caderno rural 28.08.2012

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Jornal da Manhã Ijuí, 28 de agosto de 2012 Imasa: 90 anos de história Conheça medidas de preservação do solo Raiva Herbívora deixa produtores rurais em alerta Pag 4 Pag 6 Ceriluz faz trabalho de fiscalização das ligações dos associados e medidores Pag 3 Pag 7 Como produzir hortaliças orgânicas de qualidade Pag 7 Pag 8

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Edição do caderno JM Rural

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Page 1: Caderno Rural 28.08.2012

Jornal da Manhã Ijuí, 28 de agosto de 2012

Imasa: 90 anos de história

Conheça medidas de preservação

do solo

Raiva Herbívora deixa produtores rurais em alerta

Pag 4 Pag 6

Ceriluz faz trabalho de

fiscalização das ligações dos associados e medidores

Pag 3

Pag 7

Como produzir hortaliças

orgânicas de qualidade

Pag 7

Pag 8

Page 2: Caderno Rural 28.08.2012

Será que o Brasil vai entrar nos trilhos?Fazer acontecer ou deixar acontecer?

Foi muito comemorado o anúncio do governo federal em que coloca a logística em uma agenda estratégica. Felizmente, o governo se deu conta de que quando não se é capaz de fazer é preciso buscar alguém que faça. Para nós do setor produtivo, que penamos e pagamos o frete mais caro do mundo, já que infelizmente a nossa exportação ainda é prio-ritariamente de commodities, o Programa de Investimentos em Logística para Rodovias e Ferrovias traz a esperança de termos um modal de trans-porte mais competitivo. Pelo programa, nos próximos 25 anos serão aplicados R$ 133 bilhões em logística.

Antes tarde do que nunca. O governo entendeu que o Brasil precisa de investimentos em infraestrutura em uma veloci-dade, e no montante, que di-ficilmente o governo brasileiro conseguiria fazer já que, não por culpa deste governo, mas de todos os outros, muito pou-co se investiu e, pior, o que foi investido em infraestrutura de transporte foi equivocado ao se priorizar rodovias ao invés de modais mais econômicos e sustentáveis como ferrovias e hidrovias.

Para o setor da soja, a logís-tica baseada em rodovias tem sido com um custo alto demais, principalmente porque a soja exportada do Brasil está, em média, a 1.000 quilômetros dos portos. De toda a soja produzida em nosso país, 80% é exportada, sendo a metade na forma de grãos e o restante prioritariamente na forma de farelo, ou seja, são mais de 55 milhões de toneladas que pagam alto frete.

Do total da soja brasileira

A desregulamentação do setor leiteiro e a consequente redução da intervenção estatal na ativi-dade provocaram alterações na forma como o produtor deve encarar o seu negócio. Primeiro – aquela cômoda situação de responsabilizar o governo por todos os males e percalços da atividade e dele esperar solu-ções prontas para compensar deficiências gerenciais, perdeu o sentido. Segundo – os produ-tores mais conscientes estão se dando conta de que, quem pode e deve resolver os problemas inerentes à atividade, são os próprios produtores juntamente com os demais segmentos que constituem a cadeia agroin-dustrial do leite. Os avanços nesse sentido têm sido lentos, mas crescentes. Observa-se que uma parcela considerável de produtores está buscando, através de cursos e assessorias, formas de familiarizar-se com as técnicas administrativas. Isto é ótimo, pois aqui reside uma das maiores carências das empresas rurais brasileiras.

De início, é a administração financeira que tem merecido maior atenção dos produtores. Tudo bem! É lógico que o gerenciamento das finanças da empresa é tema de grande importância, pois, em última análise, o que se busca é o resultado econômico da ati-vidade. Para isso, o controle da dinâmica financeira (fluxo de caixa) e o conhecimento e análise dos reais custos de produção se constituem em instrumentos administrativos indispensáveis. Mas, por opor-tuno, é interessante ressaltar que a ciência administração rural não se restringe apenas ao ge-renciamento financeiro. Outros aspectos não menos importan-tes devem necessariamente ser contemplados tais como, o ge-renciamento da produção, dos recursos humanos, da comer-cialização e do meio ambiente.

