ediçao n.º 1551
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Diario do AlentejoTRANSCRIPT
Unesco recebe em março candidatura do cante
A comissão promotora do cante a Património Imaterial da Humanidade vai formalizar a sua candidatura, a 30 de março, junto da Unesco. No fi m de semana houve reunião de trabalhos em Lisboa. Entretanto, em Serpa, ultimam-se os preparativos para a abertura da Casa do Cante. págs. 4/5
Verbas do Alqueva que vão parar ao Vouga
O PS, pela voz de Luís Ameixa, acusa o Governo de querer retirar verbas comuni-tárias afetas ao Alqueva e desviá-las para o Baixo Vouga Lagunar. “Um desígnio”, refere o deputado socialista, que foi “escondido” num projeto de resolução social-democrata, aprova-do por unanimidade no Parlamento. pág. 8
Autarcas alentejanos adeptos do Facebook
O Facebook é cada vez mais a ferramenta eleita pelos autarcas alentejanos para con-tactar os seus munícipes. Os presidentes das câmaras de Vidigueira, Ferreira do Alentejo, Odemira, Serpa ou Beja não perdem uma oportunidade para estar em rede com as preocupações da população. pág. 6
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SEXTA-FEIRA, 13 JANEIRO 2012 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXX, N.º 1551 (II Série) | Preço: € 0,90
Temos 20 convites para o espetáculo “39 Degraus”. Ligue 284 310 164
Grande Loja Regular de Portugal emitiu credenciais para abrir em Beja
Alentejo 29, com sede em Évora, é a única loja maçónica na região
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EXPOSIÇÃO:Bairro de São Miguel – Beja
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AZULEJOS e PAVIMENTOS
de ESPANHA
António Nobre é já um dos mais consagrados chefes de cozinha portugueses. O seu livro mais recente, Entre Coentros e Poejos – Uma viagem pela cozinha de António Nobre, acaba de ser distinguido internacionalmente. E o “Diário do Alentejo” também quis fazer essa viagem aos sabores do chefe dos dois restaurantes do grupo M’Ar De Ar, em Évora. E veio de lá deliciado.
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Os poejos e os coentros
do chefe Nobre
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Começou a corrida aos descodifi cadores de TDT
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2 EditorialMaçonariaPaulo Barriga
Em tempos fui convidado para entrar para a maço-naria. Em Lisboa. Já nem
me lembro qual era a loja onde era suposto ir assistir a algu-mas sessões abertas. E aguar-dar pela piadesca iniciação. Mas durante algum tempo fui tro-cando impressões com o meu putativo angariador. E não me foi difícil, em breve prazo, co-meçar a simpatizar com a ideia. Muito mesmo. Afinal, dizia-me ele, o amigo coletor de novos ir-mãos, que a organização se ba-seava nos ideais fundamentais do republicanismo. E que as pa-lavras-chave para entrar em tão secreto universo eram a genero-sidade, a fraternidade, a igual-dade, a liberdade. Que, de facto, eram conceitos cada vez mais em desuso no mundo “secular”. E que estavam ali mesmo à mão de semear, no cimo de umas es-cadarias de mármore, de olhos vendados, aventalado, rodeado de gente cheia de tiques esqui-sitos. Só havia um, um não, dois pequenos senãos que sempre me desviavam os passos para longe daquele paraíso na terra. Mas se a coisa existia para fazer o bem comum, para engrandecer espi-ritualmente o Homem, por que carga de água teria de ser feita às escondidas? Debaixo de um se-cretismo algo assaloiado, clan-destino. Que tal discrição ou prudência servia para prevenir perseguições e malfeitorias ex-ternas, assegurava-me ele. Mas quem é que estaria interessado em perseguir o bem, o homem honesto, livre e embebido nos bons costumes? Resposta que vim obtendo nas últimas sema-nas. Quando a conta-gotas, e por vezes em torrente descon-trolada, se tornou público que a maçonaria, esta maçonaria, se dedica vorazmente ao tráfico de influências em defesa de um único ideal, a ganância, comple-tamente contrário ao sonho que ali por perto me detinha: uma ideia de progresso. O segundo senão teve a ver com uma per-gunta muito simples do meu engajador: és comunista? Devo ter respondido que sim. Nunca mais tornou ao assunto.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, garantiu na terça-feira no parlamento que o Governo não está a “planear novas medidas de
austeridade sobre as famílias, para enfrentar uma derrapagem das contas públicas e garantir o cumprimento do défice”.
Custódia Rosa,
77 anos, reformada (Cabeça Gorda)Eu tenho ouvido falar nisso. Já comprei a televisão toda pre-parada e já meti a antena para apanhar os canais, agora não sei se me falta mais alguma coisa ou não. A antena que eu tinha estava já ruim e disse-ram-me que tinha que com-prar outra. Já está tudo mon-tado e pronto a seguir.
Susana Silva,
33 anos, comerciante (Salvada)Temos que aderir se não fi-camos sem televisão, mas eu não concordo. Fazem de tudo para roubar o dinheiro aos po-bres e assim não se chega a lado nenhum. Ainda não es-tou preparada, quando che-gar a hora logo se vê. Mas também não estou muito pre-ocupada. Acho que isso devia ser era dado. Se querem mu-dar davam as coisas às pessoas.
Edgar Correia,
32 anos, desempregado (Quintos)Acho que já tenho lá um apa-relho, mas não sei de nada, o meu irmão é que está a tra-tar disso. O aparelho que ele tem funciona na televisão dele mas não funciona nas mi-nhas. Não percebo nada disso. Tenho três televisões, uma no monte e duas em casa, se ti-ver que comprar um apare-lho para cada uma é quase o preço de uma televisão nova.
José Torrão,
72 anos, reformado (Baleizão) Quanto mais aparelhos me-tem nas televisões mais porca-ria se vê. Não há um programa como deve ser, é só mariqui-ces. No princípio, quando co-meçámos a ter televisão, ainda davam uns filmes bonitos, his-tóricos, agora é só porcaria. Eu tenho mais de 50 canais mas não se encontra nada de jeito. Tenho televisão por cabo, pago, mas a programação não presta.
Voz do povo Vai aderir à Televisão Digital Terrestre (TDT)? Inquérito de Ângela Costa
Fotonotícia Ele está de volta. Quando Jorge Vieira o imaginou no terreno foi neste preciso local. O Monumento ao Prisio-
neiro Político, depois de necessárias obras de restauro, parece, por fim, ter chegado ao seu derradeiro destino. No largo fronteiro ao antigo
convento de São Francisco, em Beja. E lá está, agora, sozinho, à espera que a pousada recupere igualmente das maleitas e do desgaste que o
tempo lhe ofereceu. A cidade necessita que o seu coração persista e palpite. Necessita que a Pousada de São Francisco venha, rapidamente,
fazer companhia à mais premiada das peças do escultor que ofereceu a sua obra à cidade. PB Foto de José Serrano
Vice-versaO Boletim Económico de inverno do Banco de Portugal avisa que os riscos para a economia e a consolidação orçamental são muitos. Carlos Costa, governador do Banco Central, disse na terça --feira que existe “um elevado grau de incerteza sobre o enquadramento nacional e internacional”, e, portanto, vai ser necessário tomar medidas de austeridade adicionais este ano e no próximo.
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2Rede social
Qual o resultado da execução de pro-
jetos financiados por fundos comuni-
tários em 2011?
Em termos da execução do finan-ciamento das operações contratuali-zadas com a Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo fe-chou-se o ano com cerca de 35 por cento de execução (validação de des-pesa) face aos 4,5 por cento obtidos no final de 2010. Esta execução atin-giu os 13 milhões de euros, o que equi-vale a cerca de 10,4 milhões de euros de Feder associado. Outro dado igual-mente importante foram os cerca de 14 milhões de euros já transferidos para os municípios, que ajudaram a colmatar decréscimos de receitas nos vários municípios. Este registo ga-nha outra projeção quando compa-rado quer com o resultado do próprio INAlentejo (que “apenas” duplicou a execução em 2011), quer com as res-tantes 21 CIM, onde a Cimbal obteve a maior evolução em 2011.
A que se deve o aumento da taxa de
execução?
Nunca existe apenas uma razão, é sempre o somatório de vários fato-res. Por um lado o papel determi-nante dos municípios em execução física dos projetos no terreno, isto é, nas 80 candidaturas em execução. Por outro a aprovação em meados do ano de cerca de 40 operações que se encontravam em análise desde 2010, que permitiu igualmente analisar e validar esses investimentos em 2011. As adaptações e ajustes na própria equipa interna na alteração de pro-cedimentos contribuiu igualmente para o resultado obtido, onde os téc-nicos envolvidos (incluindo os técni-cos dos municípios) tiveram uma en-trega verdadeiramente excecional.
Que peso tem esta execução nos or-
çamentos dos municípios do Baixo
Alentejo?
Mais do que o peso, realço a impor-tância crescente dos fundos nas autar-quias. Nesta fase em que todas as res-tantes receitas das autarquias estão a cair, transferências do OE, receitas di-retas, etc, o financiamento comuni-tário deverá ter sido a única rubrica a aumentar, não só pelo aumento das ta-xas de comparticipação que se verifi-cou, como igualmente pela maior aten-ção e prioridade que atualmente esta área possui. Existem vários municípios onde exclusivamente só avançam com investimentos objeto de financiamento comunitário. Desta forma, diria que o peso do financiamento comunitário nos orçamentos municipais, entenda --se no investimento efetuado pelos mu-nicípios, é, assim, quase total.
3 perguntasa Luís Lança
Silva
Deixa-me lá aliviar a gravata antes que me peçam dinheiroO ministro da Educação e Ciência esteve esta quarta-feira em Beja, no Instituto Politécnico, onde lhe foi apresentado o projeto científico e educativo de um estabelecimento que luta contra a interioridade.
Coordenador da EAT da Cimbal
Semana passada
QUARTA-FEIRA, DIA 4
GRÂNDOLA DETIDO SUSPEITO DE FURTO EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL
Um homem de 34 anos foi detido pela GNR de Grândola por estar alegadamente relacionado com um furto num estabelecimento comercial, revelou a força de segurança. De acordo com a GNR, foram recuperados artigos furtados e apreendidas ferramentas, assim como duas armas de fogo encontradas na sua residência.
QUINTA-FEIRA, DIA 5
CASTRO VERDE HOMEM ARMADO ASSALTA POSTO DE COMBUSTÍVEIS DE ENTRADAS
Um homem armado e de cara tapada assaltou o posto de abastecimento de combustíveis de Entradas, Castro Verde, tendo roubado o dinheiro que estava em caixa, disse fonte da GNR à Lusa. O assalto ocorreu às 18 e 45 horas, quando o homem entrou no posto “de cara tapada” e, com uma arma de fogo, ameaçou a empregada, obrigando-a a entregar-lhe todo o dinheiro que estava na caixa registadora, explicou a fonte do Comando Territorial de Beja da GNR. O homem, após o assalto, fugiu a pé.
DOMINGO, DIA 8
ALTER DO CHÃO COMANDANTE DO POSTO DA GNR FOI CONSIDERADO DESERTOR
O comandante do posto da GNR de Alter do Chão, no distrito de Portalegre, foi considerado desertor, por não comparecer ao serviço há vários dias sem ter apresentado qualquer justificação, disse fonte da força de segurança. A mesma fonte indicou à Lusa que a GNR desconhece “a localização” do militar, com a graduação de 2.º sargento, que comanda o posto de Alter do Chão, e que não comparece ao serviço “há mais de 10 dias”, estando por este motivo a cometer um “crime militar”. O militar está sujeito a uma pena ao abrigo do Código de Justiça Militar, indicou fonte da GNR, acrescentando que é considerado desertor o militar que se ausenta mais de 10 dias consecutivos injustificadamente.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 9
CASTRO VERDE SESSÕES PROMOVEM IGUALDADE DE GÉNERO
Mais de 160 alunos da Escola Secundária de Castro Verde participaram em quatro sessões de sensibilização para a igualdade de género, dinamizadas pela Companhia de Teatro Baal 17, de Serpa. As sessões visam a preparação de oficinas de animação para a educação de mediadores de pares em igualdade de género, que irão decorrer ao longo dos próximos dois anos letivos. Nas oficinas foram usadas metodologias de teatro participativo com o objetivo de criar um espetáculo de teatro interativo com o público escolar sobre a igualdade de género. Todas as iniciativas são desenvolvidas no âmbito do projeto “IGualaRTe”, promovido pela associação de desenvolvimento local Esdime e que pretende contribuir para a prevenção da violência de género e fomentar a participação equilibrada do homem e da mulher na vida profissional.
TERÇA-FEIRA, DIA 10
BEJA CÂMARA LANÇA LINHA VERDE DA PROTEÇÃO CIVIL
A Câmara Municipal de Beja passou a disponibilizar uma linha verde do serviço municipal de proteção civil. Através do 800 205 854 o munícipe “poderá transmitir qualquer problema, denúncia ou dúvida relacionada com a área da proteção civil na área do concelho de Beja”.
Por muito que possa parecer não é um debate eleitoralEsta semana estiveram por terras de Ourique os deputados eleitos pelo círculo de Beja e também alguns dos candidatos não eleitos. Para falarem dos problemas de sempre. Sempre por resolver.
Se for só um a puxar a bandeira sai mais facilmenteReinaugurou-se esta semana, em Olhas, Ferreira do Alentejo, o Centro de Convívio e Recreio da aldeia. E só quem vive longe dos grandes centros consegue perceber a alegria que vai no rosto destas pessoas.
São do Bairro da Conceição mas a foto foi tirada em PombalOnde decorreu no passado sábado a primeira competição de pista coberta em atletismo. E onde os atletas do Bairro Nossa Senhora da Conceição fizeram boa figura. João Gradiz voltou a dar nas vistas.
Estas senhoras tão bem vestidinhas estão a cantar aos reis MagosA semana passada foi testemunha da recuperação do cante aos reis que se está a fazer um pouco por todo o Baixo Alentejo. Aqui mostramos uma sessão em Ervidel, mas houve cantoria um pouco por toda a região.
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Na capa
Joaquim Soares, presidente da associação, considera que “para fazermos com que
a candidatura vingue é preciso muito trabalho por parte dos can-tadores, mas sobretudo dos res-ponsáveis políticos que têm a ver com a área cultural” e mesmo que as “coisas não corram como que-remos”, os “ holofotes que estão a ser criados à volta do cante já são positivos”.
Domingo passado estiverem reunidos na Casa do Alentejo, em Lisboa, responsáveis pela candidatura e representantes de dezenas de grupos corais, numa espécie de “pontapé de saída” para o “muito trabalho que te-mos pela frente”.
“Este encontro pode ter sido o início de um novo ciclo para o cante. Traçaram-se ali algumas metas e delinearam-se diretrizes para começarmos a trabalhar e uma delas é juntar os mestres de cante, conversar em conjunto e mostrar o que pode ser feito para que os ensaios possam transmi-tir e dar mais qualidade aos gru-pos”, diz ao “Diário do Alentejo” Joaquim Soares.
Reunião na Casa do Alentejo em Lisboa juntou grupos corais
Cantar o Alentejodo presente e do futuro
e, ao mesmo tempo, tenha bases para inovar.
“Antes os homens cantavam no trabalho, depois juntavam--se na taberna e, no fundo, can-tavam todos os dias. E da muita quantidade de pessoas que canta-vam surgia aqueles que eram os melhores e os bons, que faziam os pontos e os altos, os grupos en-trosavam muito bem as vozes e aquilo era uma autêntica maravi-lha”, refere.
Hoje as coisas já não se pas-sam assim. “Pegar nesse pessoal todo, trazê-lo para uma cidade,
Para o presidente da MODA, que reúne mais de metade dos cerca de 120 grupos corais em ati-vidade, a preparação e o melho-ramento da qualidade dos ensaia-dores é imprescindível para que o cante ganhe mais qualidade, pre-serve o cancioneiro tradicional
A Casa do Cante Alentejano deverá ser inaugurada no verão de 2012, em Serpa, para “crescer” e tornar-se num “espaço de estudo, promoção, apresentação e
ensino” do género musical, disse um dos fundadores da ins-tituição à Lusa.
O edifício deverá abrir portas no próximo verão e “de-pois vai crescendo e dando vida” àquela música tradicio-nal portuguesa, “principalmente para que o cante possa ser ouvido pelas futuras gerações”, disse Pedro Mestre, um dos fundadores da Casa do Cante.
A casa deverá também servir de sede à Confraria do Cante e vai trabalhar em parceria com o Musibéria, Centro Internacional de Músicas e Danças do Mundo
Ibérico, inaugurado em abril de 2011, onde poderão ser gravados trabalhos musicais.
Para o futuro local está projetada a instalação de um museu, que acolha exposições, lojas e um centro de docu-mentação, prevendo-se ainda a possibilidade de dar for-mação sobre o cante, até para responder a “dificuldades que os grupos têm”, acrescentou Pedro Mestre.
O membro do grupo fundador da Casa do Cante Alentejano enumerou, por exemplo, as dificuldades de angariar fundos para transportes e fatos dos grupos de intérpretes, assim como dúvidas sobre quais os microfo-nes a usar em palco.
Para Pedro Mestre, a formação será palavra de ordem
para fazer perdurar o cante com qualidade.O membro do grupo fundador da Casa do Cante, to-
cador de viola campaniça, dinamizador e ensaiador de diversos grupos corais, lembrou projetos que decorrem em escolas, como acontece com turmas da Damaia e de Oeiras, para ilustrar a importância do desenvolvimento do cante até fora da região de origem, o Alentejo.
A candidatura do cante a património imaterial da hu-manidade da Unesco deverá ser decidida em novembro de 2013 pelos peritos da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, e é protagonizada pela Câmara Municipal de Serpa e a Confraria do Cante Alentejano, com o Turismo do Alentejo.
A MODA – Associação do Cante Alentejano, que reúne mais de meia centena de grupos corais, é uma das entidades que apoia a candidatura do cante a Património Imaterial da Humanidade, que vai ser apresentada à Unesco já no próximo dia 30 de março, pela comissão promotora.
Texto Carlos Júlio
Casa do Cante Alentejano abre no verão em Serpa
para um palco, para uma feira, tem que ser programado. E é essa necessidade de programação e de preparação que é preciso trans-mitir e que passa, sobretudo, pela qualidade de um homem essen-cial nos grupos que é o ensaiador. Atualmente, os nossos mestres ensaiadores não têm formação musical, canta-se menos do que se cantava, as pessoas que es-tão nos grupos já não têm aquela perspetiva de ganhar uma dinâ-mica forte de conjunto e as coi-sas vão esmorecendo”, acrescenta Joaquim Soares, que é o principal
responsável também pelo grupo Cantares de Évora.
Joaquim Soares nasceu em Beja há 67 anos, “no largo do Carmo, onde existiam várias ta-bernas e onde ao fim da tarde a gente que vinha do campo ia be-ber um copo e cantar”, mas vive há quase 40 anos em Évora. Fala com emoção e carinho do cante e dos homens e mulheres que lhe dão voz.
“Os grupos estão distribuí-dos pelo Alentejo, pela área da grande Lisboa e em todos os lu-gares onde há alentejanos há cante. Sempre que um grupo de alentejanos se junta e bebe um copo, cantam. Mas os pon-tos fortes são quatro: Cuba, Serpa, Castro Verde e um outro que junta Aljustrel e Ferreira do Alentejo. É, sobretudo, à volta destes núcleos que o cante se de-senvolve. E depois na zona de Lisboa existem alentejanos de todo o Alentejo, mas o que pre-domina mais são alentejanos da Margem Esquerda e da zona de Beja, levando para esses grupos a forma de cantarem das zonas donde saíram”, diz o presidente da Associação do Cante.
Joaquim Soares, apesar de de-fender a necessidade dos grupos re-tomarem o cancioneiro tradicional, considera também que a inovação e o “salto” da tradição para a moder-nidade é um dos maiores desafios que se colocam aos grupos.Casa do Alentejo Domingo passado foi dado o “pontapé de saída” na candidatura do cante a Património da Humanidade
“Os grupos estão distribuídos pelo Alentejo, pela
área da grande Lisboa e em todos os lugares onde
há alentejanos há cante. Sempre que um grupo de
alentejanos se junta e bebe um copo, cantam”.
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2A nova Aldeia Nova
Uma produção musicaldo Alentejo
comtemporâneo
Aldeia Nova – título do livro de Manuel da Fonseca (1942) – deu nome ao novo espectá-culo do cantor-autor bejense Paulo Ribeiro, que homenageia o escritor com declamação, dança, fotografia e música ao vivo.
Para comemorar 100 anos do nascimento do poeta cuja obra literária, com grande pro-fundidade e afeição, deu voz à aspereza ru-ral do Alentejo e à esperança na revolução de Abril – a rede CAL (Cultura Alentejo) lan-
çou um projecto inédito de co-produção, visando promover os artistas da região e a sua identidade cultural. A proposta financiada deveria integrar a obra do escritor, artistas e grupos de várias áreas e municípios e circular pelos seus cineteatros. Paulo Ribeiro reuniu assim músicos instrumentis-tas e cantores; actores da Lêndias d’Encantar (Beja); a Companhia Dansul (Mértola); o fotógrafo António Cunha e o cenógrafo António Caturra; e fi-larmónicas ou grupos corais de Serpa, Mértola, Castro Verde, Cuba, Cercal e Santiago do Cacém.
O espectáculo começa na rua com uma banda filarmónica que leva o público ao auditório onde, como introdução, um grupo coral canta “Sou trabalhador de enxada: fui condenado ao nascer!” e no fundo do palco são projectadas fotografias de Manuel da Fonseca.
A partir dos poemas, Paulo Ribeiro fez composições originais que va-riam em assuntos, timbres, ritmos e estilos, num espectro rico que mani-festa a pertinência e a diversidade da obra celebrada – retratista, român-tica e política. É o caso de temas como “Aldeia”, onde o estrondo vibrante da fanfarra acorda o povoado alvo e sereno; “Tu e eu meu amor” em balada terna que aconchega a “ânsia insegura de uma boca beijada”; “Estio”, que de solo introspectivo evolui para valsa alegre e saudosa do “horizonte todo de roda caiado de sol”; o coro dos desempregados da câmara em versão rap, que critica a vacuidade da vida “na penumbra das paredes, curvados p’rás secretárias (…) carimbando, pondo selos, bocejando”; e uma orquestração mais épica e dramática de “As balas” onde se recorda que, ao contrário da fertilidade das uvas que dão vinho, da lenha que dá calor e da primavera que dá cor ao campo, “…as balas só dão sangue derramado”.
