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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
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Desafiose Potencialidades para o Desenvolvimento Local
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Biblioteca Nacional de Portugal - Catalogação na Publicação
Promotor
A LT O C O M I S S A R I A D O PA R A A I M I G R A Ç Ã O E D I Á L O G O I N T E R C U LT U R A L ( A C I D I , I . P. )
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P R O S – P R O M O Ç Õ E S E S E R V I Ç O S P U B L I C I TÁ R I O S , L D A .
ISBN
97 8 - 9 8 9 - 6 8 5 - 019 - 7
L I S B O A , J U L H O 2 011
As opin iões expressas no presente es tudo são do(s) autor(es) ,
e las não ref lectem necessariamente as do ACIDI , I .P.
Diagnóstico da população imigrante nos concelhos do Funchal, Câmara de Lobos e Santa Cruz: desafios e potencialidades para o desenvolvimento localISBN 978-989-685-019-7CDU 314 316
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
“Conhecer mais a realidade local para agir melhor” foi o lema do desafio lançado à Rede CLAII - Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes - para o desenvolvimento de es-tudos locais com vista à caracterização dos seus contextos
de intervenção ao nível local. Foi com este espírito, de olhar os/as imigrantes como um contributo para as dinâmicas de desenvolvi-mento dos municípios, que 22 estudos foram realizados integran-do uma nova colecção.
Com estes estudos, financiados pelo Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros - FEINPT, pretendeu-se não só adquirir um maior conhecimento da realidade imigratória nos diferentes concelhos envolvidos, mas também reunir a amos-tra necessária à realização de um Estudo de abrangência nacional - “Diagnóstico da População Imigrante em Portugal - Desafios e Potencialidades”.
Trata-se de conferir instrumentos de acção credíveis às entidades com responsabilidades ao nível do acolhimento e integração de imigrantes em Portugal, através de dados científicos sobre a reali-dade onde actuam, tendo em vista a implementação de políticas e medidas ainda mais ajustadas às necessidades, em particular aos CLAII, no sentido de uma intervenção cada vez mais consolidada.
Assim, e no seguimento daquele que tem sido o papel do ACIDI, através do Observatório da Imigração, promovendo e aprofundan-do o conhecimento da realidade imigratória em Portugal, dese-jamos que esta nova colecção seja portadora de mais-valias para todas e todos aqueles que, de forma directa ou indirecta, trabalham em prol da população imigrante. Neste sentido, será também dis-ponibilizada uma Base de Dados que integra toda a informação recolhida no âmbito dos estudos e que será de grande utilidade,
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nomeadamente por parte da academia, para outras investigações.
Por fim, uma palavra de agradecimento a quem tornou possível a concepção destes estudos, desde as autarquias às entidades da sociedade civil, seus técnicos e técnicas, gabinete técnico da rede CLAII, centros de investigação e suas equipas, bem como ao Professor Doutor Jorge Macaísta Malheiros do Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, pelo esforço desempenhado na coordenação científica geral de to-
dos os estudos.
Rosário Farmhouse
Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural
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O presente relatório é parte integrante de um conjunto de estudos incluídos na mesma colecção, que têm como objectivo caracterizar a população imigrante, de origem não comunitária (cidadãos naturais de
países não-membros da EU-27, com excepção dos descen-dentes da população retornada, que nasceram nas ex-colónias portuguesas de África), em 22 áreas do território português, incluindo-se aqui municípios isolados, conjuntos de municí-pios e mesmo agrupamentos de freguesias.
Tendo como objectivo específico comum elaborar o diagnós-tico da situação dos imigrantes instalados nas várias áreas em análise, no que respeita à sócio-demografia, à situação e trajec-tórias laborais e migratórias, ao quadro residencial, às práticas culturais, às experiências de discriminação e integração e ao desenvolvimento de redes relacionais (com outros cidadãos dos locais de origem e de destino, mas, também, com as diver-sas instituições do país de origem e da localidade de instala-ção), estes estudos assumem três propósitos base:
· Identificar os principais problemas com que se debatem estes imigrantes, quer ao nível nacional, quer ao nível local;
· Perceber os seus contributos para os processos de desenvol-vimento dos vários territórios em análise;
· Obter um conjunto significativo de informação que contri-bua para o desenvolvimento de políticas informadas de in-tegração, na esteira do que tem vindo a caracterizar a acção dos órgãos governamentais portugueses, com destaque para o ACIDI, ao mesmo tempo que disponibiliza um leque mui-to vasto de dados (ao nível local e, por agregação, também ao nível nacional), que pode ser explorado de modos muito
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diversos pela comunidade científica que trabalha no domí-nio da imigração.
O ponto de partida para o trabalho consistiu na aplicação, nas 22 áreas de estudo, de um questionário com uma base comum alar-gada, discutida, comentada e validada colectivamente por todos os coordenadores científicos locais, em conjunto com a equipa de co-ordenação geral. Para além deste tronco comum, que cobre todos os domínios analíticos acima mencionados, as equipas de trabalho locais podiam, se assim o entendessem, acrescentar questões es-pecíficas que considerassem particularmente pertinentes para a análise das situações e dos processos em curso na sua área.
A definição da dimensão da amostra e do método amostral, bem como do modo de aplicação dos questionários foram decididos pelas várias equipas (em sintonia com a coordenação geral), pro-curando respeitar critérios de representatividade estatística e de estratificação dos elementos estatísticos em função das principais nacionalidades. Se as estruturas e os processos de tratamento de informação presentes nos vários relatórios locais têm elementos comuns em virtude das características idênticas da informação re-colhida, as análises efectuadas pelas várias equipas de investigação são específicas, observando-se algumas diferenças metodológicas, bem como formas distintas de abordar as várias componentes do diagnóstico, frequentemente complementadas com informação suplementar proveniente de fontes secundárias (SEF - Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, INE - Instituto Nacional de Estatística) e comentários e recomendações de carácter específico, devidamen-te ajustados à realidade de cada caso.
A selecção das 22 áreas de estudo teve como base inicial a candi-datura dos CLAII interessados, sempre suportados por equipas
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técnicas sólidas, posteriormente complementada com alguns estudos adicionais, de modo a que se obtivesse uma malha de co-bertura que inclua informação e relatórios analíticos de todas as regiões do continente e das duas regiões autónomas.
Refira-se que o presente relatório, como todos os outros incluídos nesta colecção, tem origem num processo de trabalho complexo ao nível da recolha, tratamento e análise da informação recolhida, que apenas foi possível graças ao forte empenhamento dos técni-cos dos CLAII e dos investigadores envolvidos nas diversas fases do processo e, também, dos muitos inquiridores nacionais e estrangei-ros formados e mobilizados para a actividade. Sendo parte de um todo coerente, o que permitiu, por um lado, gerar mais-valias asso-ciadas ao processo de trabalho e, por outro, compreender melhor o quadro nacional a partir do que se passa nas diversas parcelas do território, o estudo materializado neste produto tem um carácter autónomo e vale por si mesmo, permitindo traçar um diagnóstico local da imigração não comunitária em finais do primeiro decénio do século XXI (2010), bem como dos seus problemas e dos contri-butos para a dinâmica da área em estudo.
Jorge Malheiros
(CEG, IGOT-UL; Coordenador Científico Geral dos Estudos)
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ÍNDICE DE FIGURAS 11
ÍNDICE DE QUADROS 13
NOTA DO COORDENADOR 15
AGRADECIMENTOS 17
INTRODUÇÃO 19
I.ENQUADRAMENTO: CONSIDERAÇÕES GERAIS 21
1.1 Caracterização geográfica dos concelhos envolvidos
no estudo - síntese 21
1.2. Evolução recente da imigração na Região Autónoma
da Madeira (RAM) 25
II. METODOLOGIA DO ESTUDO 31
2.1 Considerações gerais 31
2.2 Aplicação do inquérito 31
2.2.1 Problemas identificados na aplicação do inquérito 32
2.3 Caracterização da amostra 34
III. POPULAÇÃO IMIGRANTE NA RAM: 37
ANÁLISE DOS RESULTADOS 37
3.1 Demografia 37
3.2 Mercado de trabalho 42
3.3 Habitação 47
3.4 Processo de integração 50
3.5 Práticas culturais 60
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3.6 Percursos migratórios 62
3.7 Relações com o país de origem 68
IV. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 72
BIBLIOGRAFIA 75
WEBGRAFIA 76
ABREVIATURAS 77
GLOSSÁRIO 78
ANEXOS 81
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Figura 1 – População média por concelho, em 2009 24
Figura 2 – Densidade populacional, por município, em 2009 25
Figura 3 – Densidade de empresas por distribuição geográfica na
RAM - 2008 26
Figura 4 – População estrangeira em território nacional - 2009 28
Figura 5-A – Evolução da população estrangeira residente na RAM
entre 1980-2009 29
Figura 5-B – Evolução da população estrangeira residente na RAM
entre 1980-2009 (continentes) 29
Figura 6-A – População estrangeira por nacionalidade, com origem no
continente americano 31
Figura 6-B – População estrangeira por nacionalidade, com origem no
continente asiático 31
Figura 6-C – População estrangeira por nacionalidade, com origem na
Europa (não comunitária) 32
Figura 6-D – População estrangeira por nacionalidade, com origem no
continente africano 32
Figura 7 – Distribuição da população estrangeira na RAM, segundo o
género 37
Figura 8 – Distribuição dos inquiridos, segundo a naturalidade 38
Figura 9 – Principais comunidades estrangeiras na RAM - 2009 38
Figura 10 – Distribuição dos inquiridos, segundo o estado civil 41
Figura 11 – Composição do agregado familiar co-residente 42
Figura 12 – Fluxo de entrada dos inquiridos 43
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Figura 13 – Evolução das taxas de crescimento natural, migratório e efectivo (%) na RAM
entre 2000 e 2009 44
Figura 14 – Nível de escolaridade dos inquiridos 45
Figura 15 – Obtenção de emprego 46
Figura 16 – Número de empregos em Portugal 47
Figura 17 – Percurso profissional 48
Figura 18 – Equipamentos disponíveis no alojamento 52
Figura 19 – Nivel de dificuldade na chegada a Portugal e nível de dificuldade actual 53
Figura 20 – Situações de discriminação 55
Figura 21 – Factores de integração 56
Figura 22 – Tipo de associações frequentadas 59
Figura 23 – Nível de conhecimento/Frequência das instituições 60
Figura 24 – Avaliação das Instituições 61
Figura 25 – Práticas culturais desenvolvidas pelos inquiridos 63
Figura 26 – Motivos de saída do país de origem 64
Figura 27 – Razões de escolha de Portugal como país de residência 65
Figura 28 – Tempo de residência no país anterior a Portugal 66
Figura 29 – Forma utilizada para imigrar 67
Figura 30 – Regularização – situação na RAM 68
Figura 31 – Ano de regularização 69
Figura 32 – Número de deslocações ao país de origem 70
Figura 33 – Familiares dependentes no país de origem 71
Figura 34 – Valor médio mensal das remessas efectuadas para o país de origem 72
Figura 35 – Pretensão de viver noutro país 73
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Quadro 1 – Distribuição dos inquiridos por área de residência 40
Quadro 2 – Tipo de alojamento dos inquiridos 50
Quadro 3 – Intenção de compra de cada um dos inquiridos 51
Quadro 4 – Relações de amizade dos inquiridos 57
Quadro 5 – Motivos de saída do país de residência anterior a
Portugal 66
Quadro 6 – Motivos da escolha do actual concelho de residência 67
Quadro 7 – Documentos utilizados na entrada em Portugal 68
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Este é o primeiro projecto que a Associação Insular de
Geografia está a efectuar dedicado à imigração, que cul-
mina, nesta importante etapa, com o presente relatório
que se espera ser útil para quem se dedique ao estudo
sobre o fenómeno imigratório na Região Autónoma da Madeira.
A Região Autónoma da Madeira, que durante décadas enviou a sua
população para a Europa, Venezuela, África do Sul, Curaçau e tantos
outros países, vê-se, neste início do século XXI perante uma nova
situação de receptor de população (imigração), agora associada
ao fenómeno emigratório que continua a existir, e até aumentou,
com a crise económica e financeira que está a acontecer no país e,
consequentemente, com o aumento da taxa de desemprego.
A representação social de muitos destes imigrantes que procuram a
Região para viver e trabalhar relaciona-se com o trabalho assalaria-
do de baixo valor acrescentado, mediante a ocupação de empregos
que não atraem a população activa madeirense e porto-santense,
embora tendo um nível de instrução mais elevado, como é o caso
dos imigrantes da Europa de Leste, nomeadamente os ucranianos.
Alguns, em menor número, tornam-se trabalhadores por conta
própria para tentar ultrapassar as barreiras de procura de emprego,
embora outras dificuldades se levantem relacionadas com o apoio
das várias instituições a quem recorrem, com a agravante de não
dominarem a língua portuguesa.
Este estudo, agora apresentado, sustenta-se em duas principais
questões: acolhimento e integração do imigrante na Região
Autónoma da Madeira.
Serão os imigrantes bem recebidos pela comunidade madeirense?
Estarão os imigrantes bem integrados, depois de uma primeira fase
de adaptação?
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São as respostas a estas questões que poderão ser dadas através do estudo agora efectuado,
contribuindo, desta forma para um melhor conhecimento das carências e dificuldades da
população que escolhe a Região Autónoma da Madeira para viver e trabalhar, dando-lhes
uma melhor qualidade de vida.
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
A realização de um estudo desta natureza não seria
possível sem a colaboração de um vasto leque de en-
tidades públicas e privadas que, de forma directa ou
indirecta, evidenciassem algum vínculo ao fenómeno
da imigração. Desde estabelecimentos de ensino às associações
de imigrantes, foram muitas as instituições que contribuíram
para que a Associação Insular de Geografia conseguisse atingir
os objectivos que se propôs alcançar aquando da celebração do
contrato de prestação de serviço com o Alto Comissariado para a
Imigração e Diálogo Intercultural.
Gostaríamos de agradecer, de modo particular, o precioso auxí-
lio do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, na pessoa do então
Director - Dr. Luís Frias, que, desde a primeira hora, manifestou
toda a sua disponibilidade para com este projecto; ao Dr. Gonçalo
Santos, Director do Centro das Comunidades Madeirenses, pela
simpatia e amabilidade com que sempre nos recebeu, contribuin-
do com a sua longa experiência nesta área, para o esclarecimento
das nossas dúvidas; a todos os colaboradores que voluntariamen-
te deram o seu importante contributo na aplicação do inquérito,
e sem os quais não teríamos certamente conseguido alcançar a
meta pré-definida para a amostra deste estudo.
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
No âmbito do convite que foi endereçado pelo Alto
Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural
(ACIDI I.P.), a Associação Insular de Geografia (AIG)
desenvolveu o estudo de caracterização da popula-
ção imigrante nos concelhos do Funchal, Santa Cruz e Câmara de
Lobos, projecto que decorreu de Fevereiro a Junho do ano 2010.
Em conformidade com as orientações definidas pelo ACIDI, o
estudo incide unicamente sobre os três concelhos supracitados
e consistiu, numa primeira fase, na aplicação de um inquérito da
sua autoria, que se utilizou integralmente sem qualquer alteração
de conteúdo, a uma amostra inicialmente prevista para 400 in-
quéritos, fasquia que acabou por ser ligeiramente ultrapassada,
fixando-se o resultado final nos 447.
Concluída esta etapa, e com base nas informações preliminares
decorrentes da aplicação do inquérito, dos inúmeros contactos
directos estabelecidos com as comunidades imigrantes resi-
dentes na Região Autónoma da Madeira (RAM), bem como da
introdução dos dados recolhidos na base de dados do estudo,
elaborou-se o relatório intercalar, com o enquadramento e a pré-
caracterização geral da população imigrante na RAM, a que se
juntou uma análise genérica da RAM no seu todo, pois o estudo
do fenómeno imigratório não pode naturalmente estar dissocia-
do das características particulares deste arquipélago, nomeada-
mente, no que concerne às razões que directa ou indirectamente
acabaram por definir estes três concelhos como alvo estratégico
do estudo a implementar.
Por último, procedeu-se ao tratamento estatístico dos inquéritos
aplicados, a partir do qual se produziu o presente relatório com
base na análise dos resultados apurados. A apresentação do tra-
balho segue a estrutura definida no II Encontro Intercalar dos
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Coordenadores Científicos, procurando não descurar os objectivos pré-estipulados.
Porque todo o projecto tem um princípio, meio e fim, pensamos nós que este estudo não
deverá representar o encerramento definitivo do projecto, pois as realidades regionais do
fenómeno imigratório postas em evidência neste relatório mereciam, no nosso entender,
uma análise mais profunda e mais alargada.
Estamos convictos que teremos no futuro a oportunidade de poder desenvolver e “concluir”
este projecto, contribuindo, assim, para um conhecimento mais coeso e fundamentado
da imigração na RAM, tanto mais que se trata de uma franja da população a quem,
porventura, não terá sido dada a devida relevância ao nível de trabalhos de investigação,
talvez por se tratar de um fenómeno relativamente actual, ou talvez pelo simples facto de,
tradicionalmente, a RAM ter estado associada à emigração, movimento populacional que
nos acompanha desde sempre, e que teve o seu apogeu nas décadas de 60 e 70, sendo que
hoje, é comum dizer-se que encontramos um madeirense em qualquer parte do mundo.
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
1.1 CaraCterização geográfiCa dos ConCelhos envolvidos no estudo - síntese
A Região Autónoma da Madeira constitui uma
zona territorial regional que engloba as Ilhas da
Madeira, Porto Santo, Desertas e Selvagens, sendo
habitadas apenas as Ilhas da Madeira e Porto Santo.
O Arquipélago da Madeira é caracterizado por um grande
isolamento que resulta do facto de estar a cerca de 900 km de
Portugal Continental, sendo, assim, uma região ultraperiférica,
pelo que as redes de transporte aéreo e marítimo revelam-se
fundamentais à movimentação da sua população.
Com uma superfície total de apenas 801,1Km², o equivalente a
cerca de 0,9% do território nacional, o Arquipélago da Madeira
e, em particular, a Ilha da Madeira, destaca-se pela sua orografia
muito particular, formada por um relevo acidentado, com vales
profundos e muito encaixados e vertentes com declive acentuado.
No litoral, predominam as arribas, em particular no norte da
ilha. Apenas 11% da área total tem um declive inferior a 16% e
um quarto da superfície encontra-se acima dos 1.000 metros de
altitude (áreas não habitáveis). É uma condicionante física ao
desenvolvimento da actividade agrícola, à implantação de infra-
estruturas básicas e ao funcionamento das redes de serviços
e, consequentemente, da própria distribuição da população
evidenciada na figura que se segue.
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 1 – População média por concelho, em 2009
Fonte: Direcção Regional de Estatística da Madeira
Por outro lado, a coexistência de microclimas que se estabelecem fundamentalmente em
função da altitude e da orientação geográfica das encostas, reforça o leque das referidas
condicionantes físicas. A encosta norte apresenta médias de temperatura mais baixas e
pluviosidade mais elevada que a encosta sul (vertente soalheira), factor que contribui, asso-
ciado às características orográficas, para que cerca de 90% da população habite na encosta
sul da Ilha da Madeira.
Consequentemente, constata-se ao nível da densidade populacional, uma grande variação
entre os municípios localizados a Norte e os municípios do Sul, com particular destaque
para o Funchal que apresenta um valor bastante expressivo (Figura 2).
![Page 25: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/25.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 2 – Densidade populacional, por município, em 2009
Fonte: Direcção Regional de Estatística da Madeira, 2009
Com uma densidade populacional de 308,7 hab/km² (valor bem acima da média nacional,
que é de 115,4 hab/km²), o concelho do Funchal destaca-se claramente dos restantes, pela
sua maior concentração da população (1.288,6 hab/km²), por contraste com o concelho do
Porto Moniz com apenas 31,7 hab/km². Em segundo e terceiro lugares respectivamente,
encontramos os concelhos vizinhos: Câmara de Lobos (693,5 hab/km²) e Santa Cruz (462,5
hab/km²).
Para além da proximidade geográfica à capital madeirense (Funchal), com tudo o que isso
representa, nomeadamente em termos de oferta de serviços e lazer, os concelhos contíguos
de Câmara de Lobos e Santa Cruz beneficiam também da elevada concentração de em-
presas, o que assegura à partida uma maior oferta de emprego e/ou de oportunidades de
emprego (Figura 3).
![Page 26: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/26.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 3 – Densidade de empresas por distribuição geográfica na RAM - 2008
Fonte: DRE, Anuário Estatístico da Madeira - 2008
Uma análise ao número de empresas por município de sede, sem considerar a corres-
pondente área do concelho, revela-nos a mesma ordenação, ou seja, em primeiro lugar o
Funchal, com um total de 13.200 empresas, seguido dos concelhos de Santa Cruz e Câmara
de Lobos com respectivamente, 2.757 e 1.473 empresas.
Por esta via, justifica-se, em grande parte, a opção da população imigrante pela fixação num
destes três concelhos, embora outros factores possam ser considerados, nomeadamente,
os níveis de oferta de habitação, a proximidade dos serviços estruturantes, as limitações ao
nível da capacidade de deslocação/transporte, entre outros.
O concelho do Funchal concentra 42,4% da população da RAM e 40,9% dos alojamentos
familiares (censo 2001). É neste concelho que se localizam as principais unidades hotelei-
ras de cinco estrelas, uma diversidade de oferta de estabelecimentos de restauração e de
snack-bares, grande parte do comércio alimentar, universidade, hospital, os serviços de
administração pública regional, nomeadamente, Governo Regional, Secretarias e Direcções
Regionais, sedes de bancos, agência de viagens, escolas secundárias, teatro, museus,
cinemas.
Este leque de actividades económicas, de serviços e de lazer faz atrair a população activa
pelas oportunidades de emprego qualificado e não qualificado e pela qualidade e nível de
vida mais elevados.