Vamos nos deter um pouco no gerenciamento da produção. Para fins didáticos, nos cursos e palestras sobre administração rural costumo mencionar dois tipos básicos de produtores: o produtor-gerente e o produtor-conformado. O primeiro é aquele produtor que planeja a atividade, estabelece objetivos e metas e intervém de forma efe-tiva no processo produtivo de modo a alcançar os propósitos estabelecidos. Este, dentro do possível, faz as coisas acontece-rem de acordo com o planejado.

Já o produtor conformado, deixa as coisas acontecerem ao natural, não intervém de forma eficiente no processo, mesmo porque não têm objetivos e metas definidos. Para este vale o preceito de que “para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve”. Para comparar o comportamento desses dois tipos de produtores, vou utilizar dois exemplos práticos – um referente à criação de terneiras (bezerras) e novilhas e o outro ao gerenciamento da reprodução.

Para a criação de terneiras e novilhas, o produtor-gerente estabelece metas bem definidas como: as terneiras serão criadas de tal modo que entre 14 e 16 meses apresentem um nível de desenvolvimento corporal (peso e altura), que permita a primeira cobertura ou insemi-nação. Desta forma, o primeiro parto deverá ocorrer entre 24 e 26 meses de idade. Para esse fim, o produtor-gerente estabelece planos alimentar e sanitário que garantam a consecução da meta estabe-lecida. Monitorando o ganho de peso e o crescimento¬¬¬¬, consegue corrigir em tempo eventuais desvios. Por outro lado, o produtor-conformado limita-se a constatar que as novilhas estão atrasadas quanto ao desenvolvimento corporal, ”mas... o que se há de fazer?”.

No que se refere à reprodução, considerando que a lactação é uma consequência direta do parto, é obvio que quanto maior for o número de partos durante a vida produtiva de uma vaca, maior será o número de lacta-ções. Portanto, é importante que se estabeleça o intervalo entre partos ideal. O produtor-gerente sabe que é desejável que na média do rebanho, as vacas apresentem uma cria por ano, ou pelo menos a cada 12-14 meses. Para isso é necessário que as vacas manifestem cios férteis entre 40-90 dias após o parto. O produtor-gerente controla o comportamento reprodutivo de suas vacas, registra as ocorrências e, em não ocorrendo o esperado, busca saber as causas e, por consequência, age no sentido de corrigir eventuais problemas. Ou seja, faz acontecer. Já o produtor-conformado, limita-se a constatar que se passaram 4 ou 5 meses e a vaca não ma-nifestou cio. Deixa acontecer.

Provocação: e você leitor, se identifica com qual tipo de produ-tor – o gerente ou o conformado?

Glauber Silveira é produtor rural, presidente da Associação

Brasileira dos Produtores de Soja - Aprosoja Brasil.

2 Jornal da Manhã | Ijuí, 28 de agosto de 2012

Otaliz Montardo

Otaliz de Vargas Montardo Consultor Téc. em Pecuária Leiteira.

exportada, 53% são via rodo-vias, 36% via ferrovias e 12% por hidrovias. Sem dúvida, o modal rodoviário é mais caro que o ferroviário. No resto do mundo, o transporte ferroviário custa a metade do rodoviário, mas no Brasil, infelizmente pelo modelo de

concessões, esta diferença não existe, pois aqui não se tinha o direito de passagem, ou seja, no trilho passava o vagão de uma companhia, isto agora mudou e deve aumentar a competitividade entre os modais.

Felizmente o governo tem buscado melhorar, sendo fundamental que se separe a concessão de infraestrutura dos serviços de transporte e frete, o dito direito de passa-gem que qualquer país desen-

volvido e inteligente tem em seus modais, isto permite que duas ou mais companhias de transporte usem a mesma in-fraestrutura, o que faz aumen-tar o número de companhias de transporte, afinal o preço do quilômetro rodado aqui continua custando o dobro de outros países é inadimissível.

