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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ANÁLISE DE CUSTOS: UM ESTUDO SOBRE O CUSTO DO TRANSPORTE DA
EMPRESA SOULART MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Autor: Lucas Farias
Orientadora: Profª Maria Aparecida Cardozo, Msc.
RESUMO
O transporte rodoviário representa a forma mais utilizada realizar as entregas de mercadorias
no Brasil, são várias as estradas ligando as mais diversas cidades do país, onde se faz a
ligação entre indústria, comércio e cliente. O estudo tem como objetivo calcular o custo do
transporte de mercadorias da empresa Soulart Materiais de Construção entre os bairros
Santiago e Ribeirão Pequeno. A pesquisa se caracteriza como exploratória e se apresenta
predominantemente de forma qualitativa, pois estuda as particularidades de determinada
empresa. No entanto, expressa dados de forma quantitativa, onde se utiliza cálculos
estatísticos. Abordou-se o período de um trimestre (maio, junho e julho) do ano de 2017, e
engloba dois veículos para efeito de comparação, onde durante esse período obtiveram-se os
principais custos a cada transporte efetuado. Para a maior parte das contas apresentadas
utilizou-se o método de rateio. Sendo que foram elencados gastos com combustível, salário
dos motoristas, encargos sociais, licenciamento anual, manutenção, seguro veicular e despesas
administrativas. A partir dos dados coletados é possível verificar onde está alocado a maior
parte do custo nesse serviço e comparar com os dois veículos que foram analisados.
Palavras-chave: Custos, análise de custos, controle interno, transporte.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente o mercado está altamente competitivo, visto que as empresas fornecem o
mesmo produto, com a mesma qualidade. O que normalmente diferencia estas e faz com o
que o cliente adquira o produto, é o custo que este implica ao consumidor. Outro fator no qual
influencia o mercado, é a situação do país, de modo que os consumidores estão mais atentos e
pesquisam muito antes de comprar uma mercadoria. E avaliam a qualidade e o custo benefício
destes antes da aquisição. Diante o exposto é estritamente necessário um rigoroso controle
interno das empresas através da contabilidade de custos, para que assim possam reduzir seus
custos, o que impactara no valor final do produto ao cliente.
Visto que a contabilidade de custos é responsável por fornecer informações que
auxiliam e influenciam a performance da organização, pois ela coleta, classifica e registra das
informações (LEONE, 2010).
A contabilidade de custos, através da ferramenta de controle interno versa de
procedimentos que visão reduzir os custos das empresas para a produção ou venda de suas
mercadorias, de modo que tais fatores possam influenciar no valor total do produto repassado
ao cliente. Ela é uma técnica utilizada para determinar os custos dos produtos vendidos,
gerando informações precisas aos gestores, que através destas analisam onde estão sendo
utilizados gastos que não são necessários, para que assim possam reduzir estes e
consequentemente diminuir o valor do produto vendido (CREPALDI, 2004).
Para tal é feita a apropriação dos custos, sendo utilizados os métodos de custeio, sendo
estes por absorção ou variável. No método de custeio por absorção são apropriados ao produto
em um determinado período todos os custos ligados a produção, sendo eles fixos ou variáveis.
Já o método de custeio variável ou direto, é aquele que considera somente os custos variáveis,
e não os fixos (CREPALDI, 2004). Tais procedimentos são realizados por profissionais da
contabilidade que geram relatórios das informações, e orientam os gestores na tomada de
decisão.
A contabilidade é o instrumento responsável pela vida da empresa, pois controla todo
seu patrimônio. Visto que o seu faturamento é a principal fonte de aquisição de riquezas da
organização, utiliza-se como tema deste estudo de caso, pois ela é um conjunto de contas que
seguem regras, princípios e normas legais de registro para controlar e guardar o patrimônio da
empresa (SANTOS, 2009).
No cenário atual, é imprescindível o conhecimento e utilização destas ferramentas
pelas empresas, devido a situação que se encontra o mercado, conforme supracitado.
Sendo assim, a pergunta de pesquisa é: qual custo do transporte de mercadorias da
empresa Soulart Materiais de Construção entre os bairros Santiago e Ribeirão Pequeno?
Desta forma, o objetivo geral é calcular o custo do transporte de mercadorias da
empresa Soulart Materiais de Construção entre os bairros Santiago e Ribeirão Pequeno.
Para cumprir a este, tem-se como objetivos específicos: (i) Diferenciar os conceitos de
custos e despesas atribuídos pela literatura; (ii) Levantar os custos e despesas referente ao
transporte do o trajeto Santiago e Ribeirão Pequeno durante os meses de março, abril e maio
de 2017; (iii) Calcular o custo total por mês; (iv) Analisar os resultados da empresa objeto de
estudo por serviço prestado.
O trabalho justifica-se pela alta competitividade do mercado, com produtos muitos
semelhantes e diferentes preços, de modo que visa contribuir para que a Soulart consiga ainda
mais reduzir seus custos e consequentemente o valor final de seus produtos, se tornando mais
atrativa a seus clientes, obtendo vantagem em relação a seus concorrentes.
A Soulart foi criada em 1999 pelo empreendedor Miguel Machado Farias que buscava
atender a região de Pescaria Brava com materiais de construção.
A pesquisa se delimita quanto ao estudo e análise da contabilidade de custos e de
métodos de custeio e controles internos que possam reduzir os custos dos produtos vendidos
pela empresa objeto desse estudo. Os resultados encontrados podem ser diferentes para outra
empresa do mesmo ramo ou de outra atividade.
