causas do comportamento

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Causas do Comportamento Márcio Borges Moreira (2012)

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Page 1: Causas do comportamento

Causas do Comportamento

Márcio Borges Moreira (2012)

Page 2: Causas do comportamento

Identifique os problemas de atribuição de causalidade nas frases:

1. Ela não gritou naquele momento de tensão porque é libriana. 2. Ela não gritou naquele momento de tensão porque o seu superego não

deixou. 3. Eu não consegui terminar o namoro porque sou muito insegura. 4. As nossas discussões acontecem porque você me deixa com os nervos

à flor da pele. 5. Aquele menino é endiabrado. 6. Ele não para na cadeira porque é hiperativo (ou muito agitado) 7. O estudante troca as letras porque tem dislexia. 8. Ela passou no concurso porque é inteligente. 9. Bebemos água porque temos sede. 10. Ela pirou porque já era meio louca/desorientada. 11. Quem é regido pelo planeta Netuno toma decisões mais ponderadas. 12. Ganhei na loteria porque sonhei com cobra.

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Causa e Conceito de Deficiência Mental Relação entre causalidade e tratamento do problema

■ "…em Esparta crianças portadoras de deficiências físicas ou mentais eram consideradas sub-humanas, o que legitimava sua eliminação ou abandono, prática perfeitamente coerente com os ideais atléticos e clássicos, além de classistas, que serviam de base à organização sócio-cultural de Esparta e da Magna Grécia". (Pessotti, 1984, p. 3)

Page 4: Causas do comportamento

Conheça o livro:

Page 5: Causas do comportamento

Causa e Conceito de Deficiência Mental Relação entre causalidade e tratamento do problema

■ "De um lado, como enfant du bon Dieu o deficiente ganha abrigo, alimentação e talvez conforto em conventos ou asilos; de outro, enquanto cristão, é passível de alguma exigência ética ou de alguma responsabilidade moral. Ganha a caridade e com ela escapa do abandono, mas ganha também a "cristianidade" que lhe pode acarretar exigências éticas e religiosas". (Pessotti, 1984, p. 6)

Page 6: Causas do comportamento

Causa e Conceito de Deficiência Mental Relação entre causalidade e tratamento do problema

■ "Para outros hierarcas a condição de cristãos, dos deficientes, os torna culpados até pela própria deficiência, justo castigo do céu por pecados seus ou de seus ascendentes. É cristão, e por isso merece o castigo divino e, no caso de condutas imorais, é passível do castigo humano também. Muitos chegam a admitir que o deficiente é possuído pelo demônio, o que torna aconselhável o exorcismo com flagelações, para expulsá-lo". (Pessotti, 1984, p. 6)

Page 7: Causas do comportamento

Causa e Conceito de Deficiência Mental Relação entre causalidade e tratamento do problema

■ Durante a inquisição "Particular rigor era usado nos casos em que a acusação envolvia condutas homossexuais, e, sabendo-se do notório desregramento erótico em deficientes mentais, adultos ou não, é aterrador que a tal propósito nos oferece Kamen (1966): "para a homossexualidade… definida como crime 'abominável' ou 'inqualificável' a punição comum era queimar viva a pessoa, ou, na Espanha, a castração ou a morte por apedrejamento"" (Pessotti, 1984, p. 8)

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Causa e Conceito de Deficiência Mental Relação entre causalidade e tratamento do problema

■ "A localização da causa da imbecilidade, da idiotia ou da estupidez em determinadas regiões encefálicas e/ou no fluxo dos espíritos animais entendidos como substância volátil correspondente à atividade neural, representa obviamente o início da redenção humanista do deficiente. Tal redenção, contudo, não se fará de imediato…" (Pessotti, 1984, p. 18)

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Causa e Conceito de Deficiência Mental Relação entre causalidade e tratamento do problema

■ A pioneiros da nova atitude diante do idiota ou imbecil vem juntar-se Francesco Torti (1658-1741) a apontar outra "causa" natural da deficiência: a malária ou mau ar dos pântanos e baixadas, como no Piemonte e no Simplon. Não se trata, aqui, dos miasmas medievais, mas da verificaçnao de que as febres infantis com suas sequelas neurológicas (e comportamentais) eram mais frequentes nas regiões de desfiladeiros e pantanais, cujas emanações eventualmente pútridas poluiriam o ar. A relação postulada, contudo era direta: o ar mau, enquanto ar, causa deficiência e disso decorre a sugestão de mudar de clima, ou de ares, como recurso de recuperação do idiota ou do imbecil. (Pessotti, 1984, p. 20)

Page 10: Causas do comportamento

Causa e Conceito de Deficiência Mental Relação entre causalidade e tratamento do problema

■ A idéia de Torti tem ainda outro significado para a história da conceituação de deficiente mental. Com Paracelso e Cardano, o deficiente, bem como o louco, perdia sua natureza sobrenatural, passando de problema teológico e ético a assunto de interesse médico. Com Sir Anthony, o retardo mental, diverso da loucura é igualmente natural, podendo ser ad infirmitate ou a nativitate, implicando a natureza organísmica da deficiência, ao passo que na obra de Willis a visão organicista se consolida de modo a explicá-la como lesão ou disfunção do sistema nervoso central. É somente com Torti que tem início a admissão de fatores ambientais como determinanates da deficiência, embora a idéia da malária como causa per se pareça hoje bizarra. (Pessotti, 1984, p. 20)

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A noção de causa

■ “O conceito de causa o causalidade está implícita ou explicitamente articulado em muitos dos nossos modos de falar sobre o mundo e nas práticas de muitas de nossas instituições jurídicas, políticas, econômicas, educacionais e científicas. A despeito de seu uso muito difundido, é surpreendentemente difícil defini-lo com exatidão”. Chiesa, 1994/2006, p. 96.

Page 12: Causas do comportamento

A noção de causa

■ “Em quais circunstâncias podemos falar seguramente que um evento causa outro?

■ As relações causais são seqüenciais? ■ Seria mais útil pensar em relações causais

como cadeias ou pensá-las como teias ou redes relacionais mais complexas?

■ Como identificamos as unidades conceituais para examinar as influências causais?” Chiesa, 1994/2006, p. 96.

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Algumas Personalidades importantesCausa & Ciência ■ Descartes (1596-1650): comportamento

involuntário pode ser explicado por eventos físicos; modelo passível de teste

❑ representou a quebra parcial da explicação metafísica do comportamento; os movimentos eram explicados através de sistemas (princípios hidráulicos) que moviam objetos; limitou esta explicação natural, entretanto, apenas a respostas involuntárias; o restante era resultado da alma localizada no cérebro (glândula pineal)

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Algumas Personalidades importantesCausa & Ciência■ Darwin (1859): teoria da evolução; homem como

fruto da evolução das espécies ❑ alterou o clima intelectual com a proposta da teoria da

evolução baseada em muitas observações cuidadosas sobre fósseis e estruturas da flora e fauna vivas, em áreas isoladas da Terra; pesquisou o comportamento que levava a adaptação no meio; antropomorfismo: homens e animais pensam, tem idéias e desejos. Época que marca a renovação no interesse pelo comportamento adaptativo do animal e pela relação deste com o comportamento humano.

