da escola pÚblica paranaense 2009 · especializado. institucionalizar no interior currículos e...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA
“A Natureza é a Arte de Deus”
Dante Alighieri
CADERNO TEMÁTICO
LONDRINA - 2010
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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE IVAIPORÃ
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
AUTORA JOSMERI MARI FITTIPALDI
ÁREA DE ATUAÇÃO Disciplinas Técnicas
ORIENTADORA
Professora Dra. Gisele Maria De Andrade de Nóbrega
LONDRINA-2010
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SUMÁRIO
Apresentação ............................................................................................................................... 4 Justificativa....................................................................................................................................... 5 Texto 01 – Problematização ...................................................................................................... 7 Texto 02 - Educação Ambiental .............................................................................................. 8
Texto 03 – Sustentabilidade ...................................................................................................... 13 Texto 04 - Legislação Ambiental ............................................................................................ 20 Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 24
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APRESENTAÇÃO
Estamos vivenciando um problema global que é a degradação de nosso Meio
Ambiente, e sem sombra de dúvida é uma questão em que cada indivíduo está inserido,
pois fazemos parte desse ecossistema, pois além da implementação das políticas públicas,
neste momento o que conta, são nossas atitudes para que esse quadro de devastação
mude.
A preocupação é visível, estamos a um passo do colapso, efeitos do
desmatamento, da degradação, emissão de gases e aquecimento global, tudo se soma a
falta de conhecimento do dano que uma simples sacola plástica pode causar ao meio
ambiente.
Assim simplesmente, a mudança de atitudes, tais como reciclar o lixo domestico, ou
mesmo abolir o uso de sacolas plásticas, pode mudar o rumo do nosso planeta, cada um
fazendo a sua parte, podemos mudar o futuro da nossa mãe terra.
Este trabalho está voltado para a conscientização ambiental, e cremos que a
Educação é o caminho correto, pois só o conhecimento pode mudar a realidade que ora
vivemos.
*Josmeri Mari Fittipaldi Calixto *Advogada – UEL Pr., e Professora de Direito e Legislação do C .E. Barbosa Ferraz – Ensino Médio Normal e Profissional –
Ivaiporã, Pós- graduação em Planejamento Educacional -- Universo RJ; e Especialização em Administração, Supervisão e
Orientação Educacional – Unopar. Pr.
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JUSTIFICATIVA
O presente material busca dar subsídios teóricos para a ampliação do
conhecimento dos educadores, levando-os para os novos desafios, que consiste na
Educação Ambiental.
São necessárias ações permanentes, que integre a Educação
Ambiental como matéria ao cotidiano escolar, principalmente ao Projeto Político
Pedagógico.
Pretende-se despertar a reflexão para a questão, no caso específico das
sacolas plásticas entregue no comércio em geral, mas também para que os
educadores tomem como princípio educativo, a conscientização dos alunos, da
importância do meio ambiente e sua preservação.
Pretendemos ainda, que sejam revistas as práticas educativas, para que
a conscientização ambiental seja uma “práxis” na vida cotidiana dos
professores e automaticamente dos alunos, que por sua vez disseminarão tais
práticas nas comunidade em que vivem.
Entendemos que é na escola que se produz conhecimento, e que ao ser
elaborado, se constroem novos saberes e aponta a opção que norteará as novas posturas
em relação a questão ambiental.
Os textos apresentados minimizarão a problemática da Educação
Ambiental e buscarão a reflexão acerca das questões ambientais em busca de
um sujeito histórico, capaz de pensar e agir criticamente na sociedade com
vistas à transformação social.
As Diretrizes Curriculares Estaduais propõem que na formação do aluno,
este seja capaz de ser um transformador da realidade social, econômica e
política de seu tempo. O embasamento teórico do aluno e os debates
propostos, levarão os mesmos a repensar suas postura diante do quadro de
devastação que assola o planeta. Quanto mais artigos e estudos relacionados
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ao assunto o aluno tiver acesso mais ele se envolverá e buscará implementar o
conhecimento..
Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica , é recomendável, o
diagnostico das idéias primeiras do aluno, favorecer o debate em sala de aula,
pois oportuniza a análise e contribui para a formação de um sujeito
investigativo e interessado, que busca conhecer e compreender a realidade.
Dizer que o aluno deva superar suas concepções anteriores implica promover
ações pedagógicas que permitam tal superação.
O trabalho de campo com os alunos, com o objetivo de conscientização da
população do problema dos resíduos sólidos na natureza, oportuniza uma
situação de interferência junto à comunidade com relação a mudanças de
valores e hábitos buscando alternativas para uma relação sustentável do ser
humano com o ambiente.
A Educação Ambiental neste contexto aparece como mediadora da
sustentabilidade, bem como norteadora de uma nova identidade social.
