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1 www.mcaconcursos.com “As pessoas realmente se tornam completamente extraordinárias quando elas começam a pensar que elas conseguem fazer coisas. Quando elas acreditam em si mesmas, elas adquirem o primeiro segredo do sucesso.” (Norman Vincent Peale) MCA concursos - PAIXÃO PELO SEU FUTURO! Enfermagem Marinha 2016 Saúde da Mulher

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Saúde da Mulher – Prof.ª Zorahyde Pires

“As pessoas realmente se tornam completamente extraordinárias

quando elas começam a pensar que elas conseguem fazer coisas.

Quando elas acreditam em si mesmas, elas adquirem o primeiro segredo do sucesso.”

(Norman Vincent Peale)

MCA concursos - PAIXÃO PELO SEU FUTURO!

Enfermagem

Marinha 2016

Saúde da Mulher

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Saúde da Mulher – Prof.ª Zorahyde Pires

Infecções Congênitas Conceitos gerais # Infecções Congênitas: está presente na vida intra uterina (transmissão hematogênica) # Infecções Perinatais: transmitidas no momento do parto # Transmissibilidade: aumenta durante o avanço da gravidez # Gravidade: quanto mais precoce na gravidez, maior a gravidade

Características gerais # manifestações inespecíficas: alterações do sistema nervoso central (Hidrocefalia, Meningoencefalite, Microcefalia) # manifestações oculares: catarata, corirretinite # pele: exantemas, palidez, icterícia # hepatoesplenomegalia # anemia e trombocitopenia # dificuldade de interpretação na sorologia. OBS: IgM positiva no feto indica infecção congênita. IgG positiva no feto pode ser proveniente de transmissão placentária. Caso IgG positiva com IgM negativa, devemos fazer a dosagem de IgG pareada. Faz a dosagem no momento do nascimento e repete 15 a 30 dias depois. Caso seja IgG materna, o título ira diminuir. # Todas podem deixar sequelas: No sistema nervoso central (retardo mental, epilepsia), olhos (cegueira), comprometimento do nervo craniano VIII (surdez). Sífilis Congênita Sífilis Congênita Precoce (até dois anos de idade) prematuridade

baixo peso lesões ósseas (osteocondrite (acometendo mais ombros e joelho), osteíte e periostite) hepato-esplenomegalia lesões pulmonares lesões renais acometimento do SNC lesões cutâneo-mucosas: placas em mucosa oral, condiloma plano perianal lesões de mucosa nasal: rinite sifilítica com coriza serossanguinolenta, deixando nariz em sela pênfigo palmo plantar OBS: as secreções da criança são ricas em treponemas. Manter a criança em isolamento de contato até 24h do início do tratamento. Sífilis Congênita Tardia (após dois anos de idade) ósseas e articulares: tíbia em sabre, fronte olímpica, nariz em sela cavidade oral: dentes de Hutchinson, mandíbula curva, palato em ogiva neurológica: surdez, dificuldade no aprendizado. oftalmológica: ceratite intersticial

articulação de Clutton: artrite de joelho com edema Condutas # checar tratamento da mãe Inadequado: # tratamento não documentado # tratamento inadequado para a fase da sífilis # tratamento com medicamento que não seja com penicilina # tratamento incompleto # paciente sem resposta sorológica (repetir o VDRL após 30 dias e notar queda) # parceiro não tratado Condutas para o recém nascido # avaliação clínica # hemograma # VDRL do recém nascido (OBS: não serve de sangue do cordão) # punção lombar (VDRL do líquor positivo: neurossífilis; mais do que 25 células na celularidade: neurossífilis; acima de 150mg/dL de proteína: neurossífilis) – basta 1 critério para falar em neurossífilis

OBS: caso não possa ser realizada a punção lombar, considerar neurossífilis. # RX de ossos longos

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Tratamento # Neurossífilis: Penicilina Cristalina IV por 10 dias # Qualquer alteração e líquor normal: Penicilina Cristalina IV 10 dias / Penicilina Procaína IM 10 dias (OBS: caso falte mais de uma dose, devemos reiniciar o tratamento) # Assintomática com todos os exames normais: Penicilina Benzatina dose única (desde que seguimento garantido) Mãe tratada de forma adequada

examinar a criança # sintomática: realizar protocolo de sífilis # assintomática: solicitar VDRL da criança (maior que o da mãe – investigar e tratar / mesmo título da mãe ou menor ou não reator – não tratar, só acompanhar, desde que seguimento seja garantido) Toxoplasmose Agente Causador: Protozoário Toxoplasma gondii. Reservatório: Gatos (definitivos) e homem, mamíferos não-felinos e aves (intermediário). Modo de Transmissão: o homem adquire por 3 vias:

Ingestão de cistos provenientes de solo, areia, latas de lixo contaminadas por fezes de gatos contaminados; Ingestão de cistos em carnes mal cozidas ou cruas (carneiro e porco); Infecção transplacentária – vertical

Período de Transmissibilidade: 10 a 23 dias para ingestão de carne; 5 a 20 dias para contato com animais.

Sinais e Sintomas Toxoplamose febril aguda – inicial assintomática, com evoluções clínicas benignas. Pode apresentar exantema,

acometimento pulmonar, miocárdico, hepático ou cerebral e ainda pneumonia difusa, miocardite, miosite, hepatite e encefalite. Linfadenite toxoplásmica – caracteriza-se por linfadenopatia localizada (cervicais). Pode estar associada à porta de entrada, durante a síndrome afebril aguda. Pode persistir pó uma semana ou um mês. Toxoplasmose ocular – renite aguda ou crônica que pode chegar a cegueira. Toxoplasmose neonatal – prematuridade, baixo peso, coriorretinite pós-maturidade, estrabismo, icterícia e hepatomegalia. No último trimestre pode apresentar pneumonia, miocardite, hepatite, anemia, plaquetopenia. No segundo trimestre da gestação pode apresentar encefalite com convulsões, alterações no líquor e calcificações cerebrais. Pode apresentar a Tétrade de Sabin: hidrocefalia, retardo mental, calcificações intracranianas difusa e coriorretinite Toxoplasmose e gravidez: na mãe a Toxoplasmose é usualmente assintomática, sendo sugerido testes sorológicos no pré-natal.

Diagnóstico Clínico Cultura em líquidos corporais PCR Imunodiagnóstico: IgG e IgM OBS: importante destacar que a IgM da Toxoplasmose pode ficar positiva por até 01 ano.

Tratamento Pirimetamina Sulfadiazina Ácido folínico

Gestantes

Espiramicina (no momento do diagnóstico) Se o feto já estiver infectado a Espiramicina não pode ser usada, visto que não atravessa barreira placentária

Devemos documentar a infecção fetal

# USG pareada: Hidrocefalia no feto

# PCR do líquido amniótico entre 17 e 21 semanas

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Se a infecção fetal for confirmada: devemos tratar com Sulfadiazina e Pirimetamina com ácido folínico (após 18ª semana, visto que a Pirimetamina é teratogênica) Tratamento do recém nascido # Sulfadiazina + Pirimetamina – tratar por 1 ano # Corticoide: aumento significativo da proteína liquórica (>1g/dL) ou nos casos de coriorretinite grave

Citomegalovírus (CMV) - Peculiaridades Clínica # calcificações intracranianas periventriculares # tratamento: Ganciclovir Rubéola Agente causador: Vírus RNA, gênero Rubivirus Reservatório: O homem. Modo de Transmissão: Contato com as secreções nasofaríngeas (gotículas). Período de Incubação: 14 – 21 dias (média de 17 dias) Período de Transmissibilidade: 5 a 7 dias antes do início do exantema e de 5 a 7 dias após. Sinais e Sintomas:

Exantema maculo–papular na face, pescoço, tronco e membros. Febre baixa Linfoadenopatia generalizada

Obs.: de 25% a 50 % das infecções são subclínicas.

Síndrome da Rubéola Congênita # Período de risco: até a 16ª semana # tríade clássica: catarata, surdez e cardiopatia (Persistência do Canal Arterial e Estenose Pulmonar) # Sequela: Diabetes mellitus tipo 1 Diagnóstico:

Clínico Laboratorial: IgG, IgM, ELISA e hemaglotinação

Tratamento: Sintomático Medidas de Controle: Isolamento respiratório e vacinação. Zika vírus A infecção pelo vírus Zika afeta todos os grupos etários e ambos os sexos e, à luz do conhecimento atual, é uma doença febril aguda, autolimitada na maioria dos casos, que leva a uma baixa necessidade de hospitalização e que, via de regra, não vinha sendo associada a complicações. Quando sintomática, a infecção pelo vírus Zika pode cursar com febre baixa (ou, eventualmente, sem febre), exantema máculopapular, artralgia, mialgia, cefaleia, hiperemia conjuntival e, menos frequentemente, edema, odinofagia, tosse seca e alterações gastrointestinais, principalmente vômitos. Formas graves e atípicas são raras, mas, quando ocorrem, podem excepcionalmente evoluir para óbito. Os sinais e sintomas ocasionados pelo vírus Zika, em comparação aos de outras doenças exantemáticas (dengue, chikungunya e sarampo), incluem um quadro exantemático mais acentuado e hiperemia conjuntival, sem alteração significativa na contagem de leucócitos e plaquetas O tratamento recomendado para os casos sintomáticos de infecção pelo vírus Zika é baseado no uso de acetaminofeno

(paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e da dor. No caso de erupções pruriginosas, anti-histamínico pode ser prescrito. Não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios, em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros flavivírus (gênero de vírus da família Flaviviridae). Atualmente a incidência de casos de infecção pelo vírus Zika impõe a intensificação do cuidado da gestante durante o acompanhamento pré-natal, devido a uma possível associação com os casos atuais de microcefalia em recém-nascidos Caso haja diagnóstico laboratorial conclusivo para vírus Zika, define-se como caso CONFIRMADO para gestante, sob risco de feto com microcefalia secundária a possível exposição ao vírus Zika.

A confirmação de microcefalia relacionada ao vírus Zika durante a gestação dá-se pelos seguintes critérios: Caso confirmado de feto com alterações pós-infecciosas no SNC relacionadas ao vírus Zika: Feto com alterações no SNC

características de infecção congênita identificada por ultrassonografia E relato de exantema na mãe durante gestação

E excluídas outras possíveis causas, infecciosas e não infecciosas. Caso confirmado de feto com microcefalia pós-infecciosa relacionada ao vírus Zika: Feto com microcefalia identificada por ultrassonografia, apresentando alterações no sistema nervoso central características de infecção congênita E relato de exantema na mãe durante gestação E

excluídas as outras possíveis causas, infecciosas e não infecciosas. Caso confirmado de aborto espontâneo

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relacionado ao vírus Zika: Aborto espontâneo de gestante com relato de exantema durante a gestação, sem outras causas identificadas, com identificação do vírus Zika em tecido fetal/embrionário ou na mãe. A equipe de saúde deve estar sensibilizada a acolher a gestante com caso suspeito e suas angústias, dúvidas e medos, por meio de uma escuta qualificada, sem julgamento nem preconceitos, que permita à mulher falar de sua intimidade com segurança.

