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DIREITO PENAL 2º SEMESTRE DE 2016 01.08 Participação moral: a participação, em termos morais, se concretiza quando a pessoa contribui psiquicamente para o crime, agindo sob a vontade do autor, quer provocandoo para que nele surja a vontade de cometer o crime, quando há a determinação; quer estimulando a ideia criminosa já existente quer quando há a instigação propriamente dita. Participação material: quando há contribuição material, física por meio de conduta positiva ou negativa (emprestar arma, abrir a porta). CONCURSO DE PESSOAS > há consciência da colaboração e ambos respondem pela autoria. DOIS AGENTES PRATICANDO O MESMO ATO > não necessariamente fica caracterizado o concurso de pessoas. Se for provado que não houve colaboração, cada um responde pelo o que fez. Só a presença física não caracteriza colaboração criminosa. Art. 29, § 2º colaboração dolosamente diversa. Art. 29 Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, serlheá aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Considerando a hipótese dos meliantes A e B combinarem de furtar uma casa que aparentemente encontrase vazia, B entra na casa, enquanto A espera no carro para a fuga. Ao invadir a casa B encontra a dona da casa e decide, por conta própria estuprála. Após, o meliante B encontra A e ambos fogem com um televisor. A cooperação dolosamente distinta impede que alguém responda por um fato que não estava na sua esfera de vontade ou de conhecimento, ou seja, considerando o exemplo acima A não poderá responder pelo crime de estupro praticado por B pelo fato de não partilhar a intenção de estupro, mas apenas a intenção de furto. 02/08 Art. 30/ CP: Circunstâncias incomunicáveis

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DIREITO PENAL ­ 2º SEMESTRE DE 2016

01.08 Participação moral: a participação, em termos morais, se concretiza quando a pessoa contribui psiquicamente para o crime, agindo sob a vontade do autor, quer provocando­o para que nele surja a vontade de cometer o crime, quando há a determinação; quer estimulando a ideia criminosa já existente quer quando há a instigação propriamente dita. Participação material: quando há contribuição material, física por meio de conduta positiva ou negativa (emprestar arma, abrir a porta). CONCURSO DE PESSOAS ­> há consciência da colaboração e ambos respondem pela autoria. DOIS AGENTES PRATICANDO O MESMO ATO ­> não necessariamente fica caracterizado o concurso de pessoas. Se for provado que não houve colaboração, cada um responde pelo o que fez.

Só a presença física não caracteriza colaboração criminosa. Art. 29, § 2º colaboração dolosamente diversa. Art. 29 ­ Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º ­ Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º ­ Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser­lhe­á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Considerando a hipótese dos meliantes A e B combinarem de furtar uma casa que aparentemente encontra­se vazia, B entra na casa, enquanto A espera no carro para a fuga. Ao invadir a casa B encontra a dona da casa e decide, por conta própria estuprá­la. Após, o meliante B encontra A e ambos fogem com um televisor.

A cooperação dolosamente distinta impede que alguém responda por um fato que não estava na sua esfera de vontade ou de conhecimento, ou seja, considerando o exemplo acima A não poderá responder pelo crime de estupro praticado por B pelo fato de não partilhar a intenção de estupro, mas apenas a intenção de furto.

02/08

Art. 30/ CP: Circunstâncias incomunicáveis

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Art. 30 ­ Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime

A redação do artigo 30 do Código Penal quer impedir que circunstâncias e condições de caráter pessoal de um dos autores ou partícipes sirva para beneficiar ou prejudicar os demais. Admite, contudo, uma comunicabilidade delas a todos, se ditas condições for em elementares do tipo penal.

Exemplo: Crime de peculato. Para efeitos penais, a circunstância de o autor ser funcionário público se comunica ao particular que concorreu para a prática do delito, que também responderá pelo crime do artigo 312 do Código Penal. Se, hipoteticamente, o tipo penal não contivesse a condição de funcionário público como elementar, ela seria uma condição pessoal que não se comunicaria aos demais, na hipótese de concurso de agentes.

Exemplo: art. 123/ CP Infanticídio: marido que ajuda a mulher a matar o filho sob estado puerperal (art. 123 + art. 30).

Art. 31/ CP: Casos de imputabilidade

Art. 31 ­ O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.

A doutrina acusa, de forma majoritária, a ociosidade da norma do artigo 31 do Código Penal, pois só ser pode punir um fato típico que foi ao menos iniciado, noutros termos, pelo menos tentado. Antes disso, não há como se cogitar lesão aos bens jurídicos tutelados em lei, determinante de alguma punição.

08/08

AS PENAS

Art. 5º, inciso XLV Invidualização da pena: inciso XLVI do artigo 5º.

Sabemos que é crime quando há uma punição.

Reclusão: mais grave (art. 121/CP) = Regime fechado.

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Detenção: menos grave (art. 123/ CP) = Regime semiaberto ou aberto.

“Como ressocializar quem nunca foi socializado?”