Com as bailarinas, e sob a minha direcção, a dança foi criada em duas partes, a partir do poema “Aldeia”. Primeiro como coreografia gestual alu-siva ao quotidiano na aldeia de outrora, frente à projecção de imagens de casarios e paisagens. A segunda dança é uma abstracção da primeira, rein-terpretada com improvisações, onde as bailarinas se movimentam de ca-belos soltos e saias curtas, como é hábito na sua vida contemporânea. Apresentadas com temas instrumentais, estas danças evitam uma relação literal com texto e música e criam intervalos no alinhamento de canções.
Também pontuando o espectáculo poemas e excertos de contos ditos por António Revez em monólogos tocantes, parecem trazer o escritor e a sua história ao presente e frequentemente suspenderam a audiência.
Inovadora no seu contexto, esta “Aldeia Nova” agita memórias e expecta-tivas e cruza património popular e experimentação multidisciplinar. Paulo Ribeiro permitiu, numa abordagem coerente, acessível e afectuosa, revisitar ou conhecer Manuel da Fonseca e mostrar a vitalidade de uma geração com ambições artísticas e profissionais que habita o Alentejo. Ainda bem que as autarquias investiram nesta produção e circulação fundamental de valores e relações culturais. O projecto termina em Santiago do Cacém, com o último espectáculo amanhã, sábado, 14 de janeiro, às 16 horas.
Paula Varanda
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“Há nomes que estão a ser excluídos”
José Francisco Colaço Guerreiro foi o primeiro presi-dente da MODA – Associação do Cante Alentejano. Está ligado à Cortiçol, Cooperativa Cultural de
Castro Verde, e ao grupo coral As Camponesas de Castro Verde. É autor de um abaixo-assinado que circula na Internet a apoiar a candidatura do cante a Património Imaterial da Humanidade. Como encara esta candidatura?
Saúdo pessoalmente esta ou qualquer outra candidatura que tivesse surgido com o intuito de sublinhar a relevân-cia etnomusical que o cante merece, transpondo para um fórum internacional o reconhecimento que dentro de portas nem sempre se tem conseguido.
É nosso entendimento que a classificação do cante como Património da Humanidade deve ser o culminar de um processo iniciado pela “MODA” – Associação do Cante Alentejano, que logrou alcançar a classificação da nossa expressão vocal mais autêntica, como patrimó-nio imaterial local, pela quase totalidade dos municípios do Alentejo e mesmo por algumas autarquias da área da grande Lisboa.
Considero que deveria ter havido previamente uma tomada de posição regional e nacional sobre a valia do cante e depois avançar-se-ia para a classificação pela Unesco. Mas isto é um pormenor, prende-se com oportu-nidades e timings que eu desconheço e tal não invalida a minha total concordância com a substância da candida-tura, conforme manifesto que redigi e circula como peti-ção na Internet que reúne já cerca de 1 500 assinaturas. No seu entender o grupo de entidades que está a de-
senvolver a candidatura está a saber envolver a globa-
lidade dos grupos e dos agentes que se movem na área
do cante (seja em termos de maior envolvência geográ-
fica, política, etc...) ou considera que ainda há trabalho
a fazer neste campo?
Quanto à génese desta candidatura de nada serve pen-sarmos que poderia ter tido um surgimento diferente. Nasceu de cima para baixo, quando as searas crescem de baixo para cima. Mas existe, está no terreno e o que importa é tudo fazer para apoiar o seu propósito.
Porém, entendo que antes do seu lançamento, e não depois, deveria ter sido procurado o envolvimento dos intérpretes e baluartes da moda (só no passado do-mingo foi feito o primeiro contacto com os grupos co-rais em Lisboa). Julgo que a dinâmica de lançamento da candidatura deveria ter sido partilhada desde o início com todas as autarquias onde existem grupos corais, para que o palco do cante fosse o Alentejo e não o con-celho de Serpa, como está a acontecer.
Por outro lado, assisto com alguma apreensão à exclusão, no momento da partida, de nomes impor-tantes da cultura a lentejana, designadamente da área do cante, em favor de outras entidades que, em-bora de proa a nível nacional, sempre foram alheios ao nosso cantar. CJ
José FranciscoColaço Guerreiro Fundador da MODA– Associação do Cante Alentejano;membro da Cooperativa Culturale do grupo coral As Camponesas,de Castro Verde
“Cantar o Alentejo do pre-sente e do futuro é o desafio que se coloca agora ao cante. Para isso são necessários poetas po-pulares que tenham espaço para exteriorizarem toda a sua vivência dos dias de hoje. Mas inovar não pode ser uma coisa feita em cima do joelho, como, aliás, grande parte do reportó-rio que anda por aí a ser can-tado em que uma mesma mú-sica serve para serem cantadas várias modas, ao mesmo tempo que ainda há muita coisa por cantar, do cancioneiro tradicio-nal, que ninguém apresenta”, salienta Joaquim Soares, para quem “é preciso que os cha-mados músicos eruditos tam-bém percebam a riqueza da tra-dição. Quando entenderem o que é o cante – o que não acon-tece ainda com muitos – eles irão buscar às raízes da tradi-ção todo o sumo para poderem fazer música erudita com base nestes sons tradicionais e, as-sim, inovarem”.
Joaquim Soares evoca tam-bém uma experiência recente le-vada a cabo no Teatro Garcia de Resende em que quatro modas tradicionais do cante alentejano, cantadas por ele próprio e por um antropólogo e investigador ligado à Universidade de Évora, José Rodrigues dos Santos, fo-ram acompanhadas ao piano pelo musicólogo e professor uni-versitário Amílcar Vasques- -Dias. “É um facto que a evolu-ção e a experimentação têm que estar nos dias de hoje em cima da mesa, mas de uma forma sé-ria e bem estruturada”, salienta.
Essencial para o “cante” é também a existência de espaços próprios onde possa ser cantado. Já não se canta no trabalho, as tabernas desapareceram, em muitas coletividades não se pode cantar, daí que Joaquim Soares aponte um caminho: a criação de espaços de convívio, públi-cos, onde se petisque, se conviva e se possa ouvir “cantar à alen-tejana”, um pouco à maneira das casas de fado, mas mantendo toda a decoração e todo o “am-biente” do Alentejo.
“Temos feito isso em Évora, servimos petiscos e cantamos e as pessoas adoram. Muitas vêm de longe e voltam sempre. Acho que a criação de espaços deste tipo, mesmo nalgumas aldeias e vilas, podia ser importante mesmo em termos de mais-va-lias”, diz.
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Atual
O Facebook nasceu em 2004, f un-dado por quatro
estudantes de Harvard: Mark Zuckerberg, Dus-tin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes. Inicialmente era uma ferramenta apenas aces-sível aos estudantes desta instituição universitária americana, mas a partir de setembro de 2006 foi aberta a todos os terráqueos, “com mais de 13 anos”, com acesso à Internet.
Para o comum dos utilizado-res o Facebook serve para, entre “amigos”, partilhar estados de alma, mostrar fotografias das fé-rias, marcar encontros, reencon-trar alguém que há muito não se vê, procurar dadores de órgão, desfazer-se de algo em segunda mão, marcar posição em relação a um acontecimento político ou não, denunciar abusos dos pode-rosos ou revelar talentos literá-rios ou musicais.
Mas os políticos de todo o mundo não tardaram a descobrir outras virtudes na rede social e começaram a utilizá-la, quer em períodos de campanha eleitoral, quer diariamente no contacto com os seus eleitores.
Passos Coelho, Paulo Portas, António José Seguro, Jerónimo de Sousa e Francisco Louça têm páginas em seu nome. A nível distrital são cinco os presidentes de câmara que mantém, de forma mais ou menos re-gular, presença no Facebook: Manuel Narra, Jorge Pulido
O Facebook é cada vez mais uma arma de intervenção política
Autarcas lançam “rede” aos munícipes
António Zambujo, Virgem Suta, Jorge Serafim ou Lêndias d’Encantar são apenas
alguns dos produtores artísticos que marcam presença no Facebook. A interação
com os fãs é o que ressalta do conteúdo das páginas. A rede social permite aos
criadores culturais ter um feedback, quase instantâneo, dos seus seguidores.
A indicação da agenda de espetáculos é outra das funcionalidades aproveitada.
Valente, Aníbal Costa, Pedro Carmo e João Rocha.
No entanto, nem todos o uti-lizam da mesma forma ou com a mesma regularidade. Enquanto a
página de João Rocha, presidente da Câmara Municipal de Serpa, é, acima de tudo, um meio para receber inputs de amigos e mu-nícipes, as de Aníbal Reis Costa (Ferreira do Alentejo) e Manuel Narra (Vidigueira) são diaria-mente alimentadas com infor-
mações dos autarcas para as suas comunidades.
P a r a N a r r a , o Facebook é o local onde
responde “aos munícipes que, por diversos motivos,
não tiveram a possibilidade
ideias”, acrescenta Aníbal Costa, para quem o Facebook “é poliva-lente em termos comunicacionais e consegue chegar onde os tradi-cionais meios não chegavam”.
Pulido Valente soma mais uma razão para utilizar este “instrumento muitíssimo pode-roso: tornar mais transparente e participada a gestão municipal”. Manuel Narra, por seu lado, uti-liza-o para lançar o debate so-bre “algumas ideias e inten-ções”, e “como esta ferramenta nos coloca em qualquer parte do mundo”, permite-lhe intera-gir “com outras realidades e for-talecer o relacionamento com as gentes que vivem e trabalham noutros países”.
O autarca de Odemira, que confessa já ter sido ajudado pelos munícipes através do Facebook “a resolver problemas com outra perspetiva”, levanta, no entanto, uma questão pertinente e que se prende com o direito ao recato da vida privada. Diz ele que se obriga a alguma reserva na uti-lização do Facebook, por um lado para “manter alguma pri-vacidade”, e, por outro, para que a sua atividade não “seja enten-dida como uma imposição” da sua imagem ou das suas ideias políticas, afirma.
Já Aníbal Costa, olhando para a “geração mais jovem”, desco-bre aqui uma forma de contra-riar o seu afastamento da vida política. São os jovens que “ten-dem a colocar mais questões” por esta via, regista.
Para o presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo “as no-vas plataformas comunicacio-nais são algo verdadeiramente imprescindível para um eleito local ou nacional. Quem não perceber isso deverá fazer uma grande ref lexão sobre como deve abordar a sua atividade profis-sional”, afirma.
No entanto, o autarca lem-bra que, “não obstante as gran-des virtudes das redes sociais”, os eleitos não se devem esquecer “de incrementar o contacto cara a cara”, com os eleitores. “Só nessa ausência devemos encarar as ‘redes sociais’ como a ferra-menta essencial”, conclui.
Tem 750 milhões de utilizadores ativos em todo o mundo. Em Portugal não se sabe quantos são os “facebookers”, mas começa a ser difícil encontrar alguém, alguma empresa ou associação que não utilize esta rede social. No entanto, entre os presiden-tes de câmara do distrito de Beja apenas cerca de um terço tem página aberta no Facebook. Tentámos saber, contactando-os através da rede social, quais as motivações e de que for-mam utilizam este instrumento de comunicação “muitíssimo poderoso”.
Texto Aníbal Fernandes
Ilustração Paulo Monteiro
de falar comigo pessoalmente”.
Ta m b é m A n í - b a l Costa reconhece que todos
os dias utiliza a rede social, “vá-rias vezes durante o dia, nomea-damente através de dispositivos móveis” e contacta “de forma re-gular com muitas pessoas”. O autarca de Ferreira do Alentejo usa ainda o Facebook para res-ponder a mensagens que, nor-malmente, dizem respeito à ati-vidade municipal.
Já os presidentes das câmaras de Beja e Ourique são menos assí-duos na rede. Usam-na, no entanto, com alguma regularidade: “Para ter um relacionamento mais direto com os eleitores e também amigos e familiares distantes”, segundo Pedro Carmo; ou “Exclusivamente por motivos profissionais com o objetivo de informar e comunicar de forma fácil e direta com os mu-nícipes e as pessoas em geral”, diz Pulido Valente.
Numa coisa estão todos de acordo, é um meio de “comu-nicação muito válido e abran-gente”, diz Pedro Carmo. Para além disso permite “criar uma ‘rede social’ com grande rapi-dez e consegue transmitir, ra-pidamente, vários conteúdos e
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António Inverno, pintor, natu-ral de Monsaraz, é maçom vai para 30 anos e tem creden-ciais para abrir uma loja em Beja. Desde que regressou ao Alentejo já iniciou diferentes “irmãos” em lojas de Lisboa e do Algarve. E esteve na própria iniciação maçónica de Ramos Horta: “Uma semana depois estava a ser recebido na Casa Branca”. Agora está contra a promiscuidade entre empresá-rios, juízes e políticos no inte-rior desta organização secreta. Todos se deveriam assumir.
Texto Paulo Barriga
Ilustração Susa Monteiro
António Inverno, um dos mais importantes artis-tas plásticos portugue-
ses, que reside há vários anos no Alentejo, é também um dos rostos mais visíveis da maçonaria na re-gião. Defende abertamente o fim do secretismo e sente “vergonha” pelos recentes casos que vieram a público e que são indiciadores de relações perigosas entre políticos, magistrados e empresários no ceio destas organizações secretas. “Um homem, qualquer homem, pode falhar, mas se queremos ser o es-pelho da sociedade não podemos levar bandidos lá para dentro”, re-
força o pintor maçom.António Inverno entrou na
maçonaria vai para 30 anos. Foi iniciado no Estoril, nos primór-dios da Grande Loja Regular de Portugal, que é talvez a mais “universalista” das lojas sedia-das no nosso país, com mais de 17 milhões de membros espa-lhados pelo mundo. Atualmente está mais ligado à Loja Europa, em Lisboa, e a pequenas lo-jas situadas no Algarve, nome-adamente em Albufeira e Faro. “O Algarve continua a ter um peso interessante na maçonaria, muito à custa dos ingleses que chegam e querem fazer lobbying. Mas agora os negócios também estão mal para eles e a coisa co-meça a perder força”, esclarece Inverno.
No Alentejo, atualmente, existe apenas uma loja em Évora, a Alentejo 29, “que não funciona lá muito bem”, mas António Inverno tem iniciado alguns alentejanos no universo maçó-nico: “Não posso falar em no-mes, mas tenho iniciado pessoas cá de Beja em lojas no Algarve”. Inverno, aliás, refere que, neste momento, tem credenciais para abrir uma loja em Beja, “mas não quero ser eu o venerável mestre. Tenho consciência da minha de-sorganização”, esclarece.
No entanto, António Inverno considera “fundamental estar por dentro das coisas para aí po-der criticar e fazer o bem”. Numa referência clara à assunção dos políticos maçons, Inverno é bem claro: “Todos devem declarar a sua filiação e os juízes não devem pertencer à maçonaria, para que não haja qualquer dúvida em re-lação aos bons princípios que es-tão por detrás desta organização, que é fazer o bem, que é melhorar o maçom como homem de bem e de bons costumes, para que ele, por sua vez, possa melhorar a so-ciedade. O que agora está a acon-tecer não tem nada a ver com a maçonaria. A maçonaria é uma organização de grande nobreza”.
E toda “esta trapalhada” vem “dar razão às pessoas que des-confiam cada vez mais da maço-naria. Pelo que os políticos de-vem demonstrar a sua declaração de interesses”. Até porque a fun-ção de um maçom na socie-dade não é fazer negócios, é construir uma sociedade melhor, é construir o Templo que é o próprio homem, é evi-tar conf litos. A construção do Templo é bonito: a força, a beleza, a sabedoria. Tenho pena de o di-zer, mas não estou contente com o que está a acontecer e até sinto vergonha”, reforça.
A ligação do líder parla-mentar do PSD, Luís Montenegro, à maçona-
ria e o facto de pertencer à mesma loja maçónica (Mozart) que o ex --diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), Jorge Silva Carvalho, e que estará envolvido num processo de trá-fico de influências entre os servi-ços secretos e grupos económicos, tem levantado o debate na opinião pública portuguesa sobre a obri-gatoriedade dos titulares de car-gos públicos revelarem se perten-cem à maçonaria.
O deputado à Assembleia da
Ramos e Ameixa não pertencem, Simões não abre o jogo
Os deputados de Beja e a maçonariaRepública do Partido Socialista pelo círculo de Beja, Luís Pita Ameixa, considera que o pertencer à maçonaria apenas diz respeito ao foro pessoal de cada um. Contudo, sublinha que “não seria mau” que os políticos assumissem essa liga-ção, quando ela existe, sendo favo-rável a isso mesmo. “Isso derruba-ria os preconceitos ou as dúvidas que possam existir sobre o verda-deiro objetivo da pertença a esse tipo de associações cívicas”.
Para o deputado socialista, cada um é livre de pertencer ao tipo de associação que pretender, ressal-vando, no entanto, que não deve
haver qualquer tipo de ingerência no poder. “Nós temos que ter um regime político que seja transpa-rente e em que o único critério de desempenho dos cargos públicos é o critério do interesse público”. Pita Ameixa defende que “quem está em cargos públicos não está nas mesmas circunstâncias que qual-quer outra pessoa”. Questionado pelo “Diário do Alentejo”, o socia-lista afirma não pertencer à maço-naria, já que não se enquadra com a sua “maneira de ver a vida e o mundo”, mas que, se pertencesse, assumiria esse estatuto.
“Nunca pertenci à maçonaria,
nem pertenço. As únicas associações a que pertenço são perfeitamente claras e explícitas”. Quem o afirma é o deputado do PCP, João Ramos. “Tudo o que haja de ligações pouco claras entre o poder político e qual-quer estrutura de poder ou de pres-são” é prejudicial e negativo. Apesar desta posição, João Ramos considera que é um contrassenso a assunção da condição de maçom. “Sendo socieda-des secretas ou semissecretas, nada obriga a que isso seja explicitado. No entanto, devia haver mais cuidado entre aquilo que possa ser a promis-cuidade entre quem exerce funções políticas e outro tipo de poderes ou
pressões”.Já o deputado do PSD, Mário
Simões, não quis falar ao “DA” sobre o tema, afirmando que se há pessoas no seu partido que “alimentam esses fait-divers”, o próprio não o faz. O so-cial-democrata afirma que “são as-suntos que vêm para a praça pública para desviar a atenção do que é real-mente importante”.
Opinião distinta tem a minis-tra da Justiça do governo PSD, Paula Teixeira da Cruz, que defen-deu esta semana que as ligações à maçonaria “deveriam ser objeto de um registo de interesses”.
Marco Monteiro Cândido
Os maçons de Évora reúnem-se na Alentejo 29
Beja pode vir a ter loja maçónicanio Inverno ental estar
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O que é a maçonaria?A maçonaria é uma ordem iniciática fraternal, em que os seus membros procuram o aperfeiçoamento intelectual. De acordo com os valores maçónicos, os membros da maçonaria devem cultivar a liberdade, a igualdade e a fraternidade, bem como o aclassismo e o aperfeiçoamento intelectual, que devem usar ao serviço de uma sociedade mais livre, justa e igualitária.
Como funciona em Portugal?A maçonaria está em Portugal desde o início do século XIX, tendo o Grande Oriente Lusitano – a mais antiga obediência do País – sido criado em 1804. Mais tarde, o GOL entrou em rota de colisão com a Grande Loja Unida de Inglaterra, tendo sido “irregularizado”. Os membros do GOL preferem definir-se como maçonaria “adogmática”. Nos anos 80, começaram os movimentos que deram origem à chamada maçonaria regular, cuja maior organização é a Grande Loja Legal de Portugal/GLRP (1991).Fonte: “Diário de Notícias”/Rui Pedro Antunes
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O PS acusou na segunda-feira o PSD de querer “retirar” verbas comunitárias afetas ao Alqueva para o Baixo Vouga Lagunar, um “desígnio” que diz ter sido “escondido” de um projeto de resolução social-democrata aprovado “por unanimi-dade” no Parlamento.
“Há, de facto, o propósito do PSD de retirar verbas ao Alqueva para pôr noutra região”, o Baixo Vouga
Lagunar, disse o presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, Luís Pita Ameixa, numa conferência de imprensa em Beja.
Segundo o também deputado do PS eleito por Beja, na semana passada, o Parlamento discutiu e aprovou, “por unanimidade”, um projeto de re-solução do PSD que recomenda ao Governo me-didas de proteção ao Baixo Vouga Lagunar.
A resolução do PSD teve, “e bem, a fácil ade-são de todos ao proclamar abstratamente” que “sejam consideradas verbas financeiras dos programas comunitários de apoio ao desenvol-vimento rural do País necessárias à conclusão do Projeto de Aproveitamento Hidroagrícola do Baixo Vouga Lagunar”, disse.
No entanto, frisou, “não se sabia” o “desíg-nio escondido por trás daquelas palavras apa-rentemente acertadas, mas abstratas”, ou seja, a “intenção” do PSD de querer “retirar” verbas comunitárias afetas ao Alqueva para o Baixo Vouga Lagunar.
A “intenção” do PSD, lembrou, foi expressa pelo deputado social-democrata e membro da Comissão Parlamentar de Agricultura, Ulisses Pereira, em declarações à Lusa um dia antes de o projeto de resolução ter sido discutido no Parlamento.
Ulisses Pereira defendeu que, face à conjun-tura económica do País, há opções a tomar e prio-ridades a estabelecer e a conclusão do Projeto de Aproveitamento Hidroagrícola do Baixo Vouga Lagunar poderá ser financiada pela reafectação de verbas do projeto do Alqueva.
O projeto “é também um dos projetos de re-gadio importantes e o Alqueva não fica nada prejudicado nos muitos milhões que são pre-cisos para acabar, se uma ínfima parte for des-locada para o Baixo Vouga Lagunar”, disse Ulisses Pereira à Lusa.
“O projeto tal como está escrito merece o voto a favor”, porque visa “resolver o problema do Baixo Vouga Lagunar” e com fundos comu-nitários, o que “também ninguém tem nada a opor”, disse Pita Ameixa.
O “problema” é que Ulisses Pereira mostrou que “há uma intenção escondida e que não es-tava explícita no projeto de resolução”, ou seja, “os fundos comunitários são para retirar do Alqueva para pôr no Baixo Vouga Lagunar” e com isso o PS “não pode estar de acordo”, frisou.
Se a “intenção” do PSD estivesse escrita na resolução “haveria certamente quem tivesse vo-tado contra”, disse, referindo que o PS, no dia da votação da resolução, “não conhecia” as de-clarações de Ulisses Pereira e se as conhecesse teria votado contra ou, pelo menos, teria exi-gido um esclarecimento.
A situação “é deveras grave e, sobretudo, in-justa”, porque, as declarações de Ulisses Pereira “provam” que “existe verba para o Alqueva”, ao contrário dos “argumentos” do Governo para justificar o adiamento da conclusão do projeto, e o PSD “pretende desviá-la para outras regi-ões”, “onde, se calhar, o PSD tem mais influên-cia”, disse.
