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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS SIMONY DE OLIVEIRA ARRUDA A CONTABILIZAÇÃO DOS PLANOS DE BENEFÍCIO DEFINIDO NAS ENTIDADES PATROCINADORAS DE FUNDOS DE PENSÃO FORTALEZA-CE 2013

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ

FACULDADE CEARENSE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

SIMONY DE OLIVEIRA ARRUDA

A CONTABILIZAÇÃO DOS PLANOS DE BENEFÍCIO DEFINIDO NAS ENTIDADES

PATROCINADORAS DE FUNDOS DE PENSÃO

FORTALEZA-CE

2013

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SIMONY DE OLIVEIRA ARRUDA

A CONTABILIZAÇÃO DOS PLANOS DE BENEFÍCIO DEFINIDO NAS ENTIDADES

PATROCINADORAS DE FUNDOS DE PENSÃO

Monografia apresentada e submetida à aprovação do Centro de Ensino Superior do Ceará – Faculdade Cearense, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Prof.: Humberto Correia Lima Filho.

FORTALEZA-CE

2013

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Bibliotecário Marksuel Mariz de Lima CRB-3/1274

A773c Arruda, Simony de Oliveira

A contabilização dos planos de benefício definido nas entidades patrocinadoras de fundo de pensão / Simony de Oliveira Arruda. – 2013.

99f.

Orientador: Profº. Humberto Correia Lima Filho.

Trabalho de Conclusão de curso (graduação) – Faculdade Cearense, Curso de Ciências Contábeis, 2013.

1. Fundos de pensão. 2. Contabilização – entidades patrocinadoras. 3. Benefícios. I Lima Filho, Humberto Correia. II. Título

CDU 657:347.463

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A Deus em primeiro lugar por ser o Senhor da minha vida, a minha família por ter sido a base para eu me tornar o que sou hoje e principalmente a minha mãe querida simplesmente pelo fato de me amar e está sempre ao meu lado, e pelo exemplo de mulher que ela representa.

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AGRADECIMENTOS Agradeço inicialmente e principalmente a Deus por ser tudo na minha vida e por ter me dado forças para concluir mais uma etapa. Aos meus pais e irmãs que sempre estiveram ao meu lado. Ao meu orientador, Professor Humberto Correia, MSc., pela paciência, pelas sugestões e por ter acreditado no meu potencial. A coordenadoria do curso de graduação de Ciências Contábeis da Faculdade Cearense, pelo auxílio e disposição aos alunos. A todos os professores que durante oito semestres estiveram sempre presentes nos passando tanto conhecimento. Aos meus colegas de curso, que juntos comigo alcançaram essa conquista. E aos meus amigos e companheiros de turma: Antônia Tarcianne Patrício, Adelano Moura, Carlos Eduardo Lopes e Lina Gardênia Benevides, que compartilharam comigo seu tempo, seus conhecimentos e principalmente sua amizade.

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“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Romanos 12:2)

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RESUMO

O presente trabalho apresenta a problemática de como é feita a contabilização dos planos de benefício definido nas entidades patrocinadoras de fundos de pensão, por isso o seu objetivo geral é justamente mostrar a forma dessa contabilização, juntamente com os seus objetivos específicos que visam discorrer sobre o regime de previdência complementar no Brasil, como o mesmo está classificado, a funcionalidade de um Fundo de Pensão e sua legislação pertinente, bem como a contabilização realizada nas referidas entidades fechadas de previdência complementar. Especificando os tipos de planos de benefícios oferecidos pelos fundos de pensão, atentando para as principais diferenças entre eles e relacionando algumas vantagens e desvantagens atreladas a cada plano. A justificativa para esta pesquisa é atentar para a importância dos fundos de pensão, visto que os mesmos são uma ótima opção para complementar a aposentadoria e principalmente a necessidade que os profissionais contábeis possuem em ter um maior contato com a contabilização dos planos de um fundo de pensão, tanto no próprio, quanto nas entidades que os patrocinam. Na metodologia do referido foram utilizadas abordagens qualitativas e quantitativas, pesquisas bibliográficas e os mecanismos de metabusca. As considerações finais ratificam toda a fundamental participam dos fundos de pensão na sociedade, assim bem como confirmam que a contabilização dos planos é complexa e necessita de estudos por parte dos profissionais.

Palavras-chaves: Fundos de Pensão. Planos de benefício Definido. Contabilização nas Entidades Patrocinadoras.

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ABSTRACT

This paper presents the problem of how is the accounting of defined benefit plans in the sponsors of pension funds, so your overall goal is to show how this accounting, along with their specific objectives aimed discuss the pension funds system in Brazil, as it is classified, the functionality of a pension fund and its relevant legislation and accounting in such entities held closed pension funds. Specifying the types of benefit plans offered by pension funds, noting the major differences between them and relating some advantages and disadvantages linked to each plan. The rationale for this research is to consider the importance of pension funds, since they are a great option to supplement retirement and especially the need for accounting professionals have to have greater contact with the recognition of the plans of a fund pension, both in itself, as the entities that sponsor them. In the methodology of that were used qualitative and quantitative approaches, literature searches and metasearch engines. The final considerations ratify all key participating pension funds in society, and thus confirm that the recognition of the plans is complex and needs to be studied by professionals. Keywords: Pension Funds. Defined benefit plans. Sponsoring Entities in accounting.

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LISTA DE ANEXOS

Anexo A: Lei Complementar nº 108, de 29 de maio de 2001 .............................................. 56

Anexo B: Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001 .............................................. 64

Anexo C: Normas gerais dos procedimentos contábeis a serem aplicadas pelas entidades fechadas de previdência complementar ................................................................................ 70

Anexo D: Resolução MPS/CNPC nº 08, de 31 de outubro de 2011 – dou de 16/12/2011 (anexo A) .............................................................................................................................. 75

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LISTAS DE TABELAS

Exemplo 1: Reconhecimento do passivo líquido no Balanço Patrimonial ........................... 46

Exemplo 2: Inexistência de variações atuariais .................................................................... 46

Exemplo 3: Diferença atuarial no final do período ............................................................... 47

Exemplo 4: Reconhecimento ao final do período ................................................................. 47

Exemplo 5: Mensuração das despesas..................................................................................49

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO. ............................................................................................................ 12

1.1 Problemática................................................................................................................. 13

1.2 Objetivo Geral ................................................................................................................. 13

1.3 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 13

1.4 Metodologia .................................................................................................................... 14

2. REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 16

2.1 Breve histórico da Seguridade Social no mundo ............................................................ 16

2.2 Breve histórico da Previdência Social no Brasil ............................................................. 19

2.3 Previdência no Brasil ...................................................................................................... 22

2.4 Previdência Social Pública .............................................................................................. 22

2.5 Previdência Privada ou Complementar ........................................................................... 24

3. ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ................... 26

3.1 Definição ......................................................................................................................... 26

3.2 Classificação das entidades ............................................................................................. 26

3.3 Fiscalização dos Fundos de Pensão ................................................................................ 27

3.4 Estrutura mínima distribuída em conselhos .................................................................... 27

3.5 Política de investimentos e aplicação de recursos .......................................................... 28

3.6 A legislação pertinente aplicável aos fundos de pensão ................................................. 29

3.6.1 Legislação pertinente aos fundos de pensão ................................................................ 29

3.6.2 Decretos dirigidos aos fundos de pensão ..................................................................... 30

3.7 Benefícios e planos previdenciários dos fundos de pensão ............................................ 30

3.7.1 Modalidades de benefícios ........................................................................................... 30

3.7.2 Planos beneficiários ..................................................................................................... 31

3.7.2.1 Plano de benefício definido ...................................................................................... 32

3.7.2.2 planos de contribuição definida ................................................................................ 33

3.7.2.3 planos de contribuição variável ................................................................................ 34

4. CONTABILIDADE DAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 36

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4.1 Normas Gerais ................................................................................................................ 36

4.2 Planificação padrão de contas dos fundos de pensão...................................................... 39

4.3 Planos de benefícios pós-emprego .................................................................................. 40

4.4 Contabilização dos planos de benefício definido nas entidades patrocinadoras de fundos de pensão ............................................................................................................................... 41

4.4.1 Reconhecimento e Mensuração ................................................................................... 42

4.4.2 Diferenças Atuariais .................................................................................................... 45

4.4.3 Exemplo de contabilização de plano de benefício definido usando o método corredor .............................................................................................................................................. 46

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 50

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 53

ANEXOS .............................................................................................................................. 56

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1. INTRODUÇÃO

Sabe-se que a Previdência é um direito de todos, cada pessoa que trabalha para

adquirir sustento para si próprio e para sua família, pensa nas possíveis dificuldades que irão

encontrar quando ficarem inativos, ou seja, quando não mais dispõem de capacidades físicas

e/ou psicológicas para enfrentar jornadas de trabalho longas e árduas, incapacidade esta, tanto

pelo fato de já estarem idosos, como por motivo de doença/deficiência congênita ou

adquirida. A previdência veio para amenizar essa preocupação de desamparo, e seja ela da

maneira que for, todos os indivíduos a anseiam.

Os Fundos de Pensão são entidades fechadas de previdência, formadas por

empresas (fundação ou sociedade civil) ou um grupo delas, organizadas com o objetivo de

realizar investimentos e gerir recursos que servirão como complemento à aposentadoria

daqueles que aderirem ao plano, por isso são chamados de EFPC (Entidades Fechadas de

Previdência Complementar). Os investimentos dos Fundos são aplicados em imóveis, ações e

renda fixa, conforme limites estabelecidos pelo Banco Central. O empregado que participa de

um Fundo de Pensão receberá mensalmente o benefício a partir do momento em que se

aposentar ou mesmo quando sai da empresa ele tem o direito de retirar a parte que contribuiu.

Aqueles que participam de um Fundo de Pensão possuem a vantagem de poder

deduzir em até 12% (doze por cento) sua renda tributável e a empresa contribuinte

(patrocinadora) do fundo poderá descontar 20% (vinte por cento) de suas receitas

operacionais, além do que esse tipo de plano de previdência, oferece benefícios variados e

suas taxas administrativas e de carregamento, normalmente são mais baixas do que as de um

fundo individual.

Fonte: Dados retirados do site - http://economia.uol.com.br/financas/previdencia/fundos-pensao.jhtm

A justificativa para elaboração desse trabalho é mostrar a importância dos Fundos

de Pensão, que se dá tanto no âmbito social quanto no econômico. Do ponto de vista social,

pelos inúmeros benefícios proporcionados aos seus participantes e associados, visto que há

uma maior garantia de que trabalhadores ativos contribuintes dos fundos, terão uma

aposentadoria mais tranquila e confortável. Além de desempenharem um importante papel na

formação de empregos.

Do ponto de vista econômico pelo fato de serem um ótimo investidor

institucional, disponibilizando recursos que são aplicados a longo prazo nos mais diferentes

ramos da economia, recursos estes que viabilizam investimentos fundamentais para a

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formação bruta de capital fixo, democratização do capital de empresas e a

geração/privatização de uma poupança interna continuada, a qual está entre os principais

fatores que contribuem para alavancagem e sustentabilidade da economia. Além desses

aspectos, os Fundos de Pensão contribuem para a política de recursos humanos das empresas

e a imagem que as mesmas transmitem tanto aos seus funcionários, quanto aos seus

colaboradores.

Por isso se faz necessário aos profissionais de contabilidade conhecer e entender o

processo de contabilização em Fundos de Pensão, visto que há um crescimento no surgimento

de novas EFPC (Empresas Fechadas de Previdência Complementar), por terem se tornado

objeto de desejo da grande maioria de empregados e empregadores e principalmente a

contabilização dos planos nas entidades patrocinadoras de fundos de pensão.

1.1 PROBLEMÁTICA

A problemática do presente trabalho é a seguinte: Como é feita a contabilização

dos planos de benefícios definido nas entidades patrocinadoras de Fundos de Pensão.

1.2 OBJETIVO GERAL

Apresentar a forma de contabilização dos planos de benefício definido nas

entidades patrocinadoras dos Fundos de Pensão que oferecem este tipo de plano aos seus

participantes, assim bem como a importância dos Fundos de Pensão para os seus usuários,

sejam eles pessoas jurídicas ou pessoas físicas.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a. Discorrer sobre a Previdência no Brasil, sua origem e os regimes que a compõe, dando

ênfase ao Regime de Previdência Complementar.

b. Conceituar Fundos de Pensão, quais legislações em que os mesmos se enquadram,

como são fiscalizados e as vantagens de participar desse tipo de regime.

c. Especificar quais os benefícios adquiridos dependendo do tipo de precificação aderida,

podendo estes serem de benefício definido, contribuição definida e misto.

d. Apresentar as normas gerais para a contabilização nos fundos de pensão e a

planificação padrão das contas elaboradas especificamente para este tipo de entidade.

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1.4 METODOLOGIA

A metodologia do presente trabalho será qualitativa e quantitativa. Qualitativa

porque a pesquisa apresenta pontos qualitativos dos fundos de pensão e sua importância para

os seus participantes.

Por meio da abordagem qualitativa, o pesquisador interpreta os fatos e procura

solucionar o problema proposto (SOARES, 2003).

Segundo OLIVEIRA (2004), a utilização da abordagem qualitativa proporciona

uma maior facilidade na descrição da complexidade de uma determinada hipótese ou

problema, na análise de variáveis, na compreensão de processos dinâmicos experimentado por

grupos sociais, na criação ou formação de opiniões de determinados grupo, permitindo em

maior grau de profundidade, a interpretação de particularidades comportamentais dos

indivíduos.

A qualidade da pesquisa se dá de forma que o desenvolvedor do projeto apresente

de forma clara e objetiva a correlação dos fatos e os questionamentos do problema exposto, o

qual deve ser precedido de soluções adequáveis ao seu ângulo de complexidade.

A pesquisa é também quantitativa porque utilizará dados que demonstram como é

feita a contabilização de fatos ocorridos em empresas que patrocinam fundos de pensão,

apresentação de demonstrações financeiras, plano de contas específico, etc.

A pesquisa quantitativa é mais utilizada para conseguir opiniões, pois faz uso de

questionários. Representa um determinado universo, onde seus dados são projetados para o

mesmo. Esse tipo de pesquisa é adequada para medidas quantificáveis.

OLIVEIRA (2004) diz que quantitativo conforme o próprio nome já diz, significa

quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, principalmente na utilização

de recursos estatísticos, desde os mais simples aos mais complexos.

Para OLIVEIRA (2004), o método quantitativo também pode ser usado no

desenvolvimento de pesquisas descritivas, no âmbito social, econômico, de comunicação,

mercadológicas, de opinião, de administração, a fim de garantir a precisão de resultados,

evitando distorções de análise e interpretações.

A metodologia também fará uso de pesquisa exploratória, pois serão realizadas

pesquisas bibliográficas como fonte de informações sobre o assunto abordado.

As pesquisas exploratórias proporcionam uma maior familiaridade com o

problema, fazendo com que o mesmo torne-se mais explícito a fim de constituir hipóteses.

Tem o objetivo de aprimorar ideias e descobrir opiniões (GIL, 2002).

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A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Lakatos (2005)

Então a pesquisa bibliográfica abrange trabalhos realizados por outros autores, por

isso são chamados de fontes secundárias, as quais já tiveram sua publicação em diversas

formas de apresentação.

Em conjunto serão avaliados outros trabalhos científicos que foram publicados

com semelhança no tema proposto, tendo como exemplo os artigos científicos e monografias

realizadas por terceiros, legislações pertinentes aos Fundos de Pensão e sites da internet que

abordam o conteúdo em pesquisa, como por exemplo, páginas do Ministério da Previdência

Social e Complementar, e demais sites que abordam o tema em questão.

Será realizada pesquisa com sistemas de buscas, sendo utilizadas duas categorias:

diretórios e mecanismos de metabusca.

Segundo GIL (2002) O diretório divide o conteúdo dos sites em categorias e

subcategorias, setores de atividade econômica ou ramos do conhecimento, o que possibilita

maior facilidade na busca por meio de filtros. A pesquisa é feita desde termos genéricos até os

mais específicos.

Já nos mecanismos de metabusca percorrem-se vários sites de busca de uma só

vez, assim há maiores chances de achar o que se procura, em um menor espaço de tempo,

tendo um maior acesso as informações.

Em fim todo e qualquer material que possa fundamentar a pesquisa em questão,

afim de que seja possível fazer uma nova abordagem sobre o mesmo, levantando

questionamentos que sirvam de embasamento para futuras pesquisas.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 HISTÓRICO DA SEGURIDADE SOCIAL NO MUNDO

A Seguridade Social é definida como um conjunto de ações políticas e sociais

destinadas a assegurar o indivíduo e sua família no que diz respeito à assistência, saúde e

previdência.

Ela surgiu no cenário mundial desde os primórdios, estando até relacionada com

surgimento da humanidade, quando o homem ainda de forma ingênua praticava ações para se

prevenir de algo, sem saber que mais tarde existiriam legislações que colocariam o seguro

social como direito humano.

Que faziam os povos incultos ao atribuírem às mulheres a obrigação de trabalhos penosos? Poupavam as energias dos varões, conservando-os sadios, vigorosos e descansados para que, quando necessário, usassem de força bastante, e se defendessem contra os imprevistos da natureza, ataques de animais e dos seus semelhantes e, assim, se impusessem, temidos e respeitados. (NUMA FREIRE, 1969, p. 33)

Na antiguidade o homem já pensava em maneiras de prevenção, e uma delas era a

formação de reservas financeiras para possíveis necessidades futuras, alguns autores colocam

que essas atitudes datam da pré-história, os indivíduos se precaviam, poupavam seus esforços

e deixavam que suas esposas realizassem os trabalhos dolorosos e difíceis, para que quando

necessário ele usasse de força.

Na Idade Média as organizações artesanais ou de oficio se preocupavam com o

bem estar de seus integrantes, se algum deles perdesse a capacidade para trabalhar e se o

mesmo estivesse dentro do critério de boa conduta, a este era dado um auxilio para ajudar no

seu sustento. Em período de situações difíceis as corporações trabalhavam com a ajuda mútua.

A Igreja também participou do processo histórico da Seguridade Social, com a ajuda médica,

educacional e assistencial aos indivíduos.

Apesar de ser constatável a noção de precaução e o interesse de gerenciamento

dos recursos até mesmo no homem antecessor ao advento da escrita, é possível verificarmos

que tais exigências não se assemelhavam ao instituto que colocava o Estado como responsável

pela prestação desse serviço. E ainda, a organização jurídica dificultava a conceituação de tal,

que mais se assemelhava a um instinto humano natural racionalmente econômico. Nesse

sentido existia uma instituição organizada do Pecúlio, onde o dinheiro acumulado por trabalho

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era pago principalmente aos soldados da Legião Romana. Para alguns o precursor da

seguridade social é o pecúlio, que detinha a função de manter os membros do exército sempre

prontos para o combate, bem armados e consideravelmente bem alimentados, e também com

o intuito de garantir a subsistência de seus dependentes.

Porém, há autores que digam que a previdência social tenha se originado na

Grécia e Roma antigas, em instituições de caráter mutualista, em que, dentre as fontes da

previdência é possível destacar as caixas de socorro de natureza mutualista que algumas

corporações criavam para seus membros, como se fosse um seguro de vida. Entretanto, é

visível a contribuição marcante do pecúlio na formação jurídica da seguridade social durante a

Idade Média.

A preocupação do homem em relação ao infortúnio data de 1344. Onde neste ano

ocorre a celebração do primeiro contrato de seguro marítimo. Em 1601, surge na Inglaterra, a

Poor Relif Act, ou Lei de Amparo aos Pobres, ela retira da sociedade a obrigação de preparar-

se para o amparo de seu próximo necessitado e impõe ao Estado o dever de amparar. Origina-

se então a assistência pública social, com o auxílio da influência de Robert Owen, a primeira

pessoa a instituir uma indústria com o sistema de previdência na Inglaterra.

Com a ocorrência da Revolução Industrial no século XVII, aumentou-se a

demanda por proteção social, isso favoreceu em 1832 a reforma da Lei dos Pobres. A causa

dessa crescente demanda foi a invenção do tear mecânico e da máquina de vapor, que resultou

em um imenso teor de desemprego, que superou o número de população ativa, fazendo com

que a Lei não tivesse mais êxito dentro do território inglês.

Em 21 de dezembro de 1844, vinte e oito operários, vinte e sete homens e uma

mulher, em sua maioria tecelões, entre eles alguns ex-empregados de Robert Owen,

motivados pelo movimento cooperativista, fundaram a Cooperativa dos Probos Pioneiros de

Rochdale, reconhecida como a primeira cooperativa moderna no mundo.

Apesar de serem a Inglaterra e a frança consideradas nações pioneiras na

seguridade social, foi na Alemanha de Otto Von Bismarck, em 1883, que foi criado o

primeiro e verdadeiro sistema de seguro social, fundado sob a tríplice contribuição do Estado

e financiado pelos impostos de trabalhadores e empresas. Logo após, foram criados o seguro-

doença (1883), a proteção acidentária (1884) e o seguro contra invalidez e velhice (1889).

Os alemães atingiram leis mais voltadas ao interesse social e à proteção do

operário, devido ao impacto da encíclica Rerum Novarum do Papa Leão XIII – a chamada

sistematizadora da Doutrina Social da Igreja Católica, que na época foi alvo de críticas

socialistas. Essas Leis foram as primeiras vozes contra a exploração do trabalho de mulheres e

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crianças, assim como também o incentivo à formação social que assegurasse a dignidade

humana.

A primeira constituição a apresentar e colocar a seguridade como um direito

social, foi a do México em 1917. Essa constituição dispunha de direitos que asseguravam os

mesmos defendidos pelo Papa Leão XIII em 1981 na Rerum Novarum, porém, chegou a

tornar crime declarar-se cristão, o que gerou a morte de quase cem mil cristãos.

Dois anos depois a Constituição de Weimar (Alemão: Weimarer Verfassung),

trouxe em seu conteúdo diversas disposições sobre a matéria previdenciária, e foi considerada

o marco do movimento constitucionalista, que consagrou direitos sociais e reorganizou o

Estado em detrimento da sociedade e não mais somente do indivíduo. A Constituição de

Weimar seguiu a mesma linha de raciocínio da Mexicana de 1917, e contemplou em seu texto

trechos das convenções aprovadas pela então consagrada Organização Internacional do

Trabalho (OIT), fundada no mesmo ano.

Através da Organização Internacional do Trabalho (OIT), foram realizadas várias

convenções da matéria previdenciária, destacando-se entre elas, em 1921, a de nº. 12, que

abordava os acidentes de trabalho na agricultura e, em 1927, a de nº. 17 sobre as indenizações

por acidentes de trabalho em demais atividades.

