currículos e programas

Currículos e ProgramasProf. Raitônio Gonçalves Cortez

Sala de Aula: Planejar ou Improvisar?• Em uma sala de aula, durante a fala do professor, um aluno formula uma

pergunta. O professor ouve atentamente e se vê diante de um dilema:

• O que fazer?

• Responder a pergunta objetivamente e continuar a exposição?

• Anotar a pergunta no quadro e dizer que responderá ao terminar o que está expondo?

• Anotar e pedir a toda a classe que pense na resposta?

• Solicitar ao aluno que anote a pergunta e a repita ao final da exposição?

• Qual a conduta mais correta?

• A resposta dependerá de vários fatores que devem ser considerados pelo professor, entre eles se a pergunta contribui para a aprendizagem por exemplo;

Planejar para construir o ensino

Planejar: coerência para as ações educativas• O professor vai coordenar o processo de ensino e

aprendizagem da sua classe;

• É preciso promover o crescimento de todos os alunos em relação à compreensão do mundo e à participação na sociedade;

• É preciso saber quais atitudes, habilidades, conceitos espera-se que seus alunos desenvolvam ao final do período letivo;

• Escolher o conteúdo, as atividades, o modo como serão desenvolvidas, como o tempo será distribuído e qual a avaliação pretendida;

Planejamento do Ensino

• Tem como principal função garantir a coerência entre as atividades que o professor faz com seus alunos e as aprendizagens que pretende proporcionar a eles.

Quem faz o planejamento?

• É uma tarefa de cada professor, tendo em vista o conjunto de alunos de uma determinada classe ( intransferível);

• O planejamento deve ser desenvolvido em cooperação com os demais professores, com a ajuda da coordenação pedagógica, da direção e até mesmo da supervisão de ensino caso seja necessário;

• Mas cada professor deve ser o autor de seu planejamento do ensino.

Quem faz o planejamento?

O planejamento é um trabalho individual e de equipe

Flexibilidade

• O planejamento não deve ser uma camisa de forças para prender o professor;

• O planejamento de ensino é um orientador da prática pedagógica e não um “ditador de ritmo”;

• Algumas situações merecem adequações no planejamento do ensino;

Flexibilidade

• Alguns objetivos podem ser acrescidos ao plano, outros podem ser retirados;

• É aconselhável que o professor reflita sobre suas decisões durante e após as atividades, registrando suas ideias, que serão uma das fontes de informação para melhor avaliar as aprendizagens dos alunos e decidir sobre que caminho tomar.

Registro

• A forma de organizar o planejamento do ensino é uma escolha de cada um;

• O importante é o professor ter alguma forma de registro de suas intenções, procurando agir pedagogicamente de forma coerente com os objetivos específicos e gerais traçados no projeto da escola e em seu planejamento de ensino.

Registrar ajuda a avaliação

Registro

• A forma de registro não deve ser fixa, dando oportunidade do professor fazê-lo da forma que se sente melhor;

• Para que o educador seja um profissional reflexivo, que pensa criticamente sobre sua prática pedagógica e se desenvolve profissionalmente com esse processo, ele precisa registrar seu planejamento do ensino.

Componentes do planejamento do ensino

• Também é chamado de planejamento da ação pedagógica ou planejamento didático;

• Planejamento do ensino deve explicitar:• As intenções educativas – conteúdos e dos objetivos

educativos;• Como esse ensino será orientado pelo professor – as

atividades de ensino e aprendizagem para coordenar em sala com o propósito de atingir suas intenções educativas e o tempo necessário para desenvolvê-las;

• Como será a avaliação desse processo.

Conteúdos e Objetivos

• Conteúdos – tipo de conhecimento que a escola seleciona para ensinar a seus alunos;

Podem ser de tipos diferentes de informações: conceitos, métodos, técnicas, normas, etc.

Exemplos: Informações podem ser aprendidas em uma atividade; Algoritmo da multiplicação (procedimento) leva muito

tempo para ser aprendido; Valores – são conteúdos aprendidos nas relações

humanas, ocorram elas no espaço escolar ou não.


Os conteúdos do planejamento do ensino são aqueles que guiaram a escolha das atividades na elaboração do plano e é através dos conteúdos que o professor tentará observar e avaliar como se desenvolvem as aprendizagens.


• Objetivos – são também chamados objetivos didáticos ou específicos, ou ainda expectativas de aprendizagem;

Definem o que os professores desejam que seus alunos aprendam sobre os conteúdos selecionados, por tanto os objetivos devem ser alcançados pelos alunos.