As afirmações “encaixam no ataque contra o financiamento do Alqueva, que tem vindo a ser desenvolvido pelo Governo PSD/ /CDS-PP” e “nunca teriam sido proferidas” por Ulisses Pereira “se não tivessem por trás o acolhimento do próprio Governo”, acusou Pita Ameixa.
“Dá a ideia que [Ulisses Pereira] tem as costas quentes e que já há uma combinação com o Governo para a reafectação ser feita” e o Executivo PSD/CDS-PP está “confrontado” com a necessidade de “ser transparente e contar a verdade aos alentejanos”, disse Pita Ameixa.
PS diz que Governo está a desviar verbas
De Alqueva parao Vouga Lagunar
O executivo municipal de Mértola apresenta publicamente hoje,
sexta-feira, pelas 18 horas, o orçamento e as grandes opções
do plano. Na sessão dirigida aos munícipes, que terá lugar no
Cineteatro Maques Duque, serão também apresentadas as
principais obras a executar em 2012 e anos seguintes.
Câmara de Mértola apresenta
orçamento
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AComunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) vai pro-mover uma reunião com várias
entidades, como associações de agriculto-res e empresários, para ser tomada uma posição pública conjunta sobre as “indefi-nições” à volta do projeto Alqueva.
O presidente da Cimbal, Jorge Pulido Valente, disse à Lusa que o conselho exe-cutivo da entidade decidiu promover a reunião com várias entidades do Baixo Alentejo “com interesse ou ligação ao pro-jeto Alqueva”, como associações de agri-cultores, empresários e deputados.
Através da reunião, ainda sem data marcada, explicou, pretende-se “tomar uma posição pública conjunta” sobre “as indefinições, os atrasos, os adiamentos e os novos dados preocupantes” relativos ao projeto Alqueva.
Segundo o também presidente socia-lista da Câmara de Beja, “está a ser feita uma total descapitalização” da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), que “atravessa dificul-dades financeiras” e “não está a preparar o lançamento de novos concursos para as obras das fases seguintes do projeto”.
“Quando as obras em curso termi-narem, não vão começar outras que fa-zem parte do projeto” global de Alqueva, disse.
Por outro lado, há “novos dados preo-cupantes”, ou seja, “há a intenção de des-viar fundos comunitários destinados ao Alqueva” para a região do Baixo Vouga Lagunar, lamentou.
O eventual desvio de fundos, “as-sociado às indefinições, aos adiamen-tos e atrasos do projeto”, ref lete “uma
intenção clara do Governo de desinvestir no Alqueva”, afirmou.
O desinvestimento no Alqueva se-ria “dramático para a região”, porque, “a pensar nos prazos inicialmente previstos, há projetos agrícolas que já estão no ter-reno e precisam de água e há outros que estavam preparados para avançar, mas aguardam decisões do Governo relativa-mente ao projeto”, sublinhou.
Jorge Pulido Valente explicou que a reunião surge também porque a Cimbal “ainda não obteve qualquer resposta” da ministra da Agricultura ao convite que lhe fez “há mais de um mês” para se des-locar à região para “esclarecer a situação e prestar informações sobre as perspeti-vas do Governo relativamente a Alqueva”.
A Cimbal, “antes de tomar qualquer posição pública”, decidiu convidar a mi-nistra da Agricultura a deslocar-se à re-gião para “esclarecer a situação”, mas “como não obteve qualquer resposta, de-cidiu promover a reunião para tomar uma posição pública”, explicou.
No passado mês de setembro, a mi-nistra da Agricultura, Assunção Cristas, prometeu um “grande empenho” na con-clusão do Alqueva até 2015, mas salientou que o andamento da obra dependia das “condições de financiamento do Estado português”.
Na altura, a governante frisou que “não é possível fazer um esforço imenso de financiamento para concluir Alqueva em 2013”, como estava previsto pelo an-terior Governo PS, referindo que o atual Executivo ia “arregaçar as mangas para que seja possível concluir [as obras] até 2015”.
Encontro com agricultores ainda sem data
Indefinições inquietam autarquias
A Câmara Municipal de Almodôvar poupou quase dois milhões de euros em 2011 e fechou o ano sem dívidas a
fornecedores, sobretudo devido aos “segredos” de uma “gestão rigorosa”, disse à Lusa o presi-dente da autarquia.
“O município de Almodôvar fechou o ano de 2011 com uma taxa de execução orçamen-tal que ascende a cerca de 80 por cento da rea-lização da receita e a 70 por cento da realização da despesa”, o que permitiu poupar “quase dois milhões de euros”, precisou António Sebastião.
Por outro lado, a autarquia fechou 2011 e entrou no novo ano “sem quaisquer dívidas a fornecedores”, disse, lem-brando que, nos últimos anos, o tempo médio de pagamento aos fornecedores do município tem rondado os “10 dias”.
Segundo António Sebastião, a “situação financeira equili-brada” da autarquia deve-se aos “segredos” de uma “gestão rigo-rosa dos recursos financeiros”.
A “filosofia” do executivo de “realizar orçamentos realistas”, a “eliminação de despesas su-pérfluas”, o “rigor” na aquisição de bens e serviços e o aprovei-tamento de fundos comunitá-rios para financiar investimen-tos são os “segredos” da “gestão rigorosa”, que permitiu ao mu-nicípio “poupar recursos, sa-tisfazer os compromissos e responder às necessidades do concelho”, explicou.
Tudo isto “apesar dos cortes sucessivos nas transferências
do Orçamento do Estado, da diminuição das receitas e da situação económica e financeira do país”, sublinhou.
“É necessário rigor para responder às ne-cessidades do concelho, manter as contas equi-libradas, pagar aos fornecedores e ainda ter al-guns recursos financeiros para 2012, que vai ser um ano muito complicado, mas vamos encará--lo com conforto e confiança”, disse.
Segundo o autarca, a “situação financeira equilibrada” do município assume “especial im-portância” no atual contexto de crise económica e financeira e “tendo em conta” que em 2011 o município fez investimentos “significativos” e
“manteve uma política de ação social muito ativa”.
“Alguém poderá ser levado a pensar que se trata de uma câ-mara com uma dimensão muito reduzida e que faz gestão cor-rente e, portanto, é mais fácil atingir a estabilidade financeira, mas não é assim”, lembrou.
O município “não faz só uma gestão corrente da sua atividade” e “conseguiu a estabilidade fi-nanceira fazendo investimen-tos”, frisou, referindo que autar-quia em 2011 teve uma execução orçamental da receita de pouco mais de três milhões de euros e “uma parte substancial foi para investimentos”.
Por outro lado, frisou, “o concelho de Almodôvar é com-plexo e tem quase 800 quiló-metros quadrados de área”, o que “obriga a investimentos onerosos”.
“Gestão rigorosa dos recursos financeiros”
Almodôvar fecha exercício sem dívidas a fornecedores
“Alguém poderá ser levado a pensar que se trata de uma câmara com uma dimensão muito reduzida e que faz gestão corrente e, portanto, é mais fácil atingir a estabilidade financeira, mas não é assim”.
António Sebastião
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Governo pondera utilizar Beja
Companhias low cost no aeroporto
O Governo está a ponderar a utilização do aeroporto de Beja como alterna-tiva para receber as companhias aé-
reas de baixo custo (low cost), segundo uma resposta do Ministério da Economia ao depu-tado do PCP João Ramos.
“O aeroporto de Beja está a ser equacionado como alternativa para receber companhias low cost”, pode ler-se na resposta do Ministério da Economia e do Emprego, datada de 3 de janeiro.
O ministério tutelado por Álvaro Santos Pereira refere, no entanto, que “ainda não estão definidos os critérios que irão presidir à escolha dessa alternativa”.
A 19 de dezembro, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, esteve em Beja e participou numa reunião com autarcas,
deputados e agendes económicos do Baixo Alentejo, tendo lançado o desafio de criar um grupo de trabalho para definir “soluções de consenso” para o desenvolvimento do aero-porto de Beja.
O governante explicou, na altura, que o ob-jetivo do grupo de trabalho seria “encontrar al-ternativas para estimular a utilização” do ae-roporto de Beja, que afirmou ser um “pólo de retração”, porque existem “contas a pagar, que oneram o Estado e as entidades que participam no capital da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB)”.
O Governo anunciou a criação de um grupo de trabalho para definir a localização da base da companhia aérea low cost easyJet. A decisão deverá ser conhecida no final deste ano.
Holanda, Bélgica e Espanha são os três mercados externos em que o Alentejo vai realizar ações de pro-
moção turística, durante este mês, sobre-tudo através da presença em feiras, com a participação de empresários do setor.
As iniciativas são promovidas pela Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (Arpta), sendo a Holanda o primeiro país “visitado”, desde terça-feira, 10, numa feira na cidade de Utreque.
O Alentejo, integrado na participação de Portugal, está presente, até amanhã, sábado, na Vakantibeurs, “a mais impor-tante feira de turismo da Holanda”, real-çou a Arpta.
Nesta intervenção no mercado ho-landês, a agência de promoção externa é acompanhada por algumas empresas tu-rísticas alentejanas para procurar “esta-belecer novas parcerias com operadores turísticos”.
O grande objetivo, acrescentou a Arpta, é reforçar “a presença do Alentejo na-quele que é um dos seus mais importantes mercados”.
Depois desta aposta, revelou também a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo, as atenções da Arpta concen-tram-se na Feira Internacional de Turismo em Espanha (Fitur).
Igualmente com empresários, numa de-legação constituída por “mais de duas de-zenas” de participantes, a agência pretende aproveitar a feira, que decorre em Madrid, entre os dias 18 e 22, para “fazer uma pros-peção ao mercado espanhol”.
“A delegação que se desloca à maior feira ibérica de turismo é composta por empresários que representam diferentes tipologias de empreendimentos turísticos e agentes de animação”, referiu a Turismo do Alentejo.
Mais para o final do mês, entre os dias 26 e 31, o “alvo” é a Bélgica, com a pre-sença do Alentejo na feira Vakantiebeurs Vlaanderen, em Antuérpia, e uma ação de promoção conjunta entre a Arpta e a TAP.
“O Benelux é o segundo mercado ex-terno mais importante para o Alentejo e também um dos que apresenta um poten-cial de crescimento mais interessante”, re-alçou Vítor Fernandez da Silva, presidente da Arpta.
A iniciativa tem por objetivo “refor-çar a notoriedade das marcas Alentejo e TAP junto do consumidor final, com re-curso a contornos muito particulares”, resumiu a ERT.
Nos dias 27 e 28, na Estação Central de Antuérpia e no recinto da feira, respetiva-mente, vão ser promovidos eventos de ati-vação daquelas duas marcas com a realiza-ção do jogo “Avião da TAP Portugal”.
Trata-se de “um momento lúdico” em que os populares vão ser convidados a fazer ater-rar um pequeno avião de papel no logótipo da companhia aérea que estará no chão.
Para os vencedores há pequenos presen-tes, como miniaturas de garrafas de azeite alentejano ou convites para visitarem o stand da região na feira, onde se habilitam, através de sorteio, a uma semana de férias no Alentejo.
Empresários participam em diferentes feiras
Turismo do Alentejo pela Europa
A Câmara de Aljustrel e a empresa Águas Públicas do Alentejo
assinaram o contrato de consignação para a construção do
sistema elevatório da zona industrial da vila, num investimento
superior a 148 mil euros. O sistema, que inclui uma estação
elevatória, uma conduta elevatória, um troço de coletor
gravítico e outro de pressão gravítica, servirá para assegurar
o encaminhamento do afluente da zona industrial para
tratamento na Estação de Tratamento de Águas Residuais
(ETAR) de Aljustrel. A empreitada é apoiada pelo Programa
Operacional Temático Valorização do Território.
Sistema elevatório
da zona industrial de Aljustrel
Câmara de Serpa lança balcão único de atendimento e serviços on line A Câmara Municipal de Serpa lançou uma nova “solução de comuni-cação integrada” entre o município e os cidadãos, que in-clui um balcão único de atendimento, disponibilização de serviços on line e o portal do munícipe. O balcão único, que
faz parte de uma plataforma mais vasta e inclui vários ca-nais de ligação com o utente, de forma presencial, por te-lefone ou via Internet, vai “potenciar a qualidade e efi-cácia no atendimento”, explica o município. O serviço vai permitir a entrega digital de documentação e o seu trata-mento e encaminhamento de forma eletrónica, diminuir
o tempo de resposta, reduzir custos, nomeadamente com papel, e “um melhor e mais seguro arquivo de documen-tação”. No final de fevereiro, todos os serviços do balcão único vão estar disponíveis no Portal do Munícipe, o que irá permitir aos cidadãos aceder a todos os serviços da au-tarquia via Internet.
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Angola é o principal destino de exportação dos vinhos do Alentejo, mercado que
registou o maior aumento de ven-das de janeiro a outubro de 2011, 82,5 por cento, face a igual período de 2010, segundo a CVRA.
O diretor de marketing da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Tiago Caravana, revelou à Lusa que, de ja-neiro a outubro do ano passado, fo-ram exportados para Angola 3,2 mi-lhões de litros de vinho do Alentejo.
Um volume de exportações que,
disse, faz daquele país africano o “maior importador de vinhos portugueses”.
“A tendência é para crescer ainda mais a exportação de vinho do Alentejo para Angola, visto que a economia daquele país está a evoluir e existe uma parte da população que já consome, com frequência, vinhos de qualidade”, salientou.
Segundo Tiago Caravana, é es-sencialmente o “vinho de quali-dade” do Alentejo, sobretudo o tinto, que é “apreciado” em Angola e que está a ser exportado para aquele
país africano, com tendência para um crescimento.
Os vinhos do Alentejo, junta-mente com os vinhos verdes, lem-brou, foram pioneiros na promoção de vinhos portugueses em Angola e a CVRA já promove anualmente em Luanda, desde há alguns anos, pro-vas de vinhos da região.
A CVRA adiantou que, de janeiro a outubro de 2011, os vinhos alente-janos aumentaram as exportações, em 34,5 por cento, para os principais mercados fora da União Europeia (UE), com Angola a liderar o ranking.
Comparando com igual perí-odo de 2010, referiu a CVRA, os paí-ses que mais aumentaram o volume de importações, além de Angola (82,5 por cento), foram a China (juntamente com Macau e Hong Kong) com 44 por cento, e o Brasil e Canadá, com 14,9 e 10,2 por cento, respetivamente.
Tiago Caravana explicou que Angola, Brasil, Estados Unidos, China e Canadá são, atualmente, por esta ordem, os cinco principais mercados de destino dos vinhos do Alentejo.
Segundo dados da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana
Angola é o principal destino dos vinhos do Alentejo
“Energybus” visita Castro Verde
O “Energybus”, um autocarro
temático para promover o
consumo eficiente de energia
elétrica em Portugal, vai estar em
Castro Verde entre 31 de janeiro
a 2 de fevereiro, para sensibilizar
a população para o uso racional
de eletricidade. Na estrada desde
Outubro de 2007, o autocarro, que
já foi visitado por mais de 55 mil
portugueses, vai estacionar em
Castro Verde na rua da Liberdade,
onde poderá ser visitado entre as
9 e as 18 horas. O “Energybus”,
uma iniciativa da EDP em
parceria com a TerraSystemics,
está a percorrer Portugal,
oferecendo aos visitantes uma
“viagem interativa”, através de
equipamentos de demonstração
de novas tecnologias,
experiências e conselhos úteis.
DECO dá apoio jurídico gratuito em Odemira A DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor vai continua a promover sessões de atendimento ao consumi-dor em Odemira, sendo a primeira já no próximo dia 23. À seme-lhança dos anos anteriores, as sessões são gratuitas e abertas a todos os consumidores, sendo efetuadas por um jurista da DECO,
um dia por mês, entre as 14 e as 17 horas, “garantindo-se toda a confidencialidade nesse atendimento”. As sessões decorrerão nas instalações do Gabinete de Inserção Profissional, situado na rua José Maria de Andrade. A iniciativa tem por objetivo “esclare-cer dúvidas sobre os direitos do consumidor, acerca de compra e venda de bens e serviços para uso particular, garantias de objetos
adquiridos, prazos de reclamação, prazos de resolução de contra-tos, serviços públicos essenciais (como eletricidade, água, gás e comunicações eletrónicas), bancos e entidades financeiras, se-guros, entre outras questões”. A DECO também poderá prestar apoio na renegociação das dívidas com as entidades financeiras e situações de sobre-endividamento.
O Movimento Cívico Não Apaguem a Memória – NAM comemora
amanhã, sábado, em Lisboa, o 50.º aniversário do assalto ao quartel
de Beja, “uma ação revolucionária, inserida num plano para o
derrubamento do regime fascista, ocorrida em 1 de janeiro de 1962”.
As comemorações incluem uma sessão aberta ao público, na Biblioteca
Museu da República e da Resistência, com início às 15 horas. Serão
oradores os historiadores Irene Pimentel e António Lousã e o coronel
Carlos Matos Gomes. O NAM pretende, assim, “homenagear todos os
heroicos protagonistas desta ação revolucionária que consideramos
um marco histórico na luta contra a ditadura do Estado Novo”.
Assalto ao quartel
de Beja faz 50 anos
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Confusões com as datas das cessações das emissões televisivas analógicas terrestres têm originado uma crescente procura de descodificadores do sinal de TDT no distrito de Beja. O apagão analó-gico na região só terá lugar a 26 de abril.
Texto Nélia Pedrosa
Ilustração Paulo Monteiro
A pouco mais de três meses da cessação da emissão televisiva analógica ter-restre no distrito de Beja – com exce-
ção de Odemira, que integra a primeira fase do desligamento que avançou ontem –, João Galamba, proprietário da Casa Galamba e único instalador de antenas de televisão em Brinches (Serpa), tem em lista de espera, a aguardar os seus serviços que permitam fa-zer a migração para a TDT (televisão digital terrestre), “quase uma aldeia inteira”.
Desde dezembro último que a sua loja de eletrodomésticos tem registado uma grande procura de descodificadores do sinal de TDT e antenas (equipamento necessá-rios para que se possa continuar a ter acesso aos quatro canais na-cionais em sinal aberto), isto porque, esclarece o proprie-tário, “as pessoas pensa-vam que o apagão ana-lógico na nossa região era já no dia 12 [on-tem] e não a 26 de abril, e não queriam ficar sem televisão”. “Eu digo-lhes para terem calma, que ainda é muito cedo, e que quando chegar o apagão estará tudo pronto”, adianta.
A esmagadora maioria dos clientes que aguarda a insta-lação dos equipamen-tos é idosa, com escassos recursos financeiros, “sem possibilidades para instalar a televi-são paga [a TDT não afeta os serviços de televisão por subscrição] e supor-tar uma mensalidade, como outras pessoas por aí que estão a aproveitar as campanhas” fei-tas pelos operadores privados de televisão “porque ficam também com telefone, entre
Apagão analógico no distrito de Beja está agendado para 26 de abril
Confusão de datas origina corridaa descodificadores de TDT
outras coisas”, diz João Galamba. O prin-cipal entrave apontado ao processo de mi-gração é “a questão monetária”, acrescenta o responsável, e por isso os seus fregueses “vão pagando como podem”.
Na Electromelo, em Aljustrel, o cená-rio não é muito diferente. António Pereira Martins, proprietário da referida loja de eletrodomésticos, vendeu até ao momento perto de quatro dezenas de descodificado-res e tem agendados para os próximos tem-pos vários serviços de instalação. “Nestes últimos 15 dias, principalmente, tem ha-vido um aumento de pedidos de informação sobre a TDT, porque as pessoas pensavam que o apagão era agora, mas eu tenho-as elucidado, dizemos-lhes para não se preo-cuparem porque ainda temos três
meses. É claro que não vamos deixar para o último dia, mas de facto não é preciso estar-mos agora a correr”.
Desfeito o equívoco quanto às datas, e co-nhecidos os custos com a transição, “algu-mas pessoas” acabam por adiar a compra e a instalação dos equipamentos. “As pessoas quando sabem quanto é que vão gastar, e que o apagão é só daqui a três meses, dizem que depois logo se vê, que melhores dias hão de vir. Grande parte das pessoas mais idosas põe à cabeça sempre o problema financeiro, dizem que estavam a ver bem com o sistema antigo e que agora são obrigadas a gastar di-nheiro, nomeadamente com a compra de uma nova antena e o dito descodificador. São sempre no mínimo 100 euros”, diz António Pereira Martins.
Também na loja de eletrodomésticos Pereira & Sousa, na cidade de Beja, tem-se re-gistado “na última semana uma grande pro-cura de descodificadores”. “As pessoas veem as notícias na televisão e pensam que é já,
não sabem que é só em abril”, diz o só-cio-gerente Mário Engana, adian-
tando que grande parte dos clien-tes “lamenta” os custos que a
transição da televisão analó-gica para a televisão digital
acarreta. O “Diário do Alentejo”
contactou ainda a Sonae, solicitando in-formação sobre o vo-lume de vendas de descodificadores na loja Worten de Beja. Os responsáveis pelo grupo responderam, no entanto, que “a política interna” da empresa não permite que se divulguem da-
dos relativos à TDT. O “DA” tentou ainda
obter informações junto da Anacom – Autoridade
Nacional de Comunicações, entidade coordenadora do
processo de transição, e da Telecom (empresa responsável
pela instalação da infraestrutura de rede necessária para cobrir todo o País
com televisão digital e que também comer-cializa descodificadores), sobre o decorrer do processo de migração para TDT no distrito de Beja, mas até ao fecho da presente edição tal não foi possível.
Desfeito o equívoco quanto às datas, e conhecidos os custos com a transição, “algumas pessoas” acabam por adiar a compra e a instalação dos equipamentos.
Programa de comparticipação a equipamento TDT Cidadãos com ne-cessidades especiais elegíveis, isto é, com grau de deficiência igual ou superior a 60 por cento; famílias beneficiárias do rendimento social de inserção (RSI); e reforma-dos e pensionistas com rendimento inferior a 500 euros mensais podem beneficiar de
um programa de comparticipação a equipamento TDT, segundo o site oficial da TDT em Portugal. O valor da comparticipação será de 50 por cento do valor do equipamento TDT (set top box), até um máximo de 22 euros. A comparticipação será atribuída após a com-pra do equipamento.
De acordo com a Anacom, para ontem, quinta-feira, estava agendado o desligamento
apenas do emissor de Palmela e dos retransmissores de Alcácer do Sal, Melides e Sesimbra,
quando o previsto era que esta data se aplicasse ao swtich-off em todo o litoral do País. A 23
será a vez de serem desligados o emissor de Foia – Monchique, bem como os retransmissores
de Santiago do Cacém, Cercal do Alentejo, Odemira, Odeceixe, Monchique, Aljezur e Silves.