Já em 1935, os Estados Unidos aprovaram o Social Security Act, uma norma que

amparava aos indivíduos, com relação aos riscos sociais em geral, que se tornou um

instrumento para assegurar uma vida com qualidade, principalmente àqueles mais

necessitados, entretanto gerou algumas polêmicas sobre a aplicação do Auxílio-Desemprego.

A terceira fase surgiu em 1942 na Inglaterra, com o Plano Beveridge, criado por

Willian Beveridge, Doutor da Universidade de Oxford e Diretor da London School of

Economics. A grande preocupação era reconstruir o caráter social da Inglaterra, devastada

pela guerra que ocorria em toda Europa. Essa fase vai além da previdência social, era o

momento da seguridade social.

Nesse período houve a eleição de “cinco gigantes na estrada da reconstrução”, são

eles: necessidade, doença, ignorância, carência (desamparo) e desemprego. O objetivo do

plano era acabar e/ou diminuir as necessidades e oferecer seguridade diante delas, não

podendo esquecer que era para ser apenas uma política global de progresso social. Todavia foi

uma cobertura do “berço ao túmulo”.

No mesmo contexto, foram adotados seis princípios basilares: benefícios

adequados; benefícios cujos valores fossem divididos de forma justa; contribuições em cotas

justas; unificação da responsabilidade administrativa; acobertamento das necessidades básicas

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da população; e classificação das necessidades. Essa foi uma maneira de conter grandes

contingências sociais na época, apesar de ter recebido fortes críticas.

2.2 HISTÓRICO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

Os primeiros vestígios da Previdência Social no Brasil ocorreram no Império,

quando em favor dos funcionários públicos e de seus dependentes, fora criado Montepios e

Montes de Socorro. O seguro social surgiu com a implantação do seguro de acidentes do

trabalho e com a promulgação do Decreto nº. 3.724 de 15 de janeiro de 1919, que tratava das

indenizações aos empregados que sofriam acidentes de trabalho.

Entretanto, a evolução da previdência social no Brasil, como política de proteção

social, se deu de forma marcante durante o século XX, tendo como principais incentivadores,

as grandes transformações que ocorreram naquele período, como exemplo é possível citar as

mudanças sociais, econômicas, políticas e institucionais.

Através do Decreto nº. 4.682, de 24 de janeiro de 1923, conhecido como “Lei

Eloy Chaves”, é que houve um crescimento da previdência como política pública, gerando um

sistema de filiação obrigatória, voltado para o atendimento em situações de risco social, sendo

eles: enfermidade, velhice ou morte dos beneficiários.

O sistema inicialmente surgiu na forma de caixas de aposentadoria e pensões

vinculadas a certas empresas, iniciando seu processo de universalização a partir do governo

Vargas, e com a implantação dos institutos de aposentadoria e pensões criadas por categorias

profissionais, adquiriu certo caráter corporativo.

Houve muitas críticas em relação a desigualdade dos planos e benefícios

oferecidos por esse sistema e pela disseminação dos recursos utilizados, porém o mesmo teve

duração até a edição da Lei nº. 3.807, de 26 de agosto de 1960, a qual ficou popularmente

conhecida como Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS, esta trouxe planos de benefícios

com custo único para os trabalhadores que não beneficiados pelo regime próprio de

previdência.

Detalhe importante dessa previdência social unificada foi que as regras concernentes aos direitos previdenciários nela previstos foram traçadas tendo em vista um modelo atuarial sustentável, ou seja, voltadas à manutenção do equilíbrio entre benefícios e custeio1

1 SOCIAL, Ministério da Previdência. Previdência Social: Reflexões e Desafios. Disponível em: <http://www.previdenciasocial.gov.br/arquivos/office/3_100202-164641-248.pdf> Acesso em: 31 mar 2013.

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A previdência social unificada foi importante, pois as normas dos direitos

previdenciários possuíam um modelo atuarial que sustentava e equilibrava os benefícios e

custeios.

A partir do ano de 1964 e durante todo o período do regime militar, aconteceram

diversas e fundamentais transformações na previdência social. Além da unificação

institucional, em 1966, nesse mesmo período houve a ampliação do universo de filiados, com

a inclusão de novas categorias de profissionais. Logo em breve foram instituídos novos

benefícios, como por exemplo, o salário-maternidade.

Em 1971, foi criada a Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social

(DATAPREV), e logo após foi instalado o Ministério da Previdência e Assistência Social, o

que resultou na separação do que era atribuído ao Ministério do Trabalho e da Previdência e

Assistência Social.

Em 1977, foi instituído pela Lei nº. 6.439 o Sistema Nacional de Previdência de

Assistência Social (SINPAS), também foram criados o Instituto Nacional de Assistência

Médica (INAMPS), o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência

Social (IAPAS), integrando também o sistema o Instituto Nacional de Previdência Social

(INPS).

O novo modelo adotado era uma aproximação do que viria ser seguridade social.

Porém, foi com a promulgação da Constituição de 1988 que houve a integração das funções

de saúde, previdência e assistência, revelando assim o Sistema da Seguridade Social, já a

constituição foi regulamentada em 24 de julho de 1991, com a aprovação das Leis de n.s

8.212 e 8.213 que tratam respectivamente do plano de custeio e de planos de benefícios da

seguridade.

“A previdência social sofreu muitas transformações, em que se destacam: a

instituição de regime jurídico único para os servidores públicos e o reconhecimento de

isonomia previdenciária ao trabalhador rural” 2.

Em 1988 foi aprovada a Emenda Constitucional nº. 20 (vinte), que implementou

diversas disposições, dentre elas há as principais trazendo em seu texto: que se fazia

necessário a imposição de um caráter observador aos critérios que mantivessem o equilíbrio

financeiro e atuarial; o auxílio-reclusão seria destinado apenas as pessoas que fossem

2 SOCIAL, Ministério da Previdência. Previdência Social: Reflexões e Desafios. Disponível em: <http://www.previdenciasocial.gov.br/arquivos/office/3_100202-164641-248.pdf>. Acesso em: 31 mar 2013.

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consideradas de baixa renda; estava proibido para as pessoas participantes do regime próprio

de previdência social se filiarem ao regime geral como segurado facultativo.

Era necessário introduzir questões sociais e demográficas no cálculo da

aposentadoria, e foi com promulgação da Lei nº. 9.876, de 26 de novembro de 1999, que

considerou-se, para apuração do benefício, além do tempo de contribuição, a expectativa de

vida e a idade do beneficiário quando o mesmo fosse se aposentar.

Em anos posteriores a história diz que ocorreram outras mudanças, assim como a

aprovação de novas Emendas Constitucionais, fora instituída a contribuição do servidor

inativo, e em 2005, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), condicionou a hipótese de

concessão de aposentadoria especial ao deficiente. No âmbito da legislação ordinária,

sobreviram duas importantes inovações no campo do direito previdenciário: a criação do

contrato de trabalho por prazo pequeno e do microempreendedor individual.

O contrato de trabalho por pequeno prazo veio facilitar os trâmites e encargos na

contratação do trabalhador rural, reduzindo a informalidade do trabalho no campo. Dessa

forma o empregador poderá contratar o trabalhador rural por 2 (dois) meses durante um ano,

sendo assim dispensado o registro na carteira profissional ou registro de empregado, porém a

contratação deverá ser formalizada em contrato e o contratado deverá está devidamente

inscrito na Guia de Recolhimento de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e

informações à Previdência Social (GFIP). Já com relação ao microempreendedor individual, a

Lei Complementar nº. 128, de 19 de dezembro de 2008, lhe deu um tratamento diferenciado,

cujo faturamento anual deverá ser de até R$ 36 mil reais.

Sendo assim, todos os trabalhadores autônomos, ou seja, que trabalham “por conta

própria”, e não tem meios de comprovar uma renda formal, poderão recolher tributo em um

valor fixo, à União pagará o equivalente a 11% (onze por cento) do valor do salário-mínimo,

o qual será destinado a Previdência, para que este trabalhador possa garantir sua

aposentadoria, para o município onde presta o serviço, se esse for o ramo do empreendedor, a

quantia fixa de R$ 5,00 (cinco reais) a título de Imposto sobre Serviço (ISS), e para o Estado

pagará somente 1,00 (um real), que ficará como Imposto sobre a circulação de mercadorias e

serviços.

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2.3 PREVIDÊNCIA NO BRASIL

A Seguridade Social no Brasil é formada por três vertentes: Previdência,

Assistência social e saúde. O que será abordado mais detalhadamente logo a seguir é a

Previdência.

A previdência está ligada ao ato de se prevenir de algo que poderá ocorrer

futuramente, é uma forma de se precaver, fazer previsão de situações e se resguardar da

melhor forma possível. Para isso é necessário abrir mão de algumas coisas no presente, para

poder fazer uma reserva que possa garantir sua sobrevivência tanto na velhice, quanto em

casos que não se tem mais a capacidade laboral.

Algumas pessoas são previdentes e se preparam para situações adversas que podem acontecer ao longo da vida, principalmente na velhice. Sabem que para isso é necessário abrir mão de algumas coisas no presente, para ter uma reserva que garanta uma vida segura e tranquila no futuro. Mas, a maioria não se preocupa com essa questão. Por isso, cada país cria um sistema de previdência para proteger e amparar o trabalhador e suas famílias na velhice e na doença, por meio de aposentadorias, pensões e outros benefícios3.

A previdência no Brasil é formada por dois sistemas: Previdência social e

Previdência complementar. A Previdência social é chamada de pública pelo fato de ser

administrada pelo governo. Já a complementar é conhecida como previdência privada por ser

administrada por instituições financeiras de caráter particular.

2.4 PREVIDÊNCIA SOCIAL PÚBLICA

A previdência pública é um seguro social oferecido a todos os trabalhadores

brasileiros, ela garante renda futura para aqueles que estão inscritos e contribuem com a

previdência e também para os seus dependentes, em caso de perda da capacidade laboral de

ambos, pelo fato de já terem alcançado à velhice, ou por motivo de doença/deficiência. O

sistema público possui um caráter obrigatório e regime de repartição simples, onde os

trabalhadores ativos contribuem para a aposentadoria dos inativos.

3 ZANGHELINI, Airton Nagel. Cinquenta coisas que você precisa saber sobre previdência social e privada. Disponível em: <http://www.oeconomista.com.br/arquivos/previdencia_privada_social.pdf>. Acesso em: 07 abr 2013.

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A Previdência Social é um seguro que garante a renda do contribuinte e de sua família, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. Oferece vários benefícios que juntos garantem tranquilidade quanto ao presente e em relação ao futuro assegurando um rendimento futuro [...]4.

A previdência pública administrada pelo Ministério da Previdência Social (MPS)

e as políticas executadas nessa área são de competência da autarquia do Governo Federal

chamada de Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que recebe as contribuições e é

responsável pelo pagamento da aposentadoria. O INSS exerce suas atividades em conjunto

com a Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (DATAPREV).

Para garantir participação na Previdência social, é necessário está inscrito e pagar

a contribuições. Os trabalhadores formais que possuem sua carteira assinada são

automaticamente filiados à previdência. Existem outros que precisam se inscrever, devido

trabalharem por conta própria ou por serem segurados facultativos. A contribuição deve ser

feita mensalmente para que os segurados tenham o direito de receber os benefícios

previdenciários.

A previdência social pública é formada por dois regimes: Regime Geral de

Previdência Social (RGPS) e Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

O RGPS é o principal regime previdenciário de ordem interna, possui suas

políticas elaboradas pelo Ministério da Previdência Social (MPS) e executadas pelo Instituto

Nacional de Seguridade Social (INSS), este regime está disposto no art. 201 da Constituição

Federal e é regulamentado pela Lei nº. 8.212, de 24 de julho de1991, a qual foi alterada pela

Lei nº. 10.421, de 15 de abril de 2002, que estende a mãe adotiva o direito de licença

maternidade e salário-maternidade.

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda [...]5.]

4SOCIAL, Ministério da Previdência. Previdência Social. Disponível em: <

http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=59> . Acesso em: 07 abr 2013. 5LEGISLAÇÃO, Portal. Constituição Federal. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_13.07.2010/art_201_.shtm> Acesso em: 14 abr 2013.

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Este regime possui caráter contributivo e é de filiação obrigatória, abrangendo

obrigatoriamente todos os trabalhadores de empresas de iniciativa privada que exercem

atividades remuneradas, registrados legalmente de acordo com a Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT), além dos empregados rurais, domésticos, empresários, trabalhadores

autônomos/avulsos, e outros, assim como também aqueles servidores públicos que não estão

amparados por regime próprio, ou seja, todos os que contribuem regularmente com o INSS.

Já o RPPS possui suas políticas elaboradas e executadas pelo Ministério da

Previdência Social (MPS). Neste regime, é compulsória a filiação dos servidores públicos do

ente federativo, assegurando exclusivamente aos servidores titulares de cargos efetivos, como

pode ser observado no Art. 40 da Constituição Federal (CF/88), e na redação de Emenda

Constitucional n.º 20/98.

Art. 40 - Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo6.

O RPPS organiza tanto a previdência dos atuais servidores efetivos e ativos, como

também daqueles que são inativos e pensionistas, onde os benefícios estão sendo pagos pelo

ente estatal. Este regime tem a obrigação de pagar aos seus segurados os benefícios, e para

isso deve receber contribuições, podendo ser organizado como órgão ou entidade autônoma.

Entretanto a contabilidade e os controles devem ser separados do restante da contabilidade

pública, sendo proibida a utilização de seus recursos para outro fim que não seja o pagamento

de benefícios previdenciários, os quais não podem diferir daqueles oferecidos pelo RGPS.

2.5 PREVIDÊNCIA PRIVADA OU COMPLEMENTAR

A previdência complementar como o próprio nome diz, é um complemento da

previdência pública, destinadas para aqueles que querem ter uma aposentadoria com

benefícios mais elevados, uma tranquilidade maior aos que aderem este tipo de previdência. O

Regime de Previdência Complementar (RPC) tem suas políticas elaboradas pelo Ministério da

Previdência Social (MPS) e executadas pela Superintendência Nacional de Previdência

Complementar (Previc).

6 SOCIAL, Ministério da Previdência e assistência. Regime Próprio de Previdência dos Servidores: Como Implementar? Disponível em: <http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_081014-111359-413.pdf> Acesso em: 14 abr 2013.

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O RPC é um regime facultativo, organizado de forma autônoma ao RGPS, ou

seja, os dois são organizados separadamente. A instituição do Sistema Brasileiro de

Previdência Complementar foi regulamentada pela Lei nº. 6.435/1977, hoje o sistema é

regulamentado pelas Leis Complementares de nºs. 108 e 109, as duas do ano de 2001. Assim

está disposto no art. 202 da Constituição Federal de 1988:

Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar7.

Na previdência complementar o participante além de ter o benefício da

aposentadoria, ele também tem o direito à proteção contra riscos de morte, acidentes, doenças,

invalidez, etc. No Brasil existem dois tipos de segmentos desse tipo de previdência: o

formado pelas entidades abertas e o organizado por entidades fechadas.

Ambas funcionam de maneira simples, o cidadão durante o período que estiver

trabalhando paga uma determinada quantia, dentro de suas disponibilidades. O montante

acumulado poderá ser resgatado de uma só vez, ou em parcelas mensais como uma pensão

e/ou aposentadoria normal.

A Previdência Complementar aberta é administrada por instituições financeiras

que são fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), do Ministério da

Fazenda. Essas instituições possuem fins lucrativos, e administram tanto planos individuais

como coletivos, destinados a qualquer indivíduo, mesmo que este não possua vinculo

empregatício algum com alguma empresa. Os planos são estruturados de duas formas

diferentes: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de

Benefício Livre).

A Previdência Completar Fechada é formada pelas Entidades Fechadas de

Previdência Complementar (EFPC), ou também chamadas de Fundos de Pensão, são

instituições formadas por uma empresa ou um grupo delas, não possuem fins lucrativos e

oferecem planos de previdência coletivos. São destinadas exclusivamente a empregados de

uma empresa ou entidades de classe, que se responsabilizam pela administração.

7LEGISLAÇÃO, Portal. Constituição Federal. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_13.07.2010/art_202_.shtm> Acesso em: 14 abr 2013.

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3. ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

3.1 DEFINIÇÃO

Os fundos de pensão ou Entidades Fechadas de Previdência Complementar se

organizam em forma de fundação ou sociedade civil com a função de gerir o patrimônio de

contribuintes participantes ou patrocinadores. O principal objetivo dos fundos de pensão é

proporcionar renda e pecúlio para aqueles que o aderem, são entidades sem fins lucrativos, e

são direcionadas exclusivamente para empregados de uma empresa ou um grupo delas, ou aos

servidores públicos e demais associados e membros.

As entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominados instituidores [...] 8.

3.2 CLASSIFICAÇÃO DAS ENTIDADES

As Entidades Fechadas de Previdência Complementar podem ser classificadas da

seguinte forma:

I) De acordo com os planos de benefícios que administram: a) de plano comum, quando administram planos ou conjunto de planos acessíveis ao universo de participantes; e b) de multiplano, quando administram planos ou conjunto de planos para diversos grupos de participantes, com independência patrimonial. II) De acordo com seus patrocinadores ou instituidores: a) singulares, quando estiverem vinculadas a apenas um patrocinador ou instituidor; b) multipatrocinadas, quando congregarem mais de um patrocinador ou instituidor9.

As EFPC são classificadas de plano comum, quando administram planos ou um

conjunto deles que são direcionados ao universo de participantes, e de multiplano quando a

administração dos planos é destinada para vários grupos de participantes que são

8 BRASIL, Banco Central do. Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Fundos de Pensão). Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/efpp.asp> Acesso em: 17 abr 2013. 9 SOCIAL, Previdência. Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC. Disponível em: <http://www.mpas.gov.br/previc.php?id_spc=155 > Acesso em: 28 abr 2013.

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independentes patrimonialmente. Podem ser singulares, quando vinculadas a um único

patrocinador ou instituidor ou multipatrocinadoras, quando congregarem mais de um

patrocinador ou instituidor.

3.3 FISCALIZAÇÃO DOS FUNDOS DE PENSÃO

A fiscalização dos fundos de pensão é realizada pela Superintendência Nacional

de Previdência Complementar (Previc) e regulada pela Secretaria de Políticas de Previdência

Complementar (SPPC), do Ministério da Previdência Social. E com relação à administração, é

de determinação da Constituição Federal que a mesma possua um caráter democrático e

descentralizado, e que possa haver a participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos

assistidos e do Governo, nos órgãos colegiados. (art. 194, VII, da CF).

Com o intuito de garantir o interesse público a Constituição Federal determinou

que o legislador não fizesse diferenciação quanto ao patrocinador de natureza privada e o de

natureza pública. Para ambos existem legislações específicas que os regem, ao de natureza

pública aplicam-se os dispositivos da Lei complementar nº. 108/01, que impõe mecanismos

de controle sociais mais rígidos sobre a gestão das entidades que cuidam da administração dos

planos de previdência, onde o poder público participe do capital social. Já para os de natureza

privada a Lei complementar de nº. 109/01 dispõe de normas gerais para o regime de

previdência complementar.

3.4 ESTRUTURA MÍNIMA NECESSÁRIA DISTRIBUÍDA EM CONSELHOS

Os fundos de pensão possuem estatutos próprios, onde cada um tem o seu, e cada

plano tem regulamento específico, ambos devem ter sua aprovação e autorização realizadas

pela Secretaria de Previdência Complementar. E para ter um bom funcionamento o fundo de

pensão deve possuir no mínimo: um Conselho Deliberativo, um Conselho Fiscal e uma

Diretoria Executiva. Entretanto o funcionamento desses órgãos será de acordo com a natureza

pública ou privada do patrocinador. Estes órgãos apresentam as seguintes características:

• Conselho Deliberativo: órgão colegiado representativo, ao qual

compete deliberar sobre as diretrizes da entidade de previdência, e definir a política de investimento para aplicação do patrimônio administrado pelo fundo de pensão.

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• Conselho Fiscal: órgão responsável pela fiscalização e controle interno das atividades do fundo de pensão.

• Diretoria Executiva: órgão responsável pela administração financeira e patrimonial do fundo de pensão10.

O Conselho Deliberativo como o próprio nome revela, é o responsável por

deliberar direcionamentos aos fundos de pensão, definindo como devem ser realizados os

investimentos para a aplicação do patrimônio administrado pelos mesmos. Já ao Conselho

Fiscal é atribuída a responsabilidade de fiscalizar as atividades realizadas pelo fundo. E a

Diretoria Executiva administra o fundo de pensão nos seus aspectos financeiros e

patrimoniais.

3.5 POLÍTICA DE INVETIMENTOS E APLICAÇÃO DE RECURSOS

Os fundos de pensão necessitam de um longo prazo para acumulação, com isso

para que o trabalhador tenha menos esforço para manter sua poupança, e para que seja

compensado o sacrifício de anos de contribuição, a legislação oferece incentivos fiscais para

atrair mais pessoas à previdência complementar e para que os participantes veteranos tenham

a vontade de permanecer com o fundo.

O financiamento das contribuições possui fontes originadas principalmente entre

os participantes e os patrocinadores. Entretanto os valores aplicados ao fundo devem ser

direcionados para realização dos pagamentos dos benefícios contratados. Vale lembrar que

toda aplicação gera recursos, e nesse caso ela será utilizada como um fermento que

impulsiona o crescimento dos recursos. As aplicações dos recursos previdenciários realizadas

pelos fundos de pensão sujeitam-se a algumas regras impostas pelo Conselho Monetário

Nacional (CMN). São colocados quatro principais segmentos de aplicação:

• Renda Fixa;

• Renda Variável;

• Imóveis;

• Empréstimos e financiamentos imobiliários aos participantes do fundo.

10 SOCIAL, Ministério da Previdência. Secretaria da Previdência Complementar: Cartilha do Participante. Brasília, Nov de 2008. Disponível em: < http://www.abrapp.org.br/Documentos%20Pblicos/GuiaDoParticipante.pdf> Acesso em: 17 abr 2013.

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A política de investimento do plano deve está adequada às necessidades dos

participantes do mesmo. O recurso tem um prazo para ser aplicado e deve ser ajustado ao

cumprimento das obrigações do plano, onde a principal obrigação se torna o pagamento do

benefício. Porém todo investimento vem sempre acompanhado de um risco, e o mais

importante risco assumido por uma pessoa quando esta se torna um patrocinador ou

instituidor de um fundo de pensão, é o fato de não obter rentabilidade suficiente para fazer jus

aos compromissos assumidos pelo plano. Por isso é fundamental que o participante conheça

os riscos envolvidos no negócio, pois são eles que devem acompanhar a evolução individual

das informações relativas à sua conta e seu benefício.

