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VII ESOCITE.BR tecsoc - ISSN∕ 1808-8716 Santos. Anais VII Esocite.br/tecsoc 2017; 4(gt13):1-22
COAUTORIA NA EAD: O USO DE NOVASFERRAMENTAS TECNOLÓGICAS NA GRADUAÇÃO
GT 13 - Tecnologia e mediaçõesLuzia Roseli da Silva Santos
Resumo: O objetivo deste artigo é demonstrar a importância da tecnologia da informação, tendo porfoco os ambientes virtuais de aprendizagem para a educação à distância (EAD). Dizemos daimportância das tecnologias da informação em relação à EAD, pois é um processo que faz o intermédioentre a interação, computador e o aprendiz. Também por este ser um dos procedimentos deaprendizado utilizado nos dias de hoje. Outro ponto importante é esse tipo de ferramenta, está sendoutilizada, cada vez mais, e com a proliferação dos computadores pessoais e o desenvolvimento datecnologia, fez com que se possam utilizar vários mecanismos para a coautoria, do aprendiz, comdiversas mídias, sendo, utilizada por meio de tecnologias da informação, a integração com o ensinoaprendizagem. Para isso, gerou-se a necessidade da busca de soluções adequadas a esse problema,buscando uma maior interação humanizada e otimizada dos autores envolvidos no processo de ensinoaprendizagem. Tendo como objetivo alisar os conceitos básicos para um ambiente AVA, as estruturasda tecnologia da informação, com vistas a uma maior humanização e compreensão da tecnologiaeducacional proposta para todos os todos os atores envolvidos A metodologia deste artigo inclui umaanálise crítica das informações obtidas através de revisão da literatura de diversos autores que seconstituiu em um estudo descritivo e exploratório.
Palavras-chaves: Tecnologia da informação, EAD, ambiente virtual de aprendizagem.
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Introdução - Nos dias atuais, podemos perceber que a tendência é a corrida em busca de mais e
mais tecnologias, e cada vez mais avançadas, para o aumento da produtividade e a diminuição das
dificuldades nas atividades de tecnologia da informação para EAD, através dos ambientes virtuais
de aprendizagem. Sabendo que o ensino, por ser uma atividade que se entrever a produtividade para
o processo de aprendizagem, melhor dizendo, se busca o melhor aproveitamento no menor tempo
possível, com o auxílio dos mecanismos tecnológicos existentes.
Com um vasto avanço na tecnologia e na evolução dos computadores particulares, e que
além de oferecer recursos que possibilitam a inserção entre vários tipos de mídias, também foram
criadas propostas para tal relacionamento. Tais propostas devem conter além de tecnologia versátil,
confiabilidade, interface intuitiva, amigável, interativa e lúdica.
Para Moran; Masetto; Behrens(2000) diz que notório hodiernamente, existir uma grande
utilização de gráficos como também a utilização de janelas para tais integrações, que podem ser
acessadas através do mouse, evitando assim, o maior uso da escrita. Sendo assim, os benefícios que
o computador traz nesse treinamento e busca do conhecimento, por meio de softwares que
minimizam a dificuldade no processo ensino-aprendizagem é muito grande. Em virtude das
facilidades tecnológicas citadas acima, as tecnologias da informação cada vez mais, se tornam uma
opção popular para várias áreas, principalmente na área de EAD.
Entretanto, é relevante observar que com a evolução das tecnologias, e em virtude da sua
utilização nunca foram requisitos imutáveis para a EAD. Todavia, a integração quando se aplica aos
recursos multimídia, majora de forma exponencial o potencial das aplicações de EAD. Também
podemos citar a facilidade no uso de tal ferramenta nas aplicações.
1.1 Justificativa
Este trabalho justifica-se pelo fácil acesso à mídia eletrônica, e com a globalização das
Tecnologias Digitais, das informações e da comunicação, trouxeram novas maneiras de ver e
apreender o mundo, assim como transformaram as formas de se construir o conhecimento e de se
ensinar e aprender.
E nesta contextualização a chamada revolução tecnológica tem modelado novos espaços e
tempos, e, estruturado novos conceitos culturais e sociais que têm condicionado uma dimensão
humana planetária e o rápido desenvolvimento da tecnologia da informação para EaD. Sendo este,
um movimento que não é apenas passageiro e sim, definitivo.
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A distância que era um empecilho para muitos, hoje, já não atrapalha tudo passou a ser
realizado em tempo real, com o advento da internet, poderia ser deixada de lado, pois, em um
mundo onde mais e mais pessoas, se aglomeram em busca de trabalho, busca-se novas formas
de melhorar e facilitar essa necessidade. Sendo assim, a tecnologia da informação se encaixa
nesse ambiente propício, pois fornece mecanismo para o ensino que outrora era estático,
dentro de uma instituição.
