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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

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Desafiose Potencialidades para o Desenvolvimento Local

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Biblioteca Nacional de Portugal - Catalogação na Publicação

Promotor

A LT O C O M I S S A R I A D O PA R A A I M I G R A Ç Ã O E D I Á L O G O I N T E R C U LT U R A L ( A C I D I , I . P. )

Coordenador Cient í f ico da Colecção

J O R G E M A C A Í S TA M A L H E I R O S

Execução do Es tudo

A S S O C I A Ç Ã O I N S U L A R D E G E O G R A F I A - A I G

Autoria e Inves t igação do Es tudo:

M A R I A G I L D A D A N TA S ( C O O R D E N A Ç Ã O )I L Í D I O S O U S AM A R C O T E L E S

PAT R Í C I A N U N E S V I C T O R M A R T I N S

A N Á L I S E E S TAT Í S T I C A M A D E I R A , L D A . ( C O N S U LT O R I A E S TAT Í S T I C A )

Edição

A LT O C O M I S S A R I A D O PA R A A I M I G R A Ç Ã O E D I Á L O G O I N T E R C U LT U R A L ( A C I D I , I . P. )

R. Á lvaro Cout inho, 14 – 1150-025 LISBOA

Telefone: (0351) 218106100• Fax: (00351) 218106117•

E-mai l : ac id i@acid i .gov.pt

Des ign

J O R G E V I C E N T E B FA C T O R Y

Revisão e Maquet ização

P R O S – P R O M O Ç Õ E S E S E R V I Ç O S P U B L I C I TÁ R I O S , L D A .

ISBN

97 8 - 9 8 9 - 6 8 5 - 019 - 7

L I S B O A , J U L H O 2 011

As opin iões expressas no presente es tudo são do(s) autor(es) ,

e las não ref lectem necessariamente as do ACIDI , I .P.

Diagnóstico da população imigrante nos concelhos do Funchal, Câmara de Lobos e Santa Cruz: desafios e potencialidades para o desenvolvimento localISBN 978-989-685-019-7CDU 314 316

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

“Conhecer mais a realidade local para agir melhor” foi o lema do desafio lançado à Rede CLAII - Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes - para o desenvolvimento de es-tudos locais com vista à caracterização dos seus contextos

de intervenção ao nível local. Foi com este espírito, de olhar os/as imigrantes como um contributo para as dinâmicas de desenvolvi-mento dos municípios, que 22 estudos foram realizados integran-do uma nova colecção.

Com estes estudos, financiados pelo Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros - FEINPT, pretendeu-se não só adquirir um maior conhecimento da realidade imigratória nos diferentes concelhos envolvidos, mas também reunir a amos-tra necessária à realização de um Estudo de abrangência nacional - “Diagnóstico da População Imigrante em Portugal - Desafios e Potencialidades”.

Trata-se de conferir instrumentos de acção credíveis às entidades com responsabilidades ao nível do acolhimento e integração de imigrantes em Portugal, através de dados científicos sobre a reali-dade onde actuam, tendo em vista a implementação de políticas e medidas ainda mais ajustadas às necessidades, em particular aos CLAII, no sentido de uma intervenção cada vez mais consolidada.

Assim, e no seguimento daquele que tem sido o papel do ACIDI, através do Observatório da Imigração, promovendo e aprofundan-do o conhecimento da realidade imigratória em Portugal, dese-jamos que esta nova colecção seja portadora de mais-valias para todas e todos aqueles que, de forma directa ou indirecta, trabalham em prol da população imigrante. Neste sentido, será também dis-ponibilizada uma Base de Dados que integra toda a informação recolhida no âmbito dos estudos e que será de grande utilidade,

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

nomeadamente por parte da academia, para outras investigações.

Por fim, uma palavra de agradecimento a quem tornou possível a concepção destes estudos, desde as autarquias às entidades da sociedade civil, seus técnicos e técnicas, gabinete técnico da rede CLAII, centros de investigação e suas equipas, bem como ao Professor Doutor Jorge Macaísta Malheiros do Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, pelo esforço desempenhado na coordenação científica geral de to-

dos os estudos.

Rosário Farmhouse

Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

O presente relatório é parte integrante de um conjunto de estudos incluídos na mesma colecção, que têm como objectivo caracterizar a população imigrante, de origem não comunitária (cidadãos naturais de

países não-membros da EU-27, com excepção dos descen-dentes da população retornada, que nasceram nas ex-colónias portuguesas de África), em 22 áreas do território português, incluindo-se aqui municípios isolados, conjuntos de municí-pios e mesmo agrupamentos de freguesias.

Tendo como objectivo específico comum elaborar o diagnós-tico da situação dos imigrantes instalados nas várias áreas em análise, no que respeita à sócio-demografia, à situação e trajec-tórias laborais e migratórias, ao quadro residencial, às práticas culturais, às experiências de discriminação e integração e ao desenvolvimento de redes relacionais (com outros cidadãos dos locais de origem e de destino, mas, também, com as diver-sas instituições do país de origem e da localidade de instala-ção), estes estudos assumem três propósitos base:

· Identificar os principais problemas com que se debatem estes imigrantes, quer ao nível nacional, quer ao nível local;

· Perceber os seus contributos para os processos de desenvol-vimento dos vários territórios em análise;

· Obter um conjunto significativo de informação que contri-bua para o desenvolvimento de políticas informadas de in-tegração, na esteira do que tem vindo a caracterizar a acção dos órgãos governamentais portugueses, com destaque para o ACIDI, ao mesmo tempo que disponibiliza um leque mui-to vasto de dados (ao nível local e, por agregação, também ao nível nacional), que pode ser explorado de modos muito

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diversos pela comunidade científica que trabalha no domí-nio da imigração.

O ponto de partida para o trabalho consistiu na aplicação, nas 22 áreas de estudo, de um questionário com uma base comum alar-gada, discutida, comentada e validada colectivamente por todos os coordenadores científicos locais, em conjunto com a equipa de co-ordenação geral. Para além deste tronco comum, que cobre todos os domínios analíticos acima mencionados, as equipas de trabalho locais podiam, se assim o entendessem, acrescentar questões es-pecíficas que considerassem particularmente pertinentes para a análise das situações e dos processos em curso na sua área.

A definição da dimensão da amostra e do método amostral, bem como do modo de aplicação dos questionários foram decididos pelas várias equipas (em sintonia com a coordenação geral), pro-curando respeitar critérios de representatividade estatística e de estratificação dos elementos estatísticos em função das principais nacionalidades. Se as estruturas e os processos de tratamento de informação presentes nos vários relatórios locais têm elementos comuns em virtude das características idênticas da informação re-colhida, as análises efectuadas pelas várias equipas de investigação são específicas, observando-se algumas diferenças metodológicas, bem como formas distintas de abordar as várias componentes do diagnóstico, frequentemente complementadas com informação suplementar proveniente de fontes secundárias (SEF - Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, INE - Instituto Nacional de Estatística) e comentários e recomendações de carácter específico, devidamen-te ajustados à realidade de cada caso.

A selecção das 22 áreas de estudo teve como base inicial a candi-datura dos CLAII interessados, sempre suportados por equipas

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

técnicas sólidas, posteriormente complementada com alguns estudos adicionais, de modo a que se obtivesse uma malha de co-bertura que inclua informação e relatórios analíticos de todas as regiões do continente e das duas regiões autónomas.

Refira-se que o presente relatório, como todos os outros incluídos nesta colecção, tem origem num processo de trabalho complexo ao nível da recolha, tratamento e análise da informação recolhida, que apenas foi possível graças ao forte empenhamento dos técni-cos dos CLAII e dos investigadores envolvidos nas diversas fases do processo e, também, dos muitos inquiridores nacionais e estrangei-ros formados e mobilizados para a actividade. Sendo parte de um todo coerente, o que permitiu, por um lado, gerar mais-valias asso-ciadas ao processo de trabalho e, por outro, compreender melhor o quadro nacional a partir do que se passa nas diversas parcelas do território, o estudo materializado neste produto tem um carácter autónomo e vale por si mesmo, permitindo traçar um diagnóstico local da imigração não comunitária em finais do primeiro decénio do século XXI (2010), bem como dos seus problemas e dos contri-butos para a dinâmica da área em estudo.

Jorge Malheiros

(CEG, IGOT-UL; Coordenador Científico Geral dos Estudos)

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

ÍNDICE DE FIGURAS 11

ÍNDICE DE QUADROS 13

NOTA DO COORDENADOR 15

AGRADECIMENTOS 17

INTRODUÇÃO 19

I.ENQUADRAMENTO: CONSIDERAÇÕES GERAIS 21

1.1 Caracterização geográfica dos concelhos envolvidos

no estudo - síntese 21

1.2. Evolução recente da imigração na Região Autónoma

da Madeira (RAM) 25

II. METODOLOGIA DO ESTUDO 31

2.1 Considerações gerais 31

2.2 Aplicação do inquérito 31

2.2.1 Problemas identificados na aplicação do inquérito 32

2.3 Caracterização da amostra 34

III. POPULAÇÃO IMIGRANTE NA RAM: 37

ANÁLISE DOS RESULTADOS 37

3.1 Demografia 37

3.2 Mercado de trabalho 42

3.3 Habitação 47

3.4 Processo de integração 50

3.5 Práticas culturais 60

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

3.6 Percursos migratórios 62

3.7 Relações com o país de origem 68

IV. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 72

BIBLIOGRAFIA 75

WEBGRAFIA 76

ABREVIATURAS 77

GLOSSÁRIO 78

ANEXOS 81

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Figura 1 – População média por concelho, em 2009 24

Figura 2 – Densidade populacional, por município, em 2009 25

Figura 3 – Densidade de empresas por distribuição geográfica na

RAM - 2008 26

Figura 4 – População estrangeira em território nacional - 2009 28

Figura 5-A – Evolução da população estrangeira residente na RAM

entre 1980-2009 29

Figura 5-B – Evolução da população estrangeira residente na RAM

entre 1980-2009 (continentes) 29

Figura 6-A – População estrangeira por nacionalidade, com origem no

continente americano 31

Figura 6-B – População estrangeira por nacionalidade, com origem no

continente asiático 31

Figura 6-C – População estrangeira por nacionalidade, com origem na

Europa (não comunitária) 32

Figura 6-D – População estrangeira por nacionalidade, com origem no

continente africano 32

Figura 7 – Distribuição da população estrangeira na RAM, segundo o

género 37

Figura 8 – Distribuição dos inquiridos, segundo a naturalidade 38

Figura 9 – Principais comunidades estrangeiras na RAM - 2009 38

Figura 10 – Distribuição dos inquiridos, segundo o estado civil 41

Figura 11 – Composição do agregado familiar co-residente 42

Figura 12 – Fluxo de entrada dos inquiridos 43

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 13 – Evolução das taxas de crescimento natural, migratório e efectivo (%) na RAM

entre 2000 e 2009 44

Figura 14 – Nível de escolaridade dos inquiridos 45

Figura 15 – Obtenção de emprego 46

Figura 16 – Número de empregos em Portugal 47

Figura 17 – Percurso profissional 48

Figura 18 – Equipamentos disponíveis no alojamento 52

Figura 19 – Nivel de dificuldade na chegada a Portugal e nível de dificuldade actual 53

Figura 20 – Situações de discriminação 55

Figura 21 – Factores de integração 56

Figura 22 – Tipo de associações frequentadas 59

Figura 23 – Nível de conhecimento/Frequência das instituições 60

Figura 24 – Avaliação das Instituições 61

Figura 25 – Práticas culturais desenvolvidas pelos inquiridos 63

Figura 26 – Motivos de saída do país de origem 64

Figura 27 – Razões de escolha de Portugal como país de residência 65

Figura 28 – Tempo de residência no país anterior a Portugal 66

Figura 29 – Forma utilizada para imigrar 67

Figura 30 – Regularização – situação na RAM 68

Figura 31 – Ano de regularização 69

Figura 32 – Número de deslocações ao país de origem 70

Figura 33 – Familiares dependentes no país de origem 71

Figura 34 – Valor médio mensal das remessas efectuadas para o país de origem 72

Figura 35 – Pretensão de viver noutro país 73

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Quadro 1 – Distribuição dos inquiridos por área de residência 40

Quadro 2 – Tipo de alojamento dos inquiridos 50

Quadro 3 – Intenção de compra de cada um dos inquiridos 51

Quadro 4 – Relações de amizade dos inquiridos 57

Quadro 5 – Motivos de saída do país de residência anterior a

Portugal 66

Quadro 6 – Motivos da escolha do actual concelho de residência 67

Quadro 7 – Documentos utilizados na entrada em Portugal 68

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Este é o primeiro projecto que a Associação Insular de

Geografia está a efectuar dedicado à imigração, que cul-

mina, nesta importante etapa, com o presente relatório

que se espera ser útil para quem se dedique ao estudo

sobre o fenómeno imigratório na Região Autónoma da Madeira.

A Região Autónoma da Madeira, que durante décadas enviou a sua

população para a Europa, Venezuela, África do Sul, Curaçau e tantos

outros países, vê-se, neste início do século XXI perante uma nova

situação de receptor de população (imigração), agora associada

ao fenómeno emigratório que continua a existir, e até aumentou,

com a crise económica e financeira que está a acontecer no país e,

consequentemente, com o aumento da taxa de desemprego.

A representação social de muitos destes imigrantes que procuram a

Região para viver e trabalhar relaciona-se com o trabalho assalaria-

do de baixo valor acrescentado, mediante a ocupação de empregos

que não atraem a população activa madeirense e porto-santense,

embora tendo um nível de instrução mais elevado, como é o caso

dos imigrantes da Europa de Leste, nomeadamente os ucranianos.

Alguns, em menor número, tornam-se trabalhadores por conta

própria para tentar ultrapassar as barreiras de procura de emprego,

embora outras dificuldades se levantem relacionadas com o apoio

das várias instituições a quem recorrem, com a agravante de não

dominarem a língua portuguesa.

Este estudo, agora apresentado, sustenta-se em duas principais

questões: acolhimento e integração do imigrante na Região

Autónoma da Madeira.

Serão os imigrantes bem recebidos pela comunidade madeirense?

Estarão os imigrantes bem integrados, depois de uma primeira fase

de adaptação?

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São as respostas a estas questões que poderão ser dadas através do estudo agora efectuado,

contribuindo, desta forma para um melhor conhecimento das carências e dificuldades da

população que escolhe a Região Autónoma da Madeira para viver e trabalhar, dando-lhes

uma melhor qualidade de vida.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

A realização de um estudo desta natureza não seria

possível sem a colaboração de um vasto leque de en-

tidades públicas e privadas que, de forma directa ou

indirecta, evidenciassem algum vínculo ao fenómeno

da imigração. Desde estabelecimentos de ensino às associações

de imigrantes, foram muitas as instituições que contribuíram

para que a Associação Insular de Geografia conseguisse atingir

os objectivos que se propôs alcançar aquando da celebração do

contrato de prestação de serviço com o Alto Comissariado para a

Imigração e Diálogo Intercultural.

Gostaríamos de agradecer, de modo particular, o precioso auxí-

lio do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, na pessoa do então

Director - Dr. Luís Frias, que, desde a primeira hora, manifestou

toda a sua disponibilidade para com este projecto; ao Dr. Gonçalo

Santos, Director do Centro das Comunidades Madeirenses, pela

simpatia e amabilidade com que sempre nos recebeu, contribuin-

do com a sua longa experiência nesta área, para o esclarecimento

das nossas dúvidas; a todos os colaboradores que voluntariamen-

te deram o seu importante contributo na aplicação do inquérito,

e sem os quais não teríamos certamente conseguido alcançar a

meta pré-definida para a amostra deste estudo.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

No âmbito do convite que foi endereçado pelo Alto

Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural

(ACIDI I.P.), a Associação Insular de Geografia (AIG)

desenvolveu o estudo de caracterização da popula-

ção imigrante nos concelhos do Funchal, Santa Cruz e Câmara de

Lobos, projecto que decorreu de Fevereiro a Junho do ano 2010.

Em conformidade com as orientações definidas pelo ACIDI, o

estudo incide unicamente sobre os três concelhos supracitados

e consistiu, numa primeira fase, na aplicação de um inquérito da

sua autoria, que se utilizou integralmente sem qualquer alteração

de conteúdo, a uma amostra inicialmente prevista para 400 in-

quéritos, fasquia que acabou por ser ligeiramente ultrapassada,

fixando-se o resultado final nos 447.

Concluída esta etapa, e com base nas informações preliminares

decorrentes da aplicação do inquérito, dos inúmeros contactos

directos estabelecidos com as comunidades imigrantes resi-

dentes na Região Autónoma da Madeira (RAM), bem como da

introdução dos dados recolhidos na base de dados do estudo,

elaborou-se o relatório intercalar, com o enquadramento e a pré-

caracterização geral da população imigrante na RAM, a que se

juntou uma análise genérica da RAM no seu todo, pois o estudo

do fenómeno imigratório não pode naturalmente estar dissocia-

do das características particulares deste arquipélago, nomeada-

mente, no que concerne às razões que directa ou indirectamente

acabaram por definir estes três concelhos como alvo estratégico

do estudo a implementar.

Por último, procedeu-se ao tratamento estatístico dos inquéritos

aplicados, a partir do qual se produziu o presente relatório com

base na análise dos resultados apurados. A apresentação do tra-

balho segue a estrutura definida no II Encontro Intercalar dos

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Coordenadores Científicos, procurando não descurar os objectivos pré-estipulados.

Porque todo o projecto tem um princípio, meio e fim, pensamos nós que este estudo não

deverá representar o encerramento definitivo do projecto, pois as realidades regionais do

fenómeno imigratório postas em evidência neste relatório mereciam, no nosso entender,

uma análise mais profunda e mais alargada.

Estamos convictos que teremos no futuro a oportunidade de poder desenvolver e “concluir”

este projecto, contribuindo, assim, para um conhecimento mais coeso e fundamentado

da imigração na RAM, tanto mais que se trata de uma franja da população a quem,

porventura, não terá sido dada a devida relevância ao nível de trabalhos de investigação,

talvez por se tratar de um fenómeno relativamente actual, ou talvez pelo simples facto de,

tradicionalmente, a RAM ter estado associada à emigração, movimento populacional que

nos acompanha desde sempre, e que teve o seu apogeu nas décadas de 60 e 70, sendo que

hoje, é comum dizer-se que encontramos um madeirense em qualquer parte do mundo.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

1.1 CaraCterização geográfiCa dos ConCelhos envolvidos no estudo - síntese

A Região Autónoma da Madeira constitui uma

zona territorial regional que engloba as Ilhas da

Madeira, Porto Santo, Desertas e Selvagens, sendo

habitadas apenas as Ilhas da Madeira e Porto Santo.

O Arquipélago da Madeira é caracterizado por um grande

isolamento que resulta do facto de estar a cerca de 900 km de

Portugal Continental, sendo, assim, uma região ultraperiférica,

pelo que as redes de transporte aéreo e marítimo revelam-se

fundamentais à movimentação da sua população.

Com uma superfície total de apenas 801,1Km², o equivalente a

cerca de 0,9% do território nacional, o Arquipélago da Madeira

e, em particular, a Ilha da Madeira, destaca-se pela sua orografia

muito particular, formada por um relevo acidentado, com vales

profundos e muito encaixados e vertentes com declive acentuado.

No litoral, predominam as arribas, em particular no norte da

ilha. Apenas 11% da área total tem um declive inferior a 16% e

um quarto da superfície encontra-se acima dos 1.000 metros de

altitude (áreas não habitáveis). É uma condicionante física ao

desenvolvimento da actividade agrícola, à implantação de infra-

estruturas básicas e ao funcionamento das redes de serviços

e, consequentemente, da própria distribuição da população

evidenciada na figura que se segue.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 1 – População média por concelho, em 2009

Fonte: Direcção Regional de Estatística da Madeira

Por outro lado, a coexistência de microclimas que se estabelecem fundamentalmente em

função da altitude e da orientação geográfica das encostas, reforça o leque das referidas

condicionantes físicas. A encosta norte apresenta médias de temperatura mais baixas e

pluviosidade mais elevada que a encosta sul (vertente soalheira), factor que contribui, asso-

ciado às características orográficas, para que cerca de 90% da população habite na encosta

sul da Ilha da Madeira.

Consequentemente, constata-se ao nível da densidade populacional, uma grande variação

entre os municípios localizados a Norte e os municípios do Sul, com particular destaque

para o Funchal que apresenta um valor bastante expressivo (Figura 2).

Page 25: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 2 – Densidade populacional, por município, em 2009

Fonte: Direcção Regional de Estatística da Madeira, 2009

Com uma densidade populacional de 308,7 hab/km² (valor bem acima da média nacional,

que é de 115,4 hab/km²), o concelho do Funchal destaca-se claramente dos restantes, pela

sua maior concentração da população (1.288,6 hab/km²), por contraste com o concelho do

Porto Moniz com apenas 31,7 hab/km². Em segundo e terceiro lugares respectivamente,

encontramos os concelhos vizinhos: Câmara de Lobos (693,5 hab/km²) e Santa Cruz (462,5

hab/km²).

Para além da proximidade geográfica à capital madeirense (Funchal), com tudo o que isso

representa, nomeadamente em termos de oferta de serviços e lazer, os concelhos contíguos

de Câmara de Lobos e Santa Cruz beneficiam também da elevada concentração de em-

presas, o que assegura à partida uma maior oferta de emprego e/ou de oportunidades de

emprego (Figura 3).

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 3 – Densidade de empresas por distribuição geográfica na RAM - 2008

Fonte: DRE, Anuário Estatístico da Madeira - 2008

Uma análise ao número de empresas por município de sede, sem considerar a corres-

pondente área do concelho, revela-nos a mesma ordenação, ou seja, em primeiro lugar o

Funchal, com um total de 13.200 empresas, seguido dos concelhos de Santa Cruz e Câmara

de Lobos com respectivamente, 2.757 e 1.473 empresas.

Por esta via, justifica-se, em grande parte, a opção da população imigrante pela fixação num

destes três concelhos, embora outros factores possam ser considerados, nomeadamente,

os níveis de oferta de habitação, a proximidade dos serviços estruturantes, as limitações ao

nível da capacidade de deslocação/transporte, entre outros.