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Câmara de Lobos tem-se afirmado como um pólo de actividades
nocturnas (diversos bares de bebidas típicas da Região) e de in-
dústrias, com a construção de um parque industrial na zona oeste
da Ribeira dos Socorridos, o que tem contribuído para a apresen-
tação de uma densidade de empresas bastante elevada.
O concelho de Santa Cruz tornou-se numa zona atractiva para as
famílias que trabalham no Funchal mas que, devido aos altos pre-
ços do imobiliário praticados na capital do arquipélago, não têm
possibilidade de aí residirem. É neste concelho que se localiza o
maior parque industrial da Madeira, com mais de trinta e cinco
unidades industriais.
1.2. evolução reCente da imigração na ram
Durante longas décadas, Portugal esteve associado à emigra-
ção, fundamentalmente por razões económicas e políticas. Só
recentemente esta imagem foi sofrendo alterações, não só pelo
decréscimo deste movimento migratório, mas, sobretudo, pelo
aumento da entrada de números significativos da população de
nacionalidade estrangeira.
Este fenómeno, sendo mais recente, foi de tal modo expressivo
que é hoje vulgar dizer-se que Portugal deixou de ser um país de
emigração para ser um país de imigração, o que, não sendo in-
teiramente verdade, atesta bem a percepção que se interiorizou
numa grande franja da população, pelo menos até 2009, consi-
derando a actual conjuntura económica/financeira de Portugal.
Com base nos dados disponibilizados para o ano de 2009 (resulta-
dos provisórios), constata-se que em Portugal residiam neste ano
451.742 estrangeiros, distribuídos de forma muito heterogénea
pelo território nacional. Na RAM, o stock de residentes estran-
geiros atingiu os 7.090 estrangeiros, o que corresponde a 1,6% do
total nacional (Figura 4).
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 4 – População estrangeira em território nacional - 2009
Fonte: SEF, Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo, 2009
Em termos evolutivos, e com base nos dados disponibilizados pelos Anuários Estatísticos
do INE, conclui-se que o total de população estrangeira tem vindo, na sua generalidade, a
aumentar desde a década de 80 até à actualidade (Figura 5-A), pese embora se constate um
ligeiro declíneo em dois momentos específicos: no ano de 1984 e no período compreendido
entre o ano de 1992 e 1998. Destaque-se também a subida significativa registada no ano de
2006 que, na verdade, não representa uma aumento real do número de estrangeiros, mas
antes resulta de alteração legislativa que permitiu a regulalização (extraordinária) de cida-
dãos estrangeiros.
Com efeito, no ano de 2001, a alteração da lei de estrangeiros (Decreto-Lei n.º244/98, de 8 de
Agosto, com alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º4/2001, de 10 de Janeiro), veio per-
mitir a regularização de trabalhadores estrangeiros por conta de outrem, através da figura
da autorização de permanência (AP), pela qual, se definia que decorridos cinco anos fosse
facultado o acesso à autorização de residência (AR). Por via deste processo, e atendendo
à nacionalidade de origem, destacaram-se sobretudo os imigrantes da Europa Central e
Oriental (cerca de 55% das AP concedidas entre 2001 e 2003, segundo dados do SEF), com
particular relevância para as comunidades ucranianas (64% do total de AP concedidas aos
imigrantes desta área geográfica).
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 5-A – Evolução da população estrangeira residente na RAM entre 1980-2009
Fonte: SEF, Relatórios de Imigração; INE, Estatísticas Demográficas
Figura 5-B – Evolução da população estrangeira residente na RAM entre 1980-2009 (continentes)
Fonte: SEF, Relatórios de Imigração; INE, Estatísticas Demográficas
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Por continente de origem (Figura 5-B), a evolução registada na RAM evidencia o peso das populações estrangeiras oriundas da América do Sul e da Europa. Saliente-se a inversão de posição destes dois continentes, pois contrariamente ao que sucedeu nas décadas de oitenta e primeira metade da década de noventa, em que a população estrangeira era, sobretudo, oriunda da América do Sul, a partir do ano de 1997 o continente europeu passou a demons-trar maior expressividade, no que concerne à origem da população estrangeira na RAM. Estes imigrantes sul americanos tiveram a sua origem maioritária na Venezuela, isto no decorrer da década de 90 (Figura 6-A), tendo progressivamente perdido importância relativa para a comunidade brasileira que, ao longo da corrente década, tem evidenciado um crescimento contínuo, sendo que actualmente (2009) registamos uma comunidade de 1.296 brasileiros contra “apenas” 732 venezuelanos.
No que à Europa diz respeito, será de salientar que grande parte dos estrangeiros europeus têm origem em países comunitários. O total de europeus originários da União Europeia re-presenta um número elevado que varia entre os 85% (valor máximo) registado em 1991 e os 61% (valor mínimo) registado em 2006. Para o último ano de que dispomos dados estatísticos, 2009, o valor era de 71%, o que equivale a 2.828 indivíduos. No que concerne aos estrangeiros europeus não comunitários (Figura 6-C), Ucrânia, Moldávia e Rússia foram, por esta ordem, os países mais expressivos, sendo neste caso concreto, bem visível os efeitos da alteração legislativa ocorrida em 2001, pois passou-se, por exemplo, relativamente à Ucrânia, dos 43 estrangeiros registados em 2005 para 704 em 2006, ou seja, um acréscimo exponencial, nos cinco anos após a efectivação da regularização extraordinária de 2001.
Quanto à evolução de estrangeiros de origem asiática (Figura 6-B), facilmente percebemos que a sua presença em território regional é ainda muito residual, sendo a China o país mais representativo, pois em 2009 era responsável por cerca de 50% dos estrangeiros oriundos deste vasto continente. Refira-se, todavia, que o ritmo de crescimento nesta última década foi bastante elevado. Os dados estatísticos publicados revela-nos que passamos de apenas 7 estrangeiros chineses no ano de 1998 para 210 no ano de 2009, o que não sendo um número absoluto muito alto, representa, todavia, um crescimento relativo considerável.
Relativamente à população estrangeira com origem no continente africano (Figura 6-D), os números apontam no ano de 2009 para um total de 502 indivíduos, sendo Guiné-Bissau o país que mais se destaca, com cerca de 32%, o que equivale a 158 indivíduos, seguido por ordem decrescente de grandeza por Cabo Verde, África do Sul e Angola.
Por último, a Oceania constitui o continente menos representativo ao nível da população estrangeira. Uma análise à evolução recente, revela-nos a existência de apenas 13 cidadãos estrangeiros, 11 dos quais de nacionalidade australiana, no ano de 1991. Os dados disponíveis para o ano de 2009 revelam um aumento ligeiro, com 17 cidadãos estrangeiros, 16 dos quais de nacionalidade australiana.
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 6-A – População estrangeira por nacionalidade, com origem no continente americano
Fonte: SEF, Relatórios de Imigração e INE, Estatísticas Demográficas
Figura 6-B – População estrangeira por nacionalidade, com origem no continente asiático
Fonte: SEF, Relatórios de Imigração e INE, Estatísticas Demográficas
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 6-C – População estrangeira por nacionalidade, com origem na Europa (não comunitária)
Fonte: SEF, Relatórios de Imigração e INE, Estatísticas Demográficas
Figura 6-D – População estrangeira por nacionalidade, com origem no continente africano
Fonte: SEF, Relatórios de Imigração e INE, Estatísticas Demográficas
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
2.1 Considerações gerais
A existência (potencial) de imigrantes ilegais e o facto
de os estrangeiros não estarem distribuídos propor-
cionalmente à população madeirense, quer porque as
áreas que escolhem para viver se furtam aos padrões
da população local - fixação em áreas turísticas, por exemplo,
quer porque os seus vínculos laborais e os trabalhos executados
muitas vezes não são estáveis, provocando uma grande mobilida-
de residencial, levou-nos a equacionar previamente a metodolo-
gia a utilizar.
Se a estas contingências acrescermos uma relativa dispersão
dos imigrantes pelo território dos municípios em análise e a
escassez de informação bibliográfica e estatística actualizada (à
escala municipal), facilmente se entende a necessidade de defi-
nir previamente um método que permitisse obter uma amostra
representativa de imigrantes. Aliás, estas comunidades imigran-
tes podem ser equiparados a outras populações raras, sensíveis
ou ocultas, por serem pouco numerosas, dispersas no território e
não se lhes conhecer a dimensão ou a distribuição exacta.
Um dos procedimentos mais comuns neste tipo de estudo tem
sido o da “bola-de-neve”, em que o inquirido sugere pessoas suas
conhecidas para responder ao questionário. Tal método poderá,
contudo, criar alguns problemas decorrentes do facto de a amos-
tra inicial não ser verdadeiramente aleatória, pois há claramente
uma tendência para inquirir mais os indivíduos que revelam uma
maior predisposição para a cooperação.
2.2 apliCação do inquérito
Do vasto conjunto de referências, observações e cautelas sobre as
metodologias de sondagem de populações raras, deduziu-se que
seria recomendável, em primeiro lugar, utilizar toda a informação
decorrente dos censos e outras publicações estatísticas oficiais
existentes e relevantes sobre a distribuição da população imigran-
te, dividindo o território em clusters homogéneos e, em segundo,
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
que nos locais escolhidos se seguisse um procedimento tanto
quanto possível aleatório. Como tal, foi este o método utilizado,
quer na definição, quer na concretização das amostras. Depois de
definidos os clusters, foram escolhidos, aleatoriamente, os locais
de amostragem e dentro deles, as unidades de inquérito, median-
te um caminho aleatório, procurando assegurar o envolvimento
das estruturas locais existentes que de forma directa ou indirecta
estivessem relacionadas com esta questão. Foi também tida em
linha de conta a distribuição da amostra pelos três concelhos do
estudo e a proporcionalidade relativamente às nacionalidades da
população estrangeira residente na RAM.
Dentro de cada grupo, o respondente foi também escolhido
aleatoriamente. Complementarmente, e sempre que surgiram
dificuldades em alcançar o número de inquiridos desejados,
recorreu-se ao procedimento “bola-de-neve”, no qual o inquirido
indica um ou mais indivíduos seus conhecidos para responder
ao questionário. Contudo, reconhecemos que tal método poderá
ter implicações nos resultados estatísticos, decorrentes do facto
de a amostra inicial não ser totalmente aleatória e tender a in-
quirir preferencialmente os indivíduos que evidenciam maior
cooperação.
Os inquéritos foram, em grande parte, aplicados através de son-
dagem presencial e domiciliada, pois entendeu-se que seria o
processo que mais garantias nos daria no que respeita à captação
fiel da opinião dos inquiridos.
2.2.1 problemas identifiCados na apliCação do inquérito
A utilização do inquérito por questionário como ferramenta de
investigação acarreta naturalmente determinadas particularida-
des que devem ser consideradas aquando da sua idealização e
construção, tendo sempre em linha de conta o público-alvo.
Neste estudo em particular, considerando as especificidades
do público-alvo, somos de opinião que o inquérito revelou-se
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
relativamente extenso o que causou alguns constrangimentos na sua aplicação, facto ainda
agravado, quer pelos níveis académicos dos respondentes, quer ainda pelo domínio limita-
do da língua portuguesa. Estas condicionantes foram mais notórias nos questionários apli-
cados por administração directa (“auto-administrados”). Todavia, a dimensão da amostra,
associada ao (limitado) intervalo de tempo disponível para a execução desta tarefa, justifi-
caram claramente esta opção, pese embora a taxa de “não-resposta” ter sido superior nestes
casos, o que é perfeitamente compreensível.
Saliente-se, contudo, a utilização de estratégias de reforço no caso dos inquéritos aplicados
por administração directa, nomeadamente a utilização de “cartas de legitimação” da utili-
dade social e científica do inquérito.
Complementarmente, o facto de não dispormos de uma bolsa de colaboradores/inquirido-
res não contribuiu favoravelmente para o desenvolvimento rápido do projecto. Com efeito,
a AIG pela primeira vez se viu confrontada com a necessidade de aplicar um inquérito a
uma amostra desta dimensão, o que obrigou ao recrutamento de colaboradores, pois os
quadros técnicos da AIG revelaram-se insuficientes para o desenvolvimento dessa tarefa.
Neste sentido, a própria formação dos inquiridores ficou aquém do desejado, mas os es-
treitos limites temporais de que dispúnhamos não nos permitiram alargar no tempo esse
importante processo.
No que concerne à amostra foi de difícil cumprimento na aplicação do inquérito, a propor-
cionalidade relativamente às nacionalidades da população estrangeira residente na RAM
e a distribuição proporcional da amostra pelos três concelhos. Por outro lado, houve uma
dificuldade acrescida devido a não existir na RAM, à data do desenvolvimento do estudo,
por nenhuma entidade oficial, dados estatísticos com o número de estrangeiros residen-
tes em cada concelho. Essa informação, representa no nosso entender, um dado de grande
importância que importa rapidamente aferir, a bem do conhecimento mais realista dos
efeitos da imigração, quer ao nível das contribuições que esta população possa vir a dar no
concelho de residência, quer ao nível do reforço da (desejada) integração do imigrante nas
populações locais. Por outro lado, no que respeita à proporcionalidade entre a amostra e as
nacionalidades dos imigrantes, o elevado valor definido para esta amostra acabou por ditar
um resultado final não tão próximo quanto desejaríamos. Não obstante, a amostra cobre,
com razoável proporcionalidade, as principais comunidades estrangeiras da RAM.
Por último, embora não se trate de um problema específico do nosso estudo, refira-se a
crescente “saturação” dos potenciais respondentes. A utilização crescente do inquérito
como ferramenta de investigação científica preferencial no desenvolvimento de projectos
de mestrado, doutoramento, entre outros, acaba por agravar esta falta de disponibilidade
![Page 36: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/36.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
da população. Este facto foi, de resto, bem notório em estabeleci-
mentos de ensino público, onde a aplicação de inquéritos é uma
prática frequente, causando um efeito de rotina que não é de todo
desejável, sob pena de promover níveis de abstenção/recusa con-
sideráveis, independentemente do real interesse do estudo que se
esteja a promover.
2.3 CaraCterização da amostra
A amostra definida para o presente estudo foi de 400 inquéritos.
Todavia, este valor foi ligeiramente ultrapassado, atingindo-se
assim os 447 inquéritos, o que corresponde a aproximadamen-
te 10% do universo de população estrangeira residente na RAM
(4.262 indivíduos no ano de 2009, não contabilizando os estran-
geiros de origem comunitária).
Assim, e no que ao género diz respeito, 53% dos inquiridos são
do sexo masculino e os restantes 47% do sexo feminino (Figura
7). De um modo geral, não se verificam grandes diferenças em
função do continente de origem, à excepção dos estrangeiros
oriundos dos continentes asiáticos e africanos, onde essas dife-
renças ganham maior expressividade, com particular relevância
para este último continente, onde a população masculina chega
mesmo a representar mais de 70% do seu total. Aliás, esta situa-
ção é prática corrente nos fenómenos migratórios, sendo que de
um modo geral, e relativamente aos agregados familiares, avança
numa primeira etapa o elemento do sexo masculino para numa
fase posterior, após alguma estabilidade no país de acolhimento,
suficiente para garantir o sustento, se verificar a entrada do res-
pectivo cônjuge, não raras vezes acompanhados dos seus filhos.
Este fenómeno de reagrupamento familiar não é, apesar de tudo,
o mais comum, pois, em Portugal a imigração é predominante-
mente uma imigração laboral, não familiar.
2.3
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 7 – Distribuição da população estrangeira na RAM, segundo o género
Fonte: SEF, Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo, 2009
Embora não se tenha alcançado a proporcionalidade desejável entre a amostra e a nacio-
nalidade da população estrangeira residente na RAM, como aliás já tivémos oportunidade
de referir no capítulo anterior, verifica-se que os grupos mais representativos encontram-se
presentes na amostra inquirida (Figura 8). Assim, 47% da amostra refere-se a imigrantes de
nacionalidade brasileira, seguido dos imigrantes venezuelanos (13%) e ucranianos (9%). Os
imigrantes de origem africana representam, no seu todo, cerca de 18% da amostra, sendo a
Guiné-Bissau o país mais representativo desta comunidade (5%), seguido de Angola e Cabo-
Verde (ambos com com valores próximo dos 4%).
Em valores absolutos, isto representa 209 inquéritos à comunidade mais entrevistada -
brasileira, sendo a segunda comunidade com maior número de inquéritos efectuados a
Venezuelana (58), como se constata no gráfico seguinte.
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(36)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 8 – Distribuição dos inquiridos, segundo a naturalidade
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia
Recorde-se que as nacionalidades mais significativas ao nível da população estrangeira
residente na RAM são, por ordem decrescente de grandeza, as que surgem representadas
na figura que se segue (Figura 9). A forte presença de população estrangeira brasileira é
bem evidente, destacando-se claramente das demais comunidades. Trata-se de uma situa-
ção recente, pois, como já o referimos, esta presença de brasileiros na RAM, ganhou maior
expressividade nesta última década, situação contrária à verificada com a comunidade
venezuela, por exemplo.
Figura 9 – Principais comunidades estrangeiras na RAM - 2009
Fonte: SEF, Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo, 2009
![Page 39: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/39.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
3.1 demografia
Uma análise à área de residência (Quadro 1) mostra-
nos que do total de inquiridos, 66% são residentes
no concelho do Funchal, 26% no concelho de Santa
Cruz e 7% no concelho de Câmara de Lobos. Ao nível
da distribuição dentro de cada concelho, os dados obtidos reve-
lam-nos que no concelho do Funchal, a maior concentração de
população imigrante concentra-se em São Martinho (a segunda
maior freguesia do concelho, com vasta oferta no sector imobiliá-
rio, localizada muito próxima do centro do Funchal e servida por
uma boa rede de acessos rodoviários). Por razões semelhantes,
as freguesias de Santa Cruz e Câmara de Lobos são igualmente
as mais procuradas para a fixação de residência nos respectivos
concelhos. Destaque-se, no caso do concelho de Santa Cruz, a fre-
guesia do Caniço, responsável pela fixação de 30% dos inquiridos,
pois trata-se da freguesia que maior expansão demográfica e de
alojamentos registou nos últimos anos em toda a RAM, fruto da
rápida expansão urbana verificada sobretudo na última década,
o que de resto, permitiu a elevação da vila do Caniço a cidade, no
ano de 2005.II
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Quadro 1 - Distribuiçao dos inquiridos por área de residência
Área de Residência Freguesias n.º (%) em relação ao concelho
Funchal
Sé 20 6,8Imaculado Coração Maria 4 1,4
Monte 3 1,0Santa Luzia 18 6,1
Santa Maria Maior 30 10,2Santo António 29 9,9São Gonçalo 6 2,0São Martinho 121 41,2
São Pedro 32 10,9São Roque 9 3,1
Não Responde 22 7,5
Santa Cruz
Camacha 3 2,6Caniço 35 30,2Gaula 3 2,6
Santa Cruz 74 63,8Santo António da Serra 1 0,9
Câmara de Lobos
Câmara de Lobos 29 85,3 Limoeiro 2 5,9
Sítio do Rancho 1 2,9Estreito Câmara de Lobos 1 2,9
Quinta Grande 1 2,9
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia
Relativamente ao género, 54% dos inquiridos são do sexo masculino e 46% do sexo femi-
nino, verificando-se assim um equilíbrio entre estes, o que contraria a tendência verificada
no passado em que tradicionalmente o sexo masculino prevalecia no seio da população
migrante.
No que concerne à estrutura etária dos inquiridos, a média de idades dos entrevistados é de
33 anos. Refira-se que 75% dos entrevistados situa-se numa faixa etária que não ultrapassa
os 39 anos de idade o que é bem demonstrativo da relativa juventude da população estran-
geira residente actualmente na RAM, como de resto é apanágio nas populações imigrantes
de qualquer outra região do país.
Quanto ao estado civil (Figura 10), os dados obtidos evidenciam um equilíbrio entre casa-
dos e solteiros (39% para ambas situações). As uniões de facto representam na comunidade
imigrante cerca 10% das situações.
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 10 – Distribuição dos inquiridos, segundo o estado civil
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 1
Quando questionados sobre a naturalidade, a totalidade dos inquiridos referiu serem natu-
rais de outro país. Ao nível da nacionalidade (Anexo 2), 82% dos inquiridos têm nacionali-
dade estrangeira e 14% dos inquiridos têm dupla nacionalidade - portuguesa e outra. Nesta
segunda nacionalidade, verifica-se o predomínio da venezuelana e brasileira, por ordem
decrescente de importância (Anexo 3).
Refira-se ainda que a grande maioria dos inquiridos (78%) definiu como primeiro local de
residência à entrada em Portugal (Anexo 4), os concelhos alvo deste estudo - Funchal, Santa
Cruz e Câmara de Lobos. Será de salientar apenas o caso da cidade de Lisboa que é referida
por 41 inquiridos (cerca de 9%) como local de primeira residência, o que é perfeitamente
compreensível, tratando-se da capital.
No que concerne à composição do agregado familiar co-residente (Figura 11), conclui-se
que em cerca de 58% dos dos casos é formado por apenas um elemento (o próprio inqui-
rido). Em 38% dos casos o agregado familiar é composto por um número variável entre os
dois e os quatro elementos. O valor máximo situou-se nos 7 elementos, situação que se
registou em apenas um caso.
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 11 – Composição do agregado familiar co-residente
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia
No entanto, há também a considerar os não-familiares co-residentes: 23% afirmaram par-
tilhar a sua residência com indivíduos não-familiares. Neste casos, os não-familiares são
sempre do mesmo país de origem do inquirido, sendo que em média vivem com apenas
mais um elemento. O valor máximo foi de 5 elementos (Anexos 5 e 6).