A primeira parte do estudo é composta por essa introdução e pelo referencial teórico,
através do qual é possível conhecer a contabilidade de custos e suas diversas ferramentas, bem
como os métodos de controle utilizados pela organização atualmente. O trabalho segue com a
caracterização da empresa objeto de estudo e com a análise e discussão dos resultados,
finalizando com as considerações finais.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
Nesta seção estima-se ser importante abordar o conceito de contabilidade de custos,
bem como os métodos utilizados por esta para a apuração dos custos das mercadorias
vendidas. A fim de demonstrar os métodos de redução de custos de mercadorias para revenda,
para que assim, busque-se ações para a redução destes na empresa.
2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS
A contabilidade de custos está ligada a contabilidade gerencial, visto que ela controla
os “gastos”, ou seja os custos que as empresas possuem em relação aos seus produtos
vendidos ou serviços prestados. Ela é responsável pelo planejamento, organização, registros e
análises relacionadas a atividade fim da empresa. De modo que auxilie os gestores em suas
decisões, para que as empresas possam continuar no mercado, possuindo a preferência de seus
clientes, através de um produto atrativo e com um bom custo benefício (CREPALDI, 2004).
Sendo assim, conceitua-se como um procedimento por meio do qual através de normas
contábeis são registrados todos os custos para a fabricação, venda de um produto ou até
mesmo para a prestação de um serviço. Por exemplo, para produzir uma caneta é necessário
um tubo de plástico, tinta, embalagem para o produto, a ponta da caneta, bem como outros
acessórios. A contabilidade de custo neste caso, iria verificar todos os custos para produzir
está caneta, direta e indiretamente, para verificar se o que se está sendo utilizado é realmente
necessário, ou traz prejuízo para a empresa, de modo que auxilie os gestores em sua tomada
decisão. Como, no caso em questão, qual a demanda do mercado? Realmente, é viável a
fabricação de canetas? O retorno desta fabricação e venda é satisfatório e rentável para o
negócio. Como dentre outras respostas (BRUNI; FAMA, 2004).
Os custos podem ser divididos em diretos e indiretos. Os diretos são aqueles
associados a fabricação do produto. Nos quais é possível a percepção no próprio produto. Um
clássico exemplo de custo direto, são as matérias primas utilizadas nestes, pois ao observar o
produto, não é possível identificar a energia elétrica que foi utilizada para produzi-lo, no
entanto, no caso de uma cadeira por exemplo, é possível identificar que para a produzi-la é
necessário madeira, cola, dentre outros materiais (BRUNI, 2008).
Os custos indiretos são aqueles que ao observar o produto físico não é possível a fácil
identificação. Ou seja, não é possível ver que tal custo foi utilizado naquele produto, não é
possível mensura-lo. Por exemplo, ao olhar um livro, é notável que para produzi-lo, foi
utilizado papel, tinta, linha, cola, contudo não é possível identificar quanto foi gasto de
energia elétrica, aluguel, conta de telefone, salários da produção, dentre outros. Estes são os
custos indiretos, e geralmente são alocados nos produtos através de rateios (CARIOCA,
2014).
Um dos maiores problemas da contabilidade está nesta transferência dos custos
indiretos, de aloca-los de maneira correta, visto que se torna difícil sua mensuração, e por isso
é feita por meio de rateio (BRUNI, 2008).
2.2 MÉTODOS DE CUSTEIO
São as formas utilizadas para a apropriação dos custos. Ou seja, definir os custos.
Atualmente se utilizam o método por absorção ou custeio variável, nos quais serão a
conceituados na próxima seção (CREPALDI, 2004).
Os métodos de custeio se subdividem-se em absorção e variável. O método de
absorção tem como base a contabilidade de custos analisada por meio da contabilidade
financeira, visto que preocupa-se com o registro legal das informações. No qual são utilizados
para os cálculos todos os custos utilizados no processo produtivo, sendo os fixos, diretos e
indiretos (BRUNI, 2008).
No entanto, no método variável, utiliza como base de cálculo, conforme o próprio
nome respalda, os custos variáveis, com o fundamento de que somente estes são proporcionais
aos volumes produzidos, de modo que ignora e não é componente para o cálculo dos custos
neste método, os custos que são fixos. Outra justificativa, para tal procedimento é que estes
custos não mudam dependendo do volume produzido e que estes existem independente da
fabricação do produto ou não (CREPALDI, 2004).
2.3 CUSTO DO PRODUTO VENDIDO
Certifica Wernke (2018) que para que um gestor gerencie os custos dos produtos
vendidos de sua empresa é fundamental que este saiba de forma adequada os conceitos
ligados a ele, logo o que Wernke (2018) expõe, é que é necessário o conhecimento conceitual
do administrador de gastos, investimentos, despesas, custos, visto que estes interferem
diretamente no preço de venda da empresa, bem como no retorno que esta terá em relação ao
exercício de suas atividades, valores estes também influenciados pelas perdas e desperdícios
que são responsáveis pela subtração do resultado da organização.
Sendo assim, o gestor que conhece e sabe diferenciar e classificar estes conceitos
corretamente, consegue alocar de maneira apropriada cada recurso utilizado pela empresa,
fazendo com que esta elabore um preço de venda justo, tenha um controle interno e deste
modo seja aceita no mercado pelo consumidor devido sua atratividade em relação ao valor e
qualidade do produto ou serviço oferecido, para que deste modo alcance seus objetivos e
consiga o retorno almejado (WERNKE,2018).
Diante o exposto, nota-se a importância de compreender os conceitos e classificações
cada recurso utilizado pela empresa em suas atividades, assim sendo, segue abaixo o conceito
de cada concepção supracitada segundo as lições de Wernke (2018).
