doce mar de minas - ed 07 fev/mar 2012 - diamond yachts
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Túlio Ricardo, da Diamond Yachts aposta na inovação como diferencial do mercado náutico, Renato Soares apresenta seus registros poéticos da arte e cultura brasileira com lindas imagens, Maria Celeste fala sobre as questões sociais do Lago de Furnas e a CEMIG, nosso amigo Sérgio Santana nos mostra e comenta sobre seus projetos que integram natureza e arte. Tudo isto e muito mais sobre as belezas de Minas Gerais!TRANSCRIPT
Diamond YachtsTúlio Ricardo aposta na inovaçãocomo diferencial no mercado náutico
Mar de MinasDoce
ano 2 | edição 7 | fevereiro/março 2012
Sérgio Santana e seus projetos que integram natureza e arte
ArquiteturaRenato Soares apresenta seus registros poéticos da arte e cultura brasileiras
DestaqueMaria Celeste, Diretora Jurídica da CEMIG fala das questões sociais do Lago
Especial
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Terramare Península: um refúgio para você aproveitar os melhores momentos da vida.
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AN_F620_420x280_Doce Mar de Minas_v1.pdf 1 2/8/12 4:24 PM
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EXPEDIENTEDoce Mar de Minas é uma publicação bimestral da Editora Doce Marano 2 | edição 7 | fevereiro/março 2012
Direção executivaBolivar Filho [email protected]
Coordenação executivaDalton Filho [email protected]
Conselho editorialAdriana Dias, Bolivar Filho, Cleiton Hipólito, Dalton Filho
EdiçãoDalton FilhoVanessa Cassoli [email protected]
Projeto gráficoEdição de imagens e DTPMultimarketing ComunicaçãoCleiton Hipólito / Dalton Filho [email protected]
RedaçãoAdriana Dias – MTB 025.230 [email protected] Denise Bueno [email protected]
FotosMauricio Elias [email protected] Leite [email protected] Françozo [email protected] Cavalera [email protected]
Impressão3 Pinti Editora e Gráfica
Tiragem10 mil exemplares
Revista Doce Mar de MinasAv. Com. Francisco Avelino Maia, 3866 – Passos/MG – 37902-138
Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/docemardeminas
Envie a sua história ou curiosidade relacionada ao “Doce Mar de Minas”
nesta edição10 48
ESPECIAL Entre as montanhashá uma boa esperança
VITRINE Minas Gerais é tudoisto e muito mais
14 56 CAPAMade in Minas Gerais
ARTESANATOPeças fora de uso viram arte
20 58 CIÊNCIAYes, nós temos dinossauros!
ROTEIROO berço do Velho Chico
24 64ARQUITETURA Arquitetando a paisagem
GASTRONOMIASaborear é preciso, aqui ou ali
30 76 NÁUTICAConfrades do Lago
PALAVRA DO TURISTA É tudo muito maravilhoso
34 78AVENTURA E o seu jet, tem nome?
MEIO AMBIENTE Esgoto:um alerta ao ‘Mar de Minas’
38 85DESTAQUES Imagens poéticas
CURIOSIDADEUma parada inusitada
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E NESTA EDIÇÃO
O ano começou festivo e inspirador para a Doce Mar de Minas. Nesta edição, a revista completa seu primeiro ano de publicação. Foram 12 meses de trabalho árduo, mas gratifi-cante. Falar das belezas e das pessoas de Minas, e especialmente do potencial da região do Lago de Furnas, é maravilhoso.
Em cada edição buscamos mostrar um pouco do que a natureza oferece aos nossos sentidos, das oportunidades de negócios, turismo e lazer. Apresentamos um pouco do mi-neiro, que tem fama de trabalhar quieto, mas quando se mostra, mostra pra valer.
É gratificante o retorno carinhoso que temos dos nossos leitores, anunciantes e ami-gos conquistados ao longo das edições. É isso que faz valer a pena todo tipo de empreen-dimento.
Nas páginas seguintes você vai se encantar com os trabalhos de profissionais renoma-dos no Brasil e no mundo. Sérgio Santana, com seus projetos de arquitetura da paisagem, mostra a harmonia da natureza com os espaços urbanos. Renato Soares, poeta da ima-gem, revela a essência dos povos indígenas através de suas lentes. E as descobertas do paleontólogo mineiro Max Langer, que contribuíram internacionalmente nos estudos sobre dinossauros.
O empresário Túlio Alonso Ricardo conta como sua grande paixão por embarcações se transformou em um estaleiro, o Diamond Yachts, aqui mesmo em Minas, uai! Ele nos apresenta a imponente Diamond 300 Full, um modelo com design bastante arrojado.
Preparamos para 2012 muitas outras novidades, que são tantas. Afinal, Minas Gerais é um universo à parte, que tem até mar. Um doce mar, de águas, de montanhas, de histórias e de muita gente boa.
Um forte abraço,
Equipe Doce Mar de Minas
Ainda não leu nossa última edição?Acesse já a biblioteca virtual daRevista Doce Mar de Minas:
http://issuu.com/docemardeminas
Tenha uma boa leitura!
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ESPECIAL
boa esperançaEntre as montanhas há uma
O Brasil é cheio de serras, mas uma delas foi eternizada pelo poeta Lamartine Babo e se popularizou por todo o
país por meio da canção Serra da Boa Esperança. Foi nessa Boa Esperança, no Sul de Minas Gerais, entrecortada
pelas águas do Lago de Furnas, por belas serras e muitas plantações de café, que nasceu Maria Celeste Morais
Guimarães. Os desafios de uma região que ressurgiu das águas talvez tenham impulsionado o espírito de
liderança dessa mineira que fez e faz carreira na vida pública, já implantou muitos projetos que norteiam a vida
dos cidadãos mineiros e continua nessa caminhada, hoje, como diretora jurídica da CEMIG.
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Preocupada com as
questões sociais que
envolvem as cidades
lindeiras do Lago de
Furnas, ela acredita
que a empresa ainda
tem muito a fazer pelas
cidades que perderam
parte de suas terras em
decorrência da criação
da represa, experiência
vivida por sua família.
“Há muitos projetos
sociais que podem ser
implantados na região,
como, por exemplo,
muitos que são
realizados pela CEMIG
em outras regiões do
Estado, que também
tiveram parte de suas
terras inundadas para
a geração de energia”
Foi no cenário de sua terra na-tal, também conhecida pelos festivais de música popular brasileira, que Ma-ria Celeste dividiu com a equipe da Doce Mar de Minas a sua trajetória na vida pública.
A sua ligação com o poder exe-cutivo do estado mineiro começaria bem cedo, antes mesmo de definir sua formação acadêmica. Na disputa partidária entre Arena e MDB, em Boa Esperança, ela ainda muito jovem co-nheceu Hélio Garcia. Sem saber, esse encontro marcaria a sua história. Al-guns anos depois trabalharia com Garcia no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.
Foi na capital mineira que teve a sua formação como administradora e contadora pela Pontifícia Univer-sidade Católica (PUC) e, posterior-mente, como advogada, pela Uni-versidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também se graduou mestre e doutora na área do direito. Atualmente, ela divide seu conheci-
mento através da docência na Facul-dade Milton Campos.
Mas foi no governo que traçou toda uma carreira marcada por gran-des desafios. Através de concurso pú-blico ingressou no Tribunal de Contas do Estado, onde ocupou vários cargos. A convite do então governador Aécio Neves integrou o seu governo, como Auditora Geral do Estado, para implan-tar um novo projeto em busca da trans-parência nas contas públicas. Questio-nada sobre o desafio dessa missão foi enfática ao responder: “ninguém gosta de ser controlado, mas o governador Aécio não abria mão de um governo transparente e comprometido com o cidadão. Apesar dos desafios, onde há vontade política, tudo acontece. É um orgulho ver que o governador Anasta-sia continua o projeto com aperfeiçoa-mentos, por meio, agora, da Controla-doria Geral do Estado.”
A sua larga experiência a levou a assumir em 2011 o cargo de diretora jurídica da Companhia Energética de
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Minas Gerais, a CEMIG, outro grande desafio na sua carreira. No último ano se dedicou a conhecer a empresa que vai muito além daquela que a maioria dos cidadãos conhece, a distribuido-ra de energia. A empresa hoje é uma holding com mais de 100 empresas divididas nas áreas de geração, trans-missão, distribuição e comercialização de energia elétrica, distribuição de gás natural, telecomunicação, geração de energia eólica, como também no uso eficiente da energia através da Efficien-tia, uma das empresas CEMIG.
Mesmo se dedicando com afinco à vida pública do Estado, Maria Celes-te visita Boa Esperança com frequência. “Eu adoro vir pela estrada de Campo Belo. Quando avisto a Serra da Boa Esperança, contornada pelo Lago de Furnas, com toda a beleza dessa re-gião me sinto confortada com a sen-sação de que estou em casa”, afir-mou. É casada com o desembargador
José Marcos Rodrigues Vieira, mãe de Pedro Henrique, recém aprovado no vestibular para o curso de direito na UFMG, e de Rodrigo. “Eu gosto que meus filhos venham a Boa Esperan-ça, que convivam com a família, que vivenciem boas experiências, conhe-cendo a minha história”.