Os problemas de logística têm impedido o Brasil de cres-cer como deveria e tornou o escoamento um peso no bolso dos produtores. O investimen-to no setor é um importante passo para o desenvolvimento sustentável. O Brasil está em uma posição importante com um potencial gigantesco para o fornecimento de grãos no mundo, mas precisamos de investimentos para encurtar distâncias.

Precisávamos de um progra-ma mais agressivo que trou-xesse respostas ao potencial crescimento do setor agrope-cuário do Brasil. Esperamos que este programa realmente saia do papel e do discurso e o nosso país, de uma vez por todas, faça a opção de entrar nos trilhos, que é muito mais sustentável, fazendo investi-mentos em modais que sejam importantes em longo prazo e mais econômicos.

Porém, acima de tudo espe-ramos que se faça o que está planejado, pois, como está escrito na apresentação feita pelo próprio governo, esta é a primeira iniciativa estruturada para dotar o país de um siste-ma de transporte adequado, após duas décadas de baixo investimento.'

ARTIGO

Os problemas de logística têm impedido

o Brasil de crescer como deveria, e

tornou o escoamento um peso no bolso dos produtores. O

investimento no setor é um importante

passo para o desenvolvimento

sustentável.

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Imasa comemora 90 anos de história

Jalmar Martel foi homenageado na noite de 10 de agosto

Ijuí, 28 de agosto de 2012 | Jornal da Manhã 3

Completar 90 anos é um verdadeiro desafio para uma empresa,

cumprido com louvor pela Imasa, exemplo de empreen-dedorismo na cidade de Ijuí. A noite de 10 de agosto foi de festa no pavilhão 5 do Parque de Exposições Wanderley Burmann, que recepcionou convidados para um jantar de comemoração pelas nove décadas de história.

Foi uma noite para lembrar-se de pessoas que foram fundamentais na história da empresa, dentre elas fun-cionários, ex-funcionários, revendas, fornecedores, clientes, veículos de comu-nicação, entidades de classe e instituições financeiras, somando mais de oitenta homenageados, que rece-beram de representantes da empresa, o troféu “90 Anos”.

Em diversos momentos durante o cerimonial, a Imasa também foi lembrada pela sua importância e identifi-

cação que possui com a vida de muitos ex-funcionários, representantes e fornecedo-res, que, na oportunidade, fizeram suas homenagens à empresa, dirigidas ao seu diretor/presidente Jalmar Martel.

Para Martel, a Imasa des-taca-se como uma empresa inovadora que contribuiu

de forma decisiva para o desenvolvimento do Plantio Direto, e é uma das únicas empresas que recicla seus produtos e devolve-os ao mercado para serem reu-tilizados com garantia de fábrica. “Registrando mais de 50 patentes, entre inven-ções e modelos de utilidade, a empresa sempre teve a

firme intenção de melhorar a tecnologia e, consequen-temente, a produtividade no campo de forma sustentá-vel”, evidencia.

Durante o cerimonial, além das homenagens presta-das, foi destaque o vídeo institucional da empresa, produzido especialmente para a ocasião e os pronun-

Evento contou com cerca de 500 convidados

ciamentos das autoridades presentes, Auri Braga, re-presentante da Associação Comercial e Industrial de Ijui e Fioravante Balin, prefeito municipal de Ijui.

O evento contou com cerca de quinhentos convidados, acompanhado do show musical do conjunto “Bem Campeiro.

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Produtores rurais estão em estado de alerta com um possível contá-

gio da conhecida raiva her-bívora. A doença, transmitida pela mordida do morcego, teve seu primeiro caso con-firmado no Distrito Santo Antonio, interior de Ijuí.