O concelho do Funchal concentra 42,4% da população da RAM e 40,9% dos alojamentos

familiares (censo 2001). É neste concelho que se localizam as principais unidades hotelei-

ras de cinco estrelas, uma diversidade de oferta de estabelecimentos de restauração e de

snack-bares, grande parte do comércio alimentar, universidade, hospital, os serviços de

administração pública regional, nomeadamente, Governo Regional, Secretarias e Direcções

Regionais, sedes de bancos, agência de viagens, escolas secundárias, teatro, museus,

cinemas.

Este leque de actividades económicas, de serviços e de lazer faz atrair a população activa

pelas oportunidades de emprego qualificado e não qualificado e pela qualidade e nível de

vida mais elevados.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Câmara de Lobos tem-se afirmado como um pólo de actividades

nocturnas (diversos bares de bebidas típicas da Região) e de in-

dústrias, com a construção de um parque industrial na zona oeste

da Ribeira dos Socorridos, o que tem contribuído para a apresen-

tação de uma densidade de empresas bastante elevada.

O concelho de Santa Cruz tornou-se numa zona atractiva para as

famílias que trabalham no Funchal mas que, devido aos altos pre-

ços do imobiliário praticados na capital do arquipélago, não têm

possibilidade de aí residirem. É neste concelho que se localiza o

maior parque industrial da Madeira, com mais de trinta e cinco

unidades industriais.

1.2. evolução reCente da imigração na ram

Durante longas décadas, Portugal esteve associado à emigra-

ção, fundamentalmente por razões económicas e políticas. Só

recentemente esta imagem foi sofrendo alterações, não só pelo

decréscimo deste movimento migratório, mas, sobretudo, pelo

aumento da entrada de números significativos da população de

nacionalidade estrangeira.

Este fenómeno, sendo mais recente, foi de tal modo expressivo

que é hoje vulgar dizer-se que Portugal deixou de ser um país de

emigração para ser um país de imigração, o que, não sendo in-

teiramente verdade, atesta bem a percepção que se interiorizou

numa grande franja da população, pelo menos até 2009, consi-

derando a actual conjuntura económica/financeira de Portugal.

Com base nos dados disponibilizados para o ano de 2009 (resulta-

dos provisórios), constata-se que em Portugal residiam neste ano

451.742 estrangeiros, distribuídos de forma muito heterogénea

pelo território nacional. Na RAM, o stock de residentes estran-

geiros atingiu os 7.090 estrangeiros, o que corresponde a 1,6% do

total nacional (Figura 4).

1.2

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Page 28: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 4 – População estrangeira em território nacional - 2009

Fonte: SEF, Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo, 2009

Em termos evolutivos, e com base nos dados disponibilizados pelos Anuários Estatísticos

do INE, conclui-se que o total de população estrangeira tem vindo, na sua generalidade, a

aumentar desde a década de 80 até à actualidade (Figura 5-A), pese embora se constate um

ligeiro declíneo em dois momentos específicos: no ano de 1984 e no período compreendido

entre o ano de 1992 e 1998. Destaque-se também a subida significativa registada no ano de

2006 que, na verdade, não representa uma aumento real do número de estrangeiros, mas

antes resulta de alteração legislativa que permitiu a regulalização (extraordinária) de cida-

dãos estrangeiros.

Com efeito, no ano de 2001, a alteração da lei de estrangeiros (Decreto-Lei n.º244/98, de 8 de

Agosto, com alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º4/2001, de 10 de Janeiro), veio per-

mitir a regularização de trabalhadores estrangeiros por conta de outrem, através da figura

da autorização de permanência (AP), pela qual, se definia que decorridos cinco anos fosse

facultado o acesso à autorização de residência (AR). Por via deste processo, e atendendo

à nacionalidade de origem, destacaram-se sobretudo os imigrantes da Europa Central e

Oriental (cerca de 55% das AP concedidas entre 2001 e 2003, segundo dados do SEF), com

particular relevância para as comunidades ucranianas (64% do total de AP concedidas aos

imigrantes desta área geográfica).

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 5-A – Evolução da população estrangeira residente na RAM entre 1980-2009

Fonte: SEF, Relatórios de Imigração; INE, Estatísticas Demográficas

Figura 5-B – Evolução da população estrangeira residente na RAM entre 1980-2009 (continentes)

Fonte: SEF, Relatórios de Imigração; INE, Estatísticas Demográficas

Page 30: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Por continente de origem (Figura 5-B), a evolução registada na RAM evidencia o peso das populações estrangeiras oriundas da América do Sul e da Europa. Saliente-se a inversão de posição destes dois continentes, pois contrariamente ao que sucedeu nas décadas de oitenta e primeira metade da década de noventa, em que a população estrangeira era, sobretudo, oriunda da América do Sul, a partir do ano de 1997 o continente europeu passou a demons-trar maior expressividade, no que concerne à origem da população estrangeira na RAM. Estes imigrantes sul americanos tiveram a sua origem maioritária na Venezuela, isto no decorrer da década de 90 (Figura 6-A), tendo progressivamente perdido importância relativa para a comunidade brasileira que, ao longo da corrente década, tem evidenciado um crescimento contínuo, sendo que actualmente (2009) registamos uma comunidade de 1.296 brasileiros contra “apenas” 732 venezuelanos.

No que à Europa diz respeito, será de salientar que grande parte dos estrangeiros europeus têm origem em países comunitários. O total de europeus originários da União Europeia re-presenta um número elevado que varia entre os 85% (valor máximo) registado em 1991 e os 61% (valor mínimo) registado em 2006. Para o último ano de que dispomos dados estatísticos, 2009, o valor era de 71%, o que equivale a 2.828 indivíduos. No que concerne aos estrangeiros europeus não comunitários (Figura 6-C), Ucrânia, Moldávia e Rússia foram, por esta ordem, os países mais expressivos, sendo neste caso concreto, bem visível os efeitos da alteração legislativa ocorrida em 2001, pois passou-se, por exemplo, relativamente à Ucrânia, dos 43 estrangeiros registados em 2005 para 704 em 2006, ou seja, um acréscimo exponencial, nos cinco anos após a efectivação da regularização extraordinária de 2001.

Quanto à evolução de estrangeiros de origem asiática (Figura 6-B), facilmente percebemos que a sua presença em território regional é ainda muito residual, sendo a China o país mais representativo, pois em 2009 era responsável por cerca de 50% dos estrangeiros oriundos deste vasto continente. Refira-se, todavia, que o ritmo de crescimento nesta última década foi bastante elevado. Os dados estatísticos publicados revela-nos que passamos de apenas 7 estrangeiros chineses no ano de 1998 para 210 no ano de 2009, o que não sendo um número absoluto muito alto, representa, todavia, um crescimento relativo considerável.

Relativamente à população estrangeira com origem no continente africano (Figura 6-D), os números apontam no ano de 2009 para um total de 502 indivíduos, sendo Guiné-Bissau o país que mais se destaca, com cerca de 32%, o que equivale a 158 indivíduos, seguido por ordem decrescente de grandeza por Cabo Verde, África do Sul e Angola.

Por último, a Oceania constitui o continente menos representativo ao nível da população estrangeira. Uma análise à evolução recente, revela-nos a existência de apenas 13 cidadãos estrangeiros, 11 dos quais de nacionalidade australiana, no ano de 1991. Os dados disponíveis para o ano de 2009 revelam um aumento ligeiro, com 17 cidadãos estrangeiros, 16 dos quais de nacionalidade australiana.

Page 31: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 6-A – População estrangeira por nacionalidade, com origem no continente americano

Fonte: SEF, Relatórios de Imigração e INE, Estatísticas Demográficas

Figura 6-B – População estrangeira por nacionalidade, com origem no continente asiático

Fonte: SEF, Relatórios de Imigração e INE, Estatísticas Demográficas

Page 32: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 6-C – População estrangeira por nacionalidade, com origem na Europa (não comunitária)

Fonte: SEF, Relatórios de Imigração e INE, Estatísticas Demográficas

Figura 6-D – População estrangeira por nacionalidade, com origem no continente africano

Fonte: SEF, Relatórios de Imigração e INE, Estatísticas Demográficas

Page 33: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

2.1 Considerações gerais

A existência (potencial) de imigrantes ilegais e o facto

de os estrangeiros não estarem distribuídos propor-

cionalmente à população madeirense, quer porque as

áreas que escolhem para viver se furtam aos padrões

da população local - fixação em áreas turísticas, por exemplo,

quer porque os seus vínculos laborais e os trabalhos executados

muitas vezes não são estáveis, provocando uma grande mobilida-

de residencial, levou-nos a equacionar previamente a metodolo-

gia a utilizar.

Se a estas contingências acrescermos uma relativa dispersão

dos imigrantes pelo território dos municípios em análise e a

escassez de informação bibliográfica e estatística actualizada (à

escala municipal), facilmente se entende a necessidade de defi-

nir previamente um método que permitisse obter uma amostra

representativa de imigrantes. Aliás, estas comunidades imigran-

tes podem ser equiparados a outras populações raras, sensíveis

ou ocultas, por serem pouco numerosas, dispersas no território e

não se lhes conhecer a dimensão ou a distribuição exacta.

Um dos procedimentos mais comuns neste tipo de estudo tem

sido o da “bola-de-neve”, em que o inquirido sugere pessoas suas

conhecidas para responder ao questionário. Tal método poderá,

contudo, criar alguns problemas decorrentes do facto de a amos-

tra inicial não ser verdadeiramente aleatória, pois há claramente

uma tendência para inquirir mais os indivíduos que revelam uma

maior predisposição para a cooperação.

2.2 apliCação do inquérito

Do vasto conjunto de referências, observações e cautelas sobre as

metodologias de sondagem de populações raras, deduziu-se que

seria recomendável, em primeiro lugar, utilizar toda a informação

decorrente dos censos e outras publicações estatísticas oficiais

existentes e relevantes sobre a distribuição da população imigran-

te, dividindo o território em clusters homogéneos e, em segundo,

II. M

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Page 34: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

que nos locais escolhidos se seguisse um procedimento tanto

quanto possível aleatório. Como tal, foi este o método utilizado,

quer na definição, quer na concretização das amostras. Depois de

definidos os clusters, foram escolhidos, aleatoriamente, os locais

de amostragem e dentro deles, as unidades de inquérito, median-

te um caminho aleatório, procurando assegurar o envolvimento

das estruturas locais existentes que de forma directa ou indirecta

estivessem relacionadas com esta questão. Foi também tida em

linha de conta a distribuição da amostra pelos três concelhos do

estudo e a proporcionalidade relativamente às nacionalidades da

população estrangeira residente na RAM.

Dentro de cada grupo, o respondente foi também escolhido

aleatoriamente. Complementarmente, e sempre que surgiram

dificuldades em alcançar o número de inquiridos desejados,

recorreu-se ao procedimento “bola-de-neve”, no qual o inquirido

indica um ou mais indivíduos seus conhecidos para responder

ao questionário. Contudo, reconhecemos que tal método poderá

ter implicações nos resultados estatísticos, decorrentes do facto

de a amostra inicial não ser totalmente aleatória e tender a in-

quirir preferencialmente os indivíduos que evidenciam maior

cooperação.

Os inquéritos foram, em grande parte, aplicados através de son-

dagem presencial e domiciliada, pois entendeu-se que seria o

processo que mais garantias nos daria no que respeita à captação

fiel da opinião dos inquiridos.

2.2.1 problemas identifiCados na apliCação do inquérito

A utilização do inquérito por questionário como ferramenta de

investigação acarreta naturalmente determinadas particularida-

des que devem ser consideradas aquando da sua idealização e

construção, tendo sempre em linha de conta o público-alvo.

Neste estudo em particular, considerando as especificidades

do público-alvo, somos de opinião que o inquérito revelou-se

2.2

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

relativamente extenso o que causou alguns constrangimentos na sua aplicação, facto ainda

agravado, quer pelos níveis académicos dos respondentes, quer ainda pelo domínio limita-

do da língua portuguesa. Estas condicionantes foram mais notórias nos questionários apli-

cados por administração directa (“auto-administrados”). Todavia, a dimensão da amostra,

associada ao (limitado) intervalo de tempo disponível para a execução desta tarefa, justifi-

caram claramente esta opção, pese embora a taxa de “não-resposta” ter sido superior nestes

casos, o que é perfeitamente compreensível.

Saliente-se, contudo, a utilização de estratégias de reforço no caso dos inquéritos aplicados

por administração directa, nomeadamente a utilização de “cartas de legitimação” da utili-

dade social e científica do inquérito.

Complementarmente, o facto de não dispormos de uma bolsa de colaboradores/inquirido-

res não contribuiu favoravelmente para o desenvolvimento rápido do projecto. Com efeito,

a AIG pela primeira vez se viu confrontada com a necessidade de aplicar um inquérito a

uma amostra desta dimensão, o que obrigou ao recrutamento de colaboradores, pois os

quadros técnicos da AIG revelaram-se insuficientes para o desenvolvimento dessa tarefa.

Neste sentido, a própria formação dos inquiridores ficou aquém do desejado, mas os es-

treitos limites temporais de que dispúnhamos não nos permitiram alargar no tempo esse

importante processo.

No que concerne à amostra foi de difícil cumprimento na aplicação do inquérito, a propor-

cionalidade relativamente às nacionalidades da população estrangeira residente na RAM

e a distribuição proporcional da amostra pelos três concelhos. Por outro lado, houve uma

dificuldade acrescida devido a não existir na RAM, à data do desenvolvimento do estudo,

por nenhuma entidade oficial, dados estatísticos com o número de estrangeiros residen-

tes em cada concelho. Essa informação, representa no nosso entender, um dado de grande

importância que importa rapidamente aferir, a bem do conhecimento mais realista dos

efeitos da imigração, quer ao nível das contribuições que esta população possa vir a dar no

concelho de residência, quer ao nível do reforço da (desejada) integração do imigrante nas

populações locais. Por outro lado, no que respeita à proporcionalidade entre a amostra e as

nacionalidades dos imigrantes, o elevado valor definido para esta amostra acabou por ditar

um resultado final não tão próximo quanto desejaríamos. Não obstante, a amostra cobre,

com razoável proporcionalidade, as principais comunidades estrangeiras da RAM.

Por último, embora não se trate de um problema específico do nosso estudo, refira-se a

crescente “saturação” dos potenciais respondentes. A utilização crescente do inquérito

como ferramenta de investigação científica preferencial no desenvolvimento de projectos

de mestrado, doutoramento, entre outros, acaba por agravar esta falta de disponibilidade

Page 36: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(34)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

da população. Este facto foi, de resto, bem notório em estabeleci-

mentos de ensino público, onde a aplicação de inquéritos é uma

prática frequente, causando um efeito de rotina que não é de todo

desejável, sob pena de promover níveis de abstenção/recusa con-

sideráveis, independentemente do real interesse do estudo que se

esteja a promover.

2.3 CaraCterização da amostra

A amostra definida para o presente estudo foi de 400 inquéritos.

Todavia, este valor foi ligeiramente ultrapassado, atingindo-se

assim os 447 inquéritos, o que corresponde a aproximadamen-

te 10% do universo de população estrangeira residente na RAM

(4.262 indivíduos no ano de 2009, não contabilizando os estran-

geiros de origem comunitária).

Assim, e no que ao género diz respeito, 53% dos inquiridos são

do sexo masculino e os restantes 47% do sexo feminino (Figura

7). De um modo geral, não se verificam grandes diferenças em

função do continente de origem, à excepção dos estrangeiros

oriundos dos continentes asiáticos e africanos, onde essas dife-

renças ganham maior expressividade, com particular relevância

para este último continente, onde a população masculina chega

mesmo a representar mais de 70% do seu total. Aliás, esta situa-

ção é prática corrente nos fenómenos migratórios, sendo que de

um modo geral, e relativamente aos agregados familiares, avança

numa primeira etapa o elemento do sexo masculino para numa

fase posterior, após alguma estabilidade no país de acolhimento,

suficiente para garantir o sustento, se verificar a entrada do res-

pectivo cônjuge, não raras vezes acompanhados dos seus filhos.

Este fenómeno de reagrupamento familiar não é, apesar de tudo,

o mais comum, pois, em Portugal a imigração é predominante-

mente uma imigração laboral, não familiar.

2.3

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Page 37: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 7 – Distribuição da população estrangeira na RAM, segundo o género

Fonte: SEF, Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo, 2009

Embora não se tenha alcançado a proporcionalidade desejável entre a amostra e a nacio-

nalidade da população estrangeira residente na RAM, como aliás já tivémos oportunidade

de referir no capítulo anterior, verifica-se que os grupos mais representativos encontram-se

presentes na amostra inquirida (Figura 8). Assim, 47% da amostra refere-se a imigrantes de

nacionalidade brasileira, seguido dos imigrantes venezuelanos (13%) e ucranianos (9%). Os

imigrantes de origem africana representam, no seu todo, cerca de 18% da amostra, sendo a

Guiné-Bissau o país mais representativo desta comunidade (5%), seguido de Angola e Cabo-

Verde (ambos com com valores próximo dos 4%).

Em valores absolutos, isto representa 209 inquéritos à comunidade mais entrevistada -

brasileira, sendo a segunda comunidade com maior número de inquéritos efectuados a

Venezuelana (58), como se constata no gráfico seguinte.

Page 38: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 8 – Distribuição dos inquiridos, segundo a naturalidade

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia

Recorde-se que as nacionalidades mais significativas ao nível da população estrangeira

residente na RAM são, por ordem decrescente de grandeza, as que surgem representadas

na figura que se segue (Figura 9). A forte presença de população estrangeira brasileira é

bem evidente, destacando-se claramente das demais comunidades. Trata-se de uma situa-

ção recente, pois, como já o referimos, esta presença de brasileiros na RAM, ganhou maior

expressividade nesta última década, situação contrária à verificada com a comunidade

venezuela, por exemplo.

Figura 9 – Principais comunidades estrangeiras na RAM - 2009

Fonte: SEF, Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo, 2009

Page 39: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

3.1 demografia

Uma análise à área de residência (Quadro 1) mostra-

nos que do total de inquiridos, 66% são residentes

no concelho do Funchal, 26% no concelho de Santa

Cruz e 7% no concelho de Câmara de Lobos. Ao nível

da distribuição dentro de cada concelho, os dados obtidos reve-

lam-nos que no concelho do Funchal, a maior concentração de

população imigrante concentra-se em São Martinho (a segunda

maior freguesia do concelho, com vasta oferta no sector imobiliá-

rio, localizada muito próxima do centro do Funchal e servida por

uma boa rede de acessos rodoviários). Por razões semelhantes,

as freguesias de Santa Cruz e Câmara de Lobos são igualmente

as mais procuradas para a fixação de residência nos respectivos

concelhos. Destaque-se, no caso do concelho de Santa Cruz, a fre-

guesia do Caniço, responsável pela fixação de 30% dos inquiridos,

pois trata-se da freguesia que maior expansão demográfica e de

alojamentos registou nos últimos anos em toda a RAM, fruto da

rápida expansão urbana verificada sobretudo na última década,

o que de resto, permitiu a elevação da vila do Caniço a cidade, no

ano de 2005.II

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Quadro 1 - Distribuiçao dos inquiridos por área de residência

Área de Residência Freguesias n.º (%) em relação ao concelho

Funchal

Sé 20 6,8Imaculado Coração Maria 4 1,4

Monte 3 1,0Santa Luzia 18 6,1

Santa Maria Maior 30 10,2Santo António 29 9,9São Gonçalo 6 2,0São Martinho 121 41,2

São Pedro 32 10,9São Roque 9 3,1

Não Responde 22 7,5

Santa Cruz

Camacha 3 2,6Caniço 35 30,2Gaula 3 2,6

Santa Cruz 74 63,8Santo António da Serra 1 0,9

Câmara de Lobos

Câmara de Lobos 29 85,3 Limoeiro 2 5,9

Sítio do Rancho 1 2,9Estreito Câmara de Lobos 1 2,9

Quinta Grande 1 2,9

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia

Relativamente ao género, 54% dos inquiridos são do sexo masculino e 46% do sexo femi-

nino, verificando-se assim um equilíbrio entre estes, o que contraria a tendência verificada

no passado em que tradicionalmente o sexo masculino prevalecia no seio da população

migrante.

No que concerne à estrutura etária dos inquiridos, a média de idades dos entrevistados é de

33 anos. Refira-se que 75% dos entrevistados situa-se numa faixa etária que não ultrapassa

os 39 anos de idade o que é bem demonstrativo da relativa juventude da população estran-

geira residente actualmente na RAM, como de resto é apanágio nas populações imigrantes

de qualquer outra região do país.

Quanto ao estado civil (Figura 10), os dados obtidos evidenciam um equilíbrio entre casa-

dos e solteiros (39% para ambas situações). As uniões de facto representam na comunidade

imigrante cerca 10% das situações.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 10 – Distribuição dos inquiridos, segundo o estado civil

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 1

Quando questionados sobre a naturalidade, a totalidade dos inquiridos referiu serem natu-

rais de outro país. Ao nível da nacionalidade (Anexo 2), 82% dos inquiridos têm nacionali-

dade estrangeira e 14% dos inquiridos têm dupla nacionalidade - portuguesa e outra. Nesta

segunda nacionalidade, verifica-se o predomínio da venezuelana e brasileira, por ordem

decrescente de importância (Anexo 3).

Refira-se ainda que a grande maioria dos inquiridos (78%) definiu como primeiro local de

residência à entrada em Portugal (Anexo 4), os concelhos alvo deste estudo - Funchal, Santa

Cruz e Câmara de Lobos. Será de salientar apenas o caso da cidade de Lisboa que é referida

por 41 inquiridos (cerca de 9%) como local de primeira residência, o que é perfeitamente

compreensível, tratando-se da capital.

No que concerne à composição do agregado familiar co-residente (Figura 11), conclui-se

que em cerca de 58% dos dos casos é formado por apenas um elemento (o próprio inqui-

rido). Em 38% dos casos o agregado familiar é composto por um número variável entre os

dois e os quatro elementos. O valor máximo situou-se nos 7 elementos, situação que se

registou em apenas um caso.