A integração entre as várias ferramentas da tecnologia da informação, que a cada dia
se tornam mais acessíveis, com a necessidade e a busca de um aprimoramento intelectual
particular de cada um, gerou a tecnologia educacional, que nada mais é do que a integração
entre os avanços tecnológicos e a educação. Os ambientes virtuais de aprendizagem estão “na
crista dessa onda”, e vão “surfar” por muito tempo, pois, são eles os elos entre os todos os
atores envolvidos nesse ambiente.
Para isso, gerou-se a necessidade da busca de saidas adequadas a esse problema,
buscando uma maior sociabilização e aperfeiçoado dos autores envolvidos no processo de
ensino aprendizagem.
1.2 Objetivo Geral
Este trabalho tem como objetivo alisar os conceitos básicos para um ambiente AVA, as
estruturas da tecnologia da informação, com vistas a uma maior humanização e interpretação
da tecnologia educacional proposta para todos os atores envolvidos.
1.3 Objetivo específico
1. Investigar quais os requisitos que um ambiente virtual de aprendizagem
deve possuir, de acordo com sua finalidade;
2. Levantar quais são as ferramentas e os tipos de mecanismos que são
utilizados na EaD;
3. Recomendar as interações entre as ferramentas de mídias de tecnologia da
informação para EAD, através dos vários ambientes virtuais de
aprendizagem apresentados.
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1.4 Organização do Trabalho
O trabalho está dividido em três capítulos, sendo eles: Introdução, referencial teórico,
considerações finais e Referências. O primeiro capítulo introduz o assunto lançando a
justificativa do presente trabalho como também os objetivos da pesquisa. No segundo capítulo
são expostos os pressupostos teóricos, apresentando autores que abordam os benefícios da
tecnologia na educação, as conquistas já alcançadas e as expectativas com relação às
ferramentas tecnológicas. O terceiro capítulo é o fechamento do trabalho, com considerações
finais e conclusão do trabalho realizado.
2. Pressupostos teóricos
Neste capítulo, faremos uma abordagem das novas Tecnologias e a Mediação
pedagógica, na visão dos principais autores, onde, o ensino e aprendizagem com inovadoras
tecnologias audiovisuais e telemáticas, onde os mesmos apresentam as inovações na
aprendizagem, que nos dias atuais não devem estar ausentes em uma sociedade em constante
transmutação, porém à medida que esta escrita foi avançando, houve a necessidade de
consultar e incluir outros autores.
A metodologia desta dissertação inclui uma análise crítica das informações obtidas
através de revisão da literatura de diversos autores, a fim de fazer um diagnóstico do uso
adequado das ferramentas e a coautoria na EaD.Esta pesquisa constituiu-se em um estudo
descritivo e exploratório.
De acordo com Barros e Lehfeld (1986), pesquisas descritivas correspondem a
estudos que exploram a frequência com que um fenômeno ocorre, sua natureza,
características, causas, relações e conexões com outros fatores. Para Gil (2010), a pesquisa
descritiva identifica as características de uma população ou fenômeno e a pesquisa
exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema,
alcançando mais experiência em relação a uma determinada investigação.
2. 1 – Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e telemática
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Estamos vivendo em uma sociedade em constante transformação e da informação, e os
modelos tradicionais de ensino estão cada vez mais ultrapassados. Tais mudanças levam a
sociedade a mudar desde a forma de organizar, comercializar bens, divertir-se até a forma de
ensinar e aprender. Manter o modelo tradicional de ensino é parar no tempo, levando tanto o
docente como os discentes a ficarem desmotivados, por terem a clara sensação de que o
modelo tradicional, já não faz mais sentido.
A educação vem passando por mudanças significativas e norteadoras, sendo este, o
principal caminho, que gera toda a transformação, por isso, é uma das áreas prioritárias, com
necessidade de um investimento rápido. Para que ocorra tal transformação é necessária à
implantação de novas tecnologias e professores capacitados, fazendo a integralização de todos
os autores envolvidos.
As tecnologias nos trarão soluções rápidas, sem dúvida nos amplia em vários pontos: o
conceito de aula, espaço, tempo, comunicação audiovisual, estabelecendo novas pontes entre
o presencial e o on line, onde a distância deixa de existir, mas é claro que o ensino
aprendizagem não depende somente das tecnologias, porque senão já teríamos encontrado as
melhores soluções.
O ensinar e o aprender, hoje, são um dos maiores desafios já encontrados, onde
estamos sendo pressionados pela a transição do modelo de gestão industrial para o da era da
informação e do conhecimento. Apresento aqui alguns apontamentos feitos pelos três autores,
citadas no livro novas Tecnologias e Mediação pedagógica:
Como aponta Moran (2000), o ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias
audiovisuais, nas quais, discorre sobre as mudanças na educação, mas para que isso ocorra é
necessária toda uma equipe multidisciplinar que se envolvam no processo e entendam todas as
dimensões das partes envolvidas, para que haja motivação e diálogo entre os autores.