Raiva Herbívora preocupa produtores rurais

Os avanços da Agricultura Sustentável

4 Jornal da Manhã | Ijuí, 28 de agosto de 2012

A polinização de lavouras feitas com abelhas para aumentar a produtividade é uma atividade muito antiga, e que, atu-almente, vem aumentando a cada ano. À medida que os resultados são vistos pelos produtores de grãos, eles passam a utili-zar colmeias de abelhas próximas às suas plantações, e, com isso, tem um aumento significativo de sua produção. Além disso, a técnica utilizada faz com que aumente também a qualidade do grão que está sendo produzido.

A canola é um exemplo bem claro de que é possível a união de produtores de grãos juntamente com apicultores, visto que é

uma planta que tem seu potencial produtivo aumentado cada vez que as abelhas visitam suas flores. Além disso, o apicultor faz com que seus enxames se fortifiquem para o início da primavera e também durante o período de floração pode fazer o uso de coletores para coletar pólen da canola, que por sinal é muito saboroso e tem uma boa aceitação no mercado consumidor.

A polinização também pode ser empre-gada em outras culturas de inverno e verão para o aumento e qualidade da produção. Maiores informações podem ser obtidas juntamente com Associação de Apicultores de Ijuí e seus colaboradores.

Coluna Nº5

Abelhas polinizam canola em IjuíGELEIA REAL

Canola tem seu potencial produtivo aumentado cada vez que as abelhas visitam suas flores

Com os objetivos de conservar unidades agrícolas lucrativas, o meio ambiente e a criação de comunidades agrícolas mais felizes, a agricultura sustentável se refere à capacidade que uma unidade agrícola possui de continuar produzindo, com um mínimo de aquisições do exterior.

Maior será o nível de sustentabilidade, quanto maior for a autonomia da unidade agrícola, ao não necessitar de aquisições exteriores, no sentido de manter os mesmos níveis de produção. Existem várias correntes dentro da agricultura sustentável, focando em aspectos teóricos e práticos um pouco distintos.

Há uma semana, o Brasil possui uma po-lítica específica para o desenvolvimento da agricultura orgânica. Foi publicado no Diário Oficial da União, o Decreto que institui a Política Nacional de Agroecologia e Produ-ção Orgânica, que irá articular e adequar programas e ações para o desenvolvimento sustentável.

Desde 2010, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, têm sido realizadas reuniões para a elaboração de política específica para o desenvolvimento da agricultura orgânica, que deverá possibilitar, também, a definição de políticas públicas mais eficientes para o setor.

Doença não tem cura e causa alterações na economia

Existem várias correntes dentro da agricultura sustentável, focando em aspectos teóricos e práticos distintos

Vacinas foram disponibilizadas para animais próximos aos casos confirmados

bovinos e equinos que se encontram num raio de 12 quilômetros do local dos casos confirmados.

Segundo o médico vete-rinário, Guilherme Stumm, os principais sintomas da doença são falta de coor-

denação, dificuldade para caminhar, isolamento, hiper-sensibilidade e dificuldade na alimentação. “A doença tem grande impacto e causa al-terações na economia. Assim que diagnosticada, o animal deverá ser sacrificado, pois

não tem cura”, explica. Orienta-se que produtores

que vivem em áreas com grande incidência de morce-gos, fiquem atentos, já que as secas provocam mudança no comportamento de morce-gos transmissores da doença.

Na sexta, 2 mil doses de vacina contra raiva foram distribuídas a agricultores no distrito. Na oportunidade, os produtores receberam também informações sobre o procedimento de aplica-ção das doses. As vacinas foram disponibilizadas para

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Ijuí, 28 de agosto de 2012 | Jornal da Manhã 5

Como armazenar agrotóxicos de forma adequadaInúmeros acidentes na

área rural acontecem pelo mau uso de defensivos.

Boa parte dos agricultores é vitimada por contato com agrotóxicos. Porém, quando armazenados corretamente, oferecem pouco risco à saúde das pessoas e também ao meio ambiente.