Page 15: Causas do comportamento

Algumas Personalidades importantesCausa & Ciência■ Thorndike (1898): lei do efeito; controle da história passada;

análise quantitativa ❑ estudo sobre fuga de um ambiente fechado e atos relacionados

(puxar um cordão, mover um trinco, etc) utilizando gatos, cães e pintos. Aspectos importantes do trabalho: reconheceu a importância de fazer observações de animais cujas histórias passadas fossem conhecidas e semelhantes (controle da história passada); importância de fazer observações repetidas no mesmo animal e em mais de um animal e espécie, e em mais de um comportamento e equipamento (generalidade); análise quantitativa. Gerou um conjunto de princípios/leis gerais do comportamento que acreditou serem válidas para muitas espécies e muitos comportamentos. Lei do efeito: capacidade dos efeitos passados do comportamento modificarem os padrões do comportamento animal, tendências comportamentais. Explicou seus resultados entretanto através da associação de idéias.

Page 16: Causas do comportamento

www.walden4.com.br

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Page 17: Causas do comportamento

Algumas Personalidades importantesCausa & Ciência■ Avanços na fisiologia: rãs decaptadas;

conceito de reflexo (R.Whytt, Sherrington) – sec XIX

❑ Whytt (1750) redescobriu e expandiu o princípio do estímulo; conseguiu estabelecer a relação entre dois eventos; enfraqueceu a atratividade da explicação em termos de alma mostrando reflexos em rã decaptada. Sherrington (fisiologista, início do século XIX) resumiu as causas do comportamento reflexo em leis quantitativas de estímulo-resposta.

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Algumas Personalidades importantesCausa & Ciência■ Pavlov (sec XX): estudo sistemático do comportamento;

descrição de um fenômeno comportamental a partir de manipulação ambiental; método experimental

❑ Aspecto importante no trabalho de Pavlov foi sua atitude científica: interesse na generalidade do fenômeno em relação aos estímulos e sujeitos; interesse em aspectos mensuráveis/quantitativos do fenômeno importantes para uma análise detalhada; trabalho sistemático, podendo ser os resultados interrelacionados e por isso mais significativos. Entretanto, Pavlov gradativamente passou a encarar o condicionamento como um estudo da função do cérebro (processos cerebrais hipotéticos), apesar de nunca ter medido ou visto qualquer relação cérebro-comportamento; explicações tão fictícias como as em termos de alma.

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Status do comportamento na Psicologia e na Cultura■ “1) [é] um indício de processos ocorrendo dentro da pessoa – por

exemplo, processos fisiológicos e/ou neurológicos, processos mentais tais como codificação, armazenagem, recuperação, processamento interno, tomada de decisão, discriminação, atribuição, atitude e assim por diante; ou

■ 2) Uma manifestação de outros tipos de acontecimentos internos – por exemplo, expectativas, desejos, intenções, sentimentos, e assim por diante; ou

■ 3) a expressão de um eu essencial ou de uma existência íntima, de um indivíduo delimitado separado e localizado atrás do comportamento. Nesta visão o que a pessoa faz é de importância secundária em relação ao que a pessoa é. A pessoal, ou o eu essencial, é quem organiza e inicia o comportamento e, assim, o comportamento assume uma posição de variável dependente de um eu agindo como variável independente”. Chiesa, 1994/2006, p. 97.

Page 20: Causas do comportamento

Status do comportamento na Psicologia e na Cultura■ “Abaixo do nível da situação problema de que [um]

um indivíduo reclama – por trás dos problemas com os estudos, ou com a esposa, ou com o patrão, ou com seu próprio comportamento bizarro ou incontrolável, ou com seus sentimentos assustadores, situa-se uma busca central. Isso me parece como o botão a quem cada pessoa fica perguntando ‘Quem sou eu, realmente? Como posso entrar em contato com esse eu real, subjacente a todo meu comportamento aparente?’”. Rogers, 1967, p. 108, citado por Chiesa, 1994/2006, p. 98.

Page 21: Causas do comportamento

Na psicologia ainda existem causas de vários tipos: ■ Causas populares:

❑ eventos contíguos (posição dos astros na hora do nascimento, números que compõem o endereço de um indivíduo ou de letras do nome); previsões vagas e gerais que dificilmente poderá ser confirmada ou desmentida; as falhas são ignoradas e um acerto ocasional se torna suficiente para manter a crença.

❑ estrutura do indivíduo (proporção do corpo, forma da cabeça, cor dos olhos, pele, sulcos nas palmas das mãos); erro semelhante ao de esperar que alguém parecido com um amigo irá se comportar de maneira semelhante gordo e alegria; causa ou conseqüência

Page 22: Causas do comportamento

Na psicologia ainda existem causas de vários tipos:■ Causas Internas: É possível inventar causas dessa natureza sem medo

de contradição ❑ causas neurais: (ex: colapso nervoso, fadiga mental) como obter essa

informação e como usá-la para prevenir ou resolver problemas comportamentais? As causas a serem buscadas no sistema nervoso são de utilidade restrita na previsão e no controle de um comportamento específico. Eventos que ocorrem concomitantemente; em geral não deveriam ter status de causa

❑ causas internas psíquicas:agente interior sem dimensões físicas (mente ou psique): Considera-se que o homem interior guia o corpo da mesma maneira que a direção orienta o automóvel. O homem interior deseja uma ação, o exterior a executa. O interior perde o apetite, o exterior para de comer. O homem interior quer, o exterior consegue. O interior tem o impulso ao qual o exterior obedece. Ex: psicanálise; ego, id e superego são frequentemente encarados como criaturas sem substância, por vezes em conflito violento, cujas derrotas ou vitórias resultam no comportamento ajustado ou desajustado do organismo físico no qual residem.

❑ causas internas conceituais: (ex: fome, inteligência, habilidade musical, hábito) são conceitos e não coisas

Page 23: Causas do comportamento

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Page 24: Causas do comportamento

Na psicologia ainda existem causas de vários tipos:■ Causas Ambientais:

❑ Ambiente Externo: Físico e Social ❑ Ambiente Interno: Biológico e Histórico

Ambiente

Interno Externo

Físico SocialBiológico Histórico

Esta divisão é apenas didática

Page 25: Causas do comportamento

Argumentos contra o determinismo (no caso do comportamento humano)■ Argumento da individualidade

■ Argumento da complexidade

■ Argumento da intencionalidade

Page 26: Causas do comportamento

A noção de causa

■ “Desde Hume, tornou-se claro que uma relação causal não significa mais do que uma sucessão invariável: a causa é sempre seguida pelo efeito (...).” Staddon, 1972/1983, p. 49

■ Ernest Mach e a noção de relações funcionais ❑ “A concepção moderna de causalidade substitui a noção de

força pela de relações funcionais e as equações científicas se referem aos acontecimentos como função de outros acontecimentos, substituindo a noção de um evento A exercendo uma força sobre o evento B”. Chiesa, 1994/2006, p. 107.