Utilizar as novas mídias disponíveis será uma revolução na educação, quebrando
assim os paradigmas convencionais, caso contrário, teremos apenas uma ilusória
modernidade, sem mexer no modelo convencional.
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Behrens (2000) apresenta projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma
emergente, discorrendo sobre as duas transições: o advento da sociedade do conhecimento e a
globalização: que estão levando a uma mudança de paradigma. O texto nos remete há uma
reflexão e uma proposição sobre as ações docentes que venham atender às exigências deste
novo modelo, propondo uma junção entre a abordagem progressista sendo, uma visão
holística e o ensino com pesquisa, que se interligam e subsidiam pressupostos para nova
abordagem pedagógica.
Masetto (2000) formula sobre a mediação pedagógica e uso da tecnologia, procura
perscrutar o tema da mediação pedagógica como característica fundamental para o uso, em
educação, tanto da tecnologia convencional, como das tecnologias atuais, visando à melhoria
do processo de aprendizagem, fazendo uma ligação entre mediação pedagógica- conceituação;
em técnicas convencionais; com as novas tecnologias.
Para esses três autores Moran, Behrens e Masetto (2000), existem muitas vertentes,
que devem ser abordadas, para que haja definitivamente um ensino aprendizagem eficiente,
neste caso é necessária à quebra de paradigmas do modelo anterior para o modelo atual, que
atenda a nova necessidade da sociedade da era da informação.
2.1.1- Qual será o rumo que nossa educação está tomando?
Atualmente, os autores Moran, Masetto, Behrens (2000) duas preocupações, pois,
Ensino e Educação possuem conceitos diferentes, com duas vertentes diferenciadas.
Atualmente, existe uma preocupação com o ensino de qualidade, muito mais do que uma
educação de qualidade. Ensino e Educação têm conceitos diferenciados. Na educação vai
muito além de ensinar, é também fazer a integralização do ensinar e viver, a mostrar o
intelectual, emocional, profissional, que nos proporcione a nos modificarmos para uma
sociedade melhor. Já o Ensino é a organização de uma série de atividades para ajudá-la os
alunos a compreender um conhecimento específico.
Fala-se muito em ensino de qualidade, mas na verdade o que nos é apresentado são
universidades apresentadas como modelo de ensino de qualidade, mas que em geral, são
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alguns cursos com uma relativa excelência, mas no conjunto, as instituições de ensino estão
muito distantes do conceito de qualidade.
Moran (2000) aponta com maestria as diferentes vertentes com as seguintes variáveis,
para um ensino de Qualidade:
1. É necessária uma organização inovadora, aberta, dinâmica, com um projeto
pedagógico coerente, aberto, participativo; com infraestrutura adequada, atualizada,
confortável; tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas.
2. É necessária uma organização que congregue docentes bem preparados intelectual,
emocional, comunicacional e eticamente; bem remunerados, motivados e com boas
condições profissionais, e onde haja circunstâncias favoráveis a uma relação afetiva
com os alunos que facilite conhecê-los, acompanhá-los, orientá-los;
3. É necessária uma organização que tenha alunos motivados, preparados
intelectualmente e emocionalmente, com capacidade de gerenciamento pessoal e
grupal.
Já para a Educação as mudanças são muito mais sérias, pois nos deparamos com um
processo desigual em vários patamares: aprendizagem, evolução das tecnologias e sociedade.
Atualmente, não existem instituições que desenvolvam a verdadeira integralização, o que
geralmente predomina éa média, dando ênfase no intelectual, fazendo a separação entre a
teoria e prática, deixando de lado o emocional, sendo que, na falta de um bom gerenciamento
no emocional, dificulta muito um aprendizado rápido.
Para que se ter um bom modelo de gestão integradora, teria que juntar a teoria/prática e
aproximar do pensar e do viver. Para que se tenham verdadeiras mudanças e que sejam
significativas, seriam necessários, em primeiro lugar, termos educadores maduros tanto no
emocional como no intelectual, sendo estes seres empenhados e despertos a curiosidades,
entusiasmados, abertos a diálogos e que acima de tudo saibam motivar. Um bom docente é
autêntico, humilde e confiante, passa o que sabe, mas ao mesmo tempo está aberto a novos
aprendizados, ensina a relativizar, a valorizar as diferenças e aceitar o provisório. Ensinar é
passar a incerteza a uma certeza, dando lugar a novas sínteses e a novas descobertas.
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Moran (2000) destaca que as dificuldades para alterar a educação as variáveis são muitas e
diversas:
Grandes dificuldades no gerenciamento emocional, dificultando o aprendizado rápido. A
aprendizagem integradora, juntando teoria e prática, aproximando o pensar do viver é muito
restrita;
Ética contraditória entre teoria e prática – fala-se uma coisa, pratica-se outra, tanto no nível
dos governantes, quanto das pessoas;
O autoritarismo da maior parte das relações humanas interpessoais;
Faltam pessoas e instituições que desenvolvam formas avançadas de compreensão e
integração; predomina a média – ênfase no intelectual, separação entre teoria e prática.