A nomenclatura Gastos é utilizada de modo geral nas empresas para valores que ela
desembolsa para adquirir um serviço ou produto necessário em suas operações diárias, como
por exemplo um pagamento a fornecedores, ao banco e entre outros. Dado que este conceito
abrange muitos recursos que a empresa paga a terceiros ele pode abranger termos de custos,
onde pode-se considerar um exemplo de tal fato o pagamento de matéria-prima para um
fornecedor, gasto este que pode-se classificar com um custo fabril e alocando-o deste modo
no CPV desta competência (WERNKE,2018).
Os investimentos são valores que a empresa despende para adquirir ativos com a
pretensão de obter um benefício no futuro, como por exemplo a aquisição de uma máquina
para a produção da mercadoria a ser vendida pela empresa. No entanto, os valores dos salários
dos operários, energia elétrica e depreciação da máquina devem ser enquadrados como custos
dos produtos vendidos (WERNKE,2018).
A concepção de perdas abrange casos fortuitos que ocorrem na organização de modo
involuntário e indesejável pelos gestores da empresa. Deste modo aloca-se neste conceito
deteriorações ocasionadas por incêndios, furtos de mercadorias, ou até mesmo provocadas
pela própria natureza, como inundações, ou ainda por erros no corte do produto no momento
da fabricação. Desta forma, conforme reitera Wernke (2018) por não fazerem parte das
normalidades da empresa estes gastos não podem fazer parte do valor dos custos dos produtos
vendidos.
No que tange as despesas, classificam-se como tal os recursos desembolsados pela
empresa de forma voluntária a fim de angariar receitas, posto que estes valores não estão
relacionados com a produção dos produtos, mas são imprescindíveis para o andamento da
empresa. Em vista disto são exemplos de despesas: aluguel, energia elétrica e salários da
administração da organização, as quais classificam-se como despesas administrativas
(WERNKE,2018).
Dito isto, classificam-se como custos todos os gastos ligados a produção de um
produto ou prestação de um serviço, desde que não seja possível alocar tais valores como um
investimento, despesa, perda ou desperdício, onde este último refere-se aos custos e despesas
não utilizadas de forma adequada, os quais não agregam valor a empresa e podem acabar
gerando prejuízo para a organização (WERNKE,2018).
Desta forma, diante das alegações acima considera-se custo do produto vendido de
uma empresa as somas dos valores utilizados na produção ou venda de um produto, bem
como na prestação de um serviço em um período. Que são considerados como custo, pois
estão diretamente ligado na produção da mercadoria vendida ou serviço prestado pela
empresa. O CPV, é constituído, conforme supracitado, pelos custos diretos e indiretos, nos
quais são denominados pela contabilidade como, materiais diretos (MD) e mão-de-obra direta
(MOD), bem como com os custos indiretos de fabricação (CIF) (CREPALDI, 2004).
A apuração do CPV, é realizada através da seguinte fórmula: CP = MD +MOD + CIF
(CREPALDI, 2004).
Figura 01 – Conceitos Base do CPV.
Fonte: Wernke (2018) – Modificado pelo autor.
A figura 01 demonstra o ciclo para a composição do custo dos produtos vendidos,
CPV, onde o processo se tem início com apuração dos gastos, em seguida sendo observados
as perdas que ocorrem durante o segmento, seguindo pela análise dos custos ligados
diretamente na fabricação, até o momento em que se chega aos investimentos aplicados para
fabricação de tal produto.
2.4 CONTROLE INTERNO
Segundo o Dicionário Financeiro (2018), controle é: “uma medida adotada nas
organizações visando a melhoria e a padronização de seus processos, assegurando a qualidade
de seus produtos ou serviços.” Deste modo o controle interno é um medida utilizada para
salvaguardar os patrimônios da empresa, para que assim ela possa também aumenta-lo.
GASTOS Abrangem os demais
conceitos.
PERDAS
Gastos
Involuntários e
indesejáveis.
CUSTOS Gastos no processo
de fabricação.
DESPERDÍCIO Gastos que não
agregam valor para
a empresa.
DESPESA
Gastos
administrativos
para angariar
receitas.
INVESTIMENTO
Gastos com
expectativas de
retornos no futuro.
O controle interno dá-se através de ferramentas de controle e eles servem para manter
a empresa no mercado conforme supracitado (ASSI, 2014; FINANCEIRO, 2018).
Sendo assim, é a partir de um bom controle interno que é possível controlar as
entradas e saídas da organização, auxiliando juntamente a contabilidade de custos no controle
e majoração destes valores para auxiliar os gestores em suas tomadas de decisões e para
preservar a empresa e evitar problemas que possam interferir no preço final do produto,
onerando o consumidor final e fazendo com que este não adquira mais os produtos desta
empresa (ASSI, 2014).
O controle interno tem três objetivos dentro de uma organização, podendo ser
preventivo, detectivo ou corretivo. Ele é preventivo, quando busca a prevenção de futuros
problemas, detectivo, quando encontra um problema em um processo e corretivo, quando
possui o intuito de corrigir um problema que já tenha ocorrido em algum processo dentro da
empresa (DIAS,2010).
Para que a organização tenha um retorno positivo com o controle interno é necessário
que haja uma padronização dos procedimentos dentro da empresa, pois por meio deste é
possível identificar quais os ganhos e perdas destes controles e como a empresa pode
melhorar seus processos para aumentar os ganhos (DIAS, 2010).