3.6 A LEGISLAÇÃO PERTINENTE APLICÁVEL AOS FUNDOS DE PENSÃO

Os fundos de pensão são normatizados através de legislações que dispõem de

diversos textos que incorporam o tratamento formal e legal dessas entidades. Para tanto foram

criadas leis, decretos, resoluções, instruções e portarias, legislações estas que servem como

um apoio para aqueles aderem aos fundos como patrocinadores ou como participantes.

Abaixo segue algumas dessas normatizações:

3.6.1 LEGISLAÇÃO PERTINETE AOS FUNDOS DE PENSÃO

Lei nº 108, de 29 de maio de 2001 – É uma Lei complementar decretada pelo

Congresso Nacional e sancionada por Fernando Henrique Cardoso, que no ano de 2001

cumpria seu mandato como Presidente da República. De acordo com a Lei 108/01 a mesma:

“Dispõe sobre a relação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, bem

como as autarquias, sociedades de economia mista, fundações e demais entidades públicas e

suas respectivas entidades fechadas de previdência complementar”.

Lei nº 109, de 29 de maio de 2001 – É uma Lei complementar decretada pelo

Congresso Nacional e sancionada por Fernando Henrique Cardoso, que no ano de 2001

cumpria seu mandato como Presidente da República. De acordo com a Lei 109/01 a mesma:

“Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras providências.

Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012 – Institui o regime de previdência

complementar para os servidores públicos federais titulares de cargos efetivos da União,

também estipula o limite para a concessão de aposentadorias e pensões pelo regime de

previdência tratado no Art. 40 da Constituição Federal, e autoriza a criação de 3 (três)

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entidades fechadas de previdência complementar que são denominadas de fundações de

previdência complementar do servidor público federal.

3.6.2 DECRETOS DIRIGIDOS AOS FUNDOS DE PENSÃO

Decreto nº 2.799, de 08 de outubro de 1998 – Aprova o Estatuto do Conselho de

Controle de Atividades Financeiras (COAF). Este Conselho foi criado pele Lei nº. 9.613, de

03 de março de 1998, é integrante do Ministério da Fazenda, e de acordo com o Estatuto da

COAF: “A finalidade do conselho é disciplinar, aplicar penas administrativas, receber,

examinar e identificar as ocorrências de atividades ilícitas, sem prejudicar a competência de

outros órgãos e entidades”.

Decreto nº 4.678, de 24 de abril de 2003 – Dispõe sobre as atribuições e a

composição do Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC), o mesmo é parte

integrante da estrutura do Ministério da Previdência Social, sua função é normatizar, regular e

coordenar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar.

Decreto nº 4.942, de 30 de dezembro de 2003 – Este decreto foi criado para

regulamentar os processos administrativos, no intuito de fazer a apuração das

responsabilidades por infração à legislação no âmbito do regime de previdência

complementar, dispõe também das penalidades administrativas e dá outras providências.

Decreto nº 7.078, de 20 de setembro de 2012 – Este decreto dispõe sobre a

Fundação de Previdência Complementar do Servidor Púbico Federal do Poder Executivo –

Funpresp-Exe, que de acordo com o art. 1º do mesmo decreto “é uma entidade de previdência

complementar integrada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão com a

finalidade de administrar e executar planos de benefícios de caráter previdenciário”.

3.7 BENEFÍCIOS E PLANOS PREVIDENCIÁRIOS DOS FUNDOS DE PENSÃO

3.7.1 MODALIDADES DE BENEFÍCIOS

Antes de serem apresentados os planos de benefícios oferecidos pelos fundos de

pensão, é necessário conhecer as modalidades de benefícios.

As entidades fechadas de previdência complementar oferecem benefícios de

natureza previdenciária, onde os mesmos são classificados de duas formas: quanto à

capacidade de programar o início do pagamento e à forma que o mesmo será realizado.

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A programação do início do pagamento contam com dois tipos de benefícios, os

programáveis e os de risco. Os primeiros permitem uma previsão no regulamento dos planos

de benefícios, onde é estipulada uma data certa para que seja iniciado o pagamento dos

mesmos. Já os de risco ou não programáveis, ocorrem quando não existe a possibilidade de

prever em regulamento a data limite para o início do pagamento das prestações

previdenciárias, sendo que a remuneração está associada à ocorrência de uma situação

inesperada e aleatória, podendo esta até mesmo nem ocorrer.

Os benefícios podem ser de prestação continuada, as quais dependem da duração

de vários recebimentos, onde os mesmos podem ser classificados como temporários ou

vitalícios. Os temporários são aqueles recebimentos que duram enquanto o indivíduo

sobreviver, mas, há um limite máximo estipulado em “n” períodos. Por outro lado, os

vitalícios perduram por toda a vida da pessoa, ou seja, este tipo de benefício será ofertado até

a pessoa morrer. Como exemplos, podem ser citados o auxílio doença e a aposentadoria.

Os benefícios podem ser ainda ser de pagamento único, ou seja, o recebimento

ocorre de uma única vez. Nesse contexto, têm-se como exemplos os pecúlios (por morte ou

por invalidez) e os auxílios em geral.

3.7.2 PLANOS BENEFICIÁRIOS

De acordo com a legislação de previdência complementar vigente, existem três

tipos de planos de benefícios: os planos de benefício definido (PBD), os planos de

contribuição definida (PCD) e os planos de contribuição variável (PCV).

A Resolução nº 16 de 22 de novembro de 2005, normatiza os planos de benefícios de caráter previdenciário nas modalidades de benefício definido, contribuição definida e contribuição variável e dá outras providências [...] Art. 1º As entidades fechadas de previdência complementar deverão observar, na identificação da modalidade dos planos de benefício de caráter previdenciário que administram e executam, o disposto na presente Resolução11.

11 SOCIAL, Ministério da Previdência e Assistência. Resolução nº 16, de 22 de novembro de 2005. Disponível em: <http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_081014-110808-216.pdf> Acesso em: 28 abr 2013.

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3.7.2.1 PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO

O plano de benefício definido gera o benefício de aposentadoria em detrimento de

uma determinada idade, é uma renda que vai durar até quando o contribuinte sobreviver, mais

conhecida como vitalícia. Como o próprio nome diz, é definido o valor da pensão que o

empregado vinculado ao plano irá receber, geralmente esta definição será de acordo com o

tempo de serviço ou salário médio. Como se exemplifica nas equações abaixo:

Benefício (PBD) = R (tempo de serviço), ou

Benefício (PBD) = X (tempo de serviço) . (média salário final)

Neste caso R é uma certa quantidade de dinheiro por tempo de serviço do

participante. E X é o valor de salário final proporcional apurado alguns anos antes da data da

aposentadoria. O valor do benefício no PBD é integrado à aposentadoria paga pelo RGPS.

No PBD as contribuições dos empregados e dos empregadores são alocadas em

contas conjuntas constituindo um plano mutualista, onde o valor do benefício é uma variável

independente e o da contribuição dependente, sendo determinada anualmente pelo plano de

custeio de forma que seja capaz de financiar os benefícios futuros.

Há um grau de complexidade nesse plano, pois é assegurado um valor de

benefício sem levar em consideração as mudanças demográficas econômicas incidentes sobre

o regime de capitalização, o que pode resultar no aumento ou redução da taxa de contribuição

gerando incerteza no seu valor.

Isso tudo ocasiona uma confusão no fundo de pensão do participante, visto que o

que lhe é prometido não condiz com a realidade e quantidade de dinheiro que o fundo dispõe,

tendo o empregador que cobrir todos os déficits e recolher todos os superávits do plano

oferecido pelo fundo.

Esse modelo de plano pode afetar a estrutura de benefícios e incentivos dentro da empresa, na medida em que os trabalhadores almejam receber maiores aposentadorias e, por isso, são induzidos ao aumento no número de horas de trabalho dentro do período médio considerado para o cálculo da aposentadoria. Em alguns casos, esse incentivo pode provocar uma produtividade negativa para a empresa, conduzindo a práticas ineficazes de trabalho e distorcendo o objetivo da oferta de um plano de benefícios para os empregados da empresa patrocinadora12.

12 SOCIAL, Ministério da Previdência e Assistência. Resolução nº 16, de 22 de novembro de 2005. Disponível em: <http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_081014-110808-216.pdf> Acesso em: 28 abr 2013.

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Nesse contexto entende-se que o PBD pode não ser uma boa opção para aqueles

que desejam fazer parte do plano, pois há uma desvantagem para o empregado, visto que o

mesmo teria que trabalhar mais durante um determinado período, causando assim um

desconforto físico e uma insatisfação psicológica. O mesmo problema é direcionado à

empresa de forma que afetaria o resultado patrimonial e financeiro almejado pela mesma.

3.7.2.2 PLANOS DE CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA

Os planos de contribuição definida ocorrem de maneira mais simples. Em tempos

periódicos os empregados e a empresa realizam suas contribuições em uma quantia definida, a

qual é contabilizada juntamente com os rendimentos de aplicações financeiras em uma conta

individual de aposentadoria. Todo esse dinheiro é investido em diferentes formas de

investimentos, e quando o empregado se aposentar ele poderá resgatar os valores investidos

de uma única vez em “n” anos ou poderá fazê-lo anualmente por meio de anuidade.

A Resolução n° 16, de 22 de novembro de 2005, no seu 2ª artigo diz que:

Art. 2º Entende-se por plano de benefício de caráter previdenciário na modalidade de contribuição definida aquele cujos benefícios programados têm seu valorpermanentemente ajustado ao saldo de conta mantido em favor do participante, inclusive na fase de percepção de benefícios, considerando o resultado líquido de sua aplicação, os valores aportados e os benefícios pagos13.

Desse modo não se determina o valor do benefício no regulamento, tudo é feito

como reserva que poderá ser acumulada. Portanto, se na fase de acumulação o resultado das

aplicações contributivas no plano for positivo, com certeza o valor do benefício será maior do

que aquele projetado no início, caso o contrário, o prejuízo será todo do participante, isso

significa que este receberá um benefício bem menor do que o anteriormente planejado.

Contudo entende-se que no plano de contribuição definida temos o benefício

como variável dependente e a contribuição como variável independente, isto é, não há uma

definição de quanto seria o valor do benefício, o qual será proporcional ao nível de patrimônio

existente, portanto se não existe rentabilidade dos investimentos, não há possibilidade de um

bom resultado. É interessante salientar que os recursos utilizados para os investimentos são

13 DATAPREV, Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social. Resolução mps/cgpc nº 16, de 22 de novembro de 2005 - dou de 07/12/2005. Disponível em: <http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/72/MPS-CGPC/2005/16.htm> Acesso em: 04 mai 2013.

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provenientes das contribuições feitas pelos participantes.

Esta modalidade de plano nada mais é do que um fundo de investimento ou uma

poupança, que receberá depósitos na conta, e na data da aposentadoria o saldo acumulado é

convertido para benefício de renda mensal, que pode ser vitalício ou não. O benefício poderia

ser exemplificado através da seguinte fórmula:

Benefício (PCD) = y (saldo de conta)

Nesta fórmula apresenta-se o saldo de conta, que corresponde ao total de

contribuições realizada desde o ingresso ao plano até a aposentadoria, e y é o percentual

aplicado ao saldo total.

3.7.2.3 PLANOS DE CONTRIBUIÇÃO VARIÁVEL

Nos planos de contribuição variável o valor e o recolhimento das contribuições

são esporádicos e irregulares, o participante poderá contribuir a maior independentemente do

tempo e do valor. Este tipo de plano está mais voltado para as entidades abertas ou

seguradoras que oferecem seguro de vida. O valor do seu benefício poderá ser pago de uma

única vez ou como forma de renda, caso o participante venha a sobreviver no período do

diferimento, o cálculo é feito com base no saldo da provisão matemática de benefícios a ser

concedido e no fator de cálculo atuarial.

Segundo o Art. 4º da Resolução n° 16, de 22 de novembro de 2005:

Art. 4º Entende-se por plano de benefícios de caráter previdenciário na modalidade de contribuição variável aquele cujos benefícios programados apresentem a conjugação das características das modalidades de contribuição definida e benefício definido14.

O plano de contribuição variável apresenta em seu caráter previdenciário as duas

modalidades de contribuições citadas anteriormente, ou seja, ele é um plano misto ou híbrido,

que concilia pontos favoráveis de cada tipo de plano e principalmente reduzindo a

14 DATAPREV, Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social. Resolução mps/cgpc nº 16, de 22 de novembro de 2005 - dou de 07/12/2005. Disponível em: <http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/72/MPS-CGPC/2005/16.htm> Acesso em: 04 mai 2013.

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possibilidade de risco financeiro ou demográfico, sempre proporcionando a manutenção do

poder aquisitivo e da renda vitalícia dos participantes. Geralmente pode ser de contribuição

definida na fase de acumulação de recursos e benefício definido na fase de pagamento do

benefício.

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4. CONTABILIDADE DAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR

A contabilidade é um importante mecanismo de controle na vida empresarial,

tanto das empresas privadas quanto das públicas, da administração pública e outros. Sem a

ciência contábil não seria possível conhecer, controlar e administrar o patrimônio, que por sua

vez, é o bem mais precioso de qualquer instituição. Isso não seria diferente com os fundos de

pensão, onde os mesmos utilizam uma contabilidade específica, que é fundamental para o

controle e a futura tomada de decisões.

4.1 NORMAS GERAIS

O Ministério da Previdência Social dispõe de normas gerais de procedimentos

contábeis a serem aplicadas pelas entidades fechadas de previdência complementar, as normas

em questão foram estabelecidas em consonância com os princípios fundamentais de

contabilidade em convergência com os princípios internacionais. Os procedimentos

estabelecidos abrangem todas as EFPC em que cabem a estas, as peculiaridades e situações

dispostas No Capitulo IV da LC n° 109, de 29 de maio de 2001.

De acordo com as normas gerais a contabilidade da EFPC deverá ser elaborada

respeitando a autonomia patrimonial, devendo está separados os planos de benefícios

previdenciais e assistenciais do plano de gestão administrativa.

O exercício social de uma EFPC será semelhante ao ano civil, onde inicia suas

atividades em 1° de janeiro encerrando-as em 31 de dezembro, devendo a mesma apresentar

obrigatoriamente no final desse período, três balancetes específicos: balancete do plano de

benefícios; balancete do plano de gestão administrativa e; balancete consolidado.

Deverão ser adotados pela EFPC métodos e critérios objetivos e uniformes e todas

as modificações significantes deverão ser colocadas em notas explicativas. Todos os registros

contábeis deverão seguir o princípio da competência, isso significa que as receitas serão

reconhecidas independentemente do seu recebimento e as despesas no momento em são

incorridas, já as demonstrações contábeis devem ser elaboradas de forma condizente com a

realidade dos fatos.

Os registros das contribuições realizadas pelos autopatrocinados e por

participantes de planos de benefícios de instituidores, os quais fazem parte de planos de

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modalidades de contribuição definida e variável, poderão ser escriturados pelo regime de

caixa, porém todos os procedimentos devem ser discriminados em notas explicativas.

É conveniente que a contabilidade da EFPC seja centralizada na sede, e quanto

aos livros de registros, é obrigatório à utilização dos livros diário de razão, e indispensável à

utilização dos livros auxiliares, e com relação aos livros obrigatórios além de ter que atender

as exigências previstas no Código Civil, as EFPC’s deverão adotar outras tais como:

LIVRO RAZÃO a) Lançamentos em conformidade com a Planificação Contábil Padrão, em ordem cronológica de dia, mês e ano; b) Identificação de todos os lançamentos contábeis, por plano de benefícios previdencial, assistencial e de gestão administrativa; c) Escrituração contábil atualizada, não se permitindo atraso superior a 30 (trinta) dias; d) Registro em cartório, no prazo máximo de 105 (cento e cinco) dias, contados a partir do final do exercício social a que se referir; e e) Deverão ser transcritas ou anexadas ao Livro Diário o Balanço Patrimonial (consolidado); Demonstração do Ativo Líquido (por plano de benefício previdencial); Demonstração da Mutação do Ativo Liquido (consolidada, por plano de benefício previdencial e do plano de gestão administrativa); Demonstração do Plano de Gestão Administrativa (consolidada e por plano de benefício previdencial); e Notas explicativas. LIVRO RAZÃO: a) saldo anterior; b) movimento diário (devedor ou credor); c) histórico; d) saldo atual; e e) identificação de todos os lançamentos contábeis, por plano de benefícios e gestão administrativa15.

Se a contabilização dos registros for realizada em outro local, o motivo deverá ser

devidamente justificado, entretanto, os livros obrigatórios e auxiliares já processados no seu

respectivo período deverão ser mantidos na sede, quanto aos que ainda estão em

processamento deverão ser remetidos à sede ou a outro local determinado, apenas a titulo de

fiscalização da Secretaria da Previdência Complementar.

Quando a EFPC adotar a gestão compartilhada dos investimentos, o que significa

que há solidariedade na aplicação dos recursos, poderá a mesma fazer uso de um

demonstrativo auxiliar para fazer alguns registros.

15 SOCIAL, Ministério da Previdência. Anexo C: Normas Gerais dos Procedimentos Contábeis a serem aplicados pelas entidades fechadas de previdência complementar. Disponível em: < www.inss.gov.br/arquivos/office/3_081125-164111-608.pdf> Acesso em: 04 mai 2013.

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Todos os lançamentos devem ser feitos com base em documentos verdadeiros,

que não possa ser questionada sua originalidade, com clareza, onde o fato contábil deverá ser

identificado e o histórico bem detalhado para que seja possível através deste conhecer as

características do documento que originou determinado lançamento, para que não haja

dúvidas quanto à contabilização.

As EFPC deverão manter controle individual no seu ativo permanente e dos seus

investimentos imobiliários, os quais deverão apresentar a data e valor de aquisição;

atualização monetária se houver; depreciação e/ou amortização; reavaliação do bem e valor

atualizado; data de baixa e qualquer informações que possam alterar o valor do bem, como

por exemplo, as benfeitorias. Anualmente deverá ser apresentado inventário físico dos bens

patrimoniais, fazendo a correlação dos controles individuais com os registros contábeis, e se

necessário fazer os ajustes.

O resultado da reavaliação dos investimentos imobiliários, sendo este positivo ou

negativo, deverá ser contabilizado de uma única vez, no prazo máximo de 180 (cento e

oitenta) dias, tomando por base a data de emissão do laudo e desde que ocorram no mesmo

exercício social. Já com relação a imóvel registrado como ativo permanente, o mesmo poderá

seguir as mesmas regras paliçadas ao grupo de investimentos imobiliários.

As EFPC deverão elaborar anualmente as seguintes demonstrações contábeis e

pareceres:

a) Balanço Patrimonial Consolidado comparativo ao exercício anterior; b) Demonstração do Ativo Líquido - DAL (por plano de benefício previdencial) comparativo ao exercício anterior; c) Demonstração da Mutação do Ativo Liquido - DMAL (consolidada, por plano de benefício previdencial e do plano de gestão administrativa) comparativo ao exercício anterior; d) Demonstração do Plano de Gestão Administrativa - DPGA (consolidada e por plano de benefício previdencial e assistencial) comparativo ao exercício anterior; e) Demonstração das Obrigações Atuariais do Plano – DOAP (por plano de benefício previdencial); f) Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis consolidadas; g) Parecer dos Auditores Independentes; h) Parecer do Atuário, relativo a cada plano de benefícios previdencial; i) Parecer do Conselho Fiscal; e j) Manifestação do Conselho Deliberativo com aprovação das Demonstrações Contábeis16.

16 SOCIAL, Ministério da Previdência. Anexo C: Normas Gerais dos Procedimentos Contábeis a serem aplicados pelas entidades fechadas de previdência complementar. Disponível em: < www.inss.gov.br/arquivos/office/3_081125-164111-608.pdf> Acesso em: 04 mai 2013.

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As demonstrações e pareceres deverão ser assinados e rubricados pelo menos por

um dirigente máximo da EFPC e um contabilista devidamente habilitado e registrado no

Conselho Regional de Contabilidade (CRC), ambos identificados pelo nome, cargo e CPF.

É necessária a constituição de provisões para cobrir algumas perdas de direitos

creditórios e de investimento, para as demais provisões de caráter contingencial devem ser

observadas as normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Contudo, a contabilidade dos fundos de pensão vem passando por diferentes

mudanças, e uma delas, assim como em todas as outras entidades, sejam elas com ou sem fins

lucrativos, é a convergência dos princípios brasileiros de contabilidade com os princípios

internacionais (IFRS), principalmente ao Iternational Accounting Standart (IAS) número 26

(vinte e seis). Essas mudanças são necessárias para diminuir os possíveis “enganos

contábeis”, o objetivo do encontro de normas é aumentar a transparência das informações

divulgadas, que devem ter clareza e precisão em sua publicação.

A Resolução do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) nº 28,

de 26 de janeiro de 2009, dispõe sobre os novos procedimentos contábeis que devem ser

adotados pelas EFPC’s, em seus anexos são apresentados: a planificação contábil padrão;

modelos e instruções de preenchimento das demonstrações contábeis; e normas gerais dos

procedimentos contábeis. A pesquisa em si abordará um pouco sobre o novo modelo de

planificação contábil dos fundos de pensão. Como pode ser visto no item a seguir.

4.2 PLANIFICAÇÃO PADRÃO DE CONTAS DOS FUNDOS DE PENSÃO

Um plano de contas, como o próprio nome revela, é um conjunto de contas

elaborado pelo contador com a função de definir o grupo de contas que cada fato contábil

deve ser registrado.

O plano de contas dos fundos de pensão é específico e padrão, ou seja, as

entidades fechadas de previdência complementar devem seguir a mesma planificação de

contas contábeis, sendo possível a criação de contas analíticas para melhorar a evidenciação

dos fatos contábeis ocorridos na entidade.

A Resolução CGPC n° 28, de 26 de janeiro de 2009, instituiu uma planificação

padrão de contas dos fundos de pensão, onde esta deve ser estruturada para a previdência,

assistência e gestão administrativa; para aumentar a transparências das operações;

proporcionar informações precisas e simples e, principalmente deve focar no plano de

benefícios.

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O plano de contas é formado por codificação alfanumérica, ou seja, possui

códigos que constituem a parte numérica formada por dez dígitos e títulos constituído da parte

alfabética, na qual se descreve a conta. Jamais a entidade poderá alterar a codificação do seu

plano de contas, já que o mesmo não é definido por ela e sim por legislação.

A Resolução também determina que as entidades que operam planos de

assistência à saúde. Devem seguir instruções e a planificação contábil a Agência Nacional de

Saúde (ANS).