Preocupada com as questões so-ciais que envolvem as cidades lindei-ras do Lago de Furnas, ela acredita que a empresa ainda tem muito a fa-zer pelas cidades que perderam par-te de suas terras em decorrência da criação da represa, experiência vivida por sua família. “Há muitos projetos sociais que podem ser implantados na região, como, por exemplo, mui-tos que são realizados pela CEMIG em outras regiões do Estado, que também tiveram parte de suas terras inundadas para a geração de energia”. Entre esses exemplos ela cita o Cam-peonato Nacional de Vela da Classe
Laser realizado no final de janeiro em Três Marias, com o apoio da CEMIG, o Projeto Peixe Vivo, e muitos outros. “Furnas pode fazer mais pelos muni-cípios do Lago, cujo potencial turís-tico é muito grande, mas precisamos de mais infraestrutura”, ressaltou. Ainda segundo Maria Celeste, essa é uma das prioridades do governador Anastasia para a região, com o pro-grama Caminhos de Minas.
Conhecedora do potencial tu-rístico da região, ela ressalta a impor-tância da execução do programa Ca-minhos de Minas, que dará melhores condições de acesso a muitas cidades banhadas pelo Lago de Furnas, pos-sibilitando, dessa forma, o fomen-to de uma das maiores indústrias do mundo: o turismo. “Os perímetros dos lagos dos reservatórios do Esta-do somados são maiores em extensão do que a costa brasileira. Nós temos mesmo em Minas um doce mar”.
Conhecedora do potencial turístico da
região, ela apoia a execução do
projeto Caminhos de Minas, que
dará melhores condições de
acesso a muitas cidades banhadas
pelo Lago de Furnas
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CAPA
Minas GeraisMade in
O crescimento do mercado náutico no Brasil é uma realidade, em decorrência das suas condições ideais para a prática do lazer e do esporte aquático. São 8.500 quilômetrosde costa navegável, além de seus rios, lagos e represas que somam 21.115 quilômetrosde águas navegáveis. Com todo esse imenso potencial, nos últimos anos atraiu omercado de grandes empresas do setor no mundo, inevitavelmente. Mas estefato não intimidou o jovem empresário Túlio Alonso Ricardo, da Diamond Yachts, a criar um estaleiro em Minas Gerais, que completa um ano em fevereirode 2012 com grande sucesso de vendas.
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A paixão por barcos foi o fator motivador para a criação da Diamond Ya-chts. Frequentador de Escarpas do Lago, Túlio sempre gostou de navegar pelo mar de Minas. Após uma visita a uma feira de barcos, no Rio de Janeiro, formou parce-ria com um engenheiro naval e começou os trabalhos para a criação do primeiro estaleiro genuinamente mineiro.
Aficionado por navegação e com ex-periência na área do design, buscou na criação de uma embarcação a funcionalida-de, a beleza e diferenciais em relação aos modelos presentes no mercado. “Eu que-ria algo novo, pois os modelos existentes eram os mesmos há anos”. Assim foi criada a lancha Diamond Yachts 300 FULL toda na cor preta. A elegância do preto e a sua fun-cionalidade conquistaram clientes do Rio de Janeiro, Brasília e Goiás.
Com apenas um ano de montagem do estaleiro, a equipe da Diamond Ya-chts, formada por 15 colaboradores, tra-balha com produção comprometida até junho de 2012. Entre os lançamentos es-tão modelos nas cores vermelho-ferrari e laranja, cores incomuns nesse segmento. Na linha de montagem, a primeira lancha na cor branca, que é comum nos demais estaleiros.
Bem assessorado, Túlio vem inves-tindo na contratação de mão de obra especializada e formando uma equipe mineira para trabalhar no seu estaleiro. Segundo ele, há mercado para todos os gostos com a tendência cada vez maior de proprietários trocarem as suas embarca-ções menores por embarcações maiores.
O estaleiro está localizado em Con-tagem, região metropolitana de Belo Ho-rizonte e, curiosamente, as embarcações têm chamado muito a atenção da popu-lação ao serem deslocadas pelas ruas da cidade para a entrega, levando as pessoas a fotografar o inusitado. Afinal, uma lan-cha preta de 9 metros de comprimento chama bastante atenção, principalmente em terra.
A elegância da cor preta e a sua funcionalidade conquistaram clientes do Rio de Janeiro, Brasília e Goiás.
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Diamond 300 FULL
A Diamond Yachts lançou a sua primeira embarcação com grande ousadia, uma lancha de 30 pés. O design arrojado e a inovação na cor preta fizeram com que a Diamond Yachts se destacasse além de Minas Gerais.
A maior parte dos elementos e aces-sórios utilizados para a montagem das lan-chas é importada da Itália e dos Estados Unidos, países de maior referência na fa-bricação de embarcações. O motor é op-cional, de 300 a 380 HP. “Isso depende da escolha do cliente. Se quer uma lan-cha mais potente ou não. O desempenho da Diamond 300 é excelente, chegando a atingir 60 milhas”, diz Túlio.
O empresário destaca que o número de itens da Diamond 300 Full é superior a qualquer concorrente, incluindo uma carreta para o transporte. O modelo com-pleto dispõe de cabine, banheiro, convés e seus acessórios. Possui, ainda, opcionais como geladeira, frigobar, ar condicionado, microondas, fogão, TV LED, DVD, sistema de som, iluminação em LED e almofadas extensíveis.
Túlio aposta na Diamond Yachts pela sua inovação no mercado. O esta-leiro mineiro chegou para ficar, com um bom número de vendas, acima das suas expectativas. Seu foco está na qualidade e principalmente no aprimoramento da produção: ele se prepara para produzir lanchas em menor tempo, hoje aproxima-damente 60 dias.
“Há mercado para todos os gostos
com a tendência cada vez maior
de proprietários trocarem as suas
embarcações menores por embarcações
maiores”
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CIÊNCIA
“É preciso avaliar, pesquisar, para tentar entender
o mundo em sua forma pretérita”.
Ele é natural de Pratápolis/MG, graduou-se em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista, campus de Rio Claro/SP, e se apaixonou pela ciência. Trabalhou em pesquisa com anfíbios, no litoral paulista, mas foi na Paleontologia que descobriu a sua maior vocação. Max Cardoso Langer é um dos paleontólogos da USP (Universidade de São Paulo), em Ribeirão Preto, e traz no seu currículo a descoberta do Saturnalia tupiniquim, um dos dinossauros mais antigos do mundo, encontrado no sul do Brasil.
Dr. Max estudou muito, antes de chegar à USP. É mestre em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e doutor em Paleontolo-gia pela Universidade de Bristol, Inglater-ra. Sua linha de pesquisa se concentra no mesozóico da Bacia do Paraná, onde bus-ca fósseis de dinossauros, rincossauros e quelônios. Max também é membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Paleontologia e membro regular da Socie-ty of Vertebrate Paleontology, organização fundada em 1940, nos Estados Unidos, com membros em diversos países.
Nada mal para o pesquisador que nunca gostou de subáreas das ciências biológicas como a Genética, onde não se podem identificar visualmente os aspec-tos evolutivos das espécies. “Quando vi que na paleonto eu poderia trabalhar com a evolução e entender melhor a genealo-gia das espécies, percebi que era o que queria. A Paleontologia nos remete a uma época passada, onde tudo era diferente e fascinante. É preciso avaliar, pesquisar, para tentar entender o mundo em sua for-ma pretérita”, diz Max.
Embora seja desconhecida por gran-de parte da população brasileira, a Pale-ontologia é uma ciência que tem atraído bastante interesse, com apoio das univer-sidades do País. Confundida com outras ciências como a Antropologia, que estuda a evolução humana, e Arqueologia, que estuda as civilizações antigas, a Paleonto-
logia estuda os organismos fósseis (plan-tas, animais e microorganismos) preser-vados na rocha, independente de quão antigo eles sejam.
A Paleontologia está ligada ao estudo dos dinossauros, mas vai muito além des-te grupo. Entre suas subáreas de pesqui-sa está a Micropaleontologia, importante para a prospecção de petróleo.
Envolvido pelo universo fantástico da imaginação, o mundo dos dinossau-ros encanta as pessoas através de grandes criações do cinema. “Talvez por não ofere-cerem perigo, os dinossauros continuam fascinando as pessoas” brinca Max.
Eles podem até não assustar, mas continuam entre nós, pois as aves existen-tes hoje se originaram dos dinossauros. “Nós temos dinossauros entre a gente, in-clusive nós comemos dinossauros no al-moço”, diz com ar de risos o pesquisador.
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Yes,
nós
tem
os d
inos
saur
os!A hipótese mais provável para o de-
saparecimento de parte dos dinossauros é que a queda de um corpo celeste, um as-teróide, tenha causado grande impacto na Terra, com alterações climáticas semelhan-tes a um inverno nuclear, matando boa par-te dos seres vivos. Na sequência, ocorreu um grande efeito estufa, aumentando ainda mais a extinção. Mas apesar desse fenôme-no, muitas espécies sobreviveram.
“O paleontólogo tem uma visão dife-rente, porque vemos a modificação do pla-neta nos últimos milhões de anos e vemos que a vida não é assim, ela está assim. Mui-tas espécies já se extinguiram no passado por celeumas diversas. Da mesma forma que já houve muitas extinções no passado, terá que haver no futuro. As extinções fo-ram naturais e, hoje, são provocadas pelo
homem. Mas o homem é natural, o homem é um produto da evolução”, questiona Max.