Ressalta-se que o controle interno está diretamente ligado ao conceito de governança
corporativa, uma vez que esta são as técnicas e os relacionamentos organizacionais que visam
melhorar constantemente a performance da empresa e controle interno dentro de uma
organização examina situações passadas e prevê futuras para auxiliar os gestores em suas
decisões para que obtenham um melhor controle da empresa, como por exemplo o controle de
checagem de estoque, nele é identificado o que se tem de saldo de estoque e o que se deveria
ter, para que assim se tome a decisão de possíveis ajustes nas condutas de controle dos
estoques e se altere os processos executados na empresa até a data da checagem , para que
assim a organização continue a alcançar seus propósitos (LINHARES, 2018; VASSEN, et al.,
2013).
3 MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA
Esta seção trata dos métodos e técnicas utilizadas na elaboração desta pesquisa. Para
tanto, considera-se o enquadramento metodológico e os procedimentos para a coleta e análise
dos dados.
3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO
Quanto a natureza do objeto, a pesquisa se enquadra como exploratória, pois segundo
Beuren (2008), consiste no aprofundamento de conceitos preliminares sobre determinada
temática não contemplada de modo satisfatório, contribuindo para o esclarecimento de
questões superficialmente abordadas sobre o assunto. Como base, é utilizado informações
bibliográficas para facilitar a delimitação do tema a ser estudado, de forma à auxiliar na
definição dos objetivos (ANDRADE, 2006).
Com relação à natureza da pesquisa, trata-se de um estudo teórico e prático,
pois combina o estudo de caso com a fundamentação teórica apoiada em pesquisas em livros e
artigos científicos da área contábil e afins. Conforme descreve Lakatos (2010), é necessário
um embasamento detalhado e amplamente fundamentado.
A pesquisa teórica não muda a realidade do trabalho, mas contribui com conhecimento
conceitual. Ainda pode ser descrito como prático considerando que o estudo investiga a
Empresa de transporte com profundidade, podendo chegar a uma intervenção, observando a
veracidade das informações adquiridas (GIL, 2010).
A lógica desta pesquisa é dedutiva, pois conforme Lakatos e Marconi (2011), o
processo dedutivo leva o pesquisador do conhecimento para o desconhecido, mas também de
alcance limitado. Pois se desenvolve em forma de raciocínio, tanto os seus fundamentos
quanto suas formas de realização.
A coleta de dados que o estudo utiliza é feita por meio de fontes primárias e
secundárias. Primárias devido aos quadros elaborados para os cálculos pertinentes ao estudo.
Os secundários se dão onde a pesquisa sobre o tema estudado se ampara em dados
pesquisados anteriormente, ou seja, dados que já foram coletados, tabulados, ordenados e, às
vezes, até analisados, com outros propósitos (BEUREN, 2008).
Quanto à abordagem da pesquisa o estudo se apresenta de forma qualitativa e
quantitativa, pois segundo Lakatos e Marconi (2011), a metodologia qualitativa preocupa-se
em analisar e interpretar aspectos mais profundos, fornecendo análise mais detalhada sobre as
investigações. Já no método quantitativo vale-se de amostras amplas e de informações
numéricas.
Em relação ao resultado da pesquisa, se define como aplicada pelo fato de
gerar conhecimento em resposta a solução de um problema específico, sendo assim, o
objetivo da pesquisa é de proporcionar esclarecimento de como está o custo de uma entrega
específica da transportadora em questão, o que traz benefícios à tomada de decisões,
avaliando todos os seus efeitos (GIL, 2010).
Conforme Gil (2007), as técnicas de pesquisa para a realização deste trabalho
ocorreram por meio da pesquisa documental, onde as fontes são muito mais diversificadas e
dispersas, podendo incluir inúmeras informações; pesquisa bibliográfica que é desenvolvida
com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos;
e estudo de caso, pois consiste em um estudo profundo de um ou poucos objetos de maneira
que permita seu amplo detalhado conhecimento.
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O primeiro passo para a realização da pesquisa foi a busca de embasamento teórico
para direcionar o processo durante a construção da pesquisa, a partir de livros da área de
custos para alcançar um melhor entendimento sobre o tema estudado.
Em seguida buscou identificar se a Empresa possuía um controle de custos operante
para detectar o processo de transporte que auxiliasse na tomada de decisões, além de constatar
as operações desde a origem do carregamento, até a entrega das mercadorias no cliente.
Logo após se realizou um estudo de caso de modo a apurar os valores inerentes aos
gastos envolvidos nas operações de transporte da empresa objeto de estudo, a fim de
organizar e tabular para obtenção de resultados.
Posteriormente com os dados devidamente organizados foram realizadas as análises e
avaliações com o intuito de identificar o real custo dos serviços prestados no trajeto
estabelecido.
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
A apresentação dos resultados visa buscar a resposta para a pergunta de pesquisa
abordada na introdução do estudo, visto que também será exposta a visão sistêmica.
Sendo assim, serão apresentadas as características administrativas e operacionais da
empresa objeto de estudo, bem como sua estrutura para realização de suas operações.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO 1
1 Soulart Materias de Construção Ltda. EPP.
A Soulart Materiais de Construção Ltda EPP, CNPJ Nº 03.221.320/0001-60,
localizada na Estrada Geral S/nº, no bairro Santiago, Município de Pescaria Brava, estado de
Santa Catarina, foi fundada em 28 de julho de 1999, por Miguel Machado Farias, no qual é
fundador e atual diretor da empresa. Suas atividades tiveram início em uma sala comercial de
50 m² alugada. Sua estrutura inicial contava com 1 colaborador e uma frota composta por um
caminhão 608 e uma escavadeira.