4.3 PLANOS DE BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO

Os fundos de pensão disponibilizam dois tipos de benefícios aos seus

participantes, os planos de benefício definido e os planos de contribuição definida, onde

ambos possuem contabilizações diferentes. Nos planos de benefícios de contribuição definida

os benefícios são limitados aos pagamentos recebidos pelo fundo, ou seja, o participante do

plano só irá receber o que foi contribuído ao fundo juntamente com o retorno provenientes das

contribuições, e não mais do que isso. Em virtude disso o risco atuarial (o risco de os

benefícios serem inferiores ao esperado) e o risco de investimento (risco de que os ativos

recebidos sejam inferiores ao que é necessário para pagar os benefícios esperados) recaem

sobre o empregado.

Já nos planos de benefício definido é determinado o valor do benefício que o

participante irá receber futuramente, onde este benefício será garantido pelo empregador. Isso

significa que nos planos de contribuição o empregador limita-se ao valor da contribuição, não

sendo necessária a preocupação dele com relação ao benefício, entretanto nos planos de

benefício definido a preocupação do empregador é muito maior, visto que o mesmo está

obrigado ao pagamento do benefício, isso faz com que o risco atuarial (o risco do benefício

futuro ser superior ao esperado) recaia sobre o empregador e o risco de investimento (os

ativos investidos serem insuficientes para cobrir os benefícios futuros) incida

substancialmente sobre a entidade. Caso o resultado atuarial e de investimento não for o

esperado, a obrigação da entidade poderá aumentar.

Segundo a NPC nº 26 Pronunciamento elaborado pela IMBRACON:

“Os planos de contribuição definida são planos de benefícios pós-emprego onde a

Entidade patrocinadora contribui para um Fundo de Pensão um valor fixo, não tendo

obrigação legal de pagar contribuições adicionais, caso o fundo não possua ativos suficientes

para pagar todos os benéficos que deve”.

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E os planos de benefício definido são aqueles em que a Entidade patrocinadora

fica obrigada a pagar contribuições adicionais se o fundo não dispuser de recursos para pagar

os seus débitos de benefícios.

4.4 CONTABILIZAÇAO DOS PLANOS DE BENEFÍCIO DEFINIDO NAS

ENTIDADES PATROCINADORAS DE FUNDOS DE PENSÃO

A contabilização dos planos de benefício definido é um pouco complexa por

serem necessárias algumas premissas para fazer a mensuração das obrigações e despesas do

plano, podendo também existir a possibilidade de ganhos e perdas atuariais. As obrigações

são mensuradas ao seu valor presente, pois as mesmas podem ser liquidadas alguns anos após

a prestação dos serviços pelos empregados. A patrocinadora deve reconhecer o passivo

líquido do fundo, é importante saber que os ativos e passivos do plano são essenciais no

balanço da mesma, mesmo que mantidos por uma entidade em separado.

Nos planos de benefício definido a obrigação que o empregador tem em pagar o

benefício final deve ser contabilizada no passivo. Esse passivo é zerado quando a

patrocinadora paga as contribuições ao fundo que acumula ativos para futuramente atender os

benefícios futuros. Porém, não é possível conhecer de forma precisa o valor futuro do passivo

e nem o rendimento dos ativos do fundo. Então para facilitar a mensuração do passivo, são

feitas estimativas com o auxílio de um profissional atuário habilitado. Seria muito bom que o

passivo dos benefícios fosse igual ao ativo do plano, porém existem muitas dificuldades de

mensuração que baseia-se em muitas estimativas (nível futuro dos salários, retorno dos ativos,

mortalidade, inflação). As contribuições irão variar de acordo com a posição do plano e das

estimativas atuariais.

A contabilização de planos de benefício definido por uma entidade envolve os

seguintes passos:

a) usar técnicas atuariais para fazer uma estimativa confiável do valor do benefício que os empregados obtiveram em retorno por seu serviço, nos períodos atual e anteriores. Isso exige que uma entidade determine quanto benefício é atribuível aos períodos atual e anteriores [...] e faça estimativas (premissas atuariais) sobre variáveis demográficas (tais como giro e mortalidade de empregados) e variáveis financeiras (tais como aumentos futuros nos salários e custos médicos), que influenciarão o custo do benefício [...];

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(b) descontar esse benefício usando o Método da Unidade de Crédito Projetada, para determinar o valor presente da obrigação de benefício definido e o custo do serviço corrente [...]; (c) determinar o valor justo de quaisquer ativos do plano [...]; (d) determinar o valor total dos ganhos e perdas atuariais e o valor dos ganhos e perdas atuariais a serem reconhecidos [...]; (e) quando um plano tiver sido introduzido ou alterado, determinar o resultado do custo do serviço passado [...]; e (f) quando um plano tiver sido reduzido ou liquidado, determinar o ganho ou perda resultante [...]17.

O principal objetivo da contabilização dos planos de benefício definido é definir

de forma clara e precisa o valor justo dos ativos e passivos do plano e o custo do mesmo é

reconhecido no resultado no momento em que os benefícios são adquiridos pelos empregados.

4.4.1 RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO

Os planos de benefício definido podem não possuir um fundo constituído ou

podem ser cobertos totalmente ou parcialmente por contribuições da entidade e dos seus

empregados, para entidade ou fundo que deve ser separado legalmente da entidade

patrocinadora que paga os benefícios aos empregados.

O pagamento dos benefícios além de depender da situação financeira do fundo e

dos investimentos feitos pelo mesmo, dependem primordialmente da capacidade e do

interesse que as entidades patrocinadoras tem em suprir as insuficiências dos ativos do fundo.

Pois como já havia sido mencionado o risco atuarial e de investimento do plano, são

assumidos pela entidade patrocinadora e pelo fundo respectivamente. Portanto, a despesa

reconhecida não é necessariamente o montante da contribuição devida no período.

O valor líquido da obrigação do passivo (ativo) deve ser reconhecido no Balanço

Patrimonial. A obrigação será influenciada por outras variáveis e será o total líquido dos

seguintes valores:

• Valor presente da obrigação presente de benefício definido – Representa o valor presente, sem a dedução de quaisquer ativos do plano ou pagamento futuros esperados, requerido para liquidar a obrigação decorrente do serviço dos empregados no período corrente e em períodos anteriores; MAIS • Qualquer ganho atuarial (menos quaisquer perda atuarial) não reconhecido; MENOS

17 STANDARDS, International Financial Reporting. IAS 19 Benefícios aos Empregados. Disponível em: <

http://www.ifrs.org/IFRSs/IFRS-technical-summaries/Documents/Port2011/IAS19.pdf> Acesso em: 04 mai 2013.

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• Qualquer custo do serviço passado não reconhecido – Derivam de alteração ou introdução de benefícios, podendo esse custo ser positivo ou negativo; MENOS • O valor justo dos ativos do plano18.

Caso o valor líquido da obrigação seja negativo pode ser feito o reconhecimento

de um ativo, mas somente se esse ativo for recuperável por reembolsos provenientes do plano

ou redução das contribuições futuras.

O valor líquido de ativo de benefício definido pode surgir quando um plano de benefício definido tiver recebido excesso de contribuições ou quando ocorrerem ganhos atuariais. A entidade deve reconhecer o valor líquido de ativo de benefício definido nesses casos porque: (a) a entidade controla um recurso, que é a capacidade de utilizar o superávit para gerar benefícios futuros; (b) esse controle é resultado de eventos passados (contribuições pagas pela entidade e serviços prestados pelo empregado); e (c) benefícios econômicos futuros estão disponíveis para a entidade na forma de redução nas contribuições futuras ou de restituição em dinheiro, seja diretamente à entidade patrocinadora ou indiretamente para outro plano deficitário. O teto de ativo (asset ceiling) é o valor presente desses benefícios futuros19.

O custo final do plano de benefício definido pode ser influenciado por diversas

variáveis, como por exemplo, o salário na data da concessão do benefício, rotatividade e

mortalidade, contribuições de empregados e etc. Não se pode definir certamente o real valor

do custo final, e essa incerteza poderá se estender por um logo período de tempo. Para poder

mensurar o valor presente das obrigações e o custo do serviço corrente é necessário aplicar

um método de avaliação atuarial, atribuir benefício aos períodos de serviço e adotar premissas

atuariais.

De acordo com a IAS 19 o valor que é reconhecido na demonstração do resultado

abrangente é baseado em três estimativas atuariais:

Custo do serviço corrente: Corresponde ao aumento do valor presente da

obrigação de benefício definido, o qual resulta dos serviços prestados pelo empregado no

período.

18 CONTÁBEIS, Comitê de Pronunciamentos. Contabilização dos Planos de benefício segundo o CPC 33. Disponívelem<http://www.ipecrj.com.br/contabilizando-a-leitura/fonte/Contabiliza%C3%A7%C3%A3o%20de%20planos%20de%20benef%C3%ADcios%20segundo%20o%20CPC%2033.pdf> Acesso em: 12 mai 2013. 19 CONTÁBEIS, Comitê de Pronunciamentos. Pronunciamento Técnico CPC 33 (R1): Benefícios a Empregados. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_33_R1_final.pdf> Acesso em: 12 mai 2013.

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Custo de juros: É o aumento no valor presente de benefício definido durante o

período, pelo fato de está mais próxima a liquidação do benefício.

Retorno esperado sobre os ativos do plano: Refere-se aos juros, dividendos e

outras receitas adquiridas com os ativos do plano, somando os ganhos ou perdas realizadas

sobre os ativos, menos os impostos e os custos de administração do plano.

O valor reconhecido na demonstração do resultado abrangente é: Custo do serviço corrente; Custo de juros; Retorno esperado sobre quaisquer ativos; Ganhos e perdas atuariais reconhecidos; Custo do serviço passado reconhecido; O efeito de qualquer redução ou liquidação20.

O custo do serviço passado é a mudança no valor presente da obrigação de

benefício definido, quando há uma redução ou qualquer alteração no plano. A entidade deverá

reconhecer esse custo como despesa na data em que ocorrer. Porém não será necessário a

entidade fazer distinção entre o custo do serviço passado resultante de alteração, custo de

serviço passado que veio de uma redução e o ganho ou a perda no momento da liquidação do

plano, se essas ocorrerem ao mesmo tempo.

Se o plano for encerrado com o efeito de que a obrigação seja liquidada e o

mesmo deixar de existir, essa liquidação deve ocorrer ao mesmo tempo em que uma alteração

e redução. Entretanto nem todo encerramento de plano é uma liquidação, o mesmo pode está

sendo substituído por um novo plano que ofereça os mesmos benefícios.

Algumas vezes a alteração poderá ocorrer antes da liquidação, como, por

exemplo, quando a entidade altera os benefícios do plano e posteriormente liquida os

benefícios alterados. Nesse caso o custo do serviço passado deve ser reconhecido antes de

qualquer ganho ou perda na liquidação.

Já o ganho e perda na liquidação é a diferença entre o valor presente da obrigação

de benefício definido que está sendo liquidada e o preço de liquidação. A liquidação ocorre

quando todas as obrigações, legais ou construtivas, são eliminadas pela entidade, onde a

mesma deve reconhecer o ganho ou perda na liquidação do plano quando esta acontecer de

fato.

Caso a entidade esteja inteiramente certa e confiante que a outra parte reembolsará

total ou parte dos gatos necessários pra liquidar uma obrigação de benefício definido, a

entidade deverá reconhecer o direito de reembolso como um ativo separado, devendo este ser

20 CONTÁBEIS, Comitê de Pronunciamentos. Contabilização dos Planos de benefício segundo o CPC 33. Disponívelem<http://www.ipecrj.com.br/contabilizando-a-leitura/fonte/Contabiliza%C3%A7%C3%A3o%20de%20planos%20de%20benef%C3%ADcios%20segundo%20o%20CPC%2033.pdf> Acesso em: 12 mai 2013.

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mensurado pelo valor justo. Quando na demonstração do resultado ou demonstração do

resultado abrangente a despesa poderá ser apresenta líquida do valor reconhecido como

reembolso.

Se a entidade disponibilizar outros benefícios para os seus empregados, estes

devem ser mensurados pelo valor líquido do valor presente da obrigação de benefício definido

na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do plano utilizados para a liquidação direta

das obrigações.

4.4.2 DIFERENÇAS ATUARIAIS

A IAS 19 (dezenove) permite a o reconhecimento da diferença entre os ganhos e

perdas atuariais utilizando três metodologias: o método corredor, reconhecimento imediato no

resultado, reconhecimento imediato em outras receitas abrangentes (dentro do patrimônio

líquido).

Método do corredor: Define-se o valor limite do corredor que corresponde ao

maior, entre 10% (dez por cento) do valor justo dos ativos do plano e da obrigação de

benefícios, o valor que exceder o limite é especificado como diferença atuarial e será

reconhecida no resultado no período médio que restar de trabalho dos empregados. Com isso

o resultado não sofrerá tantos impactos desfavoráveis.

Método do reconhecimento no resultado: A variação é reconhecida de forma

imediata no resultado, isso permite um passivo reconhecido por um valor mais adequado.

Método do reconhecimento em outros resultados abrangentes: O reconhecimento

da variação ocorre imediatamente no resultado abrangente, onde a variação fica dentro do

patrimônio e não transita pelo resultado suavizando-o, então o seu efeito é diluído no

patrimônio e o passivo é mantido com um valor mais adequado.

As premissas atuariais funcionam como uma estimativa para se determinar o custo

do benefício pós-emprego. Uma premissa pode ser demográfica ou financeira, devendo ser ao

mesmo tempo imparcial e mutuamente compatível. São imparciais quando não apresentarem

imprudência e nem excesso de conservadorismo, e mutuamente compatíveis se refletirem

entre os indicadores e relacionamentos econômicos. As financeiras baseiam-se nas

expectativas de mercado pra o período em que as obrigações serão liquidadas.

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4.4.3 EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DE PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO

USANDO O MÉTODO CORREDOR

Quando se chega ao final de cada período, os ativos e os passivos dos planos de

benefício definido deverão ser avaliados e a patrocinadora deverá reconhecer o passivo

líquido no Balanço Patrimonial.

Exemplo1: Reconhecimento do passivo líquido no Balanço Patrimonial

2010 2011

Valor justo dos ativos do plano 60 55

Valor presente da obrigação (65) (100)

Passivo líquido do plano (5) (45)

A regra básica é simples

2010 – passivo a ser reconhecido 5

2011 – passivo a ser reconhecido 45

Fonte: Exemplo retirado do site do Instituto de Pesquisas e Estudos Contábeis, cujos dados foram modificados pela autora.

A contabilização do passivo líquido não é tão simples quanto parece, existem

algumas variáveis que dificultam o processo. Para entender como funciona é necessário

conhecer as causas da variação dos valores do ativo e do passivo. Ao final do relatório deve-

se saber: o valor justo dos ativos e passivos do plano no início e final do período; o montante

das contribuições pagas durante o período; o montante que o plano pagou aos pensionistas

durante o período; o custo do serviço corrente; e as premissas atuariais estimadas para o

período.

Se não existirem variações atuariais, não será necessário apresentar os valores do

ativo e do passivo ao final do período. Para explicar melhor segue um exemplo:

Exemplo 2: Inexistência de variações atuariais

Início do período:

Valor justo dos ativos do plano 600

Valor presente das obrigações (600)

Durante o período

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Custo do serviço corrente 200

Contribuições pagas ao plano 80

Benefícios pagos pelo plano 60

Premissas atuariais

Taxa de desconto 11%

Taxa de desconto 9%

Análise Passivo Ativo

No começo do ano 600 600

Custo do serviço corrente (11%600) 200 -

Custo de juros (11%600) 66 -

Benefícios pagos (60) (60)

Retorno esperado dos ativos (9%600) - 54

Contribuições - 80

Valor esperado 806 674

Valor real do final do período 866 704

Perda atuarial 60 -

Ganho atuarial - 30

Fonte: Exemplo retirado do site do Instituto de Pesquisas e Estudos Contábeis, cujos dados foram modificados pela autora.

No próximo exemplo só existe diferença atuarial no final do período:

Exemplo 3: Diferença atuarial no final do período

Passivo Ativo Passivo Líquido

Valor esperado 806 674 132

Valor real 866 704 162

Diferença atuarial (60) (30) (30)

Fonte: Exemplo retirado do site do Instituto de Pesquisas e Estudos Contábeis, cujos dados foram modificados pela autora.

É definido pela IAS 19 que o passivo líquido seja reconhecido baseando-se em

valores reais de ativos e passivos do plano ao final do período. Se a entidade reconhecer um

passivo de R$ 162,00 (cento de sessenta e dois reais), será reconhecida uma perda atuarial de

R$ 30,00 (trinta reais). Contabilmente o lançamento será:

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D - Despesa (por diferença “162 + 162”) - 324

C – Caixa - 162

C – Passivo (variação 162 – o saldo inicial) - 162 (incluí 30 de variação atuarial)

A despesa de R$ 324,00 (trezentos e vinte e quatro reais) pode ser reconhecida

diretamente no resultado ou em outros resultados abrangentes. Através do método corredor

ainda é permitido o reconhecimento de um montante menor no resultado. Pelo método

corredor só o que será reconhecido no resultado durante o período médio restante de trabalho

dos empregados é a diferença atuarial que ficar fora do limite do corredor. O corredor é o

maior valor entre:

• 10% do valor justo dos ativos do plano ao final do período anterior = 60 (600*10%); e

• 10% do valor presente da obrigação do plano ao final do período anterior = 60

(600*10%).

As diferenças atuariais não devem ser reconhecidas no período em que se

originam. O valor acumulado de diferenças atuariais apuradas ao final do período anterior é

comparado com o corredor. Ainda citando o exemplo anterior se for utilizado o método

corredor, não será necessário reconhecer a perda atuarial de R$ 30,00 (trinta reais).

Exemplo 4: Reconhecimento ao final do período

Reconhecimento ao final do período de relatório corrente

Passivo líquido ao final do período 162

(-) Diferença atuarial não reconhecida (30)

Passivo líquido reconhecido 132

Lançamentos contábeis

D – Despesa (diferença) 294

C – Caixa 162

C – Passivo (132 – 0) 132

Corredor 60

Diferença atuarial não reconhecida (período anterior) -

Montante a ser reconhecido (÷ nº médio de anos restantes de trabalho) -

Fonte: Exemplo retirado do site do Instituto de Pesquisas e Estudos Contábeis, cujos dados foram modificados pela autora.

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Se houvesse alguma diferença atuarial do período anterior e, se este saldo fosse

maior superior a 60 (sessenta), seria apropriado ao resultado pela divisão do valor a maior que

60 (sessenta) e o número médio de anos restantes de trabalho dos funcionários. De maneira

mais explicativa tem-se: diferença atuarial referente ao período anterior = 70 (setenta); anos

restantes médios de trabalho = 10 (dez) anos, então ao final do período seria apropriada uma

despesa de 1 ((70 – 60) / 10).

A despesa do período pode ser mensurada:

Exemplo 5: Mensuração da despesa

*Custo do serviços corrente 200

*Custo dos juros 66

*Retorno esperado dos ativos (54)

Ganho/Perda atuarial - 0

Despesa 212

Fonte: Exemplo retirado do site do Instituto de Pesquisas e Estudos Contábeis, cujos dados foram modificados pela autora. * Baseado em estimativas

Com relação às notas explicativas, devem ser divulgadas nestas, uma explicação

dos planos, o método de contabilização, as mudanças no valor justo dos ativos e do valor

presente da obrigação de benefícios definido, composição da despesa reconhecida e por tipo

de ativo do plano. Caso o plano possua em seus ativos ações, debêntures e outros itens

pertencentes à patrocinadora, estes devem também ser divulgados.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com a pesquisa elaborada, conclui-se que a Seguridade Social é

essencial para que o ser humano possa ter uma vida sustentável após o término de suas

atividades laborais ou até mesmo por incapacidade de praticar tais atividades, e nesse âmbito

a previdência social é bastante significativa. Porém a previdência social pública, muitas vezes

não é suficiente para alguns indivíduos que anseiam maior tranquilidade quando chegarem a

um estágio mais avançado da vida. E é nesse contexto que entra a previdência complementar,

que se apresenta como uma opção para aqueles que desejam complementar a previdência

disponibilizada pelo sistema público.

As Entidades Fechadas de Previdência Complementar são também conhecidas

como fundos de pensão, onde estes fundos estão cada vez mais presentes em empresas ou

grupo delas que decidem patrociná-los para oferecer aos seus empregados o complemento da

previdência. Por isso é fundamental que os profissionais de contabilidade conheçam a

contabilização dos planos de benefício tanto nos fundos de pensão quanto nas entidades que o

patrocinam.

A metodologia utilizada nesse trabalho foi tanto qualitativa quanto quantitativa,

apoiando-se na pesquisa bibliográfica como fonte de informações e coleta de dados. Foram

avaliados outros trabalhos acadêmicos e científicos que tinham semelhança com o tema

proposto, assim bem como as legislações encontradas principalmente nos sites do Ministério

da Previdência Social e Complementar. A pesquisa contou essencialmente com os sistemas de

busca e metabusca, que corresponde a coleta de dados e informações através da internet.

A maior dificuldade na realização da pesquisa foi a busca por fontes, visto que

não foram encontrados livros que tratassem especificamente sobre o assunto abordado,

entretanto a internet foi a principal fonte de pesquisa, sendo que o tema é bastante presente em

artigos e sites governamentais e privados.

Sobre a contabilização dos planos de benefícios definido nas entidades

patrocinadoras dos fundos de pensão, conclui-se que esta é um pouco complexa por serem

necessárias algumas premissas para fazer a mensuração das obrigações e despesas do plano. A

obrigação que o empregador tem em pagar o benefício final ao seu empregado deve ser

contabilizada no passivo no seu valor presente, ou seja, a patrocinadora deve reconhecer

passivo líquido do fundo. É importante saber que os ativos e passivos do plano são essenciais

para o balanço da entidade.

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O passivo líquido será zerado quando a patrocinadora pagar as contribuições ao

fundo que acumula ativos para futuramente atender os benefícios futuros, entretanto não é

possível conhecer precisamente o passivo futuro, por isso se faz necessário fazer algumas

mensurações através de estimativas e do auxílio de um profissional atuário.

O principal objetivo da contabilização dos planos de benefício definido é definir

de forma clara e precisa o valor justo dos ativos e passivos do plano e o custo do mesmo é

reconhecido no resultado no momento em que os benefícios são adquiridos pelos empregados.

O pagamento dos benefícios depende tanto da situação financeira do fundo e dos

investimentos feitos pelo mesmo, quanto da capacidade e do interesse que as entidades

patrocinadoras tem em suprir as insuficiências dos ativos do fundo. O risco atuarial e de

investimento do plano, são assumidos pela entidade patrocinadora e pelo fundo

respectivamente. Portanto, a despesa reconhecida não é necessariamente o montante da

contribuição devida no período.