Dentre os temas educacionais e de conhecimento da atualidade em destaque,
as questões ambientais estão presentes com maior frequência. Trata-se na verdade de
um caso real de “vida ou morte”, que precisa urgentemente pelo menos equilibrar teoria e
prática. Porém, isso só ocorrerá com ações urgentes e constantes, nas quais a educação
ambiental sistemática e obrigatória em todos os níveis de ensino deve ser dinâmica e
de prática com responsabilidade não só dos governantes, ou de grupos organizados,
mas de todas as pessoas que compõem a população mundial.
Estas palavras justificam a elaboração e aplicação do que se propõe as
páginas que se seguem.
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TEXTO 01. PROBLEMATIZAÇÃO
Diante da realidade que ameaça a sustentabilidade econômica e social do
Planeta, necessitamos traçar um novo perfil de comportamento, nossas atitudes
necessitam serem revistas, pois temos que nos comprometermos com a preservação
ambiental, procurando soluções ecologias para respaldar nossa sobrevivência.
Vários ecossistemas podem estar próximos de sofrer mudanças irreversíveis,
tornando-se cada vez menos úteis à humanidade. As pessoas destroem a biodiversidade
por incompetência e ignorância, e precisamos mudar essas atitudes que são essenciais
para contribuir com a preservação do meio ambiente.
Apresentar alternativas viáveis para a implantação da Educação Ambiental
sistematizada e extensiva a todos os níveis de ensino, transformando-a em tão ou mais
importante que as disciplinas atualmente obrigatórias na educação.
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TEXTO 02.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A corrida desenfreada do homem rumo ao desenvolvimento, fizeram com que
diversas áreas fossem beneficiadas, a humanidade celebrava a evolução tecnológica, as
diversas invenções, mas os ambientalistas observavam a degradação ambiental como
que horrorizados com o poder de devastação do homem sobre o meio ambiente.
Estudiosos voltados para a questão ambiental começaram a chamar a
atenção da população global, promovendo encontros e sucessivos estudos
sobre todos os setores do nosso ecossistema que caminham para o caos.
Na década de 60 já se alertava sobre os efeitos danosos de inúmeras ações
humanas sobre o ambiente, principalmente sobre o uso de pesticidas, e ações voltadas
para se obter um equilíbrio global como a redução do consumo.
Posteriormente na década de 70, foi elaborado o Manifesto para a Sobrevivência,
onde apontavam que o aumento de demanda não poderiam ser sustentado por recursos
finitos. Em Estocolmo foi elaborada a Declaração de Estocolmo que expressa a certeza
que “tanto as gerações presentes como futuras, tenham reconhecidas como direito
fundamental, a vida num ambiente sadio e não degradado”(Tamanes – 1977).
Ainda como resultado da Conferência de Estocolmo, a ONU criou o Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente PNUMA. Nessa mesma época a Universidade
Federal do Rio Grande do Sul criou o primeiro curso de pós-graduação em Ecologia no
país.
Como resultado ainda da Conferência de Estocolmo, A UNESCO, criou o PIEA –
Programa Internacional de Educação Ambiental com os seguintes princípios orientadores:
a Educação Ambiental deve ser continuada, multidisciplinar, integrada às diferenças
regionais e voltadas para os interesses nacionais.
Na carta de Belgrado, um dos mais importantes documentos sobre a questão
ambiental, um novo tipo de educação é proposto, requer um relacionamento maior entre o
estudante e professores, entre escolas e comunidade, entre sistema educacional e
sociedade, e propõe um programa mundial de Educação Ambiental.
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Com a elaboração do PNUMA, definiu-se os objetivos e as características da EA,
assim como as estratégias pertinentes no plano nacional e internacional. No Brasil, o
Conselho Federal de Educação tornou obrigatória a disciplina Ciências Ambientais em
curso universitários de Engenharia. Nessa mesma época o departamento de Ensino
Médio/MEC e a CETESB publicam o documento Ecologia – Uma proposta para o Ensino
de primeiro(1) e segundo(2) graus.
Na década de 80, o MEC em seu Parecer 819/85 , reforça a inclusão de
conteúdos , integrados no processo de formação do ensino de 1 e 2 graus em todas as
áreas de conhecimentos de forma sistematizada e progressiva para a “formação da
consciência ecológica do futuro cidadão”.
Dentre outras ações de suma importância para a Educação Ambiental nessa
década de 80, a mais importante no entanto culmina na Constituição da República
Federativa do Brasil, que dedicou o Capítulo VI ao Meio Ambiente e no seu Artigo 225,
Inciso VI, que determina que cabe ao Poder Público. promover a Educação Ambiental em
todos os níveis de ensino.