■ Refinamentos posteriores (empíricos) ❑ Correlação versus causação ❑ Variáveis de contexto

Page 27: Causas do comportamento

Correlação versus causação

■ Um evento A pode ser seguido invariavelmente por um evento B, mas ambos podem ser causados por um evento C

■ Exemplo: ❑ Estresse (A) ! Baixa atividade sexual (B) ❑ Contingências aversivas (C) ! A e B

Page 28: Causas do comportamento

Variáveis de contexto

■ “Na prática, somente em certas condições, uma causa é seguida sistematicamente pelo seu efeito. Estas condições constituem as variáveis de contexto relevantes para a relação causal (...).” Staddon, 1972/1983, p. 49

Privação + barra + luz + ter passado por modelagem e treino discriminativo

Page 29: Causas do comportamento

Variáveis de contexto: essência da análise funcional

VD

VI1VI2

VI3 VI4

VI5

O que é causa e o que é contexto é, muitas vezes, uma questão arbitrária

Page 31: Causas do comportamento

A noção de causa

■ “De um ponto de vista pragmático, portanto, a noção corriqueira de causa pode ser considerada uma estratégia heurística, um produto conjunto da evolução e da transmissão cultural, capaz de ajudar o cientista na descoberta de mecanismos (isto é, de leis ou princípios) no mundo exterior” Staddon, 1972/1983, p. 50

Page 32: Causas do comportamento

A seleção como um modelo causal: O modelo de seleção pelas conseqüências ■ Níveis de seleção pelas conseqüências:

❑ Filogenético (biológico) ■ espécie; permanece por gerações diferentes

❑ Ontogenético (psicológico) ■ Indivíduo; durante a vida

❑ Cultural (ou social) ■ grupo/sociedade; permanece por gerações diferentes

(transmissão cultural) ■ Variabilidade e Seleção

Page 33: Causas do comportamento

■ Seleção Filogenética

■ Seleção natural ❑ Processo que ocorre na natureza ❑ Não há direção

■ Explica ❑ Mudanças nos traços das espécies (linhagens) através do tempo ❑ Origem de novas espécies ❑ Aumento na complexidade das propriedades orgânicas ❑ Aumento na complexidade das relações entre organismos e ambiente

■ Seleção artificial ❑ Os seres humanos obtém vantagens com a intervenção sobre o processo ❑ A direcionalidade é imposta pela ação humana

O modelo de seleção pelas conseqüências

Page 34: Causas do comportamento

Indivíduo de uma espécie de mariposaAmbiente (cor da casca da árvore)

O modelo de seleção pelas conseqüências

Page 35: Causas do comportamento

• A unidade de interação com o ambiente é o organismo • A unidade de replicação é o gene • A unidade que evolui é a espécie – lócus de retenção

Período 1 Período 2 Período 3 Período 4

O modelo de seleção pelas conseqüências

Page 36: Causas do comportamento

O modelo de seleção pelas conseqüências

Page 37: Causas do comportamento

O modelo de seleção pelas conseqüências

Page 38: Causas do comportamento

Seleção pelas consequências no nível filogenético

■ Anatomia característica ■ Fisiologia característica ■ Reflexos Inatos ■ Suscetibilidade ao emparelhamento de estímulos

(condicionamento clássico) - aprendizagem ■ Suscetibilidade às consequências de seus atos

(condicionamento operante) - aprendizagem

Page 39: Causas do comportamento

■ Seleção Ontogenética

■ Reforçamento ❑ Processo que ocorre na natureza ❑ É uma conseqüência da seleção natural ❑ Não há direção

■ Explica ❑ Mudanças nas linhagens de respostas (classes de respostas) de um organismo

através do tempo ❑ A origem de novos operantes no repertório ❑ Aumento da complexidade das propriedades da resposta ❑ Aumento da complexidade das relações entre comportamento e eventos ambientais

■ Reforçamento planejado ❑ Os seres humanos obtém vantagens com a intervenção sobre o processo ❑ A direcionalidade é imposta pela ação humana

O modelo de seleção pelas conseqüências

Page 40: Causas do comportamento

• As bicadas individuais (um operante) variam de muitas formas, incluindo a duração do IRT •As bicadas ocorrem em um ambiente que produz comida em VI 4 min. • Existe alguma relação entre a duração do IRT e o esquema em vigor?

O modelo de seleção pelas conseqüências

Page 41: Causas do comportamento

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Page 42: Causas do comportamento

• Quando a contingência muda de VI 4 min. para FR 30, as freqüências do IRTs se alteram •IRTs tornam-se concentrados entre .7 “ e .4” após uma alteração ambiental abrupta

O modelo de seleção pelas conseqüências

Page 43: Causas do comportamento

Seleção pelas consequências no nível ontogenético

■ Comportamento (desenvolvimento) humano ❑ Timidez; Extroversão; Transtornos mentais ❑ Criança -> Adolescente -> Adulto ❑ Língua materna; raciocínio; habilidades motoras ❑ Auto-conhecimento e Auto-controle

Page 44: Causas do comportamento

■ Seleção Cultural

■ Seleção ❑ Processo que ocorre na natureza ❑ É uma conseqüência das seleções natural e operante ❑ Não há direção

■ Explica ❑ Mudanças em uma linhagem de recorrentes contingências comportamentais entrelaçadas

através do tempo ❑ Origem de novas linhagens no nível cultural ❑ Aumento da complexidade de entidades culturais ❑ Aumento na complexidade das relações entre entidades culturais de uma cultura

■ Mudanças culturais planejadas ❑ Os seres humanos obtém vantagens com a intervenção sobre o processo ❑ A direcionalidade é imposta pela ação humana

O modelo de seleção pelas conseqüências

Page 45: Causas do comportamento

V2

V3

V2

A+A-B-C

A-B-CA-B-C

A-B-C

V3

A+A-B-C

A-B-CA-B-C

A-B-C

A+A-B-C

A-B-CA-B-C

A-B-C

A+A-B-C

A-B-CA-B-C

A-B-C

A+A-B-C

A-B-CA-B-C

A-B-C

A+A-B-C

A-B-CA-B-C

A-B-C

A+A-B-C

A-B-CA-B-C

A-B-CV2

V3

V3

x

X+1

X+1

X+1

x

x

x

O modelo de seleção pelas conseqüências

Page 46: Causas do comportamento

Seleção pelas consequências no nível cultural

■ Usos e costumes ■ Leis ■ Valores e normas de conduta ■ Cooperação & Competição ■ Modo de produção ■ Etc...