Conteúdos e Objetivos A forma tradicional de redigir um objetivo é utilizar a

frase: “ao final do conjunto de atividades, cada aluno deverá ser capaz de ...”;

Os alunos não são obrigados a atingi-los ao mesmo tempo, devemos sempre lembrar da individualidade de cada aluno;

INDIVIDUALIDADE DO ALUNO!

Conteúdos e Objetivos Os objetivos educativos do planejamento do ensino são

importantes porque muitos conteúdos, os conceitos científicos entre eles, são aprendidos em processos que se complementam ao longo da escolaridade;

Ex. alunos de séries iniciais do ensino fundamental afirma que célula é uma “coisa” muito pequena que forma o corpo dos seres vivos – o conhecimento dele está em bom andamento;

Mas se o aluno fosse do 1ª série do ensino médio, então ele está precisando aprender mais sobre o conceito de células.


Os objetivos educativos do planejamento do ensino definem o grau de aprendizagem a que se quer chegar com o trabalho pedagógico;

São faróis, guias para os professores, mas não devem se tornar “trilhos fixos”, em sequências que se repetem independentemente da aprendizagem de cada aluno.

Organização das atividades

• A principal função do conjunto articulado de atividades de ensino e aprendizagem é provocar nos alunos uma atividade mental construtiva em torno de conteúdos previamente selecionado, no projeto da escola, no planejamento do ensino ou durante sua realização


• Ao escolher uma atividade de ensino e aprendizagem para desenvolver com seus alunos, o professor precisa considerar principalmente a coerência entre suas intenções (conteúdos e objetivos) e as ações que irá propor a eles;

• É necessário pensar como as atividades irão se articular com as anteriores e com as seguintes, para que haja uma continuidade na aprendizagem;


• As atividades devem ser de acordo com aquilo que se quer ensinar, seja a curto, médio ou longo prazo. A diversidade é uma de suas características principais;

• A sequência de atividades que compõem o planejamento do ensino deve levar em conta as experiências dos próprios alunos no decorrer de cada atividade escolhida;

• Existem planos que se realizam quase integralmente, outros se realizam em grande parte e há aqueles que simplesmente precisam ser refeitos tendo como critério a avaliação da aprendizagem dos alunos.

Avaliação continuada

• Também chamada de mediadora da aprendizagem;

• É o instrumento por meio do qual o professor procura observar o desenvolvimento de seus alunos à medida que o processo de ensino e aprendizagem está em andamento.


• Essas observações ajudam o professor decidir se o que foi traçado no planejamento está correspondendo ao esperado ou não;

• Se não estiver correspondendo ao planejado deve-se refletir sobre o que será mudado para que a aprendizagem seja melhorada ou que se realizem como esperado;

• A avaliação não tem por objetivo dar nota aos alunos, mas sim regular o processo de ensino e aprendizagem;


• Sempre que um professor dá início ao trabalho com algum conteúdo, deve observar o que os alunos já sabem sobre o assunto, através da avaliação inicial;

• A avaliação inicial é o início do trabalho pedagógico com um determinado conteúdo;

• A avaliação inicial auxilia o professor a ajustar seu plano de ensino, principalmente considerando as diferenças entre seus alunos no momento de desenvolver as atividades selecionadas no planejamento.

• Ex.: professor de ciências da apostila


• É a referência que o professor utiliza para avaliar continuamente o processo de ensino e aprendizagem, com o propósito de garantir as aprendizagens dos alunos naqueles conteúdos eleitos no planejamento.

Planejamento de ensino como ferramenta básica do processo de ensino-aprendizagem• Quando se planeja, independentemente do que está

sendo planejado, quer se obter o melhor resultado, há a intenção de que dê certo, inclusive se é algo que realmente seja importante que se faça;

• Gandin aponta que além da eficiência, o “planejamento visa também a eficácia”;

• O planejamento é um processo que exige sistematização, organização, decisão e previsão e está inserido em vários setores da vida: planejamento urbano, econômico, familiar, educacional, etc.

Conceitos de Planejamento• Padilha: Processo de busca de equilíbrio entre meio e fins, entre recursos e objetivos,

visando sempre o bom funcionamento;

• Luck: Processo de estruturação e organização da ação intencional, realizado

mediante: Análise de informações relevantes do presente e do passado, objetivando,

principalmente, o estabelecimento de necessidades a serem atendidas;

Estabelecimento de estados e situações futuras, desejadas;

Previsão de condições necessárias ao estabelecimento desses estados e situações;

Escolha e determinação de uma linha de ação capaz de produzir os resultados desejados, de forma a maximizar os meios e recursos disponíveis para alcançá-los.