O emissor de Lisboa-Monsanto e os retransmissores do Areeiro, Barcarena, Caparica,
Carvalhal, Cheleiros, Estoril, Graça, Montemor-o-Novo, Odivelas, Sintra, Malveira, Sobral
de Monte Agraço, Coruche e Cabeção, desligar-se-ão, por seu turno, no dia 1 de fevereiro.
Dias 13 e 23 de fevereiro ocorrerão mais duas fases deste processo, tal como a 22 de março e
26 de abril, dia em que ficará concluída a migração para a TDT.
Migração para a TDT
concluída a 26 de abril
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Alargamento do canal do Panamá
Porto de Sines é a “porta de entrada” da Europa
Com o alargamento do ca-nal do Panamá, “Portugal torna-se a porta de entrada na
Europa” para mercados tão impor-tantes como Estados Unidos, Brasil e Ásia, sustenta o economista Paulo Borges.
A previsão foi sustentada na tese de mestrado “Sobre o Conceito de Centralidade Económica: Uma Aplicação a Nível Internacional”, de-fendida em dezembro, onde desen-volveu um índice que determina o posicionamento internacional de
um país, dado o nível de atividade económica e a distância geográfica entre os países.
Através da aplicação do índice a 174 países, o economista, mestre em Economia Portuguesa e Integração Internacional pelo Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (Iscte), apurou que a Europa é a região com maior centra-lidade económica e que “Portugal, apesar de se encontrar numa posi-ção relativamente periférica para a Europa, apresenta um bom nível de
centralidade para outros mercados, como Brasil e América do Norte”.
Com o alargamento do canal do Panamá, que deverá estar con-cluído em 2014, a centralidade da economia portuguesa aumenta: “O alargamento do canal do Panamá vai permitir reduzir significati-vamente as distâncias das expor-tações dos continentes asiático e americano e, ao encurtar essas distâncias, o nosso nível de cen-tralidade vai subir”, afirmou Paulo Borges.
“Aí, sim, Portugal tornar-se-á a porta de entrada de mercadorias para a Europa”, uma vez que “o pri-meiro porto que encontram é o de Sines”.
Esta particularidade pode permi-tir o desenvolvimento de um grande ‘hub’ [plataforma de redistribuição] de mercadorias, a exportação direta para o centro da Europa por via-fér-rea e a redistribuição, por transporte marítimo através de barcos mais pe-quenos, para a costa africana e para o Mediterrâneo, detalha.
Beja recebe Europeu de modelismo náutico
Beja recebe no próximo dia 21 o
Open Regional Sul 2012, uma prova
de modelismo náutico que apura o
campeão regional sul e tem efeito
para o ranking de seleção do Europeu
2012, a realizar em Espanha. A
prova, apoiada pela Câmara de
Beja, terá lugar no lago do parque
da Cidade. A organização admite
inscrições até ao dia 15, até um
máximo de 40 participantes. De
acordo com Nuno Bon de Sousa,
“apesar de ser a primeira vez
que a prova se realiza em Beja, o
lago do parque da Cidade oferece
as condições ideais para a prática da
modalidade, pelo que Beja passará
certamente a ser ponto de paragem
obrigatório. Tem o melhor espelho
de água, para a realização deste
tipo de iniciativas, a sul do País”.
JuveBombeiro de Aljustrel promove ações de sen-sibilização sobre o 112 O núcleo da JuveBombeiro de Aljustrel está a levar a efeito vários workshops e ações de sensibilização de “co-municação em emergência” que visam “instruir e explicar à popula-ção o funcionamento do 112, como e quando recorrer a essa linha e as
técnicas de comunicação adequadas para sua utilização”. O workshop tem como público-alvo a população em geral. O núcleo espera que “após esta iniciativa a chamada para o 112 seja um ato consciente de cidadania e que a disponibilização de informação ao operador seja a devida e facultada no mais curto espaço de tempo”.
A recém-constituída Plataforma Saúde vai promover um conjunto de ações pela melhoria das condições de acesso à saúde e por uma
região com futuro. A primeira ação tem lugar amanhã, sábado, pelas 15 horas, em Beja. A Plataforma Saúde reuniu em Serpa, em
dezembro, “representantes do Poder Local, do movimento sindical, do movimento de reformados e das comissões de utentes do
serviço nacional de saúde (SNS) para analisar em conjunto a situação da saúde no distrito de Beja e apontar medidas a tomar para
que a população continue a ter o direito à saúde que a Constituição consagra, um SNS universal e tendencialmente gratuito”.
Plataforma Saúde em luta
por uma região com futuro
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Opinião
O nosso chefe de serviço, o bejense ANTÓNIO NOBRE, tem, pela editora Caminho da Palavra, um livrinho incontornável: Entre
Coentros e Poejos – Uma viagem pela cozinha de António Nobre. Um álbum, delicioso que se farta, que agora foi distinguido nos prémios Gourmand World Cookbook. Esta semana fomos conhecer a sua magia. PB
Os aeroportos são centralidades que com o seu progressivo desenvolvimento atraem para a sua proximidade empresas e agentes económicos que aí vão desenvolver a sua atividade e a que habitualmente chamamos de cidades aeroportuárias. Pedro Beja Neves, administrador da ANA, ao “Jornal de Ferreira”, dezembro de 2011
Antes da horada nossa morteMartinho Marques Poeta
Antes da hora da nossa morte, da minha e da do jornal onde mos-trei muitas vezes os frutos da minha escrita, quer nos meus tempos de moço quase imberbe, quer nos de barba estritamente preta, quer nos de branquea-mento ou de queda de cabelo, está-me empurrando o desejo de comparecer de novo, mais
que não seja para poder fazer prova de vida... eu que me sinto em pecado por nunca ter comparecido desde que, brilhante-mente e (ousaria dizer) de forma ousada, Paulo Barriga assu-miu dirigir este jornal.
Numa altura em que já está em vigor o novo acordo orto-gráfico e quando parece estar a impor-se o desacordo, com cada um a escrever conforme lhe dá na gana, assinalando por vezes se escreve em conformidade com a nova ou com a velha ortografia, ainda que eu não queira submeter a reconfigu-ração o que mantenho inédito, prometo que neste texto irei guardar fidelidade a ambas. Procurarei ser moderno, sem deixar de ser antigo. Eu explico como farei (ou como já prin-cipiei a fazer): começo por escrever conforme o treino que a prática da escrita me foi dando ao longo de muitos anos e de-pois substituo o que for assinalado pela ferramenta informá-tica de corrigir (até aqui eu já fiz diversas substituições), mas sem usar as palavras que mudaram de grafia, sempre à luz ou à sombra do acordo. De outra forma: buscarei o resultado da interseção do velho com o novo e por utilizável só terei o que for comum a ambos.
E isto para no texto vos trazer o quê? Opinião talvez não... É mais provável que sejam sentimentos; sentimentos que, por certo, são comuns a muita gente, alguma da qual, con-siderada em geral pragmática e realista, não se atreve a exte-riorizar porque é fiel ao exterior, ao que há e ao que é, sem ao menos sonhar interiormente o que haveria se tudo estivesse a aproximar-se do que deveria ser.
Entrou-se em 2012, um ano que se anuncia como constru-tor de infernos, a adicionar ao inferno que tem sido constru-ído, embora tenha sido anunciado como o melhor dos céus, porventura como o céu que se anuncia para depois dos in-fernos imediatos, que ninguém já se atreve a disfarçar, por-que se avistam à légua. O que de maneira clara muito pouco se refere (nem o fazem muitos daqueles que são bem remu-nerados por construirem infernos) é como é que um devedor paga, sendo sucessivamente desprovido (e não acrescido) dos meios com que podia pagar.
Além disso, muito pouco se refere que, no inferno da grande maioria, encontram alguns o céu. Pelo menos, a curto prazo. É que o que é subtraído não sofre evaporação para se vir a confundir com o ar que no céu ainda exista, não sendo descabido recordar nem descurar que há gatos e há pardais e que o céu dos segundos se diz ser a barriga dos pri-meiros. O Padre António Vieira, há perto de quatro séculos, não falava de gatos e pardais, mas de peixes e peixes, em que os grandes devoravam os pequenos. Se cá voltasse, veria que o seu tempo não era assim tão diferente do de hoje. O que so-beja a alguns continua a faltar a muitos mais. Neste mundo, que é supertecnológico, ainda não se inventou a forma de evitar que, sem limite, se especule e acumule, talvez porque quem preside à construção de normas não esteja muito in-teressado em evitar essas práticas. De resto, quando se diz que uma prática é legal, mas que não é uma prática legítima,
talvez a culpa deva atribuir-se aos produtores da lei. Não, se-nhor, como dizíamos, o verbo sair não traz consigo apenas evaporação, pressupõe o verbo entrar. Quando sai de uns en-tra noutros. O pior é que sai do lado mais vazio para o lado que transborda (são os grandes que comem os pequenos, es-crevia António Vieira), não importando as fronteiras, que só existem para haver governos que parece que só funcionarão se funcionarem como cobradores (que, ainda por cima, co-bram para quem frequentemente aufere de todos os territó-rios, sem que tenha de assumir nenhuma obrigação em ne-nhum deles).
Local e globalmente, por exemplo, da redução de verbas na saúde a resultante poderá chamar-se morte, não a palavra, mas a morte mesmo, morte que dizem ser crime, mas que parece não ser, se for por causa estatal. Se a dita ciência eco-nómica abertamente falasse e não omitisse nada, falaria dos benefícios da morte. À poupança nos recursos por falta de tratamento adiciona-se a poupança com as suas consequên-cias, porque aos mortos não são devidas reformas. A ima-gem que me ocorre é a de financeiros financiando o aumento da mortalidade no mundo. Os que pouco apreciam a beleza das diversas artes talvez achem nestas mortes a beleza, a be-leza suprema que, para eles, só pode ser a beleza económica, a única que conhecem, por nada haver mais belo que a saúde das empresas próprias, que estão acima da saúde humana e que têm de ser prósperas quando os seus proprietários não são pessoas quaisquer, mas têm a importância de (como eles próprios dizem) falarem com os mercados, coisa notável que mostra como passámos do espaço de Adam Smith, onde o mercado tinha mãozinha invisível, a outros onde os merca-dos têm, pelos vistos, à vista, além das garras, os órgãos que permitem ouvi-los e falar-lhes. Se, ao menos, a convivência íntima com eles levasse a solicitar-lhes ajuda para se erguer um grande monumento aos mártires que produzem... Se, ao menos, o conhecerem a forma como funcionam fizesse pôr a hipótese de politicamente matutarem na descida do rating das agências de rating... Mas oh! Santa ingenuidade! O prin-cípio que vigora é a falta de princípios, de princípios morais, o que vigora não é política ou é uma política que tem por fim a estrita sujeição ao capital, que continua exercendo o seu do-mínio e pondo menoridade em todas as maiorias, ainda que pensem ser dominadoras, nesta Terra onde o que há mais é a maximização dos egoísmos, cuja salvação duvido que seja individual. Mas consenso não há nem haverá, pelo menos enquanto as horas não mostrarem que há caminhos que con-duzem a todas as nossas mortes. Perto do consensual está a reclamação de liberdade para a Terra, mas nem todos acei-tam nem assumem que ela está profundamente prisioneira do dinheiro.
Hão-dizer que tudo isto contraria o que dizem os peri-tos, mas pouco me importa a mim, que leio diariamente Luís Afonso, o cartoonista, para poder aceder aos mais bre-ves e, também, aos mais sérios e certeiros dos comentários políticos.
Nada sério é isentar os rendimentos maiores de alguns dos cidadãos e retirar aos que não podem retirar-se as verbas para, com elas, também cobrir consequências de crimes não punidos, num sistema que pune a seriedade e que eu não sei se ainda é de mercado quando conduz ao extermínio quase epidémico de compradores e, em consequência disso, de pro-dutores e de vendedores.
Por estas e por outras é que eu, por andar atestado de tris-teza (que a morte me levará, mas era bom que ainda não le-vasse), a abrir o ano de 2012 vou abrir uma garrafa e procurar (não remédio, mas) auxílio, num copo de vinho tinto, uma espécie de sangue do Alentejo, a escolher entre Redondo, Reguengos ou Vidigueira. Perdão: num copo de wine! Porque modernamente não será com vinho, mas com wine, que um bom marketing (que geralmente não compro) faz a promoção
do vinho alentejano, que eu não sei se é acessível às bolsas e aos saberes, linguísticos e outros, de todos os habitantes desta terra.
O que sei é que voltei... Mas agora vou-me embora... e não sei se voltarei antes da hora da nossa morte.
I am the captain of my soul*Ana Paula Figueira Docente do ensino superior
O ano de 2012 começou com mais alguns sinais da austeridade que nos tem sido prometida e aconselhada. Apesar de com-preender a necessidade de mui-tas das decisões tomadas, exis-tem casos – mormente os que respeitam ao acesso a tratamen-tos e à saúde na generalidade – que considero dramáticos e, por
vezes, até cruéis. A propósito, li recentemente alguém que dizia: “Há outro caminho. Mais justo!”. Mas afinal o que é ser mais “justo”? O que é a justiça? Já Aristóteles dizia que a base da so-ciedade é exatamente a justiça e que o julgamento – a forma de a aplicar – confere a ordem a essa mesma sociedade. À partida, a justiça teria – ou deveria ter – um valor sagrado, procurar o bem social e estar “acima” de tudo, ou melhor, dos interesses indivi-duais ou corporativos dos homens que integram a sociedade. Todavia, são os homens os criadores, os intérpretes e os execu-tores desses pressupostos ditos justos e orientadores e, cada um deles, como ser humano que é, tem valores, crenças e ideologias que o conduzem, mais ou menos explicitamente, nessa tripla ta-refa. Assim, o que é justo para um, pode não ser para outro, de-pendendo da capacidade criativa e argumentativa de cada um e da convicção com que faz a sua defesa. Para além disso, a justiça necessita da ter força – seja para se legitimar como tal (de adep-tos, em número e qualidade, que concordem com os seus prin-cípios) ou para ser exercida; não devendo confundir-se com ti-rania, é necessário que o justo seja forte e que o forte seja justo. É claro que nesta “dança” envolve-se a política, a disputa e a ca-pacidade de captação, adesão e envolvimento dos cidadãos. Quero, pois, dizer que, em meu entender e face a qualquer deci-são, existe sempre outro caminho, defensavelmente mais justo. E quanto a nós, cidadãos comuns, que votamos e elegemos por maioria os nossos governantes, que concordamos ou discorda-mos das suas decisões porque as entendemos justas ou injustas, e beneficiamos ou sofremos com os seus resultados? Como nos devemos, individualmente, posicionar? Recorro à ajuda do filme “Invictus”(2009) assinado por Clint Eastwood. Morgan Freeman interpreta Nelson Mandela no seu primeiro mandato como pre-sidente da África do Sul; ao reconhecer a necessidade de união do seu povo e de conquista da auto estima recorre à equipa na-cional de rugby para ganhar o campeonato do mundo dessa mo-dalidade em 1995. A sua opção foi contestada mas ele continuou a acreditar e a estimular a equipa que acabou por ganhar a fami-gerada taça. A certa altura, Mandela partilhou com os jogado-res o poema “Invictus” de Henley cuja leitura o ajudou a aceitar, com serenidade, os longos anos em que esteve fisicamente preso mas em que a sua alma permaneceu inconquistável. Uma im-portante lição de vida de Mandela neste início de ano: apesar das contrariedades, mais justas ou injustas, de acordo com a avalia-ção individual e do momento, importa não perder a Esperança num Futuro melhor, tanto quanto mais homens queiram e bus-quem ser os capitães das suas almas!
* Sou o capitão da minha alma (extraído de “Invictus” de William Ernest Henley)
Não parece haver outra solução que não seja a execução do orçamento anterior, ainda que transitória, até aprovação do orçamento do ano em curso. E sabe-se que vários municípios têm governado com os orçamentos dos anos anterio-res, ainda que com diversas dificuldades, Álvaro Nobre, no “Alentejo Popular, sobre o chumbo do orçamento da CM Beja, 5 de janeiro de 2012
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Ainda o ORÇAMENTO da Câmara Municipal de Beja, que levou chumbo recente na Assembleia Municipal. É imperioso que,
de uma vez por todas, os nossos eleitos locais se arredem de caminhos extremos e que se consigam assentar à mesma mesa para negociar. É isso que a cidade e o concelho necessitam: bom senso. De ambas as partes. PB
A questão da MAÇONARIA, a questão da suposta influência dos maçons na esfera da política e da justiça, subvertendo os princípios
de democráticos de uma e de outra, está na ordem do dia. Concordo que os responsáveis de cargos públicos devam fazer a sua declaração de interesses nesta matéria. E que os juízes devam estar a milhas destas casas. PB
EfemérideHá 50 anosO capelão,o ex-capitão, budistas e comunistas
Aos poucos, as edições do “Diário do Alentejo” dos primeiros dias de 1962 deixavam de falar do “as-
salto ao quartel de Infantaria 3”, a ação revolucionária encabeçada por Varela Gomes e l igada ao general Humberto Delgado – que tinha entrado clandesti-namente em Portugal e se encontrava na altura escondido em Vila de Frades.
No dia 4 de janeiro, o jornal de Beja titulava na primeira página que se man-tinha “estacionário” o estado de saúde do líder do movimento. E noticiava:
“Nu m qu a r to d o ho s pi t a l d a Misericórdia desta cidade continua in-ternado, sob prisão, o ex-capitão Varela Gomes, que comandava o grupo de in-surrectos que, na madrugada do passado dia 1, assaltou o Regimento de Infantaria 3. O seu estado não experimentou desde ontem qualquer modif icação sensível, podendo dizer[-se] que é estacionário. O ferido continua entregue aos srs. drs. José Maltez e Joaquim Delgado, médicos do hospital que, desde o primeiro mo-mento, o têm tratado com grande com-petência e os maiores cuidados.
O hospital continua a ser guardado por praças do Exército, da GNR e da PSP.
Nas ruas da cidade circulam ainda ‘ jeeps’ com praças do Exército.”
Sobre o tema, na mesma edição, o vesper t ino contava “um episódio curioso”, citando um jornal de Lisboa:
“O ‘Diário Popular’, ao referir-se on-tem aos acontecimentos, publicava a se-guinte local:
‘Pouco depois de o ex-capitão Varela Gomes ter dado entrada no hospita l, compareceu ali o capelão daquele esta-belecimento, cónego dr. Anjos Brandão, que se manteve junto do ferido, orando em silêncio.
A certa altura, porém, o ex-capitão, dando pela sua presença, perguntou-lhe:
– Que está aqui a fazer?Ao que o sacerdote respondeu:– Estou aqui no cumprimento da mi-
nha missão.– Pois eu sou budista! – exclamou
o ferido, a quem o capelão replicou:– O senhor não é budista: é comunista.’”
O “Diário do Alentejo” publicou em todas as edições seguintes pequenas in-formações sobre o estado de saúde de Varela Gomes, que ia melhorando, até que, a 10, noticiou que o militar seguira nesse dia, “sob prisão”, para Lisboa.
A partir daí, tal como acontecera an-tes com a “invasão de Goa”, o assunto desapareceu das páginas do jornal.
Carlos Lopes Pereira
O município de Vidigueira não pode continuar a ser o abono de fa-mília de câmaras que propositadamente e matreiramente se co-locam na retranca para não pagarem as suas responsabilidades, Manuel Narra ao “Correio Alentejo”, 6 de janeiro de 2012
Efeméride13 de janeiro de 1912
Greve dos trabalhadores rurais de Évora
Com a chegada da primavera/verão de 1911, numa altura em que a ceifa faz aumentar a procura de mão de obra
nos campos, a Associação dos Trabalhadores Rurais de Évora decreta uma greve para 31 de maio por aumentos salariais. Esta greve que mobiliza milhares de trabalhadores ter-mina vitoriosa, passando a jorna a variar en-tre os 400 e os 700 réis conforme a época do ano, quando, em média, desde 1902 era de 240 réis.
Conhecedores da luta vitoriosa de Évora, os trabalhadores rurais de Beja, contra a vontade da sua associação de classe, decre-tam greve por aumentos salariais a 18 de ju-nho de 1911, sendo, no entanto, fortemente reprimidos por uma força de 60 praças de cavalaria chamadas à cidade pelo governa-dor civil Aresta Branco.
Com a chegada do inverno de 1911/1912 os lavradores deixam de cumprir os salários acordados e a tensão regressa aos campos do Alentejo. Em Évora, os assalariados rurais decretam greve para 13 de janeiro de 1912. As autoridades que já estavam de sobreaviso movimentam a GNR e o exército no sentido da ocupação militar da cidade. Vários ope-rários corticeiros são presos e a Associação dos Trabalhadores Rurais de Évora é encer-rada. Dos campos de Évora, onde 20 mil as-salariados rurais estão paralisados, a luta generaliza-se aos operários da cidade e da-qui alastra pelo distrito, estimando-se em 50 mil o número de trabalhadores em greve. A 22 de janeiro chega a Évora uma delegação sindicalista, chefiada por Carlos Rates, facto que marca o isolamento do movimento so-cial dos assalariados rurais alentejanos e a sua integração no movimento operário por-tuguês. Dois dias depois, a 24 de janeiro, por iniciativa do governador civil de Évora, ini-cia-se a repressão sobre os trabalhadores, da qual resultam vários feridos, um morto e muitos presos.
No rescaldo da luta, a 28 de janeiro, é convocada, em Lisboa, uma greve geral de apoio aos trabalhadores de Évora. Acusando os grevistas de estarem ligados à causa mo-nárquica, o Governo declara o estado de sí-tio na capital, a casa sindical é encerrada e centenas de operários são presos, o que irá contribuir para o cavar do divórcio entre o operariado e a República.
Entre 25 e 26 de agosto deste mesmo ano, de 1912, realiza-se o I Congresso dos Trabalhadores Rurais, em Évora, com a presença de 39 sindicatos, cinco dos quais do distrito de Beja (Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo, Odemira e Vila Alva), sendo aqui decidido criar a Federação Nacional dos Trabalhadores Rurais, cujo órgão será o “Trabalhador Rural”
Constantino Piçarra
O paraíso e o inferno fiscaisJosé Fernando Batista Aljustrel
Não é nada de novo e desta vez foi o segundo homem mais rico de Portugal, com uma fortuna fabulosa (dois mil milhões de euros), a transferir as suas ações da Jerónimo Martins para a Holanda. Esta decisão visa evitar o pagamento dos impostos em Portugal e vem demonstrar mais uma vez a fragilidade política nesta matéria, que deixa escapar os ricos para paraísos fiscais e tributa cada vez mais a classe média e os trabalhadores. Esta operação não é exclusiva de Portugal, é comum por essa Europa fora, o que só demonstra o fraco poder político e os interesses que defendem. A estas manobras dos milionários chamam-lhe pomposamente planeamento fiscal; aos suspeitos do costume: trabalhadores por contra de outrem, que não podem transferir o seu rendimento para nenhum paraíso, é fuga ao fisco. Vivem(os) no inferno fiscal.