Page 42: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 11 – Composição do agregado familiar co-residente

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia

No entanto, há também a considerar os não-familiares co-residentes: 23% afirmaram par-

tilhar a sua residência com indivíduos não-familiares. Neste casos, os não-familiares são

sempre do mesmo país de origem do inquirido, sendo que em média vivem com apenas

mais um elemento. O valor máximo foi de 5 elementos (Anexos 5 e 6).

Por último, no que concerne ao ano de entrada em Portugal, a figura que segue (Figura

12) demonstra haver uma proximidade de circunstâncias quando se compara a situação do

inquirido com a dos restantes elementos do agregado familiar co-residente. A observação

da figura evidencia-nos uma concentração significativa no período compreendido entre o

ano de 2000 e 2010, atingindo-se os registos mais elevados no ano de 2001 e 2004, com

respectivamente, 70 e 64 indivíduos.

Page 43: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 12 – Fluxo de entrada dos inquiridos

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia

Embora não estejam disponíveis os dados relativos à natalidade associada à imigração, to-

dos sabemos que de uma forma geral, a entrada de população estrangeira num país/região

tem, geralmente, efeitos positivos nas taxas demográficas, para além de contribuir directa-

mente para o rejuvenescimento populacional, visto tratar-se de uma franja da população

relativamente jovem. Este dado torna-se ainda mais importante, quando verificamos que a

RAM, sendo uma das regiões mais jovens do país em termos demográficos, tem apresenta-

do ao longo desta década uma diminuição nos valores do crescimento natural.

Os dados recentemente lançados pelo INE referem que em 2009 esse valor foi negativo

(-0,11%), algo que nunca havia acontecido ao longo desta década. Neste sentido, a taxa de

crescimento migratório constitui um claro equilíbrio na população, com reflexos imediatos

ao nível da taxa de crescimento efectivo (Figura 13).

Page 44: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(42)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 13 – Evolução das taxas de crescimento natural, migratório e efectivo (%) na RAM entre 2000 e 2009

Fonte: INE, Estimativas de População Residente 2009

3.2 merCado de trabalho

Neste capítulo relativo ao mercado de trabalho, optamos por não

analisar exclusivamente a situação profissional dos inquiridos,

mas antes considerar também os níveis de ensino, os níveis de

conhecimento da língua portuguesa e a própria frequência (ou

não) de curso de língua portuguesa, por se considerar que estes

parâmetros, de algum modo, acabam necessariamente por con-

dicionar a situação dos inquiridos ao nível da sua integração no

mercado de trabalho.

Assim, ao nível das habilitações literárias (Figura14), constatamos

que, aproximadamente, 30% dos inquiridos apresentam um nível

de escolaridade compreendido entre os 1º e 3º ciclos (9º ano),

sendo também de aproximadamente 30% o valor atribuído ao

ensino secundário. A percentagem de indíviduos com formação

3.2

MER

CAD

O D

E TR

ABAL

HO

Page 45: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(43)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

superior - bacharelato, licenciatura e mestrado, é significativa (24%), contrariamente ao que

sucede com os indivíduos sem qualquer formação escolar (5,6%).

Figura 14 – Nível de escolaridade dos inquiridos

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 7

No domínio do conhecimento da língua portuguesa (Anexos 8 e 9), os resultados são bem

mais animadores. A esmagadora maioria dos inquiridos, bem como dos restantes elemen-

tos do agregado familiar co-residente, classificaram este parâmetro ao nível do “muito bom”

(48%) ou “bom” (33%). A esta situação, também não será alheio o facto de grande parte dos

inquiridos serem oriundos de países que têm o português como língua oficial. Como tal,

cerca de 80% dos inquiridos afirmou nunca ter frequentado qualquer curso de língua portu-

guesa, por considerar não sentir essa necessidade ou por nunca ter tido essa oportunidade .

Relativamente ao sustento económico (Anexos 10 e 11), aproximadamente 83% dos inqui-

ridos afirmaram ter o trabalho como meio de vida, 7% encontra-se a cargo da família e 4%

encontra-se a usufruir do subsídio de desemprego. Esta situação de desemprego não se

poderá considerar de longa duração, pois na sua maioria, os inquiridos afirmaram estar

desempregados há menos de um ano.

O regime de trabalho (Anexo 12) da grande maioria dos inquiridos é do tipo permanente ou

regular (cerca de 92%), pelo que podemos considerar que na RAM, o trabalho ocasional e

sazonal tem muito pouca expressão, respectivamente 6% e 1%.

Page 46: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(44)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Em relação ao vínculo contratual (Anexo 13), o “contrato com termo” apresenta-se como a

situação mais frequente (68,5%), representando o “contrato sem termo” cerca de 26% dos

inquiridos. Empregados a “recibos verdes” e “outras situações” têm pouca expressão nos

resultados obtidos.

Outro dado que importa reter prende-se com a distribuição dos inquiridos segundo o local

de trabalho e/ou estudo. Nesta matéria, verifica-se que 62% dos inquiridos consegue desen-

volver a sua actividade profissional no próprio concelho onde reside, o que é naturalmente

um excelente “indicador de conforto”, pese embora as distâncias a percorrer na RAM não

sejam de um modo geral muito significativas.

Quanto à forma como o emprego foi obtido (Figura 15), os dados revelam-nos que 30 a 35%

dos inquiridos, quer ao nível do primeiro emprego obtido em Portugal, quer ainda no actu-

al emprego obtido na RAM, obteve o respectivo emprego através de um “patrão português”.

Igualmente expressivo é o caso dos indivíduos que obtiveram emprego através de familiares

e/ou amigos da mesma etnia, embora neste caso, a situação seja mais notória na obtenção

do primeiro emprego e não tanto ao nível do emprego obtido na RAM (respectivamente, 26%

e 19%). Além disso, se juntarmos os casos dos indivíduos que obtiveram emprego através de

“recrutador no país de origem” e “patrão imigrante da mesma etnia”, conclui-se que, neste do-

mínio, as ligações étnicas acabam por ter uma grande influência. A terceira situação mais refe-

rida é a de obtenção de emprego por “anúncio” que corresponde a cerca de 9% dos inquiridos.

Figura 15 – Obtenção de emprego

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 14

Page 47: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(45)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Outra situação que importa analisar, prende-se com o número de empregos que cada indi-

víduo já teve ao longo da sua permanência em território português (Figura 16).

Figura 16 – Número de empregos em Portugal

Fonte: Autores - Associação Insular de Geografia, anexo 15

Nesta matéria, constata-se que aproximadamente 65% dos inquiridos afirmaram terem tido

no máximo dois empregos desde a sua chegada a Portugal, o que traduz alguma estabilida-

de profissional, tendo em conta a actual conjuntura econónomica. Cerca de 11% teve já três

empregos e 15% afirma ter tido mais que 4 empregos.

Relativamente ao percurso profissional, procurou-se analisar o trajecto dos indivíduos des-

de a profissão desempenhada no país de origem, passando pelo situação vivida no primeiro

emprego obtido em Portugal até à actual situação na RAM (Figura 17).

Page 48: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(46)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 17 – Percurso profissional

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 16

Uma observação atenta da figura permite-nos concluir que a mudança de profissão não é

tão linear quanto à primeira vista se poderia pensar, ou seja, verifica-se que em determina-

dos grupos profissionais, os imigrantes conseguem manter na RAM as mesmas profissões

que tinham no seu país de origem, ou pelo menos, profissões similiares que se enquadram

no mesmo código de classificação profissional. Recorde-se que, para a análise deste parâ-

metro, todas as profissões obtidas nos inquéritos foram codificadas de acordo com a CNP94

que contempla cerca de 1.700 actividades profissionais.

Todavia, em certos grupos profissionais, registam-se alterações significativas. Os grupos

onde se registaram perdas de empregos nas áreas profissionais do país de origem foram:

· 2.4 “outros especialistas das profissões intelectuais e científicas”;

· 4.1 “empregados de escritório”;

· 8.3 “condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados móveis”.

Pelo contrário, nos seguintes grupos profissionais registou-se um acréscimo de profissionais:

· 5.1 “pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança”;

Page 49: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(47)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

· 7.1 “operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias

extractivas e da construção civil”;

· 9.1 “trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio”;

· 9.3 “trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil

e obras públicas, da indústria transformadora e dos transportes”.

Deste grupo, destaca-se a categoria 7.1 onde, efectivamente, se

regista o maior acréscimo de profissionais, naturalmente ligado

ao sector da construção civil onde encontramos empregues 65

indivíduos. Todavia, o grupo onde encontramos o maior grupo

profissional é o 5.1 com 78 indivíduos, destacando-se neste caso,

as profissões de empregado de balcão e empregado de mesa, o

que é compreensível, pois devido ao turismo, o sector terciário

acaba por assumir uma fatia muito significativa do emprego na

RAM (Anexo 17).

Por último, no que ao mercado de trabalho diz respeito, refira-se

que os dados relativo à situação no emprego (Anexo 18), mostram-

nos que a esmagadora maioria dos inquiridos, são trabalhadores

por conta de outrem (83%). Cerca de 15% trabalham por conta

própria, 5% dos quais com trabalhadores empregues na sua

própria empresa. Esta situação prende-se, sobretudo, com a

existência de lojas de comércio a retalho, onde a comunidade

chinesa desempenha um papel significativo, bem como, o caso

dos vendedores ambulantes.

3.3 habitação

A análise ao acesso e às condições habitacionais dos inquiridos

na RAM revela-se essencial para o presente estudo na medida

em que determina não só as diferentes situações económicas

dos inquiridos, como também o nível de integração/exclusão dos

mesmos.

Como observado anteriormente, a maior parte dos imigrantes

inquiridos, possuem um trabalho estável ou pelo menos regular

o que aliado à disponibilidade de habitação na RAM permite

que a esmagadora maioria (91,9%) resida num apartamento ou

3.3

HAB

ITAÇ

ÃO

Page 50: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(48)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

moradia (alojamento clássico). No entanto, ainda são 7% os que afirmam residir numa parte

da casa, na maior parte das vezes numa garagem que subarrendam.

No que diz respeito ao regime de propriedade, constata-se que 22% dos imigrantes possuem

residência própria, sendo estes, sobretudo, os que já estão há mais tempo no país. Na RAM,

o acesso à habitação por parte dos imigrantes é efectuado na grande parte (66,9%), através

do arrendamento no mercado privado formal. Esta situação poderá ser explicada tendo em

conta duas perspectivas: a primeira, a de que os imigrantes têm grande dificuldade para

aceder ao crédito, uma vez que para a concessão dos mesmos, os bancos exigem condições

muito concretas, nomeadamente ligadas às condições laborais contratuais, que muitos

ainda não possuem o que inviabiliza a aquisição de residência própria; e a segunda, a de

que optam por este regime de propriedade porque simplesmente não pretendem adquirir

casa em Portugal (47%), o que poderá ser revelador de que estamos perante uma imigração

com carácter temporário, uma vez que, por norma, o regime de propriedade do alojamento

traduz de forma directa o tipo de migração em termos de permanência.

Quadro 2 – Tipo de alojamento dos inquiridos

Tipo alojamento n.º (%) Renda n.º (%)

Clássico 411 91,9 Arrendamento formal 299 66,9

Parte casa 29 6,5 Arrendamento informal 3 0,7

Barraca 0 0,0 Público 5 1,1

Pensão 4 0,9 Subarrendamento 11 2,5

Centro acolhimento 0 0,0 Próprio formal 98 21,9

Móvel 0 0,0 Próprio informal 1 0,2

Outro 3 0,7 Casa amigos 8 1,8

Não responde 0 0,0 Não responde 22 4,9

Total 447 100,0 Total 447 100,0

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia

Dos que pretendem comprar casa na RAM, cerca de 74% afirmam que preferem fazê-lo no

concelho onde residem actualmente. No entanto, e apesar dessa suposta intenção, 22,3%

não iniciou qualquer diligência nesse sentido.

Page 51: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(49)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Quadro 3 – Intenção de compra de cada um dos inquiridos

Intenção de comprar casa na RAM n.º (%) Comprar no concelho de

residência n.º (%)

Não 164 47,0 Sim 90 74,4

Incerteza 40 11,5 Não 17 14,0

Sim, nunca procurou 78 22,3 Não responde 29 21,3

Sim procurou 43 12,3 Total 136 100,0

Não responde 24 6,9

Total 349 100,0

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia

No que concerne às características da residência, nomeadamente, ao número de divisões

do alojamento, este varia entre uma e onze, sendo o mínimo registado para aqueles que

vivem numa parte da casa. Para 75% dos imigrantes a habitação onde vivem tem até quatro

divisões e em 50% dos casos, o número de divisões pode ir até às duas.

Em termos de conforto da habitação (Anexos 19 e 20), será de destacar que a quase to-

talidade possui o equipamento básico indispensável, ou seja, casa de banho completa,

abastecimento de água pela rede pública e água quente, sendo no entanto, bem menor a

percentagem de imigrantes que referem possuir aquecimento central/móvel, o que não é

alarmante, dadas as características climáticas da Região, com temperaturas amenas duran-

te praticamente todo o ano (em particular no concelho do Funchal), permitindo a exclusão

deste tipo de comodidade.

De um modo geral, os alojamentos estão apetrechados com equipamentos que melhoram

substancialmente a qualidade de vida dos inquiridos (Figura 18).

A grande maioria (valores registados acima dos 80%), afirma possuir telemóvel, máquina de

lavar roupa, micro-ondas, computador, internet e televisão por cabo/parabólica, sendo o

valor mais baixo relativo à posse de motorizada (13%), que é, no entanto, claramente prete-

rida em favor do automóvel (63%).

Page 52: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(50)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 18 – Equipamentos disponíveis no alojamento

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia

Da análise realizada, é possível constatar que a habitação, clara-

mente não constitui um problema para os imigrantes residentes

na RAM, uma vez que a maior parte dispõe de condições habita-

cionais satisfatórias que lhes possibilita um maior nível de inte-

gração e participação na sociedade em que estão inseridos.

3.4 proCesso de integração

O processo de integração dos imigrantes nos países de acolhimen-

to é algo que merece de todos nós as maiores atenções. Respeitar

a dignidade e as especificidades da cultura dos imigrantes, tantas

vezes desconhecida das sociedades que os acolhem, requer a

consideração de um conjunto de dimensões (religiosa, cultural,

entre outras) que, na sua globalidade, permitirão ao imigrante

residir no novo território por si escolhido, de forma integrada e

coesa, de acordo com o paradigma da sociedade intercultural que

tanto se valoriza e se defende actualmente.

Neste sentido, o questionário aplicado continha um conjunto de

questões que procuraram aferir as eventuais dificuldades senti-

das pelos imigrantes no seu processo de integração na comuni-

dade local. Porque entendemos que a integração é um processo

complexo, optamos por considerar também as variáveis referen-

tes às relações sociais, inserido-as neste ponto de análise.

3.4

PR

OC

ESSO

DE

INTE

GR

AÇÃO

Page 53: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(51)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

O apuramento dos resultados mostra-nos, numa primeira abordagem muito simplista, o

que seria de todo expectável, ou seja, a diminuição significativa dos níveis de dificuldade

com o decorrer do tempo, bem visível de resto, na figura que se segue (Figura 19).

Figura 19 – Nivel de dificuldade na chegada a Portugal e nível de dificuldade actual

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia, anexos 21 e 22

Assim, à data de chegada a Portugal, os itens que representaram maiores dificuldades aos

imigrantes, classificados com nível 4 ou 5 (respectivamente, “difícil” e “muito difícil”), foram

os seguintes: “documentos/burocracia” (41,8%), “regularização” (39,4%) e “não conhecer

ninguém” (34,9%). Em sentido inverso, os itens que representaram menores dificuldades

(classificação 1 e 2) foram: “saúde” (77,2%), “clima” (68,7%) e “transportes” (61,5%).

Analisando a situação presente, constatam-se ligeiras alterações. Os itens classificados

como maiores barreiras à integração dos imigrantes são agora: “documentos/burocracia”

(23,3%), “integração no trabalho” (19,5%) e “regularização” (19,2%). Os itens que actual-

mente menos problemas colocam à integração são os seguintes: “saúde” (86,2%), “clima”

(84,8%) e “língua” (83,5%). Destaque nesta análise para a pouca importância atribuída ao

domínio da língua, pois tratando-se de uma amostra onde as comunidades brasileiras e

africanas têm uma forte presença, facilmente se compreendem os resultados obtidos.

Os resultados expõem ainda outras situações a merecer destaque: a desvalorização dada ao

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(52)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

item “não conhecer ninguém”, o que reforça a ideia de que o imigrante encontra-se mais

integrado hoje do que no seu momento de chegado, tendo feito amizades com a população

local e/ou outros imigrantes da sua ou outra comunidade estrangeira; itens extremamente

importantes, tais como, a habitação e os transportes, nunca foram considerados realmente

problemáticos e tendem a ser desvalorizados como potenciais barreiras de integração.

No que respeita à integração na escola ou à equivalência escolar será importante referir que

as elevadas taxas de “não-resposta” (mais de 60% em ambas as situações), prendem-se com

o facto de a maior parte dos inquiridos nunca ter frequentado a escola em Portugal ou não

ter sentido a necessidade de solicitar a sua equivalência escolar.

Por último, a questões como o “comportamento dos portugueses” e situações de “discri-

minação/racismo”, os imigrantes atribuíram pouca importância à sua chegada a Portugal,

facto que ainda é mais desvalorizado na situação actual, o que reforça a ideia de uma recep-

tividade amigável com respeito pelas diferenças, por parte dos naturais da RAM.

De qualquer modo, ainda que não se valorize muito esses itens, quando questionados se

os imigrantes, de uma maneira geral são discriminados, cerca de 75% afirmaram que sim,

contrastando com os 44% que efectivamente dizem ter passado por situações de discrimi-

nação, o que demonstra algum desfasamento entre as percepções e as realidades efectivas

(Anexos 23 e 24).

No sentido de aferir se estas situações discriminatórias seriam mais ou menos significati-

vas em determinadas comunidades, procurou-se cruzar esta variável com as respectivas

nacionalidades (Anexo 25). Os resultados revelam-nos que esta situação é particularmente

expressiva nas comunidades africanas, sendo os imigrantes angolanos os que mais denun-

ciam esta situação (76,5% dos inquiridos desta nacionalidade), seguido dos guineenses

(61,9% dos inquiridos desta nacionalidade).

As situações em que se verificaram situações discriminatórias são muito diversas ( Figura.20),

apontando-se o local de trabalho como a situação mais frequente (29,1%). Segue-se por or-

dem decrescente de importância, os serviços públicos (15,9%), situações de arrendamento

(10%) e supermercados/lojas (9,2%).

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(53)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 20 – Situações de discriminação

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 26

A situação mais gravosa no trabalho (Anexo 27) aponta para os “colegas de trabalho” como

os principais responsáveis pela discriminação (43,8%), seguido dos “clientes” (31%) e o “pa-

trão” (25,1%). Outra situação prende-se com atitudes discriminatórias na escola, mas sendo

poucos os inquiridos que a frequentam, os resultados acabam por não se revelar represen-

tativos. Ainda assim, refira-se que dos 27 indívíduos que frequentam a escola, 15 afirmaram

ter sido alvo de alguma atitude discriminatória por parte dos seus colegas, o que equivale a

cerca de 55%. Apenas 8 indívíduos se queixaram dos docentes (29,6%) e 4 dos funcionários

(14,8%).

As “outras situações” (que representam 5,2% dos imigrantes que se afirmaram discrimina-

dos), incidem sobretudo sobre o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, havendo também re-

ferências (pontuais) aos serviço da Polícia de Segurança Pública, discotecas, vizinhos, entre

outros (Anexo 28).

Sobre os factores que consideram importantes para a integração (Figura 21), as opiniões são

muito convergentes: “ter emprego”, “falar bem português” e “ter família em Portugal” são os

três itens mais valorizados (por respectivamente 91,1%, 82,3% e 78,5% dos inquiridos). Em

situação oposta, são desvalorizados (classificações 1 e 2) aspectos como “conseguir com-

prar casa” (32,9%), “ter carro” (30,2%) e “manter os mesmos hábitos culturais” (24,2%).

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 21 – Factores de integração

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 29

A confirmar todos estes resultados surge a resposta dos inquiridos sobre aquilo que consi-

deram ser o seu grau de integração (Anexo 30), pois cerca de 25% considera-se “plenamente

integrado”, 31% “muito integrado” e 35,8% “integrado”. Assim, é meramente residual a per-

centagem de indivíduos que se considerada “pouco ou nada integrado” (6,5%).

Aliás, quando questionados sobre a quem solicitariam ajuda numa situação de emergência

(Anexo 31), os “amigos portugueses” constituíram uma opção para 18,8% dos inquiridos, o

que reforça esta noção de boa integração das comunidades imigrantes na RAM. Todavia,

os “amigos imigrantes” constituem a solução mais comum (cerca de 40% dos inquiridos) e

os “familiares em Portugal” cerca de 24%. Os “serviços públicos portugueses” representam

cerca de 8%, os “colegas de trabalho” pouco menos de 3% e os “vizinhos portugueses” cerca

de 1%. As restantes situações previstas no questionário - “vizinhos imigrantes”, “serviços

públicos do país de origem”, “instituições religiosas” e “associações/IPSS de carácter não

religioso” representam menos de 1% cada.

A criação de laços de amizade é naturalmente um factor deveras importante no processo de

socialização de qualquer indíviduo e, consequentemente, no processo de integração social.

Neste sentido, o inquérito aplicado continha uma questão específica (G.46) sobre quem

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

eram os amigos em Portugal dos inquiridos (Quadro 4). Refira-se que esta questão, sendo

de escolha múltipla, explica um total de 807 respostas (valor muito superior ao número de

inquiridos).

Quadro 4 – Relações de amizade dos inquiridos

Relações de amizade n.º (%)

Amigos imigrantes da mesma nacionalidade 306 37,9

Amigos imigrantes de outra nacionalidade 58 7,2

Amigos portugueses colegas de trabalho 173 21,4

Amigos portugueses vizinhos 46 5,7

Amigos portugueses outros 156 19,3

Amigos familiares 68 8,4

Total 807 100,0

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia

Constata-se que os amigos imigrantes da mesma nacionalidade são o grupo mais represen-

tativo, ganhando ainda mais importância se juntarmos também os amigos imigrantes de

outras nacionalidades, totalizando cerca de 45% das escolhas. Todavia, as relações de ami-

zade com os portugueses estão mais que consolidadas, pois os amigos portugueses (colegas

de trabalho, vizinhos e outros) representam no seu conjunto 46,4%.

