cavidade óssea idiopática

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Page 1: Cavidade óssea idiopática
Page 2: Cavidade óssea idiopática

Cavidade Óssea Idiopática: relato de dois casos com características incomuns

Sérgio Luís Noronha Júnior *, Fábio Ramôa Pires *,**, Águida Maria Menezes Aguiar Miranda *, Eduardo Seixas Cardoso *, Teresa Cristina Ribeiro Bartholomeu dos Santos **, Renato Kobler Pinto Lopes Sampaio **

Ambulatório de Estomatologia (Curso de Odontologia – Universidade Estácio de Sá) *; Disciplina de Patologia Bucal (Faculdade de Odontologia da UERJ) **

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Introdução

Cavidade Óssea Idiopática é o termo atualmente mais aceito para designar a entidade conhecida como cisto ósseo simples, cisto ósseo solitário, cisto ósseo traumático ou cisto ósseo hemorrágico. Esta denominação recente parece espelhar de forma mais adequada a etiologia e as características clínicas e trans-cirúrgicas da condição. Estas lesões são descritas como cavidades intra-ósseas vazias ou contendo líquido serosanguinolento, desprovidas de revestimento epitelial e portanto classificadas como pseudocistos. Sua etiologia é desconhecida, mas aceita-se que um episódio traumático na região, estimule hemorragia intra-óssea e conseqüente reabsorção óssea medular. As características clínicas incluem maior prevalência na 1ª e 2ª década de vida, predominantemente afetando a região posterior de mandíbula e na maioria das vezes como lesões assintomáticas sem presença de abaulamento local. Radiograficamente usualmente observamos uma área radiolúcida unilocular com bordas bem ou mal definidas.

O objetivo deste trabalho é relatar 2 casos de cavidade óssea idiopática com características clínicas incomuns.

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Caso 1

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Paciente masculino, 17 anos, assintomático, submetido a exame radiográfico para tratamento ortodôntico, onde foi observada a presença de imagem radiolúcida unilocular mal-delimitada na região ântero-inferior (A). Os dentes apresentavam vitalidade pulpar e a punção aspirativa não revelou saída de material. Foi planejada cirurgia exploratória sob anestesia local em ambiente ambulatorial, que revelou cavidade sem revestimento epitelial e contendo discreto conteúdo serosanguinolento e espículas ósseas (B e C).

Após o reposicionamento do retalho e as suturas (D), o material cirúrgico obtido foi encaminhado para processamento histopatológico com laudo compatível com cavidade óssea idiopática. O acompanhamento radiográfico de 9 meses mostrou completa neo-formação no local da lesão (E).

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