Por último, no que concerne ao ano de entrada em Portugal, a figura que segue (Figura
12) demonstra haver uma proximidade de circunstâncias quando se compara a situação do
inquirido com a dos restantes elementos do agregado familiar co-residente. A observação
da figura evidencia-nos uma concentração significativa no período compreendido entre o
ano de 2000 e 2010, atingindo-se os registos mais elevados no ano de 2001 e 2004, com
respectivamente, 70 e 64 indivíduos.
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(41)
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 12 – Fluxo de entrada dos inquiridos
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia
Embora não estejam disponíveis os dados relativos à natalidade associada à imigração, to-
dos sabemos que de uma forma geral, a entrada de população estrangeira num país/região
tem, geralmente, efeitos positivos nas taxas demográficas, para além de contribuir directa-
mente para o rejuvenescimento populacional, visto tratar-se de uma franja da população
relativamente jovem. Este dado torna-se ainda mais importante, quando verificamos que a
RAM, sendo uma das regiões mais jovens do país em termos demográficos, tem apresenta-
do ao longo desta década uma diminuição nos valores do crescimento natural.
Os dados recentemente lançados pelo INE referem que em 2009 esse valor foi negativo
(-0,11%), algo que nunca havia acontecido ao longo desta década. Neste sentido, a taxa de
crescimento migratório constitui um claro equilíbrio na população, com reflexos imediatos
ao nível da taxa de crescimento efectivo (Figura 13).
![Page 44: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/44.jpg)
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 13 – Evolução das taxas de crescimento natural, migratório e efectivo (%) na RAM entre 2000 e 2009
Fonte: INE, Estimativas de População Residente 2009
3.2 merCado de trabalho
Neste capítulo relativo ao mercado de trabalho, optamos por não
analisar exclusivamente a situação profissional dos inquiridos,
mas antes considerar também os níveis de ensino, os níveis de
conhecimento da língua portuguesa e a própria frequência (ou
não) de curso de língua portuguesa, por se considerar que estes
parâmetros, de algum modo, acabam necessariamente por con-
dicionar a situação dos inquiridos ao nível da sua integração no
mercado de trabalho.
Assim, ao nível das habilitações literárias (Figura14), constatamos
que, aproximadamente, 30% dos inquiridos apresentam um nível
de escolaridade compreendido entre os 1º e 3º ciclos (9º ano),
sendo também de aproximadamente 30% o valor atribuído ao
ensino secundário. A percentagem de indíviduos com formação
3.2
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![Page 45: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/45.jpg)
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
superior - bacharelato, licenciatura e mestrado, é significativa (24%), contrariamente ao que
sucede com os indivíduos sem qualquer formação escolar (5,6%).
Figura 14 – Nível de escolaridade dos inquiridos
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 7
No domínio do conhecimento da língua portuguesa (Anexos 8 e 9), os resultados são bem
mais animadores. A esmagadora maioria dos inquiridos, bem como dos restantes elemen-
tos do agregado familiar co-residente, classificaram este parâmetro ao nível do “muito bom”
(48%) ou “bom” (33%). A esta situação, também não será alheio o facto de grande parte dos
inquiridos serem oriundos de países que têm o português como língua oficial. Como tal,
cerca de 80% dos inquiridos afirmou nunca ter frequentado qualquer curso de língua portu-
guesa, por considerar não sentir essa necessidade ou por nunca ter tido essa oportunidade .
Relativamente ao sustento económico (Anexos 10 e 11), aproximadamente 83% dos inqui-
ridos afirmaram ter o trabalho como meio de vida, 7% encontra-se a cargo da família e 4%
encontra-se a usufruir do subsídio de desemprego. Esta situação de desemprego não se
poderá considerar de longa duração, pois na sua maioria, os inquiridos afirmaram estar
desempregados há menos de um ano.
O regime de trabalho (Anexo 12) da grande maioria dos inquiridos é do tipo permanente ou
regular (cerca de 92%), pelo que podemos considerar que na RAM, o trabalho ocasional e
sazonal tem muito pouca expressão, respectivamente 6% e 1%.
![Page 46: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/46.jpg)
(44)
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Em relação ao vínculo contratual (Anexo 13), o “contrato com termo” apresenta-se como a
situação mais frequente (68,5%), representando o “contrato sem termo” cerca de 26% dos
inquiridos. Empregados a “recibos verdes” e “outras situações” têm pouca expressão nos
resultados obtidos.
Outro dado que importa reter prende-se com a distribuição dos inquiridos segundo o local
de trabalho e/ou estudo. Nesta matéria, verifica-se que 62% dos inquiridos consegue desen-
volver a sua actividade profissional no próprio concelho onde reside, o que é naturalmente
um excelente “indicador de conforto”, pese embora as distâncias a percorrer na RAM não
sejam de um modo geral muito significativas.
Quanto à forma como o emprego foi obtido (Figura 15), os dados revelam-nos que 30 a 35%
dos inquiridos, quer ao nível do primeiro emprego obtido em Portugal, quer ainda no actu-
al emprego obtido na RAM, obteve o respectivo emprego através de um “patrão português”.
Igualmente expressivo é o caso dos indivíduos que obtiveram emprego através de familiares
e/ou amigos da mesma etnia, embora neste caso, a situação seja mais notória na obtenção
do primeiro emprego e não tanto ao nível do emprego obtido na RAM (respectivamente, 26%
e 19%). Além disso, se juntarmos os casos dos indivíduos que obtiveram emprego através de
“recrutador no país de origem” e “patrão imigrante da mesma etnia”, conclui-se que, neste do-
mínio, as ligações étnicas acabam por ter uma grande influência. A terceira situação mais refe-
rida é a de obtenção de emprego por “anúncio” que corresponde a cerca de 9% dos inquiridos.
Figura 15 – Obtenção de emprego
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 14
![Page 47: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/47.jpg)
(45)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Outra situação que importa analisar, prende-se com o número de empregos que cada indi-
víduo já teve ao longo da sua permanência em território português (Figura 16).
Figura 16 – Número de empregos em Portugal
Fonte: Autores - Associação Insular de Geografia, anexo 15
Nesta matéria, constata-se que aproximadamente 65% dos inquiridos afirmaram terem tido
no máximo dois empregos desde a sua chegada a Portugal, o que traduz alguma estabilida-
de profissional, tendo em conta a actual conjuntura econónomica. Cerca de 11% teve já três
empregos e 15% afirma ter tido mais que 4 empregos.
Relativamente ao percurso profissional, procurou-se analisar o trajecto dos indivíduos des-
de a profissão desempenhada no país de origem, passando pelo situação vivida no primeiro
emprego obtido em Portugal até à actual situação na RAM (Figura 17).
![Page 48: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/48.jpg)
(46)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 17 – Percurso profissional
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 16
Uma observação atenta da figura permite-nos concluir que a mudança de profissão não é
tão linear quanto à primeira vista se poderia pensar, ou seja, verifica-se que em determina-
dos grupos profissionais, os imigrantes conseguem manter na RAM as mesmas profissões
que tinham no seu país de origem, ou pelo menos, profissões similiares que se enquadram
no mesmo código de classificação profissional. Recorde-se que, para a análise deste parâ-
metro, todas as profissões obtidas nos inquéritos foram codificadas de acordo com a CNP94
que contempla cerca de 1.700 actividades profissionais.
Todavia, em certos grupos profissionais, registam-se alterações significativas. Os grupos
onde se registaram perdas de empregos nas áreas profissionais do país de origem foram:
· 2.4 “outros especialistas das profissões intelectuais e científicas”;
· 4.1 “empregados de escritório”;
· 8.3 “condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados móveis”.
Pelo contrário, nos seguintes grupos profissionais registou-se um acréscimo de profissionais:
· 5.1 “pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança”;
![Page 49: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/49.jpg)
(47)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
· 7.1 “operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias
extractivas e da construção civil”;
· 9.1 “trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio”;
· 9.3 “trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil
e obras públicas, da indústria transformadora e dos transportes”.
Deste grupo, destaca-se a categoria 7.1 onde, efectivamente, se
regista o maior acréscimo de profissionais, naturalmente ligado
ao sector da construção civil onde encontramos empregues 65
indivíduos. Todavia, o grupo onde encontramos o maior grupo
profissional é o 5.1 com 78 indivíduos, destacando-se neste caso,
as profissões de empregado de balcão e empregado de mesa, o
que é compreensível, pois devido ao turismo, o sector terciário
acaba por assumir uma fatia muito significativa do emprego na
RAM (Anexo 17).
Por último, no que ao mercado de trabalho diz respeito, refira-se
que os dados relativo à situação no emprego (Anexo 18), mostram-
nos que a esmagadora maioria dos inquiridos, são trabalhadores
por conta de outrem (83%). Cerca de 15% trabalham por conta
própria, 5% dos quais com trabalhadores empregues na sua
própria empresa. Esta situação prende-se, sobretudo, com a
existência de lojas de comércio a retalho, onde a comunidade
chinesa desempenha um papel significativo, bem como, o caso
dos vendedores ambulantes.
3.3 habitação
A análise ao acesso e às condições habitacionais dos inquiridos
na RAM revela-se essencial para o presente estudo na medida
em que determina não só as diferentes situações económicas
dos inquiridos, como também o nível de integração/exclusão dos
mesmos.
Como observado anteriormente, a maior parte dos imigrantes
inquiridos, possuem um trabalho estável ou pelo menos regular
o que aliado à disponibilidade de habitação na RAM permite
que a esmagadora maioria (91,9%) resida num apartamento ou
3.3
HAB
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ÃO
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
moradia (alojamento clássico). No entanto, ainda são 7% os que afirmam residir numa parte
da casa, na maior parte das vezes numa garagem que subarrendam.
No que diz respeito ao regime de propriedade, constata-se que 22% dos imigrantes possuem
residência própria, sendo estes, sobretudo, os que já estão há mais tempo no país. Na RAM,
o acesso à habitação por parte dos imigrantes é efectuado na grande parte (66,9%), através
do arrendamento no mercado privado formal. Esta situação poderá ser explicada tendo em
conta duas perspectivas: a primeira, a de que os imigrantes têm grande dificuldade para
aceder ao crédito, uma vez que para a concessão dos mesmos, os bancos exigem condições
muito concretas, nomeadamente ligadas às condições laborais contratuais, que muitos
ainda não possuem o que inviabiliza a aquisição de residência própria; e a segunda, a de
que optam por este regime de propriedade porque simplesmente não pretendem adquirir
casa em Portugal (47%), o que poderá ser revelador de que estamos perante uma imigração
com carácter temporário, uma vez que, por norma, o regime de propriedade do alojamento
traduz de forma directa o tipo de migração em termos de permanência.
Quadro 2 – Tipo de alojamento dos inquiridos
Tipo alojamento n.º (%) Renda n.º (%)
Clássico 411 91,9 Arrendamento formal 299 66,9
Parte casa 29 6,5 Arrendamento informal 3 0,7
Barraca 0 0,0 Público 5 1,1
Pensão 4 0,9 Subarrendamento 11 2,5
Centro acolhimento 0 0,0 Próprio formal 98 21,9
Móvel 0 0,0 Próprio informal 1 0,2
Outro 3 0,7 Casa amigos 8 1,8
Não responde 0 0,0 Não responde 22 4,9
Total 447 100,0 Total 447 100,0
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia
Dos que pretendem comprar casa na RAM, cerca de 74% afirmam que preferem fazê-lo no
concelho onde residem actualmente. No entanto, e apesar dessa suposta intenção, 22,3%
não iniciou qualquer diligência nesse sentido.
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Quadro 3 – Intenção de compra de cada um dos inquiridos
Intenção de comprar casa na RAM n.º (%) Comprar no concelho de
residência n.º (%)
Não 164 47,0 Sim 90 74,4
Incerteza 40 11,5 Não 17 14,0
Sim, nunca procurou 78 22,3 Não responde 29 21,3
Sim procurou 43 12,3 Total 136 100,0
Não responde 24 6,9
Total 349 100,0
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia
No que concerne às características da residência, nomeadamente, ao número de divisões
do alojamento, este varia entre uma e onze, sendo o mínimo registado para aqueles que
vivem numa parte da casa. Para 75% dos imigrantes a habitação onde vivem tem até quatro
divisões e em 50% dos casos, o número de divisões pode ir até às duas.
Em termos de conforto da habitação (Anexos 19 e 20), será de destacar que a quase to-
talidade possui o equipamento básico indispensável, ou seja, casa de banho completa,
abastecimento de água pela rede pública e água quente, sendo no entanto, bem menor a
percentagem de imigrantes que referem possuir aquecimento central/móvel, o que não é
alarmante, dadas as características climáticas da Região, com temperaturas amenas duran-
te praticamente todo o ano (em particular no concelho do Funchal), permitindo a exclusão
deste tipo de comodidade.
De um modo geral, os alojamentos estão apetrechados com equipamentos que melhoram
substancialmente a qualidade de vida dos inquiridos (Figura 18).
A grande maioria (valores registados acima dos 80%), afirma possuir telemóvel, máquina de
lavar roupa, micro-ondas, computador, internet e televisão por cabo/parabólica, sendo o
valor mais baixo relativo à posse de motorizada (13%), que é, no entanto, claramente prete-
rida em favor do automóvel (63%).
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 18 – Equipamentos disponíveis no alojamento
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia
Da análise realizada, é possível constatar que a habitação, clara-
mente não constitui um problema para os imigrantes residentes
na RAM, uma vez que a maior parte dispõe de condições habita-
cionais satisfatórias que lhes possibilita um maior nível de inte-
gração e participação na sociedade em que estão inseridos.
3.4 proCesso de integração
O processo de integração dos imigrantes nos países de acolhimen-
to é algo que merece de todos nós as maiores atenções. Respeitar
a dignidade e as especificidades da cultura dos imigrantes, tantas
vezes desconhecida das sociedades que os acolhem, requer a
consideração de um conjunto de dimensões (religiosa, cultural,
entre outras) que, na sua globalidade, permitirão ao imigrante
residir no novo território por si escolhido, de forma integrada e
coesa, de acordo com o paradigma da sociedade intercultural que
tanto se valoriza e se defende actualmente.
Neste sentido, o questionário aplicado continha um conjunto de
questões que procuraram aferir as eventuais dificuldades senti-
das pelos imigrantes no seu processo de integração na comuni-
dade local. Porque entendemos que a integração é um processo
complexo, optamos por considerar também as variáveis referen-
tes às relações sociais, inserido-as neste ponto de análise.
3.4
PR
OC
ESSO
DE
INTE
GR
AÇÃO
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
O apuramento dos resultados mostra-nos, numa primeira abordagem muito simplista, o
que seria de todo expectável, ou seja, a diminuição significativa dos níveis de dificuldade
com o decorrer do tempo, bem visível de resto, na figura que se segue (Figura 19).
Figura 19 – Nivel de dificuldade na chegada a Portugal e nível de dificuldade actual
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia, anexos 21 e 22
Assim, à data de chegada a Portugal, os itens que representaram maiores dificuldades aos
imigrantes, classificados com nível 4 ou 5 (respectivamente, “difícil” e “muito difícil”), foram
os seguintes: “documentos/burocracia” (41,8%), “regularização” (39,4%) e “não conhecer
ninguém” (34,9%). Em sentido inverso, os itens que representaram menores dificuldades
(classificação 1 e 2) foram: “saúde” (77,2%), “clima” (68,7%) e “transportes” (61,5%).
Analisando a situação presente, constatam-se ligeiras alterações. Os itens classificados
como maiores barreiras à integração dos imigrantes são agora: “documentos/burocracia”
(23,3%), “integração no trabalho” (19,5%) e “regularização” (19,2%). Os itens que actual-
mente menos problemas colocam à integração são os seguintes: “saúde” (86,2%), “clima”
(84,8%) e “língua” (83,5%). Destaque nesta análise para a pouca importância atribuída ao
domínio da língua, pois tratando-se de uma amostra onde as comunidades brasileiras e
africanas têm uma forte presença, facilmente se compreendem os resultados obtidos.
Os resultados expõem ainda outras situações a merecer destaque: a desvalorização dada ao
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
item “não conhecer ninguém”, o que reforça a ideia de que o imigrante encontra-se mais
integrado hoje do que no seu momento de chegado, tendo feito amizades com a população
local e/ou outros imigrantes da sua ou outra comunidade estrangeira; itens extremamente
importantes, tais como, a habitação e os transportes, nunca foram considerados realmente
problemáticos e tendem a ser desvalorizados como potenciais barreiras de integração.
No que respeita à integração na escola ou à equivalência escolar será importante referir que
as elevadas taxas de “não-resposta” (mais de 60% em ambas as situações), prendem-se com
o facto de a maior parte dos inquiridos nunca ter frequentado a escola em Portugal ou não
ter sentido a necessidade de solicitar a sua equivalência escolar.
Por último, a questões como o “comportamento dos portugueses” e situações de “discri-
minação/racismo”, os imigrantes atribuíram pouca importância à sua chegada a Portugal,
facto que ainda é mais desvalorizado na situação actual, o que reforça a ideia de uma recep-
tividade amigável com respeito pelas diferenças, por parte dos naturais da RAM.
De qualquer modo, ainda que não se valorize muito esses itens, quando questionados se
os imigrantes, de uma maneira geral são discriminados, cerca de 75% afirmaram que sim,
contrastando com os 44% que efectivamente dizem ter passado por situações de discrimi-
nação, o que demonstra algum desfasamento entre as percepções e as realidades efectivas
(Anexos 23 e 24).
No sentido de aferir se estas situações discriminatórias seriam mais ou menos significati-
vas em determinadas comunidades, procurou-se cruzar esta variável com as respectivas
nacionalidades (Anexo 25). Os resultados revelam-nos que esta situação é particularmente
expressiva nas comunidades africanas, sendo os imigrantes angolanos os que mais denun-
ciam esta situação (76,5% dos inquiridos desta nacionalidade), seguido dos guineenses
(61,9% dos inquiridos desta nacionalidade).
As situações em que se verificaram situações discriminatórias são muito diversas ( Figura.20),
apontando-se o local de trabalho como a situação mais frequente (29,1%). Segue-se por or-
dem decrescente de importância, os serviços públicos (15,9%), situações de arrendamento
(10%) e supermercados/lojas (9,2%).
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 20 – Situações de discriminação
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 26
A situação mais gravosa no trabalho (Anexo 27) aponta para os “colegas de trabalho” como
os principais responsáveis pela discriminação (43,8%), seguido dos “clientes” (31%) e o “pa-
trão” (25,1%). Outra situação prende-se com atitudes discriminatórias na escola, mas sendo
poucos os inquiridos que a frequentam, os resultados acabam por não se revelar represen-
tativos. Ainda assim, refira-se que dos 27 indívíduos que frequentam a escola, 15 afirmaram
ter sido alvo de alguma atitude discriminatória por parte dos seus colegas, o que equivale a
cerca de 55%. Apenas 8 indívíduos se queixaram dos docentes (29,6%) e 4 dos funcionários
(14,8%).
As “outras situações” (que representam 5,2% dos imigrantes que se afirmaram discrimina-
dos), incidem sobretudo sobre o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, havendo também re-
ferências (pontuais) aos serviço da Polícia de Segurança Pública, discotecas, vizinhos, entre
outros (Anexo 28).
Sobre os factores que consideram importantes para a integração (Figura 21), as opiniões são
muito convergentes: “ter emprego”, “falar bem português” e “ter família em Portugal” são os
três itens mais valorizados (por respectivamente 91,1%, 82,3% e 78,5% dos inquiridos). Em
situação oposta, são desvalorizados (classificações 1 e 2) aspectos como “conseguir com-
prar casa” (32,9%), “ter carro” (30,2%) e “manter os mesmos hábitos culturais” (24,2%).
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Figura 21 – Factores de integração
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 29
A confirmar todos estes resultados surge a resposta dos inquiridos sobre aquilo que consi-
deram ser o seu grau de integração (Anexo 30), pois cerca de 25% considera-se “plenamente
integrado”, 31% “muito integrado” e 35,8% “integrado”. Assim, é meramente residual a per-
centagem de indivíduos que se considerada “pouco ou nada integrado” (6,5%).
Aliás, quando questionados sobre a quem solicitariam ajuda numa situação de emergência
(Anexo 31), os “amigos portugueses” constituíram uma opção para 18,8% dos inquiridos, o
que reforça esta noção de boa integração das comunidades imigrantes na RAM. Todavia,
os “amigos imigrantes” constituem a solução mais comum (cerca de 40% dos inquiridos) e
os “familiares em Portugal” cerca de 24%. Os “serviços públicos portugueses” representam
cerca de 8%, os “colegas de trabalho” pouco menos de 3% e os “vizinhos portugueses” cerca
de 1%. As restantes situações previstas no questionário - “vizinhos imigrantes”, “serviços
públicos do país de origem”, “instituições religiosas” e “associações/IPSS de carácter não
religioso” representam menos de 1% cada.
A criação de laços de amizade é naturalmente um factor deveras importante no processo de
socialização de qualquer indíviduo e, consequentemente, no processo de integração social.
Neste sentido, o inquérito aplicado continha uma questão específica (G.46) sobre quem
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eram os amigos em Portugal dos inquiridos (Quadro 4). Refira-se que esta questão, sendo
de escolha múltipla, explica um total de 807 respostas (valor muito superior ao número de
inquiridos).
Quadro 4 – Relações de amizade dos inquiridos
Relações de amizade n.º (%)
Amigos imigrantes da mesma nacionalidade 306 37,9
Amigos imigrantes de outra nacionalidade 58 7,2
Amigos portugueses colegas de trabalho 173 21,4
Amigos portugueses vizinhos 46 5,7
Amigos portugueses outros 156 19,3
Amigos familiares 68 8,4
Total 807 100,0
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia
Constata-se que os amigos imigrantes da mesma nacionalidade são o grupo mais represen-
tativo, ganhando ainda mais importância se juntarmos também os amigos imigrantes de
outras nacionalidades, totalizando cerca de 45% das escolhas. Todavia, as relações de ami-
zade com os portugueses estão mais que consolidadas, pois os amigos portugueses (colegas
de trabalho, vizinhos e outros) representam no seu conjunto 46,4%.