Caso ocorra de o valor líquido da obrigação ser negativo, pode ser feito o

reconhecimento de um ativo, mas somente se esse ativo for recuperável por reembolsos

provenientes do plano ou redução das contribuições futuras. Já o valor que é reconhecido na

demonstração do resultado abrangente é baseado em três estimativas: custo do serviço

corrente, custo dos juros, retorno esperado sobre os ativos do plano.

A mensuração dos ativos também depende de outras variáveis que causam

variação nos valores dos ativos e passivos. Ao final do relatório deve-se saber: o valor justo

dos ativos e passivos do plano no início e final do período; o montante das contribuições

pagas durante o período; o montante que o plano pagou aos pensionistas durante o período; o

custo do serviço corrente; e as premissas atuariais estimadas para o período.

Os planos devem ser explicados em notas explicativas, devendo ao mesmo tempo

ter sua divulgação nestas: o método de contabilização, as mudanças no valor justo dos ativos e

do valor presente da obrigação de benefícios definido, composição da despesa reconhecida e

por tipo de ativo do plano. Caso o plano possua em seus ativos ações, debêntures e outros

itens pertencentes à patrocinadora, estes devem também ser divulgados.

Em fim, o problema foi resolvido visto que alcançou-se o objetivo de mostrar ao

leitor um pouco sobre o entendimento da contabilização dos planos de benefício em empresas

que se interessam em patrocinar fundos de pensão, a fim de proporcionar aos seus

funcionários um complemento previdencial. Porém, este foi apenas o primeiro passo para o

aprofundamento do assunto, a pesquisa foi bastante proveitosa, por isso sugere-se que

dependendo do interesse do leitor, a mesma possa ser aprofundada, visto que é um tema

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importante e presente na vida cotidiana, além de ser objeto de estudo para contadores,

contabilistas, estudantes acadêmicos e para aqueles que apenas buscam um conhecimento a

mais. Então, tirem um bom proveito de suas leituras.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIVROS:

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo. Atlas, 2002.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de, 1943 – Tratado de Metodologia Científica: projetos de pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses / Silvio Luiz de Oliveira; revisão Maria Aparecida Bessana. São Paulo. Pioneira Thomson Learning, 2004.

SOARES, Edvaldo. Metodologia Científica: lógica, epistemologia e normas / Edvaldo Soares. – São Paulo: Atlas, 2003.

GIL, Antônio Carlos, 1946 – Como Elaborar Projetos de Pesquisa / Antônio Carlos Gil – 4.ed. – São Paulo: Atlas, 2002.

SITES:

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“Disponível em:” <http://blogdefranciscocastro.blogspot.com.br/2012/08/o-poder-dos-fundos-de-pensao-no-brasil.html> “Acesso em:” 10/03/13

“Disponível em:” < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552004000200008> “Acesso em:” 10/03/13

“Disponível em:” <http://web3.ufes.br/ppgps/sites/web3.ufes.br.ppgps/files/Stefania%20B.%20Vaccaro.pdf > “Acesso em:” 10/03/13

“Disponível em:” < http://noticias.uol.com.br/uolnews/financas/sophia/prevprivada/ult2438u15.jhtm > “Acesso em:” 17/03/13

“Disponível em:” <http://pt.scribd.com/doc/14344653/Pesquisa-qualitativa-e-quantitativa> “Acesso em:” 20/03/13

“Disponível em:” <http://www.professorajuliana.adv.br/web/materialdeapoio/apostilas/Apostila%20DIEX_Prev.pdf> “Acesso em:” 12/03/13

“Disponível em:” <http://pt.wikipedia.org/wiki/Seguridade_social> “Acesso em:” 21/03/13

“Disponível em:” <http://www.josearthur.org/2011/10/historia-da-seguridade-social-no-mundo.html> “Acesso em:” 21/03/13

“Disponível em:” <http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_de_Weimar> “Acesso em:” 31/03/13

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“Disponível em:” <http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/1_120926-154936-403.pdf> “Acesso em:” 21/04/13

“Disponível em:” <http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_081014-111404-315.pdf > “Acesso em:” 21/04/13

“Disponível em:” <http://www.mpas.gov.br/previc.php?id_spc=155> “Acesso em:” 28/04/2013

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“Disponível em:” <http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_081014-110808-216.pdf> “Acesso em:” 28/04/2013

“Disponível em:” <http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/72/MPS-CGPC/2005/16.htm> “Acesso em:” 4/05/2013

“Disponível em:” <http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Legislacao/Resolucao/090126_resol_28.pdf > “Acesso em:” 04/05/2013

“Disponível em:” <www.inss.gov.br/arquivos/office/3_081125-164111-608.pdf> “Acesso em:” 04/05/13

“Disponível em:” <http://rodartenogueira.com.br/wp-content/uploads/2012/10/artigosobreEFPC02.12.20091.pdf> “Acesso em:” 04/05/2013

“Disponível em:” <http://www.ifrs.org/IFRSs/IFRS-technical-summaries/Documents/Port2011/IAS19.pdf > “Acesso em:” 04/05/2013

“Disponível em:” <http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_111216-142938-645.pdf > “Acesso em:” Resolução CNPC n° 8 de 31/10/2011 – 05/05/2013

“Disponível em:” <http://www.ipecrj.com.br/contabilizando-a-leitura/fonte/Contabiliza%C3%A7%C3%A3o%20de%20planos%20de%20benef%C3%ADcios%20segundo%20o%20CPC%2033.pdf> “Acesso em:” 12/05/13

“Disponível em:” <http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_33_R1_final.pdf > “Acesso em:” 12/05/13

“Disponível em:” <http://www.crc-ce.org.br/crcnovo/home.php?st=listinfo&info_id=475> “Acesso em:” 12/05/13

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ANEXO A

LEI COMPLEMENTAR Nº 108, DE 29 DE MAIO DE 2001

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Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI COMPLEMENTAR Nº 108, DE 29 DE MAIO DE 2001

Dispõe sobre a relação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas e suas respectivas entidades fechadas de previdência complementar, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

Art. 1o A relação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadores de entidades fechadas de previdência complementar, e suas respectivas entidades fechadas, a que se referem os §§ 3o, 4o, 5o e 6o do art. 202 da Constituição Federal, será disciplinada pelo disposto nesta Lei Complementar.

Art. 2o As regras e os princípios gerais estabelecidos na Lei Complementar que regula o caput do art. 202 da Constituição Federal aplicam-se às entidades reguladas por esta Lei Complementar, ressalvadas as disposições específicas.

CAPÍTULO II

DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS Seção I

Disposições Especiais

Art. 3o Observado o disposto no artigo anterior, os planos de benefícios das entidades de que trata esta Lei Complementar atenderão às seguintes regras:

I – carência mínima de sessenta contribuições mensais a plano de benefícios e cessação do vínculo com o patrocinador, para se tornar elegível a um benefício de prestação que seja programada e continuada; e

II – concessão de benefício pelo regime de previdência ao qual o participante esteja filiado por intermédio de seu patrocinador, quando se tratar de plano na modalidade benefício definido, instituído depois da publicação desta Lei Complementar.

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Parágrafo único. Os reajustes dos benefícios em manutenção serão efetuados de acordo com critérios estabelecidos nos regulamentos dos planos de benefícios, vedado o repasse de ganhos de produtividade, abono e vantagens de qualquer natureza para tais benefícios.

Art. 4o Nas sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, a proposta de instituição de plano de benefícios ou adesão a plano de benefícios em execução será submetida ao órgão fiscalizador, acompanhada de manifestação favorável do órgão responsável pela supervisão, pela coordenação e pelo controle do patrocinador.

Parágrafo único. As alterações no plano de benefícios que implique elevação da contribuição de patrocinadores serão objeto de prévia manifestação do órgão responsável pela supervisão, pela coordenação e pelo controle referido no caput.

Art. 5o É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas o aporte de recursos a entidades de previdência privada de caráter complementar, salvo na condição de patrocinador.

Seção II Do Custeio

Art. 6o O custeio dos planos de benefícios será responsabilidade do patrocinador e dos participantes, inclusive assistidos.

§ 1o A contribuição normal do patrocinador para plano de benefícios, em hipótese alguma, excederá a do participante, observado o disposto no art. 5o da Emenda Constitucional no 20, de 15 de dezembro de 1998, e as regras específicas emanadas do órgão regulador e fiscalizador.

§ 2o Além das contribuições normais, os planos poderão prever o aporte de recursos pelos participantes, a título de contribuição facultativa, sem contrapartida do patrocinador.

§ 3o É vedado ao patrocinador assumir encargos adicionais para o financiamento dos planos de benefícios, além daqueles previstos nos respectivos planos de custeio.

Art. 7o A despesa administrativa da entidade de previdência complementar será custeada pelo patrocinador e pelos participantes e assistidos, atendendo a limites e critérios estabelecidos pelo órgão regulador e fiscalizador.

Parágrafo único. É facultada aos patrocinadores a cessão de pessoal às entidades de previdência complementar que patrocinam, desde que ressarcidos os custos correspondentes.

CAPÍTULO III DAS ENTIDADES DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

PATROCINADAS PELO PODER PÚBLICO E SUAS EMPRESAS Seção I

Da Estrutura Organizacional

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Art. 8o A administração e execução dos planos de benefícios compete às entidades fechadas de previdência complementar mencionadas no art. 1o desta Lei Complementar.

Parágrafo único. As entidades de que trata o caput organizar-se-ão sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos.

Art. 9o A estrutura organizacional das entidades de previdência complementar a que se refere esta Lei Complementar é constituída de conselho deliberativo, conselho fiscal e diretoria-executiva.

Seção II

Do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal

Art. 10. O conselho deliberativo, órgão máximo da estrutura organizacional, é responsável pela definição da política geral de administração da entidade e de seus planos de benefícios.

Art. 11. A composição do conselho deliberativo, integrado por no máximo seis membros, será paritária entre representantes dos participantes e assistidos e dos patrocinadores, cabendo a estes a indicação do conselheiro presidente, que terá, além do seu, o voto de qualidade.

§ 1o A escolha dos representantes dos participantes e assistidos dar-se-á por meio de eleição direta entre seus pares.

§ 2o Caso o estatuto da entidade fechada, respeitado o número máximo de conselheiros de que trata o caput e a participação paritária entre representantes dos participantes e assistidos e dos patrocinadores, preveja outra composição, que tenha sido aprovada na forma prevista no seu estatuto, esta poderá ser aplicada, mediante autorização do órgão regulador e fiscalizador.

Art. 12. O mandato dos membros do conselho deliberativo será de quatro anos, com garantia de estabilidade, permitida uma recondução.

§ 1o O membro do conselho deliberativo somente perderá o mandato em virtude de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou processo administrativo disciplinar.

§ 2o A instauração de processo administrativo disciplinar, para apuração de irregularidades no âmbito de atuação do conselho deliberativo da entidade fechada, poderá determinar o afastamento do conselheiro até sua conclusão.

§ 3o O afastamento de que trata o parágrafo anterior não implica prorrogação ou permanência no cargo além da data inicialmente prevista para o término do mandato.

§ 4o O estatuto da entidade deverá regulamentar os procedimentos de que tratam os parágrafos anteriores deste artigo.

Art. 13. Ao conselho deliberativo compete a definição das seguintes matérias:

I – política geral de administração da entidade e de seus planos de benefícios;

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II – alteração de estatuto e regulamentos dos planos de benefícios, bem como a implantação e a extinção deles e a retirada de patrocinador;

III – gestão de investimentos e plano de aplicação de recursos;

IV – autorizar investimentos que envolvam valores iguais ou superiores a cinco por cento dos recursos garantidores;

V – contratação de auditor independente atuário e avaliador de gestão, observadas as disposições regulamentares aplicáveis;

VI – nomeação e exoneração dos membros da diretoria-executiva; e

VII – exame, em grau de recurso, das decisões da diretoria-executiva.

Parágrafo único. A definição das matérias previstas no inciso II deverá ser aprovada pelo patrocinador.

Art. 14. O conselho fiscal é órgão de controle interno da entidade.

Art. 15. A composição do conselho fiscal, integrado por no máximo quatro membros, será paritária entre representantes de patrocinadores e de participantes e assistidos, cabendo a estes a indicação do conselheiro presidente, que terá, além do seu, o voto de qualidade.

Parágrafo único. Caso o estatuto da entidade fechada, respeitado o número máximo de conselheiros de que trata o caput e a participação paritária entre representantes dos participantes e assistidos e dos patrocinadores, preveja outra composição, que tenha sido aprovada na forma prevista no seu estatuto, esta poderá ser aplicada, mediante autorização do órgão regulador e fiscalizador.

Art. 16. O mandato dos membros do conselho fiscal será de quatro anos, vedada a recondução.

Art. 17. A renovação dos mandatos dos conselheiros deverá obedecer ao critério de proporcionalidade, de forma que se processe parcialmente a cada dois anos.

§ 1o Na primeira investidura dos conselhos, após a publicação desta Lei Complementar, os seus membros terão mandato com prazo diferenciado.

§ 2o O conselho deliberativo deverá renovar três de seus membros a cada dois anos e o conselho fiscal dois membros com a mesma periodicidade, observada a regra de transição estabelecida no parágrafo anterior.

Art. 18. Aplicam-se aos membros dos conselhos deliberativo e fiscal os mesmos requisitos previstos nos incisos I a III do art. 20 desta Lei Complementar.

Seção III Da Diretoria-Executiva

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Art. 19. A diretoria-executiva é o órgão responsável pela administração da entidade, em conformidade com a política de administração traçada pelo conselho deliberativo.

§ 1o A diretoria-executiva será composta, no máximo, por seis membros, definidos em função do patrimônio da entidade e do seu número de participantes, inclusive assistidos.

§ 2o O estatuto da entidade fechada, respeitado o número máximo de diretores de que trata o parágrafo anterior, deverá prever a forma de composição e o mandato da diretoria-executiva, aprovado na forma prevista no seu estatuto, observadas as demais disposições desta Lei Complementar.

Art. 20. Os membros da diretoria-executiva deverão atender aos seguintes requisitos mínimos:

I – comprovada experiência no exercício de atividade na área financeira, administrativa, contábil, jurídica, de fiscalização, atuarial ou de auditoria;

II – não ter sofrido condenação criminal transitada em julgado;

III – não ter sofrido penalidade administrativa por infração da legislação da seguridade social, inclusive da previdência complementar ou como servidor público; e

IV – ter formação de nível superior.

Art. 21. Aos membros da diretoria-executiva é vedado:

I – exercer simultaneamente atividade no patrocinador;

II – integrar concomitantemente o conselho deliberativo ou fiscal da entidade e, mesmo depois do término do seu mandato na diretoria-executiva, enquanto não tiver suas contas aprovadas; e

III – ao longo do exercício do mandato prestar serviços a instituições integrantes do sistema financeiro.

Art. 22. A entidade de previdência complementar informará ao órgão regulador e fiscalizador o responsável pelas aplicações dos recursos da entidade, escolhido entre os membros da diretoria-executiva.

Parágrafo único. Os demais membros da diretoria-executiva responderão solidariamente com o dirigente indicado na forma do caput pelos danos e prejuízos causados à entidade para os quais tenham concorrido.

Art. 23. Nos doze meses seguintes ao término do exercício do cargo, o ex-diretor estará impedido de prestar, direta ou indiretamente, independentemente da forma ou natureza do contrato, qualquer tipo de serviço às empresas do sistema financeiro que impliquem a utilização das informações a que teve acesso em decorrência do cargo exercido, sob pena de responsabilidade civil e penal.

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§ 1o Durante o impedimento, ao ex-diretor que não tiver sido destituído ou que pedir afastamento será assegurada a possibilidade de prestar serviço à entidade, mediante remuneração equivalente à do cargo de direção que exerceu ou em qualquer outro órgão da Administração Pública.

§ 2o Incorre na prática de advocacia administrativa, sujeitando-se às penas da lei, o ex-diretor que violar o impedimento previsto neste artigo, exceto se retornar ao exercício de cargo ou emprego que ocupava junto ao patrocinador, anteriormente à indicação para a respectiva diretoria-executiva, ou se for nomeado para exercício em qualquer órgão da Administração Pública.

CAPÍTULO IV DA FISCALIZAÇÃO

Art. 24. A fiscalização e controle dos planos de benefícios e das entidades fechadas de previdência complementar de que trata esta Lei Complementar competem ao órgão regulador e fiscalizador das entidades fechadas de previdência complementar.

Art. 25. As ações exercidas pelo órgão referido no artigo anterior não eximem os patrocinadores da responsabilidade pela supervisão e fiscalização sistemática das atividades das suas respectivas entidades de previdência complementar.

Parágrafo único. Os resultados da fiscalização e do controle exercidos pelos patrocinadores serão encaminhados ao órgão mencionado no artigo anterior.

CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 26. As entidades fechadas de previdência complementar patrocinadas por empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos subordinam-se, no que couber, às disposições desta Lei Complementar, na forma estabelecida pelo órgão regulador e fiscalizador.

Art. 27. As entidades de previdência complementar patrocinadas por entidades públicas, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista, deverão rever, no prazo de dois anos, a contar de 16 de dezembro de 1998, seus planos de benefícios e serviços, de modo a ajustá-los atuarialmente a seus ativos, sob pena de intervenção, sendo seus dirigentes e seus respectivos patrocinadores responsáveis civil e criminalmente pelo descumprimento do disposto neste artigo.

Art. 28. A infração de qualquer disposição desta Lei Complementar ou de seu regulamento, para a qual não haja penalidade expressamente cominada, sujeita a pessoa física ou jurídica responsável, conforme o caso e a gravidade da infração, às penalidades administrativas previstas na Lei Complementar que disciplina o caput do art. 202 da Constituição Federal.

Art. 29. As entidades de previdência privada patrocinadas por empresas controladas, direta ou indiretamente, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, que possuam planos de benefícios definidos com responsabilidade da patrocinadora, não poderão exercer o controle ou participar de acordo de acionistas que tenha por objeto formação de grupo de

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controle de sociedade anônima, sem prévia e expressa autorização da patrocinadora e do seu respectivo ente controlador.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às participações acionárias detidas na data de publicação desta Lei Complementar.

Art. 30. As entidades de previdência complementar terão o prazo de um ano para adaptar sua organização estatutária ao disposto nesta Lei Complementar, contados a partir da data de sua publicação.

Art. 31. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 32. Revoga-se a Lei no 8.020, de 12 de abril de 1990.

Brasília, 29 de maio de 2001; 180o da Independência e 113o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO José Gregori

Pedro Malan

Roberto Brant

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 30.5.2001

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ANEXO B

LEI COMPLEMENTAR Nº 109, DE 29 DE MAIO DE 2001

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Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI COMPLEMENTAR Nº 109, DE 29 DE MAIO DE 2001

Mensagem de veto nº 494

Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO

Art. 1o O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, é facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício, nos termos do caput do art. 202 da Constituição Federal, observado o disposto nesta Lei Complementar.

Art. 2o O regime de previdência complementar é operado por entidades de previdência complementar que têm por objetivo principal instituir e executar planos de benefícios de caráter previdenciário, na forma desta Lei Complementar.

Art. 3o A ação do Estado será exercida com o objetivo de:

I - formular a política de previdência complementar;

II - disciplinar, coordenar e supervisionar as atividades reguladas por esta Lei Complementar, compatibilizando-as com as políticas previdenciária e de desenvolvimento social e econômico-financeiro;

III - determinar padrões mínimos de segurança econômico-financeira e atuarial, com fins específicos de preservar a liquidez, a solvência e o equilíbrio dos planos de benefícios, isoladamente, e de cada entidade de previdência complementar, no conjunto de suas atividades;

IV - assegurar aos participantes e assistidos o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos de benefícios;

V - fiscalizar as entidades de previdência complementar, suas operações e aplicar penalidades; e

VI - proteger os interesses dos participantes e assistidos dos planos de benefícios.

Art. 4o As entidades de previdência complementar são classificadas em fechadas e abertas, conforme definido nesta Lei Complementar.

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Art. 5o A normatização, coordenação, supervisão, fiscalização e controle das atividades das entidades de previdência complementar serão realizados por órgão ou órgãos regulador e fiscalizador, conforme disposto em lei, observado o disposto no inciso VI do art. 84 da Constituição Federal.

[...]

CAPÍTULO III DAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Art. 31. As entidades fechadas são aquelas acessíveis, na forma regulamentada pelo órgão regulador e fiscalizador, exclusivamente:

I - aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas e aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores; e

II - aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores.

§ 1o As entidades fechadas organizar-se-ão sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos.

§ 2o As entidades fechadas constituídas por instituidores referidos no inciso II do caput deste artigo deverão, cumulativamente:

I - terceirizar a gestão dos recursos garantidores das reservas técnicas e provisões mediante a contratação de instituição especializada autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou outro órgão competente;

II - ofertar exclusivamente planos de benefícios na modalidade contribuição definida, na forma do parágrafo único do art. 7o desta Lei Complementar.

§ 3o Os responsáveis pela gestão dos recursos de que trata o inciso I do parágrafo anterior deverão manter segregados e totalmente isolados o seu patrimônio dos patrimônios do instituidor e da entidade fechada.

§ 4o Na regulamentação de que trata o caput, o órgão regulador e fiscalizador estabelecerá o tempo mínimo de existência do instituidor e o seu número mínimo de associados.

Art. 32. As entidades fechadas têm como objeto a administração e execução de planos de benefícios de natureza previdenciária.

Parágrafo único. É vedada às entidades fechadas a prestação de quaisquer serviços que não estejam no âmbito de seu objeto, observado o disposto no art. 76.

Art. 33. Dependerão de prévia e expressa autorização do órgão regulador e fiscalizador:

I - a constituição e o funcionamento da entidade fechada, bem como a aplicação dos respectivos estatutos, dos regulamentos dos planos de benefícios e suas alterações;

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II - as operações de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de reorganização societária, relativas às entidades fechadas;

III - as retiradas de patrocinadores; e

IV - as transferências de patrocínio, de grupo de participantes, de planos e de reservas entre entidades fechadas.

§ 1o Excetuado o disposto no inciso III deste artigo, é vedada a transferência para terceiros de participantes, de assistidos e de reservas constituídas para garantia de benefícios de risco atuarial programado, de acordo com normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador.

§ 2o Para os assistidos de planos de benefícios na modalidade contribuição definida que mantiveram esta característica durante a fase de percepção de renda programada, o órgão regulador e fiscalizador poderá, em caráter excepcional, autorizar a transferência dos recursos garantidores dos benefícios para entidade de previdência complementar ou companhia seguradora autorizada a operar planos de previdência complementar, com o objetivo específico de contratar plano de renda vitalícia, observadas as normas aplicáveis.