Mudanças na educação - dependem de: educadores maduros, intelectual e emocionalmente,
abertos, que saibam motivar e dialogar; bem como, administradores, diretores e
coordenadores que entendam todas as dimensões envolvidas no processo pedagógico,
apoiando professores inovadores e, ainda, de alunos que se tornem interlocutores lúcidos e
parceiros que facilitam o processo ensino- aprendizagem.
2.1.2- Como se dá a construção do conhecimento em uma sociedade da era da
informação
A construção do conhecimento, não é fragmentada, mas interligado, Inter sensorial,
interdependente, para conhecermos é necessário conhecermos todas as dimensões da
realidade, captando e expressando essa realidade em sua totalidade de uma forma ampla e
integralizada, conectando, relacionando, acessando e interligando todos os campos da forma
mais perfeita possível.
Processando a informação de várias formas, ou segundo nosso objetivo, ou de acordo
com nosso universo cultural, sendo a forma mais frequente o processamento
sequencial/lógico, que é expressa em forma da língua falada e escrita, onde a construção se dá
aos poucos de forma concatenada.
Revela-se a necessidade de fazer julgamentos, estabelecer comparações, relações e de
comunicar aos outros tanto na escrita como na fala. Assim, adquirir habilidade na linguagem,
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significa ao mesmo tempo, adquirir a lógica e a sintaxe em que estão inseridas. Desta forma,
Moran (2000) aponta que para conquistarmos a construção do conhecimento em uma
sociedade da informação deveremos:
1) Inicialmente tomar posse de todas as dimensões da realidade; conhece-se mais
e melhor conectando, juntando, relacionando, acessando o objeto de todos os
pontos de vista e caminhos.
2) Construir o conhecimento, através do pensamento e do raciocínio,
desenvolvendo assim, as habilidades de ler (leitura analítica), escrever, ouvir e
calcular, comparando, relacionando, comunicando e ainda a partir do
processamento multimídico. (menos rígido, passando pelo emocional,
sensorial, e pela organização racional).
3) Mostrar caminhos que facilitam a aprendizagem.
4) Despertar o conhecimento pela comunicação e interiorização.
5) Mudança de paradigmas nas formas de ensinar.
6) O docente passa ser orientador/ mediador de aprendizagem.
7) Adotar procedimentos de integração: integrar tecnologias de forma inovadora /
integrar os meios de comunicação na escola / integrar a TV e o vídeo na
educação escolar.
8) Implantar algumas dinâmicas de análise: análise em conjunto; globalizante;
funcional; de linguagem; leitura concentrada; completar o vídeo; modificá-lo;
vídeo produções; vídeo-espelho; vídeo dramatização; e assim, comparar
versões.
2.1.3 Como fazer o melhor uso do computador em rede, em propostas metodológicas.
Sendo uma ferramenta cada vez mais poderosa, pois vem adquirindo cada vez mais
velocidade e processamento, essa ferramenta nos permite pesquisar, simular, testar
conhecimentos, descobrir novos conceitos, ideias e etc. Possibilidades estas que vão desde
algo pronto até criar algo com os outros ou sozinho. Ao falarmos em computadores em rede, o
mesmo torna-se em uma ferramenta poderosa para o ensino aprendizagem, com advento da
internet, podemos inovar com mais facilidade a forma de aprender e ensinar tanto em cursos
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presenciais como em cursos a distância, são muitos os caminhos oferecidos, claro que
depende do contexto no qual o docente é inserido.
É necessário, que desde o início haja uma relação de empatia entre docente e discente,
fazendo um mapa mental de seus interesses, formação e perspectivas futuras, isso é
fundamental para um sucesso pedagógico, desta forma, desperta o interesse do aprender no
discente. Moran (2000) aponta alguns requisitos para o sucesso no ensino aprendizagem, são
eles:
Utilizar-se de lista eletrônica; fórum; aulas- pesquisa; construção cooperativa.
Oferecer formação e preparar os professores para fazerem o uso correto computador e
Internet.
Utilizar de ambiente AVA, questões essas que a Internet coloca ao professor: mídia de
cooperação com o professor.
Eliminar alguns problemas do uso da Internet na educação: confusão entre informação
e conhecimento; dispersão, superficialidade, excesso de informação.
Mudança no ensino presencial com tecnologias.
Ter conhecimento das Tecnologias que estão disponíveis na educação à distância.
Utilizar-se dos caminhos para integrar a tecnologia num ensino inovador.