Exige-se que sejam tributados os lucros das empresas indepen-dentemente da localização da sede das mesmas, por uma questão de justiça e da ética.
A troikaDiamantino António Funcheira
Agora a troika é que passa a mandar em todos os países. No nosso país a troika vai mandar 30 mil funcionários públicos embora. A troika também devia mandar o nosso governo embora porque ele não faz cá falta nenhuma, só dá é prejuízos à nação, prejudica o de-senvolvimento, não há crescimento.
Francisco Correia das NevesManuel Dias Horta Beja
Eterna glória a quem a possui. Orgulho de quem a atribui.Existe, felizmente, nesta terra um conjunto de pessoas que, à
margem de protagonismos ou insensatas vaidades, por aqui vai dei-xando os seus saberes, as suas investigações que contribuem para o prestígio e enriquecimento cultural da região
Correia das Neves é o paradigma do que está contido nas palavras com que inicio este texto.
Numa destas tardes outonais, cruzei-me, numa rua estreitinha, com o dr. Correia das Neves, quando o sol já caía, a neblina subia e a luz esmorecia. Não vi o tal casaquinho que o diretor deste jornal ce-lebrizou. Provavelmente estaria a coberto dum vistoso e agasalhador sobretudo, cor de café com leite, que me pareceu envolto em denso nevoeiro, mas que constatei ser, apenas, o fumo de um tímido ci-garro, escondido das vistas de algum hipotético transeunte.
Este homem nascido nas Beiras veio para o Alentejo por imposi-ção da profissão que escolhera. Pouco tempo depois estava Francisco Correia das Neves perdido de amores por uma mulher e pelo Alentejo. À mulher deu o que um apaixonado deve dar – o amor. À terra que tão hospitaleiramente o acolheu escreveu e dedicou um magnífico li-vro – A Estepe das Abetardas –, que salpicou de tons esverdeados e dourados, as mesmas tonalidades da planície imensa.
Sob a batuta da sua pena, como por magia, o agreste e o selvagem da planície, ou o dócil e o afável daquela terra, são-nos desvendados pelo autor. A harmonia ou as suas contradições constituem um re-trato forte, vivo e pungente que Correia das Neves nos lega das coisas e da labuta diária daquela gente.
Fialho e Manuel da Fonseca devem estar orgulhosos do seu sucessor.
Atrai-me a conversa do dr. Correia das Neves e admiro a susten-tabilidade que coloca nos seus argumentos e a exigência a que sujeita os seus interlocutores.
Não só por isto, mas por tudo, tem Francisco Correia das Neves um lugar reservado na galeria dos alentejanos ilustres.
Cartas ao diretor
Reportagem
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O sol começa a aquecer na cidade de Évora, que, como em muitas outras manhãs de inverno, acordou gelada.
A relva humedecida à entrada de um dos hotéis da cidade deixa perceber que a noite foi fria.
Nada que iniba os turistas, munidos de ca-sacos, cachecol e luvas, de calcorrearem as ruas da cidade. Imune às baixas temperaturas pa-rece estar António Nobre, chefe bejense, res-ponsável pelas cozinhas dos hotéis M’Ar De Ar (Aqueduto – cinco estrelas – e Muralhas – qua-tro estrelas).
Um dia na cozinha de António Nobre
Coentros e poejos cinco estrelasAntónio Nobre, chefe bejense, ganhou um lugar ao sol na cozinha portu-
guesa. Mas o reconhecimento, esse, também chega do estrangeiro. O seu
livro Entre Coentros e Poejos - Uma Viagem pela Cozinha de António Nobre está a
concorrer entre as melhores escolas literárias gastronómicas internacio-
nais. Foi uma ida à tropa que lhe traçou o destino e hoje, o homem que
“nem sabia estrelar um ovo”, é o chefe dos hotéis M’Ar De Ar, em Évora.
“Sinto que dirijo as cozinhas de um nove estrelas”, diz. O resultado da
soma de um hotel de cinco estrelas com um de quatro.
Texto Bruna Soares Fotos José Serrano
A porta da garagem de um dos hotéis abre --se. António Nobre estaciona o seu carro e apre-senta-se de cabelo rigorosamente rapado, pasta, jaleca preta e mangas arregaçadas. Começou mais um dia na vida do chefe que não esqueceu a cozinha alentejana e que alcançou o reconhe-cimento a nível nacional e internacional.
António Nobre rapidamente se esgueira até ao seu pequeno recanto. Lá dentro, pratelei-ras repletas de pastas de arquivo armazenam a aprendizagem de uma vida dedicada à gas-tronomia. Uma para as verduras, outra para os
Este é o meu pequeno mundo, que me
permite testar. Só depois das iguarias estarem
muito apuradas é que as apresento”.❝
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Livro de António Nobre entre os melhores
do género
O chefe viu recentemente o seu livro Entre Coentros e Poejos – Uma Viagem pela cozinha de António Nobre ser distinguido pelos Gourmand World Cookbook Awards na categoria de Chef Cookbook “Melhor livro
do chef”. “É sempre difícil encontrar uma editora. A Caminho das Palavras foi quem acabou por pegar no livro e agora recebi esta distinção. É uma alegria muito grande”, conta António Nobre. Na verdade, o livro irá concorrer com as melho-res escolhas literárias gastronómicas internacionais. O resultado será conhecido a 6 de março, mas António Nobre garante: “Já é muito gratificante ter visto o meu trabalho reconhecido. É uma honra”. O que vier será assim muito bem-vindo para o chefe bejense. Satisfação e alegria no trabalho é algo que já ninguém lhe tira.
Bruna Soares
peixes, outra para as carnes, outra para as en-tradas. Outra e mais outra.
Uma arca atestada de peixes. Cachos de uvas pendurados. Livros, papéis, notas, apontamen-tos. Um verdadeiro laboratório, livre dos olha-res mais indiscretos, onde António Nobre dá asas à criatividade. Onde experimenta, aperfei-çoa e inventa, numa busca incessante à procura de novos paladares. Novas combinações perfei-tas, mas, sobretudo, saborosas.
“Este é o meu pequeno mundo, que me permite testar. Só depois das iguarias esta-rem muito apuradas é que as apresento. Tenho aqui, por exemplo, umas uvas que estão pen-duradas desde o mês de setembro”, conta en-tre sorrisos.
É aqui que o processo começa. Mas é na co-zinha, junto dos tachos e dos alimentos, que António Nobre passa a vida, dirigindo uma equipa escolhida por si, que lhe transmite a confiança necessária para que tudo, sem exce-ção, corra pelo melhor. Nesta cozinha não po-dem existir falhas, até porque a exigência é ele-vada. E as regras estão na ponta da língua, mas também nas mãos. “Nada se faz se não existir uma boa equipa”, garante.
Pega na agenda. Vê as tarefas diárias, as marcações. Está na hora de deixar o seu pe-queno recanto e ir para a cozinha, o seu local de eleição.
Pelos corredores vai cumprimentando quem passa. “Isto são os bastidores do hotel. Podemos chamar-lhe assim”, explica António Nobre, en-quanto caminha a passo acelerado.
“Normalmente chego ao trabalho por volta das 10 horas. Quando tenho de ir ao mercado o dia começa mais cedo. Dou muita importância aos produtos locais e regionais e muitas vezes en-contro-me com fornecedores e procuro produtos específicos”, afirma, enquanto caminha. Mais um corredor, outro. Umas escadas e por fim a co-zinha. As panelas já assentam sobre os bicos do fogão. Já há alface lavada e legumes a serem cor-tados, uns em cubos, outros em fatias.
O chefe cumprimenta os elementos da equipa um a um. As mulheres ganham beijinho. Os ho-mens aperto de mão. As tarefas de cada um fica-ram definidas no dia anterior e não há dúvidas. Todos sabem o que têm de fazer.
De acordo com António Nobre, “aqui não há segredos”. “Temos as portas sempre abertas. Acho que as receitas, as dicas têm de ser partilha-das. Não sou de esconder nada. A gastronomia, para que evolua, para que todos possam desfru-tar dela e dos seus maravilhosos sabores, tem de ser dada a conhecer. Em minha opinião, não faz sentido estar a esconder o que se sabe. Até por-que, quando ensino uma receita a melhor das re-compensas é que as pessoas a consigam fazer em casa e que desfrutem dela. Existem, certamente, maravilhosas receitas que se perderam, porque as pessoas não as divulgaram”, diz.
Primeiro passa pela cozinha do hotel de qua-tro estrelas. Em seguida irá à do de cinco estre-las. “Costumo dizer que sinto que dirijo as cozi-nhas de um nove estrelas. Acho que não poderia desejar mais”.
Mas como chegou até aqui o rapaz que se fez chefe? Por ironia do destino, ou não, foi a ida à
para ir para a cozinha de uma das suas unida-des. Depois fui convidado para vir para Évora e cá estou”.
É no Alentejo que se sente bem, até porque é aqui que tem a maioria dos ingredientes que uti-liza na sua cozinha. Garante que é um apaixo-nado pela “reinvenção dos sabores, principal-mente os alentejanos” e que gosta “de inovar, sem esquecer a tradição”.
Vai muitas vezes ao estrangeiro para apren-der, como diz, “sempre mais” e para “levar o que de bom se produz na região”. Não vive “sem as ervas aromáticas, sem as especiarias e sem pro-dutos de qualidade” e, entre sorrisos, confessa: “Ver a torre do Castelo de Beja também me faz muita falta”. Está, contudo, bem em Évora, no “seu nove estrelas”, como lhe costuma chamar. É aqui que se sente realizado o homem que já ga-nhou várias distinções e prémios, que já publicou livros e que os viu serem reconhecidos, que já foi júri de vários concursos de cozinha, que dá cur-sos, que pertence à Confraria Gastronómica do Alentejo, que frequenta o Congresso de “lo mejor de la gastronomia”, que colabora com várias re-vistas e jornais e que é chefe da Slow Food, entre tantas outras coisas.
Mas quando questionado sobre como se sente por ter alcançado este lugar de destaque no mundo da gastronomia, António Nobre res-ponde: “Sou o mesmo. Sinto-me igual”.
António, entre tachos e panelas, continua a falar. Dá a volta aos bifes que apuram na frigi-deira. Vê se estão no ponto. Dá novas indicações. Mexe as migas e envolto em vapor garante: “Já fiz muita coisa. Sinto-me realizado”. E confessa: “Continuo a gostar muito do que faço”.
Está na hora de ir para a cozinha do seu cinco estrelas. Volta a tirar o seu carro da garagem. Coloca os óculos e conduz pelas ruas da cidade. “Todos os dias são assim. Tenho hora para en-trar, mas nunca tenho hora para sair”. Todos os dias, exceto o domingo e a segunda-feira, que são dias de folga. Mas esta não é uma regra, pode ha-ver alterações. “Às vezes é preciso trabalhar sem-pre”, conta António, que sente o peso da respon-sabilidade de dirigir as duas cozinhas.
Entra na cozinha e aqui a azáfama também já é grande. António volta a distribuir cumpri-mentos. Pega nos tachos. Vê como estão a correr as coisas. Fala com a equipa. E o tempo começa a escassear. É preciso deixar tudo pronto. Nada pode falhar à hora do almoço. António apressa --se mais. Olha para as travessas. Ultima os por-menores. Prova e aprova. Pode ser servido, vai à confiança do chefe António Nobre.
tropa que lhe mudou o rumo.“Fui chamado a cumprir o serviço mili-
tar. Não queria varrer só as pontas dos cigarros. Queria progredir e resolvi inscrever-me em três cursos, sendo que cozinha foi a minha última opção. Na primeira opção coloquei empregado de mesa, depois padeiro e só depois é que colo-quei cozinheiro. Acabaram por me meter em co-zinheiro e ainda bem, acabou por ser a minha vida”, lembra.
Mostra a sua pequena horta. Passa a mão pe-las várias ervas aromáticas e colhe um pouco de hortelã-pimenta. “Este cheiro é magnífico”, afirma, enquanto prossegue com a conversa. “Tive também a sorte de bons cozinheiros me ensinarem muitas coisas”.
Filho de uma cozinheira de mão cheia, em-bora não o tenha sido profissionalmente, António Nobre até chegar ao serviço militar garante que “não sabia estrelar um ovo”.
O gosto pela cozinha, porém, foi-se desenvol-vendo, e a seguir a um curso veio outro e mais ou-tro e a vontade enraizou-se. “Regressei a Beja e na altura passei por uma rua que tinha um letreiro numa montra de um restaurante a dizer: ‘Abre brevemente’. Por curiosidade perguntei se não precisavam de um cozinheiro. Acharam piada e aceitaram-me. As coisas correram bem e fui cha-mado para a cozinha da Pousada de Beja e pas-sado uns tempos o sr. Cameirinha convidou-me
“A gastronomia, para que evolua, para que todos possam desfrutar dela e dos seus maravilhosos sabores, tem de ser dada a conhecer. Em minha opinião, não faz sentido estar a esconder o que se sabe”.
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DesportoNacional 2.ª Divisão
14.ª jornada
Moura-At. Reguengos ....................................................... 0-3 Monsanto-Louletano .........................................................1-2 Carregado-Fátima ...............................................................3-1 Sertanense-Pinhalnovense ..............................................4-2 Torreense-Juventude Évora .............................................2-1 Tourizense-Mafra ............................................................... 1-0 Oriental-Caldas ................................................................... 5-0 1.º Dezembro-Est. Vendas Novas ....................................1-1 J V E D G P
Oriental 14 9 3 2 31-9 30
Torreense 14 8 4 2 25-11 28
Carregado 14 7 4 3 24-17 25
Pinhalnovense 14 8 1 5 21-17 25
Fátima 14 7 3 4 20-15 24
E. Vendas Novas 14 7 3 4 23-13 24
Louletano 14 6 4 4 13-11 22
Sertanense 14 6 3 5 18-16 21
Mafra 14 4 7 3 14-9 19
1.º Dezembro 14 4 4 6 10-12 16
Moura 14 4 3 7 14-30 15
Tourizense 14 3 5 6 12-20 14
At. Reguengos 14 3 4 7 12-22 13
Monsanto 14 2 6 6 10-18 12
Juventude Évora 14 3 2 9 14-23 11
Caldas 14 2 2 10 7-25 8
Próxima jornada (15/01/2012): At. Reguengos-Monsanto, Lou-
letano-Carregado, Fátima-Sertanense, Pinhalnovense-Torre-
ense, Juventude Évora-Tourizense, Mafra-Oriental, Caldas-1.º
Dezembro, Estrela Vendas Novas-Moura.
Nacional 3.ª Divisão
13.ª Jornada
Lagoa-Aljustrelense ...........................................................2-3Fabril-Pescadores ................................................................2-1Messinense-Despertar ..................................................... 0-0Redondense-Sesimbra ......................................................0-1U. Montemor-Quarteirense ............................................. 1-0Farense-Esp.Lagos ............................................................. 5-0 J V E D G P
Farense 13 10 3 0 32-9 33
Esp.Lagos 13 8 1 4 25-15 25
Fabril 13 7 1 5 23-19 22
U.Montemor 13 7 0 6 13-11 21
Pescadores 13 6 2 5 17-15 20
Sesimbra 13 5 4 4 16-15 19
Quarteirense 13 6 1 6 15-16 19
Messinense 13 5 2 6 14-17 17
Aljustrelense 13 5 2 6 19-21 17
Lagoa 13 4 3 6 9-14 15
Redondense 13 4 1 8 14-18 13
Despertar 13 0 2 11 5-32 2
Próxima jornada (15/01/2012): Lagoa-Fabril, Aljustrelense -
-Redondense, Esp. Lagos-U.Montemor, Despertar-Farense, Se-
simbra-Messinense, Quarteirense-Pescadores.
Distrital 1.ª Divisão
14.ª jornada
FC Serpa-Aldenovense ......................................................2-1Panoias-Castrense ............................................................. 0-0Almodôvar-Desportivo de Beja ...................................... 2-0S.Marcos-Sp. Cuba ..............................................................3-2Guadiana-Rosairense .........................................................1-3Vasco da Gama-Odemirense ............................................6-1Milfontes-Ferreirense ....................................................... 3-0 J V E D G P
Castrense 14 11 3 0 35-5 36
Milfontes 14 10 1 3 31-12 31
FC Serpa 14 7 4 3 20-12 25
Rosairense 14 7 3 4 20-17 24
Ferreirense 14 7 3 4 21-19 24
Panoias 14 6 3 5 17-21 21
Vasco da Gama 14 6 1 7 30-20 19
Odemirense 14 6 1 7 20-22 19
Almodôvar 14 5 3 6 24-22 18
Aldenovense 14 6 0 8 16-16 18
Desportivo 14 4 3 7 17-20 15
S.Marcos 14 3 3 8 14-35 12
Guadiana 14 3 1 10 17-43 10
Sp. Cuba 14 2 1 11 15-33 7
Próxima jornada (22/01/2012): Aldenovense-S.Marcos, Desp.
Beja-FC Serpa, Ferreirense-Almodôvar, Castrense-Guadiana,
Rosairense-Vasco da Gama, Odemirense-Milfontes, Sp. Cuba -
-Panoias.
Moura voltou a perder em casa
Vendas Novas para mudar de agulhas
Mais uma derrota caseira do Moura numa partida em que pouco fez para merecer a vitória. O executivo reu-niu com o plantel e a equipa técnica e houve “puxão de orelhas”.
Texto e foto Firmino Paixão
Vendas Novas é o próximo destino do Moura para cumprir o calendá-rio da jornada 15 do Nacional da 2.ª
Divisão numa altura em que soam campai-nhas de alarme ali para as bandas da cidade de Salúquia, após a inesperada e inaceitá-vel derrota dos mourenses ante o Atlético
Despertar e Mineiro pontuam no Algarve
Sinais de uma vida nova
O Despertar recebe o líder do campe-onato e o Aljustrelense joga em casa com o Redondense. Jogos impor-
tantes para as duas equipas, vindas de uma jornada positiva.
O Farense lidera o campeonato e es-tará em Beja no domingo para defrontar o Despertar. Não será fácil para os desperta-rianos contrariarem o favoritismo dos al-garvios, mas perspetiva-se um bom jogo, já
que os bejenses começaram o ano a pontuar fora de casa e confirmam a melhoria de ren-dimento que o técnico Filipe Felizardo já vi-nha anunciando.
Um pouco mais a sul, o Aljustrelense re-cebe o Redondense, num jogo em que os mineiros são francamente favoritos, so-bretudo depois do sucesso obtido no pas-sado domingo no terreno do Lagoa, um dos concorrentes mais diretos aos lugares
de manutenção automática. Se o Despertar conseguiu apenas o seu segundo ponto, e note-se que o empate em Messines ajudou indiretamente o Aljustrelense, os tricolo-res colocaram-se a escassos dois pontos de um lugar entre os seis primeiros da tabela, zona onde garantirão a manutenção auto-mática nesta divisão. O próximo passo para que isso venha a suceder será ganhar à for-mação do Redondo. Firmino Paixão
de Reguengos, por concludentes três a zero, insucesso que fez os responsáveis do clube descer ao balneário. A equipa foi recente-mente reajustada, bem como o departa-mento médico, em claro rompimento com o passado recente, mas os frutos tardam em se revelar.
O Atlético de Reguengos é uma equipa do mesmo campeonato do Moura, luta pelo mesmo objetivo de manutenção e era de todo imprevisível que saísse do Baixo Alentejo com os três pontos. Mas levaram - -nos e com toda a justiça, porque foram a melhor equipa, embora marcando três go-los em lances de bola parada (dois penaltis
convertidos pelo inevitável Rui Sousa). A equipa local mostrou pouca clarividência e falta de agressividade e, mesmo podendo queixar-se de presumíveis erros de avalia-ção do juiz da partida, foi por demais evi-dente a sua incapacidade para contrariar a superioridade do adversário. A equipa bai-xou um lugar na tabela, ainda não está em posição muito crítica, mas na verdade po-dia estar numa situação bem mais tranquila se não fosse a propensão para a perda de pontos no seu próprio terreno. Em Vendas Novas não será fácil pontuar e as oportu-nidades de somar pontos vão-se esgotando com a progressão das jornadas.
Derrota caseira Lances do jogo Moura-Reguengos, cujo resultado foi zero a três
Carlos Guerreiro deixou o Aldenovense A derrota em Serpa, no fim de semana, provocou a saída do técnico Carlos Guerreiro da equipa do Aldenovense, por não ter resistido à contestação dos adeptos aos maus resultados que a equipa vinha obtendo no campeonato distrital.
Fernando Encarnação é
o novo técnico do Odemirense
Fernando Encarnação é o novo técnico do Odemirense, preenchendo
a vaga deixada pela saída de Luís Miguel. Encarnação, que tem como
adjunto o ex-jogador do clube Miguel Neves, treinava a equipa de juniores
do clube odemirense e no seu jogo de estreia sofreu uma goleada na
Vidigueira, que tinha no banco o também estreante Fernando Piçarra.
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2Campeonato Nacional de Juniores (18.ª jornada): Atlético-U.Montemor, 7-1; Estoril - -Despertar, 8-0; BM Almada-Internacional, 0-2; Olhanense-Farense, 2-1; Oeiras --Lusitano, 2-0; Imortal-Desportivo Portugal, 3-0. Líder: Estoril, 41 pontos. 11.º Despertar, 14. Próxima jornada (14/1): Despertar-Beira Mar de Almada.
Campeonato Nacional de Juvenis (20.ª jornada) : Barreirense-O Elvas, 4-0; V. Setúbal-Olhanense, 3-0; Imortal --Odemirense, 2-0; Oeiras-U.Montemor, 1-0; Amora-Casa Pia, 2-3; Estoril-Cova Piedade, 1-2. Líder: Casa Pia, 52 pontos. 7.º Odemirense, 26. Próxima jornada (15/1): Odemirense-Oeiras.
Campeonato Nacional de Iniciados (18.ª jornada): Barreirense-Lagos, 4-0; V.Setúbal - -Olhanense, 0-0; Imortal-Despertar, 0-2; Juventude-Louletano, 3-2; Castrense --Lusitano, 1-0; Odeáxere-Lusitano VRSA, 1-1. Líder: Olhanense, 37 pontos. 7.º Despertar, 22. 10.º Castrense, 17. Próxima jornada (15/1): Despertar-Juventude; Louletano-Castrense.