Humanização do Nascimento. A humanização do nascimento, por sua vez, compreende todos os esforços para evitar condutas intempestivas e agressivas para o bebê. A atenção ao recém-nascido deverá caracterizar-se pela segurança da atuação profissional e a suavidade no toque, principalmente durante a execução dos cuidados imediatos, tais como: a liberação das vias aéreas superiores, o controle da temperatura corporal e o clampeamento do cordão umbilical, no momento adequado. Diagnóstico do Trabalho de Parto

Presença de contrações uterinas progressivas – freqüência e intensidade – dinâmica uterina: 3-5 contrações= 20 a 60 segundos; 3 contrações – 10 minutos; a intervalos regulares, que não diminuem com repouso.

Perda de tampão mucoso e formação de bolsas das águas – o muco espesso e para proteção de infecção na cavidade uterina.

Rotura das membranas.

Partograma - Partograma e a representação gráfica do trabalho de parto que permite acompanhar, documentar, diagnosticar distócias e indicar a tomada de condutas apropriadas para a correção destes desvios, e ainda evitar intervenções desnecessárias, melhorando a qualidade da atenção ao nascimento. No partograma

o tempo de trabalho de parto e registrado em horas, a partir da hora zero, momento em que se deve abrir, rigorosamente, o horário de hora em hora, para a contagem do tempo de trabalho de parto; a hora real e aquela em que se inicia o registro.

Procedimento na admissão/internação da parturiente • Anamnese Nenhum atendimento em saúde, mesmo nos casos considerados de baixo risco, prescinde de uma anamnese dirigida, onde serão avaliados: antecedentes mórbidos, antecedentes obstétricos (onde se inclui também o levantamentode complicações de partos em gestações anteriores), data da última menstruação, informações sobre a movimentação fetal e dados e evolução de gestação atual. Estes dados já devem rotineiramente fazer parte do Cartão da Gestante que todo serviço deveria fornecer às mulheres em acompanhamento pré-natal. • Exame clínico Ainda que sumária nas gestações de evolução normal (ou de baixo risco), a avaliação clínica da gestante deve incluir medida dos dados vitais (pressão arterial, pulso e temperatura), avaliação das mucosas para inferir a presença ou não de anemia, a presença ou não de edema e varizes nos membros inferiores e a ausculta cardíaca e pulmonar.

• Exame Obstétrico Ausculta da freqüência cardíaca fetal (antes, durante e após a contração uterina); Medida da altura uterina, a palpação obstétrica (para determinar a situação, posição, apresentação e insinuação); Se existe suspeita de amniorrexe prematura ou sangramento genital, o exame especular deve ser rotina, precedendo a decisão pela realização do toque; Os toques vaginais subseqüentes ao do diagnóstico podem ser postergados, até que a gestante se encontre na fase ativa do trabalho de parto, e deve ser utilizado com muita parcimônia nos casos de suspeita/confirmação de amniorrexe prematura, quando existe sangramento vaginal, o toque deve ser realizado em condições controladas, pois pode se tratar de caso de placenta prévia, condição em que o toque pode provocar piora da hemorragia, com possíveis repercussões maternas e fetais. • O direito a acompanhante de sua escolha durante o trabalho de parto, no parto e no pós-parto, garantido pelo Lei nº 11.108, de 7/4/2005, regulamentada pela Portaria GM 2.418, de 2/12/2005.

ATENÇÃO:

Diagnóstico de trabalho de parto: Deve ser observado sinais e sintomas que associados caracterizam o

trabalho de parto: Segundo o Ministério da Saúde (2006) o diagnóstico é feito a partir das seguintes

condições: presença de contrações uterinas a intervalos regulares e de aumento progressivo quanto à

freqüência e intensidade (não diminuindo com repouso ou medicamentos). O padrão contrátil é de 1

contração a cada 3-5 minutos com duração de 20 e 40 segundos, além da dilatação, centralização e o

apagamento progressivo do colo. Para Montenegro e Rezende (2008) a dilatação nas primíparas é de

2 cm e nas multíparas de 3 cm, com formação da bolsa d’água e perda do tampão mucoso.

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Conceitos: 1) Trabalho de Parto: Processo pelo qual o feto é expelido a partir de contrações uterinas regulares e progressivas que permitem as modificações do colo a fim de dar passagem ao feto (estas modificações são a dilatação, centralização e o apagamento do colo como descritas na parte sobre Motor). 2) Parturiente: mulher que está em trabalho de parto ou no momento de dar à luz. 3) Parto eutócico ou distócico: Eutócico é o parto sem complicações e o parto distócico é caracterizado por complicações que podem se relacionar com o feto, o útero ou bacia materna.

4) Parto espontâneo – quando se desencadeia sem qualquer interferência; 5) Parto normal ou natural – ocorre fisiologicamente, por via vaginal. 6) Parto operatório – que exige intervenção, vaginal ou abdominal, para sua ultimação. 7) Parto induzido – que foi provocado antes de sua manifestação espontânea. 8) Parto dirigido – que evolui com medidas terapêuticas corretores de sua evolução, é conduzido. Tipo de procedimento no parto:

Espontâneo: sem interferência;

Dirigido: com auxilio de episiotomia;

Induzido: auxilio de medicamentos e manobras;

Cirúrgico: cesária. Pródomos do trabalho de parto

# contrações uterinas – Sinal de Braxton Hicks; # vagina lubrificada; # dores de intensidade leve. Trabalho de Parto Ativo # metrossístoles; # perda do tampão mucoso; # dilatação e apagamento. Elementos do Parto # Objeto ou passageiro - É o feto (este apresenta relações com o útero e a pelve materna que são: atitude, apresentação, situação e posição). Atentar para as questões da estática fetal (estas relações útero-fetais, são importantes ao enfermeiro para este saber a condição do feto, a fim de avaliar se o parto será mais demorado ou não ou mesmo detectar uma impossibilidade do parto ser por via vaginal. # Trajeto – caracteriza-se pela bacia ou pelve materna, ou seja, o canal de parto por onde o feto deverá progredir.

É dividido em trajeto duro (considerado a pelve óssea- bacia obstétrica) e trajeto mole (considerado a estrutura muscular da pelve). Observar os tipos de pelve que podem ocorrer (imagens abaixo)

Períodos Clínicos ou estágios do Parto

Dilatação

Expulsão

Dequitação

Período de Greenberg 1º Estágio – Dilatação e Apagamento Necessário para expulsão: Dilatação = 10 cm / Apagamento = 100%

BIZU DE CONCURSO

DURAÇÃO 8 a 14 horas

PRIMÍPARAS: 8 a 12 HORAS

MULTÍPARAS: 6 a 8 HORAS

- CONTRAÇÃO UTERINA APAGAMENTO e DILATAÇÃO

PRIMÍPARAS: apagamento e depois dilatação

MULTÍPARAS: apagamento e dilatação concomitantes

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Assistência de Enfermagem no 1º Período Clínico (Dilatação):

Avaliar cartão de pré-natal,

Oferecer dieta líquida

Manter higiene rigorosa,

Controlar e registrar sinais vitais de hora em hora,

Observar ruptura de membranas,

Registrar dinâmica uterina,

Oferecer apoio emocional,

Proporcionar ambiente agradável,

Orientar respiração e posição

Administrar oxigenoterapia, se necessário,

Realizar amnioscopia,

Realizar cardiotocografia,

Avaliar apresentação,

Estimular a presença do acompanhante,

Orientar sobre a tríade (tensão, medo e dor),

Estimular deambulação.

Observar e registrar vômitos/náuseas,

Registrar eliminações,

Acesso venoso em membro superior de acordo com a posição fetal

Orientar sobre trabalho de parto e parto,

Orientar tecnologias de cuidado.

2 °Estágio: Expulsão

Caracteriza-se pela dilatação completa da cérvice e completa expulsão do feto.

Mecanismos do Parto ou Estágios mecânicos. # insinuação; # descida; # rotação interna da cabeça; # desprendimento da cabeça;

# rotação externa da cabeça mais interna das espáduas; # desprendimento das espáduas. Puxos maternos: Voluntários; pode ser auxiliado com a manobra de valsava & Involuntários; a contração empurra o bebê. Sala especial de parto – Luzes fortes, instrumental adequado; Posição Materna – Horizontal, consenso Cuidados com o períneo – proteção, episiotomia – Manobra de Ritgen – massagem do períneo Manobras Extrativas – Liberação dos Ombros; Clampeamento do cordão – Deve- se distar 10 a 15 cm do bebê. O cordão é composto por duas artérias e uma veia.

Precoce – Imediatamente após o nascimento, indicado em casos de infecções, isoimunização, hipóxia.

Tardio – Geralmente entre 3 e 4 minutos após cessar a pulsação das artérias.

Assistência no 2º Período clínico do T.P (Expulsão):

Encaminhar a cliente à SP (poderá ser deambulando) ou preparar cama PPP;

Permitir posicionamento desejado da cliente ou posicioná-la, se em mesa de parto;

Oferecer apoio e avaliar/ monitorizar cliente;

Orientar a cliente quanto aos puxos dirigidos,

Avaliar provisão da SP, fazer registros, hora do parto;

Estimular respiração controlada,

Preservar o bem estar fetal,

Proteger o períneo,

Prevenir complicações,

Avaliar a presença de circular de cordão,

Prestar cuidados imediatos,

Coletar sangue do cordão.