Conceitos de Planejamento

• Gandin Planejar é transformar a realidade numa direção

escolhida; Organizar a própria ação; Agir racionalmente; Realizar o que é importante (essencial).

Planejamento Educacional

• Compreende o processo continuo que se preocupa com a educação em modo geral, a fim de atender às necessidades individuais e coletivas dos membros da sociedade, estabelecendo o caminho adequado através de ações pensadas e estratégicas atribuídas para alcançar objetivos;

Planejamento escolar

• É um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social;

• É o planejamento global da instituição escolar, que envolve o processo de refletir e decidir sobre a estrutura, a organização, o funcionamento e as propostas pedagógicas desta.

Planejamento curricular

• O currículo é a ferramenta que o aluno deve realizar dentro de cada área do conhecimento;

• O currículo deve hoje de promover não só a aprendizagem de conteúdos e habilidades específicas, mas também fornecer condições favoráveis à aplicação e integração desses conhecimentos;

• É a previsão global e sistemática de toda ação a ser desencadeada pela escola, em consonância com os objetivos educacionais, tendo por foco o aluno;

Planejamento de ensino

• O ensino tem como principal função garantir a coerência entre alunos e, além disso, as aprendizagens que pretende proporcionar a eles;

• A forma de planejar deve focar a relação entre o ensinar e o aprender.

Fases do planejamento de ensino e sua importância no processo de ensino-aprendizagem

• Na realização do planejamento devem ser combinados entre si, os seguintes aspectos:

1. Considerar os alunos não como uma turma homogênea, mas a forma singular de aprender de cada um , seu processo, suas hipóteses, suas perguntas a partir do que já aprenderam e a partir das suas histórias (vivências/experiências vivenciadas);

2. Considerar o que é importante e significativo para aquela turma.


• Segundo Xavier (2000) para se considerar os conhecimentos dos alunos, devemos dar oportunidades e propor situações para que possam mostrar os seus conhecimentos, ou seja, deixar o aluno expor as suas ideias sempre, levando-as em consideração, quando necessárias;

• CONCORDAM OU DISCORDAM?


• Algumas indagações auxiliam quando se está construindo um planejamento:

O que pretende-se fazer, por quê e para quem? Que objetivos pretendem-se alcançar? Que meios/estratégias são usadas para alcançar tais

objetivos? Quanto tempo será necessário para alcançar os

objetivos? Como avaliar se os resultados estão sendo alcançados?

Diagnóstico da realidade

• Para o professor planejar suas aulas, a fim de atender as necessidades dos seus alunos, a primeira atitude a fazer, é “sondar o ambiente”;

• O professor deve sondar sobre a realidade que se encontra os seus alunos, ou seja, qual é o nível de aprendizagem em questão e quais as dificuldades existentes.

Diagnóstico da realidade• Antes de começar seu trabalho o professor deve considerar

alguns aspectos:

As reais possibilidades do seu grupo de alunos;

A realidade de cada aluno em particular;

Os pontos de referência comuns, envolvendo o ambiente escolar e o ambiente comunitário;

Suas próprias condições, não só como pessoa, mas como profissional responsável pela orientação adequada do trabalho escolar.

Definição do tema e preparação• O tema pode ser escolhido tanto pelo professor, quanto

pelos alunos em conjunto com o professor;

• Planejar denota uma preocupação em não fragmentar os conhecimentos, tornando-os mais significativos;

• Na preparação são previstos todos os passos que farão parte da execução do trabalho, a fim de alcançar a concretização e o desenvolvimento dos objetivos propostos, a partir da análise do contexto da realidade;

• Nessa fase, ainda, serão determinados, primeiramente os objetivos gerais e, em seguida, os objetivos específicos.

Avaliação

• É através da avaliação que poderemos:

Demonstrar que a ação produz alguma diferença quanto ao desenvolvimento dos alunos;

Promover o aprimoramento da ação como consequência de sugestões resultantes da avaliação;

As atividades devem ser coerentes com os objetivos propostos, para facilitar o processo avaliativo e devem ser elaborados instrumentos e estratégias apropriadas para a verificação dos resultados;

Avaliação

• A avaliação auxilia o planejamento do ensino, pois é através dela que se percebem os progressos dos alunos, descobrem-se os aspectos positivos e negativos que surgem durante o processo e busca-se uma constante melhoria na elaboração do planejamento, melhorando a prática do professor e a aprendizagem do aluno.