O armazenamento correto dos agrotóxicos pode ser feito na origem (fábrica), no intermediário (comércio) e no destino final (propriedade agrícola). Na propriedade rural, mesmo para guardar as embalagens vazias lava-das, algumas regras básicas devem ser observadas para garantir o armazenamento seguro.

Os usuários/agricultores devem armazenar as emba-lagens nas suas proprieda-des temporariamente, até

no máximo um ano, a partir da data de sua aquisição, obedecidas algumas con-dições. Uma delas é que as embalagens lavadas sejam armazenadas com as suas respectivas tampas e rótulos e, preferencialmente, acondi-cionadas na caixa de papelão original, em local coberto, ao abrigo de chuva, ventilado ou no próprio depósito das embalagens cheias.

É importante que nunca se armazene embalagens, sejam elas lavadas ou não, dentro de residências ou de alojamentos de pessoas ou animais. E também certificar-se de que as embalagens estejam adequadamente lavadas e com o fundo per-furado, evitando assim a sua reutilização.

As embalagens que entram em contato direto com as

Quando armazenados corretamente, os agrotóxicos apresentam poucos riscos à saúde

Setor de insumos apresenta alta no PaísEm função do valor recorde

das commodities agrícolas, o setor de insumos está com os preços elevados e apresen-tou crescimento no país nos sete meses do ano. Estes são dados da Associação Nacio-nal para Difusão de Adubos (Anda). A pesquisa indicou que o setor apresentou ex-pansão de 3,5% em relação ao acumulado entre janeiro e julho de 2011. Este ano, foram entregues quase 15.000 mil toneladas de fertilizantes ao consumidor final, comparan-do aos 13.850 mil toneladas do mesmo período do ano passado.

O levantamento da Anda destaca as vendas direcio-nadas às culturas de milho safrinha, algodão, plantio de cana-de-açúcar e uma aceleração nas entregas

para safra de verão de soja e milho. Em contrapartida, a produção nacional totalizou 5.358 mil toneladas, volume 1,3% inferior aos 5.428 mil de toneladas produzidos entre janeiro e julho de 2011. Nos sete primeiros meses do ano, as importações de fertilizan-tes intermediários sofreram redução de 6,7%, passando de 11.121 mil toneladas para 10.376 mil toneladas.

De acordo com a Asso-ciação Brasileira de Semen-tes e Mudas (Abrasem), a conjuntura para o merca-do de sementes no Brasil em 2012/13 é positiva. A estimativa da Associação Paranaense de Sementes e Mudas (Aprasem) é de que a produção de sementes de soja seja semelhante a do ano anterior, alcançando o

volume aproximado de 205 mil toneladas ofertadas para a safra 2012/13.

O cenário internacional também favoreceu o setor de defensivos agrícolas. Informações do Sindicato Nacional da Indústria de Pro-dutos para Defesa Agrícola (Sindag) apontam que, em maio, o mercado nacional de defensivos cresceu 66% em comparação ao mesmo mês de 2011, sendo que a movimentação chegou a R$ 794 milhões, diante dos R$ 478 milhões de maio do ano passado. Na somatória de janeiro a maio, as ven-das de defensivos agrícolas tiveram incremento de 36%, passando de R$ 2,733 bilhões do primeiro quadrimestre de 2011 para os R$ 3,713 bilhões atuais. Levantamento destaca crescimento no setor

chos de cartolina e fibrola-tas, não são contaminadas, e devem ser armazenadas separadamente das emba-lagens contaminadas. As-sim, poderão ser utilizadas para o acondicionamento das embalagens lavadas ao serem encaminhadas para as unidades de recebimento.

As embalagens rígidas pri-márias, cujos produtos não utilizam água como veículos de pulverização, deverão ser acondicionadas em caixas coletivas de papelão, to-das devidamente fechadas e identificadas. Todas as embalagens não laváveis deverão ser armazenadas em local isolado, identificado com placas de advertência, ao abrigo das intempéries, com piso pavimentado, ven-tilado, fechado e de acesso restrito.

formulações de agrotóxicos, conhecidas como flexíveis primárias, como sacos ou sa-quinhos plásticos, de papel, metalizados ou mistos de-vem ser acondicionadas em

embalagens padronizadas nos canais de comercializa-ção de agrotóxicos.