3º Estágio do Parto – Secundamento – Decedura- Dequitação – Delivramento – Saída da Placenta. Compreende o desprendimento, descida e expulsão da placenta. Este pode ocorrer por dois mecanismos:

• Baudelocque Shultz – desprendimento central com saída pela face fetal

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• Baudelocuqe Duncan – desprendimento marginal e saída pela face materna Placenta normal: 25 – 30cm de diâmetro / peso médio: 500 gramas Cordão umbilical com inserção central e com 3 vasos (2 artérias e 1 veia) FASES: - 1a FASE ..............DESCOLAMENTO Contração/Retração

Mecanismos - BAUDELOCQUE SCHULTZE (75%) - BAUDELOCQUE DUNCAN (25%) - 2a FASE ...............DESCIDA Contração/Força da gravidade

Segmento inferior Vagina - 3a FASE ...............EXPULSÃO “Puxos vaginais” Assistência no 3º Período Clínico (Secundamento):

Avaliar clinicamente a cliente (nível de consciência, SV, sinais de hemorragia);

Colher sangue do cordão/ coleta de célula- tronco adulta;

Avaliar aspecto e face de desprendimento da placenta;

Avaliar formação do Globo de segurança de Pinard após saída da placenta;

Incentivar AM ainda na SP, de acordo com o Apgar do RN e as condições maternas 4º Estágio do Parto – Período de Greenberg – 2 horas pós parto ou 1 hora pós secundamento

# Avaliar formação do Globo de Segurança de Pinard (deve estar na altura da cicatriz umbilical) e atentar principalmente para complicações hemorrágicas. # Processo de Miotamponagem e Trombotamponagem FASES: 1a FASE ...............MIOHEMOSTASIA Ligaduras vivas de Pinard - 2a FASE ...............TROMBOTAMPONAMENTO Trombos no sítio placentário Coágulos no interior da cavidade uterina - 3a FASE ...............INDIFERENÇA MIOUTERINA Contração/Relaxamento - 4a FASE ...............TETANIA Contrações uterinas fixas

Assistência de Enfermagem no 4º Período (Greenberg):

Reconfortar, higienizar e transferir a cliente da mesa de parto ou se em cama PPP, somente os dois primeiros cuidados;

Monitorizar Sinais Vitais;

Avaliar mamas e mamada, se ocorreu; mucosas; Globo de segurança de Pinard, presença de distensão

vesical, condições do períneo, loquiação, edema de MMII;

Promover conforto e repouso; permitir a permanência do RN com a cliente Assistência no Puerpério Conceitua-se puerpério o período do ciclo grávido puerperal em que as modificações locais e sistêmicas, provocadas pela gravidez e parto no organismo da mulher, retornam à situação do estado pré-gravídico.

O puerpério inicia-se uma a duas horas após a saída da placenta e tem seu término imprevisto, pois enquanto a

mulher amamentar ela estará sofrendo modificações da gestação (lactância), não retornando seus ciclos menstruais completamente à normalidade. Pode-se didaticamente dividir o puerpério em: Classificação Imediato: Período de Greenberg; Mediato: 1º ao 10º dia; Tardio: 11º ao 45º dia; Remoto: após 45º dia.

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Pelo Ministério da Saúde # Imediato (1° ao 10° dia) # Tardio (11° ao 42° dia) # Remoto (a partir do 43° dia) Alterações anatômicas e fisiológicas no puerpério:

A puérpera apresenta um estado de exaustão e relaxamento, principalmente se ela ficou longo período sem

adequada hidratação e/ou alimentação, além dos esforços desprendidos no período expulsivo. Este estado pode se manifestar por sonolência que exige repouso. Após despertar e receber alimentação

adequada, sem restrições, a mulher poderá deambular e dedicar-se aos cuidados com o filho. As principais alterações incluem # aumento da temperatura axilar (36,8°C - 37,9°C) nas primeiras 24 horas, sem necessariamente ter um quadro infeccioso instalado. Podem ocorrer ainda calafrios, mais freqüentes nas primeiras horas após o parto. # sistema cardiovascular

Nas primeiras horas pós-parto, um aumento do volume circulante, que pode se traduzir pela presença de sopro sistólico de hiperfluxo.

Nas puérperas com cardiopatia, em especial naquelas que apresentam comprometimento da válvula mitral, o período expulsivo e as primeiras horas após o delivramento representam uma fase crítica e de extrema necessidade de vigilância médica. # padrão respiratório

Restabelecido, passando o diafragma a exercer funções que haviam sido limitadas pelo aumento do volume

abdominal. A volta das vísceras abdominais à sua situação original, além da descompressão do estômago, promove um

melhor esvaziamento gástrico. Os esforços desprendidos no período expulsivo agravam as condições de hemorróidas já existentes. Esta situação causa desconforto e impede o bom esvaziamento intestinal.

Nas mulheres que foram submetidas à cesárea, soma-se ainda o íleo paralítico pela manipulação da cavidade abdominal.

Traumas podem ocorrer à uretra, ocasionando desconforto à micção e até mesmo retenção urinária, situação atenuada pelo aumento da capacidade vesical que ocorre normalmente neste período. A puérpera pode experimentar nos primeiros dias pós-parto um aumento do volume urinário, pela redistribuição dos líquidos corporais. # leucocitose no puerpério é esperada, podendo atingir 20.000 leucócitos/mm3, contudo sem apresentar formas jovens em demasia (desvio à esquerda) ou granulações tóxicas em porcentagem expressiva dos leucócitos. # A quantidade de plaquetas está aumentada nas primeiras semanas, assim como o nível de fibrinogênio, razão para se preocupar com a imobilização prolongada no leito, situação que facilita o aparecimento de complicações tromboembólicas.

# A pele seca e queda dos cabelos podem ocorrer. # As estrias tendem a se tornar mais claras e a diminuírem de tamanho, embora muitas permaneçam para sempre. # Alterações do humor, com labilidade emocional, são comuns no puerpério. # O útero atinge a cicatriz umbilical após o parto e posteriormente regride em torno de 1 cm ao dia, embora de forma irregular. Importante avaliar diariamente o Globo de Segurança de Pinard. O profissional de saúde deve reforçar as ações do aleitamento que foram introduzidas no pré-natal, promovendo uma melhor adaptação da mãe ao filho. Deve-se encorajar a mãe a levar seu filho ao peito precocemente para que este contato permaneça efetivo. Assistência ao puerpério 1. Puerpério imediato (1° ao 10° dia):

A mulher tem necessidades de atenção física e psíquica. Não deve ser tratada como um número que corresponda ao seu leito ou enfermaria, e sim pelo nome, com respeito e atenção. Nos momentos iniciais após o parto,

a relação mãe-filho não está ainda bem elaborada, portanto não se deve concentrar todas as atenções apenas à criança, pelo risco de que isso seja interpretado como desprezo às suas ansiedades ou queixas. Deve-se lembrar que o alvo da atenção neste momento é a puérpera.

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A avaliação clínica deve ser rigorosa, sendo os achados transcritos para o prontuário médico, de forma clara e obedecendo uma padronização. OBS: Segundo o Ministério da Saúde os lóquios são divididos em: # Sanguinolentos: 1º ao 5º dia # Serossanguinolentos: 5º ao 10º dia # Serosos: após 10º dia.

Assistência clínica Será realizada no Alojamento Conjunto, setor onde a mãe fica com seu RN até a alta clínica. Para tanto, devemos levar em consideração que a mãe não pode ser portadora de doença infecciosa e o RN deve possuir boas condições vitais, com APGAR maior ou igual a 7 no primeiro minuto de vida. # repouso; # orientações sobre auto cuidado; # orientações sobre cuidados com o RN; # atentar para as queixas da mãe; # orientar sobre amamentação; # orientar sobre a alta: vacinas do RN, teste do pezinho, registro de nascimento, etc. # orientar as visitas. SINAIS DE ALERTA NO PUERPÉRIO

Dor ou aumento abdominal ou pélvico;

Mamas doloridas, sensíveis ou área avermelhada localizada;

Micção dolorosa;

Constipação intestinal.

Complicações do Período Puerperal 1-Hemorragia Puerperal

É definida e diagnosticada clinicamente por um sangramento excessivo (didaticamente alguns referenciais citam esta perda volêmica com valor estimado a 500 ml ou mais). Sinais e sintomas

Perda sanguínea em grande quantidade pela vagina, normalmente com presença de coágulos;

Instabilidade hemodinâmica - manifestação de vertigens, palidez cutânea, sudorese fria, hipotensão, pulso fraco e rápido, taquicardia e/ou oligúria.

Altura de fundo de útero superior à esperada (acima da cicatriz umbilical);

Útero de consistência amolecida (flácido);

Lóquios não modificam de sanguinolento para seroso em algumas semanas. Além disso, os sinais e sintomas que levam o(a) enfermeiro(a) a suspeitar de hemorragia no período puerperal são: Principais causas de Hemorragia:

• Atonia uterina • Lacerações de trajeto

• Retenções de restos placentários Cuidados de Enfermagem

• Realizar massagem externa em fundo de útero; • Puncionar acesso venoso calibroso para reposição volêmica. • Administrar medicações uterotônicas. • Instalar cateter vesical de demora para controle do débito urinário, sendo necessário mente-lo acima de

30ml/h. • Monitorar os sinais vitais a cada 15 minutos na primeira hora avaliando principalmente a freqüência de pulso e

os níveis tensionais. • Avaliar continuamente o estado neurológico da puérpera. • Reservar de hemoderivados, quando a hemorragia não for controlada e/ou estabilizada. • Inspecionar a região perineal observando a existência de sangramento oriundo de laceração;

2- Infecção Puerperal

A infecção puerperal referencia os processos infecciosos após o parto, por causas genitais (infecções do útero e anexos, infecções da ferida operatória) e por causas extragenitais (ingurgitamento mamário, mastite, tromboflebite, complicações respiratórias e infecções urinárias).

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Mais detalhadamente, infecção puerperal pode ser caracterizada pela presença de um quadro febril (temperatura corporal superior a 38°C) com duração superior a 48horas, durante dois dias quaisquer, dentro dos primeiros 10 dias do puerpério, excluindo-se as primeiras 24 horas iniciais. Sinais e sintomas específicos:

• Febre alta (acima de 38°C). • Calafrios, cefaléia, mal-estar, anorexia, inquietação, ansiedade e taquicardia.

• Dor intensa na região perineal associada à hipertermia local e sinais de abscesso em formação. • O útero pode tornar-se subinvoluído, amolecido, doloroso à palpação; • O colo do útero permanece entreaberto, com eliminação de secreção purulenta; • Os lóquios podem ter característica sanguinolenta ou purulenta, ambas com odor fétido.

Principais fatores de risco associados à infecção puerperal genital

Anteparto Intraparto e pós-parto

• Ausência de assistência pré-natal. • Baixo nível sócio-econômico.

• Condições de higiene pessoal ineficiente. • Desnutrição (diminuição da capacidade de resposta

imunológica). • Infecções do trato genital inferior (principalmente

vaginose bacteriana). • Anemia materna (corrigir anemia pré-parto e evitar

fadiga exagerada durante o trabalho de parto). • Obesidade. • Diabetes mellitus.

• Cesariana. • Rotura prematura das membranas ovulares superior a

12horas. • Corioamnionite. • Trabalho de parto prolongado. • Toques vaginais em excesso. • Lesões no canal de parto. • Retenção de fragmentos placentários. • Constatação de líquido amniótico meconial. • Perdas sanguíneas acentuadas no pós-parto.

O tratamento medicamentoso deve ser iniciado logo após o diagnóstico com administração de

antibioticoterapia, que deve ser mantida até a paciente se tornar assintomática e afebril por 48 a 72 horas. O esquema antibiótico recomendado é Gentamicina (240mg para mulheres com peso até 70Kg), em dose única diária, associada a Metronidazol (250mg, via oral, de 6/6 horas ou 500mg, intravenoso de 8/8h).