Por último, esta análise relativa à integração jamais ficaria completa se não fosse feita algu-
ma referência à importância do tecido associativo no (complexo) processo de integração
dos imigrantes. Antes de ser feita a análise dos resultados obtidos específicos deste domínio,
será interessante tecer algumas considerações sobre as associações de imigrantes em fun-
cionamento na RAM.
À data de aplicação deste inquérito, existiam na RAM três associações de imigrantes devi-
damente oficializadas, ou seja, com corpos dirigentes em funções e reconhecidas pelas en-
tidades governamentais regionais: ACRAM (Associação Cultural e Recreativa dos Africanos
na Madeira), AUM (Associação Ucraniana da Madeira) e a AIM (Associação dos Islâmicos
da Madeira). Estas três instituições possuem sede própria e localizam-me no concelho do
Funchal, em locais densamente urbanizados, servidos de boas acessibilidades. Sendo a mais
antiga a sede da ACRAM, que se localiza no conhecido Bairro da Nazaré (São Martinho), e as
outras duas relativamente próximas, em Santo Amaro, também integradas num Conjunto
Habitacional. A sede da comunidade islâmica foi inaugurada em Dezembro de 2009 e conta
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com a existência de uma mesquita, um local de culto que assegura aos imigrantes de dife-
rentes nacionalidades (e inclusive a alguns naturais da RAM) o pleno exercício da sua liber-
dade religiosa. No caso da comunidade ucraniana, a sede é ainda mais recente, tendo sido
inaugurada em 2010.
Estas associações, para além de manterem as portas das respectivas sedes abertas ao lon-
go da semana, prestando o apoio possível aos seus conterrâneos, têm o seu ponto alto
numa actividade anual chamada “Encontro dos Povos Africanos” (no caso da ACRAM) e
o “Encontro dos Povos de Leste” (promovido pela AUM). Tradicionalmente, estas activi-
dades tem beneficiado da colaboração oficial da tutela, por via da Secretaria Regional dos
Recursos Humanos e consiste numa grande festa realizada ao ar livre (habitualmente no
espaço do Jardim Municipal), com actividades culturais diversas - músicas, danças, arte-
santo, exposições, etc, não apenas relativas à cultura dos povos imigrantes, mas também
às tradições regionais (por via do folclore, por exemplo), assegurando um cartaz que atrai
um número significativo de pessoas (imigrantes e portugueses locais), num ambiente de
multiculturalidade salutar.
Relativamente à comunidade venezuela uma das maiores e mais “antigas” da RAM, há a
considerar a existência do Clube Social das Comunidades Madeirenses, com sede própria
localizada no Funchal - São Martinho, inicialmente criada com vista à prestação de apoio
aos emigrantes regressados e lusodescendentes, fosse de que país fosse. Tratando.se de uma
associação sem fins lucrativos, tem como missão responder à necessidade de união e inte-
gração de todas as comunidades madeirenses que estão pelo mundo fora e a todas aquelas
que voltaram à Madeira e agora querem reiniciar a sua vida. Clube Social das Comunidades
Madeirenses pretende possibilitar uma melhor integração na sociedade, sem, por sua vez,
esquecer as tradições e hábitos que aprenderam nos países de acolhimento.
Todavia, a praxis leva-nos a concluir que este Clube está mais vocacionado para o apoio à
comunidade portuguesa da Venezuela. Nesta importante estrutura associativa, desenvol-
vem-se festividades temáticas, actividades desportivas, passeios e almoços-convívio que
envolvem a região de origem e o país de acolhimento que não possui qualquer associação.
No que concerne aos estrangeiros brasileiros, embora se trate de uma comunidade mais
recente, não existe qualquer movimento associativo. As ligações entre os brasileiros não são
tão perceptíveis como as que se verificam ao nível dos elementos de origem venezuelana,
por exemplo. Uma das razões para tal, julgamos estar associada ao facto desta comunidade
evidenciar um certo “desprendimento” emocional e material. Dos muitos contactos tidos
com indivíduos brasileiros, registamos esta ideia de que a sua presença na RAM é mera-
mente transitória, podendo a qualquer altura regressarem ao país de origem, assim que
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
alcançarem as metas financeiras que definiram nos seus projectos de vida.
Voltando novamente aos resultados do inquérito, verificou-se que a grande maioria dos
inquiridos (85,7%) afirmam não pertencer a qualquer grupo ou associação (Anexo 32). Dos
que responderam afirmativamente (13,6%), procurou-se saber a que tipo de grupo ou asso-
ciação pertenciam, obtendo-se os resultados expostos na figura seguinte (Figura 22). As as-
sociações de imigrantes da mesma origem representam 39% das respostas, tendo também
relevância o conjunto de “outras associações” (de carácter desportivo, cultural ou religioso)
com 46%. Os sindicatos reúnem 11,5% das respostas afirmativas.
Figura 22 – Tipo de associações frequentadas
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 33
Um dos parâmetros que poderá também contribuir para a avaliação do domínio da inte-
gração, prende-se com a movimentação do imigrante na sociedade e no acesso que tem (ou
não) aos principais serviços e instituições públicas e/ou privadas. Duas variáveis analisadas
nesta questão prendem-se com o conhecimento e a frequência de um conjunto de institui-
ções/serviços. Como seria expectável, em todas as possibilidades, a percentagem relativa ao
“conhecimento” das instituições é superior aos da respectiva “frequência”.
Uma análise mais atenta dos resultados expressos no gráfico da figura que se segue (Figura
23), mostra-nos que o SEF é a instituição mais procurada pelos imigrantes (93,3%), seguido
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dos Serviços das Finanças (87,5%), Bancos (84,3%), Junta de Freguesia (79%), Centro de
Saúde (72,5%), Polícia (62,6%), transportes colectivos (61,5%), Câmara Municipal (54,4%)
e Embaixada/Consulado (51,7%). As restantes possibilidades ficaram abaixo da fasquia dos
50%, sendo o ACIDI e o CLAII as duas instituições menos conhecidas/frequentadas, pois
como é sabido, à data da realização do inquérito não existia na RAM nenhum CLAII em
funcionamento, cabendo ao Centro das Comunidades Madeirenses o desempenho dessas
funções. A confirmar o que já se havia referido anteriormente, as associações de imigrantes
têm ainda pouca expressão
Figura 23 – Nível de conhecimento/Frequência das instituições
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 34 A
Esta questão não poderia dissociar-se da respectiva avaliação das instituições/serviços.
Com base no total de imigrantes que efectivamente já frequentaram as instituições/serviços,
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procuramos sintetizar a avaliação que os imigrantes efectuaram e, de um modo geral, o
julgamento é manifestamente positivo (Figura 24). Ainda assim, considerando os níveis
“deficiente” e “muito deficiente” (os menos abonatórios), o SEF e os Serviços de Finanças
ocupam as posições menos favoráveis, com 23% e 20%, respectivamente.
Figura 24 – Avaliação das Instituições
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 34 A
Para completar esta análise do campo da integração, refira-se ainda duas outras situações:
uma primeira questão relacionada com o exercício do direito de voto, sendo que neste pa-
râmetro os resultados indicam que apenas 15,3% dos imigrantes já exercerem esse direito e
dever cívico e uma segunda questão relacionada com a posse de carta de condução válida
em Portugal, cujos resultados apontam para os 57,3% de indivíduos nessa situação.
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3.5 prátiCas Culturais
A integração do imigrante no país que o acolhe reflecte-se, nas
suas práticas culturais, na forma como ocupa os seus tempos
livres e na língua utilizada em casa (Anexo 35). Mais de 70% dos
imigrantes inquiridos utiliza o português como principal língua,
logo seguida do espanhol, sendo este facto facilmente explicado
pela presença da grande comunidade de imigrantes oriundos da
Venezuela. Como segunda língua também se evidencia o portu-
guês, seguido do inglês. Como terceira língua, o português e o
inglês entram mais ou menos com a mesma percentagem (2%). A
razão do português se evidenciar como primeira e segunda língua
prende-se com o facto de muitos dos imigrantes serem brasileiros
e africanos de língua oficial portuguesa (PALOP).
Este mesmo factor reflecte-se na religião adoptada (Anexos 36A
e 36B), sendo que 42,3% dos inquiridos são católicos e 21,3% não
praticam nenhuma religião. A religião Protestante Evangélica e
Ortodoxa também têm uma certa representatividade (14,5% e
11,2%, respectivamente), o que se relaciona com o número de
imigrantes oriundos no primeiro caso da América do Sul (nomea-
damente do Brasil) e no segundo caso da Europa de Leste.
A forma de viver dos imigrantes, que se reflecte nos seus usos e
costumes, tem muito a ver com o que já era habitual fazerem na
sua terra natal e de uma tentativa de maior integração no país que
os recebe (Figura 25).
3.5
PR
ÁTIC
AS C
ULT
UR
AIS
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 25 – Práticas culturais desenvolvidas pelos inquiridos
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia - anexo 37
Assim, o que mais se destaca é o ver televisão todos os dias, quer ligado a canais nacionais
(75%), quer do seu país de origem (60%), seguindo-se a leitura de jornais e de revistas portu-
guesas (60%) e ouvir música do país de origem (54%) e música portuguesa (42%). A ida aos
cafés (60%) também é um costume muito arraigado na população imigrante, assim como
consultar sites do país de origem (52%). O usar trajes tradicionais (40%) e comer comidas
típicas do país de origem (40%) são hábitos diários que muitos dos imigrantes continuam a
manter para recordar a sua terra. O mesmo acontece com a compra de produtos do país de
origem todos os dias (36%), ou mesmo todas as semanas (18%), que reflecte a ligação destes
imigrantes ao seu país.
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3.6 perCursos migratórios
A análise da trajectória migratória, que a seguir se apresenta, re-
flecte para além das motivações que estão na base da decisão de
imigrar e na escolha da RAM como destino migratório, as condi-
ções em que as mesmas foram realizadas.
No que respeita aos motivos de saída do país de origem (Figura
26), a maior parte dos inquiridos (52,3%) elegeu factores de natu-
reza económica e/ou profissional, como principais responsáveis.
Em muitos casos, saíram do seu país devido à situação socioeco-
nómica precária ali vivida, onde o emprego escasseava ou seria
mal remunerado.
Será de salientar, igualmente, o valor relativo à reunião familiar.
Cerca de 20%, da amostra indica que saiu do seu país com o ob-
jectivo de reunir-se, sobretudo, ao cônjuge que já se encontrava
em Portugal. Acompanhar os pais, surge como o terceiro motivo
mais referido (8,9%), enquanto situações de estudo e de fuga à
instabilidade sociopolítica representam no seu conjunto, apenas
5% das respostas.
Entre as outras razões apontadas para abandonar o país, a mais
frequente é ter conseguido um contrato de trabalho e, em segun-
do lugar, para acompanhar algum familiar.
Figura 26 – Motivos de saída do país de origem
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 38
3.6
PER
CU
RSO
S M
IGR
ATÓ
RIO
S
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
As oportunidades de emprego disponibilizadas em Portugal nos últimos anos, essencial-
mente pelos sectores da construção civil (através das grandes obras públicas), hotelaria
e indústria e o conhecimento da língua/cultura, (explicado pelo facto da maior parte da
amostra ser originaria de países de língua oficial portuguesa) foram os motivos que mais
pesaram aquando da escolha do destino para a migração (Figura 27).
Para cerca de 15% dos inquiridos, a escolha foi facilitada pelo facto de possuírem ascen-
dência/família portuguesa, sobretudo no caso dos venezuelanos, ou porque pretendiam
reunir-se à família (12,3%). A facilidade de entrada no país reuniu consenso por parte de
7,1% dos inquiridos que viam Portugal como um dos países da Europa onde o processo de
legalização se encontrava mais facilitado (ou menos restritivo).
Figura 27 – Razões de escolha de Portugal como país de residência
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexos 39A e 39B
A maior parte dos inquiridos veio directamente para Portugal, sem ter vivenciado outra
experiência de imigração (80%). No entanto, cerca de 19% incluíram na sua trajectória mi-
gratória a passagem por um ou mais países, sobretudo da União Europeia, sendo os mais
referidos a Espanha e Reino Unido (Anexo 40). Contudo, uma grande parte dos inquiridos
(34,9%) não excedeu sequer um ano de permanência (Figura 28).
Os motivos de saída do país de residência anterior a Portugal (Quadro 5) são diversos, mas
a maioria aponta razões de natureza económica e o emprego como causa fundamental
(57,8 %).
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Quadro 5 – Motivos de saída do país de residência anterior a Portugal
Motivos de saída do país de residência anterior a Portugal n.º (%)
Económico/Emprego 48 57,8
Reunir-se à família 22 26,5
Acompanhar os pais 1 1,2
Estudar 3 3,6
Políticos 2 2,4
Saúde 1 1,2
Outros 4 4,8
Não responde 2 2,4
Total 83 100,0
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia
Figura 28 – Tempo de residência no país anterior a Portugal
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 41
Já em Portugal, a escolha do concelho de residência foi determinada em 43,6% dos casos
pelo factor emprego, sendo a segunda razão mais apontada relacionada com a boa quali-
dade do ambiente “natural”. No entanto, a proximidade face a familiares ou amigos (21%),
os acessos viários/acessibilidade (19,2%), os preços mais baixos das habitações (16,6%) e
o facto de ser o local de residência de muitos imigrantes provenientes da mesma origem
(14,5%), foram aspectos tidos igualmente em consideração (Quadro. 6).
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Quadro 6 – Motivos da escolha do actual concelho de residência
Motivos escolha do concelho de residência n.º (%)
Local onde encontrou emprego 195 43,6
Boa qualidade da Ambiente “natural” (clima, paisagem) 148 33,1
Boa imagem dos habitantes e do ambiente social 46 10,3
Bons acessos viários/acessibilidade 86 19,2
Local de residência de imigrantes provenientes da origem 65 14,5
Proximidade face a familiares ou amigos 97 21,7
Preços mais baixos na habitação 74 16,6
Nível de vida mais acessível 23 5,1
Qualidade mais elevada nas habitações 18 4,0
Serviços e comércio 20 4,5
Outros motivos 6 1,3
Nota: Esta era uma questão de escolha múltipla, por este motivo a soma da coluna excede o número total de imigrantes. As percentagens são calculadas para o total de imigrantes (447) pelo que a soma da coluna também excede os 100%.
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia
Uma análise à forma de imigração utilizada (Figura 29) revela que 44,4% dos imigrantes
chegaram à RAM sozinhos, utilizando meios próprios ou familiares, em 22,6% dos casos
vieram com a família e 11,4% através de recrutamento directo realizado por um empregador
português, sendo estes, na maioria, jogadores profissionais. A esmagadora maioria (92,8%)
afirma que para chegar ao seu destino não teve de efectuar qualquer pagamento a terceiros.
Figura 29 – Forma utilizada para imigrar
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 42
![Page 68: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/68.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Para entrar em Portugal, 43,2% dos inquiridos utilizaram apenas o passaporte, sendo que
33,1% o fez utilizando um visto de turista e 14,1% um visto de trabalho (Quadro 7).
Quadro 7 – Documentos utilizados na entrada em Portugal
Documentos de entrada em Portugal n.º (%)
Passaporte s/visto 193 43,2
Visto turista 148 33,1
Visto trabalho 63 14,1
Visto estudo 7 1,6
Visto entrada temporária 21 4,7
Outro 8 1,8
Não responde 7 1,6
Total 447 100,0
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia
Quando questionados acerca da sua situação em Portugal (Figura 30), a maioria (83%) afir-
ma estar legalizado e apenas 5% aguardam decisão por parte dos serviços. Dos inquiridos,
10% revelam estar ainda em situação irregular, o que é um valor considerável, com conse-
quências, tanto para o mercado de trabalho, como para o próprio imigrante, na medida em
que na maior parte de casos estes não beneficiam de protecção social e direitos de reforma,
para além de poderem estar mais sujeitos a eventuais explorações por parte das entidades
empregadoras.
Figura 30 – Regularização – situação na RAM
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 43
![Page 69: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/69.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Uma análise ao período de regularização (Figura 31) revela que 25% destas ocorreram até
2001 o que poderá dever-se à regularização extraordinária de 1996 (Lei n.º 17/96, de 24 de
Maio) que permitiu a emissão de um título provisório anual, renovado pelo período de três
anos que veio produzir os seus efeitos nos anos de 1999 e 2000, com um aumento da po-
pulação estrangeira com títulos de residência. Por sua vez, em 2001, a alteração da lei de
estrangeiros permitiu a regularização de trabalhadores estrangeiros por conta de outrem,
através da figura da autorização de permanência (AP), a qual, decorridos cinco anos facul-
tava o acesso à autorização de residência. Assim se justifica que em 2005 metade dos inqui-
ridos já estivessem legalizados. No período entre 2008 e 2010 regularizaram a sua situação
25% dos inquiridos.
Figura 31 – Ano de regularização
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 44
Quanto à possibilidade de obter a nacionalidade portuguesa, a maior parte (76,3%) revela
que pretende tornar-se cidadão português.
![Page 70: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/70.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
3.7 relações Com o país de origem
Quando analisamos as relações que os imigrantes mantêm com o
país de origem, verificamos que entre os inquiridos 58% já regres-
sou, de visita, ao seu país de origem, contra 41% que ainda não
teve essa oportunidade ou vontade.
Embora a percentagem de imigrantes que afirmam já ter regres-
sado ao seu país de origem seja elevada, quando procuramos
aferir a frequência do seu regresso, verificamos que 65% dos
inquiridos voltou ao seu país de origem menos de quatro vezes,
como podemos verificar através da figura seguinte (Figura 32). Tal
facto é particularmente relevante se tivermos em conta que 75%
dos inquiridos está em Portugal há 10 ou menos anos, denotando
uma elevada relação destes imigrantes com os seus países e, ao
mesmo tempo, alguma disponibilidade financeira.
Figura 32 – Número de deslocações ao país de origem
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 45
Quando solicitados a apontar as razões que os levam a regressar
ao seu país de origem (Anexo 46), verificamos que 51,5% dos in-
quiridos apontam as férias como motivação para o regresso, o que
denota a intenção de manter a sua residência em Portugal. Outra
motivação, recorrentemente apontada, prende-se com acon-
tecimentos ou assuntos de carácter familiar, que em conjunto
3.7
REL
AÇÕ
ES C
OM
O P
AÍS
DE
OR
IGEM
![Page 71: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/71.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
representam 28,9% das respostas obtidas. São ainda apontadas como razões justificativas
do regresso ao país de origem a necessidade de tratar de documentos (8,7%), a necessidade
de tratar de negócios (6,8%), levar/trazer bens (3,2%) e outros motivos (1%).
Relativamente aos inquiridos que, desde que se encontram em Portugal, nunca regressa-
ram ao seu país de origem (41% do total), a justificação mais apontada para esse facto é a
falta de oportunidade (22,2%), o que não nos permite concretizar com precisão o motivo
do não regresso, o que acontece também com os 9,1% de inquiridos que apontaram moti-
vos pessoais. Se atendermos apenas as respostas onde foram indicadas razões objectivas,
constatamos que as principais razões se prendem com razões económicas (13,5%), falta de
documentação (13,5%) e motivos profissionais (10,2%). Salientamos ainda o facto de um
número significativo de inquiridos (9,7%) terem apontado como justificação o facto de não
sentirem necessidade de regressar ao seu país de origem.
Foram ainda referidas como razões justificativas para o não regresso, embora apresentando
valores residuais, a insegurança no país de origem (2,2%), o facto de residir em Portugal há
pouco tempo (1,1%), a instabilidade política (0,5%), os estudos (0,5%), o facto de toda a fa-
mília viver em Portugal (0,5%) e ainda a preferência por conhecer outros países (Anexo 47).
Como aferimos anteriormente pelas respostas obtidas, um dos elos que reforça a ligação
dos imigrantes ao seu país de origem é a existência de familiares nesses países.
No universo analisado, 50% dos inquiridos afirma ter familiares dependentes nos países
de origem, com destaque para os ascendentes imediatos (pais/sogros) e os irmãos (Figura
33). Daqueles que declaram ter familiares dependentes, 21% manifestaram a intenção de
proceder ao reagrupamento familiar, trazendo para Portugal os seus parentes.
Figura 33 – Familiares dependentes no país de origem
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 48
![Page 72: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/72.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
No entanto, pelos dados recolhidos, verificamos que a existência de familiares dependentes
no país de origem não é a única motivação para o envio de remessas em dinheiro, pois em-
bora “apenas” 50% dos inquiridos afirme ter familiares dependentes no seu país de origem,
60% dos indivíduos asseguram enviar remessas em dinheiro (Anexo 49).
Como podemos observar, através da análise ao gráfico da figura seguinte, uma significativa
maioria dos inquiridos (62,3%) enviam, em média, valores que variam entre os 51€ e os 250€
por mês. Verificamos ainda que 15,2% dos imigrantes que responderam ao questionário
envia entre 251€ e 500€, valores de algum modo significativos, se atendermos ao salário
médio nacional.
Figura 34 – Valor médio mensal das remessas efectuadas para o país de origem
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 50
Contudo, devemos salientar o facto de 11,9% dos inquiridos enviarem remessas em di-
nheiro superiores a 1000€. Atendendo à reduzida percentagem de indivíduos com elevadas
qualificações ou especializações, que por norma conferem remunerações mais elevadas, a
percentagem significativa de indivíduos que enviam remessas superiores a 1000€ poder-se-á
explicar, em parte, pelo significativo número de profissionais ligados ao sector do desporto,
em particular ao futebol, que na globalidade da amostra representam cerca de 10% e que na
generalidade auferem rendimentos bastante superiores à média nacional.
Outro aspecto relevante, quando abordamos as relações do imigrante com o país de origem,
prende-se com a intenção/vontade de regressar ao país de origem (Figura 35).
