focus group social

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D istribuidora mundial de “Os Vingadores”, da Marvel, a Walt Disney utilizou as redes sociais para estimar qual seria a bilheteria do filme primeiro final de semana nos Esta- dos Unidos. Centenas de milhares de referências foram apuradas no Twitter, Facebook, Blogs e outros veículos sociais. O número estimado ficou entre US$ 135 milhões e US$150 milhões de dólares. O resultado final foi de 200 milhões, e tranbsformou a produção numa das maiores bilhete- rias da história com uma arrecadação mundial que já chegou a mais de US$ 900 milhões. O trabalho nas re- des sociais também deixou a Disney bem feliz e serviu para a empresa entender como estruturar para seu objetivo empresarial a informação de- sestruturada e espontânea publicada pelos fãs de Hulk, Homen de Ferro, Capitão América e Thor nas redes sociais. Como as informações publicadas pelos usuários nas redes sociais podem gerar insights para empresas Manoel Fernandes Focus Group Social Essa é a base de uma nova forma de extrair inteligência social da rede: o Focus Group Social. “Interpretar as redes sociais sob esta ótica pode trazer novos ângulos de análise que os tradicionais focus group não conseguem responder em função da sua estrutura conceitual”, afirma o professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, Marcelo Coutinho. As redes sociais podem proporcionar a empresas, instituições e a própria administração pública modelos de inovação, geração de insigths em diversas matrizes, de conteúdo ou mesmo desenvolvimento de produtos, e a capacidade de prever crises ou mesmo resultados eleitorais, como já ocorreu na eleição parlamentar da Inglaterra em 2010 e está sendo tentado agora na eleição dos EUA. O papel do Brasil nesse cenário é de extrema importância e de grande oportunidade para quem tem negó- cios por aqui. O País já é o segundo em usuários do Facebook com 45 milhões de internautas, o quarto no Likendin com 6,8 milhões de perfis e o terceiro no Twitter com 15 milhões de contas. A quantidade de informa- ção publicada diariamente em cada uma dessas redes é gigantesca e algumas empresas já estão buscando uma maneira eficaz de estruturar esse conhecimento. Na Bites, por exemplo, o time de analistas da companhia apura, processa e analisa cerca de 1 milhão de menções por mês para os clientes. A companhia já colocou em prática vários processos de Focus Group Social. São pontos soltos que a partir de uma camada de inteligên- cia social podem criar novas imagens estruturadas para qualquer empresa. Na Alemanha, a Mercedes-Benz criou uma comunidade, batizada de “Stars Insight” para recolher opiniões do público de seus carros entre 20 e 45 anos. O espaço online possui questionários, fórum para discussões, plataforma para ideias, ratings e área para comentários. São Paulo, 21 de maio de 2012 www.bites.com.br

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Como as empresas estão utilizando as redes sociais como o novo Focus Group

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Distribuidora mundial de “Os Vingadores”, da Marvel, a Walt

Disney utilizou as redes sociais para estimar qual seria a bilheteria do filme primeiro final de semana nos Esta-dos Unidos. Centenas de milhares de referências foram apuradas no Twitter, Facebook, Blogs e outros veículos sociais. O número estimado ficou entre US$ 135 milhões e US$150 milhões de dólares. O resultado final foi de 200 milhões, e tranbsformou a produção numa das maiores bilhete-rias da história com uma arrecadação mundial que já chegou a mais de US$ 900 milhões. O trabalho nas re-des sociais também deixou a Disney bem feliz e serviu para a empresa entender como estruturar para seu objetivo empresarial a informação de-sestruturada e espontânea publicada pelos fãs de Hulk, Homen de Ferro, Capitão América e Thor nas redes sociais.

Como as informações publicadas pelos usuários nas redes sociais podem gerar insights para empresas

Manoel Fernandes

Focus Group SocialEssa é a base de uma nova forma

de extrair inteligência social da rede: o Focus Group Social. “Interpretar as redes sociais sob esta ótica pode trazer novos ângulos de análise que os tradicionais focus group não conseguem responder em função da sua estrutura conceitual”, afirma o professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, Marcelo Coutinho. As redes sociais podem proporcionar a empresas, instituições e a própria administração pública modelos de inovação, geração de insigths em diversas matrizes, de conteúdo ou mesmo desenvolvimento de produtos, e a capacidade de prever crises ou mesmo resultados eleitorais, como já ocorreu na eleição parlamentar da Inglaterra em 2010 e está sendo tentado agora na eleição dos EUA. O papel do Brasil nesse cenário é de extrema importância e de grande oportunidade para quem tem negó-cios por aqui. O País já é o segundo em usuários do Facebook com 45

milhões de internautas, o quarto no Likendin com 6,8 milhões de perfis e o terceiro no Twitter com 15 milhões de contas. A quantidade de informa-ção publicada diariamente em cada uma dessas redes é gigantesca e algumas empresas já estão buscando uma maneira eficaz de estruturar esse conhecimento. Na Bites, por exemplo, o time de analistas da companhia apura, processa e analisa cerca de 1 milhão de menções por mês para os clientes. A companhia já colocou em prática vários processos de Focus Group Social. São pontos soltos que a partir de uma camada de inteligên-cia social podem criar novas imagens estruturadas para qualquer empresa. Na Alemanha, a Mercedes-Benz criou uma comunidade, batizada de “Stars Insight” para recolher opiniões do público de seus carros entre 20 e 45 anos. O espaço online possui questionários, fórum para discussões, plataforma para ideias, ratings e área para comentários.

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