A história profissional de Max Lan-ger foi marcada pela descoberta do Satur-nalia tupiniquim, em 1999, o fóssil mais completo de um dinossauro encontrado no Brasil desde a década de 1930. Ele ti-nha concluído o seu mestrado e esta des-coberta alavancou outros projetos na área. Essa conquista também rendeu uma ho-menagem em sua terra natal, Pratápolis. Uma das ruas da cidade foi batizada com o nome do “seu” dinossauro.
No Brasil
O futuro da profissão no Brasil é promissor, com a abertura de cerca de 10 vagas nas universidades, anualmente. A descoberta de novas áreas para pesquisa também estimula a entrada de novos pro-fissionais no mercado.
Os Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas, Acre e Ceará concentram os mais importantes achados. O Brasil tam-bém atrai pesquisadores do mundo todo por ter registro de fósseis com tecidos mo-les (musculares) preservados, fato extrema-mente raro para a Paleontologia.
Saturnalia tupiniquim
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ARQUITETURA
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paisagemArquitetando a
É no papel que oarquiteto da paisagem
Sérgio Santana expressa a sua arte, que ganha vida em obras realizadas em jardins
botânicos, praças, residências e shopping centers.
Nos projetos, beleza, funcionalidade e preservação
das espécies se mesclam com outros elementos
da natureza, encantando pessoas e melhorandosua qualidade de vida.
A beleza de suas criações, premiadas no Brasil e nos
Estados Unidos, podem ser conferidas em vários estados brasileiros. Em Minas Gerais desenvolve projetos em Belo
Horizonte, Montes Claros, Sete Lagoas, Varginha e Guapé.
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Para criar ambientes novos ou ambientar espaços já existentes, o Arquiteto da Paisagem une conhecimentos de Arquitetura, Engenharia Civil e Planejamento Urbano para projetar relações estéticas e funcionais com o meio. Desafio esse que Sérgio possivelmente enfrentará nos grandes projetos para a Copa do Mundo, em 2014, e para as Olimpíadas, em 2016. O criador de belos espaços, praças e jardins ressalta que não há nada mais inspirador e belo do que a paisagem brasileira. No último final de semana do mês de janeiro, no espaço projetado por ele, no Terramare Península, Sérgio Santana conversou com a equipe da Doce Mar de Minas.
DMM - Quando optou pela pro-fissão de arquiteto da paisagem?
SS - Quando tinha 17 anos e fazia cur-sinho em São Paulo para Engenharia Civil, criei coragem e falei com o meu professor que queria ser arquiteto, adorava desenhar. Ele me disse que Arquitetura era a profissão para engenheiros que não conseguiram ser engenheiros. Após ser aprovado no vestibu-lar para engenharia em São Paulo ganhei um curso de inglês nos Estados Unidos, onde fi-quei por dois meses. Prestes a voltar ao Brasil descobri o curso de Arquitetura da Paisagem e percebi que era o que buscava. Fui aceito na Louisiana State University e permaneci nos Estados Unidos por 18 anos. Nos EUA também me especializei na Harvard Gradu-ate School em Design e Estudos Ambientais.
DMM - Ao iniciar o curso, o que o encantou?
SS - Várias coisas. O meu professor e líder da escola, Robert Reich, era um visioná-rio, um excelente professor, muito acima da média. Ele priorizava as questões técnicas, mas priorizava também matérias como his-tória e geografia. Tudo me encantou, o con-tato com os artistas, a arte, o ganho cultural e o conhecimento geral, não específico.
DMM - Quando optou por ficar nos Estados Unidos, após a formatura, foi por uma questão de sorte ou por-que no Brasil não havia mercado para arquitetos da paisagem?
SS - Fiquei para ganhar experiência em projetos muito importantes, em um lugar onde a minha profissão já era difundida. Quan-do optei por estudar Arquitetura da Paisa-
gem, era a oportunidade de estudar o que queria, profissão que não existia no Brasil. Até hoje, no país, não tem essa gradua-ção formalizada. Eu fico horrorizado, pois quando vejo nos noticiários tantos pro-blemas urbanos causados pela falta desse profissional que concilia o aspecto técnico com o ambiental e o artístico. Eu sou trei-nado para fazer isso e as vezes convidado para resolver situações inusitadas, que ou-tros profissionais normalmente não conse-guiram gerenciar e solucionar.
DMM - O senhor sempre se preo-cupou com a sustentabilidade? Desde o início da sua carreira?
SS - Sempre. O professor Robert Rei-ch me ensinou, mais do que qualquer coi-
sa, a ter uma postura ética. Se eu vejo que um projeto está indo por um caminho que não é o correto eu falo com o cliente: ou va-mos por esse caminho ou você arruma ou-tra pessoa que faça, porque eu não consigo fazer. Eu não sou radical. Acho que existe bom senso e existem leis. Se consigo fazer projetos preservando e conciliando urbani-zação e beleza, estou contente. Preservar é gerenciamento, não é lacrar ou fechar uma área. O importante é a interatividade das pessoas com o meio ambiente.
DMM - Entre tantos projetos que o senhor já realizou quais são os especiais?
SS - Muitos. O Jardim Botânico, em Da-las, por ser público e educacional, promove o conhecimento da flora do Texas. Este projeto
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“Se consigo fazer projetos preservando e conciliando urbanização e beleza, estou contente. Preservar é gerenciamento, não é lacrar ou fechar uma área”.
Aldeota Open Mall - CE
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me proporcionou uma bela experiência, pois havia apresentações públicas da criação dos projetos, bem como a discussão desse plane-jamento com a população. No Rio de Janeiro, o Città América, um shopping e centro em-presarial belíssimo, que me deu visibilidade para trabalhar em outros estados. Uma Resi-dência na Chácara Flora, em São Paulo, que surgiu após uma palestra que fiz na “Graded School” em São Paulo, a convite de um enge-nheiro que assistiu à minha apresentação. Em decorrência fiz também o meu primeiro pla-no diretor de urbanismo, no Brasil. E a Mina de Águas Claras, em Nova Lima, que propor-cionou o retorno ao meu país.
DMM - Quando o senhor assumiu o projeto Terramare Península, qual foi a sua preocupação ao ver tanta beleza natural que circunda essa área?
SS - A minha preocupação principal foi apresentar da melhor maneira possí-vel a beleza intrínseca do lugar. O desafio é maior nesses projetos. É preciso entender o lugar muito bem para mostrar essa bele-za melhor ainda. Essa área em qualquer lu-gar do mundo, seria “o lugar”, mas ainda é sub-aproveitada. Não penso que ela deva ser super povoada, mas pode ser mais explora-da e servir como um modelo de urbaniza-ção sustentável. No Terramare o terreno foi especialmente explorado e criteriosamente
Vila do Pan - RJShopping Città América - RJ
Paradiso All Suites - RJ
transformou em meu amigo. Ele sempre bus-cava coisas novas e eu gosto dessa busca do conhecimento. Quando passava alguns dias com ele, me sentia inspirado, indestrutível. Também alguns paisagistas americanos como o arquiteto paisagista que projetou o Word Trade Center Memorial, Peter Walker. Tam-bém não passo um dia sem ver um quadro de Picasso ou sem escutar os Beatles.
DMM - Que dica o senhor deixa para aqueles que querem ingressar nessa profissão?
SS - Gostar muito e entender que é uma batalha de todos os dias. Perseverar, mas acima de tudo gostar muito. Principalmen-te tem que ter a capacidade constante de se apaixonar e se renovar com os desafios.
escolhido para explorar sua beleza. As áre-as não urbanizadas serão transformadas em grandes áreas verdes, arborizadas com es-sências nativas. Parques lineares que permi-tem o acesso de pedestres através de trilhas e possibilitam passeios equestres a todos os setores do empreendimento. As residências foram pensadas para dispensar o uso de au-tomóveis, para então desfrutar da paisagem através de trilhas e caminhos cuidadosa-mente localizados dentro de parques linea-res, praças e logradouros.
DMM - Quais artistas ou paisagis-tas o inspiram?
SS - A ética do meu professor é algo que carrego comigo todos os dias. Roberto Burle Marx que conheci como estagiário e se
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Proprietários de barcos reúnem suas famílias e amigos para curtir com privacidade e liberdade os encantos dodoce marde Minas.Não importa o modelo, potência e tamanho das lanchas; o que vale nesses momentos é estar junto ese divertir muito.
do LagoConfrades
Um dos points mais disputados, sem dúvida, é o Balneário de Escarpas do Lago. O local é privilegiadíssimo pelo recorte de montanhas e lagos. As cachoeiras são atrativos mais do que especiais e os restaurantes com a típica culinária local garantem o prazer de uma boa mesa. Para completar es-ses ingredientes, a acolhida calorosa dos mineiros. Mistura certa para bons momentos de lazer navegando.
Este ponto de encontro é con-siderado a “ilha da fantasia” dos ami-gos Toninho Pitarães, Sérgio Meireles, Alexandre Carneiro e Alessandro Ro-darte. Suas lanchas ficam ancoradas em Escarpas do Lago e de lá, onde se encontram nos finais de semana, par-tem para desestressar.
Animação não falta a este grupo que reúne até 40 pessoas para nave-gar ao calor do sol, tomar banhos de cachoeiras e descobrir muitas encos-tas que o lago esconde. Em um dos finais de semana presenteados com céu azul, no mês de janeiro, o gru-po se deslocou para os cânions onde passaria toda a tarde do sábado pro-movendo um suculento churrasco. No domingo o ponto de encontro se-ria o Píer JTR.