![Page 73: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/73.jpg)
(71)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Figura 35 – Pretensão de viver noutro país
Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 51
Neste capítulo, pudemos aferir que 57,3% dos inquiridos não manifesta a intenção de aban-
donar Portugal, enquanto 25,5% afirma pretender voltar ao país de origem. Nestes casos,
as expectativas, relativamente ao momento do regresso ao país de origem (Anexo 52) são
muito díspares, variando entre 1 e 20 anos, sendo que 55,3% destes inquiridos espera re-
gressar ao seu país de origem nos próximos 5 anos, enquanto 25,6% espera permanecer em
Portugal entre 5 a 20 anos. Constatámos ainda que 19,3% destes indivíduos não manifestam
qualquer expectativa relativamente ao momento do regresso.
Ainda no que concerne às pretensões de viver noutro país, verificamos que 15,2% dos in-
divíduos manifestam vontade de residir noutro país, que não Portugal ou o país de origem.
Nestes casos, Espanha e o Reino Unido surgem destacadamente no topo das preferências
destes imigrantes para país de acolhimento (Anexo 53).
![Page 74: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/74.jpg)
(72)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Os movimentos migratórios são reconhecidamente o
produto da combinação de um conjunto diversificado
de factores (sociais, políticos, culturais e económicos)
que actuam de forma distinta nas áreas de partida
(origem) e de chegada (destino).
Enquanto região de acolhimento, particularizada pela sua con-
dição geográfica (arquipélago), a RAM dispõe de um conjunto de
atractivos aos quais o imigrante não tem ficado alheio. Com uma
importância variável ao longo do tempo, em função das conjun-
turas político-económicas, o factor económico tem representado
ciclicamente o principal atractivo para os imigrantes, embora não
sendo o imigrante única e exclusivamente um indivíduo à procu-
ra do emprego. Outros factores acabam por pesar na sua opção,
como por exemplo, os factores climático, familiar, político ou, até
mesmo, o linguístico, entre outros.
Porque precisamente o processo de tomada de decisão do imi-
grante está vinculado a estas e outras variáveis, acabamos por não
encontrar nas populações estrangeiras comportamentos homo-
géneos. A pluralidade é, assim, uma marca da presença destes po-
vos na comunidade madeirense que importa perceber e respeitar,
visando a sua integração, com respeito pelas diferenças que estes
comportam nos seus hábitos e condutas diárias.
Os imigrantes que escolheram a Região para viver e trabalhar,
depois de passarem por um período de adaptação em que os ní-
veis de dificuldade foram diminuindo ao longo do tempo, estão
actualmente bem integrados. Somente 6,5% dos inquiridos con-
sideram, ainda, não se sentirem bem na região que os recebeu.
Este facto é comprovado através de diversos indicadores, com
destaque para a percentagem dos que têm casa própria (22%)
ou efectua arrendamento (66%) em habitações condignas onde
não faltam os electrodomésticos correntes e, também, para a
integração no mercado de emprego, verificando-se que 82% dos
inquiridos têm o trabalho como principal modo de vida em regi-
me do tipo permanente ou regular. A maior parte dos imigrantes
trabalha no sector da construção civil ou como empregados de
mesa ou de balcão, em empregos cujas exigências de habilitações
IV. C
ON
CLU
SÕES
E R
ECO
MEN
DAÇ
ÕES
![Page 75: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/75.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
são, muitas vezes, inferiores às que os interessados detêm. Este factor poderá ser indício
de alguma insatisfação pessoal, só ultrapassada pela comparação do nível de vida que te-
riam no país de origem e o que poderão oferecer à família estando imigrados em Portugal e,
particularmente, na Região Autónoma da Madeira. Cerca de 30% dos inquiridos têm habili-
tações literárias até ao 9º ano (escolaridade obrigatória) e somente 6,6% não têm qualquer
formação escolar.
Uma situação preocupante é ter sido detectado que 10% dos inquiridos (sobretudo da co-
munidade brasileira) não têm a sua situação regularizada, o que poderá contribuir para
uma possível exploração por parte de entidades empregadoras pouco escrupulosas e para
uma situação de mal-estar e de insegurança.
A discriminação sentida por alguns imigrantes, em particular oriundos dos países africanos,
é motivo de reflexão, ainda mais quando recordamos que a RAM foi, e ainda é, uma região
de emigrantes, nem sempre bem tratados nos países que escolheram para residir e traba-
lhar. De qualquer modo, os resultados apontam para uma relação de respeito e tolerância
para com as comunidades imigrantes. Aliás, a percepção que temos decorrente do quoti-
diano, é a de que as atitudes racistas ou xenófobas na RAM são residuais, não afectando a
convivência entre os naturais da RAM e os imigrantes.
Uma outra conclusão relaciona-se com os benefícios que a Região poderá ter da vinda dos
imigrantes. Estes fazem parte da população activa, com idades compreendidas entre os 25
e 40 anos, em plena força de trabalho, o que é importante porque vem colmatar lacunas
relacionadas com trabalhos que os residentes nem sempre ocupam por serem muito “pe-
sados” e, porventura, mal renumerados. Por outro lado, estes imigrantes fazem aumentar
a taxa de crescimento efectivo da população residente, passando esta a registar um valor
positivo. Este facto ganha particular relevância na actual conjuntura demográfica. Também
na RAM se começam a sentir os efeitos do envelhecimento e pela primeira vez em dez anos
se registou um crescimento natural negativo.
No campo das recomendações, a equipa que desenvolveu este estudo é unânime em con-
siderar que seria muito pertinente aprofundar um pouco mais este projecto. Isso implicará,
quiçá, a aplicação de mais inquéritos, nomeadamente nos concelhos adjacentes ao Funchal
e, sobretudo, dirigidos às comunidades imigrantes de outra geração, porventura aquelas
que chegaram à RAM na década de noventa e que hoje se encontram perfeitamente ins-
taladas e integradas na sociedade. Por outro lado, aspectos ligados às relações sociais dos
imigrantes na comunidade local mereciam também uma outra atenção, nomeadamente, ao
nível do papel das associações de imigrantes e das próprias instituições religiosas, estas úl-
timas particularmente activas no caso das comunidades islâmicas, brasileiras e ucranianas,
não se conhecendo ao certo os efeitos das mesmas sobre a população.
![Page 76: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/76.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
No que à imigração diz respeito, consideramos que a abertura de um CLAII na RAM (inau-
gurado oficialmente a 15 de Julho de 2010) constituiu um passo muito importante no apoio
a esta população. Não raras vezes, os imigrantes recorrem aos serviços do SEF existente na
Loja do Cidadão do Funchal, para obtenção de determinados tipos de apoios que clara-
mente ultrapassam as competências dos funcionários daquele serviço. Talvez porque não
consigam obter todas as informações que desejam, este serviço foi um pouco penalizado na
sua avaliação, como se constatou no item relativo à avaliação das instituições.
Por isso, a abertura do CLAII constituiu um passo significativo de apoio ao imigrante (re-
corde-se que, à data do início dos trabalhos relativos à aplicação dos questionários, este
organismo ainda não existia na RAM), pese embora esse apoio fosse já prestado pelo Centro
das Comunidades Madeirenses, um importante organismo público que é tradicionalmente
encarado como uma entidade vocacionada para o apoio aos emigrantes, o que não é de
todo verdade. Aliás, as relações directas de apoio prestado por esta instituição às diferentes
associações de imigrantes, são bem notórias e reconhecidas, nomeadamente no que con-
cerne à promoção de eventos culturais.
Pensamos todavia que as associações de imigrantes encontram-se ainda um pouco aquém
das suas reais potencialidades, visando a integração e o apoio ao imigrante, bem como, a
promoção da sua própria cultura. Os resultados do inquérito apontam nesse sentido, não
sendo evidente o impacto das mesmas no quotidiano do imigrante. Aliás, a inexistência de
uma associação para a comunidade brasileira, por exemplo, causa alguma perplexidade,
pois parece-nos fazer algum sentido a existência desse tipo de organismo, embora se trate
de uma comunidade que facilmente se adapta aos hábitos e costumes locais.
![Page 77: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/77.jpg)
(75)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
ALBUQUERQUE, Rosana, et al. (2000), O Fenómeno Associativo
em Contexto Migratório. Duas Décadas de Associativismo de
Imigrantes em Portugal. Celta Editora (Oeiras).
DRE (2009), Anuário Estatístico da Região Autónoma da Madeira
- 2008. SRPF.
FONSECA, Maria Lúcinda et al. (2005), Reunificação familiar
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Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME).
ROSA Maria, SEABRA Hugo e SANTOS Tiago (2005), Contributo dos
Imigrantes na Demografia Portuguesa 4. Alto Comissariado
para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME).
SEF - Departamento de Planeamento e Formação (2009),
Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo 2008.
SEF - Departamento de Planeamento e Formação (2010),
Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo 2009.
VITORINO António et al. (2009), Migrações: oportunidade ou
ameaça? A Habitação e a Saúde na Integração dos Imigrantes.
Edições Princípia, Cascais.
BIB
LIO
GR
AFIA
![Page 78: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/78.jpg)
(76)
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Direcção Regional de Estatística
DRE, Demografia em Foco, 17 de Março de 2010
http://estatistica.gov-madeira.pt/
Instituto Nacional de Estatística
Estatísticas demográficas, 1980 a 1998
http://inenetw02.ine.pt:8080/biblioteca/index.jsp
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
Residentes por distrito, 1999 a 2005
População estrangeira em território nacional, 2006 a 2008
http://www.sef.pt/portal/v10/PT/aspx/estatisticas/index.
aspx?id_linha=4224&menu_position=4142#0
WEB
GR
AFIA
![Page 79: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/79.jpg)
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
ACIDI Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo
Intercultural
ACRAM Associação Cultural e Recreativa dos Africanos na
Madeira
AIG Associação Insular de Geografia
AIM Associação Islâmica da Madeira
APP Associação Protectora dos Pobres
AUM Associação Ucraniana da Madeira
CCM Centro das Comunidades Madeirenses
CNP-94 Classificação Nacional de Profissões (1994)
CLAII Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes
DRE Direcção Regional de Estatística
INE Instituto Nacional de Estatística
SEF Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
SRRH Secretaria Regional dos Recursos Humanos
RAM Região Autónoma da Madeira
ABR
EVIA
TUR
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![Page 80: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/80.jpg)
(78)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
autorização de permanênCia (ap)Título que confere o direito a um indivíduo de residir em territó-
rio nacional e que foi concedido durante os anos de 2001 a 2003.
Esta configura um visto de trabalho, aposto no passaporte do seu
titular. É válida por um período de um ano, prorrogável por idên-
ticos períodos, até ao limite de cinco anos (Decreto-Lei n.º 34/2003,
DR 47, SÉRIE I-A de 2003-02-25).
autorização de residênCia permanente (ar)Título que confere o direito a um indivíduo de residir em terri-
tório nacional. A autorização de residência permanente não tem
limite de validade (Decreto-Lei n.º 34/2003, DR 47, SÉRIE I-A de 2003-
02-25; artigo 84.º).
Cessação do estatuto de residente
Fim do estatuto legal de residente. Este fim pode ser determinado
pela vontade do próprio (saída voluntária e retorno voluntário),
por decisão administrativa (cancelamento) ou judicial (expul-
são judicial), obtenção de nacionalidade portuguesa ou por
falecimento.
densidade populaCional
Intensidade do povoamento expressa pela relação entre o número
de habitantes de uma área territorial determinada e a superfície
desse território (habitualmente expressa em número de habitan-
tes por quilómetro quadrado).
grupo étniCo-Cultural
Comunidade de indivíduos que partilham características comuns
(origem familiar e língua materna, por exemplo) e que vivem no
interior de uma sociedade mais ampla com características cultu-
rais diferentes.
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(79)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
imigrante temporário
Pessoa (estrangeira) que, no período de referência, entrou no país com a intenção de aqui
permanecer por um período inferior a um ano, tendo residido no estrangeiro por um perío-
do contínuo igual ou superior a um ano.
imigrante permanente
Pessoa (estrangeira) que, no período de referência, entrou no país com a intenção de aqui
permanecer por um período igual ou superior a um ano, tendo residido no estrangeiro por
um período contínuo igual ou superior a um ano.
migração
Deslocação de uma pessoa através de um determinado limite espacial, com intenção de
mudar de residência de forma temporária ou permanente. A migração subdivide-se em
migração internacional (migração entre países) e migração interna (migração no interior
de um país).
naCionalidade
Cidadania legal da pessoa no momento de observação; são consideradas as nacionalidades
constantes no bilhete de identidade, no passaporte, no título de residência ou no certifi-
cado de nacionalidade apresentado. As pessoas que, no momento de observação, tenham
pendente um processo para obtenção da nacionalidade, devem ser consideradas com a
nacionalidade que detinham anteriormente.
naturalidade
Considera-se naturalidade o local do nascimento ou o local da residência habitual da mãe
à data do nascimento. Para determinados fins estatísticos deve-se considerar preferencial-
mente o local da residência habitual da mãe à data do nascimento.
países terCeiros
Países que não fazem parte nem da União Europeia, nem do Acordo sobre o Espaço
Económico Europeu (EEE).
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(80)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
população estrangeira residente
Conjunto de pessoas de nacionalidade não portuguesa que sejam consideradas residentes
em Portugal no momento da observação.
população média
População calculada pela média aritmética dos efectivos em dois momentos de observação,
habitualmente em dois finais de anos consecutivos.
população residente
Conjunto de pessoas que, independentemente de estarem presentes ou ausentes num
determinado alojamento no momento de observação, viveram no seu local de residência
habitual por um período contínuo de, pelo menos, 12 meses anteriores ao momento de
observação, ou que chegaram ao seu local de residência habitual durante o período corres-
pondente aos 12 meses anteriores ao momento de observação, com a intenção de aí perma-
necer por um período mínimo de um ano.
reagrupamento familiar
Direito que permite a um cidadão estrangeiro residente solicitar a vinda de familiares para
se reunirem a ele em território nacional. Para o efeito são considerados o cônjuge, filhos a
cargo, com menos de 21 anos ou incapazes, filhos adoptados, ascendentes a cargo e irmãos
menores sob tutela.
taxa de CresCimento migratório
Saldo migratório observado durante um determinado período de tempo, normalmente um
ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa por 100 (10^2)
ou 1000 (10^3) habitantes).
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(81)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
· Quadro síntese das entidades que colaboraram na aplicação do
inquérito
· Inquérito ACIDI aplicado no Estudo
· Resultados do apuramento estatístico decorrentes da aplicação
do inquérito (nota: a ordem pela qual se apresentam os quadros
não é necessariamente a mesma do inquérito, pois optou-se por
agrupar os resultados em função da linha de análise efectuada
neste Estudo)
ANEX
OS
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(82)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Entidades que colaboraram na aplicação do inquérito:
Academia de Línguas da Madeira
Associação Cultural e Recreativa Africana da Madeira
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Associação dos Imigrantes Ucranianos
Associação Islâmica da Madeira
Centro das Comunidades Madeirenses
Clube Desportivo Marítimo
Clube Desportivo Nacional
Conservatório – Escola das Artes da Madeira Engº Luíz Peter Clode
Consulado do Brasil
Escola Básica do 2º e 3º Ciclos Bartolomeu Perestrelo
Escola Básica do 2º e 3º Ciclos da Torre
Escola Básica do 2º e 3º Ciclos do Caniço
Escola Básica do 2º e 3º Ciclos do Estreito de Câmara de Lobos
Escola Básica do 2º e 3º Ciclos dos Louros
Escola Básica e Secundária do Carmo
Escola Básica e Secundária Ângelo Augusto da Silva
Escola Básica e Secundária de Santa Cruz
Escola Básica e Secundária do Carmo
Junta de Freguesia de Câmara de Lobos
Junta de Freguesia de Santa Cruz
Loja do Cidadão
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
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(83)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
anexo ii“estudo de diagnóstiCo de CaraCterização da população imigrante,
identifiCação dos seus problemas e dos seus Contributos para as dinÂmiCas de desenvolvimento do muniCípio”
inquérito - módulo Comum
Separador (folha excel) IDENTIFICAÇÃOConcelho de realização do Inquérito___Código Concelho (ver Lista 1)Inquiridor_____________Data de realização_____________
Nome de quem introduziu os dadosG0 - Área de residência (freguesia e bairro, se pertinente)_________________________________
Separador (folha excel) A-CARACTERIZAÇÃO FAMILIAA - Caracterização do entrevistado(a) e dos elementos que compõem o agregado familiar co-residenteNeste separador cada LINHA corresponde a um Indíviduo, assim, cada inquérito tem várias linhas
IND.1 (respondente) IND.2 IND.3 IND.4 IND.5 IND.6 IND.7 IND.8
G1. SEXO - Feminino (1); Masculino (2); Não responde(3)
G2. IDADE - Nº de anos
G3. GRAU DE PARENTESCO COM IND.1 - Cônjuge/Companheiro(a) (1); Filho(a) (2); Enteado(a) (3); Pai ou mãe (4); Sogro ou sogra (5); Nora ou genro (6); Irmã(o) (7); Neto(a)/Bisneto(a) (8); Avô ou Avó (9); Outro grau de parentesco - referir qual (10); 11= O próprio indivíduo 1;12= Não respondeG3Qual - Outro grau especificado
G4. ESTADO CIVIL - Casado (1); União de facto (2); Solteiro (3); Separado de facto (4); Divorciado (5); Viúvo (6), 7= Não responde
G5. NATURALIDADE - Concelho onde reside actualmente (1); Outro concelho (2 - indicar qual); Outro país (3 - indicar qual) 4- Não responde;G5.2 Código concelho (Ver Lista 1); G5.3 Código país (Ver Lista 2)
G6. NACIONALIDADE - Portuguesa (1); Dupla nacionalidade - Portuguesa e outra (2 - indicar a não portuguesa); Dupla nacionalidade - outros casos (3 - indicar as 2 nacionalidades); Estrangeira - de outro país (4 - indicar qual) 5- Não responde G6.2 Código País Outra (Ver Lista 2) ; G6.3.1 Código país outra1 (Ver Lista 2); G6.3.2 Código país outra1 (Ver Lista 2)
G7. ANO DE CHEGADA A PORTUGAL (apenas para os naturais de outros países); 9999 N aplicável
G8. 1º LOCAL DE RESIDÊNCIA EM PORTUGAL (concelho) (apenas para os naturais de outros países)Código concelho (Ver Lista 1); 9999 N aplicável
G9. NÍVEL DE ENSINO MAIS ELEVADO QUE CONCLUIU/COMPLETOU - Nenhum (1); Sabe ler e escrever sem ter frequentado a escola (2); Pré-escolar (3); Básico - 1º ciclo (4); Básico - 2º ciclo (5); Básico - 3º ciclo (6); Secundário (7); Médio/profissional (8); Bacharelato (9); Licenciatura (10); Mestrado (11); Doutoramento (12); Outro (13 - especificar) 14- Não responde; G9Qual-Outra
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(84)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G10. QUAL CONSIDERA SER O SEU NÍVEL DE CONHECIMENTO DA LÍNGUA PORTUGUESA? Muito Bom (1); Bom (2); Suficiente (3); Fraco (4); Nulo (5) ; 6= Não responde
G11. QUAL O SEU PRINCIPAL MEIO DE VIDA? Trabalho (1); Rendimento Social de Inserção (2); Pensão/Reforma (3); Rendimentos de propriedade ou de empresa (4); Subsídio temporário de doença (5); Subsídio temporário de desemprego (6); Outros subsídios temporários (7); Apoio Social (8); A cargo da família (9); Biscates (10); Outra situação (11 - especificar qual) 12- Não responde; G11Qual-Outra
G12. CONDIÇÃO PERANTE A ACTIVIDADE ECONÓMICA? Activo com profissão (1); Desempregado (2 - referir tempo de desemprego); À procura do 1º emprego (3 - referir tempo); Doméstica (4); Reformado (5); Inválido/doença permanente (6); Estudante (7) 8- Não responde; G12.2tempo desemp ANOS; G12.3tempo procura 1ºemp ANOS
G13. PROFISSÃO (no caso de desempregados ou reformados, indicar a última profissão) - escrever com detalhe 2 colunas, a 1ª com nome da profissão e a 2ª com Código profissão (Usar CNP-94 a 2 dígitos); 9999 Não aplicável
G14. REGIME DE TRABALHO Permanente/ regular (1); Ocasional (2); Sazonal (3) 4= Não responde
G15. SITUAÇÃO NA PROFISSÃO - Trabalhador por conta de outrem (1); Trabalhador por conta própria sem empregados (2); Trabalhador por conta própria com empregados (3); Trabalhador familiar não remunerado (4); Outra situação (5 - especificar); 6- Não responde; G15Qual-Outra
G16. TIPO DE VÍNCULO CONTRATUAL (só para a situação 1 do nº anterior) - Contrato sem termo (1); Contrato com termo (2); Recibos verdes (3); Trabalho sem contrato (4); Outra situação (5 - referenciar qual) 6- Não responde; G16Qual-Outro
G17. LOCAL DE TRABALHO OU ESTUDO (geográfico) - No concelho onde reside (1); Noutro concelho (2 - indicar qual); No estrangeiro (3 - indicar país); 4- Não responde;G17.2 Código concelho (ver lista 1); G17.3 Código país (ver lista 2)
G18. Para além dos elementos do seu agregado familiar, há mais pessoas a residir consigo?
Sim O 1 G18.1 Quantas, no total?
G18.2 Quantas do país de origem do inquirido
Não O 2
3= Não responde
Separador (folha excel) B- AlojamentoB - Caracterização do alojamento e condições de habitabilidade
G19. Qual o tipo de alojamento em que reside?