Se ao ensinar, conseguirmos integralizar as novas mídias que estão disponíveis acontecerá
então uma revolução, mudando assim, simultaneamente os paradigmas convencionais do
ensino, que mantém distanciamento entre professor e aluno, caso contrário, teremos apenas
um verniz de modernidade, sem mexer no essencial. Não se trata, aqui de darmos a receita,
afinal, às situações são diversificadas. Assim, é necessário que cada docente encontre sua
maneira de oferecer o seu melhor, comunicando, ensinando e ajudando o discente a melhor
forma de adquirir o aprendizado.
È de extrema importância que sempre se diversifique, integrando os meios de
comunicação dentro da sala de aula seja ela presencial ou virtual. Sousa; Moita; Carvalho
(2011), descreve também, sobre as Tecnologias digitais na educação, fazendo assim, uma
reunião de trabalhos através de pesquisa entre alunos e professores da 1ª turma do Curso de
Especialização em Novas Tecnologias na Educação, onde faz uma revisão das experiências
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iniciais de formação de professores, dissertando sobre a integração das multimídias e suas
várias formas de uso como ferramenta no ensino aprendizagem.
Desta forma, a dificuldade sobre uma mudança paradigmática no sentido da
convergência dos recursos didáticos e tecnológicos para proporcionar a autonomia e também
a coautoria do aprendiz no processo de aprendizagem. Sendo esse um paradigma que
pressupõe um ciclo de construção, desconstrução e reconstrução do conhecimento e saberes,
na busca de maior autonomia por parte do aprendiz, levando em consideração a formação dos
professores ou tutores, para que possam dar motivação aos autores envolvidos no processo.
Apresentando a importância do ambiente virtual de aprendizagem no processo de
educação a distância (EAD). Apresentando um histórico de crescimento da educação a
distância no Brasil, juntamente com as leis atuantes.
Com a grande explosão da tecnologia e o surgimento das redes e em consequência
dessa grande demanda, foram desenvolvidos alguns ambientes virtuais de aprendizagem entre
eles estão: O TelEduc e o Moodle, que auxiliam no processo de ensino aprendizagem, e
através desses ambientes a educação a distância atingiu novos públicos. Trata-se também, de
uma experiência com Webquest, um dos recursos da tecnologia digital aplicada à Educação,
sendo realizada em uma faculdade na cidade de Florianópolis/SC, nos cursos superiores. com
esse estudo, foi apresentado, um diagnóstico do uso de Webquest em um ambiente
informatizado criado para este propósito, no qual os professores publicaram as tarefas para os
alunos executarem.
2. 2. 1- Mediação pedagógica e uso da tecnologia
O uso da tecnologia tem crescido muito em todo o mundo, esse crescimento não se
limita apenas aos jovens e adolescentes, é notável adultos, idosos e até crianças fazendo uso
desses mecanismos chamados de ferramentas tecnológicas, é perceptível também o uso desses
mecanismos como meio de transmissão de conhecimentos, seja em instituições como escolas,
universidades ou em transmissões de cursos livres de forma descontraída sem vínculo
institucional.
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Será tratado nesta seção sobre a importância da mediação pedagógica e uso da
tecnologia para a construção do conhecimento dos aprendentes. Mediação é o mesmo que
interferência, intervenção, intermédio, ou seja, mediação pedagógica se dá pela colaboração
do professor no processo de construção do conhecimento do educando, de forma que o aluno
se torne participativo nessa construção.
Segundo Masetto (2000), o professor é um facilitador no processo de construção do
aluno de forma que este seja construtor ativo dos seus objetivos. Sendo assim, temos o
educador como mediador nesse processo de construção educacional, que por sua vez tem
como ferramenta importante, a tecnologia. Masetto (2000) “a tecnologia apresenta-se como
meio, como instrumento para colaborar no desenvolvimento do processo de aprendizagem”.
Dessa forma vemos a necessidade do professor ir além da mediação pedagógica e
fazer uso também da tecnologia como meio colaborador no desenvolvimento da construção
do conhecimento do aluno. Afirma Masetto (2000), “As teleconferências, ao mesmo tempo
em que colocam um professor especialista em contato com pessoas a distância, favorecem
mais o ensino que a aprendizagem.” Sendo assim, pode-se afirmar que não se trata de limitar
o uso da tecnologia apenas em educação na modalidade à distância que por si só já precisa
dessa metodologia para chegar ao aluno, uma vez que as ferramentas tecnológicas favorecem
o ensino, é oportuno também o uso das mesmas, na modalidade presencial como meio
facilitador nesse processo.
Com o aumento da educação na modalidade à distância, faz-se necessário o estímulo
pelo uso das novas ferramentas tecnológicas, contudo, demanda conhecimento na ferramenta
e na área específica, pois é necessário o autocontrole do professor mediador, colaborar com o
desenvolvimento dos educando não somente nas disciplinas, mas também nos mecanismos
tecnológicos que serão utilizados por eles.