No ano de 2003, a Soulart deu um grande passo e iniciou o projeto de construção de
uma nova estrutura, sendo uma sala comercial de 420 m². No ano seguinte, passou por um
processo de ampliação aumentando seu espaço na área de vendas, totalizando uma estrutura
de 800 m². A empresa conta com um amplo depósito para estoque de materiais de construção,
com uma área coberta de 2000m² e mais uma área aberta de 4000m² conjugados.
Atualmente a organização conta com uma frota de 5 caminhões, 1 máquina pá
carregadeira, 1 empilhadeira e 1 pick-up. Sua equipe de colaboradores expandiu para 20
funcionários. Possui uma variedade de 15 mil itens em seu estoque, sendo alguns deles: tintas,
cerâmica, azulejos, pisos, porcelanatos, materiais elétricos, hidráulicos, ferragens, ferramentas
manuais e elétricas, materiais de segurança, eletrodomésticos, materiais de agropecuária e
diversas utilidades domésticas.
Atualmente a empresa possui como principais fornecedores a Cerâmica Cejatel,
Resicolor Tintas, Tigre Brasil Tubos e Conexões e Materiais Hidráulicos e Pierini
Revestimentos Cerâmicos.
Os valores seguidos pela empresa são: seriedade, compromisso e honestidade com
cada cliente. E sua missão, é garantir a satisfação de seus clientes, visando sempre se tornar
referência no ramo da construção, em relação ao fornecimento de materiais de construção.
4.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS (para TCC II)
Nesta seção serão elencados os principais custos pertinentes aos serviços
prestados pela empresa em realização ao trajeto de Santiago a Ribeirão Pequeno, ou seja,
apresenta a análise e discussão dos resultados da pesquisa a partir do cumprimento dos
objetivos específicos, quais sejam: (i) Diferenciar os conceitos de custos e despesas atribuídos
As informações contidas nesta seção possuem como fonte: informações obtidas no estágio, bem como conversas
informais com os gestores e informações retiradas do site da empresa: < http://www.soulart.net.br/site/empresa>.
pela literatura; (ii) Levantar os custos e despesas referente ao transporte durante o trajeto de
Santiago e Ribeirão Pequeno durante os meses de março, abril e maio de 2017; (iii) Calcular o
custo total por mês; (iv) Analisar os resultados da empresa objeto de estudo por serviço
prestado.
O primeiro objetivo específico foi cumprido no referencial teórico da pesquisa. Os
demais estão expostos nessa seção conforme segue.
4.2.1 Processo de transporte de Santiago para Ribeirão Pequeno
Para execução dos serviços a empresa opera com cinco caminhões toco, o que
significa ser composto de um eixo direcional e um eixo tração, sendo equipados com muk,
uma espécie de guincho paralelo ao veículo, para realização do descarrego ao momento da
chegada aos clientes nos devidos destinos pré-estabelecidos.
As operações do serviço se iniciam após o carregamento na empresa com todo o
cuidado e organização da carga para que seja feito da melhor forma a retirada dos materiais a
serem entregues no cliente, além de estar programado todo o itinerário de viagem conforme o
carregamento.
O trajeto que liga a origem em Santiago à Ribeirão Pequeno totaliza 18 km, percurso
que os motoristas levam cerca de sessenta minutos para cumprir, de acordo com o tempo e as
convicções das estradas. Cabe destacar que, em média, cada caminhão faz 2 viagens por dia.
Figura 02 – Localização
Fonte: Google Maps (2018)
4.2.2 Controle de custos relacionado ao transporte
Os custos elencados relacionados ao transporte entre os bairros de Santiago a Ribeirão
Pequeno são referentes aos meses de maio, junho e julho do ano de 2017, dados que foram
adquiridos diretamente na sede da empresa através de relatórios apurados via sistema de
controle e também por meio de conversas com os gestores.
A empresa conta com cinco caminhões toco para realizar as operações diárias, sendo
que cada um é direcionado para uma região diferente. Deste modo foram pegos dois veículos
para apuração e comparação dos resultados durante o período analisado, sendo eles: o
primeiro MKO-6264, ano 2013, e o segundo MCP-5474, ano 2005, que serão definidos como
veículo 1 e veículo 2, respectivamente, para elaboração do estudo.
A pesquisa visou apurar o custo do transporte dos materiais da empresa em cada mês
do período analisado, em seguida foi elaborado uma análise diária de acordo com o que cada
veículo gera de custo para a empresa, por meio do levantamento e tabulação dos dados
apresentados na tabela 1.
Tabela 1 – Relação dos custos com combustível
VEÍCULOS MKO-6264 MCP-5474
MÊS TOTAL GASTO C/
COMBUSTÍVEL
TOTAL GASTO C/
COMBUSTÍVEL
MAIO R$ 1.302,48 R$ 1.576,95
JUNHO R$ 1.154,94 R$ 1.245,52
JULHO R$ 1.145,95 R$ 2.916,85
TOTAL R$ 3.603,37 R$ 5.739,32
Os valores apresentado na tabela 1 estão relacionados ao gasto com combustível de
ambos veículos durante o trimestre em questão no ano de 2017. Os dados foram obtidos por
meio de um relatório de controle interno onde apresentava o custo total de combustível em
cada mês por veículo.
O combustível é o principal gasto envolvido nas operações relacionadas ao transporte,
havendo alterações e diferenças constantes nos relatórios devido as grandes mudanças de
preços constantes do insumo, além de que dependo do veículo cada um pode ter um
desempenho melhor em relação ao consumo.