Por último, esta análise relativa à integração jamais ficaria completa se não fosse feita algu-

ma referência à importância do tecido associativo no (complexo) processo de integração

dos imigrantes. Antes de ser feita a análise dos resultados obtidos específicos deste domínio,

será interessante tecer algumas considerações sobre as associações de imigrantes em fun-

cionamento na RAM.

À data de aplicação deste inquérito, existiam na RAM três associações de imigrantes devi-

damente oficializadas, ou seja, com corpos dirigentes em funções e reconhecidas pelas en-

tidades governamentais regionais: ACRAM (Associação Cultural e Recreativa dos Africanos

na Madeira), AUM (Associação Ucraniana da Madeira) e a AIM (Associação dos Islâmicos

da Madeira). Estas três instituições possuem sede própria e localizam-me no concelho do

Funchal, em locais densamente urbanizados, servidos de boas acessibilidades. Sendo a mais

antiga a sede da ACRAM, que se localiza no conhecido Bairro da Nazaré (São Martinho), e as

outras duas relativamente próximas, em Santo Amaro, também integradas num Conjunto

Habitacional. A sede da comunidade islâmica foi inaugurada em Dezembro de 2009 e conta

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(56)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

com a existência de uma mesquita, um local de culto que assegura aos imigrantes de dife-

rentes nacionalidades (e inclusive a alguns naturais da RAM) o pleno exercício da sua liber-

dade religiosa. No caso da comunidade ucraniana, a sede é ainda mais recente, tendo sido

inaugurada em 2010.

Estas associações, para além de manterem as portas das respectivas sedes abertas ao lon-

go da semana, prestando o apoio possível aos seus conterrâneos, têm o seu ponto alto

numa actividade anual chamada “Encontro dos Povos Africanos” (no caso da ACRAM) e

o “Encontro dos Povos de Leste” (promovido pela AUM). Tradicionalmente, estas activi-

dades tem beneficiado da colaboração oficial da tutela, por via da Secretaria Regional dos

Recursos Humanos e consiste numa grande festa realizada ao ar livre (habitualmente no

espaço do Jardim Municipal), com actividades culturais diversas - músicas, danças, arte-

santo, exposições, etc, não apenas relativas à cultura dos povos imigrantes, mas também

às tradições regionais (por via do folclore, por exemplo), assegurando um cartaz que atrai

um número significativo de pessoas (imigrantes e portugueses locais), num ambiente de

multiculturalidade salutar.

Relativamente à comunidade venezuela uma das maiores e mais “antigas” da RAM, há a

considerar a existência do Clube Social das Comunidades Madeirenses, com sede própria

localizada no Funchal - São Martinho, inicialmente criada com vista à prestação de apoio

aos emigrantes regressados e lusodescendentes, fosse de que país fosse. Tratando.se de uma

associação sem fins lucrativos, tem como missão responder à necessidade de união e inte-

gração de todas as comunidades madeirenses que estão pelo mundo fora e a todas aquelas

que voltaram à Madeira e agora querem reiniciar a sua vida. Clube Social das Comunidades

Madeirenses pretende possibilitar uma melhor integração na sociedade, sem, por sua vez,

esquecer as tradições e hábitos que aprenderam nos países de acolhimento.

Todavia, a praxis leva-nos a concluir que este Clube está mais vocacionado para o apoio à

comunidade portuguesa da Venezuela. Nesta importante estrutura associativa, desenvol-

vem-se festividades temáticas, actividades desportivas, passeios e almoços-convívio que

envolvem a região de origem e o país de acolhimento que não possui qualquer associação.

No que concerne aos estrangeiros brasileiros, embora se trate de uma comunidade mais

recente, não existe qualquer movimento associativo. As ligações entre os brasileiros não são

tão perceptíveis como as que se verificam ao nível dos elementos de origem venezuelana,

por exemplo. Uma das razões para tal, julgamos estar associada ao facto desta comunidade

evidenciar um certo “desprendimento” emocional e material. Dos muitos contactos tidos

com indivíduos brasileiros, registamos esta ideia de que a sua presença na RAM é mera-

mente transitória, podendo a qualquer altura regressarem ao país de origem, assim que

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(57)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

alcançarem as metas financeiras que definiram nos seus projectos de vida.

Voltando novamente aos resultados do inquérito, verificou-se que a grande maioria dos

inquiridos (85,7%) afirmam não pertencer a qualquer grupo ou associação (Anexo 32). Dos

que responderam afirmativamente (13,6%), procurou-se saber a que tipo de grupo ou asso-

ciação pertenciam, obtendo-se os resultados expostos na figura seguinte (Figura 22). As as-

sociações de imigrantes da mesma origem representam 39% das respostas, tendo também

relevância o conjunto de “outras associações” (de carácter desportivo, cultural ou religioso)

com 46%. Os sindicatos reúnem 11,5% das respostas afirmativas.

Figura 22 – Tipo de associações frequentadas

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 33

Um dos parâmetros que poderá também contribuir para a avaliação do domínio da inte-

gração, prende-se com a movimentação do imigrante na sociedade e no acesso que tem (ou

não) aos principais serviços e instituições públicas e/ou privadas. Duas variáveis analisadas

nesta questão prendem-se com o conhecimento e a frequência de um conjunto de institui-

ções/serviços. Como seria expectável, em todas as possibilidades, a percentagem relativa ao

“conhecimento” das instituições é superior aos da respectiva “frequência”.

Uma análise mais atenta dos resultados expressos no gráfico da figura que se segue (Figura

23), mostra-nos que o SEF é a instituição mais procurada pelos imigrantes (93,3%), seguido

Page 60: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(58)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

dos Serviços das Finanças (87,5%), Bancos (84,3%), Junta de Freguesia (79%), Centro de

Saúde (72,5%), Polícia (62,6%), transportes colectivos (61,5%), Câmara Municipal (54,4%)

e Embaixada/Consulado (51,7%). As restantes possibilidades ficaram abaixo da fasquia dos

50%, sendo o ACIDI e o CLAII as duas instituições menos conhecidas/frequentadas, pois

como é sabido, à data da realização do inquérito não existia na RAM nenhum CLAII em

funcionamento, cabendo ao Centro das Comunidades Madeirenses o desempenho dessas

funções. A confirmar o que já se havia referido anteriormente, as associações de imigrantes

têm ainda pouca expressão

Figura 23 – Nível de conhecimento/Frequência das instituições

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 34 A

Esta questão não poderia dissociar-se da respectiva avaliação das instituições/serviços.

Com base no total de imigrantes que efectivamente já frequentaram as instituições/serviços,

Page 61: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(59)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

procuramos sintetizar a avaliação que os imigrantes efectuaram e, de um modo geral, o

julgamento é manifestamente positivo (Figura 24). Ainda assim, considerando os níveis

“deficiente” e “muito deficiente” (os menos abonatórios), o SEF e os Serviços de Finanças

ocupam as posições menos favoráveis, com 23% e 20%, respectivamente.

Figura 24 – Avaliação das Instituições

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 34 A

Para completar esta análise do campo da integração, refira-se ainda duas outras situações:

uma primeira questão relacionada com o exercício do direito de voto, sendo que neste pa-

râmetro os resultados indicam que apenas 15,3% dos imigrantes já exercerem esse direito e

dever cívico e uma segunda questão relacionada com a posse de carta de condução válida

em Portugal, cujos resultados apontam para os 57,3% de indivíduos nessa situação.

Page 62: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(60)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

3.5 prátiCas Culturais

A integração do imigrante no país que o acolhe reflecte-se, nas

suas práticas culturais, na forma como ocupa os seus tempos

livres e na língua utilizada em casa (Anexo 35). Mais de 70% dos

imigrantes inquiridos utiliza o português como principal língua,

logo seguida do espanhol, sendo este facto facilmente explicado

pela presença da grande comunidade de imigrantes oriundos da

Venezuela. Como segunda língua também se evidencia o portu-

guês, seguido do inglês. Como terceira língua, o português e o

inglês entram mais ou menos com a mesma percentagem (2%). A

razão do português se evidenciar como primeira e segunda língua

prende-se com o facto de muitos dos imigrantes serem brasileiros

e africanos de língua oficial portuguesa (PALOP).

Este mesmo factor reflecte-se na religião adoptada (Anexos 36A

e 36B), sendo que 42,3% dos inquiridos são católicos e 21,3% não

praticam nenhuma religião. A religião Protestante Evangélica e

Ortodoxa também têm uma certa representatividade (14,5% e

11,2%, respectivamente), o que se relaciona com o número de

imigrantes oriundos no primeiro caso da América do Sul (nomea-

damente do Brasil) e no segundo caso da Europa de Leste.

A forma de viver dos imigrantes, que se reflecte nos seus usos e

costumes, tem muito a ver com o que já era habitual fazerem na

sua terra natal e de uma tentativa de maior integração no país que

os recebe (Figura 25).

3.5

PR

ÁTIC

AS C

ULT

UR

AIS

Page 63: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(61)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 25 – Práticas culturais desenvolvidas pelos inquiridos

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia - anexo 37

Assim, o que mais se destaca é o ver televisão todos os dias, quer ligado a canais nacionais

(75%), quer do seu país de origem (60%), seguindo-se a leitura de jornais e de revistas portu-

guesas (60%) e ouvir música do país de origem (54%) e música portuguesa (42%). A ida aos

cafés (60%) também é um costume muito arraigado na população imigrante, assim como

consultar sites do país de origem (52%). O usar trajes tradicionais (40%) e comer comidas

típicas do país de origem (40%) são hábitos diários que muitos dos imigrantes continuam a

manter para recordar a sua terra. O mesmo acontece com a compra de produtos do país de

origem todos os dias (36%), ou mesmo todas as semanas (18%), que reflecte a ligação destes

imigrantes ao seu país.

Page 64: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(62)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

3.6 perCursos migratórios

A análise da trajectória migratória, que a seguir se apresenta, re-

flecte para além das motivações que estão na base da decisão de

imigrar e na escolha da RAM como destino migratório, as condi-

ções em que as mesmas foram realizadas.

No que respeita aos motivos de saída do país de origem (Figura

26), a maior parte dos inquiridos (52,3%) elegeu factores de natu-

reza económica e/ou profissional, como principais responsáveis.

Em muitos casos, saíram do seu país devido à situação socioeco-

nómica precária ali vivida, onde o emprego escasseava ou seria

mal remunerado.

Será de salientar, igualmente, o valor relativo à reunião familiar.

Cerca de 20%, da amostra indica que saiu do seu país com o ob-

jectivo de reunir-se, sobretudo, ao cônjuge que já se encontrava

em Portugal. Acompanhar os pais, surge como o terceiro motivo

mais referido (8,9%), enquanto situações de estudo e de fuga à

instabilidade sociopolítica representam no seu conjunto, apenas

5% das respostas.

Entre as outras razões apontadas para abandonar o país, a mais

frequente é ter conseguido um contrato de trabalho e, em segun-

do lugar, para acompanhar algum familiar.

Figura 26 – Motivos de saída do país de origem

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 38

3.6

PER

CU

RSO

S M

IGR

ATÓ

RIO

S

Page 65: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(63)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

As oportunidades de emprego disponibilizadas em Portugal nos últimos anos, essencial-

mente pelos sectores da construção civil (através das grandes obras públicas), hotelaria

e indústria e o conhecimento da língua/cultura, (explicado pelo facto da maior parte da

amostra ser originaria de países de língua oficial portuguesa) foram os motivos que mais

pesaram aquando da escolha do destino para a migração (Figura 27).

Para cerca de 15% dos inquiridos, a escolha foi facilitada pelo facto de possuírem ascen-

dência/família portuguesa, sobretudo no caso dos venezuelanos, ou porque pretendiam

reunir-se à família (12,3%). A facilidade de entrada no país reuniu consenso por parte de

7,1% dos inquiridos que viam Portugal como um dos países da Europa onde o processo de

legalização se encontrava mais facilitado (ou menos restritivo).

Figura 27 – Razões de escolha de Portugal como país de residência

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexos 39A e 39B

A maior parte dos inquiridos veio directamente para Portugal, sem ter vivenciado outra

experiência de imigração (80%). No entanto, cerca de 19% incluíram na sua trajectória mi-

gratória a passagem por um ou mais países, sobretudo da União Europeia, sendo os mais

referidos a Espanha e Reino Unido (Anexo 40). Contudo, uma grande parte dos inquiridos

(34,9%) não excedeu sequer um ano de permanência (Figura 28).

Os motivos de saída do país de residência anterior a Portugal (Quadro 5) são diversos, mas

a maioria aponta razões de natureza económica e o emprego como causa fundamental

(57,8 %).

Page 66: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(64)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Quadro 5 – Motivos de saída do país de residência anterior a Portugal

Motivos de saída do país de residência anterior a Portugal n.º (%)

Económico/Emprego 48 57,8

Reunir-se à família 22 26,5

Acompanhar os pais 1 1,2

Estudar 3 3,6

Políticos 2 2,4

Saúde 1 1,2

Outros 4 4,8

Não responde 2 2,4

Total 83 100,0

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia

Figura 28 – Tempo de residência no país anterior a Portugal

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 41

Já em Portugal, a escolha do concelho de residência foi determinada em 43,6% dos casos

pelo factor emprego, sendo a segunda razão mais apontada relacionada com a boa quali-

dade do ambiente “natural”. No entanto, a proximidade face a familiares ou amigos (21%),

os acessos viários/acessibilidade (19,2%), os preços mais baixos das habitações (16,6%) e

o facto de ser o local de residência de muitos imigrantes provenientes da mesma origem

(14,5%), foram aspectos tidos igualmente em consideração (Quadro. 6).

Page 67: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(65)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Quadro 6 – Motivos da escolha do actual concelho de residência

Motivos escolha do concelho de residência n.º (%)

Local onde encontrou emprego 195 43,6

Boa qualidade da Ambiente “natural” (clima, paisagem) 148 33,1

Boa imagem dos habitantes e do ambiente social 46 10,3

Bons acessos viários/acessibilidade 86 19,2

Local de residência de imigrantes provenientes da origem 65 14,5

Proximidade face a familiares ou amigos 97 21,7

Preços mais baixos na habitação 74 16,6

Nível de vida mais acessível 23 5,1

Qualidade mais elevada nas habitações 18 4,0

Serviços e comércio 20 4,5

Outros motivos 6 1,3

Nota: Esta era uma questão de escolha múltipla, por este motivo a soma da coluna excede o número total de imigrantes. As percentagens são calculadas para o total de imigrantes (447) pelo que a soma da coluna também excede os 100%.

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia

Uma análise à forma de imigração utilizada (Figura 29) revela que 44,4% dos imigrantes

chegaram à RAM sozinhos, utilizando meios próprios ou familiares, em 22,6% dos casos

vieram com a família e 11,4% através de recrutamento directo realizado por um empregador

português, sendo estes, na maioria, jogadores profissionais. A esmagadora maioria (92,8%)

afirma que para chegar ao seu destino não teve de efectuar qualquer pagamento a terceiros.

Figura 29 – Forma utilizada para imigrar

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 42

Page 68: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Para entrar em Portugal, 43,2% dos inquiridos utilizaram apenas o passaporte, sendo que

33,1% o fez utilizando um visto de turista e 14,1% um visto de trabalho (Quadro 7).

Quadro 7 – Documentos utilizados na entrada em Portugal

Documentos de entrada em Portugal n.º (%)

Passaporte s/visto 193 43,2

Visto turista 148 33,1

Visto trabalho 63 14,1

Visto estudo 7 1,6

Visto entrada temporária 21 4,7

Outro 8 1,8

Não responde 7 1,6

Total 447 100,0

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia

Quando questionados acerca da sua situação em Portugal (Figura 30), a maioria (83%) afir-

ma estar legalizado e apenas 5% aguardam decisão por parte dos serviços. Dos inquiridos,

10% revelam estar ainda em situação irregular, o que é um valor considerável, com conse-

quências, tanto para o mercado de trabalho, como para o próprio imigrante, na medida em

que na maior parte de casos estes não beneficiam de protecção social e direitos de reforma,

para além de poderem estar mais sujeitos a eventuais explorações por parte das entidades

empregadoras.

Figura 30 – Regularização – situação na RAM

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 43

Page 69: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(67)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Uma análise ao período de regularização (Figura 31) revela que 25% destas ocorreram até

2001 o que poderá dever-se à regularização extraordinária de 1996 (Lei n.º 17/96, de 24 de

Maio) que permitiu a emissão de um título provisório anual, renovado pelo período de três

anos que veio produzir os seus efeitos nos anos de 1999 e 2000, com um aumento da po-

pulação estrangeira com títulos de residência. Por sua vez, em 2001, a alteração da lei de

estrangeiros permitiu a regularização de trabalhadores estrangeiros por conta de outrem,

através da figura da autorização de permanência (AP), a qual, decorridos cinco anos facul-

tava o acesso à autorização de residência. Assim se justifica que em 2005 metade dos inqui-

ridos já estivessem legalizados. No período entre 2008 e 2010 regularizaram a sua situação

25% dos inquiridos.

Figura 31 – Ano de regularização

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 44

Quanto à possibilidade de obter a nacionalidade portuguesa, a maior parte (76,3%) revela

que pretende tornar-se cidadão português.

Page 70: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(68)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

3.7 relações Com o país de origem

Quando analisamos as relações que os imigrantes mantêm com o

país de origem, verificamos que entre os inquiridos 58% já regres-

sou, de visita, ao seu país de origem, contra 41% que ainda não

teve essa oportunidade ou vontade.

Embora a percentagem de imigrantes que afirmam já ter regres-

sado ao seu país de origem seja elevada, quando procuramos

aferir a frequência do seu regresso, verificamos que 65% dos

inquiridos voltou ao seu país de origem menos de quatro vezes,

como podemos verificar através da figura seguinte (Figura 32). Tal

facto é particularmente relevante se tivermos em conta que 75%

dos inquiridos está em Portugal há 10 ou menos anos, denotando

uma elevada relação destes imigrantes com os seus países e, ao

mesmo tempo, alguma disponibilidade financeira.

Figura 32 – Número de deslocações ao país de origem

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 45

Quando solicitados a apontar as razões que os levam a regressar

ao seu país de origem (Anexo 46), verificamos que 51,5% dos in-

quiridos apontam as férias como motivação para o regresso, o que

denota a intenção de manter a sua residência em Portugal. Outra

motivação, recorrentemente apontada, prende-se com acon-

tecimentos ou assuntos de carácter familiar, que em conjunto

3.7

REL

AÇÕ

ES C

OM

O P

AÍS

DE

OR

IGEM

Page 71: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(69)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

representam 28,9% das respostas obtidas. São ainda apontadas como razões justificativas

do regresso ao país de origem a necessidade de tratar de documentos (8,7%), a necessidade

de tratar de negócios (6,8%), levar/trazer bens (3,2%) e outros motivos (1%).

Relativamente aos inquiridos que, desde que se encontram em Portugal, nunca regressa-

ram ao seu país de origem (41% do total), a justificação mais apontada para esse facto é a

falta de oportunidade (22,2%), o que não nos permite concretizar com precisão o motivo

do não regresso, o que acontece também com os 9,1% de inquiridos que apontaram moti-

vos pessoais. Se atendermos apenas as respostas onde foram indicadas razões objectivas,

constatamos que as principais razões se prendem com razões económicas (13,5%), falta de

documentação (13,5%) e motivos profissionais (10,2%). Salientamos ainda o facto de um

número significativo de inquiridos (9,7%) terem apontado como justificação o facto de não

sentirem necessidade de regressar ao seu país de origem.

Foram ainda referidas como razões justificativas para o não regresso, embora apresentando

valores residuais, a insegurança no país de origem (2,2%), o facto de residir em Portugal há

pouco tempo (1,1%), a instabilidade política (0,5%), os estudos (0,5%), o facto de toda a fa-

mília viver em Portugal (0,5%) e ainda a preferência por conhecer outros países (Anexo 47).

Como aferimos anteriormente pelas respostas obtidas, um dos elos que reforça a ligação

dos imigrantes ao seu país de origem é a existência de familiares nesses países.

No universo analisado, 50% dos inquiridos afirma ter familiares dependentes nos países

de origem, com destaque para os ascendentes imediatos (pais/sogros) e os irmãos (Figura

33). Daqueles que declaram ter familiares dependentes, 21% manifestaram a intenção de

proceder ao reagrupamento familiar, trazendo para Portugal os seus parentes.

Figura 33 – Familiares dependentes no país de origem

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 48

Page 72: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(70)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

No entanto, pelos dados recolhidos, verificamos que a existência de familiares dependentes

no país de origem não é a única motivação para o envio de remessas em dinheiro, pois em-

bora “apenas” 50% dos inquiridos afirme ter familiares dependentes no seu país de origem,

60% dos indivíduos asseguram enviar remessas em dinheiro (Anexo 49).

Como podemos observar, através da análise ao gráfico da figura seguinte, uma significativa

maioria dos inquiridos (62,3%) enviam, em média, valores que variam entre os 51€ e os 250€

por mês. Verificamos ainda que 15,2% dos imigrantes que responderam ao questionário

envia entre 251€ e 500€, valores de algum modo significativos, se atendermos ao salário

médio nacional.

Figura 34 – Valor médio mensal das remessas efectuadas para o país de origem

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 50

Contudo, devemos salientar o facto de 11,9% dos inquiridos enviarem remessas em di-

nheiro superiores a 1000€. Atendendo à reduzida percentagem de indivíduos com elevadas

qualificações ou especializações, que por norma conferem remunerações mais elevadas, a

percentagem significativa de indivíduos que enviam remessas superiores a 1000€ poder-se-á

explicar, em parte, pelo significativo número de profissionais ligados ao sector do desporto,

em particular ao futebol, que na globalidade da amostra representam cerca de 10% e que na

generalidade auferem rendimentos bastante superiores à média nacional.

Outro aspecto relevante, quando abordamos as relações do imigrante com o país de origem,

prende-se com a intenção/vontade de regressar ao país de origem (Figura 35).