Campeonato Distrital de Juniores (7.ª jornada): Almodôvar-Amarelejense, 2-0; Castrense-Aljustrelense, 6-0; Piense-Vasco da Gama (adiado para 28/1); Desportivo de Beja-São Domingos, 0-2; Moura --Odemirense, 2-0. Líder: Moura, 19 pon-tos. Próxima jornada (14/1): Desportivo de Beja-Moura; São Domingos-Piense; Vasco da Gama-Castrense; Aljustrelense-Almodôvar; Amarelejense-Odemirense.
Campeonato Distrital de Juvenis (1.ª jor-nada): Aljustrelense-Desportivo de Beja, 0-8; Aldenovense-Castrense, 2-1; Despertar - -Sporting de Cuba, 11-0; Moura-Boavista, 8-2. Líder: Despertar, três pontos. Próxima jornada (15/1): Desportivo Beja-Aldenovense; Boavista-Aljustrelense; Castrense-Despertar; Sporting de Cuba-Moura.
Campeonato Distrital de Iniciados (11.ª jornada): Amarelejense-Serpa, 2-2; Odemirense-Ourique, 6-0; Desportivo de Beja-Bairro da Conceição, 5-0; Despertar --Ferreirense, 5-1; Almodôvar-Moura, 0-2; Milfontes-Guadiana, 2-1. Líder: Desportivo de Beja, 30 pontos. Próxima jornada (15/1): Ourique-Amarelejense; Bairro da Conceição - -Odemirense; Ferreirense-Desport ivo de Beja; Moura-Despertar; Guadiana --Almodôvar; Negrilhos-Milfontes.
Campeonato Distrital de Infantis – Série A (14.ª jornada): Operário-Bairro da Conceição, 1-5; Sporting de Cuba --Ferreirense, 3-1; Sporting de Beja-Vasco da Gama, 1-5. Líder: Despertar, 30 pontos. Próxima jornada (14/1): Alvito-Sporting de Cuba; Vasco da Gama-Despertar; Ferreirense-Beringelense. Série B (10.ª jornada): São Domingos-Guadiana, 1-3; Moura-Serpa, 3-1; Piense-Aldenovense, 1-1; Santo Aleixo-Despertar B, 3-0. Líder: Moura, 25 pontos. Próxima jornada (14/1): Serpa-São Domingos; Aldenovense-Moura; Despertar - -Piense; Barrancos-Santo Aleixo. Série C (10.ª jornada): Almodôvar-Aljustrelense, 6-0; Ourique-Milfontes, 1-12; Odemirense - -Operário, 7-2; Castrense-Boavista, 16 - -0. Líder: Operário Rio Moinhos, 24 pontos. Próxima Jornada (14/1): Milfontes--Almodôvar; Rio Moinhos -Ourique; Boavista-Odemirense; Renascente -Cas trense.
Campeonato Distrital de Benjamins (10.ª jornada) – Série A: Sporting de Cuba-Vasco da Gama, 3-4; Ferreirense --Figueirense, 25-0; Beringelense-Sporting de Beja, 2-3; Benfica de Beja-Despertar A, 0-2. Líder: Ferreirense, 24 pontos. Próxima jornada (14/1): Figueirense-Sporting de Cuba; Sporting Beja-Ferreirense; Despertar --Beringelense; Alvito Benfica Beja. Série B: Bairro da Conceição-Serpa, 3-1; Despertar B-Desportivo de Beja, 22-0; Aldenovense --Piense, 5-3; Amarelejense-Guadiana, 2-3. Líder: Despertar, 27 pontos. Próxima jor-nada (14/1): Desportivo de Beja-Bºairro da Conceição; Piense-Despertar; Guadiana --Aldenovense; Moura-Amarelejense. Série C: Odemirense-Almodôvar, 3-1; Milfontes - -Castrense, 2-3; Panóias-Rosairense, 12-2; Renascente-Ourique, 5-2. Líder: Renascente, 27 pontos. Próxima jornada (14/1): Castrense - - Odem i rense ; Rosa i rense-M i l fontes ; Ourique-Panoias; Aljustrelense-Renascente.
Campeonato Dis tri tal de Futebol Feminino (7.ª jornada): Aljustrelense --Benfica de Castro Verde, 3-2; Benfica de Almodôvar-Odemirense, 1-8; Ourique --Serpa, 0-1. Líder: Aljustrelense, 16 pon-tos. Próxima jornada (14/1): Benfica Castro Verde-Ourique; Benfica de Almodôvar --Aljustrelense; Serpa-Odemirense.
FUTSALTaça Distrito de Beja (4.ª jornada) Série A: Sporting de Moura-Alfundão, 5-5; Alco-forado-I.P.Beja, 5-6. Líder: Sporting Moura, oito pontos. Próxima jornada (27/1): IPBeja - -Sporting Moura; Alfundão-Alcoforado. Série B: V.N.São Bento-Vila Ruiva, 8-6; A.Surdos Beja-Almodovarense, 3-16. Líder: V.N.São Bento, 12 pontos. Próxima jor-nada (27/1): Vila Ruiva-A.Surdos Beja; Almodovarense-V.N.S.Bento.
Futebol juvenil
O Castrense perdeu dois pontos em Panoias e deixou aproximar os rivais mais diretos, não o Odemirense, porque foi goleado em Vidigueira e afundou-se na tabela.
Texto e foto Firmino Paixão
Jogou-se a ronda de abertura da se-gunda volta do campeonato e a prova fará agora mais uma pausa para dar
entrada à 1.ª eliminatória da Taça Distrito de Beja. Importa, por isso, extrair aquilo que foi o essencial da décima quarta jor-
Taça Distrito de Beja
Uma Taça pouco cheia
Mais uma pausa no campeonato maior da AF Beja, agora para dar entrada à Taça Distrito de Beja,
em seniores, cuja primeira eliminatória dei-xou de fora, para efeitos de enquadramento das próximas rondas, nada menos que sete equipas, entre elas cinco emblemas do esca-lão principal. O sorteio desta etapa inicial da prova escalonou apenas dois jogos en-
tre formações da primeira divisão: um ocor-rerá em Beja entre o Desportivo e o Vasco da Gama, outro no Rosário entre a turma lo-cal e o São Marcos. Os restantes jogos têm desfechos de fácil previsão, a não ser que em algum desses campos a equipa menos ape-trechada se supere e faça acontecer o impre-visível.
O quadro completo da primeira elimi-
natória é o seguinte: Milfontes-Ourique; Panoias-Renascente; Amarelejense-Negri-lhos; Bairro da Conceição-Guadiana; Al-de novense-Piense; Desportivo de Beja --Vasco da Gama; Castrense-Vale de Vargo; Rosairense-São Marcos; Ferreirense --Alvorada. Isentos: Almodôvar, Odemirense, Sporting de Cuba, Serpa, Cabeça Gorda, Saboia e Messejanense. FP
O campeonato ganha mais cor
Um líder a preto e branco
A mudança estava anunciada. Logo que o Ferrobico cumprisse a jor-nada de descanso perderia o co-
mando da prova, a dúvida era saber se o suces-sor seria o Amarelejense ou o Piense. Dado que a turma de Amareleja empatou no Bairro da
Conceição e os alvinegros de Pias venceram o Vale de Vargo, coube a estes assumir a liderança da prova, com um ponto de vantagem sobre os segundos classificados. Sendo relevante subli-nhar que na próxima jornada será a vez de fol-gar o Amarelejense, deixando caminho aberto
para o Cabeça Gorda ficar isolado no segundo ou primeiro posto, dependendo de si e do re-sultado que o Piense trouxer de São Luís. Mas essas contas ficam para depois porque a Taça também vai envolver nesta primeira fornada al-gumas equipas do segundo escalão. FP
Milfontes e Serpa na perseguição
Castrense empatado em Panoias
nada, com relevância para o empate, sem golos, a que a turma do Panoias forçou o líder e para a exibição do novo Vasco da Gama, em que a estreia do técnico Fernando Piçarra valeu uma, impensável, goleada ao Odemirense, comandado pelo, também es-treante, Fernando Encarnação.
Os dois pontos que a formação orien-tada por Careca retirou ao Castrense inje-taram um pouco mais de competitividade no campeonato, porque permitiram a apro-ximação das equipas perseguidoras, entre elas o Milfontes e o Serpa, que, tendo ga-nho as respetivas partidas, foram os mais
beneficiados com o deslize do líder. Boa prestação do Serpa, o terceiro lugar não é um acaso e o percurso da equipa de Hugo Felício tem-no comprovado.
O Aldenovense voltou a perder e Carlos Guerreiro saio do comando da equipa. O Sporting de Cuba continua no fundo da ta-bela, e a derrota em São Marcos foi dupla-mente penalizadora porque ambos rivali-zam na sobrevivência, a par do Guadiana que tarda em mostrar a sua potenciali-dade e juventude. O Almodôvar venceu o Desportivo de Beja e os bejenses ficaram mais próximos do rodapé da tabela.
Formação do litoral em dificuldades Lance do jogo entre o Vasco da Gama da Vidigueira e o Odemirense
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Apraz-me registar com a exuberância que a própria decisão impõe quando na edição anterior do “Diário do Alentejo” me deparei com as declarações do líder da comissão administrativa que gere o Desportivo de Beja, Rogério Palma Inácio, que referia: “A maioria (jogadores) ficou ao serviço do clube a custo zero”. Abraço esta deliberação e aplaudo a ética manifestada pelos atletas na hora de tomarem resoluções profundas relativamente ao futuro do histórico clube. Tenho conhecimento, porque é público, que os jogadores se disponibilizaram em oferecer o seu contributo, realçando-se, ainda, o regresso de atletas que avançaram de imediato quando se depararam com a fragilidade financeira que o Desportivo atravessa. Bem-haja, pois, a disponibilidade enorme manifestada por esse grupo de homens que, ao som do toque a rebate, decidiram unir-se, evitando, também, que o poder caísse, eventualmente, na rua. Porém, tal não aconteceu! Conhecemos em pormenor os meandros da agremiação da rua de Sembrano. O último folgo é deveras soberbo. Nos anais históricos do Desportivo de Beja constatam-se dilúvios que não ousaram passar a fronteira da continuidade. Noites de insónias que se transformam em sonhos angelicais. Da ambiguidade resultou, por norma, certezas absolutas. O trilho, sendo variável, encontra sempre a razoabilidade desejada. O Desportivo jamais viveu sob o espectro da ausência de homens para se colocarem ao leme da sua nau. Em horas difíceis, lá surge um rol de amigos que se predispõe em levar por diante a componente diretiva. E o clube prossegue inabalável aos infortúnios entretanto impingidos. A bandeira da região, que outrora cimentou uma verdade desportiva a nível distrital, é hoje um clube que sobrevive de gentes que se entregam desinteressadamente a uma coletividade com história. Jogar a custo zero numa equipa sénior onde antigamente era uma honra é, agora, uma medida ajustada ao tempo!
Custo zeroJosé Saúde
O Centro de Cultura Popular de Serpa disputa, há cinco épocas consecutivas, o Campeonato Nacional de Iniciados da 1.ª Divisão de Andebol e quer por lá continuar.
Texto e fotos Firmino Paixão
A coletividade movimenta cerca de sete dezenas de jovens na modalidade de
andebol, repartidos pelos escalões de bambis, minis, infantis, inicia-dos e juvenis, e no escalão de ini-ciados tem a sua equipa há cinco épocas na primeira divisão nacio-nal. Este ano o campeonato não está a correr de feição e paira sobre a equipa a ameaça de uma possível despromoção. António Baião, trei-nador dos iniciados do CCPSerpa, enumera as grandes dificulda-des que o coletivo tem sentido, su-blinha as dificuldades de recruta-mento existentes na comunidade local, mas revela uma forte convic-ção de que ainda é possível manter a equipa, que é o orgulho do ande-bol regional, no alto patamar onde se encontra há cinco temporadas.
Não tem sido um campeonato fá-
cil e a equipa não consegue ter
sucesso?
Era previsível que isto aconte-cesse nesta temporada. Atingimos o quinto ano na 1.ª Divisão, temos tido algumas dificuldades em re-crutar jogadores e, só para lhe dar uma ideia, temos 10 iniciados e an-damos a jogar com infantis, para atingirmos o máximo que a federa-ção exige, que são 12 jogadores. São jogadores, alguns deles, que chega-ram em setembro à equipa, estamos
CCP Serpa há cinco épocas na 1.ª Divisão
Manutenção “ainda é possível”
Iniciados O Campeonato Nacional começa a 13 de fevereiro
com quatro meses de atividade com eles. No ano passado construímos uma equipa que obteve a melhor classificação, fez o 5.º lugar na zona sul da 1.ª Divisão Nacional, mas grande parte dos jogadores subiu de escalão.
Escasseiam os atletas que são os
principais recursos?
O início de campeonato foi muito complicado, jogámos contra equi-pas com maior potencial, com mais hipótese de recrutar jogadores, so-mos a única equipa do Alentejo a disputar esta prova e, por tudo isso, temos sentido algumas dificulda-des. Nesta época apenas consegui-mos ganhar um jogo, sabíamos que seria muito difícil fazer melhor do que temos conseguido.
Está assumida a despromoção à se-
gunda divisão?
Não, não está nada assumido. Temos que lutar até ao fim, ainda faltam três jogos nesta primeira fase e mais 10 na segunda. A outra fase é cru-zada com outra série, onde há equi-pas apenas com um ou dois pontos a mais do que nós e juntam-se cinco equipas para descerem três. Não po-demos dizer que não teremos gran-des dificuldades, mas a progressão que a equipa está a revelar nestes úl-timos tempos dá-nos alguma con-fiança para acalentarmos a espe-rança de podermos ainda assegurar a manutenção.
E o grupo está motivado para atin-
gir esse objetivo?
Tenho que acreditar que sim, esta-mos neste ambiente de competição e temos sempre que acreditar até ao fim, não podemos transmitir, nem
Baião, treinador dos iniciados: “A progressão que a equipa está a revelar dá-nos alguma confiança para acalentarmos a esperança de podermos ainda assegurar a manutenção”.
deixar perceber, outro tipo de senti-mento. Terá que ser com muito tra-balho, mas esse é outro problema que temos tido aqui ao longo des-tes quatro meses com os atletas. Treinamos três vezes por semana mas nunca juntamos todos os joga-dores. Chego a ter aqui seis ou sete atletas e assim a própria evolução dos jogadores é mais lenta. Temos atletas que jogam andebol há um ano e há menos tempo, é um pro-cesso formativo que vai demorar a dar frutos, mas cada vez torna-se mais difícil. O clube tem feito
muitas tentativas de divulgação da modalidade junto das escolas e está a ser muito difícil o recrutamento.O andebol está a perder
praticantes?
Direi que o investimento na forma-ção depende de zona para zona. Se olharmos para o Norte e Centro do País, o andebol evolui aí de uma forma progressiva. Mesmo na for-mação os clubes do norte geralmente são mais fortes do que os do sul e isso quer dizer alguma coisa. Quer dizer que conseguem ter mais atletas, por-que têm uma base de recrutamento maior, e conseguem também ter mais qualidade. Nós estamos com dificuldades, mas não podemos dei-tar a toalha ao chão, obviamente que vamos continuar a trabalhar e tentar manter a equipa neste escalão, por-que uma equipa do interior como a nossa, que está cinco anos na pri-meira divisão nacional, não é fácil.
A atividade do centro não se esgota
nesta equipa, tem uma base de for-
mação mais ampla…
Temos uma equipa de juvenis com 19 jogadores e muito bons valores, mas depois surgem-nos as grandes dificuldades que é ir além dos juve-nis. O clube quer fazer juniores e se-niores, mas os miúdos chegam aos 17 ou 18 anos e saem para as uni-versidades. Ainda bem que é assim, mas sentimos que são os problemas da interioridade. Aqui não há solu-ções e os miúdos querem acautelar o futuro académico. Na formação te-mos os minis e os bambis, desde há dois anos com metade dos atletas de outros tempos, apesar dos esforços que fazemos junto dos pais, que são antigos atletas, e junto da comuni-dade escolar. É muito difícil…
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Os resultados conjugaram-se e a primeira jornada do novo ano trouxe um novo líder para o distrital da 2.ª Divisão da AFBeja. É o Piense de José Manuel Rações.
Texto e foto Firmino Paixão
O título no escalão secun-dário e a promoção à di-visão principal são os ob-
jetivos assumidos pelo treinador do Piense, José Manuel Rações, que enquanto jogador foi uma das boas referências do futebol regional. A equipa chegou ao pri-meiro lugar mas o técnico, ape-sar de assumir os objetivos com frontalidade, ainda revela reser-vas quanto ao futuro. Rações fala de um novo Piense, de uma boa sintonia com os dirigentes lo-cais e com a massa associativa do clube e puxa pelo seu coletivo para que o clube regresse ao lu-gar a que tem direito no futebol da região.
O Piense está a fazer um campe-
onato discreto mas com muita
qualidade. É uma estratégia?
Era isso que tínhamos planeado para esta época e já esperávamos ter atingido o topo da tabela há algumas jornadas atrás, mas ti-vemos alguns jogos negativos, principalmente o que fizemos em Messejana, que não nos cor-reu tão bem. Mas o que procuro transmitir aos meus jogadores é esse espírito de conquista, tentar-mos ser um coletivo forte e coeso e ao mesmo tempo mostrarmos qualidade.
Que argumentos tem este plan-
tel para conseguir os sucessos
que se esperam dele?
Temos muitos jogadores da terra e alguns de concelhos vizinhos como Serpa e Moura. São jo-vens com uma boa margem de progressão, temos aqui jogado-res com muita qualidade, mas não basta dizer que temos quali-dade, temos também que traba-lhar para evoluir e com alguns destes jogadores isso não tem acontecido porque, estando aqui em Pias, não têm muitas oportu-nidades de se mostrarem. Julgo
Andebol Zona Azul mas muito brilhanteA Zona Azul e o Lagoa jogam
amanhã à tarde, na cidade de Beja,
a partida relativa à 15ª. jornada
do Campeonato Nacional de
Andebol da 3.ª Divisão – seniores
masculinos, zona sul, mais uma
final determinante na caminhada
vitoriosa que a equipa bejense está
a rubricar nesta prova. Depois
da vitória em Almada (32/37) no
passado fim de semana e depois
também de ter beneficiado do
empate entre Boa Hora e Torrense
(26/26), equipas que lhe sucedem na
pauta dos pontos, os comandados
de Carlos Guerreiro só pensarão em
mais um triunfo. O jogo disputa-se
no pavilhão de Santa Maria, pelas
15 horas. O Andebol Clube de Sines,
que na jornada anterior perdeu
em casa com o Loures (18/28),
desloca-se a Vila Real de Santo
António para defrontar o Náutico.
O Centro de Cultura Popular
de Serpa desloca-se ao Pavilhão
do Alto do Moinho para jogar a
partida relativa à 13.ª jornada do
Nacional da 1.ª Divisão de Iniciados,
depois de ter sido batido em casa
pelo Vitória de Setúbal (27/37) na
jornada do último sábado. Outros
resultados: Nacional de Infantis
Masculinos (3.ª Jornada): Zona
Azul-CCPSerpa, 15-20. Nacional de
Juvenis Masculinos 2.ª divisão (9.ª
Jornada): Portalegre-CCPSerpa,
22-33; Zona Azul-Vasco da Gama,
27-19. Redondo-Évora AC, 37-23.
Hóquei em Patins Castrense em casa e Mineiro no Algarve
O Castrense recebe amanhã à
tarde a formação do Azeitonense
em jogo relativo à 10.ª jornada
do Campeonato Nacional da
3.ª Divisão, zona sul, de hóquei
em patins, ronda que leva o
Aljustrelense ao pavilhão do
Boliqueime e deixa de descanso o
líder invicto da prova, o Hóquei de
Grândola. Na jornada do último
fim de semana verificaram-se os
seguintes resultados: H.Santiago-H.
Grândola, 4-5; Lisbonense-Estre-
moz, 4-8; Seixal-Salesiana, 4-4;
Azeito nen se-Lobinhos, 2-1;
Aljustrelense-Cas trense, 8-4. Lidera
o Hóquei de Grândola com 27
pontos. O Aljustrelense é o nono e
o Castrense é o último, apenas com
um ponto. Na 2.ª Divisão Nacional o
Vasco da Gama jogará amanhã pelas
18 horas, em casa, com o Sesimbra.
Lá vai Serpa, lá vai Moura…
E o Piense é o novo líder
José Manuel Rações, treinador do Piense: “Acho que aquilo que fiz como jogador foi excelente e agora espero que neste segundo ano como treinador me consiga afirmar e ter continuidade”.
Taça Fundação Inatel – Agenda (14 e 15/1/12). Série A (10.ª jornada): Cavaleiro-Cercalense; Campo Redondo-Malavado; Longueira-Soneguense. Série B (9.ª jornada): Pereirense-Nave Redonda; Santaclarense-Relíquias; Luzianes-Garvão; Amoreiras Gare-Colense. Série C (9.ª Jornada): Penedo Gordo-Figueirense;
Santa Vitória-Faro do Alentejo, Beringelense-São Matias; Mombeja-Jungeiros. Série D (9.ª jornada): Sobral D’Adiça-Neves; Louredense-Ficalho; Serpense-Brinches; Quintos-Salvadense. Série E (9.ª jornada): Trindade-Sta Clara-a-Nova; Sanjoanense-Alcariense; Aldeia de Fernandes-Sete; Albernoense-Almodovarense.
70.º Anivernsário
do Moura Atlético Clube
O Moura Atlético Clube comemora amanhã,
sábado, o 70.º aniversário da sua fundação,
mas as comemorações oficiais realizam-se no
sábado seguinte, dia 21, com um jantar aberto a
todos os sócios, adeptos e população em geral.
Moura Vólei Clube vai
a Marinha Grande
A segunda volta do Campeonato Nacional
da 3.ª Divisão de Voleibol completa-se
amanhã, sábado, e o Moura Vólei Clube terá
uma deslocação até ao pavilhão do Sport
Operário Marinhense, na Marinha Grande.
que isso não se passa só aqui, os jogadores às vezes acomodam-se e isso dá muito mais trabalho ao treinador.
O Cabeça Gorda folgou, o
Amarelejense empatou e o
triunfo do Piense sobre o Vale de
Vargo projetou a equipa para o
primeiro lugar…
Esse era o objetivo que perse-guíamos desde o início do cam-peonato. Neste percurso já tive-mos duas oportunidades de subir ao primeiro lugar mas não con-seguimos, e sabemos que à me-dida que o campeonato avança as oportunidades vão ficando escas-sas. Mas agora estamos lá, temos que ganhar alguma estabilidade, procurarmos dilatar a diferença de pontos para que nos seja pos-sível encarar o futuro com uma margem que nos permita encarar uma falha ou um erro nos jogos mais complicados que ainda te-mos pela frente.