Na Constituição Federal do Brasil fica claro que o Estado é o
responsável pelo meio ambiente ecologicamente equilibrado, mas que o cidadão tem
também a sua cota de responsabilidade. Cabe ao Governo regrar o uso do patrimônio
natural e a sociedade precisa estar organizada e informada para cobrar as ações dos
políticos e fazer a sua parte. Para avançarmos no processo de conservação do meio
ambiente, nossas ações enquanto cidadãos conscientes devem caminhar na direção
contrária à idéia de construção igual à destruição. A modificação de pensamento e atitudes
dependerá de nossa disponivilidade de abrir mão de determinadas conquistas e fazer
escolhas em função da necessidade da humanidade como um todo, e não em nome de
um único indivíduo ou pequeno grupo (RAMOS, 2006).
Em complementação fechando a questão da Educação Ambiental, foi
promulgada a Lei n 9.795 de 27 de abril de 1999 que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental.
Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (Art. 1º, da Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999).
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A Educação Ambiental proposta deve se voltar caracteristicamente para aspectos
simples como, por exemplo, ensinar o indivíduo o processo de seleção dos diferentes tipos
de resíduos, que depois serão encaminhados para a reciclagem e o reaproveitamento.
O trabalho educacional precisa despertar o estudante na escola e comprometê-lo
a transmitir seus conhecimentos aos familiares e às pessoas da comunidade de modo
geral, que não freqüentam a escola.
Ensino e educação ambiental são atualmente duas áreas ligadas não só às
escolas mas também a instituições como empresas, igrejas, associações de bairros e
clubes, etc, que estão sempre elaborando cursos e campanhas sobre ecologia. É
igualmente comum que as escolas tenham programas e atividades extra-classe visando o
ensino da matéria. Para nós é a escola, como instituição voltada à produção do saber
crítico, que deve refletir e agir no sentido de mobilizar as pessoas em prol do ambiente.
Hoje, mais do que nunca, professor e escola devem incluir no interior de seus programas
temas ligados à crise ambiental.
Não estamos advogando a presença na escola de um professor especializado. Institucionalizar no interior currículos e programas um espaço para que os grandes temas da questão ecológica sejam trabalhados por equipe interdisciplinar, é condição suficiente para o surgimento de debates críticos, que apontem na direção de soluções para os problemas ambientais. Quando isso acontecer, a escola se transformará numa instituição de ponta e, juntamente com outras instituições, fará a articulação dos movimentos ambientalistas que atualmente se encontram difusos (PONTIN, 1993, p. 109).
Não se trata de uma tarefa que deve ser encaminhada de forma acabada, é
preciso que se volte para outros aspectos que sejam mais seguros, criando um clima de
liberdade para a discussão sobre o assunto, que trará à tona idéias novas que podem ser
aproveitadas em uma educação interdisciplinar que se projeta junto com a educação
ambiental.
No campo da educação formal e informal, as prioridades seriam a reformulação
dos conteúdos pedagógicos ou a introdução nos currículos de um curso específico
multidisciplinar que envolva as “ciências ambientais”. Usando a comunicação de massa
para divulgar ao grande público noções básicas de conservação ambiental seria possível
mudar o enfoque da questão. Afinal, o conhecimento permite às pessoas intervirem de
modo responsável sobre a própria realidade.
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Trata-se de uma exposição orientada com segurança, em que o argumento é
objetivo e representa o despertar da consciência daqueles que amanhã estará no
comando das instituições públicas e privadas e precisarão do funcionamento do meio
ambiente para sobreviverem.
Como se infere da visão aqui exposta, a principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a formação de cidadania consciente, aptos para decidirem e atuarem na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local global. Para isso é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e procedimentos. E esse é um grande desafio para a educação. Comportamentos ambientalmente corretos serão aprendidos na prática do dia-a-dia na escola: gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e dos diversos ambientes, participação em pequenas negociações podem ser exemplos disso (BRASIL, 1997, p. 29).
Sem a educação ambiental voltada para a cidadania, torna-se muito difícil alcançar
objetivos concretos. Saber apenas dos problemas que o homem provoca na natureza, suas
causas e conseqüências, pouco ou nada resolve. Neste caso, a educação tem que
envolver o aluno de tal maneira e que a formação de seu caráter de responsável pela
estabilidade dos ecossistemas seja tão importante saber tudo sobre o tema aparentemente
principal, que é a resposta com o fazer acontecer sem nenhum interesse pessoal.
A Educação Ambiental é condição necessária para modificar a crescente
degradação socioambiental, tendo o educador a função de mediar a construção de
referenciais ambientais, sabendo usá-los como instrumento para o desenvolvimento de
uma prática social centrada no conceito da natureza (TAMAIO,2000).
A educação ambiental é também, um conjunto de atividades pedagógicas
fundamentadas em conteúdo e metodologia teórica e prática que visa desenvolver no
aluno um processo de aprendizagem e portanto de aquisição de conhecimentos
relativos à preservação do meio ambiente, à qualidade de vida e ao desenvolvimento
sustentável.