Importância do planejamento no processo de ensino-aprendizagem

• Aprendizagem na atualidade, em uma visão construtivista, é entendida como um resultado do esforço de encontrar significado ao que se está aprendendo;

• Em uma perspectiva construtivista, há que se levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos, a aprendizagem a partir da necessidade, do conflito, da inquietação e do desequilíbrio falado na teoria de Piaget ( desenvolvimento cognitivo da criança)


• O ato de aprender acontece quando o indivíduo atualiza seus esquemas de conhecimento, quando os compara com o que é novo, quando estabelece relações entre o que está aprendendo com o que já sabe;

• O professor deve propor atividades que instiguem à curiosidade, o questionamento e a reflexão frente aos conteúdos;


• O processo de ensino é de suma importância para uma prática eficaz e consequentemente para a concretização dessa prática (pratica de ensino), que acontece com a aprendizagem do aluno.

Currículo

Currículo - conceitos

• Possibilita a clarificação partilhada das intenções e valores acerca do que é importante ensinar/aprender na escola ;

• Segue-se com a tradução das propostas de intervenções relevantes e significativas para a formação e socialização das novas gerações.

• É um tema central que diz respeito a todos, enquanto cidadãos, pois é através das práticas curriculares que a escola exerce a sua função social, educar , e particularmente, enquanto futuros professores.


• Constitui o cerne – “centro” – de qualquer sistema educativo, enquanto proposta de ensino e aprendizagem para a geração que percorre esse sistema;

• Por uma lado assumi uma crescente importância no campo da Educação, mas por outro, originou uma confusão terminológica, o que acentuou as divergências existentes no nível de pensamento curricular

Origem do termo “currículo”• Etimologicamente – raiz na palavra Curriculum, derivada do

verbo currere, que significa caminho ou percurso a seguir;

• “[...] processo dinâmico e contínuo que engloba diferentes fases, desde a justificação [...] até à sua avaliação e passando necessariamente pelos momentos de concepção-elaboração e de implementação.” (Ribeiro, 1999: 6).

• Sentido mais restrito – desenvolvimento do plano curricular, de acordo com o contexto e justificação que o suportam, assim como as condições da sua execução.


• Então, seguir-se-ia com a fase de IMPLEMENTAÇÃO dos planos e programas na situação concreta de ensino, em simultâneo com o processo de avaliação da respectiva execução;

• Surge a dicotomia:

• Currículo – plano de ensino-aprendizagem;• Currículo – processo de efetivo ensino-aprendizagem.


• A lógica do processo de desenvolvimento curricular exige que se acentue a continuidade entre o plano curricular e o processo de ensino-aprendizagem, veiculando a imagem do currículo como estando em permanente desenvolvimento, desenrolando-se por intermédio de aproximações sucessivas que o enriquecem, segundo fases que se remetem umas para as outras, não só linear, mas circular.

• Vejam:


Processo de Desenvolvimento Curricular.(Ribeiro, A. C.,1999).


• Assim, o desenvolvimento curricular (currículo enquanto processo de desenvolvimento) inclui:

• justificação e orientação do currículo;

• concepção e elaboração do currículo;

• implementação curricular;

• avaliação do currículo.

Currículo - conceitos• Tendo em mente a figura 1, podemos considerar as seguintes hipóteses de

desenvolvimento do processo, apresentadas por António Ribeiro (1999: 8):

• 1. Partindo de uma fundamentação orientadora, constrói-se um plano curricular, analisa-se a sua execução e avalia-se a sua eficácia para o definir melhor ou aperfeiçoar;

• 2. Partindo da concepção e elaboração do currículo, procede-se à sua implementação, avalia-se a sua execução e clarifica-se a sua justificação e linhas orientadoras;

• 3. Tomando como ponto de partida a análise de um currículo implementado, procede-se á avaliação, esclarecem-se os princípios orientadores e o contexto justificativo, aperfeiçoa-se (ou modifica-se) o plano curricular;

• 4. Começando por avaliar o currículo em execução, explicitam-se as suas linhas orientadoras, introduzem-se inovações (ou correções) no plano curricular e analisam-se as suas condições de implementação.


• O desenvolvimento curricular nunca está completo, já que se trata de um processo em movimento, podendo ter qualquer ponto de partida, embora exista uma sequência natural de momentos temporais (indicada pelas setas da figura 1).

O problema da Definição de Currículo• Deste modo o termo “currículo” não possui um significado

unívoco, podendo distinguir-se as várias definições e conceitos em acepções comuns e concepções típicas (Ribeiro, 1999: 11);

• Relativamente às acepções comuns, o currículo é visto como o elenco e a sequência de matérias ou disciplinas propostas para todo o sistema ou ciclo de estudos, nível de escolaridade ou curso, com vista à graduação do aluno.

• o currículo confunde-se com um plano de estudos, correspondente a um conjunto estruturado de matérias de ensino de peso diverso, materializado numa distribuição variada de tempos letivos.

