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1
M E L A S T O M A T A C E A E
A FAMÍLIA DAQUARESMEIRA
Cultivada no Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Juliana Ribeiro de Mattos
José Fernando A. Baumgratz
Marcus A. Nadruz Coelho
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Presidente da RepúblicaJair Bolsonaro
Ministro do Meio AmbienteRicardo Salles
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
PresidenteSergio Besserman Vianna
Diretoria de Conservação, Ambiente e Tecnologia (DICAT)Lídia Vales
Diretoria de Pesquisa (DIPEQ)Renato Crespo Pereira
Coordenação e revisãoMarcus A. Nadruz Coelho
Projeto GráficoMary Paz Guillén
Tratamento de imagensClarisse Pamplona
Mary Paz Guillén
CIP – Catalogação na Publicação Elaborada pela bibliotecária Gabriela Faray (CRB7-6643)
M444 Mattos, Juliana Ribeiro de. Melastomataceae, cultivada no arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro : a família da quaresmeira [livro eletrônico] / Juliana Ribeiro de Mattos, José Fernando A. Baumgratz, Marcus A. Nadruz Coelho. – 1. ed. – Rio de Janeiro : Ver tente edições, 2019. pdf.
ISBN 978-85-63100-18-4 (livro eletrônico)
1. Botânica – Rio de Janeiro. 2. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. I. Baumgratz, José Fernando. II. Coelho, Marcus A. Nadruz. III. Título. CDD – 582 CDU - 58
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M E L A S T O M A T A C E A E
A FAMÍLIA DAQUARESMEIRA
Cultivada no Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Juliana Ribeiro de Mattos
José Fernando A. Baumgratz
Marcus A. Nadruz Coelho
Rio de Janeiro, 2019
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5
Com a chegada da Família Real ao Rio de Janeiro em 1808, a Fazenda da Lagoa Rodrigo de Freitas foi desapropriada para a instalação da Fábrica de Pólvora e a Fun-dição de Artilharia. Neste mesmo terreno iniciou-se a implantação de um Jardim de Aclimatação para especiarias do oriente, correspondendo às primeiras atividades do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). Esse empreendimento era voltado para o cultivo de espécies de plantas que trouxessem retorno econômico (Bediaga & Guedes-Bruni, 2008).
O primeiro dirigente botânico do JBRJ foi Frei Leandro do Sacramento (1824). Nessa época, o Jardim passou a ser de-nominado Real Jardim Botânico, foram traçadas as atuais aléias e identificadas as primeiras espécies ali existentes.
De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto em seções, reunindo as espécies por afinida-de. Na época foram contabilizadas 71 fa-mílias, 411 gêneros e 838 espécies nativas e exóticas.
Em 1934, Paulo Campos Porto, então diretor do Jardim Botânico, organizou os espécimes de acordo com os seguintes critérios: famílias botânicas, característi-cas ecológicas, e grupos regionais (regiões Amazônica, Nordestina e Cerrado).
Várias tentativas de inventariar e ma-pear os espécimes cultivados no Arboreto
JARDIM DEACLIMATAÇÃO
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foram realizadas desde 1940. No entanto, um inventá-rio compreensivo das espécies do Arboreto nunca foi concluído. Em 1999 foi iniciado o projeto “Inventário e Identificação das Coleções Botânicas e Históricas do Arboreto do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro”. Durante este inventário, foram re-gistrados 7240 espécimes representando 2533 espé-cies e 140 famílias botânicas. Ao todo, cerca de 35% destas espécies são exóticas, não nativas do Brasil (Coelho, 2008).
O Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro é composto por 40 seções, 194 canteiros e 122 aléias, distribuídos por uma área de 54 hectares. Atualmen-te, 24 famílias botânicas podem ser observadas nos diversos canteiros.
Recentemente, o JBRJ iniciou uma série de publica-ções que visam apresentar informações gerais sobre as espécies cultivadas no Arboreto para o público geral. Para cada espécie apresentamos fotos, nome popular, nome científico, distribuição no Brasil e no mundo, in-formações sobre floração e frutificação, comentários sobre uso e conservação. Além disso, informações de-talhadas sobre a localização de cada espécie no Arbo-reto também são apresentadas.
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A família Melastomataceae é representada, no mundo, por aproximadamente 4.500 espécies, dis-tribuídas em 167 gêneros, encontradas nas regiões tropicais e subtropicais do planeta (Gondenberg et al. 2012). No Brasil, ocorrem 1.330 espécies perten-centes a 67 gêneros, sendo a sexta maior família de Angiospermas (Baumgratz, 2015).