LEI DE EXECUÇÃO PENAL: 7.210/1984

Art. 53/CP: as penas privativas de liberdade tem seus limites estabelecidos na sanção correspondente.

Art. 68/CP: cálculo de pena/método trifásico.

Regressão ou progressão: o criminoso pode, por mau/bom comportamento, progredir ou regredir sua pena.

09.08

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Art. 34/CP: Regime fechado + art. 87 da LEP: Penitenciária ­> pena de reclusão é cumprida em regime fechado.

Art. 88 da LEP: Requisitos da penitenciária.

Salubridade do ambiente. 6m² de área miníma.

Art. 35 ­ Regras do regime semiaberto Art. 35 ­ Aplica­se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o cumprimento da pena em regime semiaberto.

§ 1º ­ O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.

§ 2º ­ O trabalho externo é admissível, bem como a frequência a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior.

A realização de exame criminológico no condenado ao regime inicial regime semiaberto é uma faculdade da Comissão Técnica de Avaliação, por força do artigo 8.º, parágrafo único, da Lei de Execução Penal, tratando­se, nessa hipótese, de aplicação de norma mais favorável ao condenado.

O trabalho do preso no regime semiaberto será prestado em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. O tempo de pena mínimo para o trabalho é disciplinado na LEP, devendo o condenado ter cumprido no mínimo de 1/6 da pena (art. 37 da LEP).

A frequência a cursos supletivos profissionalizantes de instrução também é direito do preso no regime semiaberto.

Art. 36 ­ Regras do regime aberto Art. 36 ­ O regime aberto baseia­se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado.

§ 1º ­ O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga.

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§ 2º ­ O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada.

Uma das premissas para o cumprimento da pena no regime aberto é o senso de disciplina e responsabilidade do condenado, que permanecerá fora do estabelecimento prisional e sem vigilância, mantendo­se recolhido apenas no período noturno e nos dias de folga. Quando solto, deverá trabalhar, frequentar cursos ou exercer atividade autorizada.

O § 2.º do art. 36 prevê hipóteses de regressão de regime ao condenado que inicia o cumprimento da pena no regime aberto e pratica fato definido como crime doloso ou falta grave, frustra o objetivo da execução ou sofre condenação por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da que está sendo executada, torne incabível o regime.

A falta de pagamento da pena de multa aplicada cumulativamente, salvo melhor entendimento, não pode mais ser motivo à regressão de regime, posto que a inadimplência da pena de multa que é cominada isoladamente também não autoriza mais tal regressão.

O agente trabalha/estuda normalmente. Deveria haver um albergue em cada comarca MAS não tem.

Artigo 91 da LEP: Colônia agrícola, industrial ou similar (semiaberto) ­> separa os presos perigosos dos outros.

Artigo 93 da LEP: Da casa do albergado (aberto) ­>

Não pegou no sistema prisional brasileiro. Os juízes, em geral, determinam um horário limite para que os presos fiquem em

suas casas. Pode optar por condenar à pena restritiva de direito ou prestação de serviço.

Art. 43 do CP: Penas restritivas de direito

Autonômas: independe de previsão tipica. Substitutivas: substitui as penas restritivas de liberdade.

Art.126 da LEP: Remição (perdão de período de pena).

O condenado que cumprir a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou estudo, parte do tempo de execução da pena.

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15.08

Lei n. 7.210, de 1984 ­ Execução Penal art.126 Remição O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.

REMIÇÃO = liberação de pena, de ofensa, de dívida; perdão, quitação, resgate 3 dias de trabalho = ­ 1 dia de pena. O trabalho e o estudo ressocializam e recuperam o individuo.

Condicional: troca um pedaço da penal corpórea por condições porque ele preenche quesitos legais. Desta maneira, o individuo que esta em livramento condicional pode, pelo estudo, remir parte deste tempo. É, de certa maneira, uma progressão.

Prisão cautelar: não é pena. É a prisão de processo penal, o sujeito responde pelo

crime, antecipadamente, devido a gravidade de seus atos, durante o julgamento. Pode ser abatida no tempo da pena (detração penal).

Lei n. 7.210, de 1984 ­ Execução Penal art.88 Requisitos da cela O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:

a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana;

b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados). Lei n. 7.210, de 1984 ­ Execução Penal art.91 Colônia Agrícola industrial ou similar Não “pegou”, por isso que hoje se fala em regime semiaberto cumprido dentro de casa. Código Penal ­ Art. 34. Regras do regime fechado. Código Penal ­ Art. 35. Regras do regime semiaberto. Código Penal ­ Art. 36. Regras do regime aberto.