A primeira divisão está a ficar
cada vez mais perto, e a outra
meta será o título da segunda
divisão?
É a meta que perseguimos, é o nosso objetivo, sempre fui habi-tuado a ganhar, essa é a mentali-dade que tenho procurado trans-mitir aos meus jogadores desde que assumimos este projeto
de tentar recolocar o Piense na 1.ª Divisão Distrital. Se o iremos conse-guir ou não ainda não temos a cer-teza, apesar de as coisas estarem no bom caminho, mas estamos a traba-lhar e a dar o nosso máximo para que isso aconteça.
O Piense é um histórico que deverá
ter lugar cativo na divisão principal?
É verdade e acho até que clubes com o historial que este tem nunca de-viam descer de divisão, mas isso acontece quando as coisas não cor-rem tão bem como os dirigentes de-sejam. Estes clubes dão um brilho maior à primeira divisão, sem me-nosprezo pelos que lá estão, mas o Piense tem um historial bonito, ape-sar de já ter passado por momentos muito difíceis, mas merece estar na primeira divisão.
O clube já foi um modelo de organi-
zação e já passou por momentos con-
turbados. Agora está estabilizado?
Estes dirigentes têm vindo a fazer um trabalho muito bom, resolvendo algum passivo que existia e procu-rando estabilizar o clube, Tem sido um trabalho muito eficaz que come-çaram no ano passado e que nesta época estão a dar continuidade para que o Piense tenha boa saúde, por isso só ficava bem que a equipa su-bisse de divisão.
A massa associativa do clube está em
comunhão com o sucesso da equipa?
Sem dúvida. As pessoas de Pias gos-tam muito de vir ao futebol. Este ano têm mais dificuldade porque os jogos são ao sábado e há muita gente nesta região para quem esse é, também, um dia de trabalho. Mas as pessoas acompanham o percurso da equipa e estão sempre muito interessadas no Piense.
E o José Manuel Rações já tem sau-
dades de vestir a camisola e marcar
golos?
Ainda não ultrapassei esse trauma porque ainda me sinto com bas-tante vontade, mas temos que chegar a uma altura em que temos que por uma pedra por cima das coisas e sen-tir que fazem parte do passado, mas acho que aquilo que fiz como jogador foi excelente e agora espero que neste segundo ano como treinador me con-siga afirmar e ter continuidade.
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13 janeiro 2012
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Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa
Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias
Urinárias – H. Beja
Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria –
Hospital de Santa Maria
Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina
Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia
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Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar
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de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro
Hospitalar do Baixo Alentejo
Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de
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Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do
Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja
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24Diário do Alentejo13 janeiro 2012
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Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 1.ª Publicação
PEDRO BRANDÃO
Agente de Execução
C.P. 3877
ANÚNCIOTribunal Judicial de Serpa - Secção ÚnicaAcção ExecutivaProcesso n.° 280/06.8TBSRP-AExequente: Banco Santander Totta, S.A.Executada: Deolinda Raquel Nunes Tormenta
FAZEM-SE SABER que nos autos acima identifi cados se encontra designado o dia 1 de Fevereiro de 2012, pelas 14:30 horas, no Tribunal acima identifi cado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem:
Prédio Urbano, propriedade total, sito no Largo do Adro, n.° 8, em Brinches, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo 996, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob a fi cha 384/19890602, Brinches - Serpa, sito no Largo do Adro n.° 8.
O bem pertence à Executada:DEOLINDA RAQUEL NUNES TORMENTA, NIF: 171458907, residen-
te na Rua Lucinda do Carmo, n.° 16 - 1° dt., em LisboaVALOR BASE: 80.000,00 €Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 56.000,00€,
correspondente a 70% do Valor Base.É Fiel depositário que o mostrará a pedido a executada Deolínda
Raquel Nunes Tormenta.O Agente de Execução, Céd Prof. 3877
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Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 2.ª Publicação
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOSServiço de Finanças de BEJA-0248
ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES
N.º da Venda: 0248.2011.90 - Executado: Carlos Miguel Sousa Teixeira por reversão de Carlos Teixeira Unipessoal, Lda
1/2 indiviso da fracção autónoma designada pela letra “F” do prédio urbano destinado a habitação, sito na Rua Jorge de Sena nº8 1º andar F, em Beja, freguesia de Salvador, concelho de Beja, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3104, composta por sala, três quartos, cozinha, mar-quise, duas instalações sanitárias, despensa, circulação, duas varandas e estacionamento na cave designado pelo nº12, com a área bruta privativa de 107,2000 m2 e área bruta dependente de 27,9000 m2.
Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.
É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) CARLOS MIGUEL SOUSA TEIXEIRA ANDRE, residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima iden-tifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2012-01-06 e as 10:00 horas do dia 2012-03-06.
O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 30.274,49.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso
ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.
O prazo para licitação tem início no dia 2012-02-20, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2012-03-06 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.
No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).
A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).
No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).
A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmis-sões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.
Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).
Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200801025597 (e apen-
sos)NIF/NIPC: 218908423Nome: CARLOS MIGUEL SOUSA TEIXEIRA ANDREMorada: R JORGE SENA 8 1º F URBANIZAÇÃO QUINTA D’EL
REI - BEJA2011-12-20
O Chefe de FinançasManuel José Borracha Pólvora
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Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA
EDITALCEMITÉRIO DE BEJA
CONCESSÃO DE TERRENOS A TÍTULO PERPÉTUOJOSÉ DOMINGOS NEGREIROS VELEZ, Vereador
dos Serviços Urbanos da Câmara Municipal de Beja, faz saber que:
Em reunião de Câmara de 21 de Dezembro de 2011, foi deliberado autorizar a concessão do direito de ocupação, a título perpétuo, dos covais temporários existentes no Cemitério Municipal de Santa Clara, A e B, em Beja, nas seguintes condições:
1.º O período de candidatura ocorrerá de 16 de Janeiro a 24 de Fevereiro de 2012.
2.º A concessão será atribuída aos responsáveis legais pelos restos mortais. Os interessados deverão dirigir-se à Secretaria do Cemitério Municipal de Santa Clara em Beja, onde darão cumprimento às formalidades prescritas no Capítulo IX do Regulamento do Cemitério de Beja.
Beja, 5 de Janeiro de 2012.O Vereador do Pelouro dos Serviços Urbanos
José Domingos Negreiros Velez
institucional diversos necrologia 25Diário do Alentejo
13 janeiro 2012
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Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 1.ª Publicação
PEDRO BRANDÃO
Agente de Execução
C.P. 3877
ANÚNCIO
Tribunal Judicial de Moura - Secção Única
Acção Executiva
Processo n.° 838/O6TBBJA
Exequente: RHR - Construções, Lda
Executados: Albertino Mendonça GaidãoFAZEM-SE SABER que nos autos acima identifi cados se encontra
designado o dia 1 de Fevereiro de 2012, pelas 09:45 horas, no Tribunal acima identifi cado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem:
Verba 1 - Prédio urbano, em regime de propriedade horizontal, descrito sob a inscrição 712/251187 - AB, da freguesia Porches, concelho de Lagoa, Artigo matricial n°1581 - AB - Lagoa, sito na Urbanização Quinta das Pal-meiras, Bloco G-1-1, 3° andar, Apartamento C, no sitio das Senhora das Rochas em Porches - 70% de 250.000,00€ (175.000,00€)
Verba 2 - Prédio Misto, denominado de CARVALHAL, descrito sob a inscrição 2068/20070309, da freguesia de Pias, concelho de Serpa. Artigo matricial n° 57- G Rústico e 1858 Urbano - Serpa - 70% de 400.000,00€ (280.000,00€)
Os bens pertencem ao Executado:ALBERTINO MENDONÇA GAIDÃO, NIF: 136790178.VALOR BASE: 650.000,00€Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 455.000,00€,
correspondente a 70% do Valor Base.Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem
juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor.
É Fiel Depositário que o mostrará a pedido o executado Albertino Men-donça Gaidão, residente na Rua da Parreira, n.° 41 - 1° Drt. em Moura.
O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão
Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 1.ª Publicação
PEDRO BRANDÃO
Agente de Execução
C.P. 3877
ANÚNCIOTribunal Judicial de Moura - Secção ÚnicaAcção ExecutivaProcesso n.° 129/05.9TBMRA-AExequente: Francisco Póvoa & Helena, LdaExecutados: José Manuel Santa Rita Serrano e Maria João Cruz
de Quintanilha Mendonça Santa RitaFAZEM-SE SABER que nos autos acima identifi cados se encontra
designado o dia 1 de Fevereiro de 2012, pelas 10:00 horas, no Tribunal acima identifi cado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem:
Prédio Urbano, propriedade horizontal, sito na Rua de São Luís, Lote 47 - 1° Esq, em Moura (Santo Agostinho), em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo 2817-D, descrito na Conservatória do Registo Predial de Moura sob a fi cha 701/19871106, Moura (Santo Agostinho).
O bem pertence aos Executados:JOSÉ MANUEL SANTA RITA SERRANO, NIF: 188304770, MARIA JOÃO
CRUZ DE QUINTANILHA MENDONÇA SANTA RITA, NIF: 104162325.VALOR BASE: 71.785,71€Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 50.250,00€,
correspondente a 70% do Valor Base.Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar
à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execu-ção, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor.
É Fiel Depositário que o mostrará a pedido os executados José Manuel Santa Rita Serrano e Maria João Cruz de Quintanilha Mendonça Santa Rita, residentes na Urbanização Mourasol, Lote 47, 1° Esq. Moura.
O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão
Diário do Alentejo nº 1551 de 13/01/2012 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE BARRANCOS
EDITAL N.º 01/2012
(Publicitação das transferências concedidas pela Câmara Municipal
de Barrancos no 2.º Semestre/2011)
ANTÓNIO PICA TERENO, Presidente da Câmara Municipal de Barrancos, torna
público, nos termos e para cumprimento do disposto na Lei n.º 26/94, de 19 de Agosto,
os benefícios concedidos no 2.º semestre de 2011
Listagem das transferências concedidas
Câmara Municipal de Barrancos, 05 de Janeiro de 2012
O Presidente da Câmara
Dr. António Pica Tereno
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Albernoa - Beja
PARTICIPAÇÃO,
AGRADECIMENTO
E MISSA DE 7º DIA
José Joaquim
NogueiraFoste embora
meu querido paiMas eu jamais
te vou esquecerDeus está contigo
no eterno descansoTeu amor vou lembrar
enquanto viver
Deixaste saudades meu bom amigo
Não tenho palavras para descrever
Estarás sempre perto de mim
No meu coração mesmo sem te ver
Seus fi lhos participam o fale-cimento do seu ente querido ocorrido no dia 07/01/2012, e agradecem por este meio a todas as pessoas que se dig-naram acompanhá-lo à sua úl-tima morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.Será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 13/01/2012, sexta-feira, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, agradecen-do desde já a todos que nela participem.
MISSA
Florinda Afonso
Baltazar Palma5º Ano de Eterna Saudade
Minha esposa lembra-
da, FLORINDA AFONSO
BALTAZAR, de 64 anos, faz
5 anos que faleceu no dia
19/01/2012, por isso eu, meus
fi lhos, netos e restante família
vamos mandar celebrar uma
missa pela sua alma neste
dia, quinta-feira, às 18.30
horas na Igreja da Sé em
Beja, agradecendo desde já
a todas as pessoas que se
dignarem comparecer.
Aljustrel
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
Mário Domingos
Garcia
N. 17-10-1938 – F. 07/01/2012
Sua esposa cumpre o doloro-
so dever de participar o faleci-
mento do seu ente querido, e
na impossibilidade de o fazer
pessoalmente vem por este
meio agradecer a todas as
pessoas que o acompanha-
ram à sua última morada ou
que de outra forma lhe mani-
festaram o seu pesar.
Mértola
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Ana Balbina RombaSuas fi lhas, fi lho, genros, nora, netos e restante família, na im-possibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no passado dia 3 de Janeiro e agradecer a todos quantos os acompanharam neste momento difícil, ou, de alguma forma, lhes manifestaram o seu pesar.
José Miguel MartinsNa edição publicada no passa-do dia 06.01.12 houve um lapso e foi mencionado que o senhor se encontrava internado, mas a informação estava incorrecta pelo que pedimos desculpa, pois o senhor encontrava-se
no seu domicílio.
Transportes de Serviços Urgentes
Urgente diurno (recolhas e entregas no próprio dia)
Urgente nacional (de hoje para amanhã)
Urgente Espanha (de hoje para amanhã, antes das 10H)
Urgente internacional (o mais urgente com cobertura mundial)
e-comerce – para empresas que comercializam os seus produtos através da Internet
Outros
Contactos: Beja, Évora – 284 321 760 | Sines – 269 636 087
26Diário do Alentejo13 janeiro 2012
necrologia
SÃO MATIAS
†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL RATO GAVINO, de 62 anos, natural de Barrancos. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 5, da Igreja Paroquial de São Matias, para o cemitério local.
BEJA/BERINGEL
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARGARIDA DA GRAÇA RODEIA DE SOUSA, de 54 anos, natural de Beringel – Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 5, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Beringel
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA VITÓRIA CORREIA, de 80 anos, natural de Salvador – Serpa, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 7, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
MINA DA JULIANA/ SANTA VITÓRIA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. LUÍSA MARIA ROSALINA, de 91 anos, natural de Albernoa – Bela, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 7, da Igreja da Mina da Juliana, para o cemitério de Santa Vitória.
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO MIGUEL COLAÇO URBANO, de 70 anos, natural de Santiago Maior – Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 8, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Sr. EDMUNDO CAMACHO DA CRUZ, de 72 anos, natural de Odivelas – Ferreira do Alentejo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 8, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BEJA/ALBERNOA
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ JOAQUIM NOGUEIRA, de 92 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 8 das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Albernoa.
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO MANUEL REMECHIDO PEIXE, de 73 anos, natural de Salvada - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11 da Igreja Paroquial do Carmo em Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo onde foi cremado.
TRIGACHES
†. Faleceu a Exma. Sra. D. LUDOVINA AURÉLIA FELIZARDA TORRÃO, de 89 anos, natural de Beringel - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA EMÍLIA FERREIRA PINTO TEIXEIRA, de 85 anos, natural de Santa Maria de Viseu - Viseu, casada com o Exmo. Sr. António Teixeira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
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Serpa
É com enorme pesar e
solidários na dor da família
que participamos o faleci-
mento do Sr. José Manuel
Bule Rebocho de 51 anos,
casado com a Sra. Maria
Cristina Patermeu Martins
Rebocho.
O funeral a cargo desta
Funerária realizou-se no
passado dia 6 de Janeiro
da Casa Mortuária de Serpa
para o cemitério local.
Á família enlutada expres-
samos os nossos sentidos
pêsames.
A-do-Pinto
É com enorme pesar e soli-
dários na dor da família que
participamos o falecimen-
to do Sr. Mário de Jesus
Martins de 86 anos, casado
com a Sra. Mariana Dias.
O funeral a cargo desta
Funerária realizou-se no
passado dia 7 de Janeiro
da Casa Mortuária de A-do-
pinto para o cemitério de Vila
Nova de S. Bento.
Á família enlutada expres-
samos os nossos sentidos
pêsames.
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira | Tm.963044570 – Tel. 284441108
Alcaria da Serra
PARTICIPAÇÃO
Januária Rosa
Colaço Nasceu 13.08.1913
Faleceu 05.01.2012
Faleceu o Exma. Sra. Januária
Rosa Colaço, natural de Vera
Cruz, Viúva.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no pas-
sado dia 06, da casa mortu-
ária de Alcaria para o cemi-
tério local.
À família enlutada apresenta-
mos as nossas condolências.
Vidigueira
PARTICIPAÇÃO
Francisco José
Coxinho Penas Nasceu 03.01.1949
Faleceu 06.01.2012
Faleceu o Exmo. Sr. Francisco
José Coxinho Penas, natural
de Vidigueira, casado com a
Exma. Sra. Mariana dos Santos
Caramba Bagio Penas.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no pas-
sado dia 8, da casa mortuária
de Vidigueira para o cemité-
rio local.
À família enlutada apresenta-
mos as nossas condolências.
Vidigueira
PARTICIPAÇÃO
Perpétua Maria
Carvalho Pio Nasceu 29.08.1926
Faleceu 07.01.2012
Faleceu o Exma. Sra. Perpétua
Maria Carvalho Pio, natural de
Vidigueira, Viúva.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no pas-
sado dia 8, da casa mortuária
de Vidigueira para o cemité-
rio local.
À família enlutada apresenta-
mos as nossas condolências.
Vera Cruz
PARTICIPAÇÃO
Genoveva
Mendes Negas Nasceu 08.02.1932
Faleceu 09.01.2012
Faleceu o Exma. Sra .
Genoveva Mendes Negas,
natural de Vera Cruz, Viúva.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no pas-
sado dia 10, da casa mor-
tuária de Vera Cruz para o
cemitério local.
À família enlutada apresen-
tamos as nossas condo-
lências.
Pedrógão
PARTICIPAÇÃO
Francisco Manuel
Andrade Farinho Nasceu 14.08.1954
Faleceu 09.01.2012
Faleceu o Exmo. Sr. Francisco
Manuel Andrade Farinho,
natural de Pedrógão, casa-
do com a Exma. Sra. Maria
Margarida Matado Beringel.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no pas-
sado dia 10, da casa mortuá-
ria de Pedrógão para o cemi-
tério local.
À família enlutada apresenta-
mos as nossas condolências.
CAMPAS E JAZIGOSDECORAÇÃO
Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja | Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342
[email protected]ÇÕES POR TODO O PAÍS
CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800”
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
Francisco António
RosaFilho, nora, neto e restante
família cumprem o doloroso
dever de participar o faleci-
mento do seu ente querido
ocorrido no dia 02/01/2012
e na impossibilidade de o
fazer pessoalmente vêm
por este meio agradecer a
todas as pessoas que se
dignaram acompanhá-lo à
sua última morada ou de
outro modo manifestaram
o seu pesar.
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Em forma de concurso, este é um desafio dirigido aos alunos do secundário. Um desafio à imaginação e ao trabalho em grupo. Pretende-se a criação desta figura, o Contador- -Mor, não esquecendo todo o universo plástico de Paula Rego.Para inscrições e mais informações consultem o site www.casadashistorias.com ou através do email [email protected]
Criação de personagem
a partir do universo
de Paula Rego
A páginas tantas...O urso e o gato selvagem é um dos poucos livros para crianças que aborda o tema da morte e do luto de uma forma inteligente, delicada e simultaneamente bonita. Um livro que nos mostra que a dor é necessária para que se possa transformar de novo numa vontade de viver e que essa dor tem um tempo e que a presença de um amigo pode ajudar muito.“Um dia de manhã, o urso estava a chorar. O seu amigo passarinho tinha morrido”.A história de Kazumi Yumoto mostra-nos um urso consumido pela tristeza, incapaz de aceitar o sucedido, tentando adiar ao máximo a despedida, mas tudo mudará graças a um gato selvagem que o vai ajudar a reencontrar o seu caminho.
Dica da semanaA dica desta semana é a partir do trabalho da designer Henrietta Swift. Uma forma divertida e colorida de animar os interruptores da luz. Embora possas encontrar à venda estes autocolantes, o interes-sante é seres tu a criares as tuas próprias personagens.Podes ver mais em http://www.hellobubba.co.uk/
A parte mais difícil é encontrares alguém
que ainda tenha um gira-discos, talvez
os teus avós ainda tenham um guardado.
Diverte-te.
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Boa vida
A Fofinha é uma cadelinha jovem com menos de um ano, muito meiga
e sociável com todas as pessoas e outros cães. É de porte pequeno e por
isso adapta-se bem a um apartamento. É ativa e bem disposta.
Já foi vacinada e desparasitada e é esterilizada em breve. Venham conhecê-la ao
Cantinho dos Animais. Contactos: 962432844; [email protected]
Petiscos Peixe e forno, um casamento feliz
Ao fim de um longo período de copiosa carnufa va-mos lá enfim falar de peixe. Até porque vem aí a morte do porco, a matança. Vai-nos então sobrar o
bafo quente das gorduras mansas, descompostas pelo des-canso, enquanto chega o rigor mortis que permite melhor corte. E mais certeiro.
Vamos também falar do forno: é o encontro entre uma necessidade e a expectativa dum resultado que, quando al-cançado, encaixa como as mais rebuscadas peças dum puzzle.
Quando se utiliza um forno na cozinha pode-se estar a tentar chegar a dois tipos diferentes de resultados. O pri-meiro será naturalmente cozer, talvez mais lentamente, os alimentos sem que a água – da cozedura – ou o óleo – da fri-tura – interfiram no processo.
Mas há um outro efeito a que se pode chegar aumentando o calor e fazendo com que este chegue aos alimentos vindo de um só ponto. Normalmente a fonte de calor é superior e pode ser muito quente. Tem por objetivo “queimar” a su-perfície de um só lado, modificando o gosto, chamuscando a superfície e alterando a textura. Quando se associa a esta operação o gosto do queijo temos aquilo a que vulgarmente chamamos “gratinar”.
Compre lá então peixe, pode ser congelado, refiro-me a qualquer coisa que seja ou vagamente se pareça com pes-cada. Coza-o com pouca água, um fio curto de azeite, sal, pi-menta, salsa e cebola. Chamam os franceses a isto um court bouillon. Outra vez os franceses? Lamento muito, é a vida!
Corte-o em troços de polegada e reserve. Compre espina-fres, coza-os, escorra-os e tire-lhes os veios centrais maio-res. Corte em pedaços, três dedos. Reserve.
Faça agora um molho branco. Já aqui se falou longa-mente no molho branco e no bechamel. Vou só dar uma pequena ideia. Frite farinha em manteiga, bem frita, sal, pimenta e noz-moscada. Quando aquela estiver quase cas-tanha, junte a água da cozedura do peixe e de leite gordo na mesma proporção. Deixe ferver e espere até o molho estar suficiente espesso. Na dúvida? A varinha mágica, é quase instantâneo.
Faça um refogado de cebola com azeite, leve, e quando pronto está preparado para montar o prato. Um pirex: pri-meiro a cebola refogada, seguidamente ponha-lhe o peixe em cima, depois os espinafres e tape finalmente o tabuleiro com o molho branco. Pegue de lado e sacuda com as mãos para uniformizar. Disperse pela superfície queijo das ilhas ralado – ou, em alternativa, parmesão – e leve ao forno a gratinar, isto é, mais lume do lado superior e mais forte.