Art. 34. As entidades fechadas podem ser qualificadas da seguinte forma, além de outras que possam ser definidas pelo órgão regulador e fiscalizador:

I - de acordo com os planos que administram:

a) de plano comum, quando administram plano ou conjunto de planos acessíveis ao universo de participantes; e

b) com multiplano, quando administram plano ou conjunto de planos de benefícios para diversos grupos de participantes, com independência patrimonial;

II - de acordo com seus patrocinadores ou instituidores:

a) singulares, quando estiverem vinculadas a apenas um patrocinador ou instituidor; e

b) multipatrocinadas, quando congregarem mais de um patrocinador ou instituidor.

Art. 35. As entidades fechadas deverão manter estrutura mínima composta por conselho deliberativo, conselho fiscal e diretoria-executiva.

§ 1o O estatuto deverá prever representação dos participantes e assistidos nos conselhos deliberativo e fiscal, assegurado a eles no mínimo um terço das vagas.

§ 2o Na composição dos conselhos deliberativo e fiscal das entidades qualificadas como multipatrocinadas, deverá ser considerado o número de participantes vinculados a cada patrocinador ou instituidor, bem como o montante dos respectivos patrimônios.

§ 3o Os membros do conselho deliberativo ou do conselho fiscal deverão atender aos seguintes requisitos mínimos:

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I - comprovada experiência no exercício de atividades nas áreas financeira, administrativa, contábil, jurídica, de fiscalização ou de auditoria;

II - não ter sofrido condenação criminal transitada em julgado; e

III - não ter sofrido penalidade administrativa por infração da legislação da seguridade social ou como servidor público.

§ 4o Os membros da diretoria-executiva deverão ter formação de nível superior e atender aos requisitos do parágrafo anterior.

§ 5o Será informado ao órgão regulador e fiscalizador o responsável pelas aplicações dos recursos da entidade, escolhido entre os membros da diretoria-executiva.

§ 6o Os demais membros da diretoria-executiva responderão solidariamente com o dirigente indicado na forma do parágrafo anterior pelos danos e prejuízos causados à entidade para os quais tenham concorrido.

§ 7o Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 31 desta Lei Complementar, os membros da diretoria-executiva e dos conselhos deliberativo e fiscal poderão ser remunerados pelas entidades fechadas, de acordo com a legislação aplicável.

§ 8o Em caráter excepcional, poderão ser ocupados até trinta por cento dos cargos da diretoria-executiva por membros sem formação de nível superior, sendo assegurada a possibilidade de participação neste órgão de pelo menos um membro, quando da aplicação do referido percentual resultar número inferior à unidade.

[...]

CAPÍTULO V DA FISCALIZAÇÃO

Art. 41. No desempenho das atividades de fiscalização das entidades de previdência complementar, os servidores do órgão regulador e fiscalizador terão livre acesso às respectivas entidades, delas podendo requisitar e apreender livros, notas técnicas e quaisquer documentos, caracterizando-se embaraço à fiscalização, sujeito às penalidades previstas em lei, qualquer dificuldade oposta à consecução desse objetivo.

§ 1o O órgão regulador e fiscalizador das entidades fechadas poderá solicitar dos patrocinadores e instituidores informações relativas aos aspectos específicos que digam respeito aos compromissos assumidos frente aos respectivos planos de benefícios.

§ 2o A fiscalização a cargo do Estado não exime os patrocinadores e os instituidores da responsabilidade pela supervisão sistemática das atividades das suas respectivas entidades fechadas.

§ 3o As pessoas físicas ou jurídicas submetidas ao regime desta Lei Complementar ficam obrigadas a prestar quaisquer informações ou esclarecimentos solicitados pelo órgão regulador e fiscalizador.

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§ 4o O disposto neste artigo aplica-se, sem prejuízo da competência das autoridades fiscais, relativamente ao pleno exercício das atividades de fiscalização tributária.

Art. 42. O órgão regulador e fiscalizador poderá, em relação às entidades fechadas, nomear administrador especial, a expensas da entidade, com poderes próprios de intervenção e de liquidação extrajudicial, com o objetivo de sanear plano de benefícios específico, caso seja constatada na sua administração e execução alguma das hipóteses previstas nos arts. 44 e 48 desta Lei Complementar.

Parágrafo único. O ato de nomeação de que trata o caput estabelecerá as condições, os limites e as atribuições do administrador especial.

Art. 43. O órgão fiscalizador poderá, em relação às entidades abertas, desde que se verifique uma das condições previstas no art. 44 desta Lei Complementar, nomear, por prazo determinado, prorrogável a seu critério, e a expensas da respectiva entidade, um diretor-fiscal.

§ 1o O diretor-fiscal, sem poderes de gestão, terá suas atribuições estabelecidas pelo órgão regulador, cabendo ao órgão fiscalizador fixar sua remuneração.

§ 2o Se reconhecer a inviabilidade de recuperação da entidade aberta ou a ausência de qualquer condição para o seu funcionamento, o diretor-fiscal proporá ao órgão fiscalizador a decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial.

§ 3o O diretor-fiscal não está sujeito à indisponibilidade de bens, nem aos demais efeitos decorrentes da decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial da entidade aberta.

Art. 78. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 79. Revogam-se as Leis no 6.435, de 15 de julho de 1977, e no 6.462, de 9 de novembro de 1977.

Brasília, 29 de maio de 2001; 180o da Independência e 113o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO José Gregori

Pedro Malan

Roberto Brant

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 30.5.2001

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ANEXO C

NORMAS GERAIS DOS PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS A SEREM APLICADAS PELAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR.

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ANEXO C

Normas gerais dos procedimentos contábeis a serem aplicadas pelas entidades fechadas de previdência complementar.

1 Os procedimentos contábeis estabelecidos por esta Resolução têm o objetivo de orientar e padronizar os registros contábeis dos fatos relacionados às Entidades Fechadas Previdência Complementar – EFPC. 2 As normas estabelecidas foram desenvolvidas em consonância com os princípios fundamentais de contabilidade, bem como em convergência com as práticas contábeis internacionais. 3 Os procedimentos estabelecidos nesta resolução têm o caráter de universalidade, abrangendo todas as EFPC de forma geral, respeitadas, no que couber, as peculiaridades e situações excepcionais abrangidas pelo Capítulo VI da Lei Complementar n.º 109, de 29/05/2001. 4 A contabilidade da EFPC deverá ser elaborada respeitando a autonomia patrimonial de forma a identificar, separadamente, os planos de benefícios previdenciais e assistenciais, e o plano de gestão administrativa, formando um conjunto de informações consistentes e transparentes. 5 Os balancetes obrigatórios para as entidades fechadas de previdência complementar são: a) Balancete do Plano de Benefícios b) Balancete do Plano de Gestão Administrativa c) Balancete Consolidado 6 O exercício social coincidirá com o ano civil, iniciando-se em1º de janeiro e se encerrando em 31 de dezembro. 7 A EFPC deverá adotar métodos e critérios objetivos e uniformes ao longo do tempo. As modificações relevantes deverão ser evidenciadas em Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis, com a quantificação dos respectivos efeitos.

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8 Todos os lançamentos contábeis registrar-se-ão com base no Princípio da Competência, significando que na determinação do resultado serão computadas as receitas, as adições e as variações positivas auferidas no mês, independentemente de sua efetiva realização, bem como, as despesas, asdeduções e as variações negativas, pagas ou incorridas no mês correspondente. 8.1 Os registros relativos às contribuições dos autopatrocinados e de participantes de planos de benefícios de instituidores, vinculados a planos estruturados nas modalidades contribuição definida e contribuição variável, poderão ser escriturados com base no regime de caixa, devendo tais procedimentos serem mencionados em Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis. 9 A contabilização deverá ser centralizada na sede da EFPC, utilizando-se os livros obrigatórios Diário e Razão, além de livros auxiliares, com observância das disposições previstas nas legislações e normas aplicáveis. 9.1 A EFPC que adotar a gestão compartilhada dos investimentos, que implica na existência de solidariedade na aplicação dos recursos, poderá utilizar demonstrativo contábil auxiliar para registro das operações, sem prejuízo do detalhamento destas aplicações no plano de benefícios. 9.2 Caso a escrituração seja realizada em outro local, por conveniência da utilização de serviços mecanizados ou eletrônicos, por questão de descentralização administrativa ou outro motivo devidamente justificado, a EFPC deverá manter, em sua sede, os livros obrigatórios e auxiliares dos períodos já processados. Quanto aos registros em fase de processamento, quando exigido pela fiscalização da SPC, deverá ser remetido para a sede da EFPC ou para onde for determinado. 10 Os lançamentos contábeis deverão ser efetuados, com base em documentos idôneos, de forma clara, identificando o fato contábil, devendo conter em seu histórico os detalhamentos necessários das características do documento que o originou, devendo ser evitada a utilização de informações exclusivamente internas. 11 Com relação aos livros obrigatórios,as EFPC deverão atender, além das formalidades intrínsecas e extrínsecas previstas no Código Civil, as seguintes exigências: 11.1 LIVRO DIÁRIO: a) Lançamentos em conformidade com a Planificação Contábil Padrão, em ordem cronológica de dia, mês e ano; b) Identificação de todos os lançamentos contábeis, por plano de benefícios previdencial, assistencial e de gestão administrativa; c) Escrituração contábil atualizada, não se permitindo atraso superior a 30 (trinta) dias; d) Registro em cartório, no prazo máximo de 105 (cento e cinco) dias, contados a partir do final do exercício social a que se referir; e e) Deverão ser transcritas ou anexadas ao Livro Diário o Balanço Patrimonial (consolidado); Demonstração do Ativo Líquido (por plano de benefício previdencial); Demonstração da Mutação do Ativo Liquido (consolidada, por plano de benefício previdencial e do plano de gestão administrativa); Demonstração do Plano de Gestão Administrativa (consolidada e por plano de benefício previdencial); e Notas Explicativas.

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11.2 LIVRO RAZÃO: a) saldo anterior; b) movimento diário (devedor ou credor); c) histórico; d) saldo atual; e e) identificação de todos os lançamentos contábeis, por plano de benefícios e gestão administrativa. 12 As EFPC deverão manter controles individuais dos bens pertencentes ao Ativo Permanente e aos Investimentos Imobiliários, os quais deverão conter as seguintes informações: a) valor de aquisição; b) data de aquisição; c) atualização monetária, caso haja; d) depreciação e/ou amortização; e) reavaliação; f) valor atualizado; g) data de baixa; e h) informações adicionais relativas a quaisquer ocorrências que venham a alterar o valor do bem, como por exemplo, benfeitorias. 13 A EFPC deverá providenciar,anualmente, o inventário físico dos bens patrimoniais, compatibilizando os controles individuais com os registros contábeis, procedendo, se foro caso, os ajustes necessários. 14 Os livros obrigatórios e demais documentos contábeis poderão ser substituídos por formulários contínuos, folhas soltas, desde que sejam numerados seqüencialmente e encadernados em forma de livros, com os mesmos requisitos legais destes. 15 Será permitida a microfilmagem da documentação contábil da EFPC, desde que sejam observados os dispositivos legais e regulamentares específicos que regem a matéria. 16 A EFPC poderá adotar escrituração contábil em forma eletrônica desde que sejam observadas as normas do Conselho Federal de Contabilidade. 17 As EFPC deverão elaborar, anualmente, os seguintes demonstrativos contábeis e pareceres, referentes ao exercício social: a) Balanço Patrimonial Consolidado comparativo ao exercício anterior; b) Demonstração do Ativo Líquido - DAL (por plano de benefício previdencial) comparativo ao exercício anterior; c) Demonstração da Mutação do Ativo Liquido - DMAL (consolidada, por plano de benefício previdencial e do plano de gestão administrativa) comparativo ao exercício anterior; d) Demonstração do Plano de Gestão Administrativa - DPGA (consolidada e por plano de benefício previdencial e assistencial)comparativo ao exercício anterior; e) Demonstração das Obrigações Atuariais do Plano – DOAP (por plano de benefício previdencial) f) Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis consolidadas;

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g) Parecer dos Auditores Independentes; h) Parecer do Atuário, relativo a cada plano de benefícios previdencial i) Parecer do Conselho Fiscal; e j) Manifestação do Conselho Deliberativo com aprovação das Demonstrações Contábeis. 18 Os documentos citados nas letras "a" até "e", do item anterior, deverão ser assinados e rubricados por, no mínimo, dirigente máximo da EFPC e o Contabilista devidamente habilitado, identificados pelo nome completo, cargo e CPF. Para o Contabilista, há também a necessidade de identificação da categoria e número de registro no Conselho Regional de Contabilidade - CRC. 19 Eventuais substituições de demonstrativos contábeis, constantes do Anexo “B” desta resolução, junto à SPC, deverão ser formalmente justificadas pela EFPC. 20 A existência de qualquer consulta e/ou pendência da EFPC, seja qual for a natureza, não conferirá direito de suspensão e/ou interrupção com relação aos prazos determinados pelo órgão de fiscalização. 21 O produto da reavaliação dos Investimentos Imobiliários, positivo ou negativo, deverá ser contabilizado, de uma única vez, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da data de emissão do respectivo laudo, desde que ocorram no mesmo exercício social, a que se referir. No caso de imóvel registrado no Ativo Permanente, a EFPC deverá observar as mesmas exigências legais definidas para os registrados no grupo “Investimentos Imobiliários” 22 A EFPC deverá constituir provisão para cobrir possíveis perdas de direitos creditórios e de investimentos. 23 Para o registro contábil das demais provisões de caráter contingencial, a EFPC deverá observar as normas pelo Conselho Federal de Contabilidade. 24 As EFPC que administram planos de assistência à saúde registrados na ANS deverão seguir as instruções daquele órgão sobre constituição de provisões. 25 Para o registro contábil de processo sucessório, a EFPC deverá observar os seguintes conceitos: a) Incorporação - quando um plano de benefício previdencial é absorvido por outro que assume todos os seus direitos e obrigações, ficando mantida a própria situação jurídica; b) Fusão - quando dois ou mais planos de benefícios previdenciais se unem, gerando um novo plano de benefício previdencial, que lhe ssucedem em todos os seus direitos e obrigações.

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ANEXO D

RESOLUÇÃO MPS/CNPC Nº 08, DE 31 DE OUTUBRO DE 2011 – DOU DE 16/12/2011 (anexo a)

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RESOLUÇÃO MPS/CGPC Nº 28, DE 26 DE JANEIRO DE 2009 - DOU DE 09/02/2009 - Revogada

Revogada pela RESOLUÇÃO MPS/CNPC Nº 08, DE 31 DE OUTUBRO DE 2011 – DOU DE 16/12/2011

Prorrogação de prazo pela RESOLUÇÃO MPS/CNPC Nº 04, DE 18/04/2011

Alterados os Anexos B e C pela RESOLUÇÃO MPS/CNPC Nº 1, DE 03/03/2011

Dispõe sobre os procedimentos contábeis das entidades fechadas de previdência complementar, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DO CONSELHO DE GESTÃO DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, no uso das atribuições que lhe conferem os arts. 5º e 74º da Lei

Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, e o art. 1º do Decreto Nº 4.678, de 24 de abril

de 2003, torna público que o Conselho, em sua 113ª Reunião Ordinária, realizada no dia 26

de janeiro de 2009, considerando os trabalhos desenvolvidos pela Comissão Temática do

Plano de Contas, nos termos da Portaria MPS Nº 60, de 28 de fevereiro de 2008, resolveu:

Art. 1º As entidades fechadas de previdência complementar - EFPC, em seus registros e procedimentos contábeis, deverão observar o disposto nesta Resolução.

Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto nesta Resolução, as EFPC que operam planos de assistência à saúde deverão seguir as instruções e a planificação contábil da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS.

Art. 2º Ficam aprovados os anexos a esta Resolução abaixo relacionados:

a) ANEXO A - Planificação Contábil Padrão;

b) ANEXO B - Modelos e Instruções de Preenchimento das Demonstrações Contábeis; e

c) ANEXO C - Normas Gerais dos procedimentos contábeis.

Art. 3º Fica a Secretaria de Previdência Complementar - SPC autorizada a editar instruções complementares para a fiel execução do disposto nesta Resolução, inclusive estabelecer as normas específicas dos procedimentos contábeis das EFPC, alterar e incluir rubricas da planificação contábil padrão, normatizar a forma, o meio e a periodicidade de envio das Demonstrações Contábeis.

Art. 4º Esta Resolução entrará em vigor em 1º de janeiro de 2.010.

Art. 5º Revogam-se a partir de 1º de janeiro de 2010, as Resoluções CGPC Nº 5, de 30 de janeiro de 2002, Nº 10, de 5 de julho de 2002, Nº 17, de 28 de março de 2006, Nº 25, de 30 de junho de 2008, o art. 2º da Resolução CGPC Nº 22, de 25 de setembro de 2006, e os arts. 12 e 13 de Resolução CGPC Nº 23, de 6 de dezembro de 2006.

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JOSÉ BARROSO PIMENTEL

Este texto não substitui o publicado no DOU de 09/02/2009 - seção 1 - págs. 44 a 49.

ANEXO A

PLANIFICAÇÃO CONTÁBIL PADRÃO

I – CARACTERÍSTICAS

1. O plano de contas é formado por codificação alfanumérica.

2. A parte numérica (código) é formada por dez dígitos, enquanto a parte alfabética (título) destina-se à descrição da conta.

3. Esta codificação não poderá, em hipótese alguma, ser alterada pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC.

II - ESTRUTURA DE CONTAS - SINTÉTICA

CÓDIGO C O N TA

1. ATIVO

1.1 DISPONÍVEL

1.2 REALIZÁVEL

1.2.1 GESTÃO PREVIDENCIAL

1.2.2 GESTÃO ADMINISTRATIVA

1.2.3 INVESTIMENTOS

1.3 PERMANENTE

1.3.1 IMOBILIZADO

1.3.2 INTANGÍVEL

1.3.3 DIFERIDO

1.4 GESTÃO ASSISTENCIAL

2. PASSIVO

2.1 EXIGÍVEL OPERACIONAL

2.1.1 GESTÃO PREVIDENCIAL

2.1.2 GESTÃO ADMINISTRATIVA

2.1.3 INVESTIMENTOS

2.2 EXIGÍVEL CONTINGENCIAL

2.2.1 GESTÃO PREVIDENCIAL

2.2.2 GESTÃO ADMINISTRATIVA

2.2.3 INVESTIMENTOS

2.3 PATRIMÔNIO SOCIAL

2.3.1 PATRIMÔNIO DE COBERTURA DO PLANO

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2.3.1.1 ROVISÕES MATEMÁTICAS

2.3.1.2 EQUILÍBRIO TÉCNICO

2.3.2 FUNDOS

2.3.2.1 FUNDOS PREVIDENCIAIS

2.3.2.2 FUNDOS ADMINISTRATIVOS

2.3.2.3 FUNDOS DOS INVESTIMENTOS

2.4 GESTÃO ASSISTENCIAL

3. GESTÃO PREVIDENCIAL

3.1 ADIÇÕES

3.2 DEDUÇÕES

3.3 CONSTITUIÇÕES/REVERSÕES DE CONTINGÊNCIAS

3.4 COBERTURA DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS

3.5 FLUXO DOS INVESTIMENTOS

3.6 CONSTITUIÇÃO/REVERSÃO DE PROVISÕES ATUARIAIS

3.7 CONSTITUIÇÃO/REVERSÃO DE FUNDOS

3.8 SUPERÁVIT/DÉFICIT TÉCNICO

4. GESTÃO ADMINISTRATIVA

4.1 RECEITAS

4.2 DESPESAS

4.3 CONSTITUIÇÕES/REVERSÕES DE CONTINGÊNCIAS

4.5 FLUXO DOS INVESTIMENTOS

4.7 CONSTITUIÇÃO/REVERSÃO DE FUNDOS

5. FLUXO DOS INVESTIMENTOS

5.1 RENDAS/VARIAÇÕES POSITIVAS

5.2 DEDUÇÕES/VARIAÇÕES NEGATIVAS

5.3 CONSTITUIÇÕES/REVERSÕES DE CONTINGÊNCIAS

5.4 COBERTURA DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS

5.7 CONSTITUIÇÃO/REVERSÃO DE FUNDOS

5.8 APURAÇÃO DO FLUXO DOS INVESTIMENTOS

6. GESTÃO ASSISTENCIAL

7. OPERAÇÕES TRANSITÓRIAS

8 ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO

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III - PLANIFICAÇÃO CONTÁBIL PADRÃO - ANALÍTICA

CÓDIGO C O N TA

1.0.0.0.00.00.00 AT I V O

1.1.0.0.00.00.00 DISPONÍVEL

1.1.1.0.00.00.00 I M E D I ATO

1.1.2.0.00.00.00 VINCULADO

1.2.0.0.00.00.00 REALIZÁVEL

1.2.1.0.00.00.00 GESTÃO PREVIDENCIAL

1.2.1.1.00.00.00 RECURSOS A RECEBER

1.2.1.1.01.00.00 CONTRIBUIÇÕES DO MÊS

1.2.1.1.01.01.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

1.2.1.1.01.02.00 INSTITUIDOR(ES)

1.2.1.1.01.03.00 PA RT I C I PA N T E S

1.2.1.1.01.04.00 A U TO PAT R O C I N A D O S

1.2.1.1.01.05.00 PARTICIPANTES EM BPD

1.2.1.1.02.00.00 CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO

1.2.1.1.02.01.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

1.2.1.1.02.02.00 INSTITUIDOR(ES)

1.2.1.1.02.03.00 PA RT I C I PA N T E S

1.2.1.1.02.04.00 A U TO PAT R O C I N A D O S

1.2.1.1.02.05.00 PARTICIPANTES EM BPD

1.2.1.1.03.00.00 CONTRIBUIÇÕES SOBRE 13º SALÁRIO

1.2.1.1.03.01.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

1.2.1.1.03.02.00 INSTITUIDOR(ES)

1.2.1.1.03.03.00 PA RT I C I PA N T E S

1.2.1.1.03.04.00 A U TO PAT R O C I N A D O S

1.2.1.1.03.05.00 PARTICIPANTES EM BPD

1.2.1.1.04.00.00 CONTRIBUIÇÕES CONTRATADAS

1.2.1.1.04.01.00 CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO CONTRATADAS

1.2.1.1.04.02.00 SERVIÇO PASSADO CONTRATADO

1.2.1.1.04.03.00 DÉFICIT TÉCNICO CONTRATADO

1.2.1.1.04.99.00 OUTRAS CONTRATAÇÕES

1.2.1.1.99.00.00 OUTROS RECURSOS A RECEBER

1.2.1.2.00.00.00 A D I A N TA M E N TO S

1.2.1.3.00.00.00 RESULTADOS A REALIZAR

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1.2.1.4.00.00.00 CUSTEIO ADMINISTRATIVO ANTECIPADO