O tratamento clínico consiste na higiene da ferida operatória deve ser lavada diariamente com água e sabão e seguida de curativo aberto, utilizando soro fisiológico a 0,9%. É indicado em algumas situações: sedativos e repouso.

O tratamento cirúrgico é indicado somente em situações que evidenciam ineficiência do tratamento medicamentoso e clínico (curetagem uterina, drenagem de abscesso e histerectomia). Cuidados de Enfermagem

• Monitorar os sinais de infecção • Estimular a ingestão de líquidos (pelo menos 10 copos de 250 ml por dia). • Avaliar o débito urinário da puérpera; • Implementar medidas de higiene e cuidados perineais • Ensinar à mulher a técnica correta de lavagem das mãos para evitar infecção. • Avaliar os lóquios quanto ao tipo, volume, odor e características.

• Orientar quanto aos sinais e sintomas de infecção.

QUESTÕES

1- MARINHA 2006- Assinale abaixo, a opção que corresponde ao quarto tempo do mecanismo de parto.

(A) Desprendimento das espáduas.

(B) Encaixamento ou insinuação.

(C) Rotação interna da cabeça.

(D) Rotação externa da cabeça simultânea com rotação interna das espáduas.

(E) Desprendimento da cabeça.

2- MARINHA 2011-No segundo e terceiro períodos clínicos do parto, são fatores de risco para infecção puerperal a ocorrência dos seguintes eventos:

(A) sobredistensão uterina e curagem digital

(B) restos placentários e procedimentos cirúrgicos

(C) hipertonia uterina e exames vaginais excessivos

(D) bolsa amniótica rota e trabalho parto prolongado

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3- IFF2007/ A conduta de enfermagem em avaliar através do exame físico, diariamente, a puérpera por ocasião da internação hospitalar até a alta tem a importância de observar e prevenir complicações, tais como a(o):

(A) febre

(B) aleitamento materno por livre demanda

(C) involução uterina

(D) hemorragias e infecções puerperais

4- UNIUV/PREFEITURA MUNICIPAL DE ASSAÍ/2011- O mecanismo do trabalho de parto é definido como a sequência de movimentos passivos da parte que se apresenta, que permitem a passagem por meio do canal de parto. Esses movimentos são por ordem de ocorrência:

(A) Situação, descida, extensão, rotação interna, flexão e rotação externa;

(B) Apresentação, descida, flexão, rotação interna, rotação externa e extensão;

(C) Insinuação, descida, flexão, rotação interna, extensão e rotação externa;

(D) descida, flexão, rotação interna, extensão e rotação externa;

(E) Encaixe, descida, extensão, rotação interna, flexão e rotação externa.

5-RESIDÊNCIA DE ENFERMAGEM/UFRJ/2013 - O falso trabalho de parto é caracterizado por atividade uterina:

(A) diminuída, coordenação das contrações e cérvice uterina dilatada

(B) aumentada, coordenação das contrações e cérvice uterina não dilatada

(C) aumentada, descoordenação das contrações e cérvice uterina não dilatada

(D) aumentada, coordenação das contrações e cérvice uterina não dilatada

6- ACEP/QUIXADA-CE/2010- O início do trabalho de parto é desencadeado por fatores maternos, fetais e placentários, que se interagem. Assinale a alternativa que corresponde a um dos sinais que demonstram o desencadeamento do trabalho de parto.

(A) Eliminações vaginais, sangramento abundante, perda parcial de tampão mucoso.

(B) Contrações uterinas inicialmente irregulares, de grande intensidade, com duração de 30 a 40 segundos.

(C) Alterações na cérvice, amolecimento, apagamento e dilatação progressiva.

(D) Aumento do movimento fetal. 7- UNIUV/PREFEITURA MUNICIPAL DE ASSAÍ/2011- 37. A hemorragia puerperal é uma complicação de alta incidência de mortalidade materna nas primeiras horas após o parto. A alternativa que apresenta sinais dessa complicação é:

(A) Hipertensão arterial;

(B) Útero macio e acima do umbigo;

(C) Lóquios em quantidade diminuída;

(D) Lóquios sanguinolentos vermelho-escuros;

(E) Diminuição das frequências cardíaca e respiratória. 8- UNIUV/PREFEITURA MUNICIPAL DE ASSAÍ/2011- Dentre as alterações fisiológicas que ocorrem no puerpério , podemos destacar:

(A) após o parto , os lóquios ficam rubros durante apenas o primeiro dia , em seguida ficam mais escuros com cor

marrom café, e após uma semana ficam com aspecto seroso.

(B) as cefaléias frontal e bilateral são comuns sendo causadas por deslocamento de líquidos na primeira semana pós parto.

(C) a diástase dos retos abdominais ocorre e deve ser corrigida cirurgicamente após todo o período do puerpério.

(D) com a perda da placenta, os níveis circulantes de estrogênio e progesterona aumentam e a prolactina também iniciando a lactação.

(E) a taxa metabólica basal diminui durante o período de 7 a 14 dias pós parto, secundária a anemia branda e a

lactação. 9- ACEP/QUIXADÁ/2010-O puerpério inicia-se logo após a dequitação e termina quando a fisiologia materna volta ao estado pré-gravídico. De acordo com as alterações físicas, o puerpério pode ser classificado em quatro fases distintas. Com relação às fases do puerpério, assinale a alternativa CORRETA.

(A) Imediato – primeiras 12 horas pós-parto.

(B) Mediato – da 12ª hora ao 21º dia pós-parto.

(C) Tardio – do 21º até o 42º dia pós-parto.

(D) Remoto – do 42º dia em diante.

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10- Prefeitura Municipal de Assaí/UNIUV/2011- Lóquios são a eliminação de exsudatos e transudatos, misturados com elementos celulares descamados e sangue. A sequência correta de lóquios, no decorrer dos dias de puerpério, é:

(A) Lóquios rubro, fusca e flava;

(B) Lóquios fusca, rubro e flava;

(C) Lóquios rubro, flava e fusca;

(D) Lóquios fusca, flava e rubro;

(E) Lóquios flava, rubro e fusca. GABARITO

1-E 2-C 3-D 4-B 5-C 6-B 7-B 8-B 9-D 10-A

Fisiologia da Lactação

Gestação: aumento deestrogênio, progesterona, prolactina e lactógeno placentário que promove contínuo desenvolvimento alvéolo-lobular da glândula. Saída da placenta: diminuição daprogesterona e conseqüente produção de leite. Manutenção da produção de leite: depende da prolactina e do esvaziamento mamário. Sucção: liberação da prolactina (adenohipófise) e da ocitocina (neurohipófise). Reflexo da Prolactina: decorre, obrigatoriamente da sucção. Reflexo da Ejeção: (descida do leite): tem, também componente psicossomático, podendo ser inibido pelo stress ou dor e estimulado pela visão ou choro do bebê. Apojadura: ocorre entre 2 dias a 1 semana. (no geral – até 72 horas após o parto) Sucção mais freqüente: apojadura mais precoce Componentes do Leite Materno # Ácidos Graxos: Propriedades antiviral, antibacteriana e antiprotozário # Fator Bífidus: Glicosamina que promove crescimento do Lactobacillus e bifidobactérias: reduz o pH das fezes; inibe o crescimento de bacterias gram - (Salmonella, cepas de E. Coli), Shigella. # Fibronectina: Estimula a atividade fagocitária dos macrófagos não ativados; estimula a migração de neutrofilos e

monócitos do sangue aos tecidos; presente em grande quantidade no colostro. # Linfócitos B: Produzem anticorpos específicos contra inúmeros patógenos. # IgA secretória: Recobre mucosas intestinal e respiratória, tornando-as impermeáveis a patógenos. Possui elevada especificidade antigênica, representa 90% das Ig do leite humano. # Lactoferrina: Glicoproteina que se liga ao ferro, competindo com microorganismos ferro dependentes; possuindo propriedades antiinflamatórias e atividade bacteriostática contra E. Coli, S. aureus e Candida; junto com IgA tem atividade bactericida. # Linfócitos T: Destroem microorganismos por ação citotóxica e tem importante atividade antiinflamatória. Produzem substâncias que estimulam o sistema imunológico: interferon, linfocinas, interleucinas e fatores de quimiotaxia. # Lisozima: Em associação com lactoferrina tem atividade bactericida e antiinflamatória; atua destruindo a parede celular das bactérias. # Macrófagos: Ação fagocitária sobre as bactérias do T.G.I.; produzem de lisozimas, lactoferrina, complemento, e ativam outros componentes do sistema imunológico. # Mucinas: Ligam-se a microorganismos ( principalmente E. coli), reduzindo a capacidade de aderir à superfície das mucosas. # Neutrófilos: fagocitam bactérias do T.G.I. # Oligossacarídeos: Propriedade antiinflamatória. Aderem a microorganismos, reduzindo a capacidade de agredir

mucosas; protegem contra diarréia nas crianças colonizadas por bactérias patogênicas; interferem na capacidade de agressão de H. influenzae, S. pneumoniae e E. coli.

Tipos de Aleitamento Materno - Manual Saúde da Criança: nutrição infantil: aleitamento materno e nutrição complementar (Brasília, 2009).

Aleitamento materno exclusivo Quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado. A criança não recebe outros alimentos líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, Sais de Reidratação Oral (SRO), suplementos minerais ou medicamentos.

Aleitamento materno predominante Quando a criança recebe, além do leite materno, água, sucos de frutas ou chás.

Aleitamento materno complementado Quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semi-sólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo.

Aleitamento materno misto ou parcial - Quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite.

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Armazenamento do leite materno, conforme Manual Saúde da Criança: nutrição infantil: aleitamento materno e nutrição complementar (Brasília, 2009):

Fora da geladeira: não se recomenda

Geladeira: 12 horas

Congelador: 15 dias

Reaquecer em banho-maria

Oferecer à criança em copinho ou em colher

Fases da Produção Láctea (Manual Parto Aborto e Puerpério. Brasília, 2001)

Colostro Secretado nos primeiros 5 à 7 dias após o parto Apojadura ocorre em média com 72h pós parto

Leite de Transição Seu período de produção está entre 6 a 10 dias após o parto e segue até aproximadamente a

segunda semana.

Leite Maduro Produzido a partir da segunda quinzena após o parto.

Técnica correta de amamentação # mãe em posição confortável # Rn com o abdome voltado para o abdome da mãe # local tranqüilo # Rn com a boca bem aberta e lábio inferior voltado para fora # aréola mamária mais visível na porção superior

Benefícios do Aleitamento Materno Para a mãe # Realização feminina. # É um direito e não uma obrigação. # Proteção contra anemia. # Volta a estado físico anterior mais rápida. # Menor taxa de câncer de mama. # Efeito contraceptivo. # Proteção pela legislação. # Forma prática de alimentar a criança. Para a criança # Aleitamento materno exclusivo, completo até os seis meses de vida. # Todos os nutrientes. # Proteção contra obesidades, hipertensão, diabetes, desnutrição, doenças alérgicas, anemia ferropriva, hipocalcemia, acrodermatite e morte súbita. # Proteção contra a diarréia.