As embalagens flexíveis secundárias, como caixas coletivas de papelão, cartu-

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6 Jornal da Manhã | Ijuí, 28 de agosto de 2012

Confira dicas para conservação do solo

Um dos mais importantes recursos do meio ambiente, o solo é uma entidade viva, não apenas um substrato onde as

plantas crescem. É um recurso natural não renovável, formado lentamente. Porém, corre o risco de ser perdido rapidamente, por conta da degradação da terra.

O uso indiscriminado das terras é uma das principais causas da degradação do solo, além de diversos outros fatores. De alguma forma é possível evitar este fenômeno, que provoca prejuízos ao produtor rural. Para sua conser-vação, algumas medidas podem ser tomadas.

Uma delas é evitar calçadas de concreto, pois elas mudam o pH, aquecem e impedem trocas gasosas. Usar pisos permeáveis que não necessitam de contrapiso, além de proteger a terra, auxilia a infiltração da água das chuvas. Outra medida é guardar o solo superior quan-do fizer uma obra. Ele é cheio de microvida e matéria orgânica, então pode ser utilizado para refazer o jardim. Confira outras pequenas dicas de conservação do solo:

- Cubra as pilhas de terra, evitando que a chuva a carregue.

- Não estacione sobre a grama. - Promova periodicamente a troca das plantas

de seu jardim ou plante várias espécies juntas, para ajudar a manter o equilíbrio do solo.

- Evite agrotóxicos. Eles não são "remédios" para os bichinhos do jardim; são venenos e podem permanecer no solo por longo tempo.

- Mantenha a terra de seus canteiros sempre coberta com material morto (palha, restos de grama seca, até mesmo seixos).

Ração altera composição do custo de produção do frango

Dois dos principais for-madores do custo de pro-dução do frango constata-se que a participação de ração e pinto não alterou significativamente nos últimos doze meses. Em ju-lho de 2011, pinto e ração foram responsáveis por 83% do custo do frango vivo; neste ano, mesmo mês, essa participação subiu para 85%. Portanto, incremento de pouco mais de 2,5% em um ano.

Esse raciocínio não con-sidera a variação indi-vidual de um e outro insumo. E isso levado em conta verifica-se que a participação da ração no custo subiu de 64% para 71%, enquanto a do pinto,

inversamente, recuou de 19% para 14%.

O aumento de partici-pação da ração se torna ainda mais visível quando se retrocede cinco anos atrás, a julho de 2007. Então, em participação praticamente histórica, pinto e ração respondiam por três quartos do custo de produção do frango. A ração, com 53% do custo total e o pinto com 22%.

Nesses cinco anos, o preço da ração alterou totalmente a composição do custo de produção de frango, com um aumento de participação de quase 34%. Já a participação do pinto de um dia refluiu nada menos que 36%. Em 2012, pinto e ração já foram responsáveis por 85% do custo do frango

O uso indiscriminado das terras é uma das principais causas da degradação do solo

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Ijuí, 28 de agosto de 2012 | Jornal da Manhã 7

Ceriluz realiza padronização de medidoresA Ceriluz faz o trabalho de

fiscalização periódica das instalações de ligação dos

seus associados e seus medidores. Esse trabalho segue um cronograma interno preestabelecido pela Coope-rativa e tem o objetivo de orientar os associados sobre possíveis irre-gularidades ou necessidades de ade-quações. Elas visam principalmente à segurança dos consumidores de energia e obedecem à legislação atual vigente sobre o setor. Conforme o Setor de Medição da Cooperativa, este trabalho é feito aleatoriamente pelos técnicos, sendo que, a qualquer momento, uma equipe pode chegar à Unidade Consumidora para fazer as verificações, nestes casos, sem necessidade de avisos prévios. “Em razão disso é importante que o as-sociado mantenha suas instalações adequadas às normas, garantindo assim sua segurança e a dos téc-nicos que prestam este serviço”, explica Eliseu Motta, eletrotécnico responsável pelo setor de medição. É fundamental também que estas instalações estejam fixadas em lo-cais de livre acesso, não podendo estar obstruídas, uma vez que é de direito da Cooperativa avaliar estas estruturas.