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Toninho Pitarães, empresário do ramo imobiliário em Belo Horizonte, é frequentador de Escarpas do Lago há 20 anos. Proprietário de uma Phan-ton 385, gosta de reunir a família para longos passeios pelo lago e bons mo-mentos de confraternização, regados a um bom churrasco ou cardápios mais elaborados. A hospedagem é no próprio barco, onde compartilha com a família essa paixão. A esposa Ester e a filha Manoela já pilotam a lan-cha com capacidade para 14 pessoas. Segundo ele, os amigos formaram uma verdadeira confraria para os fi-nais de semana de badalação.
Membro dessa confraria, Sérgio Meireles frequenta Escarpas do Lago há 10 anos e tem barcos há duas dé-cadas. Para ele, um dos prazeres é a realização da noite gastronômica no lago, onde os barcos dos amigos se transformam em cozinha, boate e cassino.
Alessandro Rodarte conheceu a região em um carnaval e não a es-queceu mais. Morador de Pará de
Minas, ele visita o lago pelo menos duas vezes ao mês, há cinco anos. Há três comprou a sua primeira lan-cha. É o lugar ideal para descansar com a família e encontrar os amigos, com o privilégio de ser próximo de sua terra natal.
A confraria fica completa com a chegada de Alexandre Carneiro, que também frequenta a região há nove anos. Empresário do setor de aço para a construção, gosta do local pe-las festas, pela alegria e pela beleza das pessoas que circulam por ali.
”É o lugar ideal para descansar com a família e encontrar os amigos, uma verdadeira confraria para os finais de semana”
Os confrades Alessandro Rodarte, Toninho Pitarães e Sérgio Meireles
Tranquilidade e conforto para eventos ou curtir com a família
e amigos numa das regiões mais bonitas de Minas
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Estrutura para acomodar até 24 pessoasAr condicionado em 4 amplas suitesCozinha industrial completaQuiosque com churrasqueira junto à piscinaPíer coberto para uma lancha
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a 9 km da barragem de FurnasRancho FurnasRancho Furnas
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AVENTURA
tem nome?E o seu jet,
Mesmo como passageiro a emoção num jet ski é enorme, seja com 8 anos ou aos 60. E pilotando então, é uma adrenalina só. Para cur-tir esta sensação indescritível, um grupo de amigos de Belo Horizon-te, convidado por Júlio Cabizuca e Guilherme Veloso, proprietários de uma empresa de miniveículos, re-
solveu colocar os jet skis nas águas do Lago de Furnas e conhecer pai-sagens exuberantes, nos dias 27 e 28 de setembro.
O passeio, inicialmente combinado entre 40 pessoas, foi frustrado por conta da forte chuva nos dias que antecederam a aventura. Mas 11 pilotos não se furta-ram do compromisso e deixaram suas empresas na capital mineira para se joga-
rem no lago com suas máquinas velozes e furiosas, porém seguras.
Evaldo Gonçalves Rios, 60 anos, aceitou o desafio proposto pelo filho Antônio Marcos e adorou. Para Gustavo Galvão, o menor integrante, com ape-nas 9 anos, ser passageiro do pai Anil-ton Galvão é fantástico, até que tenha idade e possa tirar o seu Arrais amador.
Todo jet ski tem um apelido. O da família de Gustavo leva o seu co-
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Para curtir estas aventuras com segurança, todosdevem usar o coletesalva-vidas. Para pilotar,ter no mínimo 18 anose a Arrais, a habilitaçãoda Marinha. A embarcação deve estar documentada eregistrada numa capitania ou delegacia regional.
dinome Guga. O apaixonado por Pe-arl Jam, Amir Lúcio Reis Netto deu o nome da banda à sua máquina. O ca-sal Rodrigo Cerqueira e Laura Brandão Lemos nominou o jet de Black Pearl (Pérola Negra, famoso navio de Jack Sparrow no filme Piratas do Caribe).
Acompanhamos o primeiro dia de passeio. Nossos pilotos, o experien-te Luiz Antônio Lobo Bazzoni e o aven-tureiro Bruno de Souza, foram orien-tados pelo guia André Rocha, morador
na região do lago. Participaram ainda Goubert Brandão Coelho, Washington Luiz Pereira e Valter Costa. A saída dos pilotos foi do Obbá Coema Resort Ho-tel pela manhã, num longo trajeto com mais de 100 quilômetros percorridos.
No passeio, o grupo conheceu as cachoeiras Água Fria e da Alegria, che-gando próximo a Carmo do Rio Cla-ro. No retorno os pilotos foram até os cânions, até a Barragem da Hidrelé-trica de Furnas e ainda à Lagoa Azul.
O almoço foi previamente combinado com o Restaurante do Turvo.
Os jet skis são da marca Sea Doo, conhecidos como a Ferrari das águas, e fazem em média 100 km por hora. Para aproveitar as belezas naturais, a média foi de 40 km/h. O passeio ter-minou com um belo pôr do sol no re-torno ao Obbá Coema. No segundo dia conheceram a cachoeira do Sabiá, novamente os cânions e o almoço no Murcegão, em Capitólio.
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SP MAR INE
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SP MAR INE
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DESTAQUE
poéticasImagens
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Ele é um poeta incomum. A câmera fotográfica é sua
caneta. Redige seus poemas com imagens da natureza
e do homem. O seu olhar redescobre o passado, o
inusitado, registra o presente para as gerações futuras
mostrando as muitas belezas do Brasil. Ele é Renato Soares,
fotógrafo e documentarista da arte e cultura brasileiras.
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Desde 1986 Renato percorre regi-ões remotas do território nacional para
registrar grupos étnicos com seus ritos e costumes. Esse trabalho o levou a ser um
apaixonado pela Arqueologia e Museo-logia. Sua exposição Kuarup – A Última
Viagem de Orlando Villas Bôas foi visitada em diversas capitais brasileiras. É colabo-
rador das revistas Scientific American Bra-sil e National Geographic e já expôs nos
Estados Unidos, França e Japão.Natural de Carmo do Rio Claro-MG,
sua base de trabalho está em São Paulo, mas revisita Minas para cantar as suas
maravilhas. Afinal, é pra cá que ele cor-re sempre que pode. Breve iniciará um novo trabalho no Estado que resultará,
com certeza, em um livro preparado com apreço e intensidade, como ele mesmo é.
O ano de 2011 foi marcante na carreira de Renato Soares. Entre seus
trabalhos se destacam uma edição espe-cial da Scientific American Brasil e o livro Universo Amazônico, da Editora Empresa
das Artes. “No início do ano passado fui convidado pelo meu amigo Ulisses Ca-
pozzoli, que é o editor-chefe da Scienti-fic American Brasil, para fazermos uma
revista especial sobre os 50 anos da cria-ção do Parque Indígena do Xingu (PIX).
Este trabalho começou em junho e levou aproximadamente 20 dias. Passamos pela
aldeia Caiapó Piaruçú no médio Xingu, onde estivemos com o grande cacique
Raoni Metuktire, no Alto Xingu nos en-contramos com meu amigo Aritana Yawa-
lapiti, e com muitas outras lideranças na festa dos 50 anos. No mesmo ano parti
para outra viagem a convite do editor da Empresa das Artes, Fabio Ávila, para fazer-
mos o livro Universo Amazônico, patro-cinado pela Localiza (empresa de aluguel de carros e frotas). Um livro que procura
mostrar através de texto e imagens os nove Estados que compõem a região
amazônica. Procurei retratar não apenas o modo de vida, mas suas festas, religião,
trabalho, arte, tecnologia, arquitetura e muito do cotidiano”, diz Renato.
Na escuridão a mão faz a pintura
na jovem da aldeia Aywa Kalapalo,
Parque Indígena do Xingu, MT.
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Guerreiro Kamayurá na
Festa das Flautas.
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Apaixonado pela vida, ele ficou fas-cinado com tudo o que viu e viveu duran-te esse trabalho. “Encanto-me com coisas simples do dia a dia. Gosto de olhar e vi-ver como se o hoje nunca mais fosse exis-tir e o amanhã fosse algo que não me per-tence. Então vivo o agora intensamente em meus trabalhos”.
Nas andanças pelo Brasil, o trabalho do fotógrafo convive com aspectos socio-ambientais e ele não se esquiva de opinar sobre questões polêmicas. “Estão criando a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, mas é algo semelhante ao que fizeram na cria-ção do Lago de Furnas. Não perguntaram à população local se eles querem esta usina. Ali vivem índios e ribeirinhos em um ecos-sistema diversificado e único”, aponta.
Se 2011 foi especial para Renato, 2012 não vai ficar atrás. Ele se prepara para sua segunda aventura fotográfica em Minas Gerais. A primeira, Mar de Minas, também pela Empresa das Artes, encan-tou brasileiros do norte ao sul. Nessa nova empreitada vai registrar Minas Além das Gerais. “Vamos registrar o Estado minei-ro em sua plenitude, mostrar o que Minas tem de mais belo, histórico e moderno. Registrar seus personagens e seus ritmos, as cidades e sua gente. Quero um trabalho com exclusividade e que conte a sua pró-pria história. Cada um com sua linguagem e olhar... Minas Além das Gerais vai bus-car aquilo que está além dos noticiários”. Vamos aguardar ansiosamente.