Dessa forma, o avanço tecnológico vem facilitando as atividades didáticas em sala de
aula juntamente com a internet e seus recursos como fonte de busca instantânea às
informações de forma concisa e dinâmica. Essa praticidade tecnológica possibilita ao aluno o
aperfeiçoamento dos conteúdos já abordados pelo professor/tutor
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Segundo Moran; Masetto; Behrens (2000), o uso da construção do conhecimento
mediado por multimídias se torna mais acessível e menos rígida, de forma que este ultrapassa
diferentes meios exploratórios chegando ao educando de maneira simples e ao mesmo tempo
na sua totalidade, dependendo assim do grau de disposição do aprendente.
A informação pode ser repassada de forma falada ou escrita, sendo que esse processo
lógico-sequencial é construído aos poucos, já na forma hipertextual, temos a comunicação
linkada, como o próprio nome diz, esta comunicação nos permite entrelaçar situações
adversas para exemplificarmos e ao mesmo tempo incrementar determinado conceito, sendo
assim o educador permite seus educandos a terem oportunidade de tornar tal informação que
acabara de receber em algo significativo, pois a mesma partiu de um pressuposto já
conhecido, porém é linkado a algo novo. Esta prática de construir um conhecimento partindo
de algo já experimentado é abordada por Piaged (1970), em sua obra o “Nascimento da
Inteligência na Criança”.
2.2.2 Coautoria na Ead: Mediação pedagógica
Com o crescimento da tecnologia, o educando mudou seu perfil passou de mero
espectador para sujeito ativo e, sobretudo imediatista, com isso os educadores necessitam
adquirir novos papéis. Velloso e outros (2013) apontam que o papel fundamental desse
moderno docente é de orientador/mediador: orientador/mediador intelectual;
orientador/mediador emocional; orientador/mediador gerencial e comunicacional e
orientador/mediador ético.
O caracterizado como orientador mediador intelectual é o educador que procura as
informações necessárias para o aluno, fazendo uso da tecnologia. Esse profissional tem o
papel de amoldar essas informações levando-as ao aprendente de forma lúdica e
contextualizada. O educador caracterizado por Velloso e outros (2013), além de orientador
mediador emocional tem o papel voltado aos anseios e equilíbrio do campo emocional
referente aos alunos, pois, sabemos que na educação à distância faz se necessário uma
motivação diferenciada, uma vez que a maioria do corpo discente dessa metodologia de
ensino são pessoas maduras e com inúmeras situações adversas que dificultam o andamento
do curso.
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Esse profissional precisa de forma persuasiva ser alguém que incentive os alunos o
percorrer o caminho até a conclusão. O profissional que tem o papel de mediador entre aluno,
instituição e os demais atores segundo Velloso e outros (2013), é o orientador mediador
gerencial e comunicacional, ele norteia o aluno quanto às diversas formas de comunicação. O
orientador ético é aquele que desenvolve seu trabalho levando em conta as importâncias éticas
que colaboram para a ampliação do educando referente à construção do ser individual e
coletivo.
2.3 Tecnologias digitais na educação
A educação à distância não é novidade, já passou por cinco gerações, desde o ensino
por correspondência, rádio e televisão, impressos, audiotapes telefone, áudio e
videoconferência até os dias atuais computador e internet, o que possibilitou a essa
modalidade de ensino um crescimento considerável nos últimos tempos. Vamos abordar o uso
das tecnologias nessa última geração da EaD, por se tratar da atualidade.
O uso da tecnologia na educação já tem sido pensado há muito tempo, com o advento
da internet, não só a EaD foi favorecida, mas qualquer modalidade de ensino, porque de um
modo geral aprender com o uso das ferramentas disponibilizadas pela tecnologia passou a
fazer parte do cotidiano do cidadão da vida moderna, não sendo mais possível conceber
construção de conhecimento sem o uso da mesma, pois ela torna significativa a construção co-
autora, em comunidades virtuais de aprendizagem e no processo formativo de forma geral.
2.3.1 TelEduc
Site do TelEduc (1997) o TelEduc foi oriundo de uma dissertação de mestrado no ano
de 1997 por uma aluna da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), o projeto vem
sendo desenvolvido até hoje por uma equipe do Núcleo de Informática Aplicada à Educação
(NIED) da universidade citada acima.
O ambiente foi construído de forma participativa, ou seja a medida que os seus
usuários foram relatando as necessidades de funções tecnológica e metodológicas que as
diversas situações de aprendizagem foram proporcionando.
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Um dos objetivos do ambiente é assegurar a facilidade de uso das ferramentas de
forma que estas não interfiram na tarefa que os usuários desejam realizar por seu intermédio,
possibilitando assim a escolha da ferramenta em função dos seus objetivos.