Page 73: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(71)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Figura 35 – Pretensão de viver noutro país

Fonte: Autores, Associação Insular de Geografia – anexo 51

Neste capítulo, pudemos aferir que 57,3% dos inquiridos não manifesta a intenção de aban-

donar Portugal, enquanto 25,5% afirma pretender voltar ao país de origem. Nestes casos,

as expectativas, relativamente ao momento do regresso ao país de origem (Anexo 52) são

muito díspares, variando entre 1 e 20 anos, sendo que 55,3% destes inquiridos espera re-

gressar ao seu país de origem nos próximos 5 anos, enquanto 25,6% espera permanecer em

Portugal entre 5 a 20 anos. Constatámos ainda que 19,3% destes indivíduos não manifestam

qualquer expectativa relativamente ao momento do regresso.

Ainda no que concerne às pretensões de viver noutro país, verificamos que 15,2% dos in-

divíduos manifestam vontade de residir noutro país, que não Portugal ou o país de origem.

Nestes casos, Espanha e o Reino Unido surgem destacadamente no topo das preferências

destes imigrantes para país de acolhimento (Anexo 53).

Page 74: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(72)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Os movimentos migratórios são reconhecidamente o

produto da combinação de um conjunto diversificado

de factores (sociais, políticos, culturais e económicos)

que actuam de forma distinta nas áreas de partida

(origem) e de chegada (destino).

Enquanto região de acolhimento, particularizada pela sua con-

dição geográfica (arquipélago), a RAM dispõe de um conjunto de

atractivos aos quais o imigrante não tem ficado alheio. Com uma

importância variável ao longo do tempo, em função das conjun-

turas político-económicas, o factor económico tem representado

ciclicamente o principal atractivo para os imigrantes, embora não

sendo o imigrante única e exclusivamente um indivíduo à procu-

ra do emprego. Outros factores acabam por pesar na sua opção,

como por exemplo, os factores climático, familiar, político ou, até

mesmo, o linguístico, entre outros.

Porque precisamente o processo de tomada de decisão do imi-

grante está vinculado a estas e outras variáveis, acabamos por não

encontrar nas populações estrangeiras comportamentos homo-

géneos. A pluralidade é, assim, uma marca da presença destes po-

vos na comunidade madeirense que importa perceber e respeitar,

visando a sua integração, com respeito pelas diferenças que estes

comportam nos seus hábitos e condutas diárias.

Os imigrantes que escolheram a Região para viver e trabalhar,

depois de passarem por um período de adaptação em que os ní-

veis de dificuldade foram diminuindo ao longo do tempo, estão

actualmente bem integrados. Somente 6,5% dos inquiridos con-

sideram, ainda, não se sentirem bem na região que os recebeu.

Este facto é comprovado através de diversos indicadores, com

destaque para a percentagem dos que têm casa própria (22%)

ou efectua arrendamento (66%) em habitações condignas onde

não faltam os electrodomésticos correntes e, também, para a

integração no mercado de emprego, verificando-se que 82% dos

inquiridos têm o trabalho como principal modo de vida em regi-

me do tipo permanente ou regular. A maior parte dos imigrantes

trabalha no sector da construção civil ou como empregados de

mesa ou de balcão, em empregos cujas exigências de habilitações

IV. C

ON

CLU

SÕES

E R

ECO

MEN

DAÇ

ÕES

Page 75: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(73)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

são, muitas vezes, inferiores às que os interessados detêm. Este factor poderá ser indício

de alguma insatisfação pessoal, só ultrapassada pela comparação do nível de vida que te-

riam no país de origem e o que poderão oferecer à família estando imigrados em Portugal e,

particularmente, na Região Autónoma da Madeira. Cerca de 30% dos inquiridos têm habili-

tações literárias até ao 9º ano (escolaridade obrigatória) e somente 6,6% não têm qualquer

formação escolar.

Uma situação preocupante é ter sido detectado que 10% dos inquiridos (sobretudo da co-

munidade brasileira) não têm a sua situação regularizada, o que poderá contribuir para

uma possível exploração por parte de entidades empregadoras pouco escrupulosas e para

uma situação de mal-estar e de insegurança.

A discriminação sentida por alguns imigrantes, em particular oriundos dos países africanos,

é motivo de reflexão, ainda mais quando recordamos que a RAM foi, e ainda é, uma região

de emigrantes, nem sempre bem tratados nos países que escolheram para residir e traba-

lhar. De qualquer modo, os resultados apontam para uma relação de respeito e tolerância

para com as comunidades imigrantes. Aliás, a percepção que temos decorrente do quoti-

diano, é a de que as atitudes racistas ou xenófobas na RAM são residuais, não afectando a

convivência entre os naturais da RAM e os imigrantes.

Uma outra conclusão relaciona-se com os benefícios que a Região poderá ter da vinda dos

imigrantes. Estes fazem parte da população activa, com idades compreendidas entre os 25

e 40 anos, em plena força de trabalho, o que é importante porque vem colmatar lacunas

relacionadas com trabalhos que os residentes nem sempre ocupam por serem muito “pe-

sados” e, porventura, mal renumerados. Por outro lado, estes imigrantes fazem aumentar

a taxa de crescimento efectivo da população residente, passando esta a registar um valor

positivo. Este facto ganha particular relevância na actual conjuntura demográfica. Também

na RAM se começam a sentir os efeitos do envelhecimento e pela primeira vez em dez anos

se registou um crescimento natural negativo.

No campo das recomendações, a equipa que desenvolveu este estudo é unânime em con-

siderar que seria muito pertinente aprofundar um pouco mais este projecto. Isso implicará,

quiçá, a aplicação de mais inquéritos, nomeadamente nos concelhos adjacentes ao Funchal

e, sobretudo, dirigidos às comunidades imigrantes de outra geração, porventura aquelas

que chegaram à RAM na década de noventa e que hoje se encontram perfeitamente ins-

taladas e integradas na sociedade. Por outro lado, aspectos ligados às relações sociais dos

imigrantes na comunidade local mereciam também uma outra atenção, nomeadamente, ao

nível do papel das associações de imigrantes e das próprias instituições religiosas, estas úl-

timas particularmente activas no caso das comunidades islâmicas, brasileiras e ucranianas,

não se conhecendo ao certo os efeitos das mesmas sobre a população.

Page 76: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(74)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

No que à imigração diz respeito, consideramos que a abertura de um CLAII na RAM (inau-

gurado oficialmente a 15 de Julho de 2010) constituiu um passo muito importante no apoio

a esta população. Não raras vezes, os imigrantes recorrem aos serviços do SEF existente na

Loja do Cidadão do Funchal, para obtenção de determinados tipos de apoios que clara-

mente ultrapassam as competências dos funcionários daquele serviço. Talvez porque não

consigam obter todas as informações que desejam, este serviço foi um pouco penalizado na

sua avaliação, como se constatou no item relativo à avaliação das instituições.

Por isso, a abertura do CLAII constituiu um passo significativo de apoio ao imigrante (re-

corde-se que, à data do início dos trabalhos relativos à aplicação dos questionários, este

organismo ainda não existia na RAM), pese embora esse apoio fosse já prestado pelo Centro

das Comunidades Madeirenses, um importante organismo público que é tradicionalmente

encarado como uma entidade vocacionada para o apoio aos emigrantes, o que não é de

todo verdade. Aliás, as relações directas de apoio prestado por esta instituição às diferentes

associações de imigrantes, são bem notórias e reconhecidas, nomeadamente no que con-

cerne à promoção de eventos culturais.

Pensamos todavia que as associações de imigrantes encontram-se ainda um pouco aquém

das suas reais potencialidades, visando a integração e o apoio ao imigrante, bem como, a

promoção da sua própria cultura. Os resultados do inquérito apontam nesse sentido, não

sendo evidente o impacto das mesmas no quotidiano do imigrante. Aliás, a inexistência de

uma associação para a comunidade brasileira, por exemplo, causa alguma perplexidade,

pois parece-nos fazer algum sentido a existência desse tipo de organismo, embora se trate

de uma comunidade que facilmente se adapta aos hábitos e costumes locais.

Page 77: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(75)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

ALBUQUERQUE, Rosana, et al. (2000), O Fenómeno Associativo

em Contexto Migratório. Duas Décadas de Associativismo de

Imigrantes em Portugal. Celta Editora (Oeiras).

DRE (2009), Anuário Estatístico da Região Autónoma da Madeira

- 2008. SRPF.

FONSECA, Maria Lúcinda et al. (2005), Reunificação familiar

e imigração em Portugal. Observatório da Imigração, Alto

Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME).

ROSA Maria, SEABRA Hugo e SANTOS Tiago (2005), Contributo dos

Imigrantes na Demografia Portuguesa 4. Alto Comissariado

para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME).

SEF - Departamento de Planeamento e Formação (2009),

Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo 2008.

SEF - Departamento de Planeamento e Formação (2010),

Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo 2009.

VITORINO António et al. (2009), Migrações: oportunidade ou

ameaça? A Habitação e a Saúde na Integração dos Imigrantes.

Edições Princípia, Cascais.

BIB

LIO

GR

AFIA

Page 78: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(76)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Direcção Regional de Estatística

DRE, Demografia em Foco, 17 de Março de 2010

http://estatistica.gov-madeira.pt/

Instituto Nacional de Estatística

Estatísticas demográficas, 1980 a 1998

http://inenetw02.ine.pt:8080/biblioteca/index.jsp

Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

Residentes por distrito, 1999 a 2005

População estrangeira em território nacional, 2006 a 2008

http://www.sef.pt/portal/v10/PT/aspx/estatisticas/index.

aspx?id_linha=4224&menu_position=4142#0

WEB

GR

AFIA

Page 79: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(77)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

ACIDI Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo

Intercultural

ACRAM Associação Cultural e Recreativa dos Africanos na

Madeira

AIG Associação Insular de Geografia

AIM Associação Islâmica da Madeira

APP Associação Protectora dos Pobres

AUM Associação Ucraniana da Madeira

CCM Centro das Comunidades Madeirenses

CNP-94 Classificação Nacional de Profissões (1994)

CLAII Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes

DRE Direcção Regional de Estatística

INE Instituto Nacional de Estatística

SEF Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

SRRH Secretaria Regional dos Recursos Humanos

RAM Região Autónoma da Madeira

ABR

EVIA

TUR

AS

Page 80: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(78)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

autorização de permanênCia (ap)Título que confere o direito a um indivíduo de residir em territó-

rio nacional e que foi concedido durante os anos de 2001 a 2003.

Esta configura um visto de trabalho, aposto no passaporte do seu

titular. É válida por um período de um ano, prorrogável por idên-

ticos períodos, até ao limite de cinco anos (Decreto-Lei n.º 34/2003,

DR 47, SÉRIE I-A de 2003-02-25).

autorização de residênCia permanente (ar)Título que confere o direito a um indivíduo de residir em terri-

tório nacional. A autorização de residência permanente não tem

limite de validade (Decreto-Lei n.º 34/2003, DR 47, SÉRIE I-A de 2003-

02-25; artigo 84.º).

Cessação do estatuto de residente

Fim do estatuto legal de residente. Este fim pode ser determinado

pela vontade do próprio (saída voluntária e retorno voluntário),

por decisão administrativa (cancelamento) ou judicial (expul-

são judicial), obtenção de nacionalidade portuguesa ou por

falecimento.

densidade populaCional

Intensidade do povoamento expressa pela relação entre o número

de habitantes de uma área territorial determinada e a superfície

desse território (habitualmente expressa em número de habitan-

tes por quilómetro quadrado).

grupo étniCo-Cultural

Comunidade de indivíduos que partilham características comuns

(origem familiar e língua materna, por exemplo) e que vivem no

interior de uma sociedade mais ampla com características cultu-

rais diferentes.

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A)

Page 81: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(79)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

imigrante temporário

Pessoa (estrangeira) que, no período de referência, entrou no país com a intenção de aqui

permanecer por um período inferior a um ano, tendo residido no estrangeiro por um perío-

do contínuo igual ou superior a um ano.

imigrante permanente

Pessoa (estrangeira) que, no período de referência, entrou no país com a intenção de aqui

permanecer por um período igual ou superior a um ano, tendo residido no estrangeiro por

um período contínuo igual ou superior a um ano.

migração

Deslocação de uma pessoa através de um determinado limite espacial, com intenção de

mudar de residência de forma temporária ou permanente. A migração subdivide-se em

migração internacional (migração entre países) e migração interna (migração no interior

de um país).

naCionalidade

Cidadania legal da pessoa no momento de observação; são consideradas as nacionalidades

constantes no bilhete de identidade, no passaporte, no título de residência ou no certifi-

cado de nacionalidade apresentado. As pessoas que, no momento de observação, tenham

pendente um processo para obtenção da nacionalidade, devem ser consideradas com a

nacionalidade que detinham anteriormente.

naturalidade

Considera-se naturalidade o local do nascimento ou o local da residência habitual da mãe

à data do nascimento. Para determinados fins estatísticos deve-se considerar preferencial-

mente o local da residência habitual da mãe à data do nascimento.

países terCeiros

Países que não fazem parte nem da União Europeia, nem do Acordo sobre o Espaço

Económico Europeu (EEE).

Page 82: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(80)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

população estrangeira residente

Conjunto de pessoas de nacionalidade não portuguesa que sejam consideradas residentes

em Portugal no momento da observação.

população média

População calculada pela média aritmética dos efectivos em dois momentos de observação,

habitualmente em dois finais de anos consecutivos.

população residente

Conjunto de pessoas que, independentemente de estarem presentes ou ausentes num

determinado alojamento no momento de observação, viveram no seu local de residência

habitual por um período contínuo de, pelo menos, 12 meses anteriores ao momento de

observação, ou que chegaram ao seu local de residência habitual durante o período corres-

pondente aos 12 meses anteriores ao momento de observação, com a intenção de aí perma-

necer por um período mínimo de um ano.

reagrupamento familiar

Direito que permite a um cidadão estrangeiro residente solicitar a vinda de familiares para

se reunirem a ele em território nacional. Para o efeito são considerados o cônjuge, filhos a

cargo, com menos de 21 anos ou incapazes, filhos adoptados, ascendentes a cargo e irmãos

menores sob tutela.

taxa de CresCimento migratório

Saldo migratório observado durante um determinado período de tempo, normalmente um

ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa por 100 (10^2)

ou 1000 (10^3) habitantes).

Page 83: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(81)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

· Quadro síntese das entidades que colaboraram na aplicação do

inquérito

· Inquérito ACIDI aplicado no Estudo

· Resultados do apuramento estatístico decorrentes da aplicação

do inquérito (nota: a ordem pela qual se apresentam os quadros

não é necessariamente a mesma do inquérito, pois optou-se por

agrupar os resultados em função da linha de análise efectuada

neste Estudo)

ANEX

OS

Page 84: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(82)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Entidades que colaboraram na aplicação do inquérito:

Academia de Línguas da Madeira

Associação Cultural e Recreativa Africana da Madeira

Associação de Ténis de Mesa da Madeira

Associação dos Imigrantes Ucranianos

Associação Islâmica da Madeira

Centro das Comunidades Madeirenses

Clube Desportivo Marítimo

Clube Desportivo Nacional

Conservatório – Escola das Artes da Madeira Engº Luíz Peter Clode

Consulado do Brasil

Escola Básica do 2º e 3º Ciclos Bartolomeu Perestrelo

Escola Básica do 2º e 3º Ciclos da Torre

Escola Básica do 2º e 3º Ciclos do Caniço

Escola Básica do 2º e 3º Ciclos do Estreito de Câmara de Lobos

Escola Básica do 2º e 3º Ciclos dos Louros

Escola Básica e Secundária do Carmo

Escola Básica e Secundária Ângelo Augusto da Silva

Escola Básica e Secundária de Santa Cruz

Escola Básica e Secundária do Carmo

Junta de Freguesia de Câmara de Lobos

Junta de Freguesia de Santa Cruz

Loja do Cidadão

Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

Page 85: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(83)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

anexo ii“estudo de diagnóstiCo de CaraCterização da população imigrante,

identifiCação dos seus problemas e dos seus Contributos para as dinÂmiCas de desenvolvimento do muniCípio”

inquérito - módulo Comum

Separador (folha excel) IDENTIFICAÇÃOConcelho de realização do Inquérito___Código Concelho (ver Lista 1)Inquiridor_____________Data de realização_____________

Nome de quem introduziu os dadosG0 - Área de residência (freguesia e bairro, se pertinente)_________________________________

Separador (folha excel) A-CARACTERIZAÇÃO FAMILIAA - Caracterização do entrevistado(a) e dos elementos que compõem o agregado familiar co-residenteNeste separador cada LINHA corresponde a um Indíviduo, assim, cada inquérito tem várias linhas

IND.1 (respondente) IND.2 IND.3 IND.4 IND.5 IND.6 IND.7 IND.8

G1. SEXO - Feminino (1); Masculino (2); Não responde(3)

G2. IDADE - Nº de anos

G3. GRAU DE PARENTESCO COM IND.1 - Cônjuge/Companheiro(a) (1); Filho(a) (2); Enteado(a) (3); Pai ou mãe (4); Sogro ou sogra (5); Nora ou genro (6); Irmã(o) (7); Neto(a)/Bisneto(a) (8); Avô ou Avó (9); Outro grau de parentesco - referir qual (10); 11= O próprio indivíduo 1;12= Não respondeG3Qual - Outro grau especificado

G4. ESTADO CIVIL - Casado (1); União de facto (2); Solteiro (3); Separado de facto (4); Divorciado (5); Viúvo (6), 7= Não responde

G5. NATURALIDADE - Concelho onde reside actualmente (1); Outro concelho (2 - indicar qual); Outro país (3 - indicar qual) 4- Não responde;G5.2 Código concelho (Ver Lista 1); G5.3 Código país (Ver Lista 2)

G6. NACIONALIDADE - Portuguesa (1); Dupla nacionalidade - Portuguesa e outra (2 - indicar a não portuguesa); Dupla nacionalidade - outros casos (3 - indicar as 2 nacionalidades); Estrangeira - de outro país (4 - indicar qual) 5- Não responde G6.2 Código País Outra (Ver Lista 2) ; G6.3.1 Código país outra1 (Ver Lista 2); G6.3.2 Código país outra1 (Ver Lista 2)

G7. ANO DE CHEGADA A PORTUGAL (apenas para os naturais de outros países); 9999 N aplicável

G8. 1º LOCAL DE RESIDÊNCIA EM PORTUGAL (concelho) (apenas para os naturais de outros países)Código concelho (Ver Lista 1); 9999 N aplicável

G9. NÍVEL DE ENSINO MAIS ELEVADO QUE CONCLUIU/COMPLETOU - Nenhum (1); Sabe ler e escrever sem ter frequentado a escola (2); Pré-escolar (3); Básico - 1º ciclo (4); Básico - 2º ciclo (5); Básico - 3º ciclo (6); Secundário (7); Médio/profissional (8); Bacharelato (9); Licenciatura (10); Mestrado (11); Doutoramento (12); Outro (13 - especificar) 14- Não responde; G9Qual-Outra

Page 86: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(84)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G10. QUAL CONSIDERA SER O SEU NÍVEL DE CONHECIMENTO DA LÍNGUA PORTUGUESA? Muito Bom (1); Bom (2); Suficiente (3); Fraco (4); Nulo (5) ; 6= Não responde

G11. QUAL O SEU PRINCIPAL MEIO DE VIDA? Trabalho (1); Rendimento Social de Inserção (2); Pensão/Reforma (3); Rendimentos de propriedade ou de empresa (4); Subsídio temporário de doença (5); Subsídio temporário de desemprego (6); Outros subsídios temporários (7); Apoio Social (8); A cargo da família (9); Biscates (10); Outra situação (11 - especificar qual) 12- Não responde; G11Qual-Outra

G12. CONDIÇÃO PERANTE A ACTIVIDADE ECONÓMICA? Activo com profissão (1); Desempregado (2 - referir tempo de desemprego); À procura do 1º emprego (3 - referir tempo); Doméstica (4); Reformado (5); Inválido/doença permanente (6); Estudante (7) 8- Não responde; G12.2tempo desemp ANOS; G12.3tempo procura 1ºemp ANOS

G13. PROFISSÃO (no caso de desempregados ou reformados, indicar a última profissão) - escrever com detalhe 2 colunas, a 1ª com nome da profissão e a 2ª com Código profissão (Usar CNP-94 a 2 dígitos); 9999 Não aplicável

G14. REGIME DE TRABALHO Permanente/ regular (1); Ocasional (2); Sazonal (3) 4= Não responde

G15. SITUAÇÃO NA PROFISSÃO - Trabalhador por conta de outrem (1); Trabalhador por conta própria sem empregados (2); Trabalhador por conta própria com empregados (3); Trabalhador familiar não remunerado (4); Outra situação (5 - especificar); 6- Não responde; G15Qual-Outra

G16. TIPO DE VÍNCULO CONTRATUAL (só para a situação 1 do nº anterior) - Contrato sem termo (1); Contrato com termo (2); Recibos verdes (3); Trabalho sem contrato (4); Outra situação (5 - referenciar qual) 6- Não responde; G16Qual-Outro

G17. LOCAL DE TRABALHO OU ESTUDO (geográfico) - No concelho onde reside (1); Noutro concelho (2 - indicar qual); No estrangeiro (3 - indicar país); 4- Não responde;G17.2 Código concelho (ver lista 1); G17.3 Código país (ver lista 2)

G18. Para além dos elementos do seu agregado familiar, há mais pessoas a residir consigo?

Sim O 1 G18.1 Quantas, no total?

G18.2 Quantas do país de origem do inquirido

Não O 2

3= Não responde

Separador (folha excel) B- AlojamentoB - Caracterização do alojamento e condições de habitabilidade

G19. Qual o tipo de alojamento em que reside?

Clássico (apartamento ou moradia) O 1Parte de casa (casa compartilhada, quarto, etc.) O 2Barraca, casa rudimentar ou de madeira O 3

Page 87: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(85)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Pensão ou residencial O 4Centro de acolhimento O 5Móvel (caravana ou outro) O 6Outro tipo (especificar) ____________________________ O 7

8= Não responde

G20. Neste momento, está a viver ou residir num alojamento que é:

Arrendado no mercado privado formal O 1

Arrendado no mercado informal (bairro clandestino ou de barracas) O 2

Público (arrendamento social) (que lhe foi atribuído a si e/ou seu agregado familiar) O 3

Subarrendado (partes de casa; quartos) O 4

Próprio (do qual é proprietário/a) - mercado formal O 5

Próprio (do qual é proprietário/a) - mercado informal/clandestino O 6

Casa de amigos (não paga renda) O 7

Outra situação (especificar) _____________________________ O 8

9= Não responde

G20.1 (apenas para aqueles que não possuem casa própria) Tenciona comprar casa em Portugal?