# Proteção contra infecções respiratórias, otites, ITU, enterocolites necrotizantes # Benefício para a relação humana entre mãe e filho. # Desenvolvimento neuropsicomotor a contento. Para a Sociedade # Menos gasto com doenças. # Menos crianças desnutridas. # Menos óbitos. Incentivo ao aleitamento materno e preparo para o desmame: Vantagens do aleitamento Materno segundo o Ministério da Saúde:

- é o melhor alimento para o bebê; - é de fácil digestão; - protege o bebê contra várias doenças; - transmite amor e carinho, fortalecendo a relação entre mãe e filho; - não precisa coar, ferver, nem esfriar; - está sempre pronto, em qualquer hora e lugar, na temperatura ideal; - é de graça;

- reduz o risco de câncer de mama e ovário. 10 Passos para obter sucesso no aleitamento materno

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Passo1. ACREDITE QUE NÃO EXISTE LEITE FRACO. Todo leite é forte e adequado para o melhor crescimento e desenvolvimento de bebê até 4-6 meses de vida. Não precisa dar outro alimento. No primeiro dia, a produção de leite é pequena. Esse leite, chamado colostro, é transparente ou amarelado, tem alto valor nutritivo e age como uma vacina, protegendo-o contra doenças. Passo 2. SAIBA QUE QUANTO MAIS O BEBÊ MAMA, MAIS LEITE VOCÊ PRODUZ. Começar a mamar desde a sala de parto facilita a descida mais rápida do leite. Dê os dois peitos a cada mamada. Passo 3. COLOQUE O BEBÊ NA POSIÇÃO CORRETA PARA MAMAR. O bebê deve estar em posição de poder abocanhar não

só o mamilo (bico do peito), mas grande parte da aréola (parte escura do peito), com o corpo totalmente voltado para a mãe (barriga com barriga). Passo 4. CUIDE ADEQUADAMENTE DAS MAMAS. Para evitar rachaduras, não lave os mamilos antes e depois das mamadas. Basta o banho diário, o próprio leite protege a pele, evitando infecções. Não use pomadas nem cremes. A exposição das mamas ao sol durante 15 minutos pela manhã também ajuda a prevenir rachaduras. Passo 5. RETIRE LEITE QUANDO FOR NECESSÁRIO (ORDENHA). Evite que a mama fique muito cheia e pesada. Se isto acontecer, lave bem as mãos, faça massagens circulares com as pontas dos dedos, pressionando as mamas do mamilo para a base. Depois, coloque os dedos onde termina a aréola e aperte com cuidado até o leite sair. Guarde o leite em frasco fervido por dez minutos, na geladeira (24 horas) ou freezer (15 dias) ou doe a um Banco de Leite Humano. O leite deve ser dado de copinho ou colher, quando a mãe não estiver em casa. Passo 6. NUNCA USE BICOS, CHUPETAS, CHUQUINHAS OU MAMADEIRAS. Esses objetos devem ser evitados, pois os bebês podem largar o peito. Passo 7. TOME LÍQUIDO, ALIMENTE-SE E DESCANSE SEMPRE QUE POSSÍVEL. Passo 8. SÓ TOME MEDICAMENTOS COM ORDEM MÉDICA. Passo 9. CONTINUE A AMAMENTAÇÃO, SE POSSÍVEL, ATÉ OS 2 ANOS DE IDADE. Recomenda-se que todo bebê deve ser amamentado exclusivamente no peito até 4-6 meses de vida e continuar mamando até os 2 anos de idade, ao mesmo tempo em que são introduzidos novos alimentos adequados para a criança. Passo 10. CONHEÇA OS DIREITOS DA MÃE TRABALHADORA: licença gestante de 120 dias; a dois descansos remunerados

de meia hora por dia, quando retornar ao trabalho, para amamentar seu filho até 6 meses de idade; a berçários ou creches nos locais de trabalho, sempre que a empresa tiver 30 ou mais mulheres trabalhando. Complicações da Amamentação – Manual Saúde da Criança: nutrição infantil: aleitamento materno e nutrição complementar (Brasília, 2009). Fissuras (rachaduras) - Cuidados e Orientações de Enfermagem

Cuidados para que os mamilos se mantenham secos, expondo-os à luz solar e trocas freqüentes dos forros utilizados quando há vazamento de leite;

Não usar produtos que retiram a proteção natural do mamilo, como sabões, álcool ou qualquer produto

secante;

Início da mamada pela mama menos afetada;

Ordenha de um pouco de leite antes da mamada, o suficiente para desencadear o reflexo de ejeção de leite,

evitando dessa maneira que a criança tenha que sugar muito forte no início da mamada para desencadear o reflexo;

Uso de diferentes posições para amamentar, reduzindo a pressão nos pontos dolorosos ou áreas machucadas;

Uso de “conchas protetoras” (alternativamente pode-se utilizar um coador de plástico pequeno, sem o cabo) entre as mamadas, eliminando o contato da área machucada com a roupa.

Analgésicos sistêmicos por via oral se houver dor importante.

Mamas ingurgitadas – Cuidados e Orientações de Enfermagem

Ordenha manual da aréola, se ela estiver tensa, antes da mamada, para que ela fique macia, facilitando, assim, a pega adequada do bebê;

Mamadas freqüentes, sem horários preestabelecidos (livre demanda);

Massagens delicadas das mamas, com movimentos circulares, particularmente nas regiões mais afetadas pelo ingurgitamento; elas fluidificam o leite viscoso acumulado, facilitando a retirada do leite;

Suporte para as mamas, com o uso ininterrupto de sutiã com alças largas e firmes, para aliviar a dor e manter os ductos em posição anatômica;

Compressas frias (ou gelo envolto em tecido), em intervalos regulares após ou nos intervalos das mamadas; em

situações de maior gravidade, podem ser feitas de duas em duas horas. Importante: o tempo de aplicação das compressas frias não deve ultrapassar 20 minutos.

Se o bebê não sugar, a mama deve ser ordenhada.

Uso de analgésicos sistêmicos/antiinflamatórios. Ibuprofeno é considerado o mais efetivo, auxiliando também na

redução da inflamação e do edema. Paracetamol ou Dipirona podem ser usados como alternativas;

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Mastite - Cuidados e Orientações de Enfermagem

Esvaziamento adequado da mama, preferencialmente esvaziada pelo próprio recém-nascido sadio.

Antibioticoterapia: indicada quando houver sintomas graves desde o início do quadro, fissura mamilar e ausência de melhora dos sintomas após 12–24 horas da remoção efetiva do leite acumulado.

Suporte emocional

Outras medidas de suporte: repouso da mãe (de preferência no leito); analgésicos ou antiinflamatórios não-

esteróides, como ibuprofeno; líquidos abundantes; iniciar a amamentação na mama não afetada; e usar sutiã bem firme. Atenção: Nas seguintes situações o aleitamento materno não deve ser recomendado: # Mães infectadas pelo HIV; # Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2; # Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. Alguns fármacos são citados como contra-indicações absolutas ou relativas ao aleitamento, como por exemplo os antineoplásicos e radiofármacos. Como essas informações sofrem freqüentes atualizações, recomenda-se que previamente à prescrição de medicações a nutrizes se consulte o manual "Amamentação e uso de drogas", disponível em <http://bvsms2.saude.gov.br/php/level.php?long=pt&component=51&item=26;

# Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose. Já nas seguintes situações maternas, recomenda-se a interrupção temporária da amamentação: # Infecção herpética, quando há vesículas localizadas na pele da mama. A amamentação deve ser mantida na mama sadia; # Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões adquiram a forma de crosta. A criança deve receber Imunoglobulina Humana Antivaricela Zoster (Ighavz), disponível nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES) (BRASIL, 2006a), que deve ser administrada em até 96 horas do nascimento, aplicada o mais precocemente possível; # Doença de Chagas, na fase aguda da doença ou quando houver sangramento mamilar evidente; # Abscesso mamário, até que o abscesso tenha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada. A amamentação deve ser mantida na mama sadia; # Consumo de drogas de abuso: recomenda-se interrupção temporária do aleitamento materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O tempo recomendado de interrupção da amamentação varia dependendo da droga, de acordo com a tabela abaixo.

Nas seguintes condições maternas, o aleitamento materno não deve ser contra-indicado: # Tuberculose: recomenda-se que as mães não tratadas ou ainda bacilíferas (duas primeiras semanas após início do tratamento) amamentem com o uso de máscaras e restrinjam o contato próximo com a criança por causa da transmissão potencial por meio das gotículas do trato respiratório. Nesse caso, o recém-nascido deve receber isoniazida na dose de 10mg/kg/dia por três meses. Após esse período deve-se fazer teste tuberculínico (PPD): se reator, a doença deve ser pesquisada, especialmente em relação ao acometimento pulmonar; se a criança tiver contraído a doença, a terapêutica deve ser reavaliada; em caso contrário, deve-se manter isoniazida por mais três meses; e, se o teste tuberculínico for não reator, pode-se suspender a medicação, e a criança deve receber a vacina BCG;

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# Hanseníase: por se tratar de doença cuja transmissão depende de contato prolongado da criança com a mãe sem tratamento, e considerando que a primeira dose de Rifampicina é suficiente para que a mãe não seja mais bacilífera, deve-se manter a amamentação e iniciar tratamento da mãe; # Hepatite B: a vacina e a administração de imunoglobulina específica (HBIG) após o nascimento praticamente eliminam qualquer risco teórico de transmissão da doença via leite materno; # Hepatite C: a prevenção de fissuras mamilares em lactantes HCV positivas é importante, uma vez que não se sabe se o contato da criança com sangue materno favorece a transmissão da doença;

# Dengue: não há contra-indicação da amamentação em mães que contraem dengue, pois há no leite materno um fator antidengue que protege a criança; # Consumo de cigarros: acredita-se que os benefícios do leite materno para a criança superem os possíveis malefícios da exposição à nicotina via leite materno. Por isso, o cigarro não é uma contra-indicação à amamentação. O profissional de saúde deve realizar abordagem cognitiva comportamental básica, que dura em média de três a cinco minutos e que consiste em perguntar, avaliar, aconselhar, preparar e acompanhar a mãe fumante (BRASIL, 2001). No aconselhamento, o profissional deve alertar sobre os possíveis efeitos deletérios do cigarro para o desenvolvimento da criança, e a eventual diminuição da produção e da ejeção do leite. Para minimizar os efeitos do cigarro para a criança, as mulheres que não conseguirem parar de fumar devem ser orientadas a reduzirem o máximo possível o número de cigarros (se não possível a cessação do tabagismo, procurar fumar após as mamadas) e a não fumarem no mesmo ambiente onde está a criança; # Consumo de álcool: assim como para o fumo, deve-se desestimular as mulheres que estão amamentando a ingerirem álcool. No entanto, consumo eventual moderado de álcool (0,5g de álcool por quilo de peso da mãe por dia, o que corresponde a aproximadamente um cálice de vinho ou duas latas de cerveja) é considerado compatível com a amamentação. BANCO DE LEITE HUMANO.