O TelEduc vem sendo utilizado por várias instituições públicas e privadas desde o
lançamento da primeira versão em 2001, fato este que foi pioneiro no cenário nacional de
software para EaD e também o primeiro software livre nacional para a educação, devido a
essa utilização com diversos e diferentes propósitos, no ano seguinte foi lançado a nova
versão 3.0 totalmente reestruturada e otimizada com suporte para sua utilização em português,
Espanhol e Inglês e nesse mesmo ano foi premiada pela Associação Brasileira de Educação a
Distância (ABED) na categoria Pesquisa e Desenvolvimento em EaD, obtendo o 1º lugar
nacional.
Desde 2003 a UNICAMP vem utilizando o TelEduc como apoio às disciplinas
presenciais do catálogo de cursos da Universidade como projeto da Pró-Reitoria de
Graduação e também tem sido utilizado pela Escola de Extensão da UNICAMP; sem falar nas
várias instalações de servidores TelEduc nas Faculdades e Institutos para suprir necessidades
próprias. No ano de 2009 foi lançada a versão 4.0, com interface nos padrões da web2.0 e
com características técnicas que facilitam o uso da plataforma em larga escala visando atender
à crescente demanda de EaD. Desde então, a equipe tem se dedicado à melhoria dessa versão.
Devido a necessidade de comunicação entre os participantes de um curso a distância, o
TelEduc apresenta como ferramentas de comunicação o Correio Eletrônico, Grupos de
Discussão, Mural, Portfólio, Diário de Bordo, Bate-Papo etc., e também as ferramentas de
consulta às informações geradas em um curso, como a ferramenta Intermap, Acessos, etc.
O uso do TelEduc é simples, sua página de entrada é dividido em duas partes sendo
que na esquerda estão as ferramentas que são utilizadas no curso e na direita o conteúdo
referente a ferramenta que o aluno escolhe quando está trabalhando no ambiente. Na página
principal são apresentados os cursos e a ficha de cadastro para ser preenchida pelos alunos
para participar dos cursos oferecidos.
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A construção de conhecimento se dá através das atividades propostas referentes ao
assunto estudado, dependendo da atividade ela pode ser subjetiva, o aluno envia os
comentários para o professor e este retorna em forma de feedback. O correio eletrônico ou e
mail é um serviço básico de comunicação assíncrona, disponível em computadores que
possibilita aos usuários a troca de mensagens.
O Portfólio é um local onde os participantes do curso disponibilizam suas
informações, registra seu bom andamento, suas dúvidas, divulgam seus trabalhos, se
comunicam com outros alunos e com os professores. O fórum de discussão é o local onde a
partir de um tema, os estudantes expõem suas diversas visões sobre um assunto, permitindo
assim a aprendizagem coletiva.
2.3.2 A Plataforma Moodle
Sabbatini (2007) informa que a plataforma Moodle (Modular Object-Oriented
Dynamic Learning Environment) de aprendizagem a distância com software livre, é um
sistema consagrado, pois trabalha com dezenas de milhares de alunos a partir de uma única
instalação, algumas universidades colocam seus cursos em educação à distância nesta
plataforma, a Universidade Aberta da Inglaterra e a Universidade aberta do Brasil adotaram
esta plataforma para seus milhares de estudantes, o Moodle também é um aplicativo
desenvolvido para ajudar os educadores na criação dos cursos on line, e também no apoio on
line a cursos presenciais, pois dispõe de diversos tipos de recursos.
Esta plataforma é baseada no construcionismo. Segundo Papert (1997) a construção do
conhecimento se dá com a realização de uma ação que apresenta um produto palpável
desenvolvido com o uso do computador e que seja de interesse de quem o realiza, ou seja, a
criação dos cursos são pensadas e centradas no estudante e dá destaque nas ferramentas de
interação entre os participantes do curso, desta forma ela propicia o aprendizado coletivo, pois
dispõe de ferramentas (wikis, e-livros e etc.) que auxiliam o aprendizado em grupo, também
disponibiliza os ambientes de diálogo (diários, fóruns, bate papos e etc.).
Os dois tipos de ferramentas de interação disponíveis, as assíncronas que independe de
tempo e espaço, como E-mail, considerado uma das ferramentas mais comuns por sua fácil
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funcionalidade, teleconferência que são as conferências à distância e em tempo real, o fórum
que permite o desenvolvimento do trabalho coletivo, weblogs ou blogs que é um, diário
virtual, FTP – file protocolo e disponibilização de arquivos contendo áudio, textos, imagens
ou vídeo. As síncronas que depende dos envolvidos como professores e alunos com hora
marcada para a realização de eventos com a participação dos professores e estudantes.
A plataforma moodle aparece sendo muito usada pelas instituições de ensino por se
mostrar bem eficaz nos propósitos das IEs, propiciando a criação de diversos cursos para a
modalidade EaD, já as ferramentas de interação servem para complementar a plataforma
moodle, e também para compartilhar informações, já que a comunicação é a base para a
construção individual e coletiva de conhecimento por isso torna-se difícil pensar ou conceber
aprendizagem sem o uso de tecnologias tanto na educação a distância quanto na presencial.