Brincadeiras na lagoa dos Kalapalo
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Livros publicados:
“Krahô, os Filhos da Terra”, em 1994; “Pa-vilhão da Criatividade da Fundação Me-morial da América Latina” (1999); “Son-dagem na Alma do Povo – Acervo de Arte Popular Brasileira do Museu Edison Carneiro” (2006); Mar de Minas (2008).
“UaiMinas tem montanhas Minas tem savanas Minas tem florestasMinas tem cachoeiras e lagoasVioleiros e tocadores tem em MinasMinas tem tambores Minas tem de tudo um bocadinho
Mas o que Minas mais tem, é gente debom coração que abre as portas das casas para te receber e contar história de Minas.Minas tem Gerais Sou mineiro de MINAS GERAIS”
RENATO SOARES
Av. Com. Francisco Avelino Maia, 3866 | Passos/MG35 3522-6252 | [email protected]
CRECI 9707 | CNAI 1006
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embarque nesta viagemSolidariedade,
Foi com o intuito de contribuir com o Hospital Regional do Câncer e com o apoio de um grupo de parceiros,
que o diretor da Revista Doce Mar de Minas, Bolivar Filho, lançou a ideia para o setor de Turismo regional
colaborar com o HRC, em Passos. O empresário idealizou a campanha pensando na união das
empresas do trade turístico em favor de uma causa social em todo o Sudoeste Mineiro.
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A sugestão foi levada aos di-retores do HRC, que acataram a pro-posta, e no dia 1º de fevereiro foi ofi-cializada a campanha Rede Solidária de Turismo.
O encontro contou com a parti-cipação de empresários do ramo, re-presentantes das comissões que tra-balham em prol do hospital, médicos, imprensa e membros da Mesa Admi-nistrativa da Santa Casa de Passos, responsável pelo HRC.
Diversos empresários já embar-caram na campanha e vários outros estão sendo aguardados. De acordo com Evânio de Lima Cruz, supervisor de captação de recursos do hospital, essa é mais uma importante campa-nha do HRC.
“Acreditamos que se trata de uma iniciativa muito feliz, uma vez que be-neficiará não só o hospital, mas tam-bém o turismo de nossa região que
será fomentado e valorizado”, pon-tuou o provedor da Santa Casa, Vival-do Soares Neto.
O diretor executivo da Santa Casa, Daniel Porto Soares, aproveitou a oportunidade para agradecer o en-volvimento e a participação de todos e ressaltou a importância desta cam-panha para o hospital.
“Temos uma expectativa muito grande com relação à Rede Solidá-ria de Turismo. Acreditamos e apos-tamos no empenho e compromis-so dos empresários deste segmento para essa campanha. Isso nos dá for-ças para continuarmos trabalhando rumo à meta de tornar o HRC um hospital de referência nacional, de qualidade no tratamento do paciente com câncer”, reforçou, acrescentan-do que para cumprir essa meta são necessários investimentos contínuos em equipamentos, tecnologia e capa-citação dos profissionais.
Bolivar Filho ficou otimista com o resultado da reunião e apos-ta na sensibilidade e visão dos em-presários. “Certamente, eles enten-
deram que se trata de uma iniciativa que favorece a todos os envolvi-dos”, resumiu.
Entenda a campanha
Para participar, a pessoa compra um cupom de R$ 10,00 e concorre a um sorteio bimestral de prêmios liga-dos ao turismo, como fins de sema-na nos hotéis e pousadas nos muni-cípios do Circuito Turístico Nascentes das Gerais, passeios de barco, refei-ções em restaurantes, entre outros. A renda será 100% revertida ao HRC.
Os prêmios serão oferecidos pe-los empresários que aderirem à cam-panha. As empresas podem participar de duas formas: como ponto de venda de cupons ou com a doação de prê-mios. Os sorteios serão realizados na sede do HRC, pela Comissão Regional que trabalha em prol do hospital.
Informações no Setor de Cap-tação de Recursos da Santa Casa/HRC pelo telefone (35) 3522-6169 e no site www.hrcpassos.org.br
Mar de MinasDoce
Iniciativa
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e muito mais
VITRINE
é tudo istoMinas Gerais
Nas próximas páginas você, caro leitor, há de se deliciar com as belezas e expressões que definem “Óh! Minas Gerais”, em sua cultura, paisagens, costumes e tradições interpretadas pelas lentes de nossos amigos colaboradores. Sirva-se à vontade!
Afonso Simosono fotógrafo32 anos
Passos/MG
Contato:afonso@
fotosimosono.com.br
Minha paixão por fotografia começou há 21 anos
quando tive contato com os equipamentos de meu pai. Formado em Publicidade e Propaganda, sou a segunda
geração de fotógrafos da minha família. Tenho estúdio e duas lojas de fotografia, passei pelos
processos de revelação do preto e branco ao colorido, do analógico ao digital e me fascina o que mais possa vir nessa dinâmica de se reinventar a fotografia.
“Minas Gerais é o sabor, é jeito tranquilo do aconchego,
é encontrar a beleza na simplicidade”.
César Marinhogeólogo53 anos
Rio de Janeiro/RJ
Contato: marinho.cesar@
globo.com
Sou Geofísico, atuo na área de levantamentos
aerogeofísicos para Campo Magnético,
Campo Gravitacional e Radiação Espontânea, todos estes métodos
visando a descoberta de bens minerais. Minas
representa este meu lado “aventureiro” que me levou
a minha profissão que é estritamente relacionada com o nome do estado, a
província das Minas Geraes.
“Minas é minha família, são os meus amigos, meus medos, minhas alegrias
e minhas paixões. É difícil falar de Minas, é fácil sentir
Minas, Minas é única e Minas são muitas”.
Diego Vasconcelosfotógrafo32 anos
Passos/MG
Contato:diegofotografia@
gmail.com
Sou ligado às artes visuais e à natureza. Procuro
registrar pessoas e lugares especiais que tenham uma boa história a ser contada.Pratico esportes ligadosà natureza e aproveitopara registrar nossas
belezas, nossos caminhos e principalmente nossa gente.
“Minas são as belezas naturais e as riquezas
minerais. Tem um povo desconfiado, hospitaleiro e muito expressivo. É sabor
nos variados temperos de sua culinária e ritmo
nas mais diferentes manifestações culturais.São imagens que não se
acabam mais.Minas é o meu lugar!”.
Edmundo Figueiredofotógrafo ambiental
51 anosCaldas/MG
Contato:edmundo.f.junior@
terra.com.br
Funcionário licenciado da Caixa, administrador de empresas, moro em um sítio em Pocinhos
do Rio Verde (mais especificamente na Pedra
Branca, onde a foto foi feita) e me dedico à fotografia, consultoria de gestão de
empresas e de elaboração de projetos sociais.
“Minas para mim tem a multiplicidade de paisagens
e ecossistemas de uma beleza sem similar
no Brasil”.
Marcio Virtualdj e fotógrafo
42 anosS. J. B. Glória/MG
Contato:marcinhovirtual@
hotmail.com
Trabalho como fotógrafo profissional há 17 anoscom fotos publicitárias,
institucionais, jornalísticas e esportivas. Em paralelo, me dedico a uma paixão:
um trabalho de DJ em eventos, desfiles, exposições
e festas. No meu Blog marcinhovirtual.blogspot.com conhecerão também
um pouco desse meu trabalho.
“Minas é minha nova casa. Minha nova família. Meu novo Estado. Feliz 2012”.
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“Noiva da Natureza” afonso simosono
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“Doce Mar” césar marinho
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“Caminhos de Tiradentes” diego vasconcelos
Imagem vencedora do 3o lugar na Categoria Mostra em Focoda 15ª Mostra de Cinema de Tiradentes
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“Exuberância Alada” edmundo figueiredo
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“Beira Rio 2012” marcio virtual
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LEITORES
O Secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, em Fortaleza de Minas conferindo a edição da Doce Mar de Minas
de dezembro, na qual é o entrevistado. “Ficou excelente,aliás, a revista é excelente! Estão de parabéns.”
Olá amigos da Revista Doce Mar de Minas! Gostaria de parabenizá-los pela cria-ção da revista que revela de forma muito le-gal as belezas e a potencialidade da região, bem como abre espaço para conhecermos as empresas e serviços no entorno do grande lago. Sou docente/pesquisador universitário e trabalho atualmente em quatro grandes e importantes universidades brasileiras, sendo duas delas em Minas Gerais (uma em BH e
outra, a UEMG, no Campus de Passos) bem como em uma importante universidade espanhola. Em Passos, desenvolvo pesquisa em meu labo-ratório desde 2004, e desde 2000 semanalmente me desloco de Ribeirão Preto para Belo Horizonte. Ao longo desses 12 anos, tenho acompanha-do o desenvolvimento da região ao transitar por toda a extensão da MG-050. Passos tem mostrado um grande potencial e a Doce Mar de Minas espelha isso! Além disso, me considero um privilegiado em poder passar todas as semanas pela região do lago, que chamo de “Meu Paraíso”. De uma beleza sem comentários, o complexo do Lago de Furnas, ao longo de todos os seus municípios, compõe uma paisagem natural que nunca vi em lugar nenhum do mundo, e olha que já vivi e viajei por boa parte dele! Que a revista continue com esse glamour e sucesso.
Cassiano NeivaRibeirão Preto/SP
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ARTESANATO
viram artePeças fora de uso
Desde pequena, Hilmara brincava com linhas e agulhas transformando panos em adereços. Hoje, ela se dedica à produção de artesanato, sua grande paixão. Com um olhar sagaz, transforma peças fora de uso em objetos de decoração. O resultado é maravilhoso e tem encantado turistas do Brasil e do exterior.