A preocupação com a oferta de leite humano nas Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o fato de existirem

situações onde, por algum motivo, o RN não pode receber o leite de sua própria mãe, remetem a questão para o funcionamento adequado e implementação do Banco de Leite Humanonas maternidades. Clientela:

Recém nascido prematuro ou de baixo peso;

Recém nascido imunologicamente deficiente;

Recém nascido com perturbação gástrica de origem variada;

Recém nascido alérgico a outros tipos de leite;

Doadoras de leite

Gestantes, puérperas e nutrizes. A seleção das doadoras pode iniciar no pré-natal. Motivos que levam a doadora a ser considerada inapta para doação :

Moléstias infecto-contagiosas;

Uso de drogas ou medicamentos excretáveis através do leite, em níveis que possam provocar efeitos colaterais;

Tratamento quimioterápico ou radioterápico;

Desnutrição;

Outros motivos.

Área de estocagem: destina para a estocagem do leite in natura ou liofilizado em refrigerador, "freezer", congelador, após analise de sua qualidade microbiológica, seguindo os seguintes períodos:

Produto pasteurizado-refrigerador, 48 horas;

Produto pasteurizado-congelador, 6 meses;

Produto pasteurizado-liofilizado, 1 ano . Estocagem

O LHOC congelado pode ser estocado por um período máximo de 15 (quinze) dias,

O LHOC refrigerado pode ser estocado por um período máximo de 12 (doze) horas a temperatura máxima de 5°C (cinco graus Celsius).

O LHOP (leite humano ordenhado pasteurizado) deve ser estocado sob congelamento a uma temperatura

máxima de (-3ºC), por até 06 (seis) meses.

O LHOP, uma vez descongelado, deve ser mantido sob refrigeração a temperatura máxima de 5ºC com validade de 24 horas.

O LHOP liofilizado e embalado a vácuo pode ser estocado em temperatura ambiente pelo período de 1 (um)

ano.

As temperaturas máximas e mínimas dos equipamentos destinados à estocagem do LHO devem ser verificadas e registradas diariamente.

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O BLH deve dispor de registro do controle de estoque que identifique os diferentes tipos de produto sob sua

responsabilidade.

Efetuar rigoroso controle de temperatura dos freezers para evitar flutuação prejudiciais à manutenção do produto.

QUESTÕES 1 -UNIRIO /Prova Residência Multiprofissional em Saúde 2012/ Enfermagem No Climatério, inevitavelmente, a mulher apresenta I) Hipertensão arterial e Diabetes Mellitus. II) Ausência de ciclos menstruais e obesidade. III) Doenças cardiovasculares e neoplasias. IV) Interrupções dos ciclos menstruais e doenças auto-imunes. É correto afirmar que (A) I e II estão corretas. (B) I e III estão corretas. (C) II e IV estão corretas.

(D) I, II, III e IV estão incorretas. 2-PROCESSO SELETIVO À RESIDÊNCIA DE ENFERMAGEM/UPENET/2012 /PROVA 21 Sobre climatério, analise as assertivas abaixo: I. Durante a fase de transição menopausal, os ciclos menstruais apresentam variações na regularidade e nas características do fluxo. Inicialmente, pode ocorrer uma tendência ao encurtamento gradativo da periodicidade devido à maturação folicular acelerada e consequente ovulação precoce, seguido de uma fase lútea com baixa produção de progesterona. II. A etiologia das ondas de calor é controversa, sendo atribuída, na maiorias dos estudos, à alteração no centro termorregulador, provocada pelo hipoestrogenismo, levando a um aumento de noradrenalina. Outros sintomas neurovegetativos encontrados são calafrios, insônia ou sono agitado, que, muitas vezes, são relacionados a etiologias diversas ao climatério. III. O hipoestrogenismo pode influenciar a elevação de colesterol e triglicérides, ocorrendo um aumento nas taxas de LDL e diminuição das HDL, o que pode contribuir para a instalação de dislipidemias, aterosclerose e doença coronariana. IV. Avaliação laboratorial, mamografia e ultrassonografia mamária, exame preventivo do câncer de colo de útero, ultrassonografia transvaginal e densitometria óssea são exames complementares essenciais para o acompanhamento do

climatério. Indicação e periodicidade de realização deverão seguir as orientações definidas pelo MS. Estão CORRETAS (A) I, II e III, apenas. (B) II e IV, apenas. (C) II, III e IV, apenas. (D) I e III, apenas. (E) I, II, III e IV 3-INCA 2008- A menopausa é caracterizada por um distúrbio endócrino de natureza genética que ocorre devido à cessação da função ovariana. Os sintomas e consequências desse período da vida da mulher são: (A) aumento da área ovariana e uterina (B) atrofia urogenital e ausência de menstruação (C) hipertrofia urogenital e ausência de menstruação (D) menstruação com baixo fluxo e aumento da área ovariana 4- INCA 2008- A Osteoporose é um distúrbio em que há redução da massa total dos ossos. Estes vão tornando-se progressivamente porosos, quebradiços e frágeis. Dos fatores abaixo aquele que se relaciona com esta alteração é: (A) hipotireoidismo

(B) uso excessivo de vitamina D (C) histerectomia na pré-menopausa (D) suspensão de estrogênio na menopausa

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5- IFF 2012 - No que se refere ao fenômeno do climatério e menopausa, de acordo com o Ministério da Saúde, é correto afirmar que: (A) com as atuais práticas fitoterápicas, de acupuntura e outras práticas complementares, a hormoniotenapia é atividade proscrita pelo Ministério. (B) segundo evidências recentes, a terapia hormonal está associada ao aumento no risco da incidência de eventos isquêmicos cardiovasculares, bem como de tromboembolismo venoso. (C) o diagnóstico precoce deve ser prioridade, pois essa fase apresenta riscos consideráveis para o adoecimento, como,

por exemplo, a osteoporose. (D) após a menopausa, frequentemente as mulheres evoluem com um perfil lipídico mais favorável, com diminuição do colesterol total, LDL-colesterol (LDLC) e triglicérides. 6-PREFEITURA MUNICIPAL DE CASTANHAL/FADESP/2012- Uma senhora, 49 anos de idade, compareceu ao Programa de Climatério/Menopausa de uma Unidade de Saúde. Durante a consulta, manifestou a preocupação em realizar a reposição hormonal para prevenir doenças como osteoporose e as cardiovasculares, mesmo se sentindo bem e sem sinais e sintomas inerentes à menopausa. Sobre a terapia hormonal na menopausa, o profissional de Enfermagem poderia esclarecer corretamente que (A) só deve ser utilizada quando for comprovada a redução dos esteróides sexuais seguido de riscos para câncer cérvico uterino. (B) deve ser iniciada imediatamente, como primeira opção para a prevenção e o estadiamento dos sintomas da osteoporose. (C) não deve mais ser usada com o intuito de prevenção primária ou secundária de doença cardiovascular e nem para o tratamento de osteoporose. (D) deve ser iniciada logo após a constatação da menopausa, como prevenção de doenças cardiovasculares. GABARITO

1-C 2-E 3-B 4-D 5-C 6- C

QUESTÕES 1- COPESE/UFPB/2010- Um estudo da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), divulgado em 2010, indica que até 40% das mulheres da região são vítimas de violência física e, em alguns países, o índice de violência psicológica chega a cerca de 60%. Sobre a saúde da mulher e sobre a violência doméstica, a Cepal, em 2005, informa que, no Brasil, 10% das mulheres da área urbana e 14% da área rural sofrem violência sexual. (http://www.new.divirtase.uai.com.br/html/sessao_38/2009/12/30/ficha_mundoela_saude/id_sessao=38&id_noticia=19208/ficha_mundoela_saude.shtml ). Acesso em 05 de janeiro/2010. Sobre a violência contra a mulher, analise as assertivas abaixo, colocando V e F conforme sejam, respectivamente, VERDADEIRAS ou FALSAS: ( ) É desejável que a equipe de saúde para atendimento à mulher violentada sexualmente seja composta por médicos, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais. Entretanto, a falta de um ou mais profissional da equipe - com exceção do médico - não inviabiliza o atendimento. ( ) Os danos físicos, genitais e extragenitais, devem ser cuidadosamente descritos em prontuário. Se possível, os traumatismos físicos devem ser fotografados e também a fotografia deve ser anexada ao prontuário. ( ) A lei n. 10.778, de 24 de novembro de 2003, estabelece a notificação compulsória, no território nacional, dos casos de violência contra a mulher, atendidas em serviços de saúde público e privado.

( ) Nas situações onde houve estupro, faz-se necessária a adoção de medidas específicas até as primeiras 24 horas, como a profilaxia de DSTs, HIV-AIDS e gravidez indesejável. A sequência CORRETA é (A) F, F, V, F (B) V, V, V, F (C) F, V, F, V (D) V, V, F, F (E) V, F, V, V GABARITO: E

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Exercícios – Ginecologia e Obstetrícia 1) (Campinas) Uma mulher de 23 anos deseja usar como contraceptivo a Tabela de Orgino-Knauss. Tem ciclos que variam entre 29 e 38 dias de intervalo. O período de abstinência recomendado é: (A) do 11º. ao 27º. dias do ciclo; (B) do 18º. ao 25º. dias do ciclo; (C) do 10º. ao 25º. dias do ciclo; (D) do 9º. ao 15º.dias do ciclo; (E) do 6º. ao 22º. dias do ciclo.