Clássico (apartamento ou moradia) O 1Parte de casa (casa compartilhada, quarto, etc.) O 2Barraca, casa rudimentar ou de madeira O 3
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(85)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Pensão ou residencial O 4Centro de acolhimento O 5Móvel (caravana ou outro) O 6Outro tipo (especificar) ____________________________ O 7
8= Não responde
G20. Neste momento, está a viver ou residir num alojamento que é:
Arrendado no mercado privado formal O 1
Arrendado no mercado informal (bairro clandestino ou de barracas) O 2
Público (arrendamento social) (que lhe foi atribuído a si e/ou seu agregado familiar) O 3
Subarrendado (partes de casa; quartos) O 4
Próprio (do qual é proprietário/a) - mercado formal O 5
Próprio (do qual é proprietário/a) - mercado informal/clandestino O 6
Casa de amigos (não paga renda) O 7
Outra situação (especificar) _____________________________ O 8
9= Não responde
G20.1 (apenas para aqueles que não possuem casa própria) Tenciona comprar casa em Portugal?
Não O 1
Ainda não pensou no assunto/não tem a certeza O 2Sim, mas nunca fez nenhuma diligência/prospecção de mercado O 3
Sim, e já fez diligências nesse sentido O 4
5= Não responde
G20.1.1 No concelho de residência actual
Sim O 1
Não O 2
3= Não responde
G.21 Nº de divisões do alojamento em que vive, excluindo cozinha e casa(s) de banho?
![Page 88: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/88.jpg)
(86)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G22. O alojamento onde habita possui:
G22.1 Casa de banho completa no interior da habitação (inst. sanit. e banho) 1= Sim; 2= Não
G22.2 Abastecimento de água pela rede pública 1= Sim; 2= Não
G22.3 Água quente 1= Sim; 2= Não
G22.4 Aquecimento central ou proveniente de aquecedores móveis 1= Sim; 2= Não
G23. A família co-habitante dispõe de:
G23.1 Telefone 1= Sim; 2= Não
G23.2 Telemóvel 1= Sim; 2= Não
G23.3 Máquina de lavar loiça 1= Sim; 2= Não
G23.4 Máquina de lavar roupa 1= Sim; 2= Não
G23.5 Microondas 1= Sim; 2= Não
G23.6 Motorizada/Motociclo 1= Sim; 2= Não
G23.7 Automóvel 1= Sim; 2= Não
G23.8 Computador 1= Sim; 2= Não
G23.9 TV por cabo ou antena parabólica 1= Sim; 2= Não
G23.10 Internet em casa (acesso doméstico) 1= Sim; 2= Não
Separador C (folha excel) - TrajectóriaC - Trajectória migratória e elementos complementares de caracterização do entrevistado(a)
G24. Diga a principal razão porque escolheu Portugal como país de residência? (indicar apenas o principal)
Conhecimento da língua/proximidade cultural O 1
Ascendência portuguesa/família portuguesa O 2
Facilidade de entrada O 3
Queria estudar em Portugal/beneficiou de bolsa em Portugal O 4
Reagrupamento familiar O 5
Acompanhar os pais O 6
Queria utilizar o sistema de saúde português/abrigo de acordo de saúde O 7
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(87)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Teve conhecimento de oportunidades de emprego em Portugal O 8
Outras razões (especificar) ________________________________ O 9
10= Não responde
G25. Qual foi a forma de imigração utilizada para chegar a Portugal?
Sozinho(a), utilizando meios próprios ou familiares O 1
Em grupo, utilizando meios próprios ou familiares O 2
Com a família, utilizando meios próprios ou familiares O 3
Sozinho(a), com o auxílio de terceiros O 4
Em grupo, com o auxílio de terceiros O 5
Recrutamento feito por um empregador português O 6
Integrado numa empresa que veio desenvolver actividade em Portugal O 7
Outros casos (especificar) ___________________________________ O 8
9= Não responde
G26. Teve de pagar a alguém/alguma organização para o “ajudar” a vir para Portugal (por organização não se entendem nem empresas formais de transporte, nem serviços públi-cos que atribuem vistos ou outros)?
Sim O 1
Não O 2
3= Não responde
G27. Viveu noutro país diferente do seu país de origem antes de se instalar em Portugal?
Sim O 1G27.1 Qual?___Código País (ver lista 2) ______
G27.2 Por quanto tempo?______Em ANOS_____
Não O 2
3= Não responde
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(88)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G28. Porque motivo deixou o seu país de origem e, apenas no caso de ter residido noutro país antes de vir para Portugal, porque o deixou também? (Indique apenas o principal motivo - assinalar com uma cruz)
País de origem
G28.1
Último país de residência antes de vir para Portugal
(se diferente do país de origem) G28.2
Motivos económicos/emprego 1 1
Reunir-se à família 2 2
Acompanhar os pais 3 3
Estudar 4 4
Motivos políticos 5 5
Razões de saúde 6 6
Outros motivos (especificar) _____G28.1Outro, G28.2 Outro____________ 7 7
8= Não responde
G29. Quais os principais motivos que estão na origem da opção pela residência neste concelho? (indique apenas os 2 motivos principais)
G29.1 Local onde encontrou emprego 1= Sim; 2= Não
G29.2 Boa qualidade do ambiente “natural” (clima, paisagem, etc.) 1= Sim; 2= Não
G29.3 Boa imagem dos habitantes e do ambiente social 1= Sim; 2= Não
G29.4 Bons acessos viários/acessibilidade 1= Sim; 2= NãoG29.5 Local de residência de muitos imigrantes provenientes da mesma
origem 1= Sim; 2= Não
G29.6 Proximidade face a familiares ou amigos 1= Sim; 2= Não
G29.7 Preços mais baixos na habitação 1= Sim; 2= Não
G29.8 Nível de vida mais acessível 1= Sim; 2= Não
G29.9 Qualidade mais elevada nas habitações existentes 1= Sim; 2= Não
G29.10 Pelos serviços e comércio que oferece 1= Sim; 2= Não
G29.11 Outro motivo. Qual? _______G29.11 Outro______________ 1= Sim; 2= Não
![Page 91: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/91.jpg)
(89)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G30. Com que documento entrou em Portugal?
Apenas Passaporte (sem qualquer visto) O 1
Visto de “turista” O 2
Visto de trabalho ou equivalente O 3
Visto de estudo ou equivalente O 4
Visto de estada temporária ou equivalente O 5
Outras situações (especificar) __G30Outro_________________ O 6
7= Não responde
G31. Tem a sua situação regularizada em Portugal?
1. Sim O 1 G31.1 Quando a regularizou? G31.1.1 Mês G31.1.2 Ano
2. Aguarda decisão dos serviços O 2
G31.2 Que documentos lhe faltam?_________________________________________________
3. Não O 3
4= Não responde
G31.3 (Apenas para aqueles que não possuem a nacionalidade portuguesa) Pretende ob-ter a nacionalidade portuguesa?
Sim O 1
Não O 2
3= Não responde
G32. Qual foi o seu último emprego no país de origem?_______Código profissões (2 colu-nas, a 1ª com nome da profissão e a 2ª com Código profissão - usar CNP-94 a 2 dígitos); _____________________
G33. Quantos empregos já teve em Portugal?
G34. Qual foi o seu primeiro emprego em Portugal?________Código Profissões (2 colu-nas, a 1ª com nome da profissão e a 2ª com Código profissão - Usar CNP-94 a 2 dígitos); __________________________
![Page 92: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/92.jpg)
(90)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G35. Como obteve o 1º emprego em Portugal?
Através de familiares/amigos do mesmo grupo étnico O 1
Através do “recrutador”/“angariador” no país de origem O 2
Através de patrão português O 3
Através de patrão imigrante da mesma origem étnica O 4
Através de patrão imigrante de outra origem étnica O 5
Através de amigos/conhecidos portugueses O 6
Resposta a anúncio O 7
Serviços de emprego O 8
Criação do próprio emprego O 9
Outras formas O 10 especificar________
G35 Outro__________________________
11= Não responde
G36. Como obteve o emprego que possui actualmente?
Através de familiares/amigos do mesmo grupo étnico O 1
Através do “recrutador”/“angariador” no país de origem O 2
Através de patrão português O 3
Através de patrão imigrante da mesma origem étnica O 4
Através de patrão imigrante de outra origem étnica O 5
Através de amigos/conhecidos portugueses O 6
Resposta a anúncio O 7
Serviços de emprego O 8
Criação do próprio emprego O 9
Outras formas O 10 especificar________
G36 Outro_________________________
11= Não responde
G37. Desde que vive em Portugal, já alguma vez trabalhou alguma temporada no estrangeiro?
Sim O 1
Não O 2
3= Não responde
![Page 93: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c](https://reader037.vdocuments.pub/reader037/viewer/2022110108/58f326c21a28ab765a8b45a7/html5/thumbnails/93.jpg)
(91)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G37.1 Quantas vezes? G37.2 Onde (países)(G37.2.1 1ºPaís; G37.2.2 2º País, caso exista)Código Países (Ver lista 2)__
G37.3 Quando (indicar ano) ?(G37.3.1 Ano ocorrência 1º País;G37.3.2 Ano ocorrência 2º País, caso exista) ________Ano da ocorrência_________
Separador D (folha excel) - IntegraçãoD - Processo de integração em Portugal
G38. Quando chegou a Portugal, qual o grau de dificuldade que sentiu face aos seguintes aspectos? (Gradue a resposta de 1 - nada difícil - a 5 - muito difícil - pondo uma argola à volta dos números que escolher)
Nada difícil
Muito difícil
G38.1 Não conhecer ninguém/solidão 1 2 3 4 5
G38.2 Clima 1 2 3 4 5
G38.3 Língua 1 2 3 4 5
G38.4 Saúde 1 2 3 4 5
G38.5 Regularização/legalização 1 2 3 4 5
G38.6 Obtenção de documentos/burocracia dos serviços portugueses 1 2 3 4 5
G38.7 Integração no mercado de trabalho (em termos gerais) 1 2 3 4 5
G38.8 Obtenção de profissão correspondente às habilitações e experiência 1 2 3 4 5
G38.9 Integração na escola/sucesso escolar 1 2 3 4 5
G38.10 Equivalências escolares 1 2 3 4 5
G38.11 Habitação (acesso e custo) 1 2 3 4 5
G38.12 Transportes (acesso e custo) 1 2 3 4 5
G38.13 Comportamento/atitudes dos portugueses (termos gerais) 1 2 3 4 5
G38.14 Discriminação/racismo 1 2 3 4 5
Em todas as linhas, 6= Não responde
G39. E actualmente, qual o grau de dificuldade que associa aos mesmos aspectos? (Gradue a resposta de 1 - nada difícil - a 5 - muito difícil - pondo uma argola à volta dos números que escolher)
Nada difícil
Muito difícil
G39.1 Não conhecer ninguém/solidão 1 2 3 4 5
G39.2 Clima 1 2 3 4 5
G39.3 Língua 1 2 3 4 5
G39.4 Saúde 1 2 3 4 5
G39.5 Regularização/legalização 1 2 3 4 5
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(92)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G39.6 Obtenção de documentos/burocracia dos serviços portugueses 1 2 3 4 5
G39.7 Integração no mercado de trabalho (em termos gerais) 1 2 3 4 5
G39.8 Obtenção de profissão correspondente às habilitações e experiência 1 2 3 4 5
G39.9 Integração na escola/sucesso escolar 1 2 3 4 5
G39.10 Equivalências escolares 1 2 3 4 5
G39.11 Habitação (acesso e custo) 1 2 3 4 5
G39.12 Transportes (acesso e custo) 1 2 3 4 5
G39.13 Comportamento/atitudes dos portugueses (termos gerais) 1 2 3 4 5
G39.14 Discriminação/racismo 1 2 3 4 5
Em todas as linhas, 6= Não responde
G40. Tem carta de condução válida em Portugal?
Sim O 1
Não O 2
3= Não responde
G41. Costuma exercer o direito de voto nas eleições locais do município?
Sim O 1
Não O 2
Não se aplica (menor de 18 anos ou estrangeiro sem direito formal de voto) O 3
4= Não responde
G42. Faz parte de alguma associação ou grupo?
Sim O 1
Não O 2
3= Não responde
G42.1 De que tipo?
G42.1.1 Associação local de imigrantes do país de origem 1= Sim; 2= Não
Indicar qual? G42.1.1Qual
G42.1.2 Outro tipo de associação local (clube recreativo e desportivo, etc.) 1= Sim; 2= Não
Indicar qual? G42.1.2Qual
G42.1.3 Associação de pais 1= Sim; 2= Não
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(93)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G42.1.4 Sindicato 1= Sim; 2= Não
G42.1.5 Partido ou organização política 1= Sim; 2= Não
G42.1.6 Outro tipo de associação 1= Sim; 2= Não Indicar qual? G42.1.6Qual
G43. Em que língua ou línguas fala habitualmente em casa?
Língua nº 1 ___G43.1__________________________________ Ver lista de códigos 3
Língua nº 2 ___G43.2__________________________________ Ver lista de códigos 3
Língua nº 3 ___G43.3__________________________________ Ver lista de códigos 3
G44. Já alguma vez frequentou ou frequenta um curso de língua portuguesa:
Sim, já frequentei e conclui O 1 Qual? __G44.1__________
Sim, já frequentei e não conclui O 2 Qual? __G44.2__________
Sim, estou a frequentar neste momento O 3 Qual? __G44.3__________
Não, nunca frequentei porque não tive oportunidade O 4
Não, nunca frequentei, porque nunca senti necessidade O 5
6= Não responde
G45. Para que um imigrante se sinta bem integrado em Portugal acha que é importante: (Gradue a resposta de 1 a 5 pondo uma argola à volta dos números que escolher)
Nada Importante Muito Importante
G45.1 Ter família em Portugal 1 2 3 4 5
G45.2 Ter amigos portugueses 1 2 3 4 5
G45.3 Ter os seus filhos na escola 1 2 3 4 5
G45.4 Falar bem português 1 2 3 4 5
G45.5 Estar empregado 1 2 3 4 5
G45.6 Ter os mesmos comportamentos e hábitos culturais do que os portugueses 1 2 3 4 5
G45.7 Conseguir comprar uma casa em Portugal 1 2 3 4 5
G45.8 Ter carro 1 2 3 4 5
G45.9 Obter nacionalidade portuguesa 1 2 3 4 5
Em todas as linhas, 6= Não responde
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(94)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G46. Em Portugal, os seus amigos(as) são sobretudo (pode escolher, no máximo, duas opções):
G46.1 Imigrantes da mesma nacionalidade 1= Sim; 2= Não
G46.2 Imigrantes de outras nacionalidades que são seus vizinhos 1= Sim; 2= Não
G46.3 Portugueses que conheceu no trabalho 1= Sim; 2= Não
G46.4 Portugueses que são seus vizinhos 1= Sim; 2= Não
G46.5 Portugueses que conheceu noutros locais 1= Sim; 2= Não
G46.6 Familiares 1= Sim; 2= Não
G47. Se precisasse de ajuda de emergência a quem iria recorrer em primeiro lugar:
Amigos Imigrantes O 1
Amigos Portugueses O 2
Colegas de trabalho O 3
Vizinhos imigrantes O 4
Vizinhos portugueses O 5
Familiares instalados em Portugal O 6
Familiares residentes no estrangeiro O 7
Serviços Públicos portugueses O 8
Serviços Públicos do país de origem O 9
Instituições Religiosas O 10
Associações privadas/IPSS’s sem carácter religioso O 11
12= Não responde
G48. Qual é a sua religião?
Sem religião (ateu/agnóstico) O 1
Católica O 2
Judaica O 3
Ortodoxa O 4
Islâmica O 5
Protestante Evangélica O 6
Hindu O 7
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(95)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Outra religião O 8
Qual? _____________________ G48 Qual _______________________
9= Não responde
G49. Com que frequência efectua as seguintes práticas:
Todos os dias
Todas as semanas
De vez em quando Raramente Nunca
G49.1 1.Comer comida “típica” do país de origem 1 2 3 4 5
G49.2 2. Comprar produtos “típicos” do país de origem
G49.3 3. Ouvir música do país de origem
G49.4 4. Ouvir música portuguesa
G49.5 5. Ir a bailes/festas organizados por associações e pessoas do país de origem
G49.6 6. Ir a bailes/festas organizados por associações e pessoas portuguesas
G49.7 7. Ir a actividades culturais (projecção de filmes, leitura de poesia, concertos, etc...) organizados por associações e pessoas do país de origem
G49.8 8. Ir a actividades culturais (projecção de filmes, leitura de poesia, concertos, etc...) organizados por associações e pessoas portuguesas
G49.9 9. Ver canais de televisão do país de origem
G49.10 10. Ver canais de televisão portugueses
G49.1111. Ouvir programas de rádio para ou das comunidades imigradas
G49.12 12. Ler jornais/revistas portugueses
G49.13 13. Ler jornais/revistas do país de origem
G49.1414. Ler jornais/revistas do país de origem feitos em Portugal
G49.1515. Consultar sites do país de origem na internet
G49.1616. Participar em actividades desportivas organizadas por associações ou pessoas do país de origem
G49.1717. Participar em actividades desportivas organizadas por associações ou pessoas portuguesas
G49.1818. Usar vestuário tradicional do país de origem
G49.1919. Ir ao café
G49.2020. Praticar actividades religiosas ministradas pela Igreja Católica Portuguesa
G49.2121. Praticar actividades religiosas ministradas por outras igrejas
Em todas as linhas, 6= Não responde
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(96)
DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G50. Da seguinte lista de instituições, refira aquelas que conhece, e/ou aquelas que já uti-lizou e o modo como avalia os serviços prestados (ou que sabe que prestam):
Conhece(assinalar
com X)1=Sim; 2=Não,
3= Não responde
Frequentou/recorreu aos seus
serviços (assinalar com X)1=Sim; 2=Não,
3= Não responde
Como avalia o trabalho que aí lhe foi prestado?
Muito bom (1); Bom (2); Razoável (3); Deficiente (4); Muito deficiente
(5); 6= Não responde
Explicitar maior deficiência ou efectuar
sugestão (se desejar - facultativo)
1. Câmara Municipal G50.1.1 G50.1.2 G50.1.3 G50.1.4
2. Junta de Freguesia G50.2.1 G50.2.2 G50.2.3 G50.2.4
3. CLAII do município G50.3.1 G50.3.2 G50.3.3 G50.3.4
4. Serviço de estrangeiros e Fronteiras G50.4.1 G50.4.2 G50.4.3 G50.4.4
5. ACIDI (CNAI ou outros serviços) G50.5.1 G50.5.2 G50.5.3 G50.5.4
6. Segurança Social G50.6.1 G50.6.2 G50.6.3 G50.6.4
7. Polícia (GNR ou PSP, conforme o município) G50.7.1 G50.7.2 G50.7.3 G50.7.4
8. Repartição de Finanças G50.8.1 G50.8.2 G50.8.3 G50.8.4
9. Centro de Emprego G50.9.1 G50.9.2 G50.9.3 G50.9.4
10. Centro de saúde G50.10.1 G50.10.2 G50.10.3 G50.10.4
11. Bancos G50.11.1 G50.11.2 G50.11.3 G50.11.4
12. Transportes colectivos no município G50.12.1 G50.12.2 G50.12.3 G50.12.4
13. Centro de Saúde (Repetido=10) G50.13.1 G50.13.2 G50.13.3 G50.13.4
14. Biblioteca Municipal G50.14.1 G50.14.2 G50.14.3 G50.14.4
15. Escola (referir qual) G50.15 Qual G50.15.1 G50.15.2 G50.15.3 G50.15.4
16. Universidade/instituição de ensino superior (referir qual) G50.16 Qual G50.16.1 G50.16.2 G50.16.3 G50.16.4
17. Embaixada(Consulado (referir qual) G50.17 Qual G50.17.1 G50.17.2 G50.17.3 G50.17.4
18. Associação Local de Imigrantes G50.18.1 G50.18.2 G50.18.3 G50.18.4
G51. De uma maneira geral, como considera o seu nível de integração em Portugal?
Plenamente/muitíssimo integrado O 1
Muito integrado O 2
Integrado O 3
Pouco integrado O 4
Nada integrado O 5
6= Não responde
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Separador E (folha excel) - PercepçãoE - Percepção sobre situações de discriminação em Portugal
G52. Já alguma vez se sentiu discriminado(a) por motivos raciais ou étnicos em Portugal?
Sim O 1
Não O 2 (passe para a questão 54)
3= Não responde
G53. Em que situações já se sentiu ou se sente discriminado(a)?
G53.1 Num serviço público (Segurança Social, Organização de apoio aos imigrantes) 1= Sim; 2= Não
G53.2 Num Banco/organismo de concessão de crédito 1= Sim; 2= Não
G53.3 Numa entrevista de emprego 1= Sim; 2= Não
G53.4 No arrendamento de uma casa/quarto 1= Sim; 2= Não
G53.5 Nos transportes públicos 1= Sim; 2= Não
G53.6 Quando utilizou táxis 1= Sim; 2= Não
G53.7 Quando fazia compras num Supermercado ou loja 1= Sim; 2= Não
G53.8 Num café, restaurante ou serviço similar 1= Sim; 2= Não
G53.9 No trabalho 1= Sim; 2= Não
G53.10 Na escola 1= Sim; 2= Não
G53.11 Outras situações (especificar) _________
G53.11 Qual__________ 1= Sim; 2= Não
G53.1 (Apenas para aqueles que já se sentiram discriminados no mercado de trabalho) Quem efectuou a discriminação?
A entidade patronal 1= Sim; 2= Não
Os colegas de trabalho 1= Sim; 2= Não
Os clientes 1= Sim; 2= Não
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G53.2 (Apenas para aqueles que já se sentiram discriminados na escola) Quem efectuou a discriminação?
Os professores 1= Sim; 2= Não
Os colegas 1= Sim; 2= Não
Os funcionários não docentes 1= Sim; 2= Não
G54. Considera que os imigrantes, de uma maneira geral, são discriminados em Portugal?
Sim, muitas vezes O 1
Sim, algumas vezes O 2
Não O 3
4= Não responde
Separador F (folha excel) - Relações OrigemF - Relações com o país de origem
G55. Desde que se encontra em Portugal já regressou ao seu país de origem?