3 - Considerações finais
Neste estudo foi mostrado alguns conceitos e definições de tecnologias da informação
para EAD, utilizando ambientes virtuais para aprendizagem. Na atual sociedade da
informação, todos nos, o tempo todo, estamos reaprendendo a conhecer, a discursar-nos, a
ensinar; reaprendendo a incluir o humano e o tecnológico; a incluir o individual, o grupal e o
social. É de extrema importância, conectar sempre o ensino com a vida do aluno. Chegar ao
mundo do aluno por todas as formas possíveis: seja pela experiência, seja pela imagem, seja
pelo som, seja pela representação, seja pela multimídia ou seja pela comunicação on-line e
off-line. Partindo assim, de onde o ele está, ajudá-lo então a ir do concreto ao abstrato, do
imediato para o contexto, do vivencial para o intelectual.
Para que esse processo de coautoria ocorra com eficiência, todos os autores
(Professores, diretores e administradores) terão que estar permanentemente integrados ao
processo de atualização, de grupos de discussão significativos, participando de projetos
colaborativos dentro e fora das IES em que trabalham. Aprendendo a lidar com a informação
e o conhecimento de formas novas, pesquisando sempre e integrando-se constantemente num
contexto pessoal, emocional e intelectual mais rico e transformador.
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Alguns dos autores, Moran, Masetto, Behrens (2000) aprofundam muito sobre o tema
da chamada “mediação pedagógica” como característica fundamental para o processo do
ensino aprendizagem, tanto da tecnologia convencional, como das chamadas Novas
Tecnologias, visando assim, a melhoria do processo.
Moran, Masetto, Behrens (2000) constatou-se que:
3 As IES não valorizaram adequadamente até hoje, o uso da tecnologia visando tornar o
processo ensino-aprendizagem mais eficiente e eficaz.
4 Tem uma forte tendência para o domínio de conteúdos nas áreas específicas em
detrimento das disciplinas pedagógicas nos cursos de formação de professores.
5 Ainda há uma desvalorização da tecnologia por associá-la às experiências, nas décadas de
50/60, por imposição do uso de técnicas baseadas em teorias comportamentalistas.
6 Existência de vários fatores novos que reabilitam a discussão das tecnologias aplicadas à
educação:
surgimento da informática e da telemática, possibilitando aos usuários a
oportunidade de entrar em contato com novas e recentes informações,
pesquisas e produções científicas de todo o mundo e em todas as áreas;
a oportunidade de desenvolver a autoaprendizagem e a aprendizagem a
distância a partir de microcomputadores e Internet;
a abertura que se configura, no ensino superior, para a formação de
competências pedagógicas dos professores universitários, essencial para a
atuação docente e para a aprendizagem dos alunos.
Que a Tecnologia no processo de ensino aprendizagem deve ser meio e instrumento
para colaborar no desenvolvimento do processo. Assim o professor tem oportunidade
de realizar seu verdadeiro papel: o de mediador entre o aluno e a aprendizagem, o
facilitador, o incentivador e motivador dessa aprendizagem. Ele pode dinamizar a
aprendizagem do aluno, trabalhar em equipe junto com o aluno, buscando os mesmos
objetivos, ou seja, desenvolvendo a mediação pedagógica.
Utilizar a Tecnologia como mediação pedagógica
Tecnologia, avaliação e mediação pedagógica
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O professor como mediador pedagógico deve possuir as seguintes características:
Entender que o aluno é o centro do universo do ensino;
Professor e aluno constituem a célula básica do desenvolvimento da
aprendizagem, por meio de ações e relações conjuntas;
É necessário corresponsabilidade e parcerias nesse processo;
É necessário um clima de mútuo respeito entre professor e aluno;
Domínio de sua área de conhecimento, criatividade, para o surgimento
de situações inesperadas;
Disponibilidade para o diálogo;
Subjetividade e individualidade: professor e alunos são seres humanos,
com subjetividades e com identidades individuais; comunicação e
expressão em função do ensino aprendizagem.
Em contrapartida, não se sabe ainda o caminho das tecnologias para EAD, pois
ocorrem novas evoluções diariamente, e que podem ser integrados nos ambientes virtuais. É
importante notar que essas tecnologias devem ser implementadas se os benefícios forem
importantes para o objetivo do ensino aprendizagem.
Para trabalhos futuros se recomenda que sejam realizadas pesquisas junto a
instituições tanto públicas como privadas acerca do uso de tecnologia da informação para
EaD, com foco nos ambientes virtuais de aprendizagem e suas funcionalidades;
posteriormente, realizar um parâmetro sobre semelhanças e diferenças nos diferentes níveis
pesquisados. A partir disso buscar novos mecanismos tecnológicos para facilitar o
aprendizado, fazendo com que esses instrumentos sejam integrados aos ambientes virtuais de
aprendizagem de forma a majorar e acelerar o aprendizado.
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