Este tipo de instalação de ligação obedece ao RIC – Regulamento de Instalações Consumidoras – que determina normas de instalação para unidades ligadas em baixa e média tensão. Essa norma é utilizada por todas as cooperativas filiadas à Fecoergs - Federação das Coope-rativas de Energia, Telefonia e De-senvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, que fez a padronização dos procedimentos. Ele se aplica tanto para novos projetos e instalações, como para reformas.

Para se ter uma ideia, em uma unidade consumidora Residencial Rural, quando necessário poste,

este deve ser obrigatoriamente de concreto ou metal; o eletroduto deve ser de PVC ou galvanizado; a caixa metálica com dois compartimentos, sendo as suas medidas definidas de acordo com o tipo de ligação realizada, se monofásico, bifásico ou trifásico; os condutores precisam ser de cobre, com bitola variando de acordo com o tipo de ligação, mas não podendo ser inferior aos 6 milímetros; a estrutura de medição deve apresentar ainda aterramento e condutor de proteção, bem como o chamado balde de inspeção, que permite a verificação da situação do aterramento, quando for necessário. No caso do disjuntor, este pode ser mono, bi ou trifásico, de acordo com o tipo de ligação, com capacidade definida pela Ceriluz, de acordo com a carga instalada na residência.

Estas são informações básicas sobre o sistema de entrada de energia, porém, este padrão varia de acordo com a classe consumidora: se residencial, comercial ou industrial. Portanto, é indispensável que os associados, no momento de fazer um novo projeto ou reformar a sua casa, havendo mudanças na parte elétrica, se dirijam à Cooperativa para solicitar mais detalhes, para evitar problemas futuros. A Cooperativa dará todos os detalhes exigidos para que a sua obra esteja dentro do que define a legislação.

As fiscalizações realizadas têm o objetivo de verificar se as instala-ções estão em condições aceitáveis, garantindo segurança aos consu-midores. Isso não significa que as propriedades que ainda não estão totalmente dentro do padrão terão que adaptar-se imediatamente. Isso somente será exigido caso a instala-ção apresente riscos à moradia e a seus moradores. Mas, caso o consu-midor venha realizar uma reforma, aí sim, este terá que adotar o padrão.

Os benefícios da produção de abacatesDe adaptação fácil e manejo simples,

com poucas pragas e doenças, a fruta, que é passível de exploração em diferentes nichos de mercado, esbarra em fatores que limitam o seu desenvolvimento. De um lado um consumo mundial crescente e, de outro, o Brasil com condições natu-rais privilegiadas que, no entanto, não são exploradas como deveriam para a cultura.

Mesmo sem muito esforço, o Brasil é o sétimo maior produtor mundial de abacate, mas esse mercado ainda não é aproveitado pelos brasileiros. Entre as razões estão a falta de conhecimento técnico e, em es-pecial, o desconhecimento da dimensão da indústria mundial do abacate.

Pesa até mesmo contra a cultura imagem construída no próprio mercado interno de que o abacate é uma fruta que engorda. Por outro lado, o consumo internacional aumenta ano a ano e a produção é insu-ficiente para atender à demanda. Existem motivos inclusive econômicos para que o produtor brasileiro invista na cultura, já que, durante a entressafra, pode pagar até R$ 3,00 pelo quilo da fruta, cujo rendimento por hectare pode chegar a 50 toneladas em determinadas situações

Ceriluz tem o objetivo de orientar os associados sobre possíveis irregularidades ou necessidades

Fruta é passível de exploração

em diferentes nichos de mercado

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Jornal da Manhã Ijuí, 28 de agosto de 2012

Hortaliças Orgânicas: recomendações para um cultivo de qualidade

Produzir hortaliças de boa qualidade, saudáveis, de forma diversificada, sem

agrotóxicos e adubos químicos, sem colocar em risco a saúde do homem, do meio ambiente e das gerações futuras, requer que algumas recomendações sejam seguidas.