A educação ambiental, como componente de uma cidadania abrangente, está
ligada a uma nova forma de relação ser humano/natureza, e a sua dimensão cotidiana leva
a pensá-la como somatório de práticas e, conseqüentemente, entendê-la na dimensão de
sua potencialidade de generalização para o conjunto da sociedade.
Os professores devem estar cada vez mais preparados para reelaborar as
informações que recebem, e dentre elas, as ambientais, a fim de poderem transmitir e
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decodificar para os alunos a expressão dos significados sobre o meio ambiente e a ecologia
nas suas múltiplas determinações e intersecções. A ênfase deve ser a capacitação para
perceber as relações entre as áreas e como um todo, enfatizando uma formação
local/global, buscando marcar a necessidade de enfrentar a lógica da exclusão e das
desigualdades.
Cabe portando, ao projeto educacional amplo, com conteúdos que envolvam todos
os aspectos da crise ambiental em que vive a sociedade mundial, juntamente com o
compromisso do ser humano em atuar como cidadão, mantendo a sua casa maior, que é o
planeta inteiro e nele a natureza em ordem.
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TEXTO 03.
SUSTENTABILIDADE O anseio que se transformou em luta por parte dos estudiosos das questões
ambientais, é a sociedade utilizar-se dos recursos naturais sem destruir o meio ambiente.
A este processo deu-se a denominação de sustentabilidade ou desenvolvimento
sustentável.
Segundo Castelnou (2008), basicamente, pode-se dizer que o termo
“sustentável” relaciona-se àquilo que é capaz de sustentar, isto é, de manter por si
mesmo; suportar ou amparar. Logo, sustentabilidade seria a qualidade daquilo que é
sustentável ou, em outras palavras, suportável; durável ou capaz de garantir a sua
própria existência prolongada. Entretanto, conforme Alva (1997), deve ser entendida
como um conceito ecológico, isto é, como a capacidade que tem um ecossistema de
atender às necessidades das populações que nele vivem; ou ainda como um conceito
político, que limita o crescimento em função da dotação de recursos naturais, da
tecnologia aplicada no emprego destes e do nível efetivo de bem-estar da coletividade.
Desenvolvimento sustentável, termo aplicado ao desenvolvimento econômico e
social que permite enfrentar as necessidades do presente, sem pôr em perigo a capacidade de
futuras gerações para satisfazerem suas próprias necessidades. Durante as décadas de 1970
e 1980 tornou-se cada vez mais claro que os recursos naturais estavam sendo dilapidados em
nome do "desenvolvimento". Estavam se produzindo mudanças imprevistas na atmosfera, nos
solos, nas águas, entre as plantas e os animais e nas relações entre todos eles. Foi necessário
reconhecer que a velocidade da transformação era tal que superava a capacidade científica e
institucional para minimizar ou inverter o sentido de suas causas e efeitos. Estes grandes
problemas ambientais incluem:
1) o aquecimento global da atmosfera;
2) o esgotamento da camada de ozônio da estratosfera;
3) a crescente contaminação da água e dos solos pelos derramamentos e
descargas de resíduos industriais e agrícolas;
4) a destruição da cobertura florestal ( Desmatamento);
5) a extinção de espécies ( Espécies ameaçadas);
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6) a degradação do solo.
No final de 1983 criou-se, dentro da Organização das Nações Unidas, uma
comissão independente para examinar estes problemas e sugerir mecanismos que permitam
à crescente população do planeta satisfazer suas necessidades básicas sem pôr em risco o
patrimônio natural das gerações futuras.
Após a comissão, o acontecimento internacional significativo seguinte foi a cúpula da
Terra, ocorrido em junho de 1992, no Rio de Janeiro. Denominada oficialmente Conferência
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no qual estiveram
representados 178 governos, incluindo 120 chefes de Estado, também ficou conhecida como
Eco-92 ou Rio- 92. Tratava-se de encontrar modos de traduzir as boas intenções em medidas
concretas e de que os governos assinassem acordos específicos para enfrentar os grandes
problemas ambientais e de desenvolvimento.
Partindo de uma análise mais abrangente, a estratégia do desenvolvimento
sustentável visa a harmonia entre o ser humano e a natureza, através de um tripé básico
que consiste na atividade econômica, meio ambiente e bem-estar social.
A aplicação deste conceito, no entanto, requer uma série de medidas que
estejam adequadas ao contexto, tanto por parte do poder público como da iniciativa
privada, como exige um consenso internacional.
Um aspecto importante quando se fala em desenvolvimento sustentável, se
refere à conscientização desta questão pelas organizações, sobretudo, diante dos
processos desencadeados pelo modelo capitalista desenfreado que raramente leva em
consideração a melhoria da qualidade de vida da população.