Sim O 1 Quantas vezes? G55.1
Não O 2 Porquê? ________ G55.2____________________________________
3= Não responde
G56. Se respondeu sim na questão anterior, diga por que motivos?
G56.1 Acontecimentos familiares (casamentos, funerais, outros) 1= Sim; 2= Não
G56.2 Tratar de assuntos familiares 1= Sim; 2= Não
G56.3 Levar/trazer bens 1= Sim; 2= Não
G56.4 Negócios 1= Sim; 2= Não
G56.5 Passar férias 1= Sim; 2= Não
G56.6 Tratar de documentos 1= Sim; 2= Não
G56.7 Outros Quais?_____ G56.7Quais_____________________ 1= Sim; 2= Não
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G57. Tem familiares dependentes no seu país de origem?
Sim O 1
Não O 2 (passe para a questão 54)
3= Não responde
G57.1 Filhos 1= Sim; 2= Não G57.1.1 Quantos
G57.2 Pais/Sogros 1= Sim; 2= Não G57.2.1 Quantos
G57.3 Cônjuge 1= Sim; 2= Não
G57.4 Irmãos 1= Sim; 2= Não G57.4.1 Quantos
G57.5 Outros 1= Sim; 2= Não G57.5.1 Quantos Quem? _________ G57.5 Quem
G58. Pretende trazer familiares do seu país de origem?
Sim O 1 Quem?_________________G58.1 Quem
Não O 2
3= Não responde
G59. Costuma enviar remessas em dinheiro para o seu país de origem?
Sim O 1
Não O 2
3= Não responde
G59.1 Qual o valor médio mensal aproximado das remessas que efectua?
Até €50 O 1
€51-€100 O 2
€101-€250 O 3
€251-€500 O 4
€501-€1000 O 5
Mais de €1000 O 6
7= Não responde
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
G60. Gostaria de ir residir para outro país?
Não O 1
Sim, para o país de origem O 2G60.1 Tem ideia de quando pretende regressar? Só preenchida em ANOS
Daqui a anos ou meses
Sim, para outro país O 3G60.2 Que país ou países?___________________
Código Países (ver Lista 2)___________________
4= Não responde
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 1 - Distribuição dos inquiridos, segundo o estado civil
Casado União de facto Solteiro Separado
de facto Divorciado Viúvo Não responde Total
n.º 173 46 174 29 21 3 1 447
(%) 38,7 10,3 38,9 6,5 4,7 0,7 0,2 100,0
Anexo 2 - Distribuição dos inquiridos, segundo a nacionalidade
Portuguesa Dupla - Portuguesa e outra
Dupla nacionalidade- outros casos Estrangeira Não
responde Total
n.º 13 63 3 367 1 447(%) 2,9 14,1 0,7 82,1 0,2 100,0
Anexo 3 - Países de origem dos inquiridos com dupla nacionalidadePaíses
Ango
la
Cabo
Ver
de
Guin
é-Bi
ssau
Bras
il
Chin
a
Arm
énia
Geór
gia
Mol
dávia
Rúss
ia
Áfric
a do
Sul
Repú
blic
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Gu
iné
Vene
zuel
a
Out
ros
Amér
ica
Cent
ral/
Sul
Cana
dá
4 1 4 10 3 1 1 1 1 5 1 26 1 1
Anexo 4 - Local da primeira residência dos inquiridos em Portugal (principais concelhos)
Conc
elho
s
Func
hal
Sant
a Cr
uz
Câm
ara
de
Lobo
s
Out
ros
RAM
Lisb
oa
Alm
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ros
Cont
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te
Pont
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s)
Out
ros
Açor
es
Não
Res
pond
e
Tota
l
n.º 279 35 27 18 41 6 36 2 1 2 447
(%) 62,4 7,8 6,0 1,6 9,2 1,3 8,1 0,4 0,2 0,4 100,0
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(102)
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 5 - Pessoas não familiares a residir com os inquiridos
Anexo 6 - Média de pessoas não familiares a residir com os inquiridos, por país de Origem
n.º (%) Mínimo P25 Mediana (P50) P75 Máximo
Sim 104 23,3Pessoas
não família - Quantas
1 1 1 2 5
Não 327 73,2Pessoas não família - País
de origem0 1 1 2 5
Não responde 16 3,6
Total 447 100,0
Anexo 7 - Nível de escolaridade
Nen
hum
Ler/
escr
ever
sem
es
cola
Pré-
esco
lar
Bási
co
1º c
iclo
Bási
co 2
º ci
clo
Bási
co 3
º ci
clo
Secu
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io
Méd
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rofis
sion
al
Bach
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ato
Lice
ncia
tura
Mes
trado
Não
re
spon
de
Tota
l
n.º 16 9 5 21 48 64 142 31 23 74 10 4 447
(%) 3,6 2,0 1,1 4,7 10,7 14,3 31,8 6,9 5,1 16,6 2,2 0,9 100,0
Anexo 8 - Nível de conhecimento da língua Portuguesa
Muito bom Bom Suficiente Fraco Nulo Não responde Total
n.º 214 148 77 6 0 2 447
(%) 47,9 33,1 17,2 1,3 0,0 0,4 100,0
Anexo 9 - Frequência de curso de língua Portuguesan.º (%)
Sim, frequentei e conclui 40 8,9Sim, frequentei e não conclui 9 2,0
Sim, estou a frequentar 10 2,2Não, nunca frequentei, não tive oportunidade 80 17,9
Não, nunca frequentei, nunca senti necessidade 276 61,7Total 447 100,0
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 10 - Principal meio de vida
Trab
alho
Rend
imen
toSo
cial
de
inse
rção
Refo
rma
Rend
imen
tos
Subs
ídio
de
doe
nça
Subs
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de
dese
mpr
ego
Out
ros
subs
ídio
s te
mpo
rário
s
Apoi
o Fm
iliar
A ca
rgo
fam
ilia
Bisc
ates
Out
ros
Não
re
spon
de
Tota
l
n.º 370 2 5 3 1 18 2 0 33 4 7 2 447
(%) 82,8 0,4 1,1 0,7 0,2 4,0 0,4 0,0 7,4 0,9 1,6 0,4 100,0
Anexo 11 - Condição perante a actividade económica
Activ
o co
m
profi
ssão
Dese
mpr
egad
o
Proc
ura
1º
empr
ego
Dom
éstic
a
Refo
rmad
o
Invá
lido/
doen
ça
perm
anen
te
Estu
dant
e
Não
resp
onde
Tota
l
n.º 370 32 1 10 5 1 19 9 447
(%) 82,8 7,2 0,2 2,2 1,1 0,2 4,3 2,0 100,0
Anexo 12 - Regime de Trabalho
Permanente/Regular Ocasional Sazonal Não responde Total
n.º 344 23 4 4 375
(%) 91,7 6,1 1,1 1,1 100,0
Anexo 13 - Vinculo Contratual
Contrato sem termo
Contrato com termo
Recibos verdes
Sem contrato Outro Não
responde Total
n.º 84 222 3 9 1 5 324
(%) 25,9 68,5 0,9 2,8 0,3 1,5 100,0
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 14 - Formas de obtenção do primeiro emprego e do emprego actual
Anexo 15 - Número de trabalhos em Portugal
1º Emprego Emprego actual n.º (%)
n.º (%) n.º (%) 1 186 41,6Familiares/amigos da mesma
etnia 118 26,4 85 19,0 2 108 24,2
Recrutador no país de origem 29 6,5 22 4,9 3 49 11,0Patrão português 138 30,9 156 34,9 4 29 6,5
Patrão imigrante da mesma etnia 13 2,9 6 1,34 5 13 2,9
Patrão imigrante de outra etnia 5 1,1 4 0,8 6 8 1,8Amigos/conhecidos
portugueses 29 6,5 19 4,2 7 5 1,1
Anuncio 43 9,6 39 8,7 8 5 1,1Serviço de emprego 9 2,0 10 2,2 10 3 0,7
Criação próprio emprego 19 4,3 32 7,1 27 1 0,2Outros 13 2,9 14 3,1 Muitos 1 0,2
Não responde 31 6,9 60 13,4 Não responde 39 8,7Total 447 100,0 447 100,0
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 16 – Percurso Profissional
Cód. Act Descrição
Último Emprego País
de Origem
Primeiro Emprego em
Portugal
Emprego actual na RAM
n.º (%) n.º (%) n.º (%)
0.1 Membros das Forças Armadas 4 0,9 0 0,0 0 0,0
1.1 Quadros Superiores da Administração Pública 1 0,2 1 0,2 0,0
1.2 Directores de Empresa 1 0,2 2 0,4 3 0,7
1.3 Directores e Gerentes de Pequenas Empresas 12 2,7 10 2,2 6 1,3
2.1 Especialistas das Ciências Físicas, Matemáticas e Engenharia 7 1,6 2 0,4 1 0,2
2.2 Especialistas das Ciências da Vida e Profissionais da Saúde 8 1,8 6 1,3 6 1,3
2.3 Docente do ensino secundário, superior e profissões similares 21 4,7 25 5,6 28 6,3
2.4 Outros especialistas das profissões intelectuais e científicas 18 4,0 10 2,2 7 1,6
3.1 Técnicos e profissionais de nível intermédio das ciências físicas e químicas da engenharia e trabalhadores similares 5 1,1 4 0,9 5 1,1
3.2 Profissionais de nível intermédio das ciências da vida e da saúde 5 1,1 2 0,4 2 0,4
3.3 Profissionais de nível intermédio do ensino 7 1,6 3 0,7 3 0,7
3.4 Outros técnicos e profissionais de nível intermédio 61 13,6 58 13,0 54 12,1
4.1 Empregados de escritório 25 5,6 6 1,3 4 0,9
4.2 Empregados de recepção, caixas, bilheteiros e similares 8 1,8 13 2,9 16 3,6
5.1 Pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança 59 13,2 91 20,4 78 17,4
5.2 Manequins, vendedores e demonstradores 22 4,9 19 4,3 20 4,5
6.1 Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, criação de animais e pescas 5 1,1 4 0,9 8 1,8
7.1 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção civil 18 4,0 77 17,2 65 14,5
7.2 Trabalhadores da metalurgia e da metalomecânica e trabalhadores similares 6 1,3 2 0,4 5 1,1
7.4 Outros operários e artífices e trabalhadores similares 5 1,1 6 1,3 5 1,1
8.2 Operadores de máquinas e trabalhadores de montagem 11 2,5 6 1,3 2 0,4
8.3 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados móveis 20 4,5 4 0,9 4 0,9
9.1 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio 26 5,8 37 8,3 36 8,1
9.3 Trabalhadores não qualificados da construção e das obras públicas, da indústria transformadora e transportes 1 0,2 21 4,7 13 2,9
Não responde 91 20,4 38 8,5 76 17,0
Total 447 100,0 447 100,0 447 100,0
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 17 – Profissões desenvolvidas pelos inquiridos (Cont.)
Cód. Act. Profissão
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RAM Cód.
Act. Profissão
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Portu
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ego
actu
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RAM
0.1 Militar 4 - -
3.1
Téc. Montagem painéis solares - - 21.1 Chanceler da Cultura 1 1 - Técnico Laboratório - 1 1
1.2Administrador 1 1 - Técnico Superior - - 1
Consultor - 1 2 Auxiliar de informática 1 - -Director Empresa - - 1 Desenhadora páginas Web 1 - -
1.3
Empresário (a) 9 3 5 Gabinete de projectos - 1 - Gerente 3 1 Inquiridor - 1 -
Gerente Comercial - 3 - Gerente de Projecto 1 - - Gerente supermercado - 1 - Fotografo 1 - -
Gerente restaurante - 3 - Oficial da Marinha 1 - -
2.1
Engenheiro (a) 1 - - Topógrafo - 1 1Engenheiro Civil 3 - 1
3.2
Técnico de Farmácia - 1 1Engenheiro Mecânico 3 - - Auxiliar de Enfermagem 3 - -
Arquitecto - 1 - Fisioterapeuta 1 1 - Fiscal/Projectista Eng. Civil - 1 - Técnico de Oficina Óptica 1 - 1
2.2
Cientista Medica 1 - 1
3.3
Auxiliar de educação - 1 1Enfermeiro (a) 2 3 2 Educadora de Infância 2 - 1Farmacêutica 1 1 1 Monitor - - 1
Médico 2 - 1 Monitor ginásio 2 1 - Medico dentista 2 2 - Instrutor Voo 1 - -
Pediatra - - 1 Instrutora de informática 1 - -
2.3
Pedagoga - - 1 Analista de sistemas de informação - 1 -
Professor(a) 11 15 23 Professora Primária 1 7 - Professor de Dança - - 1
3.4
Atleta 7 - 2Professor(a) de Música 6 8 2 Jogador Profissional de Futebol 36 36 36
Professor de Inglês - - 1 Jogador profissional Voleibol - - 2Professor Universitário(a) 4 1 - Bailarina 5 5 4
Formadora - 1 - Profissional de ténis de mesa 1 2 -
2.4
Advogada - - 1 Nadador - - 1Bailarino (a) 6 5 2 Treinador de Futebol 1 1 1
Cantora 5 - 1 Musico 8 6 6Contabilista 8 - 1 Relações públicas - - 1Missionário - - 1 Agente de Seguros - 1 -
Pastor Evangélico 1 1 0 Agente Comercial 1 - - Psicólogo(a) 2 2 1 Técnica de turismo 1 - -
Supervisor financeiro - 1 - Poligrafista 1 - - Tradutora 1 1 1 Correctora de vendas - - 1
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
(Cont.) (Cont.)
Cód. Act. Profissão
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4.1
Administrativa - - 1
5.1
Socorrista - 1 -Assistente de Escritório - - 1 Acompanhante 1 - -
Carteiro 2 - - Tanatopraxista 1 - - Empregado de armazém 1 - - Governanta 1 - -
Funcionário Público 6 1 1 Cobrador de bilhetes 1 - - Secretario(a) 5 3 1 Segurança 1 1 1Dactilógrafo 2 - - Vigilante de crianças 1 - 1
Auxiliar Escritório 6 - - Vigilante Piscina - - 1Encarregado de armazém 1 - -
5.2Vendedor(a) 22 17 20
Escriturário 1 1 - Operadora Supermercado - 2 - Repositor de armazém 1 - -
6.1
Agricultor 5 1 - Ajudante de armazém - 1 - Jardineiro - 2 4
4.2
Bancário (a) 2 1 1 Motosserrista - - 1Operador de Caixa 4 9 13 Pescador - 1 1
Operadora Call Center 1 1 1 Servente Jardineiro - - 1Recepcionista - - 1 Tratador de animais - - 1
Recepcionista hotel - 1 -
7.1
Garimpeiro 1 - - Cobrador 1 - - Armador de ferro - 5 8Bilheteiro - 1 - Canalizador - 1 1
5.1
Ajudante de Cozinha 1 3 - Carpinteiro 1 7 7Ajudante de Farmácia 1 - - Carpinteiro Cofragem - - 1Assistente de dentista - 1 1 Operário Const. Civil 6 35 18Auxiliar acção médica - - 1 Electricista 2 1 4
Barman 3 3 6 Encarregado obra - 1 - Cabeleireira - 1 2 Ladrilhador - 1 1
Chefe de secção de hotelaria - - 1 Marteleiro - 2 1Comerciante 10 4 5 Mestre Cofragem - 1 1Cozinheiro(a) 6 8 5 Ajudante Pedreiro - 1 2
DJ 1 1 1 Ajudante de Cofragem - 1 -Empregado de Balcão 12 20 22 Ajudante ladrilhador - 1 - Empregado de Mesa 7 35 19 Pedreiro 5 12 15
Esteticista 7 7 6 Pintor 3 8 6Fiscal Autocarros - - 1
7.2
Metalúrgico 2 - - Guia Turística -- 1 2 Mecânico 3 - 2Massagista 2 2 3 Serralheiro 1 1 2
Policia 2 - - Soldador - 1 1Assistente TAP - 1 - Auxiliar Creche - 2 -
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
(Cont.) (Cont.)