Page 47: Causas do comportamento

Três níveis de variação e seleção

Evolução ocorre sobre

Processo seletivo

Elemento de interação com o

ambiente (interactors)

Local de Replicação/Retenção (replicators)

1. Filogênese Espécies sobre a Terra

Seleção natural

Organismos Genes/DNA

2. Ontogênese Linhagens operantes de um

organismo particular

Seleção operante

Respostas Padrões neurais

3. Cultura Repetições de contingências

comportamentais entrelaçadas

Seleção cultural

Contingências comportamentais

entrelaçadas

Operantes no repertório de organismos participantes

O modelo de seleção pelas conseqüências

Page 48: Causas do comportamento
Page 49: Causas do comportamento

Análise do filme Curtindo a Vida Adoidado: Personalidade e Causalidade no Behaviorismo Radical

Page 50: Causas do comportamento

Créditos

■ Título Original: Ferris Bueller's Day Off ■ Gênero: Comédia ■ Roteiro: John Hughes ■ Direção: John Hughes ■ Produção: John Hughes e Tom Jacobson ■ Ano: 1986 (Brasil)

Page 51: Causas do comportamento

Personagens principais

Ferris

CameronSloane

Page 52: Causas do comportamento

Um dia na vida de Ferris Bueller

http://www.youtube.com/watch?v=LXtSapdwaoM&mode=related&search=

Page 53: Causas do comportamento

Objetivo da análise

■ Utilizar as personalidades diferentes de Ferris e Cameron como pano de fundo para discutir o conceito de causalidade

Page 54: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Behaviorismo Radical

“O Behaviorismo não é a ciência do comportamento humano, mas, sim, a filosofia dessa ciência. Algumas das questões que ele propõe são: É

possível tal ciência? Pode ela explicar cada aspecto do comportamento humano? Que métodos pode empregar? São suas leis tão válidas

quanto às da Física e da Biologia? Proporcionará ela uma tecnologia e, em caso positivo, que papel desempenhará nos assuntos humanos?

São particularmente importantes suas relações com as formas anteriores de tratamento do mesmo assunto. O comportamento humano é o traço mais familiar do mundo em que as pessoas vivem, e deve ter sido dito mais sobre ele do que sobre qualquer outra coisa. E de tudo o que foi dito, o que vale a pena ser conservado? (Skinner, 1974/2003, p.

7).”

Page 55: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Behaviorismo Radical

■ Objeto de estudo ❑ O Comportamento Humano

■ Comportamento ❑ O que fazemos, falamos, sentimos, pensamos,

etc... ❑ Interação com o ambiente (principalmente social) ❑ História de interações (causas do comportamento)

Page 56: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Causalidade e Explicação

■ Causas do comportamento: ❑ Estendem-se muito além da idéia de justaposição de

eventos (A"B) ■ Exemplo:

❑ Muitas vezes sentimos raiva imediatamente ANTES DE (ou ao) agirmos de forma ríspida com alguém ■ “Senti raiva, por isso agi de forma ríspida” ■ sentir raiva e agir de forma ríspida são comportamentos

independentes (um não é causa do outro) e que têm, cada um, suas próprias causas

Page 57: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Causalidade e Explicação

■ O behaviorista, na maioria das vezes, não está interessado nesse tipo de relação causal imediatista, instantânea. ❑ Buscar as causas é buscar a história de

interações do indivíduo com seu mundo ❑ Causas não são “forças que agem sobre o

indivíduo”

Page 58: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Causalidade e Explicação

■ Causalidade versus Explicação ❑ Explicar o comportamento é buscar as variáveis

(atuais e históricas) que o controlam, ou seja, buscar as circunstâncias sob as quais o comportamento ocorre e ocorreu no passado

■ Explicações mentalistas: ❑ “Comprei por impulso”

Page 59: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Causalidade e Explicação

■ “Os homens agem sobre o mundo, modificando-o e, por sua vez, são modificados pelas conseqüências de sua ação” (Skinner, 1957/1978. p. 15)

■ Causas " interações (atuais e passadas)

Page 60: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Causalidade e Explicação■ “Se quisermos entender a conduta de qualquer pessoa, mesmo a

nossa própria, a primeira pergunta a fazer é: “O que ela fez?” O que significa dizer, identificar o comportamento. A segunda pergunta é: “O que aconteceu então?” O que significa dizer, identificar as conseqüências do comportamento. Certamente, mais do que conseqüências determinam nossa conduta, mas estas primeiras perguntas frequentemente hão de nos dar uma explicação prática” (Sidman, 1989/1995, pp. 104-105).

Page 61: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Causalidade e Explicação

Análises Funcionais

SA ⎯ R " SC

Interações & Personalidade

Page 62: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Causalidade e Explicação

“Mas e aqueles irmãos que são criados na mesma casa e têm personalidades tão

diferentes? E aquele rapaz da favela que hoje é professor e faz trabalhos voluntários pela

paz na sua comunidade?”

Page 63: Causas do comportamento

Níveis de explicação

■ Até onde deve ir a explicação? ❑ Acidente de carro com vítima fatal ❑ Qual foi a causa da morte da vítima?

■ Acidente automobilístico ■ Quebrou a cabeça ■ Lesão do tecido cerebral

Page 64: Causas do comportamento

Níveis de explicação

❑ Os porquês de uma criança ■ “Mamãe irá se separar do papai!” ■ Por que? (Qual o motivo?)

❑ Porque não gosta mais dele ■ Por que?

❑ Porque brigou com ele? ■ Por que?

❑ Porque ele traiu a mamãe? ■ Por que?

❑ Por que é um sem vergonha? ■ Por que?....

Page 65: Causas do comportamento

Níveis de explicação

■ Este problema está diretamente ligado a Motivação

■ Definição de fronteiras para as explicações ❑ Fisiologia ❑ Influência da sociedade ❑ Explicação psicológica

Page 66: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Personalidade e Explicação

■ Personalidade ❑ Função versus Estrutura ❑ “João não gosta de nada fora do lugar, está

sempre arrumando as coisas. Ele faz isso porque é neurótico”

■ Traços de personalidade ❑ vaidoso, agressivo, extrovertido, introvertido,

arrogante, atencioso, etc...

Page 67: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Personalidade e Explicação

■ Conceitos Disposicionais Abertos (Ryle, 1949)

■ Não são causas do comportamento ■ Apenas descrevem tendências

(probabilidade)

Page 68: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Personalidade e Explicação

■ Comportamento e personalidade são a mesma coisa?

■ “(...)padrões únicos e relativamente consistentes de pensamentos, sentimentos e comportamentos de um indivíduo” (Hockenbury & Hockenbury, 2001/2003)

Page 69: Causas do comportamento
Page 70: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Personalidade e Explicação

■ Personalidade: ❑ Regularidade

■ “personalidade futebolística” ❑ Função Adverbial

■ Ser tímido é agir de certa forma ❑ Diversidade de Contextos

■ “Nada é tão ruim que não possa piorar” ❑ Duração

■ Infância, adolescente, adulto...

Page 71: Causas do comportamento

Conceitos importantes para a análise:Personalidade e Explicação■ Mudanças no ambiente e padrões comportamentais duradouros:

Como é possível? ■ “Durante nossa vida mudamos de casa, de bairro, de cidade, de

estado, saímos da casa de nossos pais, moramos sozinhos ou com outras pessoas, mudamos de emprego, de escola, namoramos pessoas diferentes, fazemos amigos diferentes, nos casamos, temos filhos, enfim, mudamos muitas e muitas vezes de ambiente e, muitas vezes, para ambientes muito diferentes”

Page 72: Causas do comportamento

As Personagens e suas Características

■ Ferris Bueller - Personagem principal ❑ “A vida passa muito depressa. Se você não parar

de vez em quando para aproveitá-la, você pode perdê-la”

Page 73: Causas do comportamento

As Personagens e suas Características

■ Cameron Frye ❑ Ferris: “Venha me buscar.” ❑ Cameron: “Não posso, estou doente.” ❑ Ferris: “Não está não, isso é coisa da sua imaginação.” ❑ Cameron: “Estou morrendo.” ❑ Ferris: “Não está. Só não consegue pensar em nada interessante

para fazer.” ■ Problemas com os pais

❑ Ferris: “Sua mãe está no seu quarto?” ❑ Cameron: “Foi à Decatur. Infelizmente vai voltar.”