Come-se bem quente, o que está fresco é o vinho branco que acompanha.
António Almodôvar
Comer Febras de porco fritas com especiarias
Ingredientes:
1 kg. de febras; 1 cebola picada;4 dentes de alho picados;q.b. de sal grosso;1 colher de café com cominhos em pó;1 colher de café com açafrão em pó;1 colher de café com coentros em pó;2 troncos de hortelã picada (só os troncos sem as folhas);q.b. de azeite.
Confeção:
Marine as febras de porco com todos os ingredientes. Deixe ficar durante duas horas no frigorífico.Numa frigideira aqueça um pouco de azeite e frite a carne.Sirva bem quente com batata frita e salada.Bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
O mundo do vinho em 10 artigos
Número 0 – O vinho sem complicações
Muitos são os assuntos que podem ser abordados quando falamos de vinho mas, acreditem, poucos são verdadei-ramente importantes. No contacto com leitores e con-
sumidores fico com a sensação que nós, formadores de opinião e educadores, passamos uma mensagem de que o vinho é tão com-plexo e pleno de nuances que se torna indecifrável pelo comum dos mortais. Esta criação de uma elite do vinho não só é perversa, como é falsa; à exceção de uns poucos concidadãos com falhas fí-sicas no seu aparelho sensorial (falta de aroma ou de paladar), a maioria dos portugueses sabe distinguir e classificar dois vinhos diferentes. Acreditem que o que diferencia, verdadeiramente, um conhecedor de um iniciado é o número de vinhos provados e o investimento (em tempo e dinheiro) que cada pessoa decida fazer para conhecer o mundo do vinho.
A descomplicação do vinho é o pressuposto de base que peço a todos os leitores, a partir do qual escreverei 10 artigos que, sem falsa modéstia, poderão servir como um mini-curso de educação e prova.
1. O gosto do vinho 2. Copos e decantação 3. Temperaturas de serviço 4. A guarda de vinhos5. Picoteio e vinhos 6. Mar e vinhos 7. Carnes e vinhos 8. Queijos e vinhos 9. Doces e vinhos 10. A compra de vinhos
Aníbal Coutinho
Vinho de Calendário
Já se encontra on line e
de acesso gratui to o novo
guia “Copo & Alma, 319
Melhores V inhos para
2 012”. Só tem de entrar
em www.w-anibal.com e
confer ir. No Alentejo o mais
bem pontuado dos v inhos
brancos foi Scala Coeli ,
IG A lentejano de 2 010 .
Vinho Diário
Um dos v inhos que mais
me impressionou na
recente prova cega que
deu or igem ao meu “Guia
Popular de V inhos”, edição
2 012 , já nas l ivrar ias e nos
supermercados, foi o t into
regional alentejano Herdade
dos Lagos, Aragonez, 2 0 0 9 .
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PUB
LetrasCinema no Estado Novo – A encenação do regime
A análise comentada de uma série de filmes produzidos, em Portugal, entre as décadas de 30 e 50 é a base de sustentação do olhar que Patrícia Vieira lança sobre a “encenação” do Estado Novo.
De que modo é que os filmes ajudaram a construir uma retórica sobre o País? Dos assumidamente propagandistas “A revolução de maio” e “Feitiço do império”, aos nacionalistas “Bocage” e “Camões”, passando pela constru-ção do Estado religioso através de “Fátima”, terra de fé, sem esquecer a elegia
militar e imperial que é “Chaimite”, a autora propõe ver os filmes não como “meros docu-mentos sociológicos que revelam o modo de vida deste período ou práticas governamen-tais específicas [...]”.
A pesquisa desta investigadora por-tuguesa, professora na Universidade de Georgetown, em Washington, é tanto mais pertinente quanto estes f ilmes têm sido pouco vistos e ainda menos debatidos e co-mentados. Através deles, a nação proje-tou-se ideologicamente sem que a crítica dessa projeção fosse feita. É como “testemu-nho de um país fantasiado” pela Política do Espírito, inventada por Ferro nos anos da política espetáculo em que o cinema serviu a estetização da política, que se olha para as obras cinematográficas “mais sérias” pro-duzidas com o apoio do regime mas tam-
bém para as “comédias à portuguesa, que ainda hoje são um fenómeno de popularidade”. Os filmes que Ferro tanto repudiou cumpriram – e muito bem –, por via do riso, o seu papel na veiculação de uma ordem so-cial proposta pelo Estado: era o elogio da pobreza alegre e honrada, que exorciza os demónios revolucionários com uma cantiga, sempre pronta, e se conforma com a saudade.
Maria do Carmo Piçarra
Patrícia Vieira
Edições Colibri
PVP: 15 euros
220 pág.s
FilateliaAniversário da Escola do Exército é a primeira emissão do ano
Os 175 anos da Escola do Exército fo-ram assinalados com uma emissão de selos (0,32; 0,68 + bloco de 2.50
€) que entraram ontem em circulação.Na pagela anunciadora da emissão,
escreve o seu comandante tenente-ge-neral Vítor Manuel Amaral Vieira: “A Escola do Exército foi criada em 12 de Janeiro de 1837 pelo Marquês de Sá da Bandeira, constituindo a mais ilustre an-tecessora da actual Academia Militar. Após a Restauração, foi criada por D.
João IV, em 1641, a Lição de Artilharia e Esquadria, que se pode considerar a pri-meira escola destinada à formação supe-rior dos quadros militares. Seguiu-se a Aula de Fortificação e Arquitectura Militar, a Academia Militar da Corte, a Academia Real de Marinha e o Real Colégio dos Nobres. Em 1790, foi criada por D. Maria I a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho, considerada ‘a primeira escola verdadeiramente científica, destinada ao ensino superior das matérias que interes-sam ao oficialato do Exército Português’.
Depois de sucessivas reestruturações (Escola do Exército 1837-1910, Escola de Guerra 1911-1919, Escola Militar 1919-1938 e novamente Escola do Exército 1938-1959), foi criada a Academia Militar, a 12 de Fevereiro de 1959, tendo por objectivo a preparação dos oficiais do Exército e da Força Aérea, passando os seus cursos a se-rem equiparados “para efeitos gerais, aos demais cursos superiores” (...).
Geada de Sousa
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Fim de semana
O projeto de rock industrial alternativo Inkilina Sazabra é a primeira proposta do Cineteatro Grandolense para
o ano que agora arrancou, com um concerto agendado para amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas. Os Inkilina
Sazabra foram fundados no início de 2010 pelo multi-instrumentalista Carlos Sobral e pelo escritor e vocalista
Pedro Sazabra, a que se juntaram César Palma, Paulo Dimal e Carlos Bixo. “A Divina Maldade” foi o single de
apresentação da banda, antecedendo o álbum de estreia homónimo, atualmente na estrada em fase de promoção.
Inkilina Sazabra apresentam “A
Divina Maldade” em Grândola
“Os 39 degraus” hoje e amanhã no Pax Julia
Espionagem, aventura
e romance A
daptado do clássico de Alfred Hitchcock, a partir do livro de John Buchan, “Os 39 degraus”
apresenta-se hoje e amanhã, sábado, no palco do Pax Julia Teatro Municipal, com um elenco de quatro atores que, sozi-nhos, desempenham mais de 100 perso-nagens, naquele que é um dos mais pre-miados espetáculos da Broadway e West End. O espetáculo, produzido por Paulo Sousa e Costa (Yellow Star Company), tem encenação de Cláudio Hochman e as interpretações de Vera Kolodzig,
Joaquim Horta, João Didelet e Rui Melo. O resultado, desvenda a produtora, “só pode ser uma comédia a alta velocidade que tem tudo: intriga, espionagem, aven-turas, heróis, vilões, romance e muitas gargalhadas”. Mais que um espetáculo, acrescenta, “Os 39 degraus” promete “uma experiência teatra l nunca an-tes vista nos palcos portugueses”. Hoje, sexta-feira, o serão teatral tem início pe-las 21 e 30 horas; amanhã, sábado, a peça cumpre duas sessões, pelas 16 e 30 e pe-las 21 e 30 horas.
Teatro Fórum de Moura em digressão nacional Após a estreia em Moura, no último
mês de novembro, e de apresentações
nas cidades de Coimbra e Porto, a
peça “Ascensão e Queda da Cidade
de São Cifrão”, uma produção do
Teatro Fórum de Moura, acaba de dar
início à sua digressão nacional. Hoje,
sexta-feira, sobe ao palco do Teatro
Extremo, em Almada, pelas 21 e 30
horas; amanhã e domingo, vai estar
no Teatro Garcia de Resende, pelas
21 e 30 e 16 horas, respetivamente.
O espetáculo é inspirado no original
de Brecth, “A Ascensão e Queda da
Cidade de Mahagonny” e trata-se de
mais uma incursão da companhia na
obra do dramaturgo alemão produzida
no decorrer da Grande Depressão de
1929, cujas repercussões económicas e
sociais são “muito semelhantes” às da
atual crise, considera a companhia.
Matilde Rosa Araújo revisitada na Biblioteca de Beja É já amanhã, sábado, que a cave da
Biblioteca Municipal de Beja abre
portas à exposição “O Destino das
Fadas”, sobre a vida e obra da escritora
Matilde Rosa Araújo, que dizia “ter
a infância no coração”. A mostra,
que recorda o legado da autora que
dedicou toda a sua vida aos problemas
e direitos das crianças, tendo deixado
publicados mais de 20 livros para a
infância, pode ser visitada livremente,
entre segundas-feiras e sábados, das
17 e 30 horas às 19 e 30 horas. As
visitas guiadas (para grupos escolares
e para pais e filhos) pressupõem
inscrição no balcão da biblioteca.
Fotografia de Júlio Roriz em Castro Verde Inaugurada ontem, quinta-feira, a
exposição “Longevo Fiir”, do fotógrafo
Júlio Roriz, vai estar patente no
Fórum Municipal de Castro Verde
até ao próximo dia 11 de fevereiro.
A mostra, centrada nas naturezas
mortas, descreve e representa “a luz e
os espaços, os lugares e os objetos,
corpos vivos e/ou defuntos
– mas também visões e
ideias insólitas da própria
natureza”. Trata-se de
uma organização da
Câmara Municipal de
Castro Verde em parceria
com o município de Beja.
Serafim anima serão no espaço Os Infantes Com o objetivo de “fazer me-xer a vida cultural da cidade” de Beja, a companhia Lendias d’Encantar avança com a pro-gramação para o primeiro mês do ano no espaço Os Infantes, que é agora a sua casa. O contador de histórias bejense Jorge Serafim é o primeiro dos convidados, apresentando--se hoje à noite, a partir das 22 horas. Segue-se, no dia 20, o trio Nau, inspirado pelo uni-verso da lusofonia, e os últimos dias do mês 26, 27 e 28) estarão reservados ao teatro, com a companhia anfitriã a apresentar a comédia “O Jantar das Feras”.
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“nÃo confirmo, nem desminto”
estÁ a sua espera
no facebook.
(e se nÃo aparecer por lÁ,
ficamos ofendidos…)
Para as quatro pessoas que aderiram à página da “Não confirmo, nem desminto” no Facebook o meu agradecimento. A sandes de torresmos segue no correio da próxima segunda-feira. Quanto aos “ausentes”, passem por lá e digam de vossa justiça. E mais: se não passarem esta mensagem a 15 amigos podem ser mordidos na rua por um macaco com ébola ou, ao sair de casa, poderão ser atingidos na cabeça pela quina de um piano de cauda. Está bem? Pronto. facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Inquérito É apreciador de vinhos alentejanos?
ABÍLIO MALANJE, 25 ANOS
Importador angolano de vinhos alentejanos e de peças usadas
para o joelho do Mantorras
Em Angola são um sucesso. Gente fina de Luanda
já não quer saber de comprar empresas portu-
guesas, nem de palitar os dentes com palitos in-
crustados com diamantes. Agora, a moda é não
tomar banho com leite de burra mas sim com vi-
nho alentejano. Se os alentejanos lançarem um
vinho tipo Vidigueira Kizomba 2010 deve ven-
der mais do que pão ou arroz.
MATÍAS CACAHUETES, 26 ANOS
Toureiro espanhol e traficante de pipas
Eu cá adoro, pois toda a gente sabe que os
melhores vinhos alentejanos são espanhóis.
Portugal nunca fez nada de jeito: a Amália
era de Toledo e o Eusébio de Saragoça, e
com os vinhos é a mesma coisa. Aquele tipo
que transformou água em vinho? Era de
Benidorm, claro!
GONÇALO ENÓLOGO CABERNET, 27 ANOS
Produtor de vinho alentejano e pessoa que acha que as uvas
nascem no mercado municipal
Cada vez mais. O vinho alentejano é um pro-
duto de excelência, porque é feito com amor
e carinho, seguindo rituais ancestrais. Nas
nossas vinhas as uvas ainda são pisadas, mas
ao contrário do que acontecia no passado,
por homens sem joanetes nem pé de atleta.
Só assim alcançamos o tinto encorpado ao ní-
vel de um Jô Soares e os aromas abaunilha-
dos das farturas da Feira de Castro.
Negociadores de paz no Médio Oriente dizem que negociação do orçamento da Câmara de Beja “é que é um problema difícil de resolver”
As ondas de choque que seguiram a reprovação do orçamento da Câmara
de Beja continuam um pouco por todo o mundo (e também em Monforte).
Desta vez as reações chegam do Médio Oriente, em particular dos nego-
ciadores de paz naquela região. Ephraim Falafel, diplomata israelita, diz
que acompanhou as negociações do orçamento à distância e que aquilo
lhe doeu “mais do que uma saraivada de pedras lançada por 300 adoles-
centes palestinianos”: “A sério! Vi menos tensão nas trocas de reféns na
Faixa de Gaza ou na última viagem de um bombista suicida… Conselhos
para os políticos da região? Bom senso, bebam chá de camomila e, quando
a coisa aquecer, duches frios. Parece que isso resultou nas negociações em
Camp David…”.
Depois do sobreiro, Assembleia da República eleva a unhaca do dedo mindinho a símbolo nacional
A Assembleia da República aprovou o sobreiro como árvore nacional, o que
deixou muitos alentejanos contentes, apesar de não saberem distinguir
um sobreiro de um bonsai. Mas o reconhecimento de símbolos da região
pode não ficar por aqui – a nossa correspondente na AR apurou que está
para breve a elevação a símbolo nacional da unhaca do dedo mindinho.
“Pelo traço característico do homem português, em particular do alente-
jano, a unhaca é uma ferramenta de higiene íntima, permite descascar ba-
tatas, coçar diversas micoses e, nos mais dotados, também pode ser usada
como busca-pólos”. Este excerto pode ser lido no relatório ultrassecreto
encontrado num avental de um deputado da nação.
SONDAGEM Maioria dos clientes do Pingo Doce não se importa que a empresa transfira acionista maioritário para a Holanda desde que o pão alentejano passe a ter toque de marijuana
Uma sondagem conjunta Não confirmo, nem desminto/mestre Silva/24 Kitchen realizada no Terreirinho das Peças a mais de três pessoas, entre as 6 e as 12 ho-
ras da manhã do dia 1 de janeiro, revela que 66,6666666 por cento dos clientes do Pingo Doce tem passado ao lado da polémica envolvendo a cadeia de super-
mercados e a transferência do acionista maioritário para a Holanda. Falámos com um entrevistado, Ludmilo Seringa, que defende que o Pingo Doce devia ser
mais holandês: “A Holanda é um país que me enche a alma assim ao nível de ser humano, ‘tás a ver… Curtia bué que o pão alentejano tivesse assim um toque-
zinho de marijuana. Não era preciso muito, até porque comer aquilo com manteiga de cor é que me dá uma pedrada do catano… E já agora, se as broas pas-
sassem a ser feitas com haxixe era bom… ajudava-me com o glaucoma e a aturar os anúncios do Pingo Doce sem ter vontade de lamber um berbequim aca-
bado de usar, ‘tás a ver…”.
Depois das 5 214 notícias sobre projetos para o aeroporto de Beja, surge mais uma possibilidade de negócio. Após a “instalação de oficinas de manutenção de pirilampos mágicos” ou a “vinda da Força Aérea do Benim” para o aeroporto local, é a vez do governo português apresen-tar como hipótese a utilização do empreendimento para receber voos de companhias low cost. “Não serão voos low cost quaisquer, como aquelas companhias em que
viajamos no porão com galinhas e 15 emigrantes viet-namitas. Estamos a falar de uma novidade a nível inter-nacional: voos para alegorias bíblicas, como o Jardim do Éden – Beja será um pólo de atração para católicos de todo o mundo e já estamos em negociações com com-panhias aéreas como a Abel & Caim Airlines ou a Êxodo Air”, como nos referiu fonte da ANA Luísa, concorrente direta da ANA Aeroportos.
Aeroporto de Beja pode começar a receber
voos low cost do Jardim do Éden
Nº 1551 (II Série) | 13 janeiro 2012
RIbanho POR LUCA
FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 [email protected]ção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 [email protected] | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação ([email protected]) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP
www.diariodoalentejo.pt
Hoje, sexta-feira, o céu vai estar nublado e a temperatura oscilará entre os cinco e os 13 graus centígrados. Amanhã, sábado, prevê-se sol e no domingo podem cair alguns aguaceiros na região.
Vítor Encarnação lança Fio de Ariadne em Beja Professor de inglês, cronista e escritor, Vítor
Encarnação lança hoje à tarde, a partir das 18 e 30
horas, na Biblioteca de Beja, a sua mais recente obra,
que resulta de uma seleção de 35 crónicas publicadas
mensalmente no jornal “Correio Alentejo”. Fio de
Ariadne, publicado pela 100 Luz, editora de Castro
Verde, será introduzido na sessão de conversa pelo
jornalista Paulo Barriga. Sobre a obra pode dizer-se
que “é um livro de impressões e intuições, um olhar
intimista e alternativo sobre a realidade que dá corpo
e existência ao autor. (…) São essencialmente ideias
do mundo em que vive: sempre coisas de homens e
mulheres aquém e além de si próprios”.
“Entrudanças” de 18 e 20de fevereiro em EntradasO nono festival “Entrudanças” vai decorrer de
18 e 20 de fevereiro na vila de Entradas, Castro
Verde, com várias iniciativas de música e dança e a
apresentação dos trabalhos comunitários do projeto
“Entrudanças nas Escolas”. “Reinventar o Carnaval:
Partidas e Brincadeiras” é o tema do projeto deste
ano que já arrancou e envolve alunos das escolas
básicas de Entradas e de São Marcos da Atabueira,
que irão participar em várias oficinas, como as de
máscaras de papel, animação digital e dança das
fitas. A envolvência das escolas na dinamização de
projetos relacionados com o tema do “Entrudanças”
é “um dos pontos altos” da programação do festival,
que é organizado pela Associação PédeXumbo, pela
Câmara de Castro Verde e pela Junta de Freguesia
de Entradas.
Balões de ar quente promovem Alentejo em LisboaDe 29 de fevereiro a 4 de março, durante a realização
da BTL, em Lisboa, vão ser visíveis no céu da capital
balões de ar quente com a imagem do Alentejo, numa
ação de promoção do balonismo e da região. Ceia da
Silva revelou que, em conjunto com a PubliBalão, esta
iniciativa permitirá passear de balão em Belém, no
Parque Eduardo VII e no Parque das Nações.
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Após o seu ciclo de vida, um ve-lho pneu pode ter um destino bem mais digno do que o aban-
dono ou até mesmo a vulgar recicla-gem. Pode, por exemplo, transformar-se num confortável e colorido puff, gra-ças à resistência e maleabilidade da lã de Arraiolos. João Bruno Videira, arte-são e designer autodidata que criou há seis anos a marca Água de Prata, a par-tir da pequena aldeia de Graça do Divor, no concelho de Évora, vem experimen-tando possibilidades dentro deste novo conceito de mobiliário, que vem gerando clientela, entre particulares, arquitetos e decoradores de interiores.
Foi jornalista e produtor de vídeo inde-
pendente antes de tornar-se artesão e
designer autodidata. Como se deu esta
viragem, aparentemente nada óbvia,
no seu percurso?
Foi de facto uma viragem no meu per-curso profissional, mas que aconte-ceu de forma natural, isto é, não tro-quei uma profissão por outra. Após ter sido jornalista da RTP e posteriormente produtor de vídeo independente, decidi abandonar esta área de trabalho e foi nesse período que decidi um dia fazer a experiência, quase por brincadeira, de dar uma vida nova a uma velha cadeira, utilizando, para tal, a lã de Arraiolos. O resultado dessa experiência foi de tal forma positivo que, nesse mesmo ins-tante, percebi o potencial que tinha em mãos. E como estava sem trabalho
João Bruno Videira, 38 anos, natural de TomarÉ artesão e designer autodidata desde 2006, ano em que cria a marca Água de Prata. Um nome que vai beber à fonte que nasce junto à igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor, aldeia entre Arraiolos e Évora onde vive e desenvolve um conceito de mobiliário em que foi pioneiro. É licenciado em Ciências da Comunicação, foi jornalista da RTP e neste percurso conheceu o Alentejo e por ele se “apaixonou”. A lã de Arraiolos é o fio condutor das suas peças, que reinventam o uso desta “matéria-prima de excelência”.
naquela altura, optei por dedicar-me a tempo inteiro a esta nova atividade.
Explora um novo conceito de mobiliá-
rio, ao aliar técnicas e materiais tradicio-
nais, como a lã de Arraiolos, ao design.
Como tem evoluído a recetividade do
público ao seu trabalho que é, em certa
medida, pioneiro, e quem são os seus
principais clientes?
A recetividade do público ao meu tra-balho tem sido extremamente positiva, desde o início. Pela diferença e origi-nalidade do trabalho, quase ninguém lhe fica indiferente. Os meus principais clientes são particulares, que direta ou indiretamente acabam por ter conheci-mento do mesmo, assim como arquite-tos ou decoradores de interiores.
Que possibilidades oferece a lã na reu-
tilização de mobiliário velho e obsoleto
ou de outros materiais recicláveis? Pode
dar-me exemplos de algumas peças?
A lã de Arraiolos, pela sua resistência e maleabilidade, permite a utilização de diferentes técnicas que permitem criar múltiplos objetos para a casa. Do leque de peças de mobiliário que crio, desta-caria aquelas que são fruto da recicla-gem de materiais, nomeadamente os puffs, tal como as “Pedras de lã”, que resultam do reaproveitamento do meu próprio desperdício de lã, ou a série “I’m so tyred”, que consiste na transforma-ção de pneus velhos em puffs feitos com lã. Carla Ferreira
Antigo jornalista fez-se artesão na aldeia de Graça do Divor
Mobiliário moderno coberto de lã de Arraiolos
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