Não O 1

Ainda não pensou no assunto/não tem a certeza O 2Sim, mas nunca fez nenhuma diligência/prospecção de mercado O 3

Sim, e já fez diligências nesse sentido O 4

5= Não responde

G20.1.1 No concelho de residência actual

Sim O 1

Não O 2

3= Não responde

G.21 Nº de divisões do alojamento em que vive, excluindo cozinha e casa(s) de banho?

Page 88: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(86)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G22. O alojamento onde habita possui:

G22.1 Casa de banho completa no interior da habitação (inst. sanit. e banho) 1= Sim; 2= Não

G22.2 Abastecimento de água pela rede pública 1= Sim; 2= Não

G22.3 Água quente 1= Sim; 2= Não

G22.4 Aquecimento central ou proveniente de aquecedores móveis 1= Sim; 2= Não

G23. A família co-habitante dispõe de:

G23.1 Telefone 1= Sim; 2= Não

G23.2 Telemóvel 1= Sim; 2= Não

G23.3 Máquina de lavar loiça 1= Sim; 2= Não

G23.4 Máquina de lavar roupa 1= Sim; 2= Não

G23.5 Microondas 1= Sim; 2= Não

G23.6 Motorizada/Motociclo 1= Sim; 2= Não

G23.7 Automóvel 1= Sim; 2= Não

G23.8 Computador 1= Sim; 2= Não

G23.9 TV por cabo ou antena parabólica 1= Sim; 2= Não

G23.10 Internet em casa (acesso doméstico) 1= Sim; 2= Não

Separador C (folha excel) - TrajectóriaC - Trajectória migratória e elementos complementares de caracterização do entrevistado(a)

G24. Diga a principal razão porque escolheu Portugal como país de residência? (indicar apenas o principal)

Conhecimento da língua/proximidade cultural O 1

Ascendência portuguesa/família portuguesa O 2

Facilidade de entrada O 3

Queria estudar em Portugal/beneficiou de bolsa em Portugal O 4

Reagrupamento familiar O 5

Acompanhar os pais O 6

Queria utilizar o sistema de saúde português/abrigo de acordo de saúde O 7

Page 89: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(87)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Teve conhecimento de oportunidades de emprego em Portugal O 8

Outras razões (especificar) ________________________________ O 9

10= Não responde

G25. Qual foi a forma de imigração utilizada para chegar a Portugal?

Sozinho(a), utilizando meios próprios ou familiares O 1

Em grupo, utilizando meios próprios ou familiares O 2

Com a família, utilizando meios próprios ou familiares O 3

Sozinho(a), com o auxílio de terceiros O 4

Em grupo, com o auxílio de terceiros O 5

Recrutamento feito por um empregador português O 6

Integrado numa empresa que veio desenvolver actividade em Portugal O 7

Outros casos (especificar) ___________________________________ O 8

9= Não responde

G26. Teve de pagar a alguém/alguma organização para o “ajudar” a vir para Portugal (por organização não se entendem nem empresas formais de transporte, nem serviços públi-cos que atribuem vistos ou outros)?

Sim O 1

Não O 2

3= Não responde

G27. Viveu noutro país diferente do seu país de origem antes de se instalar em Portugal?

Sim O 1G27.1 Qual?___Código País (ver lista 2) ______

G27.2 Por quanto tempo?______Em ANOS_____

Não O 2

3= Não responde

Page 90: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(88)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G28. Porque motivo deixou o seu país de origem e, apenas no caso de ter residido noutro país antes de vir para Portugal, porque o deixou também? (Indique apenas o principal motivo - assinalar com uma cruz)

País de origem

G28.1

Último país de residência antes de vir para Portugal

(se diferente do país de origem) G28.2

Motivos económicos/emprego 1 1

Reunir-se à família 2 2

Acompanhar os pais 3 3

Estudar 4 4

Motivos políticos 5 5

Razões de saúde 6 6

Outros motivos (especificar) _____G28.1Outro, G28.2 Outro____________ 7 7

8= Não responde

G29. Quais os principais motivos que estão na origem da opção pela residência neste concelho? (indique apenas os 2 motivos principais)

G29.1 Local onde encontrou emprego 1= Sim; 2= Não

G29.2 Boa qualidade do ambiente “natural” (clima, paisagem, etc.) 1= Sim; 2= Não

G29.3 Boa imagem dos habitantes e do ambiente social 1= Sim; 2= Não

G29.4 Bons acessos viários/acessibilidade 1= Sim; 2= NãoG29.5 Local de residência de muitos imigrantes provenientes da mesma

origem 1= Sim; 2= Não

G29.6 Proximidade face a familiares ou amigos 1= Sim; 2= Não

G29.7 Preços mais baixos na habitação 1= Sim; 2= Não

G29.8 Nível de vida mais acessível 1= Sim; 2= Não

G29.9 Qualidade mais elevada nas habitações existentes 1= Sim; 2= Não

G29.10 Pelos serviços e comércio que oferece 1= Sim; 2= Não

G29.11 Outro motivo. Qual? _______G29.11 Outro______________ 1= Sim; 2= Não

Page 91: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(89)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G30. Com que documento entrou em Portugal?

Apenas Passaporte (sem qualquer visto) O 1

Visto de “turista” O 2

Visto de trabalho ou equivalente O 3

Visto de estudo ou equivalente O 4

Visto de estada temporária ou equivalente O 5

Outras situações (especificar) __G30Outro_________________ O 6

7= Não responde

G31. Tem a sua situação regularizada em Portugal?

1. Sim O 1 G31.1 Quando a regularizou? G31.1.1 Mês G31.1.2 Ano

2. Aguarda decisão dos serviços O 2

G31.2 Que documentos lhe faltam?_________________________________________________

3. Não O 3

4= Não responde

G31.3 (Apenas para aqueles que não possuem a nacionalidade portuguesa) Pretende ob-ter a nacionalidade portuguesa?

Sim O 1

Não O 2

3= Não responde

G32. Qual foi o seu último emprego no país de origem?_______Código profissões (2 colu-nas, a 1ª com nome da profissão e a 2ª com Código profissão - usar CNP-94 a 2 dígitos); _____________________

G33. Quantos empregos já teve em Portugal?

G34. Qual foi o seu primeiro emprego em Portugal?________Código Profissões (2 colu-nas, a 1ª com nome da profissão e a 2ª com Código profissão - Usar CNP-94 a 2 dígitos); __________________________

Page 92: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(90)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G35. Como obteve o 1º emprego em Portugal?

Através de familiares/amigos do mesmo grupo étnico O 1

Através do “recrutador”/“angariador” no país de origem O 2

Através de patrão português O 3

Através de patrão imigrante da mesma origem étnica O 4

Através de patrão imigrante de outra origem étnica O 5

Através de amigos/conhecidos portugueses O 6

Resposta a anúncio O 7

Serviços de emprego O 8

Criação do próprio emprego O 9

Outras formas O 10 especificar________

G35 Outro__________________________

11= Não responde

G36. Como obteve o emprego que possui actualmente?

Através de familiares/amigos do mesmo grupo étnico O 1

Através do “recrutador”/“angariador” no país de origem O 2

Através de patrão português O 3

Através de patrão imigrante da mesma origem étnica O 4

Através de patrão imigrante de outra origem étnica O 5

Através de amigos/conhecidos portugueses O 6

Resposta a anúncio O 7

Serviços de emprego O 8

Criação do próprio emprego O 9

Outras formas O 10 especificar________

G36 Outro_________________________

11= Não responde

G37. Desde que vive em Portugal, já alguma vez trabalhou alguma temporada no estrangeiro?

Sim O 1

Não O 2

3= Não responde

Page 93: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(91)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G37.1 Quantas vezes? G37.2 Onde (países)(G37.2.1 1ºPaís; G37.2.2 2º País, caso exista)Código Países (Ver lista 2)__

G37.3 Quando (indicar ano) ?(G37.3.1 Ano ocorrência 1º País;G37.3.2 Ano ocorrência 2º País, caso exista) ________Ano da ocorrência_________

Separador D (folha excel) - IntegraçãoD - Processo de integração em Portugal

G38. Quando chegou a Portugal, qual o grau de dificuldade que sentiu face aos seguintes aspectos? (Gradue a resposta de 1 - nada difícil - a 5 - muito difícil - pondo uma argola à volta dos números que escolher)

Nada difícil

Muito difícil

G38.1 Não conhecer ninguém/solidão 1 2 3 4 5

G38.2 Clima 1 2 3 4 5

G38.3 Língua 1 2 3 4 5

G38.4 Saúde 1 2 3 4 5

G38.5 Regularização/legalização 1 2 3 4 5

G38.6 Obtenção de documentos/burocracia dos serviços portugueses 1 2 3 4 5

G38.7 Integração no mercado de trabalho (em termos gerais) 1 2 3 4 5

G38.8 Obtenção de profissão correspondente às habilitações e experiência 1 2 3 4 5

G38.9 Integração na escola/sucesso escolar 1 2 3 4 5

G38.10 Equivalências escolares 1 2 3 4 5

G38.11 Habitação (acesso e custo) 1 2 3 4 5

G38.12 Transportes (acesso e custo) 1 2 3 4 5

G38.13 Comportamento/atitudes dos portugueses (termos gerais) 1 2 3 4 5

G38.14 Discriminação/racismo 1 2 3 4 5

Em todas as linhas, 6= Não responde

G39. E actualmente, qual o grau de dificuldade que associa aos mesmos aspectos? (Gradue a resposta de 1 - nada difícil - a 5 - muito difícil - pondo uma argola à volta dos números que escolher)

Nada difícil

Muito difícil

G39.1 Não conhecer ninguém/solidão 1 2 3 4 5

G39.2 Clima 1 2 3 4 5

G39.3 Língua 1 2 3 4 5

G39.4 Saúde 1 2 3 4 5

G39.5 Regularização/legalização 1 2 3 4 5

Page 94: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(92)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G39.6 Obtenção de documentos/burocracia dos serviços portugueses 1 2 3 4 5

G39.7 Integração no mercado de trabalho (em termos gerais) 1 2 3 4 5

G39.8 Obtenção de profissão correspondente às habilitações e experiência 1 2 3 4 5

G39.9 Integração na escola/sucesso escolar 1 2 3 4 5

G39.10 Equivalências escolares 1 2 3 4 5

G39.11 Habitação (acesso e custo) 1 2 3 4 5

G39.12 Transportes (acesso e custo) 1 2 3 4 5

G39.13 Comportamento/atitudes dos portugueses (termos gerais) 1 2 3 4 5

G39.14 Discriminação/racismo 1 2 3 4 5

Em todas as linhas, 6= Não responde

G40. Tem carta de condução válida em Portugal?

Sim O 1

Não O 2

3= Não responde

G41. Costuma exercer o direito de voto nas eleições locais do município?

Sim O 1

Não O 2

Não se aplica (menor de 18 anos ou estrangeiro sem direito formal de voto) O 3

4= Não responde

G42. Faz parte de alguma associação ou grupo?

Sim O 1

Não O 2

3= Não responde

G42.1 De que tipo?

G42.1.1 Associação local de imigrantes do país de origem 1= Sim; 2= Não

Indicar qual? G42.1.1Qual

G42.1.2 Outro tipo de associação local (clube recreativo e desportivo, etc.) 1= Sim; 2= Não

Indicar qual? G42.1.2Qual

G42.1.3 Associação de pais 1= Sim; 2= Não

Page 95: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(93)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G42.1.4 Sindicato 1= Sim; 2= Não

G42.1.5 Partido ou organização política 1= Sim; 2= Não

G42.1.6 Outro tipo de associação 1= Sim; 2= Não Indicar qual? G42.1.6Qual

G43. Em que língua ou línguas fala habitualmente em casa?

Língua nº 1 ___G43.1__________________________________ Ver lista de códigos 3

Língua nº 2 ___G43.2__________________________________ Ver lista de códigos 3

Língua nº 3 ___G43.3__________________________________ Ver lista de códigos 3

G44. Já alguma vez frequentou ou frequenta um curso de língua portuguesa:

Sim, já frequentei e conclui O 1 Qual? __G44.1__________

Sim, já frequentei e não conclui O 2 Qual? __G44.2__________

Sim, estou a frequentar neste momento O 3 Qual? __G44.3__________

Não, nunca frequentei porque não tive oportunidade O 4

Não, nunca frequentei, porque nunca senti necessidade O 5

6= Não responde

G45. Para que um imigrante se sinta bem integrado em Portugal acha que é importante: (Gradue a resposta de 1 a 5 pondo uma argola à volta dos números que escolher)

Nada Importante Muito Importante

G45.1 Ter família em Portugal 1 2 3 4 5

G45.2 Ter amigos portugueses 1 2 3 4 5

G45.3 Ter os seus filhos na escola 1 2 3 4 5

G45.4 Falar bem português 1 2 3 4 5

G45.5 Estar empregado 1 2 3 4 5

G45.6 Ter os mesmos comportamentos e hábitos culturais do que os portugueses 1 2 3 4 5

G45.7 Conseguir comprar uma casa em Portugal 1 2 3 4 5

G45.8 Ter carro 1 2 3 4 5

G45.9 Obter nacionalidade portuguesa 1 2 3 4 5

Em todas as linhas, 6= Não responde

Page 96: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(94)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G46. Em Portugal, os seus amigos(as) são sobretudo (pode escolher, no máximo, duas opções):

G46.1 Imigrantes da mesma nacionalidade 1= Sim; 2= Não

G46.2 Imigrantes de outras nacionalidades que são seus vizinhos 1= Sim; 2= Não

G46.3 Portugueses que conheceu no trabalho 1= Sim; 2= Não

G46.4 Portugueses que são seus vizinhos 1= Sim; 2= Não

G46.5 Portugueses que conheceu noutros locais 1= Sim; 2= Não

G46.6 Familiares 1= Sim; 2= Não

G47. Se precisasse de ajuda de emergência a quem iria recorrer em primeiro lugar:

Amigos Imigrantes O 1

Amigos Portugueses O 2

Colegas de trabalho O 3

Vizinhos imigrantes O 4

Vizinhos portugueses O 5

Familiares instalados em Portugal O 6

Familiares residentes no estrangeiro O 7

Serviços Públicos portugueses O 8

Serviços Públicos do país de origem O 9

Instituições Religiosas O 10

Associações privadas/IPSS’s sem carácter religioso O 11

12= Não responde

G48. Qual é a sua religião?

Sem religião (ateu/agnóstico) O 1

Católica O 2

Judaica O 3

Ortodoxa O 4

Islâmica O 5

Protestante Evangélica O 6

Hindu O 7

Page 97: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(95)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Outra religião O 8

Qual? _____________________ G48 Qual _______________________

9= Não responde

G49. Com que frequência efectua as seguintes práticas:

Todos os dias

Todas as semanas

De vez em quando Raramente Nunca

G49.1 1.Comer comida “típica” do país de origem 1 2 3 4 5

G49.2 2. Comprar produtos “típicos” do país de origem

G49.3 3. Ouvir música do país de origem

G49.4 4. Ouvir música portuguesa

G49.5 5. Ir a bailes/festas organizados por associações e pessoas do país de origem

G49.6 6. Ir a bailes/festas organizados por associações e pessoas portuguesas

G49.7 7. Ir a actividades culturais (projecção de filmes, leitura de poesia, concertos, etc...) organizados por associações e pessoas do país de origem

G49.8 8. Ir a actividades culturais (projecção de filmes, leitura de poesia, concertos, etc...) organizados por associações e pessoas portuguesas

G49.9 9. Ver canais de televisão do país de origem

G49.10 10. Ver canais de televisão portugueses

G49.1111. Ouvir programas de rádio para ou das comunidades imigradas

G49.12 12. Ler jornais/revistas portugueses

G49.13 13. Ler jornais/revistas do país de origem

G49.1414. Ler jornais/revistas do país de origem feitos em Portugal

G49.1515. Consultar sites do país de origem na internet

G49.1616. Participar em actividades desportivas organizadas por associações ou pessoas do país de origem

G49.1717. Participar em actividades desportivas organizadas por associações ou pessoas portuguesas

G49.1818. Usar vestuário tradicional do país de origem

G49.1919. Ir ao café

G49.2020. Praticar actividades religiosas ministradas pela Igreja Católica Portuguesa

G49.2121. Praticar actividades religiosas ministradas por outras igrejas

Em todas as linhas, 6= Não responde

Page 98: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(96)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G50. Da seguinte lista de instituições, refira aquelas que conhece, e/ou aquelas que já uti-lizou e o modo como avalia os serviços prestados (ou que sabe que prestam):

Conhece(assinalar

com X)1=Sim; 2=Não,

3= Não responde

Frequentou/recorreu aos seus

serviços (assinalar com X)1=Sim; 2=Não,

3= Não responde

Como avalia o trabalho que aí lhe foi prestado?

Muito bom (1); Bom (2); Razoável (3); Deficiente (4); Muito deficiente

(5); 6= Não responde

Explicitar maior deficiência ou efectuar

sugestão (se desejar - facultativo)

1. Câmara Municipal G50.1.1 G50.1.2 G50.1.3 G50.1.4

2. Junta de Freguesia G50.2.1 G50.2.2 G50.2.3 G50.2.4

3. CLAII do município G50.3.1 G50.3.2 G50.3.3 G50.3.4

4. Serviço de estrangeiros e Fronteiras G50.4.1 G50.4.2 G50.4.3 G50.4.4

5. ACIDI (CNAI ou outros serviços) G50.5.1 G50.5.2 G50.5.3 G50.5.4

6. Segurança Social G50.6.1 G50.6.2 G50.6.3 G50.6.4

7. Polícia (GNR ou PSP, conforme o município) G50.7.1 G50.7.2 G50.7.3 G50.7.4

8. Repartição de Finanças G50.8.1 G50.8.2 G50.8.3 G50.8.4

9. Centro de Emprego G50.9.1 G50.9.2 G50.9.3 G50.9.4

10. Centro de saúde G50.10.1 G50.10.2 G50.10.3 G50.10.4

11. Bancos G50.11.1 G50.11.2 G50.11.3 G50.11.4

12. Transportes colectivos no município G50.12.1 G50.12.2 G50.12.3 G50.12.4

13. Centro de Saúde (Repetido=10) G50.13.1 G50.13.2 G50.13.3 G50.13.4

14. Biblioteca Municipal G50.14.1 G50.14.2 G50.14.3 G50.14.4

15. Escola (referir qual) G50.15 Qual G50.15.1 G50.15.2 G50.15.3 G50.15.4

16. Universidade/instituição de ensino superior (referir qual) G50.16 Qual G50.16.1 G50.16.2 G50.16.3 G50.16.4

17. Embaixada(Consulado (referir qual) G50.17 Qual G50.17.1 G50.17.2 G50.17.3 G50.17.4

18. Associação Local de Imigrantes G50.18.1 G50.18.2 G50.18.3 G50.18.4

G51. De uma maneira geral, como considera o seu nível de integração em Portugal?

Plenamente/muitíssimo integrado O 1

Muito integrado O 2

Integrado O 3

Pouco integrado O 4

Nada integrado O 5

6= Não responde

Page 99: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(97)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Separador E (folha excel) - PercepçãoE - Percepção sobre situações de discriminação em Portugal

G52. Já alguma vez se sentiu discriminado(a) por motivos raciais ou étnicos em Portugal?

Sim O 1

Não O 2 (passe para a questão 54)

3= Não responde

G53. Em que situações já se sentiu ou se sente discriminado(a)?

G53.1 Num serviço público (Segurança Social, Organização de apoio aos imigrantes) 1= Sim; 2= Não

G53.2 Num Banco/organismo de concessão de crédito 1= Sim; 2= Não

G53.3 Numa entrevista de emprego 1= Sim; 2= Não

G53.4 No arrendamento de uma casa/quarto 1= Sim; 2= Não

G53.5 Nos transportes públicos 1= Sim; 2= Não

G53.6 Quando utilizou táxis 1= Sim; 2= Não

G53.7 Quando fazia compras num Supermercado ou loja 1= Sim; 2= Não

G53.8 Num café, restaurante ou serviço similar 1= Sim; 2= Não

G53.9 No trabalho 1= Sim; 2= Não

G53.10 Na escola 1= Sim; 2= Não

G53.11 Outras situações (especificar) _________

G53.11 Qual__________ 1= Sim; 2= Não

G53.1 (Apenas para aqueles que já se sentiram discriminados no mercado de trabalho) Quem efectuou a discriminação?

A entidade patronal 1= Sim; 2= Não

Os colegas de trabalho 1= Sim; 2= Não

Os clientes 1= Sim; 2= Não

Page 100: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(98)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G53.2 (Apenas para aqueles que já se sentiram discriminados na escola) Quem efectuou a discriminação?

Os professores 1= Sim; 2= Não

Os colegas 1= Sim; 2= Não

Os funcionários não docentes 1= Sim; 2= Não

G54. Considera que os imigrantes, de uma maneira geral, são discriminados em Portugal?

Sim, muitas vezes O 1

Sim, algumas vezes O 2

Não O 3

4= Não responde

Separador F (folha excel) - Relações OrigemF - Relações com o país de origem

G55. Desde que se encontra em Portugal já regressou ao seu país de origem?

Sim O 1 Quantas vezes? G55.1

Não O 2 Porquê? ________ G55.2____________________________________

3= Não responde

G56. Se respondeu sim na questão anterior, diga por que motivos?

G56.1 Acontecimentos familiares (casamentos, funerais, outros) 1= Sim; 2= Não

G56.2 Tratar de assuntos familiares 1= Sim; 2= Não

G56.3 Levar/trazer bens 1= Sim; 2= Não

G56.4 Negócios 1= Sim; 2= Não

G56.5 Passar férias 1= Sim; 2= Não

G56.6 Tratar de documentos 1= Sim; 2= Não

G56.7 Outros Quais?_____ G56.7Quais_____________________ 1= Sim; 2= Não

Page 101: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(99)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G57. Tem familiares dependentes no seu país de origem?