As espécies dessa família podem ser utilizadas na arborização urbana e projetos de paisagismo, especialmente as do gênero Pleroma e Tibouchina, conhecidas popularmente como quaresmeiras ou flor-da-quaresma, que apresentam copiosas inflores-cências, com flores roxas, róseas ou lilases. Contudo, esse potencial paisagístico ainda é muito pouco ex-plorado, considerando a beleza das flores e o con-junto harmonioso das inflorescências nas copas das árvores e arbustos. Desse modo, várias espécies de outros gêneros também podem ser cultivadas, como por exemplo as dos gêneros Huberia, Meriania e Me-rianthera, inclusive no Jardim Botânico.
Atualmente, no Arboreto, a família Melastomatace-ae está representada por dez espécies que pertencem aos gêneros Clidemia, Merianthera, Miconia, Mouriri e Pleroma. Mas devido a riqueza da familia na flora brasileira, em especial nos Biomas Amazônia e Mata Atlântica, outras espécies podem ser cultivadas.
AGRADECIMENTOS
À Dra. Kelly Cristina da Silva-Gonçalves, no au-xílio às identificações das espécies de Clidemia. Ao Dr. Claudio Nicolette Fraga, pela cessão da foto da flor de Merianthera pulchra. Ao Labo-ratório de Sementes, da Diretoria de Pesqui-sas do JBRJ, pela cessão dos coletores Ricardo Matheus e Fabiano Silva. À Coordenadoria de Conservação das Coleções Verdes do JBRJ, pelo apoio nas coletas.
M E L A S T O M A T A C E A E
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Í N D I C E
QUARESMEIRA 12Pleroma granulosum (Desr.) D. Don
GURGURÍ 14Mouriri guianensis Aubl.
CAPA-DE-XANGÔ 16Miconia calvescens DC.
MELECA-DE-CACHORRO 18Clidemia hirta (L.) D. Don
PIXIRICA 20Clidemia biserrata DC.
ORELHA-DE-ONÇA 22Pleroma heteromallum (D. Don) D. Don
QUARESMEIRA 24Pleroma marinanum P.J.F. Guim. & Fraga
MERIANTERA 26Merianthera pulchra Kuhlm.
PIXIRICA 28Miconia tristes Spring
QUARESMEIRA-DE-FLORES-DE-LAVANDA 30Pleroma vimineum (D. Don) D. Don
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Pleroma granulosum (Desr.) D. DonQ U A R E S M E I R A
CARACTERÍSTICAS
Árvore alcançando até 12 m de altura, de copa arredondada. Ramos quadran-gulares e alados, geralmente descas-cando-se quando adultos. Folhas opos-tas, membranáceas, de forma elíptica e pilosas em ambas as faces, ásperas ao tato na face superior, e com nervuras em número de cinco, curvinérveas. As flores são vistosas e crescem no ápice dos ra-mos, possuindo sépalas esverdeadas ex-ternamente e arroxeadas internamente, pilosas, pétalas rosadas a roxas, glabras e dez estames. O fruto é do tipo cápsula e acastanhado, produzindo grande quan-tidade de diminutas sementes.
DISTRIBUIÇÃOEspécie endêmica do Brasil, ocorrendo nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, em floresta pluvial.
FENOLOGIA
Floresce, geralmente, duas vezes ao ano, de janeiro a março e agosto a setembro.
USOS
Usada em paisagismo, arborização ur-bana e restauração florestal, pelo rá-pido crescimento e beleza das flores abundantes. A madeira é útil para con-fecção de objetos leves.
LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO
3C, 7E, 21B, 37A.
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G U R G U R Í
CARACTERÍSTICAS
Árvore com até 10 m de altura, de copa arredondada, com folhas simples, opos-tas, membranáceas, verdes, brilhantes, de forma ovada a elíptica, glabras. As flo-res são vistosas e crescem nas axilas das folhas, com pétalas levemente rosadas a brancas, às vezes amareladas, glabras, e estames amarelos. Frutos do tipo baga, com casca lisa, de coloração alaranjada quando maduros, e polpa adocicada.
DISTRIBUIÇÃO
Venezuela, Guianas e Brasil, nas Regiões Norte (exceto AC), Centro-Oeste e Nor-deste e nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, em flo-restas úmidas, primária ou secundária, Cerrado e em regiões litorâneas, em restingas ou locais abertos e próximos a cursos d’água.
FENOLOGIA
Floresce nos períodos de abril a maio e novembro a dezembro e frutifica em abril.
USOS
A polpa do fruto é usada para a fabrica-ção de geleias e sorvetes. A madeira é uti-lizada para lenha e carvão. Recomendada para paisagismo e reflorestamentos.
LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO
8B, 10B.
Mouriri guianensis Aubl.
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C A P A - D E - X A N G Ô
CARACTERÍSTICAS Planta arbustiva ou arbórea de até 10 m de altura. As folhas são vistosas, sim-ples, opostas, verdes ou, quando jo-vens, verdes na face superior e vináce-as na face inferior, membranáceas, de forma elíptica e glabras. Inflorescên-cias copiosas, com inúmeras flores dis-postas em glomérulos e com pétalas e estames esbranquiçados. Os frutos são rosados quando jovens e nigrescentes quando maduros.
DISTRIBUIÇÃOOcorre desde o México e América Cen-tral até o Paraguai e sul do Brasil, onde é encontrada nas Regiões Norte (AC, AM, PA e RO), Nordeste (AL, BA, CE e PE), Centro-Oeste (DF, GO, MS e MT), Sudes-te (ES, MG, RJ e SP) e Sul (SC e PR).
FENOLOGIA
Floresce em agosto; frutos maduros en-tre junho e julho.
USOS
Indicada para paisagismo e refloresta-mento, mas se tornou uma planta inva-sora agressiva na Costa Rica, Havaí e Taiti.
LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO
17C.
Miconia calvescens DC.
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Clidemia hirta (L.) D. DonM E L E C A - D E - C A C H O R R O
CARACTERÍSTICAS
Planta arbustiva de aproximadamente 1,60 m de altura, com ramos pilosos e ci-líndricos. As folhas são simples, opostas, verdes, membranáceas, de forma ovada a lanceolada e pilosas. As inflorescências tendem a se curvarem e possuem flores com sépalas esverdeadas e pilosas, péta-las esbranquiçadas e estames cremes. Os frutos maduros são arroxeados a nigres-centes, pilosos e com numerosas e dimi-nutas sementes.
DISTRIBUIÇÃOOcorre desde a América Central até a Ar-gentina. No Brasil, é encontrada no Distri-to Federal e em todos os estados de todas as regiões geopolíticas.
FENOLOGIA
Flor e frutos entre junho e julho.
USOS
Os frutos são comestíveis, adocicados, que deixam a língua azulada, devido a presença de antocianinas, compostos químicos com importante ação antioxi-dante. Na medicina caseira são utilizados para o tratamento do escorbuto e, por-tanto, rico em vitamina C. Essa espécie tem sido introduzida em países da Ásia e África e no Havaí e considerada uma planta invasora em regiões da Europa.
LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO
17C.
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Clidemia biserrata DC.
P I X I R I C A
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21
Clidemia biserrata DC.
P I X I R I C A
CARACTERÍSTICAS
Arbusto até 4 m de altura, com ramos pilosos e cilíndricos. As folhas são sim-ples, opostas, esverdeadas, membraná-ceas, de forma ovada a elíptica, pilosas. As inflorescências tendem a se curva-rem e apresentam flores com sépalas esverdeadas, pilosas, pétalas rosadas a esbranquiçadas e estames cremes. Os frutos são pilosos e arroxeados a nigres-centes quando maduros.
DISTRIBUIÇÃOOcorre nas Guianas, Trinidad, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Brasil, onde é encon-trada nas Regiões Norte (AC, AM, RO), Nordeste (AL, BA, MA, PE, PI, RN e SE), Centro-Oeste (MS, MT), Sudeste (MG, ES, RJ e SP) e Sul (PR).
FENOLOGIA
Flores e frutos entre Junho e Julho.
USOS
No Brasil, pode ser usada no paisagismo. Essa espécie tem sido considerada uma planta invasora em regiões da Europa.
LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO
17C.
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Pleroma heteromallum (D. Don) D. Don
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Pleroma heteromallum (D. Don) D. Don
O R E L H A - D E - O N Ç A
CARACTERÍSTICAS
Arbusto muito ramificado, de 1 a 3 m de altura, com ramos quadrangulares e pi-losos. As folhas são esverdeadas, mem-branáceas e com um indumento esbran-quiçado, que confere a superfície uma textura aveludada. As flores são peque-nas, com pétalas arroxeadas, mas brancas na parte basal, o que confere um aspecto esbranquiçado na porção central da flor.
DISTRIBUIÇÃONordeste (PB e PE), Centro-Oeste (GO), Sudeste (ES, MG, RJ e SP).
FENOLOGIA
Floresce e frutifica entre junho e julho.
USOS
Usada para ornamentação.
LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO
17C e 36B.
