guia de estudos: introduÇÃo À administraÇÃo
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Gestão de Recursos Humanos
Guia de Estudos:INTRODUÇÃO À
ADMINISTRAÇÃOMarcelo Augusto Mendes Barbosa
Porto Velho/RO • 2017
Marcelo Augusto Mendes Barbosa
Guia de Estudos:INTRODUÇÃO À
ADMINISTRAÇÃO
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária Leandra Perdigão CRB11/415
Centro Universitário São Lucas
© Centro Universitário São Lucas
Este Guia de Estudos foi elaborado pelo Centro Universitário São Lucas, em parceria com os professores autores.
B238g Barbosa, Marcelo Augusto Mendes. Guia de estudos: introdução à administração / Marcelo Augusto Mendes Barbosa. – Porto Velho: Centro Universitário São Lucas, 2017. 112p.
ISBN 978-85-99607-47-3 E-Book ISBN 978-85-99607-46-6 Papel
1. Administração I. Título II. Centro Universitário São Lucas.
CDU: 005
Centro Universitário São Lucas – UniSL
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Pró Reitora Acadêmica Eloá de Aguiar Gazola
Pró Reitora AdministrativaAna Cristina de Aguiar Gazola
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Administrador do Ambiente Virtual de AprendizagemTarcisio Andril Pinto da Costa
Design InstrucionalDiênife Silva de MirandaHumberta Gomes Machado Porto
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Apresentação UniSL
Prezado(a) acadêmico(a) do Centro Universitário São Lucas, Seja bem-vindo(a)!
A sua presença é muito importante. Assim sendo, é com muita satisfação que recebemos você em nossa instituição.
Nossa missão institucional é “Estimular o desenvolvimento do co-nhecimento, das habilidades, dos talentos e das atitudes de seus acadêmicos, para que atinjam a realização profissional, pessoal, social, além da preparação do indivíduo para o exercício pleno da cidadania. O UniSL está comprometido com o projeto nacional de desenvolvimento e bem-estar social”. Portanto, acreditamos na importância do conhecimento para o desenvolvimento pesso-al e profissional de todo indivíduo e da comunidade em que está inserido. E nos comprometemos com ensino de qualidade!
A experiência do Centro Universitário São Lucas – UniSL - na mo-dalidade a distância, ocorreu no segundo semestre de 2008. Em 2009, iniciou-se o planejamento e estruturação da oferta de dis-ciplinas na modalidade semipresencial, com base na portaria n° 4.059, do Ministério da Educação e Cultura (MEC), de 10 de de-zembro de 2004; que autoriza a oferta de 20% da carga horária aos cursos reconhecidos.
Em 2017, avançamos para o credenciamento institucional e au-torização para a oferta do curso Gestão em Recursos Humanos. Durante esses anos, investimos em mão de obra qualificada, tec-nologias digitais e educacionais; com a inserção das metodologias ativas para promover o processo de ensino e aprendizagem de ma-neira significativa. A Educação Superior se sustenta sobre três pilares indissociáveis: o ensino, a pesquisa (iniciação científica, no caso de Centro Universitário) e a extensão. É muito importante que você busque, no âmbito do UniSL, atividades formativas em cada um desses pilares, pois, são mecanismos fundamentais para a criação de profissional capaz de entender e atuar na sociedade em que vive.
Nossas políticas institucionais cumprem a tarefa de estimular o alu-no, o docente/tutor e o técnico administrativo para alcançarem os níveis de excelência profissional. O UniSL oferece várias oportunida-des de formação relacionadas ao ensino, à iniciação científica, à res-ponsabilidade social e à extensão. Participe das oportunidades pro-movidas pelo Centro Universitário São Lucas! Transforme sua vida!
Maria Eliza de Aguiar e Silva Reitora
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Indicação de Ícones
Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.
Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado.
Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto.
Mídias integradas: remete o tema para outras fontes: livros, filmes, músicas, sites, programas de TV.
Significando a aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.
Reflita: momento de uma pausa na leitura para refletir/escrever sobre pontos importantes e/ou questionamentos.