Experiência e paixão pela ativida-de não faltam a Hilmara Aparecida Silva e seu marido Renaldo Alves dos Santos. Ela, uma apaixonada pela arte. Ele, um ex-periente vendedor. O resultado não pode-ria ser outro: o sucesso da Casa do Artesa-nato, o negócio mantido pelo casal.
A Casa do Artesanato fica bem no centro de Capitólio/MG. Pintura, crochê e apliques realçam os artigos para mesas, lavabos, salas e se mesclam na decoração da própria loja.
O destaque para a criação de Hilmara está nas peças recicladas. Enxadas e foices velhas. Latões de leite antigos. Ferraduras desgastadas. Máquinas de moer carne ou
café, de ferro fundido. Enfim, utensílios e ferramentas que foram usados e se gasta-ram com o tempo, ou foram substituídos pelos modernos, ganham uma nova leitu-ra e se transformam em objetos de deco-ração. A paixão pelo artesanato fez com que Hilmara transformasse tudo em arte, fazendo de suas peças produtos originais e personalizados.
O resultado tem encantado quem visita Capitólio em busca das belezas do Lago de Furnas e encontra, também, um pouco do passado revestido de arte na Casa do Artesanato.
Casa do ArtesanatoRua Dr. Avelino de Queiroz, 552
Capitólio-MG (37) 3373-2161
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ROTEIRO
Velho ChicoO berço do
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Na parte baixa do Parque Nacional da Serra da Canastra, a cachoeira Casca D’anta impressiona com seus 186 metros de altura
Foto Abertura: Afonso SimosonoFotos Matéria: Marcelo Cassoli
contato: 35 9213 6432 | 3522 6252
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A Cimitarra se encontra no Lago de Furnas
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Em 2012 o Parque Nacional da Ser-ra da Canastra completa seus 40 anos. Criado por decreto em abril de 1972, o parque abrange os territórios dos municí-pios mineiros de São Roque de Minas, Sa-cramento e Delfinópolis. É destino cativo para os amantes do ecoturismo e cenário de estudos brasileiros e estrangeiros so-bre fauna e flora.
No início do século 19, o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire conheceu a Serra da Canastra em sua viagem ao Bra-sil para pesquisas botânicas. Em seus rela-tos, o francês descreve a paisagem como fascinante e se diz surpreso com a quanti-dade de novas plantas que descobrira.
Outro francês, no mesmo período, te-ria se inspirado na Cachoeira Casca D’Anta – a primeira grande queda do Rio São Fran-cisco – para fazer uma gravura. Pintor e de-senhista, Jean Baptiste Debret veio para o Brasil na Missão Artística Francesa e suas observações sobre as paisagens e costumes locais resultou no livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, ilustrado com litogravu-ras, em três volumes.
O Parque Nacional da Serra da Ca-nastra é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversida-de (ICMBio). Criado em 2007, o ICMBio é vinculado ao Ministério do Meio Ambien-te e integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Cabe a esse instituto executar as ações do Sistema Nacional de
Unidades de Conservação, podendo pro-por, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as unidades de conservação (UCs) instituídas pela União.
O Que Conhecer
Próximo à portaria 1 do Parque Na-cional da Serra da Canastra, a 6 km de São Roque de Minas, o Centro de Visitantes expõe fotos, rochas e informações gerais sobre o Parque e orienta sobre as normas de visitação. Palestras para grupos de vi-sitantes também são oferecidas mediante agendamento.
Uma estrada de 60 km atravessa todo o Parque, com vias secundárias que dão acesso aos principais atrativos. Nesse tra-jeto o turista aprecia plantas e flores típi-cas da vegetação do Cerrado, como a ca-nela de ema e a sempre-viva. Com sorte, pode-se avistar um tamanduá-bandeira – o que é mais provável bem cedo ou no fim de tarde – e as aves da fauna local, como tucano, seriema e gavião carcará.
Pela via principal interna, 5 km após a portaria, chega-se ao local que demarca simbolicamente a nascente do Velho Chico. Ali existe uma estátua de São Francisco, instalada na época da criação do Parque.
Na parte alta do Parque se destacam também a Cachoeira dos Rolinhos, entre tantas outras; o Curral de Pedras, um curral
Visitar o Parque Nacional da Serra da Canastra, unidade de conservação que abriga a nascente do Rio São Francisco, é oportunidade de entrar em contato com a beleza do Cerrado - considerado o bioma mais antigo do País - e suas milhares de espécies de plantas, mamíferos e aves.
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feito amontoando-se manualmente pedra sobre pedra, que era utilizado para conter o gado durante a pernoite dos tropeiros; a Ga-ragem de Pedras, um antigo entreposto para os habitantes do Vão dos Cândidos que su-biam a chapada a pé ou em “lombo de bur-ro” para ter acesso à estrada que liga São Ro-que de Minas ao Triângulo Mineiro; e a parte alta da Casca D’Anta, onde o visitante aprecia o cânion que o Rio São Francisco forma para descer a serra, com uma encantadora se- quência de quedas e piscinas naturais.
Para os aventureiros e dispostos, dali é possível chegar à parte baixa da Casca D’Anta, por uma trilha de aproximada-mente 4 km e de 4 a 5 horas de caminha-da, para ida e volta.
Para chegar à parte baixa de carro, parte-se de São Roque de Minas num per-
O Parque possui variada beleza cênica com grandes
paredões de rocha onde existem várias e belas
cachoeiras.Esse tipo de paisagem
atrai adeptos dos esportes de aventura e do turismo
contemplativo, entre outros, o de observação
de aves silvestres.
curso de cerca de 40 km. Pela portaria 4 do Parque, uma trilha de quase 1 km pela mata ciliar leva até a Casca D’Anta. Numa queda livre de 186 metros, as águas do Ve-lho Chico formam uma cachoeira de rara beleza. O nome da cachoeira vem da ár-vore Casca D’Anta, que foi assim batizada porque a anta se esfregaria no seu tronco para curar ferimentos superficiais.
Incluir nos roteiros de viagem uma visita ao Parque Nacional da Serra da Ca-nastra é imperdível para quem gosta de conhecer e valorizar as belezas naturais do nosso País. Para quem já conhece o local, revisitar o parque é sempre uma excelente opção, pois como afirmou o filósofo Herá-clito, “nós não podemos nunca entrar no mesmo rio, pois como as águas, nós mes-mos já somos outros”.
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Informações Úteis
O horário de visitação ao Parque da Serra da Canastra é de 8h às 18h. Os ingres-sos custam R$ 13, com desconto de 50% para brasileiros, R$ 6,50. Crianças até 12 anos e adultos a partir de 60 anos não pagam. O visitante deve observar algumas regras. Não é permitida a entrada de animais domésti-cos, nem a entrada e consumo de bebidas alcoólicas. A prática de esportes radicais – como rapel e escalada – só pode ser reali-zada com autorização especial. Veículos sem emplacamento não são autorizados a entrar. Para trafegar na área interna do Parque a ve-locidade máxima é de 40 km/hora.
A época ideal para visitação é de abril a outubro, pois o tempo está menos chuvoso, facilitando o acesso às atrações e tornando os passeios mais agradáveis. Motos e veícu-los off road são bem vindos, desde que se mantenham nas estradas, pois fora delas es-tarão sujeitos à multa nos termos da legisla-ção ambiental.
A sede da coordenação do Parque está localizada em São Roque de Minas, na Av. Presidente Tancredo Neves, 498. Mais infor-mações podem ser obtidas pelos telefones (37) 3433-1324 e 1326, no site www.icmbio.gov.br e pelo email [email protected] .
Como ChegarVia Aérea: Araxá/MG, a 160 km, e Piu-
mhi/MG, a 70 km da nascente do São Fran-cisco, são as cidades mais próximas em es-trutura aeroportuária.
Via Rodoviária: Saindo de Belo Ho-rizonte pela BR-381, toma-se a BR-262 sen-tido Triângulo Mineiro e segue-se a MG-050 até Piumhi/MG. De São Paulo, o caminho é por Campinas, buscando-se S. S. do Paraí-so/MG e Passos/MG. De Passos, cruzando a ponte do Rio Grande, pode-se tomar um caminho alternativo pela serra via São João Batista do Glória/MG ou seguir pela rodovia MG-050 até Piumhi/MG e dali para São Ro-que de Minas (nascente e parte alta da Casca D’anta) e Vargem Bonita (parte baixa da Cas-ca D’anta). Há ainda a possibilidade de entra-da em MG via Franca/SP, buscando-se Delfi-nópolis e acessando o Parque pela serra. Nas opções de estradas de terra, recomen-dam-se veículos 4x4, o que pode fazer da via-gem uma boa aventura.
O São Francisco ganhou esse título por ser a ligação do Sudeste e do Centro-Oeste com o Nordeste Brasileiro. Das nascentes, na Serra da Canastra, até sua foz, na divisa de Ser-gipe e Alagoas, são 2.700 km de extensão, ba-nhando cinco Estados.
A irrigação no Vale do São Francisco, es-pecialmente no semi-árido, promove a produ-ção de frutas que são exportadas para Estados Unidos e Europa. É uma importante atividade social e econômica para o País.
Após movimentarem os geradores das usinas hidrelétricas de Paulo Afonso, Itaparica, Moxotó, Xingó e Sobradinho, as águas do Velho Chico correm para o mar.