Sim O 1

Não O 2 (passe para a questão 54)

3= Não responde

G57.1 Filhos 1= Sim; 2= Não G57.1.1 Quantos

G57.2 Pais/Sogros 1= Sim; 2= Não G57.2.1 Quantos

G57.3 Cônjuge 1= Sim; 2= Não

G57.4 Irmãos 1= Sim; 2= Não G57.4.1 Quantos

G57.5 Outros 1= Sim; 2= Não G57.5.1 Quantos Quem? _________ G57.5 Quem

G58. Pretende trazer familiares do seu país de origem?

Sim O 1 Quem?_________________G58.1 Quem

Não O 2

3= Não responde

G59. Costuma enviar remessas em dinheiro para o seu país de origem?

Sim O 1

Não O 2

3= Não responde

G59.1 Qual o valor médio mensal aproximado das remessas que efectua?

Até €50 O 1

€51-€100 O 2

€101-€250 O 3

€251-€500 O 4

€501-€1000 O 5

Mais de €1000 O 6

7= Não responde

Page 102: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(100)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G60. Gostaria de ir residir para outro país?

Não O 1

Sim, para o país de origem O 2G60.1 Tem ideia de quando pretende regressar? Só preenchida em ANOS

Daqui a anos ou meses

Sim, para outro país O 3G60.2 Que país ou países?___________________

Código Países (ver Lista 2)___________________

4= Não responde

Page 103: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(101)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 1 - Distribuição dos inquiridos, segundo o estado civil

Casado União de facto Solteiro Separado

de facto Divorciado Viúvo Não responde Total

n.º 173 46 174 29 21 3 1 447

(%) 38,7 10,3 38,9 6,5 4,7 0,7 0,2 100,0

Anexo 2 - Distribuição dos inquiridos, segundo a nacionalidade

Portuguesa Dupla - Portuguesa e outra

Dupla nacionalidade- outros casos Estrangeira Não

responde Total

n.º 13 63 3 367 1 447(%) 2,9 14,1 0,7 82,1 0,2 100,0

Anexo 3 - Países de origem dos inquiridos com dupla nacionalidadePaíses

Ango

la

Cabo

Ver

de

Guin

é-Bi

ssau

Bras

il

Chin

a

Arm

énia

Geór

gia

Mol

dávia

Rúss

ia

Áfric

a do

Sul

Repú

blic

a da

Gu

iné

Vene

zuel

a

Out

ros

Amér

ica

Cent

ral/

Sul

Cana

4 1 4 10 3 1 1 1 1 5 1 26 1 1

Anexo 4 - Local da primeira residência dos inquiridos em Portugal (principais concelhos)

Conc

elho

s

Func

hal

Sant

a Cr

uz

Câm

ara

de

Lobo

s

Out

ros

RAM

Lisb

oa

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Out

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Cont

inen

te

Pont

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lgad

a (A

çore

s)

Out

ros

Açor

es

Não

Res

pond

e

Tota

l

n.º 279 35 27 18 41 6 36 2 1 2 447

(%) 62,4 7,8 6,0 1,6 9,2 1,3 8,1 0,4 0,2 0,4 100,0

Page 104: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(102)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 5 - Pessoas não familiares a residir com os inquiridos

Anexo 6 - Média de pessoas não familiares a residir com os inquiridos, por país de Origem

n.º (%) Mínimo P25 Mediana (P50) P75 Máximo

Sim 104 23,3Pessoas

não família - Quantas

1 1 1 2 5

Não 327 73,2Pessoas não família - País

de origem0 1 1 2 5

Não responde 16 3,6

Total 447 100,0

Anexo 7 - Nível de escolaridade

Nen

hum

Ler/

escr

ever

sem

es

cola

Pré-

esco

lar

Bási

co

1º c

iclo

Bási

co 2

º ci

clo

Bási

co 3

º ci

clo

Secu

ndár

io

Méd

io/p

rofis

sion

al

Bach

arel

ato

Lice

ncia

tura

Mes

trado

Não

re

spon

de

Tota

l

n.º 16 9 5 21 48 64 142 31 23 74 10 4 447

(%) 3,6 2,0 1,1 4,7 10,7 14,3 31,8 6,9 5,1 16,6 2,2 0,9 100,0

Anexo 8 - Nível de conhecimento da língua Portuguesa

Muito bom Bom Suficiente Fraco Nulo Não responde Total

n.º 214 148 77 6 0 2 447

(%) 47,9 33,1 17,2 1,3 0,0 0,4 100,0

Anexo 9 - Frequência de curso de língua Portuguesan.º (%)

Sim, frequentei e conclui 40 8,9Sim, frequentei e não conclui 9 2,0

Sim, estou a frequentar 10 2,2Não, nunca frequentei, não tive oportunidade 80 17,9

Não, nunca frequentei, nunca senti necessidade 276 61,7Total 447 100,0

Page 105: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(103)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 10 - Principal meio de vida

Trab

alho

Rend

imen

toSo

cial

de

inse

rção

Refo

rma

Rend

imen

tos

Subs

ídio

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doe

nça

Subs

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de

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mpr

ego

Out

ros

subs

ídio

s te

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rário

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Apoi

o Fm

iliar

A ca

rgo

fam

ilia

Bisc

ates

Out

ros

Não

re

spon

de

Tota

l

n.º 370 2 5 3 1 18 2 0 33 4 7 2 447

(%) 82,8 0,4 1,1 0,7 0,2 4,0 0,4 0,0 7,4 0,9 1,6 0,4 100,0

Anexo 11 - Condição perante a actividade económica

Activ

o co

m

profi

ssão

Dese

mpr

egad

o

Proc

ura

empr

ego

Dom

éstic

a

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rmad

o

Invá

lido/

doen

ça

perm

anen

te

Estu

dant

e

Não

resp

onde

Tota

l

n.º 370 32 1 10 5 1 19 9 447

(%) 82,8 7,2 0,2 2,2 1,1 0,2 4,3 2,0 100,0

Anexo 12 - Regime de Trabalho

Permanente/Regular Ocasional Sazonal Não responde Total

n.º 344 23 4 4 375

(%) 91,7 6,1 1,1 1,1 100,0

Anexo 13 - Vinculo Contratual

Contrato sem termo

Contrato com termo

Recibos verdes

Sem contrato Outro Não

responde Total

n.º 84 222 3 9 1 5 324

(%) 25,9 68,5 0,9 2,8 0,3 1,5 100,0

Page 106: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(104)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 14 - Formas de obtenção do primeiro emprego e do emprego actual

Anexo 15 - Número de trabalhos em Portugal

1º Emprego Emprego actual n.º (%)

n.º (%) n.º (%) 1 186 41,6Familiares/amigos da mesma

etnia 118 26,4 85 19,0 2 108 24,2

Recrutador no país de origem 29 6,5 22 4,9 3 49 11,0Patrão português 138 30,9 156 34,9 4 29 6,5

Patrão imigrante da mesma etnia 13 2,9 6 1,34 5 13 2,9

Patrão imigrante de outra etnia 5 1,1 4 0,8 6 8 1,8Amigos/conhecidos

portugueses 29 6,5 19 4,2 7 5 1,1

Anuncio 43 9,6 39 8,7 8 5 1,1Serviço de emprego 9 2,0 10 2,2 10 3 0,7

Criação próprio emprego 19 4,3 32 7,1 27 1 0,2Outros 13 2,9 14 3,1 Muitos 1 0,2

Não responde 31 6,9 60 13,4 Não responde 39 8,7Total 447 100,0 447 100,0

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(105)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 16 – Percurso Profissional

Cód. Act Descrição

Último Emprego País

de Origem

Primeiro Emprego em

Portugal

Emprego actual na RAM

n.º (%) n.º (%) n.º (%)

0.1 Membros das Forças Armadas 4 0,9 0 0,0 0 0,0

1.1 Quadros Superiores da Administração Pública 1 0,2 1 0,2 0,0

1.2 Directores de Empresa 1 0,2 2 0,4 3 0,7

1.3 Directores e Gerentes de Pequenas Empresas 12 2,7 10 2,2 6 1,3

2.1 Especialistas das Ciências Físicas, Matemáticas e Engenharia 7 1,6 2 0,4 1 0,2

2.2 Especialistas das Ciências da Vida e Profissionais da Saúde 8 1,8 6 1,3 6 1,3

2.3 Docente do ensino secundário, superior e profissões similares 21 4,7 25 5,6 28 6,3

2.4 Outros especialistas das profissões intelectuais e científicas 18 4,0 10 2,2 7 1,6

3.1 Técnicos e profissionais de nível intermédio das ciências físicas e químicas da engenharia e trabalhadores similares 5 1,1 4 0,9 5 1,1

3.2 Profissionais de nível intermédio das ciências da vida e da saúde 5 1,1 2 0,4 2 0,4

3.3 Profissionais de nível intermédio do ensino 7 1,6 3 0,7 3 0,7

3.4 Outros técnicos e profissionais de nível intermédio 61 13,6 58 13,0 54 12,1

4.1 Empregados de escritório 25 5,6 6 1,3 4 0,9

4.2 Empregados de recepção, caixas, bilheteiros e similares 8 1,8 13 2,9 16 3,6

5.1 Pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança 59 13,2 91 20,4 78 17,4

5.2 Manequins, vendedores e demonstradores 22 4,9 19 4,3 20 4,5

6.1 Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, criação de animais e pescas 5 1,1 4 0,9 8 1,8

7.1 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção civil 18 4,0 77 17,2 65 14,5

7.2 Trabalhadores da metalurgia e da metalomecânica e trabalhadores similares 6 1,3 2 0,4 5 1,1

7.4 Outros operários e artífices e trabalhadores similares 5 1,1 6 1,3 5 1,1

8.2 Operadores de máquinas e trabalhadores de montagem 11 2,5 6 1,3 2 0,4

8.3 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados móveis 20 4,5 4 0,9 4 0,9

9.1 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio 26 5,8 37 8,3 36 8,1

9.3 Trabalhadores não qualificados da construção e das obras públicas, da indústria transformadora e transportes 1 0,2 21 4,7 13 2,9

Não responde 91 20,4 38 8,5 76 17,0

Total 447 100,0 447 100,0 447 100,0

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(106)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 17 – Profissões desenvolvidas pelos inquiridos (Cont.)

Cód. Act. Profissão

Últi

mo

empr

ego

no p

aís

de o

rigem

1º e

mpr

ego

em

Portu

gal

Empr

ego

actu

al

RAM Cód.

Act. Profissão

Últi

mo

empr

ego

no p

aís

de o

rigem

1º e

mpr

ego

em

Portu

gal

Empr

ego

actu

al

RAM

0.1 Militar 4 - -

3.1

Téc. Montagem painéis solares - - 21.1 Chanceler da Cultura 1 1 - Técnico Laboratório - 1 1

1.2Administrador 1 1 - Técnico Superior - - 1

Consultor - 1 2 Auxiliar de informática 1 - -Director Empresa - - 1 Desenhadora páginas Web 1 - -

1.3

Empresário (a) 9 3 5 Gabinete de projectos - 1 - Gerente 3 1 Inquiridor - 1 -

Gerente Comercial - 3 - Gerente de Projecto 1 - - Gerente supermercado - 1 - Fotografo 1 - -

Gerente restaurante - 3 - Oficial da Marinha 1 - -

2.1

Engenheiro (a) 1 - - Topógrafo - 1 1Engenheiro Civil 3 - 1

3.2

Técnico de Farmácia - 1 1Engenheiro Mecânico 3 - - Auxiliar de Enfermagem 3 - -

Arquitecto - 1 - Fisioterapeuta 1 1 - Fiscal/Projectista Eng. Civil - 1 - Técnico de Oficina Óptica 1 - 1

2.2

Cientista Medica 1 - 1

3.3

Auxiliar de educação - 1 1Enfermeiro (a) 2 3 2 Educadora de Infância 2 - 1Farmacêutica 1 1 1 Monitor - - 1

Médico 2 - 1 Monitor ginásio 2 1 - Medico dentista 2 2 - Instrutor Voo 1 - -

Pediatra - - 1 Instrutora de informática 1 - -

2.3

Pedagoga - - 1 Analista de sistemas de informação - 1 -

Professor(a) 11 15 23 Professora Primária 1 7 - Professor de Dança - - 1

3.4

Atleta 7 - 2Professor(a) de Música 6 8 2 Jogador Profissional de Futebol 36 36 36

Professor de Inglês - - 1 Jogador profissional Voleibol - - 2Professor Universitário(a) 4 1 - Bailarina 5 5 4

Formadora - 1 - Profissional de ténis de mesa 1 2 -

2.4

Advogada - - 1 Nadador - - 1Bailarino (a) 6 5 2 Treinador de Futebol 1 1 1

Cantora 5 - 1 Musico 8 6 6Contabilista 8 - 1 Relações públicas - - 1Missionário - - 1 Agente de Seguros - 1 -

Pastor Evangélico 1 1 0 Agente Comercial 1 - - Psicólogo(a) 2 2 1 Técnica de turismo 1 - -

Supervisor financeiro - 1 - Poligrafista 1 - - Tradutora 1 1 1 Correctora de vendas - - 1

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(107)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

(Cont.) (Cont.)

Cód. Act. Profissão

Últi

mo

empr

ego

no

paí

s de

orig

em

1º e

mpr

ego

em

Portu

gal

Empr

ego

actu

al

RAM Cód.

Act. Profissão

Últi

mo

empr

ego

no

paí

s de

orig

em

1º e

mpr

ego

em

Portu

gal

Empr

ego

actu

al

RAM

4.1

Administrativa - - 1

5.1

Socorrista - 1 -Assistente de Escritório - - 1 Acompanhante 1 - -

Carteiro 2 - - Tanatopraxista 1 - - Empregado de armazém 1 - - Governanta 1 - -

Funcionário Público 6 1 1 Cobrador de bilhetes 1 - - Secretario(a) 5 3 1 Segurança 1 1 1Dactilógrafo 2 - - Vigilante de crianças 1 - 1

Auxiliar Escritório 6 - - Vigilante Piscina - - 1Encarregado de armazém 1 - -

5.2Vendedor(a) 22 17 20

Escriturário 1 1 - Operadora Supermercado - 2 - Repositor de armazém 1 - -

6.1

Agricultor 5 1 - Ajudante de armazém - 1 - Jardineiro - 2 4

4.2

Bancário (a) 2 1 1 Motosserrista - - 1Operador de Caixa 4 9 13 Pescador - 1 1

Operadora Call Center 1 1 1 Servente Jardineiro - - 1Recepcionista - - 1 Tratador de animais - - 1

Recepcionista hotel - 1 -

7.1

Garimpeiro 1 - - Cobrador 1 - - Armador de ferro - 5 8Bilheteiro - 1 - Canalizador - 1 1

5.1

Ajudante de Cozinha 1 3 - Carpinteiro 1 7 7Ajudante de Farmácia 1 - - Carpinteiro Cofragem - - 1Assistente de dentista - 1 1 Operário Const. Civil 6 35 18Auxiliar acção médica - - 1 Electricista 2 1 4

Barman 3 3 6 Encarregado obra - 1 - Cabeleireira - 1 2 Ladrilhador - 1 1

Chefe de secção de hotelaria - - 1 Marteleiro - 2 1Comerciante 10 4 5 Mestre Cofragem - 1 1Cozinheiro(a) 6 8 5 Ajudante Pedreiro - 1 2

DJ 1 1 1 Ajudante de Cofragem - 1 -Empregado de Balcão 12 20 22 Ajudante ladrilhador - 1 - Empregado de Mesa 7 35 19 Pedreiro 5 12 15

Esteticista 7 7 6 Pintor 3 8 6Fiscal Autocarros - - 1

7.2

Metalúrgico 2 - - Guia Turística -- 1 2 Mecânico 3 - 2Massagista 2 2 3 Serralheiro 1 1 2

Policia 2 - - Soldador - 1 1Assistente TAP - 1 - Auxiliar Creche - 2 -

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(108)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

(Cont.) (Cont.)

Cód. Act. Profissão

Últi

mo

empr

ego

no p

aís

de o

rigem

1º e

mpr

ego

em

Portu

gal

Empr

ego

actu

al

RAM Cód.

Act.Profissão

Últi

mo

empr

ego

no

paí

s de

orig

em

1º e

mpr

ego

em

Portu

gal

Empr

ego

actu

al

RAM

7.4

Alfaiate 1 - -

9.1

Empregado de quartos hotelaria 2 - 1

Auxiliar de pastelaria - 1 1 Lavagem de automóveis - 1 1Costureira 2 - - Repositora - 3 - Bordadeira - 1 - Vigilante 2 2 1Sapateiro - 1 - Estafeta 1 - - Padeiro 2 3 4 Porteiro 1 - -

8.2

Operador de máquinas 5 4 1 Operadora de telemarketing 2 - - Sub-chefe de linha - - 1 Empregado quartos - 1 -

Montagem de elevadores 1 1 - Encarregado de lavandaria - 1 - Operário(a) Fabril 5 1 - Vendedor(a) Ambulante 2 1 2

8.3

Condutor 1 - 1

9.3

Servente - 17 13Condutor de Máquina de

Escavação - - 1 Servente pintor 1 1 -

Condutor Embarcação 1 1 1 Servente pedreiro - 2 - Marinheiro - - - Servente de carpinteiro - 1 - Motorista 18 2 - Não responde 91 38 76

Motorista Pesados - 1 1

9.1

Colocador de anúncios - - 1Copeiro(a) - 1 3Distribuidor 1 1 -

Empregada de Limpeza 5 20 20Empregada Doméstica 10 6 5Empregada Lavandaria - - 1

Gasolineiro - - 1

Anexo 18 - Situação na Profissão

Conta de outrem

Conta própria sem empregados

Conta própria com empregados

Trabalho familiar Outro Não

responde Total

n.º 311 39 18 2 2 3 375

(%) 82,9 10,4 4,8 0,5 0,5 0,8 100,0

Page 111: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(109)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 19 - Equipamento básico existente na habitação

Anexo 20 - Equipamentos existentes na habitação

n.º (%) n.º (%)

Alojamento possui casa de banho 444 99,3 Telefone 241 53,9

Alojamento possui água rede 446 99,8 Telemóvel 431 96,4

Alojamento possui água quente 432 96,6 Máquina de lavar loiça 162 36,2

Alojamento possui aquecimento 137 30,6 Máquina de lavar roupa 425 95,1

Micro-ondas 375 83,9

Motorizada 58 13,0

Automóvel 281 62,9

Computador 392 87,7

TV por cabo/parabólica 405 90,6

Internet 379 84,8

Anexo 21 - Dificuldade de integração dos inquiridos aquando da chegada a Portugal

1=Nada difícil 2 3 4 5=Muito difícil Não responde

n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%)Não conhecer ninguém 123 27,5 77 17,2 75 16,8 45 10,1 111 24,8 16 3,6

Clima 251 56,2 56 12,5 52 11,6 26 5,8 46 10,3 16 3,6

Língua 215 48,1 52 11,6 62 13,9 40 8,9 60 13,4 18 4,0

Saúde 274 61,3 71 15,9 36 8,1 18 4,0 27 6,0 21 4,7

Regularização 118 26,4 54 12,1 81 18,1 66 14,8 110 24,6 18 4,0

Documentos/Burocracia 97 21,7 63 14,1 81 18,1 64 14,3 123 27,5 19 4,3

Integração trabalho 139 31,1 81 18,1 71 15,9 66 14,8 52 11,6 38 8,5

Equivalência profissão 120 26,8 80 17,9 67 15,0 50 11,2 77 17,2 53 11,9

Integração escola 51 11,4 33 7,4 30 6,7 15 3,4 14 3,1 304 68,0

Equivalências escolares 61 13,6 31 6,9 32 7,2 17 3,8 24 5,4 282 63,1

Habitação 142 31,8 99 22,1 80 17,9 45 10,1 37 8,3 44 9,8

Transportes 174 38,9 101 22,6 81 18,1 41 9,2 26 5,8 24 5,4

Comportamento portugueses 144 32,2 83 18,6 92 20,6 63 14,1 45 10,1 20 4,5

Discriminação 153 34,2 89 19,9 81 18,1 52 11,6 53 11,9 19 4,3

Page 112: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(110)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 22 - Dificuldade de integração actual dos inquiridos

1=Nada difícil 2 3 4 5=Muito difícil Não responde

n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%)

Não conhecer ninguém 264 59,1 62 13,9 58 13,0 13 2,9 39 8,7 11 2,5

Clima 330 73,8 49 11,0 27 6,0 11 2,5 17 3,8 13 2,9

Língua 307 68,7 66 14,8 32 7,2 17 3,8 14 3,1 11 2,5

Saúde 319 71,4 66 14,8 24 5,4 8 1,8 15 3,4 15 3,4

Regularização 192 43,0 78 17,4 75 16,8 34 7,6 52 11,6 16 3,6

Documentos/Burocracia 141 31,5 107 23,9 77 17,2 46 10,3 58 13,0 18 4,0

Integração trabalho 179 40,0 77 17,2 65 14,5 50 11,2 37 8,3 39 8,7

Equivalência profissão 156 34,9 74 16,6 66 14,8 42 9,4 55 12,3 54 12,1

Integração escola 75 16,8 26 5,8 22 4,9 9 2,0 11 2,5 304 68,0

Equivalências escolares 79 17,7 30 6,7 22 4,9 18 4,0 16 3,6 282 63,1

Habitação 209 46,8 77 17,2 84 18,8 21 4,7 17 3,8 39 8,7

Transportes 242 54,1 84 18,8 68 15,2 16 3,6 14 3,1 23 5,1

Comportamento portugueses 200 44,7 100 22,4 82 18,3 20 4,5 28 6,3 17 3,8

Discriminação 204 45,6 101 22,6 69 15,4 22 4,9 30 6,7 21 4,7

Anexo 23 - Portugueses manifestam atitudes discriminatórias

Anexo 24 - Percepção de discriminação em Portugal

n.º (%) n.º (%)