Page 74: Causas do comportamento

Análises

■ Por que Ferris e Cameron são tão diferentes? ❑ Traços (estrutura) de personalidade ❑ Hereditariedade ❑ História de interações (de aprendizagem)

Page 75: Causas do comportamento

Análises

■ O Presente prediz o futuro e dá dicas sobre o passado ❑ Relação com os pais ❑ Relação com os amigos ❑ Habilidade sociais

■ Cameron: “Desde que o conheço tudo funciona para ele. Não há nada que ele não faça, eu não sei fazer nada. A escola, os pais, o futuro. Faz tudo o que quer. Eu não sei o que farei...”

Page 76: Causas do comportamento

Análises

Ferris e sua irmã têm personalidades bastante diferentes...

E agora?

Page 77: Causas do comportamento

Análises

■ Cameron poderia ter um irmão com a personalidade parecida com a de Ferris? ❑ Certamente sim

■ Ferris poderia ter um irmão com a personalidade parecida com a de Cameron? ❑ Não há dúvidas sobre isso

■ Um terceiro filho do casal Bueller poderia desenvolver uma personalidade bastante diferente da personalidade de Ferris e da personalidade de Jeanie? ❑ É quase certo que sim

Page 78: Causas do comportamento

Análises

Então a personalidade é um processo interno (biológico ou psíquico) imune às influências

do ambiente?

A resposta é, categoricamente, não.

Page 79: Causas do comportamento

Análises

A resposta a esse aparente paradoxo está no conhecimento do que de fato é ambiente e

como nossa personalidade se constrói nessa interação constante

Page 80: Causas do comportamento

Conceitos comumente (e equivocadamente) utilizados para se falar de causas do

comportamento

Page 81: Causas do comportamento

Necessidades e impulsos (Skinner, 1953/1999)■ “Necessidades e desejos são termos convenientes

no discurso causal...” pg. 158

■ “Um ‘impulso’ é um recurso verbal com o qual descrevemos um estado de frequência do comportamento, e o termo não pode responder a questões experimentais.” pg. 158

■ “Para mudar esses estados indiretamente temos que lidar com as variáveis de privação e saciação relevantes e enfrentar toda a complexidade dessas operações” pg. 158

Page 82: Causas do comportamento

Impulso não é um estímulo (Skinner, 1953/1999)■ “É crença comum que a privação afete o

organismo criando um estímulo.” pg. 159

■ “...Mas essa estimulação nem sempre está relacionada de perto com a probabilidade de comer” pg. 159

Page 83: Causas do comportamento

Impulso não é um estado fisiológico (Skinner, 1953/1999)■ “O conhecimento adequado e independente

dessas condições internas poderia dispensar a história de privação na previsão de um comportamento; mas é pouco provável que tenhamos esse conhecimento sobre um dado organismo no momento em que seria útil para uma previsão; e é menos provável que sejamos capazes de criar diretamente um estado apropriado para poder controlar o comportamento” pg. 159

Page 84: Causas do comportamento

Impulso não é simplesmente um estado de frequência (Skinner, 1953/1999)■ “Permanece a possibilidade de que a

frequência do comportamento se deva a outras espécies de variáveis fora do campo da motivação” pg. 160

■ “... o forte ‘impulso’ do jogador, seu ‘complexo’ de jogar, ou seu ‘desejo’ de jogar podem não ser devidos primordialmente a uma condição de privação...” pg. 160

Page 85: Causas do comportamento

O uso prático dos impulsos (Skinner, 1953/1999)■ “Todos esses exemplos poderiam ser

descritos usando-se ‘impulsos como referência. Poderíamos dizer que comer salgadinhos torna os convidados sedentos e sua sede os ‘impulsiona’ a beber. É mais simples, tanto em teoria como na prática, restringirmo-nos ao fato de que a ingestão de salgadinhos leva a beber”. Pg. 162

Page 86: Causas do comportamento

Emoção (Skinner, 1953/1999)

Page 87: Causas do comportamento

O que é uma emoção?

■ No senso comum e em várias abordagens psicológicas estabelece-se uma estreita ligação entre motivação e emoção: ❑ “Emoções são a motivação para determinados

comportamentos” ❑ “corremos por causa do medo e brigamos por causa da

raiva” ■ A Teoria James-Lange postulava que:

❑ “...nos sentimos tristes porque choramos, irados porque lutamos, medrosos porque trememos, e não que choramos, lutamos, ou trememos porque estamos tristes, irados, ou medrosos...”

❑ Dava extensa importância aos aspectos fisiológicos para o estudo da emoção

Page 88: Causas do comportamento

O que é uma emoção?

■ Problemas em se definir emoções por alterações - ou estados – fisiológicos: ❑ “não foi possível demonstrar que cada emoção se

distinga por um padrão particular de respostas de glândulas e músculos lisos... ocorrem também (estas respostas fisiológicas) também sob outras circunstâncias – por exemplo, depois de um exercício pesado...”

Page 89: Causas do comportamento

A emoção como uma predisposição

■ “Quando o homem da rua diz que alguém está como medo, ou zangado, ou amando, geralmente está falando de predisposições para agir de certas maneiras” pg. 178

■ “Os nomes das assim chamadas emoções servem para classificar o comportamento em relação a várias circunstâncias que afetam sua probabilidade.” pg. 178

Page 90: Causas do comportamento

As respostas que variam juntas na emoção

■ “Algumas emoções... acarretam o repertório total do organismo. Reconhece-se isto ao dizer que uma emoção é excitante ou deprimente... As resposta que variam juntas em uma emoção o fazem em parte por causa de uma consequência comum.” pg. 179

■ Quando um indivíduo sente-se ansioso, raivoso, alegre, boa parte de seu comportamento é alterado

Page 91: Causas do comportamento

Operações emocionais

■ “Descobrem-se as variáveis das quais os estados emocionais são função – como quais quer outras variáveis – procurando-as.” ❑ Em que contextos surgem as emoções? ❑ Vários contextos podem produzir o mesmo estado

emocional? ❑ Um mesmo contexto (aparentemente o mesmo)

pode produzir estados emocionais diferentes.