2) (Campinas) O primeiro sinal radiológico de suspeição no Câncer de Mama é o achado na mamografia de: (A) linfonodos intramamários; (B) calcificações grosseiras; (C) calcificações isoladas; (D) microcalcificações agrupadas; (E) linfonodos axilares. 3) (Campinas) São condições fundamentais para o diagnóstico a síndrome de transfusão gemelo-gemelar, a gestação gemelar: (A) monocoriônica-diamniótica, crescimento fetal discordante, oligoidramnia no feto menor, polidramnia no feto maior; (B) doppler alterado nos dois fetos, crescimento reduzido nos dois fetos; (C) monocoriônica-diamniótica, crescimento fetal discordante, polidramnia em ambos os fetos; (D) dicoriônica, crescimento fetal discordante, oligoidramnia no feto maior, polidramnia no feto menor; (E) monocoriônica-monoamniótica, crescimento fetal simétrico, sem oligodramnia, um feto morto. 4) (Campinas) Paciente procura serviço de urgência com exame de ultra-sonografia revelando 7 semanas de gestação, e informa o uso de vacina contra rubéola. A melhor conduta é:

(A) interrupção; (B) amniocentese; (C) solicitar biopsia de vilo corial; (D) solicitar IgG e IgM; (E) expectante. 5) (Campinas) Uma paciente com 31 semanas de gestação, gesta 1, residente em zona rural, vem sendo tratada com hipotensores, diuréticos e dieta hipossódica para hipertensão arterial. É encaminhada ao hospital, onde chega queixando-se de dor no hipocôndrio direito, náuseas e cefaléia. Apresentou nível pressórico de 180/130 mmHg, em anasarca, icterícia e oligúria. Os exames revelaram: anemia, trombocitopenia, hiperbilirrubinemia, TGO e TGP elevadas, proteinúria e creatinina de 1,4 mg/ dl. O diagnóstico e conduta mais prováveis são, respectivamente: (A) síndrome HELLP e deve-se realizar o parto terapêutico; (B) púrpura trombocitopênica idiopática e deve-se realizar cesárea; (C) eclampsia recorrente com síndrome urêmica hemolítica e deve-se indicar cesárea; (D) hepatite, deve-se controlar a vitalidade fetal até a 34ª semana e realizar o parto terapêutico; (E) corticoterapia e a gravidez deverá ser interrompida em 24 horas. 6) (SMS RJ) Para um bom acompanhamento pré-natal, é necessário que o (a) Enfermeiro (a) realize correta e

uniformemente os procedimentos técnicos durante o exame clínico-obstétrico. A verificação da presença de edema detecta precocemente o edema patológico. A conduta a ser tomada quando se observa edema generalizado na gestante, com hipertensão arterial é: (A) orientar repouso em decúbito lateral esquerdo, não devendo ser encaminhada para o serviço de alto risco (B) verificar se o edema está relacionado à postura ao fim do dia, ao aumento da temperatura e ao tipo de calçado (C) orientar repouso absoluto, marcar retorno para sete dias na ausência de outros sintomas (D) deve ser avaliada pelo médico da Unidade e encaminhada para o serviço de alto risco 7) (SMS RJ) O diagnóstico da mulher que apresenta colo uterino (orifício interno) aberto, tamanho do útero menor que o esperado para a idade gestacional e, ao exame de ultra-som, cavidade uterina vazia ou com imagens sugestivas de coágulos é: (A) abortamento completo (B) abortamento inevitável (C) abortamento habitual (D) abortamento eletivo

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8) (SMS RJ) São métodos anticoncepcionais de escolha para a mulher infectada pelo HIV: (A) dispositivo intra-uterino e espermaticida (B) tabela e coito interrompido (C) diafragma e método de Billings (D) anticoncepcional hormonal injetável e preservativo 9) (SMS RJ) A oftalmia neonatal é definida como uma conjuntivite purulenta do recém-nascido em seu primeiro mês de

vida, usualmente contraída durante o seu nascimento, a partir do contato com secreções genitais maternas contaminadas. Os agentes etiológicos mais importantes na transmissão da oftalmia neonatal são: (A) Neisseria gonorhoeae e Chlamydia trachomatis (B) Treponema pallidum e Herpes simples vírus (C) Cândida albicans e Trichomonas vaginalis (D) Papilomavírus e Klebsiella granulomatis 10) (SMS RJ) N.B.S, 18 anos, IG 35 semanas, gesta I, para 0, aborto 0, compareceu à consulta pré-natal com os resultados sorológicos para hepatite B: HBsAg (-), HBeAg (-), Anti-HBC IgM (-), Anti-HBC IgG (+), Anti- HBe (-) e Anti-HBs (+). Este resultado indica: (A) incubação (B) doença ativa (C) imunidade, resposta vacinal (D) imunidade, infecção passada 11) (SMS RJ) A atenção ao parto normal deve abranger a assistência no segundo período do parto, que é caracterizado por: (A) presença de contrações uterinas a intervalos irregulares

(B) dilatação cervical, apagamento do colo, descida da apresentação (C) dilatação total da cérvice e expulsão do feto (D) dequitação e formação do globo de segurança de Pinard 12) Entre as complicações que agravam o prognóstico da DHEG, citam-se, além da eclâmpsia, a hemorragia cerebral, o edema agudo pulmonar e a HELLP síndrome. Os critérios laboratoriais para diagnóstico da HELLP síndrome são: (A) elevação do VHS, redução das enzimas hepáticas e redução do PTT (B) hemólise, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia (C) hemólise, redução das enzimas hepáticas e elevação do TAP (D) elevação de TGO, elevação do fibrinogênio e plaquetopenia 13) (SMS RJ) Uma mulher apresenta sangramento genital de pequena a moderada intensidade acompanhado de dores do tipo cólicas, geralmente pouco intensas e, ao exame clínico verifica-se o colo uterino (orifício interno) fechado. O volume uterino é compatível com o esperado para a idade gestacional e sem sinais de infecção. Caracteriza-se o quadro como: (A) abortamento completo (B) abortamento inevitável

(C) abortamento retido (D) ameaça de abortamento 14) (SMS RJ) A perda espontânea e consecutiva de três ou mais gestações antes da 22ª semana sem que a mulher jamais consiga levar a termo qualquer gestação, caracteriza o abortamento: (A) habitual primário (B) habitual secundário (C) inevitável (D) completo

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15) (SESPA) Primigesta, 15 anos, terceira consulta no pré-natal, idade gestacional de 27 semanas, apresenta ganho de peso de 2,5 kg em quatro semanas, 145 X 90 mmHg de pressão arterial, 21 cm de altura uterina, 136 bpm de freqüência cardíaca fetal, edema moderado em membros inferiores; hemoglobina de 12g/dl e proteinúria moderada. A conduta de enfermagem compreende: (A) dar orientação alimentar para diminuir sobrepeso, hipertensão e proteinúria; recomendar repouso em posição supina; indicar USG para verificar a idade gestacional; (B) atentar para a possibilidade de erro no cálculo da idade gestacional; investigar possíveis causas do edema;

recomendar repouso e meias elásticas; orientar dieta pobre em proteínas e carboidratos; seguir o calendário de rotina para a próxima consulta; (C) confirmar a idade gestacional; recomendar repouso com membros inferiores elevados; orientar dieta rica em proteínas e pobre em sal; marcar retorno em 30 dias para reavaliação; (D) referir ao pré-natal de alto-risco pela presença de edema, hipertensão, proteinúria e possível retardo do crescimento fetal; recomendar repouso freqüente em decúbito lateral esquerdo; (E) encaminhar para a nutricionista; marcar retorno em 30 dias para reavaliação; recomendar repouso em posição supina. 16) (SESPA) No rastreamento da diabetes gestacional devem ser avaliados os fatores de risco e o valor da glicemia em jejum no início do pré-natal. Para ser considerado rastreamento negativo, o valor desta glicemia deve ser menor do que: (A) 85 mg/dl; (B) 105 mg/dl; (C) 110 mg/dl; (D) 115 mg/dl; (E) 120 mg/dl.

17) (SESPA) Durante uma consulta de enfermagem, a enfermeira informou um resultado de VDRL positivo para uma gestante. De acordo com o Manual Técnico de Assistência Pré-natal foi prescrito o seguinte tratamento: (A) para a gestante e o parceiro – penicilina benzatina 2.400.000 UI (1.200.000 UI em cada nádega) em três aplicações com intervalo de uma semana; (B) somente para a gestante – penicilina benzatina 2.400.000 UI (1.200.000 UI em cada nádega) em três aplicações com intervalo de uma semana; (C) para a gestante e o parceiro – penicilina benzatina 2.400.000 UI (1.200.000 UI em cada nádega) em duas aplicações com intervalo de trinta dias; (D) somente para a gestante – apenas uma penicilina benzatina 1.200.000 UI; (E) para a gestante e o parceiro – apenas uma penicilina benzatina 1.200.000 UI.. 18) (SESPA) A falta de observação e de cuidados da equipe médica e de enfermagem são fatores que contribuem para o agravamento das condições clínicas da mulher acometida de hemorragia no puerpério imediato. São cuidados que evitam a hemorragia e suas complicações: (A) manter a parturiente com hidratação venosa por todo o período do trabalho de parto; (B) recomendar, no pré-natal, suplementação alimentar com sulfato de ferro e ácido fólico;

(C) auxiliar a dequitação com manobras que promovam o seu rápido descolamento. (D) oferecer líquidos e alimentos durante o primeiro período do parto, caso a mulher deseje; (E) avaliar a presença do globo de segurança de pinard e a manutenção da contração uterina, observando atentamente as primeiras 24 horas. 19) (EAOT) Em relação à ploidia das molas hidatiformes, assinale a alternativa correta. (A) A maioria das molas completas e parciais é diplóide. (B) A maioria das molas completas e parciais é triplóide. (C) A maioria das molas completas é diplóide enquanto a maioria das molas parciais é triplóide. (D) A maioria das molas completas é triplóide enquanto a maioria das molas parciais é triplóide. 20) (UFSC) Qual das condições abaixo não está comumente associada ao diabetes gestacional? (A) Polidrâmnio. (B) Macrossomia fetal. (C) Tocotrumatismo. (D) Pré-eclâmpsia. (E) Malformação cardíaca fetal.

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21) (UFSC) Gestante Rh negativo isoimunizada apresentando teste de Coombs Indireto 1:64 foi submetida à amniocentese na 26ª, 28ª e 30ª semana de gestação para realização de espectrofotometria do líquido amniótico. As diferenças de densidade óptica apresentaram – se menores a cada novo exame realizado. Qual a interpretação clínica? (A) Hemólise fetal leve. (B) Hemólise fetal moderada. (C) Hemólise fetal ausente. (D) Hemólise fetal grave.

(E) Nada se pode concluir. 22) (UFSC) Durante o pré-natal, quando da necessidade de tratamento de infecção do trato urinário da gestante, qual das drogas abaixo apresenta potencial para causar alterações na formação das cartilagens fetais? (A) Sulfas. (B) Tetracilina. (C) Cefalosporinas. (D) Fluoroquinonas. (E) Aminoglicosídeos. Considere o seguinte caso e responda as questões 23 e 24 RMS, 19 anos, gestante de 34 semanas, chega à emergência da maternidade com queixas de cefaléia intensa e epigastralgia. Ao exame clínico e obstétrico apresenta pressão arterial de 150×100 mmHg, edema +++/4, pulso de 92 bpm, dor à palpação de hipocôndrio direito, altura de fundo uterino de 30 cm, batimentos cardíacos fetal de 128 bpm. 23) (UFSC) O diagnóstico clínico do caso apresentado é: (A) hipertensão crônica. (B) pré-eclâmpsia grave.