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Pleroma marinanum P.J.F. Guim. & Fraga
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25
Pleroma marinanum P.J.F. Guim. & Fraga
Q U A R E S M E I R A
CARACTERÍSTICAS Arbusto de até 3 metros de altura, com ra-mos quadrangulares, pilosos. As folhas são simples, opostas, verdes, cartáceas, de for-ma ovada a orbicular, pilosas, com 7 ner-vuras curvinérveas. Inflorescências visto-sas, com flores possuindo sépalas cobertas com indumento branco a vináceo, pétalas púrpuras, mas brancas na base. Frutos do tipo cápsula, globosos, amarronzados.
DISTRIBUIÇÃOEndêmica do estado do Espírito Santo, restrita ao município de Pancas.
FENOLOGIA
Floresce em dezembro e frutifica entre junho e julho.
USOS
Espécie recentemente descoberta e com grande potencial para utilização em paisagismo.
LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO
17C e 37C.
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Merianthera pulchra Kuhlm.Vulnerável
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Merianthera pulchra Kuhlm.Vulnerável
M E R I A N T E R A
CARACTERÍSTICAS
Arbusto de 2 a 4 m, com troncos espes-sos, que se apresentam desfolhados na época da floração. As folhas são vistosas, esverdeadas, de consistência cartácea, forma largamente elíptica a orbicular e indumento inconspícuo. As flores apre-sentam sépalas verdes e vináceas, irregu-lares, pétalas púrpuras e estames roxos. Os frutos são do tipo cápsula, com nume-rosas e diminutas sementes.
DISTRIBUIÇÃO
Endêmica do Brasil, ocorrendo nos es-tados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais.
FENOLOGIA
Floresce em outubro.
USOS
Planta de afloramentos rochosos, sendo utilizada em paisagismo.
LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO
17C.
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Miconia tristes Spring
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29
Miconia tristes Spring
CARACTERÍSTICAS
Arbusto com folhas esverdeadas, gla-bras, opostas e simples, elípticas, cartá-ceas com 5 nervuras. Ramos glabros e cilíndricos. Flores com sépalas esverde-adas, pétalas e estames, em número de dez, esbranquiçados. Frutos globosos, imaturos esverdeados.
DISTRIBUIÇÃO
Nordeste (BA), Sudeste (ES e MG).
FENOLOGIA
Floresce e frutifica em fevereiro.
USOS
Recomendada para ornamentação.
LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO
40B.
P I X I R I C A
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Pleroma vimineum (D. Don) D. Don
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Q U A R E S M E I R A - D E -F L O R E S - D E - L A V A N D A
Pleroma vimineum (D. Don) D. Don
CARACTERÍSTICAS
Arvoretas de 2 a 7 m de altura, com ramos esparsamente pilosos. As fo-lhas são pecioladas, verdes discolores, membranáceas, ovadas a lanceoladas, pilosas em ambas as faces e com 5 ner-vuras curvinérveas, sendo as nervuras marginais confluentes às mais internas na porção basal. As inflorescências são vistosas, com numerosas flores de pé-talas lilases, às vezes esbranquiçadas, estames lilases a arroxeados, com trico-mas glandulares, e longo estilete curvo, glabro. Os frutos são do tipo cápsula, de cor castanha, com numerosas e di-minutas sementes cocleares.
DISTRIBUIÇÃO
Endêmica do Brasil, ocorrendo nos es-tados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
FENOLOGIA
Floresce e frutifica durante quase todo o ano.
USOS
Tem potencial para ser usada no paisa-gismo urbano.
LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO
17C.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEDIAGA,B. & GUEDES-BRUNI, R. 2008. Jardim Botânico do Rio de Janeiro: dois séculos de história. In: Ormindo, P. (org.). Guia de Árvores Notáveis: 200 anos do Jardim Botânico do RJ.
COELHO, M.A.N., 2008. O inventário da coleção. In: Or-mindo, P. (org.). Guia de Árvores Notáveis: 200 anos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. RJ.
GOLDENBERG, R., BAUMGRATZ, J.F.A. et D’El Rei Souza, M.A. 2012. Taxonomia de Melastomataceae no Brasil: re-trospectiva, perspectiva e chave de identificação para os gêneros. Rodriguesia 63(1): 145-162.
BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085-1113.
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CHAFARIS DAS MUSAS
LAGO FREI LEANDRO
ORQUIDÁRIO
BROMELIÁRIO
HERBÁRIO
PESQUISA
BUSTO D. JOÃO V
CATÁRIO
CENTRO DEVISITANTES
BILHETERIA
ENTRADA
ENTRADA
ENTRADA
MUSEU DO MEIO AMBIENTE
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CHAFARIS DAS MUSAS
JARDIM JAPONÊS
ENTRADA
ENTRADA
ENTRADA
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