Corrigir o preparo do solo é uma das principais, já que a aci-dez do solo influi na fertilidade, tornando os nutrientes essen-ciais indisponíveis às plantas. A adubação orgânica melhora a fertilidade do solo e as proprie-dades físicas dos solos muito argilosos (ou arenosos. Para terrenos de baixa fertilidade, com baixa percentagem de matéria orgânica, determinada pela análise do solo, sugere-se a aplicação, preferencialmen-te, de composto orgânico ou esterco curtido de aves ou de gado, na quantidade máxima de 2 e 5 kg/m² por ano.

O resíduo orgânico ou res-tos de culturas, também pode se tornar um adubo de ótima qualidade através da compos-tagem. Para pequenas hortas recomenda-se após aplicação

do calcário, quando necessário, e do adubo orgânico, fazer o revolvimento do solo com enxada ou pá, na profundi-dade mínima de 20 cm, com posterior destorroamento com enxada.

Preparar o canteiro é outra recomendação, pois para al-gumas espécies cultivadas em espaçamentos maiores, basta revolver e destorroar o solo.

Em seguida, devem-se abrir as covas, sulcos ou ainda fazer camalhões ou leiras, adubar e plantar, conforme o sistema de cada cultura. Algumas hor-taliças necessitam de preparo especial do terreno para con-fecção de canteiros que podem servir como sementeira para posterior transplante de mudas e para semeadura direta.

Sempre que possível reco-

menda-se canteiros fixos, feitos especialmente com tijolos ou pedras, madeira, bambu e com outros materiais, pois evita a erosão e facilita o seu preparo para novos plantios.

De um modo geral, as hor-taliças encontram as melhores condições de desenvolvimento e produção quando o clima é ameno, com chuvas leves e frequentes. As temperaturas

elevadas (mais de 30ºC), de um modo geral, encurtam o ciclo das plantas e aceleram a matu-ração; as baixas temperaturas (menos de 10ºC) retardam o crescimento, a frutificação, a maturação e favorecem o florescimento indesejável. O fotoperíodo e a temperatura influem na formação e no de-senvolvimento de bulbos e de tubérculos.

Produzir hortaliças orgânicas requer que várias recomendações sejam seguidas. As hortaliças encontram as melhores condições de produção no clima ameno

Reflorestamento é alternativa para ampliar renda de produtor rural

Além da integração entre pasto e lavoura, o produtor rural tem o reflorestamento como opção para a recuperação de áreas degradadas. Ele possibilita a reestruturação do cerrado com produ-tividade, ampliando as alternativas de renda para o produtor rural.

O reflorestamento, principalmente usando espécies bem adaptadas ao nosso clima, como é o caso do eucalipto, vem se tornando um atrativo para muitos produtores rurais como forma de otimizar o faturamento das fazen-das, mas se o cultivo não observar algumas regras, o trabalho pode trazer prejuízo. É usado para criar

barreiras de árvores para proteger determinadas culturas da ação de ventos fortes, e há quem busque nele o objetivo de melhorar o desempenho de bacias hidrográficas.

Quando executado com eficácia, o reflorestamen-to é capaz de recuperar áreas verdes com espé-cies nativas, melhorando ecossistemas degradados. O processo possibilita que muitas empresas deixem de comprar madeira pro-veniente do corte ilegal, poupando a destruição da natureza. É aplicado tam-bém nas áreas de encostas com o objetivo de impedir deslizamentos de terras, sendo eficaz, inclusive, no combate à erosão do solo. O reflorestamento é capaz de recuperar áreas verdes com espécies nativas, melhorando ecossistemas degradados