Deste modo cabe ressaltar que o veículo 2 teve um diferença a maior de R$ 2.135,95
de gasto com combustível no período, valor que representa cerca de 60% a mais.
Tabela 2 – Relação dos custos com salário motorista
VEÍCULOS MKO-6264 MCP-5474
MÊS GASTO C/
SALÁRIO
GASTO C/
SALÁRIO
MAIO R$ 1.942,48 R$ 1.873,59
JUNHO R$ 1.956,46 R$ 1.829,70
JULHO R$ 1.894,30 R$ 1.861,22
TOTAL TRIMESTRE R$ 5.793,24 R$ 5.564,51
A empresa trabalha suas operações com a programação de pagamento de salários fixos
para seus motoristas, sendo que nos dados apresentados na tabela 2 estão inclusos os valores
referente as horas normais e também horas extras.
As variações apresentadas se devem ao cumprimento das horas trabalhadas, onde o
motorista do veículo 2 recebeu a menos que o motorista do veículo 1, diferença que pode ter
ocorrido devido às faltas, sendo assim representando, de certa forma, um custo menor para a
empresa.
Tabela 3 – Relação dos custos com encargos
VEÍCULOS MKO-6264 MCP-5474
MÊS TOTAL GASTO C/
ENCARGOS
TOTAL GASTO C/
ENCARGOS
MAIO R$ 533,10 R$ 533,10
JUNHO R$ 533,10 R$ 533,10
JULHO R$ 533,10 R$ 533,10
TOTAL TRIMESTRE R$ 1.539,91 R$ 1.539,91
A tabela 3 demonstra a relação dos custos com encargos presente no pagamento para
os motoristas assalariados da empresa. Sabendo que de acordo com a CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho) são de direito dos trabalhadores o pagamento de FGTS, além de décimo
terceiro e férias mais um terço.
Sendo uma empresa enquadrada no simples nacional, os valores para apuração deste
item foram calculados sobre R$ 1.942,48 o que é considerado o salário base mais horas extras
dos motorista da empresa, de acordo com as horas e tipo de serviços prestados dentro da
mesma.
Deste modo se chegou a um gasto total no trimestre de R$ 1.539,91, o que para
representar na tabela 3 foi pego este total e divido por 3 o que é equivalente aos 3 meses do
trimestre analisado, sendo assim chegando a um custo mensal de provisões que são feitas para
o pagamento dos devidos encargos.
Tabela 4 – Relação de custo com licenciamento anual
VEÍCULOS MKO-6264 MCP-5474
MÊS
TOTAL
GASTO LIC.
MENSAL
TOTAL
GASTO LIC.
MENSAL
MAIO R$ 99,07 R$ 71,07
JUNHO R$ 99,07 R$ 71,07
JULHO R$ 99,07 R$ 71,07
TOTAL TRIMESTRE R$ 297,20 R$ 213,21
O artigo 130 referente à lei número 9.503 do Código de Trânsito Brasileiro dispõe que
todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semirreboque, para transitar na via,
deverá ser licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do Estado, ou do Distrito
Federal, onde estiver registrado o veículo (BRASIL, 1997).
Para isso, é necessário pagar o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA), o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via
Terrestre (DPVAT) e a taxa de licenciamento, além de eventuais multas atribuídas ao veículo.
A tabela 4 apura os valores gastos com o licenciamento anual de ambos os veículos,
onde estão inclusos os valores pertinentes a IPVA (imposto sobre veículo automotor), seguro
e a taxa de licenciamento anual do Detran.
Para chegar a tais valores foi pego diretamente no site do Detran o custo que a
empresa tem anualmente com ambos os veículos que são eles R$ 1.188,78 e R$ 852,84 para
os carros 1 e 2, respectivamente. Sendo assim estes dados foram divididos por 12 meses
chegando assim ao custo mensal que a empresa tem com licenciamento da documentação para
transitar nas vias públicas.
O custo apresentado é considerado fixo pois não há variação durante o ano, sendo
assim o veículo 1 apresentou gasto fixo de R$ 99,07 e o veículo 2 R$ 71,07 demonstrando
que o segundo carro gera um custo menor para a empresa cerca de 28%.
Tabela 5 – Relação do custo com seguro
VEÍCULOS MKO-6264 MCP-5474
MÊS
TOTAL
GASTO C/
SEGURO
TOTAL
GASTO C/
SEGURO
MAIO R$ 251,73 R$ 255,15
VEÍCULOS MKO-6264 MCP-5474
MÊS
TOTAL
GASTO C/
SEGURO
TOTAL
GASTO C/
SEGURO
JUNHO R$ 251,73 R$ 255,15
JULHO R$ 251,73 R$ 255,15
TOTAL TRIMESTRE R$ 755,19 R$ 765,44
O seguro automotivo é contratado para proteger contra batidas e diversos tipos de
acidentes. Dependo do tipo de seguro constatado o segurado tem direito a indenização no
valor de até 100% correspondente ao valor do seu veículo indicado pela Tabela Fipe, em
casos de sinistro por perda total.
Sendo assim, os dados apresentados na tabela 5 são pertinentes aos valores gastos pela
empresa com seguro para proteção de seus veículos durante o momento que realizam suas
devidas operações diárias.
O custo total por ano é de R$ 3.020,75 para o veículo 1 e 3.061,75 para o veículo 2, o
que do mesmo modo que o item anterior, foi pego o custo por ano e divido pelos 12 meses
para chegar então ao custo mensal com seguro.