(C) pré-eclâmpsia moderada. (D) pré-eclâmpsia leve. (E) pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica. 24) (UFSC) No caso apresentado, a primeira medida terapêutica deverá ser a administração de: (A) hidralazina. (B) metildopa. (C) nifedipina. (D) sulfato de magnésio. (E) inibidor da enzima de conversão de angiotensina 25) (UFSC) A realização de parto vaginal em gestante portadora de HIV pode ser aventada quando, após a 34ª semana de gestação, a carga viral for inferior a: (A) 1.000 cópias. (B) 2.000 cópias. (C) 3.000 cópias. (D) 4.000 cópias.

(E) a via de parto na portadora de HIV deverá ser sempre a cesariana. 26) (UFSC) Considere uma adolescente de 15 anos, menarca há 3 anos, saudável, nega início da atividade sexual, queixa-se há 1 ano de dor pélvica cíclica, mensal, localizada em baixo ventre e irradiada para fossas ilíacas. A dor tem duração aproximada de 48 horas, regredindo rapidamente depois, sendo sempre acompanhada da eliminação de corrimento vaginal viscoso e transparente ou esbranquiçado, eventualmente com raias de sangue. A causa provável da dor é: (A) estenose cervical. (B) endometriose peritoneal. (C) dismenorréia essencial. (D) doença inflamatória pélvica. (E) periovulatória (Mittelschmertz). 27) (ENADE) A instalação do climatério é gradativa e se evidencia clinicamente em maior ou menor grau dependendo de vários fatores. Já a ocorrência da menopausa é eminentemente clínica, caracterizada pela cessação das menstruações por um período de 12 meses ou mais. São caracterizados como exames laboratoriais de rotina para o acompanhamento do climatério, exceto: (A) TSH;

(B) TTG; (C) LH; (D) Colesterol total e HDL; (E) TGO e TGP.

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28) (ENADE) O programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento, instituído pelo Ministério da Saúde, através da Portaria/GM nº 569, de 01/06/2000, está baseado em alguns princípios. Assinale a alternativa que corresponde a um dos princípios do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN): (A) Todo recém-nascido tem assegurada a assistência de um médico neonatologista. (B) Toda gestante tem somente assegurada uma consulta no pré-natal e o encaminhamento à maternidade no

momento do parto. (C) Toda Gestante tem direito de saber e de ter assegurado o acesso à maternidade em que será atendida no momento

do parto. (D) Toda gestante tem assegurada vaga em maternidade pública ou privada no momento do parto. (E) Toda gestante tem direito e dever de ser consultada por profissionais de saúde (médico ou enfermeiro) no pré-

natal, bem como escolher o profissional de saúde com quem terá o bebê na maternidade. 29) (SMS RJ) Nas consultas de Pré-natal são fundamentais para o bom desenvolvimento da gestação e do parto. Desta maneira, a enfermeira, ao realizar o agendamento de consultas de pré-natal para gestantes de baixo risco, deve manter o seguinte intervalo entre elas: (A) 3 semanas, tornando-se quinzenal a partir da 38ª semana da gestação. (B) 4 semanas, tornando-se quinzenal a partir da 36ª semana de gestação. (C) 5 semanas, tornando-se semanal a partir da 36ª semana de gestação. (D) 5 semanas, tornando-se semanal a partir da 40ª semana de gestação. (E) 6 semanas, tornando-se quinzenal a partir da 38ª semana de gestação. 30) (SMS RJ) A Assistência Pré-natal, uma das ações do Programa de Saúde da Mulher, deve ser humanizada e tem como objetivo: (A) Garantir acesso aos métodos anticoncepcionais. (B) Preparar a futura mamãe para o parto cirúrgico.

(C) Assegurar a evolução da gravidez, parto, puerpério e lactação. (D) Aumentar o índice de aleitamento materno. 31) (SMS RJ) Quanto às emergências obstétricas, pode-se afirmar que: (A) as duas condições clínicas mais freqüentes que se apresentam como hemorragias do primeiro trimestre de gestação

são placenta prévia e deslocamento prematuro da placenta. (B) as duas condições clínicas mais freqüentes que se apresentam como hemorragias do primeiro trimestre de gestação

são abortamento e prenhez ectópica. (C) o diagnóstico na prenhez ectópica pode ser tardio, pois só 0,5% evolui para emergências cirúrgicas. (D) cerca de 50% dos abortamentos espontâneos ocorrem no segundo trimestre de gestação. (E) a doença hipertensiva específica da gravidez não ameaça ávida da parturiente e do feto. 32) (SMS RJ) Os Lóquios são a eliminação de exudatos e transudatos, misturados com elementos celulares descamados e sangue expelido durante o período puerperal. Pode ser considerado como fisiológico a partir do 5º dia aquele com coloração: (A) vermelho vivo. (B) serosa.

(C) sero-sanguinolenta. (D) enegrecida. 33) (IFF FIOCRUZ) Para a escolha de um método anticoncepcional e seu uso, é necessário aprendizagem, reflexão sobre a escolha e tomada de decisão. A adesão ao Planejamento Familiar requer orientações que envolvem algumas etapas. Sobre estas, analise as afirmativas abaixo.

I. Informar a mulher sobre as possibilidades de escolha. II. Perguntar à mulher sobre si própria e suas experiências com a Saúde Reprodutiva e o Planejamento Familiar. III. Oferecer a mulher o método disponível no serviço, garantindo a continuidade do Planejamento Familiar. IV. Assistir a mulher na escolha informada e explicar o modo de usar o método escolhido. V. Oferecer à mulher o método que você, profissional, considera adequado, uma vez que isso garante a sua

eficácia. Assinale a alternativa CORRETA. (A) Estão corretas I, II e III. (B) Estão corretas I, II e IV. (C) Estão corretas I, II e V. (D) Estão corretas II, III e IV. (E) Estão corretas I, III e IV.

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34) (IFF FIOCRUZ) A Hemorragia puerperal é uma complicação de alta incidência de mortalidade materna nas primeiras horas após o parto. A alternativa que apresenta sinais dessa complicação é: (A) Hipertensão arterial. (B) Útero macio e acima do umbigo. (C) Lóquios em quantidade diminuída. (D) Lóquios sanguinolentos vermelho-escuros. (E) Diminuição das freqüências cardíacas e respiratórias.

35) (ENADE) Sobre os estágios do trabalho de parto, leia as sentenças abaixo.

I. No estágio de dilatação cervical ou segundo Estágio do Trabalho de Parto, começam as primeiras contrações e terminam com a dilatação do colo. Geralmente, as contrações ocorrem a cada 5 a 20 minutos, durando entre 20 e 40 segundos e de média intensidade.

II. No Estágio Placentário ou segundo estágio, começa com a dilatação completa e termina com a expulsão da placenta, podendo durar até 30 minutos.

III. No Terceiro Estágio, Estágio Placentário, começa com o parto do bebê e termina com a expulsão da placenta, pode durar, por alguns minutos, até 30 min.

IV. O início do quarto Estágio acontece desde a expulsão da placenta, até que as condições pós-parto da paciente tenham se estabilizado, geralmente 1 hora após o parto.

Estão CORRETAS as sentenças: (A) I, II, III e IV. (B) I e III. (C) II e III. (D) III e IV. (E) II, III e IV.

36) (SMS RJ) Procedimento realizado para detectar sangramento intraperitoneal através da punção pelo fórnix vaginal posterior denomina – se: (A) Amniocentese (B) Cordocentese (C) Culdocentese (D) Paracentese 37) (ENADE) Uma gestante de 24 anos, II gesta I para, com 26 semanas pela data da última menstruação chega para sua segunda consulta de pré-natal no ambulatório do hospital universitário. Ao exame obstétrico a altura uterina é de 22 cm, freqüência cardíaca fetal de 144 bpm e trouxe os seguintes resultados de exames laboratoriais: hemoglobina de 11,1 g/dL, hematócrito de 34%, glicose em jejum de 97 mg/dL, VDRL de 1/4, sedimento urinário com 30 000 leucócitos/mL e eritrócitos de 2 000/mL. Ultra-sonografia realizada com 24 semanas de idade gestacional mostrou biometria compatível com 20 semanas e 5 dias. Frente a estes dados é correto afirmar que a gestante está com: (A) anemia, risco para diabete gestacional, cicatriz sorológica para sífilis. Deverá fazer urocultura e existe provável

erro no exame de ultra-sonografia. (B) hemoglobina dentro da normalidade, glicemia normal, reação falso-positiva para sífilis. Deve tratar a infecção

urinária e apresenta erro de data no cálculo da idade gestacional.

(C) anemia, risco para diabete gestacional. Deverá realizar teste treponêmico, fazer urocultura e apresenta provável crescimento fetal restrito do tipo I (simétrico).

(D) hemoglobina dentro da normalidade, risco para diabete gestacional. Deverá realizar teste treponêmico, fazer urocultura e apresenta provável erro de data no cálculo da idade gestacional.

(E) hemoglobina dentro da normalidade, glicemia normal. Deverá realizar pesquisa de anticoagulante lúpico, tratar a infecção urinária e existe provável crescimento fetal restrito do tipo II (assimétrico).

38) (SMS RJ) Em consulta de enfermagem à puérpera, submetida a parto normal, para identificar alterações tromboembólicas, a enfermeira realiza: (A) Manobra de Bandeira, que consiste em erguer a perna da paciente segurando pelo pé e fleti – lo sobre a perna. (B) Manobra de Hoffman, que consiste na palpação da panturrilha. (C) Manobra de Bandeira, que consiste na palpação da panturrilha. (D) Manobra de Homans, que consiste em erguer a perna da paciente segurando pelo pé e fleti – lo sobre a perna. (E) Manobra de Homans, que consiste na palpação da panturrilha. 39) (SMS RJ) O diagnóstico clínico do início do trabalho de parto é feito com base na presença dos seguintes sinais e sintomas: (A) rotura da bolsa amniótica e encaixe fetal;

(B) presença de contrações uterinas a intervalos regulares com dilatação progressiva do colo uterino; (C) perda do tampão mucoso e formação da bolsa amniótica; (D) dilatação perineal e coroamento da cabeça fetal;

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40) (SMS RJ) No parto, o clampeamento tardio de cordão umbilical é um procedimento fisiológico de tratar o cordão. Em alguns casos deve-se reconsiderar esta prática a bem da saúde neonatal e materna, EXCETO: (A) parto prematuro (B) sofrimento fetal (C) parto univitelino (D) parto gemelar

GABARITO

1 A 21 C

2 D 22 D

3 A 23 B

4 E 24 D

5 A 25 A

6 D 26 E

7 A 27 C

8 D 28 C

9 A 29 B

10 D 30 C

11 C 31 B

12 B 32 C

13 D 33 B

14 A 34 B

15 D 35 D

16 A 36 C

17 D 37 D

18 E 38 D

19 C 39 B

20 E 40 C