O rio da integração nacional
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RODOVIA MG 050 | km 306 SENTIDO PASSOS | BELO HORIZONTE/MG
Às Margens do Lago de Furnas
Aberto todos os dias das 11 as 17h
www.m
ultim
arketing.ppg.br
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GASTRONOMIA
aqui ou aliSaborear é preciso,
No roteiro do Circuito Turístico Nascente das Gerais, além das belezas naturais, o turista se encanta com os peculiares pratos da culinária mineira. Nas cidades banhadas pelo Lago de Furnas o peixe, preparado nas mais diferentes formas, é o carro-chefe dos restaurantes. Mas há muitas outras delícias que podem ser saboreadas com prazere sem culpa nenhuma.
Na Rodovia MG 050, entre Fur-nas e Capitólio, várias lojas com o jeitinho mineiro encantam os turistas e morado-res da região. Uma delas é a Queijo Ca-lifórnia, mantida pelos irmãos Welington e Evandro Oliveira há 18 anos. O lanche especial da casa é o pão recheado com linguiça e queijo. A linguiça e o queijo são especialidades da casa e dão a esse lanche um sabor de quero mais.
Seguindo a rodovia, antes do trevo de Capitólio, o Restaurante do Murce-gão é um dos pontos de encontro para os que transitam pela região e para os tu-ristas que passeiam de barco pelo Lago. Além dos pratos preparados especial-
O tradicional pão com linguiça e queijo, preparado por Wellington, muito saboroso e de dar água na boca
A traíra sem espinho e a
tilápia são os peixes mais
apreciados na região
do Lago de Furnas.
Não importa o modo
de preparo, sempre é
a melhor pedida em
qualquer época do ano.
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O gostinho de Minas encanta não só por seu sabor ou beleza, mas
por sua rica e deliciosa história
mente com o tempero de D. Márcia Motta, que fundou o restaurante há mais de 20 anos, a casa oferece um píer para ancoragem das lanchas, um conforto para os clien-tes. No Murcegão um dos pratos principais é a traíra sem espinho. Degustar essa delícia com vista panorâmi-ca para o Lago de Furnas é um privilégio ao alcance de todos que se aportam.
No Balneário Escar-pas do Lago, uma boa op-ção está no restaurante do Chico Pintado. Um ambien-te aconchegante com deco-ração colonial, tipicamente mineira. Espaço para um bom papo enquanto se es-pera pelas iguarias. Entre as várias opções, o Filé de Tilá-pia Recheado e o Filé Gre-lhado de Tilápia são desta-ques do menu. O tempero de Francisco Luís Silva, o Chico Pintado, é resultado dos seus 30 anos de expe-riência. Imperdível.
Dona Márcia prepara com muito carinho e segredinho seus pratos
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Fim de semana de solPassar momentos prazerosos na companhia de amigos é sempre muito bom. E se estes momentos são num lugar diferenciado, em uma das regiões mais bonitas de Minas Gerais, fica ainda melhor. É assim que diversos clientesdo Pier JTR - o ponto mais badalado do Lago de Furnas - escolhem para passar os finais de semana.Sol, sombra, água cristalina, música ao vivo, petiscos, bebidas e refeições com o melhor da alta culinária.
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Um 2012 commuito luxoO Furnaspark Resort preparou uma festa glamorosa para mais de 700 pessoas, reunindo hóspedes e convidados para o Réveillon. Os presentes brindaram a chegada de 2012 com champagne e se deliciaram com um cardápio requintado preparado por um renomado Chef, contratado especialmente para essa grande noite. A alegria foi contagiante com o show de fogos musicais e baile com banda, que abriu o ano novo com muitos votos de paz, saúde e prosperidade.
O Carnaval
Para quem prefere sossego, o Resort oferece conforto e tranquilidade.
Para aqueles que gostam de agito,fica o convite para fazer parte do desfile
da cidade de Formiga, na ala Turistado Furnaspark, e curtir a banda
de marchinha.
noFurnaspark
estáespecial
em 2012!
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muitoÉ tudo
maravilhoso
Vivendo e trabalhan-do na distante Manaus, capital do Amazonas, o dentista Eudes Machado Lacerda Faria, 31 anos, e a advogada Marianna Abri-gato Barra Faria, 25, sem-pre voltam à região Sudes-te para rever parentes e amigos.
Ele mineiro e ela paulista, na última visita a Minas Gerais foram sur-preendidos com passeios náuticos pelo Lago de Fur-nas, região que ambos não conheciam.
PALAVRA DO TURISTA
“Nesta nossa visita de fi-nal de ano tivemos a grata sa-tisfação de conhecer a região e suas belas paisagens, que admiramos durante os pas-seios de lancha pela represa. Tivemos uma ótima recepção em restaurantes de Passos, como também no Píer JTR, repleto de deliciosos petiscos e muita gente bonita. Acha-mos tudo maravilhoso! A par-tir de agora, certamente, este é um roteiro imperdível de nossas próximas viagens. Nós recomendamos a quem não conhece!”.
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Fabricamos barcos em alumínio soldado de acordo com as mais avançadas técnicas de construção naval. Empregando materiais de qualidade e tecnologia de ponta. Aqui você encontra barcospara pesca e lazer, linha esportiva, pesca profissional.lanchas, barcos para turismo. Trabalhamos com carretas para barco, motos, carretas de carga. Temos a linha completa de motores Mercury, e somos concessionária autorizada. No site da Pantanaltica você pode encontrar os nossos produtos e fazer suas compras a distância, de qualquer localidade do Brasil, poupando tempo e recursos.
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MEIO AMBIENTE
Esgoto:um alerta ao “Mar de Minas”
No mundo todo o debate sobre desenvolvimento sustentável cresce a cada dia. O aumento da população, a quantidade maior de lixo gerado, o saneamento básico e a poluição são temas que preocupam os ambientalis-tas. Em decorrência desses fatos, so-luções surgem atreladas a novas tec-nologias para que o desenvolvimento das cidades não seja prejudicado, bem como a saúde do homem possa ser preservada.
A água é um recurso natural de valor econômico, estratégico e social, essencial à existência e bem estar do homem e à manutenção dos ecossis-temas do planeta. É um bem comum a toda a humanidade.
Vivemos no “Planeta Água”, in-discutivelmente, uma vez que 71% da superfície da ter-ra são cobertos pela água. Então por que existem tantos confli-
tos envolvendo este precioso líquido? A resposta é a pouca disponibilidade de água para consumo humano, pois 97,5% da água do planeta é salgada e está em oceanos e mares, 2,493% é doce e se encontra em geleiras e aquí-feros subterrâneos de difícil acesso. Apenas 0,007% da água do planeta é
encontrada em rios, lagos e são de fá-cil acesso para o consumo humano.
Especialistas acreditam que em cerca de 50 anos teremos no mundo uma crise semelhante à do petróleo, relacionada com a disponibilidade de água de boa qualidade. A água está se tornando uma “commodity” em crise.
O homem sempre foi um polui-dor das águas, porém a quanti-
dade de esgoto lançada an-teriormente era suportada pelos corpos receptores que possuem uma capaci-dade de autodepuração.
O aumento do lança-mento dos esgotos ocor-
reu após a “reforma sanitária” iniciada na Inglaterra em 1847, que intro-duziu o uso gene-
ralizado da descarga hidráulica nos vasos sanitá-
rios, ligando-os aos sistemas de esgotos, posteriormente lançados in--natura nos rios. A poluição dos cursos d’água se agravou com o aumento sig-nificativo da população.
Importantes cidades brasilei-ras enfrentam problemas relacionados à poluição pelo esgoto de seus lagos,
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lagoas e rios, como nos casos de Belo Horizonte - que há décadas sofre com a poluição da Lagoa da Pampulha - e do Rio de Janeiro, que já gastou mi-lhões de reais tentando em vão despo-luir a Baía de Guanabara e a Lagoa Ro-drigo de Freitas.
Esses exemplos servem de alerta para os municípios do Largo de Fur-nas. É preciso que sejam implantados sistemas de coleta e tratamento de esgoto em toda a bacia contribuinte do lago com a maior brevidade pos-sível, pois a negligência com os lança-mentos de esgoto bruto pode inviabi-lizar todo o “Mar de Minas”, tornando sua água imprópria para o uso, inclu-sive para o lazer.
Segundo o engenheiro Joaquim Castro, Diretor de Engenharia da em-presa Saneglass-Tecnosane, especia-lizada em tratamento de efluentes, “existem recursos disponíveis para o saneamento, mas infelizmente são poucas as prefeituras municipais que dispõem de bons projetos para pos-sibilitar a captação de verba junto aos órgãos Federais e internacionais”. Essa informação é confirmada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social – BNDES: “A disponi-bilidade de recursos no BNDES para financiamento das atividades de sane-amento é hoje maior do que a oferta de projetos específicos para o setor”.
A experiência demonstra que dispor de bons projetos é o primei-ro passo para promover um salto nos serviços de saneamento, como sugere o engenheiro Castro: “os municípios
devem investir na elaboração de pro-jetos para se credenciarem. Nos casos em que a Saneglass-Tecnosane desen-volveu projetos de saneamento para as prefeituras e as auxiliou na aprovação junto aos órgãos públicos, o resultado foi um sucesso, sempre conseguimos dinheiro para viabilizar as obras”, com-plementa.