Sendo um custo fixo por mês, é notório destacar há uma pequena diferença em relação
os custo de um carro para o outro, de modo que o gasto gerado por mês foi de R$ 251,73 e
255,15 diferença esta que apresenta cerca de 1,5%.
Tabela 6 – Relação dos custos com manutenção.
VEÍCULOS MKO-6264 MCP-5474
MÊS TOTAL GASTO C/
MANUTENÇÃO
TOTAL GASTO C/
MANUTENÇÃO
MAIO R$ 14,09 R$ 573,79
JUNHO R$ 743,90 R$ 3.115,90
JULHO R$ 346,03 R$ 602,24
TOTAL TRIMESTRE R$ 1.104,02 R$ 4.291,93
A manutenção dos veículos é um custo variável, pois quanto mais rodar, maior será
esse custo. Essa manutenção é necessária para que a integridade do bem e a segurança do
motorista e da carga. Essa manutenção, se efetuada de forma preventiva, pode evitar outros
gastos desnecessários ao longo de um tempo. Desta forma, a mesma pode influenciar
diretamente no consumo do veículo, que é um dos principais custos do ramo.
A manutenção preventiva tem como objetivo corrigir falhas e problemas, antes mesmo
deles acontecerem. Auxiliando, assim, a redução de custos e aumentando a eficiência da
manutenção.
A tabela 6 traz os valores referentes ao gasto com manutenção que a empresa teve no
período de estudo, de modo que os valores foram apurados através de relatórios fornecidos
pela mesma, sendo assim como os gastos foram apresentados de forma separada mês a mês
não houve a necessidade de se aplicar algum critério de rateio.
Destaca-se o alto valor gasto no mês de junho com o veículo 2, que chegou a
impressionantes R$ 3.115,90 apenas neste mês, onde foi realizado na empresa Jaime de Souza
Guarezi – ME o recondicionamento do motor do veículo.
Deste por conta do alto valor gasto no segundo mês do período estudado o veiculo 2
apresentou um gasto maior que o primeiro, o que representou cerca 290% a mais, lembrando
que ocorreu variações em todos os meses pois este gasto é considerado um custo variável.
Tabela 7 – Relação da despesa com o administrativo da empresa.
VEÍCULOS MKO-6264 MCP-5474
MÊS TOTAL GASTO C/
DESP. ADM
TOTAL GASTO C/
DESP. ADM
MAIO R$ 2.000,00 R$ 2.000,00
JUNHO R$ 2.000,00 R$ 2.000,00
JULHO R$ 2.000,00 R$ 2.000,00
TOTAL TRIMESTRE R$ 6.000,00 R$ 6.000,00
Para planejar um serviço de transporte, é necessário que se tenha uma boa equipe
administrativa, a qual conta com uma equipe de quatro funcionários. O rateio do valor da
despesa da mesma ocorreu da seguinte maneira.
A empresa conta com uma equipe que está ligada diretamente ao transporte das
mercadorias vendidas, função esta que executam para planejar todo o processo logístico das
entregas feitas diariamente, o que se chega a um valor de R$ 10.000, para a manutenção do
pagamento de estas despesas acessórias, incluindo folha de pagamento, materiais de
escritórios, energia, água, telefone e entre outros.
Conforme o tabela 7, primeiro encontrou-se a despesa total, R$ 10.000,00 em seguida
esse valor foi dividido pelo número de veículos da frota, cinco veículos. Após ser encontrado
o valor referente a cada veículo onde se chegou a uma despesa mensal.
Tabela 8 – Relação dos gastos com veículo 1
MÊS COMBUSTÍVEL SALÁRIO ENCARGOS Lic.
Mensal MANUTENÇÃO SEGURO DESP. ADM
MAIO R$ 1.302,48 R$ 1.942,48 R$ 533,10 R$ 99,07 R$ 14,09 R$ 251,73 R$ 2.000,00
JUNHO R$ 1.154,94 R$ 1.956,46 R$ 533,10 R$ 99,07 R$ 743,90 R$ 251,73 R$ 2.000,00
JULHO R$ 1.145,95 R$ 1.894,30 R$ 533,10 R$ 99,07 R$ 346,03 R$ 251,73 R$ 2.000,00
Tabela 9 – Relação dos gastos com veículo 2
MÊS COMBUSTÍVEL SALÁRIO ENCARGOS Lic.
Mensal MANUTENÇÃO SEGURO DESP. ADM
MAIO R$ 1.576,95 R$ 1.873,59 R$ 533,10 R$ 71,07 R$ 573,79 R$ 255,15 R$ 2.000,00
JUNHO R$ 1.245,52 R$ 1.829,70 R$ 533,10 R$ 71,07 R$ 3.115,90 R$ 255,15 R$ 2.000,00
JULHO R$ 2.916,85 R$ 1.861,22 R$ 533,10 R$ 71,07 R$ 602,24 R$ 255,15 R$ 2.000,00
Tabela 10 – Relação total dos custos
VEÍCULOS MKO-6264 MCP-5474
MÊS CUSTO
MENSAL
CUSTO
DIÁRIO
CUSTO
MENSAL
CUSTO
DIÁRIO
MAIO R$ 6.142,95 R$ 255,96 R$ 6.883,65 R$ 286,82
JUNHO R$ 6.739,20 R$ 280,80 R$ 9.050,44 R$ 377,10
JULHO R$ 6.270,18 R$ 261,26 R$ 8.239,63 R$ 343,32
TOTAL TRIMESTRE R$ 19.152,32 R$ 24.173,71
CUSTO MÉDIO TRI. R$ 6.384,11 R$ 8.057,90
Relacionados e apurados os principais custos dos serviços prestados entre o percurso
de Santiago a Ribeirão Pequeno, chegou ao custo médio mensal que a empresa teve nos meses
de maio, junho e julho do ano de 2017 para cada veículo analisado, conforme exposto na
tabela 10.