Cód. Act. Profissão
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Act.Profissão
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7.4
Alfaiate 1 - -
9.1
Empregado de quartos hotelaria 2 - 1
Auxiliar de pastelaria - 1 1 Lavagem de automóveis - 1 1Costureira 2 - - Repositora - 3 - Bordadeira - 1 - Vigilante 2 2 1Sapateiro - 1 - Estafeta 1 - - Padeiro 2 3 4 Porteiro 1 - -
8.2
Operador de máquinas 5 4 1 Operadora de telemarketing 2 - - Sub-chefe de linha - - 1 Empregado quartos - 1 -
Montagem de elevadores 1 1 - Encarregado de lavandaria - 1 - Operário(a) Fabril 5 1 - Vendedor(a) Ambulante 2 1 2
8.3
Condutor 1 - 1
9.3
Servente - 17 13Condutor de Máquina de
Escavação - - 1 Servente pintor 1 1 -
Condutor Embarcação 1 1 1 Servente pedreiro - 2 - Marinheiro - - - Servente de carpinteiro - 1 - Motorista 18 2 - Não responde 91 38 76
Motorista Pesados - 1 1
9.1
Colocador de anúncios - - 1Copeiro(a) - 1 3Distribuidor 1 1 -
Empregada de Limpeza 5 20 20Empregada Doméstica 10 6 5Empregada Lavandaria - - 1
Gasolineiro - - 1
Anexo 18 - Situação na Profissão
Conta de outrem
Conta própria sem empregados
Conta própria com empregados
Trabalho familiar Outro Não
responde Total
n.º 311 39 18 2 2 3 375
(%) 82,9 10,4 4,8 0,5 0,5 0,8 100,0
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 19 - Equipamento básico existente na habitação
Anexo 20 - Equipamentos existentes na habitação
n.º (%) n.º (%)
Alojamento possui casa de banho 444 99,3 Telefone 241 53,9
Alojamento possui água rede 446 99,8 Telemóvel 431 96,4
Alojamento possui água quente 432 96,6 Máquina de lavar loiça 162 36,2
Alojamento possui aquecimento 137 30,6 Máquina de lavar roupa 425 95,1
Micro-ondas 375 83,9
Motorizada 58 13,0
Automóvel 281 62,9
Computador 392 87,7
TV por cabo/parabólica 405 90,6
Internet 379 84,8
Anexo 21 - Dificuldade de integração dos inquiridos aquando da chegada a Portugal
1=Nada difícil 2 3 4 5=Muito difícil Não responde
n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%)Não conhecer ninguém 123 27,5 77 17,2 75 16,8 45 10,1 111 24,8 16 3,6
Clima 251 56,2 56 12,5 52 11,6 26 5,8 46 10,3 16 3,6
Língua 215 48,1 52 11,6 62 13,9 40 8,9 60 13,4 18 4,0
Saúde 274 61,3 71 15,9 36 8,1 18 4,0 27 6,0 21 4,7
Regularização 118 26,4 54 12,1 81 18,1 66 14,8 110 24,6 18 4,0
Documentos/Burocracia 97 21,7 63 14,1 81 18,1 64 14,3 123 27,5 19 4,3
Integração trabalho 139 31,1 81 18,1 71 15,9 66 14,8 52 11,6 38 8,5
Equivalência profissão 120 26,8 80 17,9 67 15,0 50 11,2 77 17,2 53 11,9
Integração escola 51 11,4 33 7,4 30 6,7 15 3,4 14 3,1 304 68,0
Equivalências escolares 61 13,6 31 6,9 32 7,2 17 3,8 24 5,4 282 63,1
Habitação 142 31,8 99 22,1 80 17,9 45 10,1 37 8,3 44 9,8
Transportes 174 38,9 101 22,6 81 18,1 41 9,2 26 5,8 24 5,4
Comportamento portugueses 144 32,2 83 18,6 92 20,6 63 14,1 45 10,1 20 4,5
Discriminação 153 34,2 89 19,9 81 18,1 52 11,6 53 11,9 19 4,3
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 22 - Dificuldade de integração actual dos inquiridos
1=Nada difícil 2 3 4 5=Muito difícil Não responde
n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%)
Não conhecer ninguém 264 59,1 62 13,9 58 13,0 13 2,9 39 8,7 11 2,5
Clima 330 73,8 49 11,0 27 6,0 11 2,5 17 3,8 13 2,9
Língua 307 68,7 66 14,8 32 7,2 17 3,8 14 3,1 11 2,5
Saúde 319 71,4 66 14,8 24 5,4 8 1,8 15 3,4 15 3,4
Regularização 192 43,0 78 17,4 75 16,8 34 7,6 52 11,6 16 3,6
Documentos/Burocracia 141 31,5 107 23,9 77 17,2 46 10,3 58 13,0 18 4,0
Integração trabalho 179 40,0 77 17,2 65 14,5 50 11,2 37 8,3 39 8,7
Equivalência profissão 156 34,9 74 16,6 66 14,8 42 9,4 55 12,3 54 12,1
Integração escola 75 16,8 26 5,8 22 4,9 9 2,0 11 2,5 304 68,0
Equivalências escolares 79 17,7 30 6,7 22 4,9 18 4,0 16 3,6 282 63,1
Habitação 209 46,8 77 17,2 84 18,8 21 4,7 17 3,8 39 8,7
Transportes 242 54,1 84 18,8 68 15,2 16 3,6 14 3,1 23 5,1
Comportamento portugueses 200 44,7 100 22,4 82 18,3 20 4,5 28 6,3 17 3,8
Discriminação 204 45,6 101 22,6 69 15,4 22 4,9 30 6,7 21 4,7
Anexo 23 - Portugueses manifestam atitudes discriminatórias
Anexo 24 - Percepção de discriminação em Portugal
n.º (%) n.º (%)
Sim, muitas vezes 60 13,4 Sim 198 44,3
Sim, algumas vezes 276 61,7 Não 246 55,0
Não 97 21,7 Não responde 3 0,7
Não responde 14 3,1 Total 447 100,0
Total 447 100,0
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 25 - Percepção de discriminação em Portugal, por nacionalidade
n.ºSim Não Não responde Total
(%) n.º (%) n.º (%) n.º (%)
Nat
ural
idad
e
Angola 13 76,5 4 23,5 0 0,0 17 100,0Cabo Verde 9 56,3 7 43,8 0 0,0 16 100,0
Guiné-Bissau 13 61,9 8 38,1 0 0,0 21 100,0Moçambique 1 25,0 3 75,0 0 0,0 4 100,0
Brasil 104 50,0 102 49,0 2 1,0 208 100,0Bangladesh 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0
China 1 10,0 9 90,0 0 0,0 10 100,0Paquistão 1 100,0 0 0,0 0 0,0 1 100,0
Uzbequistão 1 50,0 1 50,0 0 0,0% 2 100,0Arménia 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0Belarus 1 50,0 1 50,0 0 0,0 2 100,0Geórgia 0 0,0 2 100,0 0 0,0 2 100,0Moldávia 2 66,7 1 33,3 0 0,0 3 100,0Rússia 2 13,3 13 86,7 0 0,0 15 100,0Ucrânia 15 39,5 23 60,5 0 0,0 38 100,0
África do Sul 0 0,0 7 100,0 0 0,0 7 100,0República Democrática do Congo 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0
República da Guiné 0 0,0 4 100,0 0 0,0 4 100,0Marrocos 1 25,0 3 75,0 0 0,0 4 100,0Nigéria 0 0,0 2 100,0 0 0,0 2 100,0Senegal 2 66,7 1 33,3 0 0,0 3 100,0
Outros de África 0 0,0 3 100,0 0 0,0 3 100,0Colômbia 0 0,0 2 100,0 0 0,0 2 100,0
Cuba 2 33,3 4 66,7 0 0,0 6 100,0Venezuela 25 43,1 33 56,9 0 0,0 58 100,0
Outros Américas Central e do Sul 2 28,6 5 71,4 0 0,0 7 100,0Outros da Ásia e Oceânia 2 50,0 2 50,0 0 0,0 4 100,0
Canadá 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0Ex-Jugoslávia 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0
Outros da Europa 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 26 - Situações em que se sentiram maior discriminação Anexo 27 - Principais discriminadores
n.º (%) n.º (%)
Num serviço público 67 15,9Mercado de
trabalho
Patrão 51 25,1
Num banco 25 5,9 Colegas 89 43,8
Numa entrevista emprego 26 6,2 Clientes 63 31,0
No arrendamento de casa/quarto 42 10,0
Escola
Professores 8 29,6
Nos transportes públicos 13 3,1 Colegas 15 55,6
Quando utilizou táxis 15 3,6 Funcionários 4 14,8
Compras supermercado/loja 39 9,2Num café, restaurante ou serviço
similar 30 7,1
No trabalho 123 29,1
Na escola 20 4,7
Outras situações 22 5,2
Total 422 100,0
Anexo 28 - Outras situações de discriminação
n.º
SEF 11
Hospital 2
PSP 3
Vizinhos 2
Discoteca 1
Internet 1
Polícias aeroportuários 1
Rua 1
Universidade 1
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 29 - Aspectos considerados importantes para a boa integração em Portugal 1=Nada
importante 2 3 4 5=Muito importante Não responde
n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%)
Família Portugal 22 4,9 25 5,5 40 8,9 40 8,9 311 69,5 9 2,0
Amigos portugueses 15 3,3 26 5,8 63 14,0 65 14,5 268 59,9 10 2,2
Filhos na escola 19 4,2 11 2,4 28 6,2 32 7,1 224 50,1 133 29,7
Falar português 11 2,4 10 2,2 40 8,9 52 11,6 316 70,6 18 4,0
Ter emprego 9 2,0 1 0,2 8 1,7 32 7,1 375 83,8 22 4,9
Mesmos hábitos culturais 55 12,3 53 11,8 81 18,1 64 14,3 181 40,4 13 2,9
Comprar casa 79 17,6 68 15,2 61 13,6 40 8,9 184 41,1 15 3,3
Ter carro 63 14,0 72 16,1 62 13,8 49 10,9 186 41,6 15 3,3
Nacionalidade portuguesa 35 7,8 19 4,2 41 9,1 53 11,8 284 63,5 15 3,3
Anexo 30 - Nível de integração dos inquiridos em Portugal
Anexo 31 – A quem recorreriam em situações de emergência
n.º (%) n.º (%)
Plenamente 113 25,3 Amigos imigrantes 177 39,6
Muito integrado 139 31,1 Amigos portugueses 84 18,8
Integrado 160 35,8 Colegas de trabalho 12 2,7
Pouco integrado 19 4,3 Vizinhos imigrantes 3 0,7
Nada integrado 10 2,2 Vizinhos portugueses 6 1,3
Não responde 6 1,3 Familiares Portugal 108 24,2
Total 447 100,0 Familiares Estrangeiro 9 2,0
Serviços públicos portugueses 37 8,3
Serviços públicos país origem 1 0,2
Instituições Religiosas 4 0,9
Associação/IPSS 1 0,2
Não responde 5 1,1
Total 447 100,0
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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ
Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 32 - Integração em associações Anexo 33 - Tipo de Associação frequentadasn.º (%) n.º (%)
Sim 61 13,6 Associação imigrantes da mesma origem 24 39,3
Não 383 85,7 Outro tipo associação local 11 18,0Não responde 3 0,7 Associação Pais 1 1,6
Total 447 100,0 Sindicato 7 11,5Partido/Organização política 4 6,6
Outro tipo associação 17 27,9
Anexo 34A - Nível de conhecimento/frequência e consequente avaliação das Instituições/entidades Portuguesas
Entidades
Conhece Frequentou Avaliação
Sim Não Não responde Muito bom Bom Razoável Deficiente Muito
deficienten.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%)
Câmara Municipal 243 54,4 200 44,7 4 0,9 159 35,6 36 14,8 82 33,7 29 11,9 10 4,1 2 0,8
Junta de Freguesia 353 79,0 92 20,6 2 0,4 297 66,4 76 21,5 169 47,9 40 11,3 9 2,5 3 0,8
CLAII 23 5,1 421 94,2 2 0,4 9 2,0 4 17,4 5 21,7 0 0,0 0 0,0 0 0,0
SEF 417 93,3 27 6,0 3 0,7 409 91,5 65 15,6 188 45,1 60 14,4 35 8,4 61 14,6
ACIDI 35 7,8 408 91,3 3 0,7 23 5,1 3 8,6 11 31,4 4 11,4 5 14,3 0 0,0
Segurança Social 340 76,1 104 23,3 3 0,7 310 69,4 52 15,3 183 53,8 36 10,6 24 7,1 15 4,4
Polícia 280 62,6 163 36,5 4 0,9 123 27,5 31 11,1 39 13,9 19 6,8 12 4,3 22 7,9
Finanças 391 87,5 52 11,6 3 0,7 357 79,9 39 10,0 189 48,3 50 12,8 40 10,2 39 10,0
Centro de Emprego 165 36,9 273 61,1 9 2,0 112 25,1 17 10,3 57 34,5 26 15,8 7 4,2 5 3,0
C. Saúde 324 72,5 117 26,2 6 1,3 289 64,7 61 18,8 159 49,1 41 12,7 17 5,2 11 3,4
Bancos 377 84,3 64 14,3 6 1,3 347 77,6 113 30,0 185 49,1 32 8,5 13 3,4 4 1,1
Transportes colectivos 275 61,5 165 36,9 7 1,6 254 56,8 42 15,3 160 58,2 30 10,9 18 6,5 4 1,5
Biblioteca Municipal 112 25,1 327 73,2 8 1,8 72 16,1 29 25,9 31 27,7 8 7,1 1 0,9 3 2,7
Escola 112 25,1 328 73,4 7 1,6 94 21,0 33 29,5 48 42,9 6 5,4 5 4,5 2 1,8
Ensino Superior 97 21,7 342 76,5 8 1,8 53 11,9 14 14,4 26 26,8 9 9,3 3 3,1 1 1,0
Embaixada/Consulado 231 51,7 207 46,3 8 1,8 210 47,0 57 24,7 74 32,0 50 21,6 21 9,1 8 3,5
Associação local de imigrantes 39 8,7 399 89,3 8 1,8 31 6,9 10 25,6 15 38,5 3 7,7 1 2,6 2 5,1
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Anexo 34 B – Escolas conhecidas/frequentadas
Anexo 34 C - Universidades conhecidas/frequentadas
n.º n.º
A.A. Silva 5 ESE Leiria 1
Academia de Línguas 1 Universidade da Madeira 55
Bartolomeu Perestrelo 13 Universidade da Beira Interior 1
Básica de Câmara de Lobos 1 Universidade de Lisboa 2
Camacha 1 Universidade Nova de Lisboa 1
Celf 1 UTAD/Univ. Coimbra 1
CEPAM 3 Universidade do Porto 1
Ensino Básico do Caniçal 1
Escola APEL 1 Anexo 34 D - Embaixadas/Consulados conhecidas/frequentadas
Escola B/S Santa cruz 1 n.º
Escola Bartolomeu/ Liceu Jaime Moniz 9 Consulado Brasil 117
Escola Básica de São Martinho 1 Consulado da Venezuela 23
Escola da Torre 3 Embaixada Cuba 5
Escola do Caniço 3 Embaixada Ucrânia 5
Escola Francisco Franco 3 Embaixada Angola 3
Escola Júlio Dinis 1 Embaixada da Guiné-Bissau 3Escola Básica e Secundária Gonçalves
Zarco 10 Embaixada África Sul 1
H. Bento Gouveia 6 Consulado Chinês 1
Mercês 2 Consulado do Peru 1
Pré S. Martinho 1 Consulado Equador 1
Salesiana 1 Consulado Marrocos 1
Várias 1 Costa do Marfim 1
Embaixada China 1
Embaixada da Holanda 1
Embaixada Italiana 1
Embaixada Rússia 4
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 35 - Línguas habitualmente faladas em casa 1ª língua 2ª língua 3ª língua
n.º (%) n.º (%) n.º (%)Português 317 70,9 73 16,3 14 3,1
Crioulo Cabo Verde 2 0,4 8 1,8 - -Crioulo da Guiné-bissau 2 0,4 4 0,9 - -
Mandinga - - - - 1 0,2Kinbundu 1 0,2 - - - -
Árabe 3 0,7 - - - -Bengali - - 1 0,2 - -Chinês 8 1,8 1 0,2 1 0,2Urdu 1 0,2 - - - -
Arménio 1 0,2 - - - -Geórgio 2 0,4 - - - -Moldavo 0,0 2 0,4 - -Romeno 1 0,2 - - - -Russo 26 5,8 7 1,6 - -Sérvio 1 0,2 - - - -
Ucraniano 25 5,6 4 0,9 1 0,2Wolof 2 0,4 - - - -
Uzbeque 1 0,2 - - - -Alemão 1 0,2 - - 5 1,1
Espanhol 38 8,5 25 5,6 1 0,2Inglês 5 1,1 42 9,4 17 3,8
Francês 5 1,1 9 2,0 9 2,0Outras línguas 1 0,2 - - 2 0,4
Dialecto 1 0,2 - - - -Não responde 3 0,7 0,0 0,0
Anexo 36 A - Religião Anexo 36 B - Outras Religiões
n.º (%) n.ºSem religião 95 21,3 Budismo 2
Católica 189 42,3 Convertida 1Ortodoxa 50 11,2 Espírita 6Islâmica 29 6,5 IURD 1
Protestante Evangélica 65 14,5 Judeu 1Outra 17 3,8 Muçulmana 4
Não responde 2 0,4 Religião Tradicional Africana 1Total 447 100,0 Ubanda 1
Total 17
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 37 - Práticas desenvolvidas pelos inquiridos
PráticasTodos os
diasTodas as semanas
De vez em quando Raramente Nunca Não
responde
n % n % n % n % n % n %
Comer comida típica do país de origem 158 35,4 70 15,7 131 29,3 65 14,5 15 3,4 8 1,8
Comprar produtos do país de origem 82 18,3 75 16,8 151 33,8 99 22,2 25 5,6 15 3,4
Ouvir música do país de origem 242 54,1 32 7,2 106 23,7 42 9,4 15 3,4 10 2,2
Ouvir música portuguesa 187 41,8 39 8,7 116 26,0 73 16,3 19 4,3 13 2,9
Festas/bailes pessoas do país de origem 15 3,4 36 8,1 169 37,8 115 25,7 94 21,0 18 4,0
Festas/bailes - pessoas portuguesas 5 1,1 39 8,7 199 44,5 111 24,8 74 16,6 19 4,3
Actividades culturais - pessoas do país de origem 3 0,7 29 6,5 144 32,2 126 28,2 125 28,0 20 4,5
Actividades culturais - pessoas portuguesas 7 1,6 31 6,9 165 36,9 131 29,3 93 20,8 20 4,5
Televisão - país de origem 262 58,6 31 6,9 52 11,6 49 11,0 37 8,3 16 3,6
Televisão portuguesa 342 76,5 30 6,7 31 6,9 24 5,4 7 1,6 13 2,9
Rádio comunidades imigradas 27 6,0 16 3,6 38 8,5 91 20,4 251 56,2 24 5,4
Ler jornais/Revistas portuguesas 266 59,5 53 11,9 70 15,7 25 5,6 16 3,6 17 3,8
Ler jornais/Revistas país de origem 95 21,3 68 15,2 78 17,5 116 26,0 70 15,7 20 4,5
Ler jornais/Revistas do país de origem feitas em Portugal 151 33,8 21 4,7 47 10,5 99 22,2 108 24,2% 21 4,7
Consultar sites do país de origem 235 52,6 29 6,5 80 17,9 46 10,3 40 9,0 17 3,8
Actividades Desportivas - país de origem 14 3,1 21 4,7 141 31,5 68 15,2 185 41,4 18 4,0
Actividades Desportivas - portuguesas 24 5,4 21 4,7 158 35,4 79 17,7 146 32,7 19 4,3
Usar vestuário tradicional 177 39,6 23 5,2 37 8,3 38 8,5 155 34,7 17 3,8
Ir ao café 266 59,5 62 13,9 62 13,9 25 5,6 12 2,7 20 4,5
Actividades igreja católica 13 2,9 58 13,0 72 16,1 52 11,6 187 41,8 65 14,5
Actividades noutras igrejas 23 5,2 50 11,2 47 10,5 44 9,8 217 48,6 66 14,8
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 38 – Motivos de saída do país de origem
Anexo 39A – Motivos de escolha de Portugal como país de residência
n.º (%) n.º (%)
Económico/emprego 234 52,3 Conhecimento da língua/cultura 116 26,0
Reunir-se à família 89 19,9 Ascendência/família portuguesa 66 14,8
Acompanhar os pais 40 8,9 Facilidade de entrada 32 7,2
Estudar 14 3,1 Estudo/Bolsa de estudo 5 1,1
Políticos 7 1,6 Reagrupamento familiar 55 12,3
Saúde 3 0,7 Acompanhar pais 31 6,9
Outros 23 5,1 Oportunidade de emprego 119 26,6
Não responde 37 8,3 Outras 23 5,1
Total 447 100,0 Total 447 100,0
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 39B – Outros motivos de escolha de Portugal como país de residência Anexo 40 – Países de residência antes de Portugal
n.º n.º (%)Acompanhar o marido 1 Espanha 23 27,7
Acompanhar os patrões 1 Outros América Central e do Sul 7 8,4Ameaças 1 Reino Unido 7 8,4
Casamento 3 Outros Ásia e Oceânia 4 4,8Contrato trabalho 1 França 4 4,8
Férias 1 Brasil 4 4,8Independência 1 Rússia 3 3,6Insegurança 4 Bélgica 3 3,6
Motivos pessoais 2 Angola 2 2,4Necessidade da Igreja local 1 Argentina 2 2,4Oportunidade de trabalho 1 Alemanha 2 2,4
Serviço Militar 2 China 1 1,2Veio de férias e ficou 1 Moldova 1 1,2
Viver com o companheiro 1 Moçambique 1 1,2Não Responde 2 Outros de África 1 1,2
Total 23 México 1 1,2Venezuela 1 1,2
Nova Zelândia 1 1,2Canadá 1 1,2
Anexo 41 – Tempo de residência noutros países EUA 1 1,2
n.º (%) Bulgária 1 1,21 29 34,9 Dinamarca, França, Itália 1 1,22 20 24,1 São Tomé e Príncipe 1 1,23 4 4,8 Holanda 1 1,24 8 9,6 Irlanda 1 1,25 2 2,4 Itália 1 1,2
6 6 7,2 Itália, França, Espanha, Suíça, Outros Ásia e Oceânia 1 1,2
7 1 1,2 Polónia 1 1,212 2 2,4 Roménia 1 1,213 1 1,2 Noruega 1 1,219 1 1,2 Ex-Jugoslávia 1 1,221 1 1,2 Outros Europa 1 1,2
N/R 8 9,6 Não responde 1 1,2Total 83 100,0 Total 83 100,0
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 42 – Forma utilizada pelos inquiridos para imigrar Anexo 43 – Legalização em Portugal
n.º (%) n.º (%)
Sozinho, por meios próprios ou familiares 198 44,3 Sim 371 83,0
Em grupo, por meios próprios ou familiares 40 9,0 Aguarda decisão dos serviços 24 5,4
Família, por meios próprios ou familiares 101 22,6 Não 45 10,1
Sozinho, com auxílio de terceiros 30 6,7 Não responde 7 1,6
Em grupo, com auxílio de terceiros 11 2,5 Total 447 100,0Recrutamento feito por empregador
português 51 11,4
Empresa que veio para Portugal 4 0,9
Outros casos 2 0,4
Não responde 10 2,2
Total 447 100,0
Anexo 44 – Ano de Regularização da situação em Portugal (Cont.)
Anos n.º (%) (%) Acumulada Anos n.º (%) (%)
Acumulada1965 1 0,3 0,3 1996 6 1,8 12
1978 2 0,6 0,9 1997 6 1,8 13,8
1979 2 0,6 1,5 1998 1 0,3 14,1
1980 1 0,3 1,8 1999 5 1,5 15,5
1981 1 0,3 2,1 2000 12 3,5 19,1
1982 1 0,3 2,3 2001 31 9,1 28,2
1983 3 0,9 3,2 2002 22 6,5 34,6
1984 1 0,3 3,5 2003 19 5,6 40,2
1985 1 0,3 3,8 2004 29 8,5 48,7
1987 2 0,6 4,4 2005 25 7,3 56
1988 2 0,6 5 2006 26 7,6 63,6
1990 3 0,9 5,9 2007 33 9,7 73,3
1991 4 1,2 7 2008 41 12 85,3
1992 3 0,9 7,9 2009 39 11,4 96,8
1993 4 1,2 9,1 2010 11 3,2 100
1994 2 0,6 9,7 Total 341 100
1995 2 0,6 10,3
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Anexo 45 – Nº de deslocações ao país de origem Anexo 46 – Motivos de regresso ao país de origem
n % n %1 79 30,4 Acontecimentos familiares 73 17,72 62 23,8 Tratar assuntos familiares 46 11,23 28 10,8 Levar/Trazer bens 13 3,24 17 6,5 Negócios 28 6,85 12 4,6 Férias 212 51,56 7 2,7 Tratar documentos 36 8,77 10 3,8 Outros 4 1,08 4 1,5 Total 412 100,09 3 1,2
10 7 2,7 Anexo 47 – Motivos porque ainda não regressaram ao país de origem
12 1 0,4 n %14 1 0,4 Falta de Oportunidade 41 22,115 1 0,4 Razões económicas 25 13,520 3 1,2 Falta documentação 25 13,530 1 0,4 Não sente necessidade 18 9,7
Quase todos os anos 9 3,5 Motivos Profissionais 19 10,2Todos os anos 6 2,3 Motivos Pessoais 17 9,1Não responde 9 3,5 Está no País à pouco tempo 2 1,0
Total 260 100,0 Devido à Insegurança 4 2,1Prefere conhecer outros
países 1 0,5
Anexo 48 - Familiares dependentes Devido aos estudos 1 0,5n.º (%) Instabilidade política 1 0,5
Filhos 67 29,8 Toda a família vive em Portugal 1 0,5
Pais/sogros 136 60,4 Não responde 30 16,2Cônjuge 13 5,8 Total 185 100,0Irmãos 93 41,3
Outros dependentes 12 5,3
Anexo 49 – Envio de Remessas para o país de origem
Anexo 50 – Valor médio mensal enviado para o país de origem
n.º (%) n.º (%)Sim 270 60,4 Até 50€ 18 6,7Não 174 38,9 51€ -100€ 69 25,6
Não responde 3 0,7 101€-250€ 99 36,7Total 447 100,0 251€-500€ 41 15,2
501€-1000€ 6 2,2Mais de 1000€ 32 11,9Não responde 5 1,9
Total 270 100,0
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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local
Anexo 51 – Pretensões de viver noutro país Anexo 52 – Regresso ao país de origem
n.º (%) (Anos) n.º (%)
Não 256 57,3 1 17 14,9
Sim, para país de origem 114 25,5 2 13 11,4
Sim, para outro país 68 15,2 3 15 13,2
Não responde 9 2,0 4 5 4,4
Total 447 100,0 5 13 11,4
6 1 0,9
Anexo 53 - País onde gostava residir 7 1 0,9
n.º 10 23 20,2
Espanha 11 12 1 0,9
Reino Unido 10 15 1 0,9
Itália 8 20 2 1,8
Canadá 6 Não sabe 1 0,9
Austrália 5 Não responde 21 18,4
EUA 5
França 5
Holanda 4
Alemanha 3
Suíça 2
África do Sul 1
Outro país de África 1
Argentina; República Checa 1
Bélgica 1
Espanha, França, Itália 1
França; Suíça 1
Reino Unido; EUA 1
Países da União Europeia 1
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