Page 92: Causas do comportamento

Operações emocionais

■ “Notamos que os campos da motivação e da emoção estão muito próximos. Na verdade, podem se sobrepor. Qualquer privação extrema age provavelmente como uma operação emocional.” pg. 181

■ Operações de privação, reforço, extinção e punição podem produzir respostas emocionais, estas respostas emocionais podem afetar a probabilidade de outras respostas do repertório comportamental do indivíduo

Page 93: Causas do comportamento

A emoção total

■ “Definimos uma emoção, na medida em que se quer fazê-lo, como um estado de alta ou baixa frequência de uma ou mais respostas induzidas por qualquer uma dentre uma classe de operações”. pg. 182

■ “Os nomes das assim chamadas emoções servem para classificar o comportamento em relação a várias circunstâncias que afetam sua probabilidade.” pg. 178

■ “O homem ‘zangado’ mostra uma alta probabilidade de lutar, insultar, ou de algum modo infligir danos, e uma pequena probabilidade de auxiliar, favorecer, confortar, ou amar.” pg. 178

Page 94: Causas do comportamento

As emoções não são causas

■ “Se o problema da emoção for concebido apenas como questão de estados interiores, não é provável que se consiga progressos em tecnologia prática. Não é de qualquer auxílio, na solução de um problema prático, dizer que um aspecto do comportamento do homem se deve à frustração ou ansiedade; precisamos também saber como a frustração ou ansiedade foi induzida e como pode ser alterada. No final, encontramo-nos lidando com dois eventos – o comportamento emocional e as condições manipuláveis das quais esse comportamento é função – que constituem o objeto de estudo da emoção” pg.184

Page 95: Causas do comportamento

O uso prático das emoções

■ “O comportamento emocional e as condições que o geram são mais facilmente examinados quando postos em uso prático.” ❑ O uso de estímulos condicionados

(condicionamento pavloviano e o estudo das emoções)

❑ Extinção respondente

Page 96: Causas do comportamento

Olhar para cada caso...

■ Para Skinner cada indivíduo é único. É único porque cada um tem uma história de aprendizagem diferentes de todos os outros

■ “Desde que as histórias individuais estão aqui implicadas devem ser encontradas as operações científicas, não em uma análise teórica, mas no estudo de cada caso à medida que surge, uma compreensão clara do que está sendo feito...”

Page 97: Causas do comportamento

Explicação e Erro de Categoria

Inteligência

Fazer cálculos matemáticos complexos

Aprender coisas novas com facilidade

Resolver problemas diversos rapidamente

Nome da categoria

Itens da categoria

Inteligência

Fazer cálculos matemáticos complexos

Aprender coisas novas com facilidade

Resolver problemas diversos rapidamente

Nome da categoria

Itens da categoria

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO

Lavar as mão 45 vezes por dia

Verificar se a porta de casa está trancada

27 vezes antes de dormir

Usar apenas roupas e talheres esterilizados

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO

Lavar as mão 45 vezes por dia

Verificar se a porta de casa está trancada

27 vezes antes de dormir

Usar apenas roupas e talheres esterilizados

Page 98: Causas do comportamento

Explicação e Erro de Categoria

Depressão

Diminuição nos cuidados com higiene

pessoal

Dizer que está sem vontade de fazer qualquer coisa

Conformar-se com os problemas e não tentar

resolvê-los

Erro de Categoria (explicação fictícia)

Perda de entes

queridos

Problemas familiares

Decepções amorosas

(etc...)

Diminuição nos cuidados com higiene

pessoal

Dizer que está sem vontade de fazer qualquer coisa

Conformar-se com os problemas e não tentar

resolvê-los

Explicação adequada (circunstâncias)

Depressão

Diminuição nos cuidados com higiene

pessoal

Dizer que está sem vontade de fazer qualquer coisa

Conformar-se com os problemas e não tentar

resolvê-los

Erro de Categoria (explicação fictícia)

Perda de entes

queridos

Problemas familiares

Decepções amorosas

(etc...)

Diminuição nos cuidados com higiene

pessoal

Dizer que está sem vontade de fazer qualquer coisa

Conformar-se com os problemas e não tentar

resolvê-los

Explicação adequada (circunstâncias)

Depressão =

Diminuição nos cuidados com higiene

pessoal

Dizer que está sem vontade de fazer qualquer coisa

Conformar-se com os problemas e não tentar

resolvê-los

Depressão

Diminuição nos cuidados com higiene

pessoal

Dizer que está sem vontade de fazer qualquer coisa

Conformar-se com os problemas e não tentar

resolvê-los

Errado

Certo

é igual a

causa

☑Depressão =

Diminuição nos cuidados com higiene

pessoal

Dizer que está sem vontade de fazer qualquer coisa

Conformar-se com os problemas e não tentar

resolvê-los

Depressão

Diminuição nos cuidados com higiene

pessoal

Dizer que está sem vontade de fazer qualquer coisa

Conformar-se com os problemas e não tentar

resolvê-los

Errado

Certo

é igual a

causa

Page 99: Causas do comportamento

As Lógicas do Uso do Conceito de Motivação

Page 100: Causas do comportamento

Uso disposicional

■ Conceitos disposicionais versus ocorrências ■ Motivação: conceito disposicional aberto ■ Exemplo: Pedro é bem sucedido no trabalho

porque é um rapaz bastante motivado (ou que tem muita motivação) para o trabalho ❑ não desistir facilmente frente a problemas ❑ realizar tarefas que estão além da sua obrigação ❑ tarefas na ausência de coerção ❑ Etc...

Page 101: Causas do comportamento

Função adverbial – fazer de certa maneira ■ Inteligência, atenção, obediência, entre outros, têm

uma função adverbial ■ Fazer “com motivação” é fazer de certa maneira ■ Exemplo – Futebol:

❑ Jogador 1 e o Jogador 2 correm, chutam a gol, fazem passes para os outros jogadores, driblam, “roubam” bolas dos adversários, gritam o nome dos colegas pedindo a bola e etc...

❑ Jogador 1realiza todas essas atividades de forma mais vigorosa, mais intensa...

❑ Torcedores: “O Jogador 1 estava muito mais motivado que o Jogador 2 na partida”

Page 102: Causas do comportamento

O uso como substantivo (como nome – reificação do conceito)■ Parece ser o uso mais inapropriado ■ É quase idêntico ao uso do conceito na

linguagem cotidiana ■ Confunde-se com conceitos aparentados:

impulso, energia, força, motivo e vontade, entre outros

■ A amplitude do uso depõe contra a utilidade do conceito: causa generalizada da ação humana

Page 103: Causas do comportamento

O uso como substantivo (como nome – reificação do conceito)■ “Um motivo é uma necessidade ou desejo acoplado com a intenção de atingir

um objetivo apropriado” (Krench & Crutchfield, 1959, p. 272).

■ “...o energizador do comportamento...” (Lewis, 1963, p. 560).

■ “A psicologia tende a limitar a palavra motivação... aos fatores envolvidos em processos de energia, e a incluir outros fatores na determinação do comportamento.” (Cofer, 1972, p. 2).

■ “A motivação é encarada como uma espécie de força interna que emerge, regula e sustenta todas as nossas ações mais importantes.” (Vernon, 1973, p.11).

■ “O estudo da motivação é a investigação das influências sobre a ativação, força e direção do comportamento.” (Arkes & Garske, 1977, p. 3).

■ “Sempre que sentimos um desejo ou necessidade de algo, estamos em um estado de motivação. Motivação é um sentimento interno – é um impulso que alguém tem de fazer alguma coisa.” (Rogers, Ludington & Graham, 1997, p. 2).

Page 104: Causas do comportamento

O uso como substantivo (como nome – reificação do conceito)■ “Ao meu modo de observar e entender as coisas, motivação

é uma força interna que leva uma pessoa fazer algo...”

■ “A motivação está ligada ao interesse, a iniciativa, a uma vontade de querer fazer...”