Outra questão que requer atenção da administração pública é a grande expansão imobiliária que a região do entorno do Lago de Furnas está viven-do. Muitos condomínios estão sendo implantados, o que pode provocar o lançamento de grande carga poluidora no lençol freático e no Lago de Furnas se não houver o adequado tratamen-to dos esgotos, aumentando assim os problemas existentes. Há que ressal-tar que existem exemplos felizes de
O ECTEBIO é uma estação compacta de tratamento de esgoto bio-lógico residencial fabricada pela Saneglass-Tecnosane. O equipamento pode ser utilizado em loteamentos, residências e até mesmo em cida-des e chegou ao mercado para atender a essa demanda que é crescente.
A Saneglass é especializada nesse segmento e premiada pelo Insti-tuto Mineiro de Engenharia Civil (IMEC). Nos seus 25 anos de atuação esteve sempre preocupada com questões ambientais e por isso desen-volve e produz equipamentos em plástico reforçado com fibra de vidro, destinados ao tratamento de esgoto. A tecnologia é japonesa e foi im-portada pela Saneglass. A fabricação dos produtos é feita no Brasil.
seriedade e preocupação com o meio ambiente por parte da iniciativa pri-vada, como o Condomínio Terramare Península (foto) que implantará Esta-ções Compactas de Tratamento de Es-gotos Biológicos (ECTEBIO) em suas unidades, atendendo assim a todas as exigências dos órgãos ambientais. Os efluentes gerados no Terramare Península serão tratados e devolvidos para o meio ambiente livres de polui-ção e contaminação, evitando que se-jam lançados no lago.
Através da consciência de que é importante preservar nosso invejável patrimônio natural e da necessidade de sinergia entre os gestores públicos, entidades privadas e cidadãos comuns, a expectativa é de que continuemos a viver confortavelmente no maravilho-so “Planeta Água”.
O Condomínio Terramare Península, em Guapé/MG, implantará o ECTEBIO em suas unidades
ECTEBIO, uma solução para o esgoto
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Uma noite em HollywoodO Obbá Coema Village Hotel se transformou em Hollywood para receber os convidadosdo Réveillon 2012. Em grande estilo, o resort às margens do Lago de Furnas ofereceu,além das belezas naturais, o requinte da cozinha mineira e a leveza dos pratos à base de frutos do mar, a cargo do chef Ênio Júnior. Uma réplica em tamanho gigante da estatuetado Oscar, filmes com Marylin Monroe e balões em formato de estrelas criaram aatmosfera da capital mundial do cinema. Na hora da virada, turistas de diversas cidades de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro curtiram 15 minutos de fogos e a noite seguiu com músicas especialmente escolhidas pelo DJ Gleiser e pela Banda TED, de Franca/SP.
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O desenvolvimento turístico na re-gião do Lago de Furnas depende de ações mais efetivas por parte da iniciativa privada e, principalmente, do poder público. É isso que defende o empresário e vereador de São José da Barra, Leandro Oliveira.
“Temos à nossa disposição a indús-tria mais limpa do planeta e com enorme potencial para geração de emprego e ren-da, mas ainda não soubemos tirar provei-to disso”, afirma.
Ele acredita que alavancar este po-tencial é de responsabilidade do poder executivo. “Se o poder público fizer a sua parte, em pouco tempo o turismo se transforma na maior fonte de renda para todos os cidadãos e para a própria administração municipal”, opina Lean-dro Oliveira.
O estímulo à construção de lotea-mentos seria uma forma adequada para incrementar o turismo em São José da Barra. “A prefeitura se responsabilizaria pela construção dos equipamentos de la-zer, arruamento, construção de uma via comum para acesso ao Lago de Furnas, com uma marina também comum, e terí-amos o lago pronto para diversas ativida-des”, propõe.
Leandro de Oliveira diz que esta é uma iniciativa fundamental para que com-petições esportivas aconteçam na região, como disputas de jet ski - que já são tradi-cionais em Boa Esperança, por exemplo -, triatlo, canoagem, passeios de lancha e vi-sitação a lugares pitorescos do lago, como os cânions.
“Estes atrativos turísticos ficam na divisa de São José da Barra e Capitólio e podem muito bem ser explorados. Nada disso, porém, pode acontecer sem que an-tes seja colocado em funcionamento um projeto de saneamento básico do lago”, aponta. Segundo ele, este é um tema prio-ritário na execução de um Plano Diretor, para que outros projetos possam ser leva-dos adiante.
Leandro de Oliveira vê a construção de um Centro Olímpico como algo essen-cial para atrair campeonatos importantes, motivar a juventude e fazer de São José da Barra uma referência para toda a região. “Nossa cidade tem tudo para ser o pon-to de descanso, de atividades recreativas, competições naúticas e polo turístico re-gional, basta querer empreender e eu ain-da vou fazer isso acontecer”, aposta.
Outro lado importante que o empresá-rio e vereador Leandro Oliveira enxerga na exploração do Lago se refere à piscicultura. “Se explorarmos apenas 10% do potencial da produção de peixe que o lago permite, abasteceríamos 100% do peixe de água doce consumido no Brasil hoje”, informa.
A capacidade de potencializar a ca-pacidade econômica que o lago oferece, seja na exploração turística ou na produ-ção da piscicultura, é o desafio que preci-sa ser enfrentado, segundo o empresário e vereador.
Para isso, Leandro defende a ação empreendedora, comportamento que pratica desde a adolescência. Muito jo-vem, já gerenciava a padaria da família, que se mudou de Ribeirão Preto para o Sudoeste Mineiro. Hoje é proprietário do Lago Supermercado e da Panificadora Fama que, juntas, geram 53 empregos di-
retos em São José da Barra. É formado em Administração e, atualmente, cursa Admi-nistração Pública.
Empreendedor com vocação desen-volvimentista e para a ação social, Leandro Oliveira enveredou pela política em 2004, com a terceira maior votação para a fun-ção de vereador. Em 2008 foi reeleito com 70% de votos a mais que a eleição anterior, ficando com a segunda maior votação do município. “Sempre pensei as ações den-tro de um contexto de crescimento, não apenas de meus negócios, mas acima de tudo do desenvolvimento da cidade”, diz.
Apesar do apoio da população, ele lamenta que suas ideias ainda não tenham repercutido no Executivo. “O cargo de ve-reador é restrito e só conseguimos fazer algo importante com o apoio do prefei-to para que nossos projetos saiam do pa-pel”, avalia. “Mais do que votar e fiscalizar leis, quem está acostumado a ser executi-vo, como eu, quer ver as coisas acontece-rem”, detalha.
Leandro quer ver o turismo no lago acontecer na sua plenitude. “Isto exige a presença de empreendedores e a parti-cipação do poder público, como fomen-tador das ações. Isto é possível. Basta en-xergar as possibilidades e ter vontade de fazer”, conclui.
Leandro de Oliveira com esposa Adriana Oliveira e seu filho Isaque Oliveira
Informe
Lago de Furnas, um desafiopara o poder público epara empreendedores
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CURIOSIDADE
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inusitadaUma parada
Há mais de duas décadas, o Chalé do Queijo é ponto de parada
para quem passa pela MG 050. Próximo à cidade de Capitólio,
há 10 anos criou um atrativo a mais para os curiosos e
amantes de animais exóticos como o avestruz e a lhama.
O Chalé do Queijo foi cria-do para comercializar os produtos fabricados pelo Laticínio Beira Rio. Com o aumento do turismo na re-
gião, o empresário Antônio Goulart fez uma aposta certa ao criar um
atrativo para a loja. Uma paradinha para a compra de queijos se torna ainda mais prazerosa com um pas-
seio pelo viveiro das aves e pelo campo destinado aos animais. Entre as aves é possível apre-
ciar a beleza dos Ringnecks com suas cores azul, branca, amarela e verde. De origem indiana, são
classificados como periquitos, pelo seu tamanho, mas são verdadeiros papagaios. Os Ringnecks são facil-mente domesticados. No viveiro o turista ainda pode conferir a fero-
cidade dos gansos africanos, as cal-das em leque multicoloridas
dos pavões, os galos africanos, entre outras espécies.
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Filho de produtor rural, Antônio tem uma significativa área para carnei-ros, bodes, avestruzes, lhamas, emas e vacas. A curiosidade maior fica sobre a lhama, originária das regiões mais frias da América do Sul. As aves de grande
“Meu canarinho, minha beija-florMe dá notícias do meugrande amorQue foi embora enunca mais voltouMeu canarinho, minha beija-flor
Já faz um tempo queela me deixouE aos pouquinhostudo aqui mudouVolta pra casa minha linda florMeu canarinho, minha beija-flor
Até o pássaronunca mais cantouAté a rosa do jardim murchouFiquei chorandoe chorando estouMeu canarinho, minha beija-flor”
Kelvin do Acordeon porte, como o avestruz e a ema, tam-bém chamam a atenção. Num ambien-te único esses animais convivem har-moniosamente e encantam os turistas que passam por ali.
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Alla
n F
ran
çozo
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No Chalé do Queijo, degus-tar os produtos faz parte do ri-tual da loja. Queijos artesanais e deliciosos doces da tradição mineira, também ali fabricados, aguçam o paladar de bom gos-to. Para quem gosta de exotis-mos, o Chalé do Queijo produz uma especialidade incomum para os brasileiros, o salaminho de avestruz, que vale a pena ex-perimentar.
Sabores e lembranças do Chalé do Queijo
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