O avanço tecnológico favorece a solução dos problemas ambientais e contribui
para a obtenção de um desenvolvimento sustentável. Incluem-se aí as energias
alternativas e renováveis, como a solar e a eólica, que já oferecem boas perspectivas em
alguns países e regiões. O uso, como fonte energética, da fissão nuclear - ainda em
longa fase experimental - representaria enorme salto a esse respeito. Além de reduzir a
poluição, as energias renováveis exercem menor pressão sobre os recursos naturais. Na
luta contra a poluição, destacam-se as novas tecnologias da reciclagem de resíduos e
materiais considerados descartáveis. Já a matéria orgânica reciclada pode servir como
terra de cultivo ou adubo agrícola, reduzindo a dependência dos fertilizantes químicos. A
agricultura biológica, a biotecnologia e a aqüicultura também oferecem boas e crescentes
possibilidades.
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Quanto ao equilíbrio demográfico, apesar do enorme avanço tecnológico no
campo da contracepção, continua a encontrar significativos obstáculos de caráter social,
cultural e religioso, que ainda agem como freios do controle da natalidade.
Agenda 21 - Denominação dada a um dos acordos mais importantes assinado
pelas nações participantes da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento — conhecida como Eco-92 — realizada no Rio de Janeiro.
Contém mais de 2.500 recomendações para criar melhores condições para a
população mundial e a preservação do meio ambiente, no próximo século. Constitui um
programa de ação para implementar um modelo de desenvolvimento sustentável que leve
à compatibilização das atividades econômicas com os recursos naturais e a qualidade de
vida das populações.
De acordo com Branco (2008), na Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento realizada em 1992 na cidade do Rio de Janeiro – Rio-92, a
proposta da sustentabilidade, nascida na Conferência de Estocolmo em 1972, foi
consolidada como diretriz para a mudança de rumo no desenvolvimento. Por meio da
Agenda 21 Global, 179 países presentes assumiram o desafio de incorporar, em suas
políticas públicas, princípios capazes de conduzi-los na construção de sociedades
sustentáveis.
Na ocasião a Agenda 21 apresentou-se, tanto para o poder público como para
a sociedade civil e os setores econômicos, como um instrumento, um guia para a
promoção de ações que estimulassem a integração entre o crescimento econômico, a
justiça social e a proteção ao Meio Ambiente.
O autor acima citado sintetiza a estrutura escalonada da agenda 21, em
diferentes esferas, começando do todo e chegando na menor unidade representativa
da comunidade universal, assim dividida:
Os 179 países participantes da RIO-92 acordaram e assinaram a Agenda 21
Global. Trata-se de um programa de ação baseado num documento de 40 capítulos, que
constitui abrangente tentativa já realizada de promover, em grande escala, o novo padrão
de Desenvolvimento Sustentável, mencionado em síntese nas páginas anteriores.
A Agenda 21 Brasileira foi construída sob a coordenação de uma comissão
paritária entre governo e sociedade civil “Comissão de Políticas de desenvolvimento
Sustentável e Agenda 21 Brasileira – CPDS”, que tomou por base a Agenda 21 Global,
mas definiu uma metodologia que deixou clara a necessidade de seguirmos caminho
próprio, que considerasse nossas potencialidades e vulnerabilidades.
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Tanto em sua fase de construção como, atualmente, na implementação, a
Agenda 21 Brasileira conta com o protagonismo do Ministério do Meio Ambiente, que
exerce a presidência da CPDS e, por meio da Coordenação da Agenda 21, sua secretaria-
executiva.
A trajetória das ações da Agenda 21 Paraná, cumpre um papel fundamental de
visibilidade, difusão de conteúdos das Agendas 21 Global, Brasileira, ao realizar vários
encontros, seminários, oficinas de debates na construção do processo da Agenda 21
Paraná. Esta caminhada está sendo implantada desde 2001, quando da inserção da
Agenda Brasileira em nosso Estado. Em 2004 se consolida através do Decreto
Governamental nº 2547 de 04 de fevereiro, o Fórum da Agenda 21 do Paraná.
No roteiro metodológico sugerido pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil, um
processo de Agenda 21 Local pode começar tanto por iniciativa do poder público quanto
por iniciativa da sociedade civil. De fato, a Agenda 21 Local pode se tornar documento de
referência para a construção ou revisão de planos diretores, de orçamentos participativos
municipais, de zoneamento ecológico econômico, entre outros instrumentos de gestão,
contribuindo, dessa maneira para a integração de ações de diferentes instituições em uma
mesma localidade
A Agenda 21 Escolar poderá seguir a formatação do texto base da Agenda 21
Local para aplicação no meio de influência da Escola, tanto nos recintos escolares, como
no meio familiar e social onde tal influência é exercida. Visa, da mesma forma que as
demais Agendas, a sustentabilidade social, econômica e ambiental atendendo às
necessidades humanas para uma vida digna e a proteção do meio ambiente, tanto o
ambiente utilizado pelos cidadãos, como formados pelos ecossistemas da região.