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Código Penal ­ Art. 37. Regras do regime especial. Código Penal ­ Art. 38. Direitos do preso. Código Penal ­ Art. 39. Trabalho do preso. Código Penal ­ Art. 41. Superveniência de doença mental. O condenado que virar doente mental deve ser tratado como tal, ou seja, inimputável, até o fim da sua pena. Código Penal ­ Art. 42. [CAI NA PROVA] Detração Detração, prevista no art. 42/CP, é o abatimento do tempo de prisão provisória ( = tempo de prisão de direito processual penal que o réu cumpre antes da efetiva condenação) no tempo de prisão/pena aplicada depois do devido processo legal. Computam­se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior. Lei n. 7.210, de 1984 ­ Execução Penal art.112 A pena privativa de liberdade A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. Requisito objetivo: Crime NÃO hediondo. Requisito subjetivo: Bom comportamento. Código Penal ­ Art. 43. Penas restritivas de direitos. As penas restritivas de direitos são: I ­ prestação pecuniária; II ­ perda de bens e valores; III ­ limitação de fim de semana. IV ­ prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;

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V ­ interdição temporária de direitos; VI ­ limitação de fim de semana. Código Penal ­ Art. 68. [CAI NA PROVA] Cálculo de pena. A pena­base (1) será fixada atendendo­se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes (2); por último, as causas de diminuição e de aumento (3).

Código Penal ­ Art. 44. [CAI NA PROVA] Penas restritivas de direitos. AUTÔNOMAS = Independem de previsão no tipo penal +

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SUBSTITUTIVAS = Substitui a privação de liberdades desde que respeitados os seguintes requisitos:

I ­ pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;

II – o réu não for reincidente em crime doloso, ou seja, se não cometeu novo crime após condenação definitiva com trânsito em julgado, por crime anterior. Reincidência: Verifica­se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. (Art. 63 do código penal). III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. Julgamento ­> contagem de pena pelo método trifásico ­> decidir se vai aplicar pela privativa de liberdade ou de direitos.

16/08 Código Penal ­ Art. 45. Prestação pecuniária. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários

­ A prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza, mediante aceitação da vitima.

­ A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar­se­á em favor do Fundo Penitenciário Nacional. Isto é, aquilo que for tirado do preso vai para o FPN (não se confunde com o produto ilícito do crime).

Código Penal ­ Art. 46. (Mais aplicado pelos juizes atualmente) Prestação de serviços.

­ A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.

­ Trabalhar em obras publicas, ou entidades de caráter social, gratuitamente. ­ Tarefas são atribuídas conforme a aptidão do condenado.

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­ Devera ser cumprida 1h (eventualmente pode prestar durante 2h) por dia de condenação.

Código Penal ­ Art. 47. Intervenção temporária de direitos. As penas de interdição temporária de direitos são: I ­ proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; (Aplica­se ao crime cometido no exercício de profissão, atividade, ofício, cargo ou função, sempre que houver violação dos deveres que lhes são inerentes). II ­ proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; (Aplica­se ao crime cometido no exercício de profissão, atividade, ofício, cargo ou função, sempre que houver violação dos deveres que lhes são inerentes = art. 56). III ­ suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. (Aplica­se aos crimes culposos de trânsito = art. 57/CP) IV – proibição de frequentar determinados lugares. V ­ proibição de inscrever­se em concurso, avaliação ou exame públicos. Código Penal ­ Art. 48. Limitação de final de semana. A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa. Durante a permanência poderão ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas. 06/09 Crime continuado Art. 71 ­ Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica­se­lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. Parágrafo único ­ Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código Ficção jurídica pois são crimes distintos, há uma aproximação do crime pela maneira, momento e pelo lugar. É um favor legal, um beneficio, ao agente que pratica vários delitos. Cumpridas as condições do mencionado dispositivo, os fatos serão considerados crime único por razões de política criminal, sendo apenas agravada a pena de um deles, se idênticos, ou do mais grave, se diversos, à fração de 1/6 a 2/3.

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O reconhecimento de tal modalidade exige uma pluralidade de condutas sucessivas no tempo, que ocorrem de forma periódica e se constituem em delitos da mesma espécie (ofendem o mesmo bem jurídico tutelado pela norma – não se exigindo a prática de crimes idênticos). São crimes da mesma especie: aqueles que lesam o mesmo bem jurídico. Limite de pena: art. 75 ­> 30 anos. (o juiz pode aplicar mais mas o agente só vai cumprir até 30). É em cima deste limite que se calcula o tempo de livramento, etc. Art. 75 ­ O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. § 1º ­ Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. § 2º ­ Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far­se­á nova unificação, desprezando­se, para esse fim, o período de pena já cumprido. Concurso formal Conduta que da dois resultados ou mais resultados. Art. 70 ­ Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica­se­lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. [As penas aplicam­se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.] (é difícil provar em juízo mas prova testemunhal ajuda) Exemplo: Ladrão que vai roubar um carro e acaba roubando uma bolsa ­> se aplica. Exemplo II: Mato duas pessoas com vontade de esconder que a minha vontade era só executar a primeira. ­> não se aplica. Desígnios autônomos: vontade própria anteriror. NÃO SE APLICA SE HOUVER COMPROVAÇÃO DE QUE HOUVE DOLO. Sobre esse assunto: http://migre.me/uV3XR Multas no concurso de crimes Art. 72 ­ No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente. OU SEJA, soma tudo integralmente.

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