■ “A motivação é algo que nos impulsiona a fazer alguma coisa, suprir uma necessidade.”

■ “Motivação é algo que estimula o indivíduo a agir de determinada forma, a razão, o motivo que leva uma pessoa a emitir determinado comportamento.”

■ “...motivação é uma força interna que nos leva a fazer determinadas coisas em determinadas situações.”

Page 105: Causas do comportamento

O uso como substantivo (como nome – reificação do conceito)■ “Ao meu modo de observar e entender as

coisas, motivação é uma força interna que leva uma pessoa fazer algo...” (aluno 3º semestre)

■ “A motivação é encarada como uma espécie de força interna que emerge, regula e sustenta todas as nossas ações mais importantes.” (Vernon, 1973, p.11). Livro: Motivação Humana

Page 106: Causas do comportamento

O uso como substantivo (como nome – reificação do conceito)■ Absurdos lógicos nestes tipos de uso do conceito

(tautologias): ❑ Substituição dos conceitos aparentados, usados nas

definições pode ser feita infinitas vezes ❑ Motivação é uma força interna... ❑ Motivação é um impulso... ❑ Motivação é um desejo... ❑ Motivação é uma necessidade... ❑ Uma força interna é um desejo... ❑ Um desejo é uma necessidade... ❑ Um impulso é uma força interna... ❑ Uma força interna é um desejo... ❑ E assim por diante infinitamente...

Page 107: Causas do comportamento

O uso como substantivo (como nome – reificação do conceito)■ Outro problema: se é “coisa”, ocupa lugar # motivação intrínseca

versus motivação extrínseca

■ Exemplo:“Se, no início do século, o desafio era descobrir aquilo que se deveria fazer para motivar as pessoas, mais recentemente tal preocupação muda de sentido. Passa-se a perceber que cada um já trás, de alguma forma, dentro de si, suas próprias motivações. (p. 23) ...não existe o pequeno gênio da motivação que transforma cada um de nós em trabalhador zeloso ou nos condena a ser o pior dos preguiçosos. Em realidade, a desmotivação não é nenhum defeito de uma geração, nem uma qualidade pessoal, pois ela está ligada a situações específicas (Bergamini,1997, p. 27, grifo nosso)”

Page 108: Causas do comportamento

Reflexão

■ “A palavra motivação parece se referir a nada além do que às causas do comportamento; é um equivoco ela continuar a ser apresentada em capítulos e rótulos de campos separados nos livros-texto porque a psicologia científica se preocupa inteiramente com causas. Por isso, dada a confusão conceitual gerada pelo uso do termo motivação como um constructo descritivo ou explicativo ou como um rótulo de tópico, existem fortes argumentos para abandonar totalmente o conceito.” Chiesa, 1994/2006, p. 96.

Page 109: Causas do comportamento
Page 110: Causas do comportamento

Armas, germes e aço (Diamond, 1995)

Por que alguns povos dominaram e outros foram dominados?

Page 111: Causas do comportamento

A pergunta de Yali

■ “Por que o desenvolvimento humano avançou em ritmos desiguais nos diferentes continentes?” ❑ Diferenças biológicas? ❑ Diferenças de QI? ❑ O livro em uma frase: “A história segue diferentes

rumos para os diferentes povos devidos às diferenças entre os ambientes em que viviam e não devido a diferenças biológicas entre os povos.”

Page 112: Causas do comportamento

A pergunta de Yali

■ “Por que vocês, brancos, produziram tanto ‘cargo’ e trouxeram tudo para a Nova Guiné, mas nós, negros, produzimos tão pouco ‘cargo’?” p. 14

■ Reformulação da pergunta: “Por que a riqueza e o poder foram distribuídos dessa forma e não de qualquer outra? Por exemplo, por que os índios americanos, os africanos e os aborígines australianos não dizimaram, subjugaram ou exterminaram os europeus e asiáticos?” p. 15

Page 113: Causas do comportamento

Morioris & Maoris

■ Maoris conquistaram os morioris ❑ Povos de mesma origem ❑ Ataque: aproximadamente 500 anos depois do “surgimento”

dos morioris ■ O que levou o morioris a serem tão diferentes do

seus antepassados? ❑ Morioris: “tradicionalmente resolviam suas brigas de forma

pacífica e decidiram, em conselho, que não lutariam, preferindo propor a paz, amizade e divisão de recursos.”

❑ Maoris: “Tomamos posse de acordo com nossos costumes. Ninguém escapou... Mas o que tem isso? Foi tudo de acordo com nossos costumes.”

❑ Crenças são “causas” ou “efeitos”?

Page 114: Causas do comportamento

Morioris & Maoris

■ Morioris ❑ Cerca de 2.000 pessoas ❑ Caçadores-coletores ❑ Fraca organização política

■ Maoris ❑ Cerca de 100.000 pessoas ❑ Fazendeiros e agricultores ❑ Forte organização política

Page 115: Causas do comportamento

Incas versus Espanhóis

■ Ataualpa & Pizarro (1532) ■ 168 espanhóis / 80.000 incas ■ Explicações “imediatas”

❑ Cavalos, varíola, armas de aço, organização política, domínio da escrita

■ “Por que todas essas vantagens estavam na Europa e não no Novo Mundo? Por que não foram os incas que inventaram as armas e as espadas de aço, que montaram animais tão temíveis quanto cavalos, que espalharam doenças para as quais os europeus não tinham resistência, que desenvolveram navios capazes de cruzar os oceanos e organizar políticas avançadas, e que tiveram condições de se basear na experiência de milhares de anos de história escrita?”: causas imediatas versus causas fundamentais.

Page 116: Causas do comportamento

O poder dos fazendeiros (Cap. 4)

■ “Como os fazendeiros venceram os famosos guerreiros?” p.83

■ “(...) a produção de comida era um pré-requisito indireto para o desenvolvimento de armas, germes e aço. Por isso, as variações em matéria de clima e geografia ou o momento em que os povos de diferentes continentes se tornaram agricultores ou criadores de animais, explicam em grande parte seus destinos contrastantes.” p. 84

Page 117: Causas do comportamento

O poder dos fazendeiros (Cap. 4)

Fatores últimos

Fatores próximos

Eixo leste/oeste

Muitas espécies selvagens domesticáveis

As espécies domesticáveis espalham-se

Muitas espécies animais e vegetais domesticadas

Excedentes de comida; estoques de comida

Grandes sociedades densamente povoadas, estratificadas e sedentárias

Tecnologia

Armas, espadas de

aço

Navios transoceâni

cos

Organização política, escrita

Doenças epidêmicas

cavalos

Page 118: Causas do comportamento

O poder dos fazendeiros (Cap. 4)

■ Modo de vida sedentário: ❑ Maior quantidade de comida $ maior densidade

populacional ❑ Intervalos menores entre o nascimento dos filhos ❑ Excedente e estocagem de alimento

■ “(...) eram essenciais para alimentar os especialistas que não se dedicavam ao cultivo (...) Dois tipos de especialistas são os reis e os burocratas” p. 87 -> organização política

■ Soldados profissionais e artesãos ❑ Domesticação de animais -> doenças infecciosas

Page 119: Causas do comportamento

O poder dos fazendeiros (Cap. 4)