A adoção de uma metodologia de trabalho que deverá ser orientada pelas
recomendações dos Ministérios e Secretarias de Estado da Educação e do Meio
Ambiente, respectivamente.
A agenda 21 está dividida em 4 seções: Dimensões Sociais e Econômicas,
Conservação e Gerenciamento dos Recursos para o Desenvolvimento, Fortalecimento
dos Principais Grupos Sociais e os Meios de Implementar as Ações Propostas. Seus
temas são abordados de forma abrangente. Sua relevância se prende ao fato de oferecer
opções práticas que podem ser implementadas e por destacar o papel de cada um dos
diversos segmentos que compõem a sociedade. Seus programas de ação estão
alicerçados na idéia de que a população, o consumo e a tecnologia são fundamentais para
a mudança ambiental na Terra. A colaboração entre as nações é enfatizada como forma
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de se alterar o quadro de pobreza e degradação ambiental que domina nas sociedades no
mundo atual.
Os resultados da cúpula incluem convenções globais sobre a biodiversidade e o
clima, uma Constituição ou Carta da Terra, de princípios básicos, e um programa de ação
chamado Agenda 21, para pôr em prática estes princípios.
Os resultados foram relativizados pela negativa de alguns governos a aceitar os
cronogramas e objetivos para a mudança ou concordarem com a adoção de medidas
vinculantes. O programa de ação contido na Agenda 21 aborda, em seus 41 capítulos,
quase todos os temas relacionados com o desenvolvimento sustentável que possam ser
imaginados; porém, não está suficientemente financiado.
A sustentabilidade só é possível com a união de todas as forças vivas da
sociedade, passando pelo poder constituído que só consegue parceiros quando governa
com transparência e honestidade, alcançando a sociedade civil e demais instituições
organizadas com a finalidade de proporcionar melhores condições a todos e não a apenas
alguns privilegiados.
É preciso que se planeje estrategicamente as ações com fundamentos na
realidade e utilização de modelos científicos e tecnológicos eficientes. Isso implica em acesso à
informação, neste caso de forma geral, pois um problema em qualquer parte do planeta poderá
afetar outra regiões.
A educação é a ferramenta mais poderosa no sentido de propiciar o despertar
para a cidadania e a participação, bem como para a aquisição de conhecimentos sobre o
assunto.
A sustentabilidade só é possível com a união de todas as forças vivas da
sociedade, passando pelo poder constituído que só consegue parceiros quando governa
com transparência e honestidade, alcançando a sociedade civil e demais instituições
organizadas com a finalidade de proporcionar melhores condições a todos e não a apenas
alguns privilegiados.
A sustentabilidade e o desenvolvimento formam um binômio
intercomplementares. Se um ou outro não acontece. Parte daí da grande preocupação
discutida em todo o mundo, mas especialmente nos países em desenvolvimento, da
promoção da inclusão social. E tudo isso está relacionado à formação do homem cidadão,
que além do conhecimento sobre os assuntos ambientais, tem também conhecimento de
suas responsabilidades sociais e políticas.
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A problemática da sustentabilidade assume neste novo século um papel central
na reflexão sobre as dimensões do desenvolvimento e das alternativas que se
configuram. O quadro socioambiental que caracteriza as sociedades contemporâneas
revela que o impacto dos humanos sobre o meio ambiente tem tido conseqüências cada
vez mais complexas, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos.
Num sentido abrangente, a noção de desenvolvimento sustentável reporta-
se à necessária redefinição das relações entre sociedade humana e natureza, e
portanto, a uma mudança substancial do próprio processo civilizatório, introduzindo o
desafio de pensar a passagem do conceito para a ação. Pode-se afirmar que ainda
prevalece a transcendência do enfoque sobre o desenvolvimento sustentável radical
mais na sua capacidade de idéia, nas suas repercussões intelectuais e no seu papel
articulador de discursos e de práticas atomizadas que, apesar desse caráter, tem matriz
única, originada na existência de uma crise ambiental, econômica e também social
(JACOBI, 1997). O desenvolvimento sustentável somente pode ser entendido como um processo no qual, de um lado, as restrições mais relevantes estão relacionadas com a exploração dos recursos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e o marco institucional. De outro, o crescimento deve enfatizar os aspectos qualitativos, notadamente os relacionados com a eqüidade, o uso de recursos - em particular da energia - e a geração de resíduos e contaminantes. Além disso, a ênfase no desenvolvimento deve fixar-se na superação dos déficits sociais, nas necessidades básicas e na alteração de padrões de consumo, principalmente nos países desenvolvidos, para poder manter e aumentar os recursos-base, sobretudo os agrícolas, energéticos, bióticos, minerais, ar e água (JACOBI, 1997).
