando informa

que “aqui, os sorrisos são falsos” e o motivo será

revelado no final do filme.

Na madrugada de Mumbai, num trecho quase

deserto da orla da praia, aparece um carro correndo

e sem nenhum motivo aparente é desviado pelo con-

dutor e vai parar no meio do mar. A cena impressiona

por sua veracidade.

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Page 15: Bollywood brasil ed.2 abril13

O dia amanhece, e o inspetor de polícia Sur-

jan Singh (Aamir Khan) chega no local. O carro é re-

tirado do mar e infelizmente o famoso ator de Bolly-

wood chamado Armaan Kapoor é encontrado morto.

Encarregado de descobrir o mistério do aci-

dente, o inspetor Surjan não consegue, no entanto,

desvendar o futuro incerto que assombra o relaciona-

mento dele com sua esposa Roshni Shekhawat (Rani

Mukerji). Eles vivem uma vida lenta e dolorosa, cujo

casamento nunca mais foi o mesmo após a morte

trágica do seu pequeno filho Karan. Surjan se culpa

o tempo todo pela morte do filho e isso o faz ficar

acordado e perdido durante as noites, deixando a

mulher sozinha na cama, enquanto ele fica no sofá,

lembrando os momentos felizes com o filho.

Dias depois, Surjan e Roshni estão saindo de

uma apresentação de dança no bairro onde moram,

e uma vizinha, chamada Frenny (Shernaz Patel) in-

forma a Surjan que tem uma mensagem para ele,

uma mensagem de Karan! Ele fica furioso. Mas ela

insiste e transmite algumas mensagens do filho. Ro-

shni que ouve tudo fica intrigada. Essa cena é muito

comovente.Mais tarde, numa das suas andanças no-

turnas, aparece de repente à sua frente a estonteante

prostituta Rosie (Kareena Kapoor), e, percebendo que

ele estava chorando, tenta oferecer seus serviços. Ele

prontamente responde que não está interessado. Ela

insiste com todo o seu jeito encantador de ser, dando

a entender que sabe algo sobre o caso do ator morto.

O que parece um acidente de carro se trans-

forma em um mistério que assombra as investigações.

Será que aquela prostituta sabe de algo? O mistério

está só começando...

Enquanto isso, a pobre Roshni, desampara-

da pelo marido e consumida pela dor, secretamente

começa a se encontrar com Frenny, que na verdade é

uma médium que escreve mensagens deixadas pelos

espíritos. Roshni consegue falar com o filho, e isso traz

um grande alento ao seu coração. A mediunidade é

um tema pouco abordado no cinema indiano, e nesse

filme ele é tratado com muita propriedade.

Enquanto isso, Surjan, obstinado a encontrar

a verdade sobre a morte do ator, fica cada vez mais

próximo da prostituta Rosie, que parece seber mais do

que deveria sobre o caso. A pergunta que paira no ar é

se ele quer investigá-la ou se ele quer ser investigado

pelas mãos da linda mulher, já que começa a surgir

uma forte atração entre os dois, fazendo com que Ro-

shni fique desconfiada da fidelidade do marido.

O filme tem a propriedade de nos deixar in-

trigados com tudo o que está acontecendo e ansiosos

para que o mistério seja logo desvendado. Esse é o

ponto forte do filme. Mas o diretor Reema Kagti con-

segue nos convencer a esperar mais um pouco, pois

ainda tem muita coisa para mostrar.

O design de produção e os detalhes ligados ao

filme não poderiam ser mais autêntico e agregam valor

incrível ao projeto. Os quadros capturam o nervosismo

e inquietação dos personagens. As músicas (somente

duas em todo o filme) não são comuns em Bollywood,

mas isso não as torna menos interessantes; pelo con-

trário, mostra-nos que o cinema indiano pode inovar

quando é necessário. Na verdade, as músicas estão

bem integradas na narrativa, conduzindo a história.

Sobre a atuação dos atores, há uma grande sin-

ceridade e autenticidade na maneira com que Aamir

Khan encena o seu personagem. O ator se entrega de

forma que conseguimos ver na tela um homem so-

frido, consumido pela dor e pela tristeza e que parece

continuar vivendo apenas pelo seu trabalho.

Ambas as atrizes Rani e Kareena aparecem nas ce-

nas como um raio de sol para iluminar o dia. Rani

ficou excelente como uma mulher perturbada, uma

esposa abandonada pelo marido e uma mãe desolada

pela perda repentina do filho. Em certos momentos a

tristeza estava estampada em seus olhos; em outros,

a esperança pedia licença e se instalava. A belíssima

Kareena Kapoor ficou ótima como uma prostituta.

Aliás, não é primeira vez que faz esse papel: já o tinha

encarnado no maravilhoso filme Chameli.

Juntas, as duas atrizes tiveram um desem-

penho tão admirável que definitivamente merece-

riam ganhar muitos prêmios por suas atuações. As

sequências entre Aamir e Kareena, em particular, são

simplesmente fantásticas, principalmente na cena em

que estão num motel – de uma sensibilidade tão pro-

funda que chega a escorrer água dos olhos.

Shernaz Patel deixou um impacto impression-

ante e a sua personagem traz alívio ao nosso aflito

coração.

Talaash tem um dos finais mais impression-

antes do cinema indiano. É um thriller psicológico que

nos deixa encantados e surpreendidos com o final. É

um excelente filme realmente! Você não pode se dar

ao luxo de perder um filme como este e ver que Bol-

lywood vai muito além de romance e música...

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1º de maio

Shootout at Wadala

Direção: Sanjay Gupta

Direção musical: Anu Malik

Elenco: John Abraham, Anil Kapoor, Ronit Roy, Kang-

na Ranaut, com Priyanka Chopra e Sunny Leone em

números musicais

Gênero: Crime, ação

Sequência de Shootout at Lokhandwala (2007), o filme

é uma dramatização da emboscada armada pela polí-

cia de Mumbai para capturar o gângster Manya Surve,

que se deu em 1982 e resultou na morte deste.

3 de maio

Bombay Talkies

Direção: Anurag Kashyap, Karan Johar, Zoya Akhtar, Dibakar Banerjee

Direção musical: Amit Trivedi

Elenco: Amitbah Bachchan, Rani Mukerji, Katrina Kaif, Ranbir Kapoor e outros

Gênero: Drama

Reunião de quatro curtas dirigidos cada um por diretores renomados, Bombay Talkies é uma

homenagem aos 100 anos do cinema indiano e explorará o efeito deste cinema sobre o homem

comum.

AGENDA DE ESTREIASpor Tiago Ursulino

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17 de maio

Aurangzeb

Direção: Atul Sabharwal

Direção musical: Amartya Rahut

Elenco: Arjun Kapoor, Prithviraj, Jackie Shroff, Rishi Kapoor e outros

Gênero: Crime, ação

Yashvardhan (Jackie Shroff) é um corretor de imóveis corrupto. A polícia consegue

capturar seu capanga, Ajay (Arjun Kapoor) e, no lugar dele, envia seu sósia, Vishal,

para investigar os negócios do mafioso.

10 de maio

Gippi

Direção: Sonam Nair

Direção musical: Vishal Dadlani, Shekhar Ravjiani

Elenco: Riya Vij

Gênero: Infanto-juvenil

O filme acompanha os esforços de Gippi (Riya Vij) para enfrentar os desafios comuns

da adolescência.

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