O problema da Definição de Currículo

• um programa de ensino, expresso numa listagem, esquema ou sumário de temas e tópicos, de acordo com uma determinada organização e sequência, por áreas disciplinares, sendo, por vezes, acompanhado por orientações e sugestões metodológicas para tratamento dos conteúdos programáticos selecionados.

• O currículo como um conjunto estruturado de matérias e de programas de ensino num determinado nível de escolaridade, ciclo ou domínio de estudos.

O problema da Definição de Currículo• No que diz respeito às concepções típicas, podemos citar quatro exemplos

representativos de definições de currículo:

• “(...) conjunto de todas as experiências que o aluno adquire, sob a orientação da Escola” (Foshay citado por Ribeiro, 1999: 13);

• “O currículo engloba todas as experiências de aprendizagem proporcionadas pela Escola.” (Saylor citado por Ribeiro, 1999: 13);

• “O currículo é o modelo organizado do programa educacional da Escola e descreve a matéria, o método e a ordem do ensino – o quê, como e quando se ensina.” (Phenix citado por Ribeiro, 1999: 13);

• “O currículo é uma série estruturada de resultados de aprendizagem que se têm em vista. O currículo prescreve (ou, pelo menos, antecipa) os resultados do ensino, não prescreve os meios.” (Johnson citado por Ribeiro, 1999: 13).

O problema da Definição de Currículo• “(...) conjunto de todas as experiências que o aluno adquire, sob

a orientação da Escola” (Foshay citado por Ribeiro, 1999: 13);

• “O currículo engloba todas as experiências de aprendizagem proporcionadas pela Escola.” (Saylor citado por Ribeiro, 1999: 13);

• As duas primeiras definições descrevem o currículo como um conjunto de experiências educativas, vividas pelos alunos, sob a tutela do estabelecimento de ensino que frequentam;

• No entanto, a segunda definição refere-se às experiências educativas e de aprendizagem proporcionadas, e organizadas, pela Escola e não a qualquer experiência vivida pelo aluno, sob a tutela escolar.

O problema da Definição de Currículo• “O currículo é o modelo organizado do programa educacional da Escola e

descreve a matéria, o método e a ordem do ensino – o quê, como e quando se ensina.” (Phenix citado por Ribeiro, 1999: 13);

• “O currículo é uma série estruturada de resultados de aprendizagem que se têm em vista. O currículo prescreve (ou, pelo menos, antecipa) os resultados do ensino, não prescreve os meios.” (Johnson citado por Ribeiro, 1999: 13).

• As duas últimas definições descrevem o currículo como o que se planeja ensinar, e o que se pretende que os alunos aprendam, ou seja, como plano organizado de ensino-aprendizagem.

• Na terceira definição, esse plano fornece os objetivos, métodos e meios de ensino, enquanto na quarta definição o plano de ensino-aprendizagem é caracterizado por objetivos de ensino ou resultados a alcançar, excluindo os processo e meios para conseguir tais resultados.

O problema da Definição de Currículo• Da análise das concepções típicas sobre o currículo,

podemos distinguir dois domínios relativos à sua natureza e âmbito (Ribeiro, 1999: 16):

• o currículo como algo que se visa, como intenção ou objetivo: o currículo é visto como um plano, anterior ao processo de ensino-aprendizagem e de carácter prescritivo ;

• o currículo como algo que se experiencia, como interacção e processo em curso: o currículo é visto como interação e experiência de aprendizagem, não existindo uma distinção entre plano anterior e o que se executa.


• Das definições anteriormente analisadas, António Ribeiro (1999: 17) salienta três conceitos de currículo, como conjuntos de:

• objetivos ou resultados de aprendizagem a alcançar;

• matérias ou conteúdos a ensinar;

• experiências ou processos de aprendizagem.


• Tanner e Tanner (citados por Ribeiro, 1999: 17), caracteriza o currículo como um:

“Conjunto de experiências de aprendizagem planejadas bem como de resultados de aprendizagem previamente definidos, formulando-se umas e outras mediante a reconstrução sistemática da experiência e conhecimento humanos, sob os auspícios da Escola e em ordem ao desenvolvimento permanente do educando nas suas competências pessoais e sociais.”

A objetivação dos significados do currículo

Segundo Alcino Vilar e Fernando Diogo (1999: 6)

Administração Central do Sistema

Educativo (nível federal)

Diferentes instânciasRegional, local ,

editoras, etc.

Planificação curricular/ programação pedagógico-

didática

Aquilo que é trabalhado na escola

Aprendizagem significativas (o que é

aprendido)

currículos e programas

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