1.2.1.9.00.00.00 OUTROS REALIZÁVEIS

1.2.2.0.00.00.00 GESTÃO ADMINISTRATIVA

1.2.2.1.00.00.00 CONTAS A RECEBER

1.2.2.1.01.00.00 CONTRIBUIÇÕES PARA CUSTEIO

1.2.2.1.01.01.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

1.2.2.1.01.02.00 INSTITUIDOR(ES)

1.2.2.1.01.03.00 PA RT I C I PA N T E S

1.2.2.1.01.04.00 A U TO PAT R O C I N A D O S

1.2.2.1.01.05.00 PARTICIPANTES EM BPD

1.2.2.1.02.00.00 CONTRIBUIÇÕES PARA CUSTEIO EM ATRASO

1.2.2.1.02.01.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

1.2.2.1.02.02.00 INSTITUIDOR(ES)

1.2.2.1.02.03.00 PA RT I C I PA N T E S

1.2.2.1.02.04.00 A U TO PAT R O C I N A D O S

1.2.2.1.02.05.00 PARTICIPANTES EM BPD

1.2.2.1.03.00.00 CONTRIBUIÇÕES PARA CUSTEIO CONTRATADAS

1.2.2.1.03.01.00 CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO CONTRATADAS

1.2.2.1.03.02.00 SERVIÇO PASSADO CONTRATADO

1.2.2.1.03.99.00 OUTRAS CONTRATAÇÕES

1.2.2.1.04.00.00 RESPONSABILIDADE DE EMPREGADOS

1.2.2.1.05.00.00 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS

1.2.2.1.99.00.00 OUTROS RECURSOS A RECEBER

1.2.2.2.00.00.00 DESPESAS ANTECIPADAS

1.2.2.3.00.00.00 PARTICIPAÇÃO NO PLANO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA

1.2.2.9.00.00.00 OUTROS REALIZÁVEIS

1.2.3.0.00.00.00 I N V E S T I M E N TO S

1.2.3.1.00.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS

1.2.3.1.01.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS

1.2.3.1.02.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS ESTADUAIS

1.2.3.1.03.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

1.2.3.1.04.00.00 EMPRÉSTIMOS DE TÍTULOS

1.2.3.2.00.00.00 CRÉDITOS PRIVADOS E DEPÓSITOS

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1.2.3.2.01.00.00 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

1.2.3.2.02.00.00 COMPANHIAS ABERTAS

1.2.3.2.03.00.00 COMPANHIAS FECHADAS

1.2.3.2.04.00.00 SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO

1.2.3.2.05.00.00 SOCIEDADES LIMITADAS

1.2.3.2.06.00.00 PESSOAS FÍSICAS

1.2.3.2.07.00.00 ORGANISMOS MULTILATERAIS

1.2.3.2.08.00.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

1.2.3.2.99.00.00 OUTROS EMISSORES

1.2.3.3.00.00.00 AÇÕES

1.2.3.3.01.00.00 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

1.2.3.3.02.00.00 COMPANHIAS ABERTAS

1.2.3.3.03.00.00 COMPANHIAS ABERTAS - EXTERIOR

1.2.3.3.04.00.00 COMPANHIAS FECHADAS

1.2.3.3.05.00.00 SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO

1.2.3.3.06.00.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

1.2.3.3.07.00.00 EMPRÉSTIMOS DE AÇÕES

1.2.3.3.99.00.00 OUTROS EMISSORES

1.2.3.4.00.00.00 FUNDOS DE INVESTIMENTO

1.2.3.4.01.00.00 CURTO PRAZO

1.2.3.4.02.00.00 REFERENCIADO

1.2.3.4.03.00.00 RENDA FIXA

1.2.3.4.04.00.00 AÇÕES

1.2.3.4.05.00.00 CAMBIAL

1.2.3.4.06.00.00 DÍVIDA EXTERNA

1.2.3.4.07.00.00 M U LT I M E R C A D O

1.2.3.4.08.00.00 ÍNDICE DE MERCADO

1.2.3.4.09.00.00 DIREITOS CREDITÓRIOS

1.2.3.4.10.00.00 EMPRESAS EMERGENTES

1.2.3.4.11.00.00 PA RT I C I PA Ç Õ E S

1.2.3.4.12.00.00 IMOBILIÁRIO

1.2.3.4.99.00.00 OUTROS

1.2.3.5.00.00.00 D E R I VAT I V O S

1.2.3.5.01.00.00 S WA P

1.2.3.5.02.00.00 A TERMO - COMPRA

1.2.3.5.02.01.00 RENDA FIXA

1.2.3.5.02.02.00 RENDA VARIÁVEL

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1.2.3.5.03.00.00 A TERMO - VENDA

1.2.3.5.03.01.00 RENDA FIXA

1.2.3.5.03.02.00 RENDA VARIÁVEL

1.2.3.5.04.00.00 MERCADOS FUTUROS

1.2.3.5.05.00.00 OPÇÕES - AÇÕES

1.2.3.5.05.01.00 OPÇÕES DE COMPRA - TITULAR

1.2.3.5.05.02.00 OPÇÕES DE VENDA - TITULAR

1.2.3.5.06.00.00 OPÇÕES - ATIVOS FINANCEIROS E MERCADORIAS

1.2.3.5.06.01.00 OPÇÕES DE COMPRA - TITULAR

1.2.3.5.06.02.00 OPÇÕES DE VENDA - TITULAR

1.2.3.5.99.00.00 OUTROS

1.2.3.6.00.00.00 INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

1.2.3.6.01.00.00 TERRENOS

1.2.3.6.02.00.00 IMÓVEIS EM CONSTRUÇÃO

1.2.3.6.03.00.00 D E S E N V O LV I M E N TO

1.2.3.6.04.00.00 ALUGUÉIS E RENDA

1.2.3.6.04.01.00 USO PRÓPRIO

1.2.3.6.04.02.00 LOCADAS A PATROCINADOR(ES)

1.2.3.6.04.03.00 LOCADAS A TERCEIROS

1.2.3.6.04.04.00 RENDAS DE PARTICIPAÇÕES

1.2.3.6.05.00.00 DIREITOS EM ALIENAÇÕES DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

1.2.3.6.99.00.00 OUTROS INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

1.2.3.7.00.00.00 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

1.2.3.7.01.00.00 EMPRÉSTIMOS

1.2.3.7.02.00.00 FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS

1.2.3.9.00.00.00 OUTROS REALIZÁVEIS

1.3.0.0.00.00.00 PERMANENTE

1.3.1.0.00.00.00 IMOBILIZADO

1.3.1.1.00.00.00 OPERACIONAL CORPÓREO

1.3.1.1.01.00.00 BENS MÓVEIS

1.3.1.1.02.00.00 BENS IMÓVEIS

1.3.2.0.00.00.00 I N TA N G Í V E L

1.3.3.0.00.00.00 DIFERIDO

1.3.3.1.00.00.00 GASTOS COM IMPLANTAÇÃO, REORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

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1.3.3.2.00.00.00 F O M E N TO

1.4.0.0.00.00.00 GESTÃO ASSISTENCIAL

2.0.0.0.00.00.00 PA S S I V O

2.1.0.0.00.00.00 EXIGÍVEL OPERACIONAL

2.1.1.0.00.00.00 GESTÃO PREVIDENCIAL

2.1.1.1.00.00.00 BENEFÍCIOS A PAGAR

2.1.1.2.00.00.00 RETENÇÕES A RECOLHER

2.1.1.3.00.00.00 RECURSOS ANTECIPADOS

2.1.1.4.00.00.00 OBRIGAÇÕES CONTRATADAS

2.1.1.5.00.00.00 LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

2.1.1.5.01.00.00 OBRIGAÇÕES COM CREDORES

2.1.1.5.02.00.00 (+/-) EXCESSO/INSUFICIÊNCIA

2.1.1.9.00.00.00 OUTRAS EXIGIBILIDADES

2.1.2.0.00.00.00 GESTÃO ADMINISTRATIVA

2.1.2.1.00.00.00 CONTAS A PAGAR

2.1.2.2.00.00.00 RETENÇÕES A RECOLHER

2.1.2.3.00.00.00 RECEITAS ANTECIPADAS

2.1.2.9.00.00.00 OUTRAS EXIGIBILIDADES

2.1.3.0.00.00.00 I N V E S T I M E N TO S

2.1.3.1.00.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS

2.1.3.1.01.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS

2.1.3.1.02.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS ESTADUAIS

2.1.3.1.03.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

2.1.3.1.04.00.00 EMPRÉSTIMOS DE TÍTULOS

2.1.3.2.00.00.00 CRÉDITOS PRIVADOS E DEPÓSITOS

2.1.3.2.01.00.00 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

2.1.3.2.02.00.00 COMPANHIAS ABERTAS

2.1.3.2.03.00.00 COMPANHIAS FECHADAS

2.1.3.2.04.00.00 SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO

2.1.3.2.05.00.00 SOCIEDADES LIMITADAS

2.1.3.2.06.00.00 PESSOAS FÍSICAS

2.1.3.2.07.00.00 ORGANISMOS MULTILATERAIS

2.1.3.2.08.00.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

2.1.3.2.99.00.00 OUTROS EMISSORES

2.1.3.3.00.00.00 AÇÕES

2.1.3.3.01.00.00 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

2.1.3.3.02.00.00 COMPANHIAS ABERTAS

2.1.3.3.03.00.00 COMPANHIAS ABERTAS -

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EXTERIOR

2.1.3.3.04.00.00 COMPANHIAS FECHADAS

2.1.3.3.05.00.00 SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO

2.1.3.3.06.00.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

2.1.3.3.07.00.00 EMPRÉSTIMOS DE AÇÕES

2.1.3.3.99.00.00 OUTROS EMISSORES

2.1.3.4.00.00.00 FUNDOS DE INVESTIMENTO

2.1.3.4.01.00.00 CURTO PRAZO

2.1.3.4.02.00.00 REFERENCIADO

2.1.3.4.03.00.00 RENDA FIXA

2.1.3.4.04.00.00 AÇÕES

2.1.3.4.05.00.00 CAMBIAL

2.1.3.4.06.00.00 DÍVIDA EXTERNA

2.1.3.4.07.00.00 M U LT I M E R C A D O

2.1.3.4.08.00.00 ÍNDICE DE MERCADO

2.1.3.4.09.00.00 DIREITOS CREDITÓRIOS

2.1.3.4.10.00.00 EMPRESAS EMERGENTES

2.1.3.4.11.00.00 PA RT I C I PA Ç Õ E S

2.1.3.4.12.00.00 IMOBILIÁRIO

2.1.3.4.99.00.00 OUTROS

2.1.3.5.00.00.00 D E R I VAT I V O S

2.1.3.5.01.00.00 S WA P

2.1.3.5.02.00.00 A TERMO - COMPRA

2.1.3.5.02.01.00 RENDA FIXA

2.1.3.5.02.02.00 RENDA VARIÁVEL

2.1.3.5.03.00.00 A TERMO - VENDA

2.1.3.5.03.01.00 RENDA FIXA

2.1.3.5.03.02.00 RENDA VARIÁVEL

2.1.3.5.04.00.00 MERCADOS FUTUROS

2.1.3.5.05.00.00 OPÇÕES - AÇÕES

2.1.3.5.05.01.00 OPÇÕES DE COMPRA - LANÇADOR

2.1.3.5.05.02.00 OPÇÕES DE VENDA - LANÇADOR

2.1.3.5.06.00.00 OPÇÕES - ATIVOS FINANCEIROS E MERCADORIAS

2.1.3.5.06.01.00 OPÇÕES DE COMPRA - LANÇADOR

2.1.3.5.06.02.00 OPÇÕES DE VENDA - LANÇADOR

2.1.3.5.99.00.00 OUTROS

2.1.3.6.00.00.00 INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

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2.1.3.6.01.00.00 TERRENOS

2.1.3.6.02.00.00 IMÓVEIS EM CONSTRUÇÃO

2.1.3.6.03.00.00 D E S E N V O LV I M E N TO

2.1.3.6.04.00.00 ALUGUÉIS E RENDA

2.1.3.6.04.01.00 USO PRÓPRIO

2.1.3.6.04.02.00 LOCADAS A PATROCINADOR(ES)

2.1.3.6.04.03.00 LOCADAS A TERCEIROS

2.1.3.6.04.04.00 RENDAS DE PARTICIPAÇÕES

2.1.3.6.05.00.00 OUTROS INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

2.1.3.6.06.00.00 OBRIGAÇÕES EM ALIENAÇÕES DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

2.1.3.7.00.00.00 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

2.1.3.7.01.00.00 EMPRÉSTIMOS

2.1.3.7.02.00.00 FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS

2.1.3.8.00.00.00 RELACIONADOS COM O DISPONÍVEL

2.1.3.9.00.00.00 OUTRAS EXIGIBILIDADES

2.2.0.0.00.00.00 EXIGÍVEL CONTINGENCIAL

2.2.1.0.00.00.00 GESTÃO PREVIDENCIAL

2.2.1.1.00.00.00 PROVISÃO

2.2.1.2.00.00.00 (-) DEPÓSITOS JUDICIAIS / RECURSAIS

2.2.2.0.00.00.00 GESTÃO ADMINISTRATIVA

2.2.2.1.00.00.00 COMUM

2.2.2.1.01.00.00 PROVISÃO

2.2.2.1.02.00.00 (-) DEPÓSITOS JUDICIAIS / RECURSAIS

2.2.2.2.00.00.00 ESPECÍFICA

2.2.2.2.01.00.00 PROVISÃO

2.2.2.2.02.00.00 (-) DEPÓSITOS JUDICIAIS / RECURSAIS

2.2.3.0.00.00.00 I N V E S T I M E N TO S

2.2.3.1.00.00.00 PROVISÃO

2.2.3.2.00.00.00 (-) DEPÓSITOS JUDICIAIS / RECURSAIS

2.3.0.0.00.00.00 PATRIMÔNIO SOCIAL

2.3.1.0.00.00.00 PATRIMÔNIO DE COBERTURA DO PLANO

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2.3.1.1.00.00.00 PROVISÕES MATEMÁTICAS

2.3.1.1.01.00.00 BENEFÍCIOS CONCEDIDOS

2.3.1.1.01.01.00 CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA

2.3.1.1.01.01.01 SALDO DE CONTAS DOS ASSISTIDOS

2.3.1.1.01.02.00 BENEFÍCIO DEFINIDO ESTRUTURADO EM REGIME DE CAPITALIZAÇÃO

2.3.1.1.01.02.01 VALOR ATUAL DOS BENEFÍCIOS FUTUROS PROGRAMADOS- ASSISTIDOS

2.3.1.1.01.02.02 VALOR ATUAL DOS BENEFÍCIOS FUTUROS NÃO PROGRAMADOS - ASSISTIDOS

2.3.1.1.02.00.00 BENEFÍCIOS A CONCEDER

2.3.1.1.02.01.00 CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA

2.3.1.1.02.01.01 SALDO DE CONTAS - PARCELA PATROCINADOR( ES)/INSTITUIDOR(ES)

2.3.1.1.02.01.02 SALDO DE CONTAS - PARCELA PARTICIPANTES

2.3.1.1.02.02.00 BENEFÍCIO DEFINIDO ESTRUTURADO EM REGIME DE CAPITALIZAÇÃO PROGRAMADO

2.3.1.1.02.02.01 VALOR ATUAL DOS BENEFÍCIOS FUTUROS PROGRAMADOS

2.3.1.1.02.02.02 (-) VALOR ATUAL DAS CONTRIBUIÇÕES FUTURAS DOS PATROCINADORES

2.3.1.1.02.02.03 (-) VALOR ATUAL DAS CONTRIBUIÇÕES FUTURAS DOS PART ICIPANTES

2.3.1.1.02.03.00 BENEFÍCIO DEFINIDO ESTRUTURADO EM REGIME DE CAPITALIZAÇÃO NÃO PROGRAMADO

2.3.1.1.02.03.01 VALOR ATUAL DOS BENEFÍCIOS FUTUROS NÃO PROGRAMADOS

2.3.1.1.02.03.02 (-) VALOR ATUAL DAS CONTRIBUIÇÕES FUTURAS DOS PATROCINADORES

2.3.1.1.02.03.03 (-) VALOR ATUAL DAS CONTRIBUIÇÕES FUTURAS DOS PART ICIPANTES

2.3.1.1.02.04.00 BENEFÍCIO DEFINIDO

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ESTRUTURADO EM REGIME DE REPARTICAO DE CAPITAIS DE COBERTURA

2.3.1.1.02.05.00 BENEFÍCIO DEFINIDO ESTRUTURADO. EM REGIME DE REPARTIÇÃO SIMPLES

2.3.1.1.03.00.00 (-) PROVISÕES MATEMÁTICAS A CONSTITUIR

2.3.1.1.03.01.00 (-) SERVIÇO PASSADO

2.3.1.1.03.01.01 (-) PATROCINADOR(ES)

2.3.1.1.03.01.02 (-) PARTICIPANTES

2.3.1.1.03.02.00 (-) DÉFICIT EQUACIONADO

2.3.1.1.03.02.01 (-) PATROCINADOR(ES)

2.3.1.1.03.02.02 (-) PARTICIPANTES

2.3.1.1.03.02.03 (-) ASSISTIDOS

2.3.1.1.03.03.00 (+/-) POR AJUSTES DAS CONTRIBUIÇÕES EXTRAORDINÁRIAS

2.3.1.1.03.03.01 (+/-) PATROCINADOR(ES)

2.3.1.1.03.03.02 (+/-) PARTICIPANTES

2.3.1.1.03.03.03 (+/-) ASSISTIDOS

2.3.1.2.00.00.00 EQUILÍBRIO TÉCNICO

2.3.1.2.01.00.00 RESULTADOS REALIZADOS

2.3.1.2.01.01.00 SUPERÁVIT TÉCNICO ACUMULADO

2.3.1.2.01.01.01 RESERVA DE CONTINGÊNCIA

2.3.1.2.01.01.02 RESERVA ESPECIAL PARA REVISÃO DE PLANO

2.3.1.2.01.02.00 (-) DÉFICIT TÉCNICO ACUMULADO

2.3.1.2.02.00.00 RESULTADOS A REALIZAR

2.3.2.0.00.00.00 FUNDOS

2.3.2.1.00.00.00 FUNDOS PREVIDENCIAIS

2.3.2.1.01.00.00 REVERSÃO DE SALDO POR EXIGÊNCIA REGULAMENTAR

2.3.2.1.02.00.00 REVISÃO DE PLANO

2.3.2.1.03.00.00 OUTROS - PREVISTO EM NOTA TÉCNICA ATUARIAL

2.3.2.2.00.00.00 FUNDOS ADMINISTRATIVOS

2.3.2.2.01.00.00 PLANO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA

2.3.2.2.02.00.00 PARTICIPAÇÃO NO FUNDO ADMINISTRATIVO PGA

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2.3.2.3.00.00.00 FUNDOS DOS INVESTIMENTOS

2.4.0.0.00.00.00 GESTÃO ASSISTENCIAL

3.0.0.0.00.00.00 GESTÃO PREVIDENCIAL

3.1.0.0.00.00.00 ADIÇÕES

3.1.1.0.00.00.00 CORRENTES

3.1.1.1.00.00.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

3.1.1.1.01.00.00 CONTRIBUIÇÕES NORMAIS

3.1.1.1.02.00.00 CONTRIBUIÇÕES EXTRAORDINÁRIAS

3.1.1.1.02.01.00 SERVIÇO PASSADO

3.1.1.1.02.02.00 DÉFICIT EQUACIONADO

3.1.1.2.00.00.00 INSTITUIDOR(ES)

3.1.1.2.01.00.00 CONTRIBUIÇÕES NORMAIS

3.1.1.2.02.00.00 CONTRIBUIÇÕES EXTRAORDINÁRIAS

3.1.1.3.00.00.00 PA RT I C I PA N T E S

3.1.1.3.01.00.00 AT I V O S

3.1.1.3.01.01.00 CONTRIBUIÇÕES NORMAIS

3.1.1.3.01.02.00 CONTRIBUIÇÕES EXTRAORDINÁRIAS

3.1.1.3.01.02.01 SERVIÇO PASSADO

3.1.1.3.01.02.02 DÉFICIT EQUACIONADO

3.1.1.3.02.00.00 ASSISTIDOS

3.1.1.3.02.01.00 CONTRIBUIÇÕES NORMAIS

3.1.1.3.02.02.00 CONTRIBUIÇÕES EXTRAORDINÁRIAS

3.1.1.3.02.02.01 SERVIÇO PASSADO

3.1.1.3.02.02.02 DÉFICIT EQUACIONADO

3.1.1.4.00.00.00 A U TO PAT R O C I N A D O S

3.1.1.4.01.00.00 CONTRIBUIÇÕES NORMAIS

3.1.1.4.02.00.00 CONTRIBUIÇÕES EXTRAORDINÁRIAS

3.1.1.4.02.01.00 SERVIÇO PASSADO

3.1.1.4.02.02.00 DÉFICIT EQUACIONADO

3.1.1.5.00.00.00 PARTICIPANTES EM BPD

3.1.1.5.01.00.00 CONTRIBUIÇÕES NORMAIS

3.1.1.6.00.00.00 PROVISÕES

3.1.1.9.00.00.00 OUTROS RECURSOS CORRENTES

3.1.2.0.00.00.00 REMUNERAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO

3.1.3.0.00.00.00 RECURSOS PROVENIENTES DE

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CONTRIBUIÇÕES CONTRATADAS

3.1.3.1.00.00.00 CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO CONTRATADAS

3.1.3.2.00.00.00 SERVIÇO PASSADO CONTRATADO

3.1.3.3.00.00.00 DÉFICIT TÉCNICO CONTRATADO

3.1.3.9.00.00.00 OUTRAS CONTRATAÇÕES COM PATROCINADOR(ES)

3.1.4.0.00.00.00 MIGRAÇÕES ENTRE PLANOS

3.1.5.0.00.00.00 P O RTA B I L I D A D E

3.1.5.1.00.00.00 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA

3.1.5.2.00.00.00 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA

3.1.8.0.00.00.00 COMPENSAÇÕES DE FLUXOS PREVIDENCIAIS

3.1.9.0.00.00.00 OUTRAS ADIÇÕES

3.2.0.0.00.00.00 DEDUÇÕES

3.2.1.0.00.00.00 BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA

3.2.1.1.00.00.00 APOSENTADORIA PROGRAMADA

3.2.1.2.00.00.00 I N VA L I D E Z

3.2.1.3.00.00.00 PENSÕES

3.2.1.4.00.00.00 AUXÍLIOS

3.2.1.5.00.00.00 PROVISÕES

3.2.1.9.00.00.00 OUTROS BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA

3.2.2.0.00.00.00 BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICA

3.2.2.1.00.00.00 PECÚLIOS

3.2.2.2.00.00.00 AUXÍLIOS

3.2.2.3.00.00.00 PROVISÕES

3.2.2.9.00.00.00 OUTROS BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO ÚNICA

3.2.3.0.00.00.00 I N S T I T U TO S

3.2.3.1.00.00.00 R E S G AT E

3.2.3.2.00.00.00 P O RTA B I L I D A D E

3.2.3.2.01.00.00 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA

3.2.3.2.02.00.00 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA

3.2.8.0.00.00.00 COMPENSAÇÕES DE FLUXOS

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PREVIDENCIAIS

3.2.9.0.00.00.00 OUTRAS DEDUÇÕES

3.3.0.0.00.00.00 CONSTITUIÇÕES/REVERSÕES DE CONTINGÊNCIAS

3.4.0.0.00.00.00 COBERTURA DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS

3.5.0.0.00.00.00 FLUXO DOS INVESTIMENTOS

3.6.0.0.00.00.00 CONSTITUIÇÃO/REVERSÃO DE PROVISÕES ATUARIAIS

3.7.0.0.00.00.00 CONSTITUIÇÃO/REVERSÃO DE FUNDOS

3.8.0.0.00.00.00 SUPERÁVIT/DÉFICIT TÉCNICO

4.0.0.0.00.00.00 GESTÃO ADMINISTRATIVA

4.1.0.0.00.00.00 R E C E I TA S

4.1.1.0.00.00.00 GESTÃO PREVIDENCIAL

4.1.1.1.00.00.00 CORRENTES

4.1.1.1.01.00.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

4.1.1.1.01.01.00 CONTRIBUIÇÃO PARA CUSTEIO

4.1.1.1.01.02.00 REEMBOLSOS

4.1.1.1.02.00.00 INSTITUIDOR(ES)

4.1.1.1.03.00.00 PA RT I C I PA N T E S

4.1.1.1.04.00.00 A U TO PAT R O C I N A D O S

4.1.1.1.05.00.00 PARTICIPANTES EM BPD

4.1.1.2.00.00.00 REMUNERAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO/ CONTRATADAS

4.1.2.0.00.00.00 I N V E S T I M E N TO S

4.1.2.1.00.00.00 CUSTEIO ADMINISTRATIVO

4.1.2.2.00.00.00 TAXA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

4.1.3.0.00.00.00 GESTÃO ASSISTENCIAL

4.1.4.0.00.00.00 D I R E TA S

4.1.9.0.00.00.00 OUTRAS

4.2.0.0.00.00.00 DESPESAS

4.2.1.0.00.00.00 ADMINISTRAÇÃO PREVIDENCIAL

4.2.1.1.00.00.00 DESPESAS COMUNS

4.2.1.1.01.00.00 PESSOAL E ENCARGOS

4.2.1.1.01.01.00 CONSELHEIROS

4.2.1.1.01.02.00 DIRIGENTES

4.2.1.1.01.03.00 PESSOAL PRÓPRIO

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4.2.1.1.01.04.00 PESSOAL CEDIDO