■ “Em suma, a domesticação de animais e o cultivo de plantas significaram muito mais do que comida e populações mais numerosas. Os excedentes de alimentos resultantes e (em algumas áreas) o transporte por animais desses excedentes eram um pré-requisito para o desenvolvimento das sociedades sedentárias, politicamente centralizadas, socialmente estratificadas, economicamente complexas e tecnologicamente inovadoras.” p.90

Page 120: Causas do comportamento

O poder dos fazendeiros (Cap. 4)

■ “A existência de plantas e animais domésticos explica, em última instância, por que os impérios, a alfabetização e as armas de aço surgiram inicialmente na Eurásia e depois se desenvolveram, ou não, em outros continentes. O uso militar de cavalos e camelos e o poder assassino dos germes derivados de animais completam a lista dos principais vínculos entre produção de alimentos e conquista que iremos examinar.” p. 90

Page 121: Causas do comportamento

A história dos que têm e dos que não têm (cap. 5)

■ “Por que a produção de alimentos se desenvolveu primeiro nessas terras aparentemente secundárias e somente depois onde se tem hoje as regiões mais férteis e os melhores pastos?” p. 92

■ “Se os lugares que importaram essas práticas tinham condições de produzir alimentos desde a pré-história, por que seus habitantes não se tornaram agricultores e criadores sem ajuda externa, cultivando plantas locais e criando animais?” p. 92

■ Início independente da produção de alimentos; domesticação de animais e “importação” da tecnologia agrícula

Page 122: Causas do comportamento

Ser ou não ser agricultor (Cap. 6)

■ “Inicialmente todos os povos do mundo eram caçadores-coletores. Por que nenhum deles adotou a produção de alimentos? (...) Por que mesmo os povos do Crescente Fértil esperaram até 8.500 a.C., em vez de se tornarem produtores de alimentos já em 18500 ou 28500 a.C.?”

Page 123: Causas do comportamento

Ser ou não ser agricultor (Cap. 6)

■ “Arqueólogos demonstraram que os primeiros agricultores de muitas regiões eram menores e menos nutridos, sofriam de doenças mais graves e morriam, em média, mais cedo do que os caçadores-coletores que eles substituíram (...) Já que eram incapazes de prever os resultado, por que fizeram assim mesmo essa escolha?” p. 104

Page 124: Causas do comportamento

Ser ou não ser agricultor (Cap. 6)

■ “O que realmente aconteceu não foi uma descoberta da produção de alimentos, nem uma invenção, como podemos imaginar inicialmente. Não havia nem mesmo uma escolha consciente entre produzir comida ou ser caçador-coletor (...) os primeiros povos que adotaram a produção de alimentos podiam, obviamente, não estar fazendo uma escolha consciente ou ter a intenção de se tornar fazendeiros, porque não conheciam essa possibilidade e não tinham como saber o que isso significava.” p. 104

Page 125: Causas do comportamento

Ser ou não ser agricultor (Cap. 6)

■ Pergunta 1: ❑ “Já que eram incapazes de prever os resultado, por que

fizeram assim mesmo essa escolha?” p. 104 ■ Pergunta reformulada:

❑ “Por que a produção de alimentos se desenvolveu, por que isso ocorreu em alguns lugares e não em outros, e por que não em data anterior ou posterior” p. 105

■ Essas perguntas levam a diferentes respostas?

Page 126: Causas do comportamento

Ser ou não ser agricultor (Cap. 6)

■ Sedentarismo versus produção de alimento

■ Transição entre caçador-coletor e agricultor/criador é um continuo, um processo (que exemplos o livro apresenta disso?)

Page 127: Causas do comportamento

Ser ou não ser agricultor (Cap. 6)

■ Fatores que influenciaram a mudança: ❑ Redução da disponibilidade de alimentos não-cultivados ❑ O desaparecimentos de animais selvagens tornava a

atividade de caçador-coletor menos compensadora ❑ Desenvolvimento cumulativo de tecnologias das quais a

produção de alimentos iria depender ❑ Maior quantidade de comida $ maior densidade

populacional ❑ Densidade populacional (maior número) permitiu que

agricultores desalojassem ou matassem caçadores coletores

Page 128: Causas do comportamento

O Conceito de Operação Estabelecedora e Análise do Comportamento

Miguel, C. F. (2000). O conceito de Operação Estabelecedora na Análise do Comportamento. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 16, 259-267.

Page 129: Causas do comportamento

Resumo do artigo

■ “... operações estabelecedoras podem ser definidas como eventos ambientais que alteram a efetividade reforçadora de um estímulo, assim como evocam todo comportamento que, no passado, foi seguido por tal estímulo. O conceito parece descrever, em termos comportamentais, o que é usualmente chamado de motivação”

Page 130: Causas do comportamento

Aprendizagem e Motivação

Aprendizagem “saber fazer”

Motivação “querer fazer”

“Um não acontece sem o outro”

Page 131: Causas do comportamento

Motivação e Reforço

■ O reforço está diretamente relacionado ao que se chama de motivação

■ O reforço, no entanto, não é suficiente para explicar todos os problemas relacionados à motivação

■ O problema, muitas vezes, está na eficácia da contingência, não em um de seus termos

Page 132: Causas do comportamento

O Conceito de Drive (Impulso)

■ Drive ou impulso: identificação dos efeitos de operações de privação e saciação

■ Efeitos de OEs de drive: ❑ Mudança momentânea de um grupo de respostas

(evoca a ocorrência de respostas) ❑ Torna o reforçamento possível (estabelece o valor

reforçador de uma classe de estímulos)

Page 133: Causas do comportamento

Função Motivacional

■ Função motivacional versus função discriminativa dos estímulos

■ Função motivacional ❑ Aumenta o valor reforçador de uma classe de

estímulos ■ Função discriminativa

❑ Fornece contexto (ocasião) para a ocorrência de uma classe de respostas.

Page 134: Causas do comportamento

Função Motivacional

■ “...o valor reforçador de uma consequência depende diretamente da operação estabelecedora, ou seja, a menos que a operação estabelecedora esteja em efeito a relação entre os termos da contingência, não é efetiva.”

■ “...eventos como privação/saciação e estimulação aversiva parecem possuir características comuns: Eles momentaneamente alteram a) a efetividade reforçadora de outros eventos e b) a frequência de todo o comportamento que foi reforçado por esses eventos”

Page 135: Causas do comportamento

Função Motivacional

■ Efeitos das OEs (p/ Jack Michael)

❑ Efeito estabelecedor de reforçamento (altera a efetividade reforçadora/punidora de um estímulo)

❑ Efeito evocativo/supressivo da OE (evoca/suprime comportamentos)

❑ Efeito evocativo/supressivo do SD (aumenta a efetividade evocativa/supressiva do SD)

❑ Efeito sobre o reforçamento/punição condicionada ■ Ex: passa pela argola # som # pressiona a barra # água

Page 136: Causas do comportamento

OEs Condicionadas

■ Existem OEs incondicionadas e condicionadas (motivação inata e motivação aprendida)

■ OEI ❑ Não envolve aprendizagem

■ OEC ❑ Depende da história de aprendizagem do

indivíduo