A idéia de sustentabilidade implica a prevalência da premissa de que é preciso
definir limites às possibilidades de crescimento e delinear um conjunto de iniciativas que
levem em conta a existência de interlocutores e participantes sociais relevantes e ativos por
meio de práticas educativas e de um processo de diálogo informado, o que reforça um
sentimento de co-responsabilidade e de constituição de valores éticos. Isto também implica
que uma política de desenvolvimento para uma sociedade sustentável não pode ignorar
nem as dimensões culturais, nem as relações de poder existentes e muito menos o
reconhecimento das limitações ecológicas, sob pena de apenas manter um padrão
predatório de desenvolvimento.
À medida que se observa cada vez mais dificuldade de manter-se a qualidade de
vida nas cidades e regiões, é preciso fortalecer a importância de garantir padrões ambientais
adequados e estimular uma crescente consciência ambiental, centrada no exercício da
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cidadania e na reformulação de valores éticos e morais, individuais e coletivos, numa
perspectiva orientada para o desenvolvimento sustentável.
Devemos criar ambientes de reciclagem em nossas escolas, onde nossos alunos
poderão, através de suas criatividades, criarem objetos com o lixo que é descartado. Esses
objetos uma vez reciclados, poderão gerar renda para a escola, e a medida que forem
confeccionados em alta escala, poderá ser criada uma cooperativa com o fim específico
para que o lixo gere lucro.
Dessa forma com menos lixo na natureza estaremos poluindo menos e gerando
empregos para a comunidade, que na maioria das vezes são carentes. Neste caso a
escola só trabalharia com alguns itens, tais como sacolas plásticas, garrafas pets, saquinhos
de leite, enfim descartáveis que não gerem insalubridade e qualquer perigo ao serem
manuseados.
A cidadania começa na escola e cabe a nos educadores despertar no educando,
meios de subsistência que os torne no futuro disseminadores dessa prática, gerando com
certeza um meio ambiente saudável e muito melhor para os seres humanos.
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TEXTO 04.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
É o conjunto de normas jurídicas que se destinam a disciplinar a atividade
humana, para torná-la compatível com a proteção do meio ambiente. No Brasil, as leis
voltadas para a conservação ambiental começaram a ser votadas a partir de 1981, com a
lei que criou a Política Nacional do Meio Ambiente. Posteriormente, novas leis foram
promulgadas, vindo a formar um sistema bastante completo de proteção ambiental. A
legislação ambiental brasileira, para atingir seus objetivos de preservação, criou direitos e
deveres para o cidadão, instrumentos de conservação do meio ambiente, normas de uso
dos diversos ecossistemas, normas para disciplinar atividades relacionadas à ecologia e
ainda diversos tipos de unidades de conservação. As leis proíbem a caça de animais
silvestres, com algumas exceções, a pesca fora de temporada, a comercialização de
animais silvestres, a manutenção em cativeiro desses animais por particulares (com
algumas exceções), regulam a extração de madeiras nobres, o corte de árvores nativas, a
exploração de minas que possam afetar o meio, a conservação de uma parte da
vegetação nativa nas propriedades particulares e a criação de animais em cativeiro.
Entende-se por “iniciativa legislativa” a faculdade que se atribui a alguém ou a algum órgão para apresentar proposições normativas ao Legislativo. No Brasil, quem tem essa capacidade são os membros do próprio Legislativo, os chefes do Executivo e do Judiciário, os cidadãos (observadas as restrições legais), entre outros (DORTA; POMÍLIO, 2003).
Para Cabral (2008), Mesmo sem qualquer iniciação em jurisprudência, é fácil
para uma pessoa constatar que existem muitas espécies normativas. A fim de ilustrar os
diferentes tipos de “leis” existentes e como estão relacionadas, pode-se recorrer a uma
escala hierárquica que, por sua vez, costuma ser representada em forma de pirâmide:
O texto é resultado de mini-curso homônimo, ministrado pelo autor, por ocasião
do Seminário “Construindo e/ou implementando a A21E”, promovido nos dias 30 e 31 de
novembro de 2007, em Curitiba/PR, pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná,
com o propósito de capacitar professores da rede pública estadual.
Conservação, uso sustentável dos recursos naturais como o solo, a água, as
plantas, os animais e os minerais. Os recursos naturais de uma determinada área são seu
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capital básico e o mal uso dos mesmos constitui uma perda econômica. Do ponto de vista
ecológico, a conservação inclui também a manutenção das reservas naturais e da fauna
autóctona, enquanto do ponto de vista cultural inclui a preservação dos lugares históricos.
A situação de acomodação em relação à responsabilidade de proteger a
natureza pode estar ligada à medidas tomadas pelo próprio governo. Porém, a
Constituição Federal de 1988, portanto vigente no Brasil, estabelece a responsabilidade
em parceria entre governo e cidadãos. É preciso que cada um dê a sua parcela de
contribuição em toda e qualquer ação de governo.
É preciso acelerar o processo de informações, a partir dos meios que possui o
poder público, bem como os conteúdos escolares, numa abrangência que envolva além
das questões ambientais, a presença das pessoas individualmente ou em grupos, seja
movimentos sociais, culturais e ambientais, mas essencialmente a escola para oferecer
o melhor no que refere ao despertar a consciência cidadã para integrar a esta tarefa
como co-responsável à melhoria da qualidade de vida no presente e no futuro.
Temos como principais normas ambientais brasileiras as seguintes leis: em 1965,
foi instituído o Novo Código Florestal, Lei 4.771/65 que cria as Áreas de Preservação
Permanente (APP) e Reserva Legal em propriedades rurais.
Através da Lei 5.197/67 Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal
em propriedades rurais., a proteção da fauna silvestre e a proibição da introdução de
espécies exóticas e a caça amadorística sem autorização do IBAMA.
Sobre a responsabilidade civil e/ ou criminal e danos por atos e danos relacionados com atividade nuclear, foi instituída a Lei 6.453/77.
Através da Lei 6.938/81 , considerada a mais importante pois institui a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA).
Para a regulamentação de Estação Ecológica (ESEC) e Área de Proteção Ambiental (APA) em nível federal, estadual e municipal a Lei 6.902/81 foi instituída.
,A Lei 7.347/85 trata da Ação Civil Pública de responsabilidade por danos ambientais e outros. Esta ação foi requerida por meio do Ministério Público.
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) foi instituída através da ResC 01/86, após Estudo e pelo Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA)..
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O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (GERCO) define as diretrizes e é instituído pela Lei 7.661/88, que permite aos estados e municípios criarem seus próprios planos.
Através da Lei 7.735/89, é criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) executor da política Ambiental em nível Federal.
A Lei 7.802/89 regulamenta a pesquisa, produção, comércio e aplicação de agrotóxicos em atividades diversas.
Para definir as diretrizes da Política Agrícola a Lei 8.171/91 foi instituída com base no respeito ao meio ambiente e no uso racional dos recursos naturais.
A ResC 237/97 normatiza as diretrizes e procedimentos do Licenciamento Ambiental e lista empreendimentos e atividades que devem ser obrigatoriamente licenciados.
A Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SNGRH) está instituída através da Lei 9.433/97.
A Lei 9.605/98 define as sanções penais, civis e administrativas em casos de atitudes lesivas ao meio ambiente ou crimes ambientais.
A Política Nacional de Educação Ambiental (EA) instituída pela Lei 9.795/99, estabelece os princípios, objetivos, diretrizes para a EA no ensino formal e não-formal.
Para definir os grupos (Proteção Integral e Uso Sustentável) e tipos que compõem o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) instituída a Lei 9.985/00.
Para o Estatuto da Cidade a Lei 10.257/01, institui as diretrizes da Política Urbana Brasileira com base na função social da cidade e da propriedade urbana.
Regulamentando as intervenções em Área de Preservação Permanente (APP) a ResC 369/06.
A Lei 11.284/06 cria o Sistema Brasileiro Florestal –SBF e define as diretrizes para gestão de florestas públicas.
Para regulamentar a utilização e proteção da vegetação primária e/ou secundária do Bioma Mata Atlântica institui-se a Lei 11.428/06.
E finalmente regulamentando as Diretrizes da Política Federal de Saneamento Básico (água, esgoto e drenagem urbana) a Lei 11.428/07.
Por se tratar de um direito difuso, ou seja, por não ser essencialmente individual e nem essencialmente coletivo, não tendo destinatários determinados, é direcionado para pleitear a posse e a defesa do meio ambiente.
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São preceitos fundamentais para o Direito Ambiental os seguintes princípios que por si já define os seus objetivos (MACHADO,2005).
-Princípio do direito à sadia qualidade de vida;
-Princípio do acesso equitativo aos recursos naturais;
-Princípio usuário-pagador e poluidor-pagador;
-Princípio da Precaução;
-Princípio da prevenção;
-Princípio da reparação;
-Princípio da informação;
-Princípio da participação e
-Princípio da obrigatoriedade da intervenção do Poder Público.
Finalizando, devemos mencionar que nossa Legislação Ambiental é considerada uma das mais completas do mundo, apenas será necessário que se faça cumprir as determinações nela contida.
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REFERÊNCIAS
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________. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Brasília: Congresso Nacional, 1999.
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