4.2.1.1.01.05.00 E S TA G I Á R I O S

4.2.1.1.01.99.00 OUTRAS

4.2.1.1.02.00.00 TREINAMENTOS/CONGRESSOS E SEMINÁRIOS

4.2.1.1.03.00.00 VIAGENS E ESTADIAS

4.2.1.1.04.00.00 SERVIÇOS DE TERCEIROS

4.2.1.1.04.01.00 PESSOA FÍSICA

4.2.1.1.04.01.01 CONSULTORIA ATUARIAL

4.2.1.1.04.01.02 CONSULTORIA CONTÁBIL

4.2.1.1.04.01.03 CONSULTORIA JURÍDICA

4.2.1.1.04.01.04 RECURSOS HUMANOS

4.2.1.1.04.01.05 INFORMÁTICA

4.2.1.1.04.01.06 GESTÃO/PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

4.2.1.1.04.01.99 OUTRAS

4.2.1.1.04.02.00 PESSOA JURÍDICA

4.2.1.1.04.02.01 CONSULTORIA ATUARIAL

4.2.1.1.04.02.02 CONSULTORIA CONTÁBIL

4.2.1.1.04.02.03 CONSULTORIA JURÍDICA

4.2.1.1.04.02.04 RECURSOS HUMANOS

4.2.1.1.04.02.05 INFORMÁTICA

4.2.1.1.04.02.06 GESTÃO/PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

4.2.1.1.04.02.07 AUDITORIA CONTÁBIL

4.2.1.1.04.02.08 AUDITORIA ATUARIAL/BENEFÍCIOS

4.2.1.1.04.02.99 OUTRAS

4.2.1.1.05.00.00 DESPESAS GERAIS

4.2.1.1.06.00.00 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES

4.2.1.1.99.00.00 OUTRAS DESPESAS

4.2.1.2.00.00.00 DESPESAS ESPECÍFICAS

4.2.1.2.01.00.00 PESSOAL E ENCARGOS

4.2.1.2.01.01.00 CONSELHEIROS

4.2.1.2.01.02.00 DIRIGENTES

4.2.1.2.01.03.00 PESSOAL PRÓPRIO

4.2.1.2.01.04.00 PESSOAL CEDIDO

4.2.1.2.01.05.00 E S TA G I Á R I O S

4.2.1.2.01.99.00 OUTRAS

4.2.1.2.02.00.00 TREINAMENTOS/CONGRESSOS E

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SEMINÁRIOS

4.2.1.2.03.00.00 VIAGENS E ESTADIAS

4.2.1.2.04.00.00 SERVIÇOS DE TERCEIROS

4.2.1.2.04.01.00 PESSOA FÍSICA

4.2.1.2.04.01.01 CONSULTORIA ATUARIAL

4.2.1.2.04.01.02 CONSULTORIA CONTÁBIL

4.2.1.2.04.01.03 CONSULTORIA JURÍDICA

4.2.1.2.04.01.04 RECURSOS HUMANOS

4.2.1.2.04.01.05 INFORMÁTICA

4.2.1.2.04.01.06 GESTÃO/PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

4.2.1.2.04.01.99 OUTRAS

4.2.1.2.04.02.00 PESSOA JURÍDICA

4.2.1.2.04.02.01 CONSULTORIA ATUARIAL

4.2.1.2.04.02.02 CONSULTORIA CONTÁBIL

4.2.1.2.04.02.03 CONSULTORIA JURÍDICA

4.2.1.2.04.02.04 RECURSOS HUMANOS

4.2.1.2.04.02.05 INFORMÁTICA

4.2.1.2.04.02.06 GESTÃO/PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

4.2.1.2.04.02.07 AUDITORIA CONTÁBIL

4.2.1.2.04.02.08 AUDITORIA ATUARIAL/BENEFÍCIOS

4.2.1.2.04.02.99 OUTRAS

4.2.1.2.05.00.00 DESPESAS GERAIS

4.2.1.2.06.00.00 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES

4.2.1.2.99.00.00 OUTRAS DESPESAS

4.2.2.0.00.00.00 ADMINISTRAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

4.2.2.1.00.00.00 DESPESAS COMUNS

4.2.2.1.01.00.00 PESSOAL E ENCARGOS

4.2.2.1.01.01.00 CONSELHEIROS

4.2.2.1.01.02.00 DIRIGENTES

4.2.2.1.01.03.00 PESSOAL PRÓPRIO

4.2.2.1.01.04.00 PESSOAL CEDIDO

4.2.2.1.01.05.00 E S TA G I Á R I O S

4.2.2.1.01.99.00 OUTRAS

4.2.2.1.02.00.00 TREINAMENTOS/CONGRESSOS E SEMINÁRIOS

4.2.2.1.03.00.00 VIAGENS E ESTADIAS

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93

4.2.2.1.04.00.00 SERVIÇOS DE TERCEIROS

4.2.2.1.04.01.00 PESSOA FÍSICA

4.2.2.1.04.01.01 CONSULTORIA DE INVESTIMENTOS

4.2.2.1.04.01.02 CONSULTORIA JURÍDICA

4.2.2.1.04.01.03 CONSULTORIA CONTÁBIL

4.2.2.1.04.01.04 RECURSOS HUMANOS

4.2.2.1.04.01.05 INFORMÁTICA

4.2.2.1.04.01.06 GESTÃO/PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

4.2.2.1.04.01.99 OUTRAS

4.2.2.1.04.02.00 PESSOA JURÍDICA

4.2.2.1.04.02.01 CONSULTORIA DOS INVESTIMENTOS

4.2.2.1.04.02.02 CONSULTORIA JURÍDICA

4.2.2.1.04.02.03 CONSULTORIA CONTÁBIL

4.2.2.1.04.02.04 RECURSOS HUMANOS

4.2.2.1.04.02.05 INFORMÁTICA

4.2.2.1.04.02.06 GESTÃO/PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

4.2.2.1.04.02.07 AUDITORIA DE INVESTIMENTOS

4.2.2.1.04.02.99 OUTRAS

4.2.2.1.05.00.00 DESPESAS GERAIS

4.2.2.1.06.00.00 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES

4.2.2.1.99.00.00 OUTRAS DESPESAS

4.2.2.2.00.00.00 DESPESAS ESPECÍFICAS

4.2.2.2.01.00.00 PESSOAL E ENCARGOS

4.2.2.2.01.01.00 CONSELHEIROS

4.2.2.2.01.02.00 DIRIGENTES

4.2.2.2.01.03.00 PESSOAL PRÓPRIO

4.2.2.2.01.04.00 PESSOAL CEDIDO

4.2.2.2.01.05.00 E S TA G I Á R I O S

4.2.2.2.01.99.00 OUTRAS

4.2.2.2.02.00.00 TREINAMENTOS/CONGRESSOS E SEMINÁRIOS

4.2.2.2.03.00.00 VIAGENS E ESTADIAS

4.2.2.2.04.00.00 SERVIÇOS DE TERCEIROS

4.2.2.2.04.01.00 PESSOA FÍSICA

4.2.2.2.04.01.01 CONSULTORIA DE INVESTIMENTOS

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4.2.2.2.04.01.02 CONSULTORIA JURÍDICA

4.2.2.2.04.01.03 CONSULTORIA CONTÁBIL

4.2.2.2.04.01.04 RECURSOS HUMANOS

4.2.2.2.04.01.05 INFORMÁTICA

4.2.2.2.04.01.06 GESTÃO/PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

4.2.2.2.04.01.99 OUTRAS

4.2.2.2.04.02.00 PESSOA JURÍDICA

4.2.2.2.04.02.01 CONSULTORIA DOS INVESTIMENTOS

4.2.2.2.04.02.02 CONSULTORIA JURÍDICA

4.2.2.2.04.02.03 CONSULTORIA CONTÁBIL

4.2.2.2.04.02.04 RECURSOS HUMANOS

4.2.2.2.04.02.05 INFORMÁTICA

4.2.2.2.04.02.06 GESTÃO/PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

4.2.2.2.04.02.07 AUDITORIA DE INVESTIMENTOS

4.2.2.2.04.02.99 OUTRAS

4.2.2.2.05.00.00 DESPESAS GERAIS

4.2.2.2.06.00.00 DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES

4.2.2.2.99.00.00 OUTRAS DESPESAS

4.2.3.0.00.00.00 ADMINISTRAÇÃO ASSISTENCIAL

4.2.9.0.00.00.00 OUTRAS DESPESAS

4.3.0.0.00.00.00 CONSTITUIÇÕES/REVERSÕES DE CONTINGÊNCIAS

4.3.1.0.00.00.00 GESTÃO ADMINISTRATIVA

4.3.1.1.00.00.00 COMUM

4.3.1.1.01.00.00 PROVISÃO

4.3.1.1.02.00.00 (-) DEPÓSITOS JUDICIAIS / RECURSAIS

4.3.1.2.00.00.00 ESPECÍFICA

4.3.1.2.01.00.00 PROVISÃO

4.3.1.2.02.00.00 (-) DEPÓSITOS JUDICIAIS / RECURSAIS

4.3.2.0.00.00.00 I N V E S T I M E N TO S

4.3.3.0.00.00.00 GESTÃO ASSISTENCIAL

4.5.0.0.00.00.00 FLUXO DOS INVESTIMENTOS

4.7.0.0.00.00.00 CONSTITUIÇÃO/REVERSÃO DE FUNDOS

5.0.0.0.00.00.00 FLUXO DOS INVESTIMENTOS

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5.1.0.0.00.00.00 RENDAS/VARIAÇÕES POSITIVAS

5.1.1.0.00.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS

5.1.1.1.00.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS

5.1.1.2.00.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS ESTADUAIS

5.1.1.3.00.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

5.1.1.4.00.00.00 EMPRÉSTIMOS DE TÍTULOS

5.1.2.0.00.00.00 CRÉDITOS PRIVADOS E DEPÓSITOS

5.1.2.1.00.00.00 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

5.1.2.2.00.00.00 COMPANHIAS ABERTAS

5.1.2.3.00.00.00 COMPANHIAS FECHADAS

5.1.2.4.00.00.00 SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO

5.1.2.5.00.00.00 SOCIEDADES LIMITADAS

5.1.2.6.00.00.00 PESSOAS FÍSICAS

5.1.2.7.00.00.00 ORGANISMOS MULTILATERAIS

5.1.2.8.00.00.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

5.1.2.9.00.00.00 OUTROS EMISSORES

5.1.3.0.00.00.00 AÇÕES

5.1.3.1.00.00.00 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

5.1.3.2.00.00.00 COMPANHIAS ABERTAS

5.1.3.3.00.00.00 COMPANHIAS ABERTAS - EXTERIOR

5.1.3.4.00.00.00 COMPANHIAS FECHADAS

5.1.3.5.00.00.00 SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO

5.1.3.6.00.00.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

5.1.3.7.00.00.00 EMPRÉSTIMOS DE AÇÕES

5.1.3.9.00.00.00 OUTROS EMISSORES

5.1.4.0.00.00.00 FUNDOS DE INVESTIMENTO

5.1.4.0.01.00.00 CURTO PRAZO

5.1.4.0.02.00.00 REFERENCIADO

5.1.4.0.03.00.00 RENDA FIXA

5.1.4.0.04.00.00 AÇÕES

5.1.4.0.05.00.00 CAMBIAL

5.1.4.0.06.00.00 DÍVIDA EXTERNA

5.1.4.0.07.00.00 M U LT I M E R C A D O

5.1.4.0.08.00.00 ÍNDICE DE MERCADO

5.1.4.0.09.00.00 DIREITOS CREDITÓRIOS

5.1.4.0.10.00.00 EMPRESAS EMERGENTES

5.1.4.0.11.00.00 PA RT I C I PA Ç Õ E S

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5.1.4.0.12.00.00 IMOBILIÁRIO

5.1.4.0.99.00.00 OUTROS

5.1.5.0.00.00.00 D E R I VAT I V O S

5.1.5.1.00.00.00 S WA P

5.1.5.2.00.00.00 A TERMO - COMPRA

5.1.5.2.01.00.00 RENDA FIXA

5.1.5.2.02.00.00 RENDA VARIÁVEL

5.1.5.3.00.00.00 A TERMO - VENDA

5.1.5.3.01.00.00 RENDA FIXA

5.1.5.3.02.00.00 RENDA VARIÁVEL

5.1.5.4.00.00.00 MERCADOS FUTUROS

5.1.5.5.00.00.00 OPÇÕES - AÇÕES

5.1.5.5.01.00.00 OPÇÕES DE COMPRA - TITULAR

5.1.5.5.02.00.00 OPÇÕES DE VENDA - TITULAR

5.1.5.6.00.00.00 OPÇÕES - ATIVOS FINANCEIROS E MERCADORIAS

5.1.5.6.01.00.00 OPÇÕES DE COMPRA - TITULAR

5.1.5.6.02.00.00 OPÇÕES DE VENDA - TITULAR

5.1.5.9.00.00.00 OUTROS

5.1.6.0.00.00.00 INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

5.1.6.1.00.00.00 TERRENOS

5.1.6.2.00.00.00 IMÓVEIS EM CONSTRUÇÃO

5.1.6.3.00.00.00 D E S E N V O LV I M E N TO

5.1.6.4.00.00.00 ALUGUÉIS E RENDA

5.1.6.4.01.00.00 USO PRÓPRIO

5.1.6.4.02.00.00 LOCADAS A PATROCINADOR(ES)

5.1.6.4.03.00.00 LOCADAS A TERCEIROS

5.1.6.4.04.00.00 RENDAS DE PARTICIPAÇÕES

5.1.6.5.00.00.00 OUTROS INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

5.1.6.6.00.00.00 ALIENAÇÕES DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

5.1.7.0.00.00.00 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

5.1.7.1.00.00.00 EMPRÉSTIMOS

5.1.7.2.00.00.00 FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS

5.1.9.0.00.00.00 OUTROS INVESTIMENTOS

5.2.0.0.00.00.00 DEDUÇÕES/VARIAÇÕES NEGATIVAS

5.2.1.0.00.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS

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5.2.1.1.00.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS

5.2.1.2.00.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS ESTADUAIS

5.2.1.3.00.00.00 TÍTULOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

5.2.1.4.00.00.00 EMPRÉSTIMOS DE TÍTULOS

5.2.2.0.00.00.00 CRÉDITOS PRIVADOS E DEPÓSITOS

5.2.2.1.00.00.00 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

5.2.2.2.00.00.00 COMPANHIAS ABERTAS

5.2.2.3.00.00.00 COMPANHIAS FECHADAS

5.2.2.4.00.00.00 SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO

5.2.2.5.00.00.00 SOCIEDADES LIMITADAS

5.2.2.6.00.00.00 PESSOAS FÍSICAS

5.2.2.7.00.00.00 ORGANISMOS MULTILATERAIS

5.2.2.8.00.00.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

5.2.2.9.00.00.00 OUTROS EMISSORES

5.2.3.0.00.00.00 AÇÕES

5.2.3.1.00.00.00 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

5.2.3.2.00.00.00 COMPANHIAS ABERTAS

5.2.3.3.00.00.00 COMPANHIAS ABERTAS - EXTERIOR

5.2.3.4.00.00.00 COMPANHIAS FECHADAS

5.2.3.5.00.00.00 SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO

5.2.3.6.00.00.00 PAT R O C I N A D O R ( E S )

5.2.3.7.00.00.00 EMPRÉSTIMOS DE AÇÕES

5.2.3.9.00.00.00 OUTROS EMISSORES

5.2.4.0.00.00.00 FUNDOS DE INVESTIMENTO

5.2.4.0.01.00.00 ‘CURTO PRAZO

5.2.4.0.02.00.00 REFERENCIADO

5.2.4.0.03.00.00 RENDA FIXA

5.2.4.0.04.00.00 AÇÕES

5.2.4.0.05.00.00 CAMBIAL

5.2.4.0.06.00.00 DÍVIDA EXTERNA

5.2.4.0.07.00.00 M U LT I M E R C A D O

5.2.4.0.08.00.00 ÍNDICE DE MERCADO

5.2.4.0.09.00.00 DIREITOS CREDITÓRIOS

5.2.4.0.10.00.00 EMPRESAS EMERGENTES

5.2.4.0.11.00.00 PA RT I C I PA Ç Õ E S

5.2.4.0.12.00.00 IMOBILIÁRIO

5.2.4.0.99.00.00 OUTROS

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5.2.5.0.00.00.00 D E R I VAT I V O S

5.2.5.1.00.00.00 S WA P

5.2.5.2.00.00.00 A TERMO - COMPRA

5.2.5.2.01.00.00 RENDA FIXA

5.2.5.2.02.00.00 RENDA VARIÁVEL

5.2.5.3.00.00.00 A TERMO - VENDA

5.2.5.3.01.00.00 RENDA FIXA

5.2.5.3.02.00.00 RENDA VARIÁVEL

5.2.5.4.00.00.00 MERCADOS FUTUROS

5.2.5.5.00.00.00 OPÇÕES - AÇÕES

5.2.5.5.01.00.00 OPÇÕES DE COMPRA - LANÇADOR

5.2.5.5.02.00.00 OPÇÕES DE VENDA - LANÇADOR

5.2.5.6.00.00.00 OPÇÕES - ATIVOS FINANCEIROS E MERCADORIAS

5.2.5.6.01.00.00 OPÇÕES DE COMPRA - LANÇADOR

5.2.5.6.02.00.00 OPÇÕES DE VENDA - LANÇADOR

5.2.5.9.00.00.00 OUTROS

5.2.6.0.00.00.00 INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

5.2.6.1.00.00.00 TERRENOS

5.2.6.2.00.00.00 IMÓVEIS EM CONSTRUÇÃO

5.2.6.3.00.00.00 D E S E N V O LV I M E N TO

5.2.6.4.00.00.00 ALUGUÉIS E RENDA

5.2.6.4.01.00.00 USO PRÓPRIO

5.2.6.4.02.00.00 LOCADAS A PATROCINADOR(ES)

5.2.6.4.03.00.00 LOCADAS A TERCEIROS

5.2.6.4.04.00.00 RENDAS DE PARTICIPAÇÕES

5.2.6.5.00.00.00 OUTROS INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

5.2.6.6.00.00.00 ALIENAÇÕES DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

5.2.7.0.00.00.00 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

5.2.7.1.00.00.00 EMPRÉSTIMOS

5.2.7.2.00.00.00 FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS

5.2.8.0.00.00.00 RELACIONADOS COM O DISPONÍVEL

5.2.9.0.00.00.00 OUTRAS DEDUÇÕES/VARIAÇÕES NEGATIVAS

5.3.0.0.00.00.00 CONSTITUIÇÕES/REVERSÕES DE

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CONTINGÊNCIAS

5.4.0.0.00.00.00 COBERTURA DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS

5.7.0.0.00.00.00 CONSTITUIÇÃO/REVERSÃO DE FUNDOS

5.8.0.0.00.00.00 APURAÇÃO DO FLUXO DOS INVESTIMENTOS

6.0.0.0.00.00.00 GESTÃO ASSISTENCIAL

7.0.0.0.00.00.00 OPERAÇÕES TRANSITÓRIAS

7.1.0.0.00.00.00 INCORPORAÇÃO - DISSOLUÇÃO DE PLANO

7.2.0.0.00.00.00 INCORPORAÇÃO - ABSORÇÃO DE PLANO

7.3.0.0.00.00.00 FUSÃO - DISSOLUÇÃO DE PLANO

7.4.0.0.00.00.00 FUSÃO - ABSORÇÃO DE PLANO

7.5.0.0.00.00.00 CISÃO - DISSOLUÇÃO DE PLANO

7.6.0.0.00.00.00 CISÃO - ABSORÇÃO DE PLANO

7.7.0.0.00.00.00 TRANSFERÊNCIA DE GERENCIAMENTO

8.0.0.0.00.00.00 ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO