caso7

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A, construtor civil, celebrou com B um contrato de empreitada. Tendo em conta que A não cumpriu o negocio, B instaurou-lhe uma acção pedindo uma indemnização pelos prejuízos sofridos, no valor de 3740,98 euros 1. Tipo de acção : No caso apresentado, estamos no âmbito de uma acção declarativa, que alberga um direito subjectivo digno de tutela jurídica. Neste caso concreto, o direito subjectivo é classificado como um direito a uma prestação (ou uma pretensão). E a este direito, cabe uma respectiva acção que visa garantir a tutela juirisdicional, nos termos do art 2º /nº2. A acção que aqui cabe, é, segundo o art 4º nº2 b) , uma acção condenatória, na medida em que o titular exige, como já foi referido, o direito á prestação de uma coisa ou facto, pressupondo a violação do direito respectivo. Resumindo, o tipo de acção é uma acção declarativa condenatória ( B exige uma indemnização pela violação de um direito de crédito). 2. Pedido: O pedido é precisamente a forma jurisdicional que corresponde ao interesse ou direito que se pretende garantir – art 498º nº3. Ao direito ou interesse alegado , corresponderá um tipo de acção respectiva, igualmente previsto no art 4º nºs 2 e 3 , sendo que neste caso, a acção é condenatória – art 4º nº2 b) ; aplicada através de uma indemnização por incumprimento do negócio jurídico (contrato de empreitada) 3. Causa de pedir:

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Page 1: Caso7

A, construtor civil, celebrou com B um contrato de empreitada. Tendo em conta que A não cumpriu o negocio, B instaurou-lhe uma acção pedindo uma indemnização pelos prejuízos sofridos, no valor de 3740,98 euros

1. Tipo de acção :

No caso apresentado, estamos no âmbito de uma acção declarativa, que alberga um direito subjectivo digno de tutela jurídica. Neste caso concreto, o direito subjectivo é classificado como um direito a uma prestação (ou uma pretensão). E a este direito, cabe uma respectiva acção que visa garantir a tutela juirisdicional, nos termos do art 2º /nº2.A acção que aqui cabe, é, segundo o art 4º nº2 b) , uma acção condenatória, na medida em que o titular exige, como já foi referido, o direito á prestação de uma coisa ou facto, pressupondo a violação do direito respectivo.

Resumindo, o tipo de acção é uma acção declarativa condenatória ( B exige uma indemnização pela violação de um direito de crédito).

2. Pedido:

O pedido é precisamente a forma jurisdicional que corresponde ao interesse ou direito que se pretende garantir – art 498º nº3. Ao direito ou interesse alegado , corresponderá um tipo de acção respectiva, igualmente previsto no art 4º nºs 2 e 3 , sendo que neste caso, a acção é condenatória – art 4º nº2 b) ; aplicada através de uma indemnização por incumprimento do negócio jurídico (contrato de empreitada)

3. Causa de pedir:

A causa de pedir engloba os factos necessários para individualizar o direito ou interesse invocado – art 498º nº4 , 1ª parte. O que importa na causa de pedir, é o facto concreto, o facto jurídico que está na base.Neste caso concreto, e , invocando doutrina, poder-se-á perguntar qual o facto jurídico de base : se o incumprimento do contrato de empreitada ou, indo mais além , se não será o próprio contrato de empreitada?! Na minha opinião, penso que a causa de pedir, pode ser determinada como o incumprimento do negócio jurídico como facto danoso, ilícito e culposo.

4. Valor da acção:

Passando agora ao valor da acção, entramos no âmbito de um direito de natureza patrimonial ( mais concretamente, um direito a uma indemnização) . De acordo com o art 305º nº1 , a toda a causa deve ser atribuída um valor certo. De acordo com os critérios gerais, o valor da causa é o valor do quantia certa, em dinheiro que se pretende obter – neste caso, temos determinada a quantia pretendida pelo direito de indemnização – €3.740.98 . Podemos aqui aplicar o art 306º nº1.

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5. Forma de processo:

Finalmente, a forma de processo estabelece-se , nos termos do art 460º nº1 . De acordo com os critérios que regulam a forma de processo, estamos perante um processo comum – art 460º nº2, 2ª parte.É portanto, a forma subsidiária da tramitação do processo declarativo. Como se estabelece a forma do processo? – Exclusivamente através dos critérios assentes no objecto da acção e/ou, simultaneamente nele e no valor do seu objecto. Aqui, a forma de processo adequada é a sumaríssima , dado que o valor da causa não ultrapassa o valor da alçada dos tribunais de Comarca e o objecto do processo é precisamente o cumprimento de uma obrigação pecuniária – nos termos do art 462º , 2ª parte e art 24º LOFT.