Sim, muitas vezes 60 13,4 Sim 198 44,3

Sim, algumas vezes 276 61,7 Não 246 55,0

Não 97 21,7 Não responde 3 0,7

Não responde 14 3,1 Total 447 100,0

Total 447 100,0

Page 113: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(111)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 25 - Percepção de discriminação em Portugal, por nacionalidade

n.ºSim Não Não responde Total

(%) n.º (%) n.º (%) n.º (%)

Nat

ural

idad

e

Angola 13 76,5 4 23,5 0 0,0 17 100,0Cabo Verde 9 56,3 7 43,8 0 0,0 16 100,0

Guiné-Bissau 13 61,9 8 38,1 0 0,0 21 100,0Moçambique 1 25,0 3 75,0 0 0,0 4 100,0

Brasil 104 50,0 102 49,0 2 1,0 208 100,0Bangladesh 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0

China 1 10,0 9 90,0 0 0,0 10 100,0Paquistão 1 100,0 0 0,0 0 0,0 1 100,0

Uzbequistão 1 50,0 1 50,0 0 0,0% 2 100,0Arménia 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0Belarus 1 50,0 1 50,0 0 0,0 2 100,0Geórgia 0 0,0 2 100,0 0 0,0 2 100,0Moldávia 2 66,7 1 33,3 0 0,0 3 100,0Rússia 2 13,3 13 86,7 0 0,0 15 100,0Ucrânia 15 39,5 23 60,5 0 0,0 38 100,0

África do Sul 0 0,0 7 100,0 0 0,0 7 100,0República Democrática do Congo 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0

República da Guiné 0 0,0 4 100,0 0 0,0 4 100,0Marrocos 1 25,0 3 75,0 0 0,0 4 100,0Nigéria 0 0,0 2 100,0 0 0,0 2 100,0Senegal 2 66,7 1 33,3 0 0,0 3 100,0

Outros de África 0 0,0 3 100,0 0 0,0 3 100,0Colômbia 0 0,0 2 100,0 0 0,0 2 100,0

Cuba 2 33,3 4 66,7 0 0,0 6 100,0Venezuela 25 43,1 33 56,9 0 0,0 58 100,0

Outros Américas Central e do Sul 2 28,6 5 71,4 0 0,0 7 100,0Outros da Ásia e Oceânia 2 50,0 2 50,0 0 0,0 4 100,0

Canadá 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0Ex-Jugoslávia 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0

Outros da Europa 0 0,0 1 100,0 0 0,0 1 100,0

Page 114: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(112)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 26 - Situações em que se sentiram maior discriminação Anexo 27 - Principais discriminadores

n.º (%) n.º (%)

Num serviço público 67 15,9Mercado de

trabalho

Patrão 51 25,1

Num banco 25 5,9 Colegas 89 43,8

Numa entrevista emprego 26 6,2 Clientes 63 31,0

No arrendamento de casa/quarto 42 10,0

Escola

Professores 8 29,6

Nos transportes públicos 13 3,1 Colegas 15 55,6

Quando utilizou táxis 15 3,6 Funcionários 4 14,8

Compras supermercado/loja 39 9,2Num café, restaurante ou serviço

similar 30 7,1

No trabalho 123 29,1

Na escola 20 4,7

Outras situações 22 5,2

Total 422 100,0

Anexo 28 - Outras situações de discriminação

n.º

SEF 11

Hospital 2

PSP 3

Vizinhos 2

Discoteca 1

Internet 1

Polícias aeroportuários 1

Rua 1

Universidade 1

Page 115: Diagnostico da populacao_imigrante_nos_c

(113)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 29 - Aspectos considerados importantes para a boa integração em Portugal 1=Nada

importante 2 3 4 5=Muito importante Não responde

n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%)

Família Portugal 22 4,9 25 5,5 40 8,9 40 8,9 311 69,5 9 2,0

Amigos portugueses 15 3,3 26 5,8 63 14,0 65 14,5 268 59,9 10 2,2

Filhos na escola 19 4,2 11 2,4 28 6,2 32 7,1 224 50,1 133 29,7

Falar português 11 2,4 10 2,2 40 8,9 52 11,6 316 70,6 18 4,0

Ter emprego 9 2,0 1 0,2 8 1,7 32 7,1 375 83,8 22 4,9

Mesmos hábitos culturais 55 12,3 53 11,8 81 18,1 64 14,3 181 40,4 13 2,9

Comprar casa 79 17,6 68 15,2 61 13,6 40 8,9 184 41,1 15 3,3

Ter carro 63 14,0 72 16,1 62 13,8 49 10,9 186 41,6 15 3,3

Nacionalidade portuguesa 35 7,8 19 4,2 41 9,1 53 11,8 284 63,5 15 3,3

Anexo 30 - Nível de integração dos inquiridos em Portugal

Anexo 31 – A quem recorreriam em situações de emergência

n.º (%) n.º (%)

Plenamente 113 25,3 Amigos imigrantes 177 39,6

Muito integrado 139 31,1 Amigos portugueses 84 18,8

Integrado 160 35,8 Colegas de trabalho 12 2,7

Pouco integrado 19 4,3 Vizinhos imigrantes 3 0,7

Nada integrado 10 2,2 Vizinhos portugueses 6 1,3

Não responde 6 1,3 Familiares Portugal 108 24,2

Total 447 100,0 Familiares Estrangeiro 9 2,0

Serviços públicos portugueses 37 8,3

Serviços públicos país origem 1 0,2

Instituições Religiosas 4 0,9

Associação/IPSS 1 0,2

Não responde 5 1,1

Total 447 100,0

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(114)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 32 - Integração em associações Anexo 33 - Tipo de Associação frequentadasn.º (%) n.º (%)

Sim 61 13,6 Associação imigrantes da mesma origem 24 39,3

Não 383 85,7 Outro tipo associação local 11 18,0Não responde 3 0,7 Associação Pais 1 1,6

Total 447 100,0 Sindicato 7 11,5Partido/Organização política 4 6,6

Outro tipo associação 17 27,9

Anexo 34A - Nível de conhecimento/frequência e consequente avaliação das Instituições/entidades Portuguesas

Entidades

Conhece Frequentou Avaliação

Sim Não Não responde Muito bom Bom Razoável Deficiente Muito

deficienten.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%) n.º (%)

Câmara Municipal 243 54,4 200 44,7 4 0,9 159 35,6 36 14,8 82 33,7 29 11,9 10 4,1 2 0,8

Junta de Freguesia 353 79,0 92 20,6 2 0,4 297 66,4 76 21,5 169 47,9 40 11,3 9 2,5 3 0,8

CLAII 23 5,1 421 94,2 2 0,4 9 2,0 4 17,4 5 21,7 0 0,0 0 0,0 0 0,0

SEF 417 93,3 27 6,0 3 0,7 409 91,5 65 15,6 188 45,1 60 14,4 35 8,4 61 14,6

ACIDI 35 7,8 408 91,3 3 0,7 23 5,1 3 8,6 11 31,4 4 11,4 5 14,3 0 0,0

Segurança Social 340 76,1 104 23,3 3 0,7 310 69,4 52 15,3 183 53,8 36 10,6 24 7,1 15 4,4

Polícia 280 62,6 163 36,5 4 0,9 123 27,5 31 11,1 39 13,9 19 6,8 12 4,3 22 7,9

Finanças 391 87,5 52 11,6 3 0,7 357 79,9 39 10,0 189 48,3 50 12,8 40 10,2 39 10,0

Centro de Emprego 165 36,9 273 61,1 9 2,0 112 25,1 17 10,3 57 34,5 26 15,8 7 4,2 5 3,0

C. Saúde 324 72,5 117 26,2 6 1,3 289 64,7 61 18,8 159 49,1 41 12,7 17 5,2 11 3,4

Bancos 377 84,3 64 14,3 6 1,3 347 77,6 113 30,0 185 49,1 32 8,5 13 3,4 4 1,1

Transportes colectivos 275 61,5 165 36,9 7 1,6 254 56,8 42 15,3 160 58,2 30 10,9 18 6,5 4 1,5

Biblioteca Municipal 112 25,1 327 73,2 8 1,8 72 16,1 29 25,9 31 27,7 8 7,1 1 0,9 3 2,7

Escola 112 25,1 328 73,4 7 1,6 94 21,0 33 29,5 48 42,9 6 5,4 5 4,5 2 1,8

Ensino Superior 97 21,7 342 76,5 8 1,8 53 11,9 14 14,4 26 26,8 9 9,3 3 3,1 1 1,0

Embaixada/Consulado 231 51,7 207 46,3 8 1,8 210 47,0 57 24,7 74 32,0 50 21,6 21 9,1 8 3,5

Associação local de imigrantes 39 8,7 399 89,3 8 1,8 31 6,9 10 25,6 15 38,5 3 7,7 1 2,6 2 5,1

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(115)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 34 B – Escolas conhecidas/frequentadas

Anexo 34 C - Universidades conhecidas/frequentadas

n.º n.º

A.A. Silva 5 ESE Leiria 1

Academia de Línguas 1 Universidade da Madeira 55

Bartolomeu Perestrelo 13 Universidade da Beira Interior 1

Básica de Câmara de Lobos 1 Universidade de Lisboa 2

Camacha 1 Universidade Nova de Lisboa 1

Celf 1 UTAD/Univ. Coimbra 1

CEPAM 3 Universidade do Porto 1

Ensino Básico do Caniçal 1

Escola APEL 1 Anexo 34 D - Embaixadas/Consulados conhecidas/frequentadas

Escola B/S Santa cruz 1 n.º

Escola Bartolomeu/ Liceu Jaime Moniz 9 Consulado Brasil 117

Escola Básica de São Martinho 1 Consulado da Venezuela 23

Escola da Torre 3 Embaixada Cuba 5

Escola do Caniço 3 Embaixada Ucrânia 5

Escola Francisco Franco 3 Embaixada Angola 3

Escola Júlio Dinis 1 Embaixada da Guiné-Bissau 3Escola Básica e Secundária Gonçalves

Zarco 10 Embaixada África Sul 1

H. Bento Gouveia 6 Consulado Chinês 1

Mercês 2 Consulado do Peru 1

Pré S. Martinho 1 Consulado Equador 1

Salesiana 1 Consulado Marrocos 1

Várias 1 Costa do Marfim 1

Embaixada China 1

Embaixada da Holanda 1

Embaixada Italiana 1

Embaixada Rússia 4

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(116)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 35 - Línguas habitualmente faladas em casa 1ª língua 2ª língua 3ª língua

n.º (%) n.º (%) n.º (%)Português 317 70,9 73 16,3 14 3,1

Crioulo Cabo Verde 2 0,4 8 1,8 - -Crioulo da Guiné-bissau 2 0,4 4 0,9 - -

Mandinga - - - - 1 0,2Kinbundu 1 0,2 - - - -

Árabe 3 0,7 - - - -Bengali - - 1 0,2 - -Chinês 8 1,8 1 0,2 1 0,2Urdu 1 0,2 - - - -

Arménio 1 0,2 - - - -Geórgio 2 0,4 - - - -Moldavo 0,0 2 0,4 - -Romeno 1 0,2 - - - -Russo 26 5,8 7 1,6 - -Sérvio 1 0,2 - - - -

Ucraniano 25 5,6 4 0,9 1 0,2Wolof 2 0,4 - - - -

Uzbeque 1 0,2 - - - -Alemão 1 0,2 - - 5 1,1

Espanhol 38 8,5 25 5,6 1 0,2Inglês 5 1,1 42 9,4 17 3,8

Francês 5 1,1 9 2,0 9 2,0Outras línguas 1 0,2 - - 2 0,4

Dialecto 1 0,2 - - - -Não responde 3 0,7 0,0 0,0

Anexo 36 A - Religião Anexo 36 B - Outras Religiões

n.º (%) n.ºSem religião 95 21,3 Budismo 2

Católica 189 42,3 Convertida 1Ortodoxa 50 11,2 Espírita 6Islâmica 29 6,5 IURD 1

Protestante Evangélica 65 14,5 Judeu 1Outra 17 3,8 Muçulmana 4

Não responde 2 0,4 Religião Tradicional Africana 1Total 447 100,0 Ubanda 1

Total 17

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(117)

DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 37 - Práticas desenvolvidas pelos inquiridos

PráticasTodos os

diasTodas as semanas

De vez em quando Raramente Nunca Não

responde

n % n % n % n % n % n %

Comer comida típica do país de origem 158 35,4 70 15,7 131 29,3 65 14,5 15 3,4 8 1,8

Comprar produtos do país de origem 82 18,3 75 16,8 151 33,8 99 22,2 25 5,6 15 3,4

Ouvir música do país de origem 242 54,1 32 7,2 106 23,7 42 9,4 15 3,4 10 2,2

Ouvir música portuguesa 187 41,8 39 8,7 116 26,0 73 16,3 19 4,3 13 2,9

Festas/bailes pessoas do país de origem 15 3,4 36 8,1 169 37,8 115 25,7 94 21,0 18 4,0

Festas/bailes - pessoas portuguesas 5 1,1 39 8,7 199 44,5 111 24,8 74 16,6 19 4,3

Actividades culturais - pessoas do país de origem 3 0,7 29 6,5 144 32,2 126 28,2 125 28,0 20 4,5

Actividades culturais - pessoas portuguesas 7 1,6 31 6,9 165 36,9 131 29,3 93 20,8 20 4,5

Televisão - país de origem 262 58,6 31 6,9 52 11,6 49 11,0 37 8,3 16 3,6

Televisão portuguesa 342 76,5 30 6,7 31 6,9 24 5,4 7 1,6 13 2,9

Rádio comunidades imigradas 27 6,0 16 3,6 38 8,5 91 20,4 251 56,2 24 5,4

Ler jornais/Revistas portuguesas 266 59,5 53 11,9 70 15,7 25 5,6 16 3,6 17 3,8

Ler jornais/Revistas país de origem 95 21,3 68 15,2 78 17,5 116 26,0 70 15,7 20 4,5

Ler jornais/Revistas do país de origem feitas em Portugal 151 33,8 21 4,7 47 10,5 99 22,2 108 24,2% 21 4,7

Consultar sites do país de origem 235 52,6 29 6,5 80 17,9 46 10,3 40 9,0 17 3,8

Actividades Desportivas - país de origem 14 3,1 21 4,7 141 31,5 68 15,2 185 41,4 18 4,0

Actividades Desportivas - portuguesas 24 5,4 21 4,7 158 35,4 79 17,7 146 32,7 19 4,3

Usar vestuário tradicional 177 39,6 23 5,2 37 8,3 38 8,5 155 34,7 17 3,8

Ir ao café 266 59,5 62 13,9 62 13,9 25 5,6 12 2,7 20 4,5

Actividades igreja católica 13 2,9 58 13,0 72 16,1 52 11,6 187 41,8 65 14,5

Actividades noutras igrejas 23 5,2 50 11,2 47 10,5 44 9,8 217 48,6 66 14,8

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 38 – Motivos de saída do país de origem

Anexo 39A – Motivos de escolha de Portugal como país de residência

n.º (%) n.º (%)

Económico/emprego 234 52,3 Conhecimento da língua/cultura 116 26,0

Reunir-se à família 89 19,9 Ascendência/família portuguesa 66 14,8

Acompanhar os pais 40 8,9 Facilidade de entrada 32 7,2

Estudar 14 3,1 Estudo/Bolsa de estudo 5 1,1

Políticos 7 1,6 Reagrupamento familiar 55 12,3

Saúde 3 0,7 Acompanhar pais 31 6,9

Outros 23 5,1 Oportunidade de emprego 119 26,6

Não responde 37 8,3 Outras 23 5,1

Total 447 100,0 Total 447 100,0

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 39B – Outros motivos de escolha de Portugal como país de residência Anexo 40 – Países de residência antes de Portugal

n.º n.º (%)Acompanhar o marido 1 Espanha 23 27,7

Acompanhar os patrões 1 Outros América Central e do Sul 7 8,4Ameaças 1 Reino Unido 7 8,4

Casamento 3 Outros Ásia e Oceânia 4 4,8Contrato trabalho 1 França 4 4,8

Férias 1 Brasil 4 4,8Independência 1 Rússia 3 3,6Insegurança 4 Bélgica 3 3,6

Motivos pessoais 2 Angola 2 2,4Necessidade da Igreja local 1 Argentina 2 2,4Oportunidade de trabalho 1 Alemanha 2 2,4

Serviço Militar 2 China 1 1,2Veio de férias e ficou 1 Moldova 1 1,2

Viver com o companheiro 1 Moçambique 1 1,2Não Responde 2 Outros de África 1 1,2

Total 23 México 1 1,2Venezuela 1 1,2

Nova Zelândia 1 1,2Canadá 1 1,2

Anexo 41 – Tempo de residência noutros países EUA 1 1,2

n.º (%) Bulgária 1 1,21 29 34,9 Dinamarca, França, Itália 1 1,22 20 24,1 São Tomé e Príncipe 1 1,23 4 4,8 Holanda 1 1,24 8 9,6 Irlanda 1 1,25 2 2,4 Itália 1 1,2

6 6 7,2 Itália, França, Espanha, Suíça, Outros Ásia e Oceânia 1 1,2

7 1 1,2 Polónia 1 1,212 2 2,4 Roménia 1 1,213 1 1,2 Noruega 1 1,219 1 1,2 Ex-Jugoslávia 1 1,221 1 1,2 Outros Europa 1 1,2

N/R 8 9,6 Não responde 1 1,2Total 83 100,0 Total 83 100,0

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 42 – Forma utilizada pelos inquiridos para imigrar Anexo 43 – Legalização em Portugal

n.º (%) n.º (%)

Sozinho, por meios próprios ou familiares 198 44,3 Sim 371 83,0

Em grupo, por meios próprios ou familiares 40 9,0 Aguarda decisão dos serviços 24 5,4

Família, por meios próprios ou familiares 101 22,6 Não 45 10,1

Sozinho, com auxílio de terceiros 30 6,7 Não responde 7 1,6

Em grupo, com auxílio de terceiros 11 2,5 Total 447 100,0Recrutamento feito por empregador

português 51 11,4

Empresa que veio para Portugal 4 0,9

Outros casos 2 0,4

Não responde 10 2,2

Total 447 100,0

Anexo 44 – Ano de Regularização da situação em Portugal (Cont.)

Anos n.º (%) (%) Acumulada Anos n.º (%) (%)

Acumulada1965 1 0,3 0,3 1996 6 1,8 12

1978 2 0,6 0,9 1997 6 1,8 13,8

1979 2 0,6 1,5 1998 1 0,3 14,1

1980 1 0,3 1,8 1999 5 1,5 15,5

1981 1 0,3 2,1 2000 12 3,5 19,1

1982 1 0,3 2,3 2001 31 9,1 28,2

1983 3 0,9 3,2 2002 22 6,5 34,6

1984 1 0,3 3,5 2003 19 5,6 40,2

1985 1 0,3 3,8 2004 29 8,5 48,7

1987 2 0,6 4,4 2005 25 7,3 56

1988 2 0,6 5 2006 26 7,6 63,6

1990 3 0,9 5,9 2007 33 9,7 73,3

1991 4 1,2 7 2008 41 12 85,3

1992 3 0,9 7,9 2009 39 11,4 96,8

1993 4 1,2 9,1 2010 11 3,2 100

1994 2 0,6 9,7 Total 341 100

1995 2 0,6 10,3

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 45 – Nº de deslocações ao país de origem Anexo 46 – Motivos de regresso ao país de origem

n % n %1 79 30,4 Acontecimentos familiares 73 17,72 62 23,8 Tratar assuntos familiares 46 11,23 28 10,8 Levar/Trazer bens 13 3,24 17 6,5 Negócios 28 6,85 12 4,6 Férias 212 51,56 7 2,7 Tratar documentos 36 8,77 10 3,8 Outros 4 1,08 4 1,5 Total 412 100,09 3 1,2

10 7 2,7 Anexo 47 – Motivos porque ainda não regressaram ao país de origem

12 1 0,4 n %14 1 0,4 Falta de Oportunidade 41 22,115 1 0,4 Razões económicas 25 13,520 3 1,2 Falta documentação 25 13,530 1 0,4 Não sente necessidade 18 9,7

Quase todos os anos 9 3,5 Motivos Profissionais 19 10,2Todos os anos 6 2,3 Motivos Pessoais 17 9,1Não responde 9 3,5 Está no País à pouco tempo 2 1,0

Total 260 100,0 Devido à Insegurança 4 2,1Prefere conhecer outros

países 1 0,5

Anexo 48 - Familiares dependentes Devido aos estudos 1 0,5n.º (%) Instabilidade política 1 0,5

Filhos 67 29,8 Toda a família vive em Portugal 1 0,5

Pais/sogros 136 60,4 Não responde 30 16,2Cônjuge 13 5,8 Total 185 100,0Irmãos 93 41,3

Outros dependentes 12 5,3

Anexo 49 – Envio de Remessas para o país de origem

Anexo 50 – Valor médio mensal enviado para o país de origem

n.º (%) n.º (%)Sim 270 60,4 Até 50€ 18 6,7Não 174 38,9 51€ -100€ 69 25,6

Não responde 3 0,7 101€-250€ 99 36,7Total 447 100,0 251€-500€ 41 15,2

501€-1000€ 6 2,2Mais de 1000€ 32 11,9Não responde 5 1,9

Total 270 100,0

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DO FUNCHAL, CÂMARA DE LOBOS E SANTA CRUZ

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Anexo 51 – Pretensões de viver noutro país Anexo 52 – Regresso ao país de origem

n.º (%) (Anos) n.º (%)

Não 256 57,3 1 17 14,9

Sim, para país de origem 114 25,5 2 13 11,4

Sim, para outro país 68 15,2 3 15 13,2

Não responde 9 2,0 4 5 4,4

Total 447 100,0 5 13 11,4

6 1 0,9

Anexo 53 - País onde gostava residir 7 1 0,9

n.º 10 23 20,2

Espanha 11 12 1 0,9

Reino Unido 10 15 1 0,9

Itália 8 20 2 1,8

Canadá 6 Não sabe 1 0,9

Austrália 5 Não responde 21 18,4

EUA 5

França 5

Holanda 4

Alemanha 3

Suíça 2

África do Sul 1

Outro país de África 1

Argentina; República Checa 1

Bélgica 1

Espanha, França, Itália 1

França; Suíça 1

Reino Unido; EUA 1

Países da União Europeia 1

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