Cabe destacar que durante o trimestre analisado o veículo 2 apresentou um custo
maior em relação ao veículo 1, valores que representam uma diferença a maior de 27%, ou
seja o carro 1 tem um menor custo para a empresa de acordo com os valores levantados no
período em questão.
Para se fazer uma analise mais detalhada se é possível chegar ao valor médio gasto
por dia para cada um dos veículos, sendo que para o primeiro apresentou um custo médio
diário de R$ 266,00 e para o segundo R$ 335,75, sendo que para chegar a estes valores foram
considerados 24 dias por mês trabalhados, descartando os domingos e os períodos vespertinos
dos sábados que é quando os veículos estão desativados.
Tabela 11 – Análise vertical em relação aos gastos
ANÁLISE VERTICAL
GASTO VEÍCULO 1 VEÍCULO 2
COMBUSTÍVEL R$ 1.201,12 18,81% R$ 1.913,11 23,74%
SALÁRIO R$ 1.931,08 30,25% R$ 1.854,84 23,02%
ENCARGOS R$ 533,10 8,35% R$ 533,10 6,62%
LIC. ANUAL R$ 99,07 1,55% R$ 71,07 0,88%
MANUTENÇÃO R$ 368,01 5,76% R$ 1.430,64 17,75%
SEGURO R$ 251,73 3,94% R$ 255,15 3,17%
DEP. ADM R$ 2.000,00 31,33% R$ 2.000,00 24,82%
TOTAL R$ 6.384,11
R$ 8.057,91
A tabela 11 apresenta uma relação dos gastos em comparação com custo total do
transporte, onde é descriminado o percentual que cada tipo de gasto represente em relação ao
total do custo.
4.3 VISÃO SISTÊMICA APLICADA AO CASO (para TCC II)
A ciência contábil, ou como mais popularmente conhecida contabilidade, passou por
diversas transformações desde a época em que o método das partidas dobradas criado pelo
frei Luca Pacioli era o meio mais confiável para o controle das entradas e saídas da empresa
(DÉBITO/CRÉDITO).
Deste modo, nos dias atuais a ciência contábil atingiu os mais diversos setores do
ramo empresarial, passando a ser mais do que um sistema de débito e credito, mas sim se
tornando uma importante ferramenta para auxiliar na tomada de decisão por meio da geração
de informações dos relatórios contábeis.
A pesquisa se torna de suma importância no ponto em que é possível se fazer uma
análise dos custos que a empresa está pagando para realizar suas operações, de modo que
possuindo estas informações em mãos é viável a possibilidade de uma modificação no
processo diário para melhor desempenho em relação aos gastos, o que de certo modo faz com
que a performance da empresa, melhore sua lucratividade.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta seção trata das considerações finais pertinentes ao estudo realizado na empresa Soulart
Materiais de Construção referente ao custo do transporte de mercadorias entre os bairros de
Santiago e Ribeirão Pequeno, durante os meses de maio, junho e julho do ano de 2017.
Para realização de suas operações diárias a empresa conta com uma frota de 5
caminhões, 1 máquina pá carregadeira, 1 empilhadeira e 1 pick-up. Ainda que possui uma
grade de 20 colaboradores.
Possui uma variedade de 15 mil itens em seu estoque, sendo alguns deles: tintas,
cerâmica, azulejos, pisos, porcelanatos, materiais elétricos, hidráulicos, ferragens, ferramentas
manuais e elétricas, materiais de segurança, eletrodomésticos, materiais de agropecuária e
diversas utilidades domésticas.
A empresa não se utiliza de um controle especifico para calcular qual o custo exato do
transporte quando realiza a entrega das suas vendas, deste modo os gastos estão de certa
forma embutidos no valor dos seus produtos. Sendo assim o estudo proporcionou um cálculo
mais preciso para que o gestor da organização possa ter informação suficiente em relação aos
seus gastos.
Relacionados e tabulados os valores incorridos no transporte durante o período de
estudo foi possível chegar custo médio mensal de R$ 6.111,47 para o veículo 1 e
R$ 7.785,27 para o veículo 2, valores que representam uma eficiência maior do conjunto B
para o conjunto A, representado por uma diferença de 27%.
Os valores que compõem o custo final estão relacionados aos gastos com combustível,
salário dos motoristas, encargos sociais, licenciamento anual, seguro veicular, manutenção e
despesas administrativas.
Já comentado anteriormente o gasto que tem maior influencia no custo final do
transporte é o combustível, o que de tal forma representa cerca de 19,50% para o veiculo 1 e
24,50 para o veículo 2 em relação ao custo total do período em questão.
O estudo foi de grande valia, pois proporcionou aos gestores informações das quais os
mesmos não tinham conhecimento e assim podem estar estudando uma forma de estar
reduzindo os custos e melhorando o desempenho de suas operações.
REFERÊNCIAS
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e prática. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2008.
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Trânsito Brasileiro. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l9503.htm>.
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VASSEN. Eddy, et al. Controle Interno e Sistema de Informação Contábil. – São Paulo:
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WERNKE. Rodney. Análise de Custos e Preço de Vendas. – Editora Saraiva, 2018. (Livro
digital). Disponível em: < https://app.saraivadigital.com.br/leitor/ebook:583893>. Acesso em:
01 de jul. 2018.