Sumário
Unidade 1
Unidade 2
Apresentação da Disciplina • 09
Competência • 11
Abordagem Mecanicista • 13
Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista da Administração • 33
1.1 Administração Científica – Frederick W. Taylor • 131.2 Processo de Produção de Henry Ford • 181.3 Teoria Clássica – Henri Fayol • 211.4 Burocracia – Max Weber • 27
2.1 Origens da Teoria das Relações Humanas nas Organizações e o Estudo de Hawthorne • 332.2 Premissas e Teorias sobre o Comportamentalismo nas Organizações • 372.2.1 Teoria do Comportamento nas Organizações • 392.2.2 Teoria das Necessidades de Maslow • 412.2.3 Teoria das Expectativas de Victor Vroom • 432.2.4 Teoria dos Fatores de Higiene e Segurança de Frederick Herzberg • 462.2.5 Teoria X e Y de Douglas McGregor • 482.3 Teoria Estruturalista • 53
Unidade 3Abordagem Moderna da Administração • 61
Encerramento da disciplina • 103
Referências • 105
Sobre o autor • 107
3.1 Teoria dos Sistemas • 623.2 Teoria Contingencial da Administração • 673.3 Desenvolvimento Organizacional • 773.4 Administração por Objetivos - APO • 823.5 Teoria Neoclássica • 863.6 Papel dos Gerentes • 893.7 Administração em Tempos de Globalização • 96
EAD-UNISLApresentação 9
Apresentação da Disciplina
Prezado (a) aluno (a), você tem em suas mãos, um guia de es-tudo (GE), que não é um fim em si mesmo, ele é fruto de um demorado e exaustivo trabalho de pesquisa do autor, que ao elaborá-lo, buscou atender às necessidades formativas essenciais que um administrador necessita ter, para atuar na Administração das Empresas. Preparamos este GE para que você o explore em sua totalidade, leia-o por completo, assista aos vídeos indicados, pesquise conceitos que, propositalmente, estão dispostos, para que você busque o significado e compreenda a relação dele, no contexto da problematização. Apresentamos neste GE, exercí-cios que, pedagogicamente, foram elaborados, a fim de fazer você pensar como se estivesse vivendo uma situação real. Tudo o que está previsto neste manual é suficiente para lhe proporcio-nar novos questionamentos e novas buscas. Assim, idealizamos este guia para você.
A disposição dos assuntos, no guia, está ordenada de maneira que você compreenda, que a história da Administração se funde em três principais eixos (mecânico, humano e moderno). Todos os assuntos dispostos no GE são suficientes para você obter as competências e habilidades necessárias, mas, fazemos questão de enfatizar que o GE orienta você a buscar o conhecimento ne-cessário, não espere encontrar respostas nele, o GE foi feito para gerar questionamentos, ao ponto de fazer você buscar, por meio da pesquisa, as respostas àquilo que lhe for problematizado.
Iniciaremos nossos estudos pela abordagem Mecanicista da Ad-ministração. Nela veremos os principais expoentes que deram base para a construção desse pensamento que, diferente do que muitos podem pensar, é bastante atual e está em nosso meio, ainda com muita propriedade. O primeiro tema a ser tratado é a ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA, de Frederick Taylor. Em seguida, trataremos da visão empreendedora de Henry Ford e da sua per-cepção do mercado a respeito do automóvel. A ADMINISTRA-ÇÃO CLÁSSICA, tratada por Henri Fayol, será o nosso terceiro tema. Para finalizar a abordagem mecanicista, iremos tratar da Teoria da Burocracia, de Max Weber.
EAD-UNISL 10 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Na abordagem Humanista da Administração, trataremos de três temas. O primeiro trata da escola das Relações Humanas, com ên-fase na experiência de Hawthorne. No segundo tema, trataremos da teoria comportamental, nesta teoria enfatizaremos os pressu-postos e as teorias motivacionais e da liderança. Para finalizar essa abordagem, vamos apresentar a você o Estruturalismo. Essa abor-dagem humanista, caro (a) aluno (a) é a raiz de toda a Administra-ção de Recursos Humanos, por isso se dedique, com muito afinco, pois você que está cursando Gestão de Pessoas, deve, obrigatoria-mente, ter um maior conhecimento a esse respeito.
Na abordagem Moderna da Administração, iremos trazer nes-te GE, o pensamento sistêmico, a teoria contingencial, a teoria neoclássica da Administração, enfatizando as contribuições de Peter Drucker sobre a Administração por Objetivos, e ainda tra-taremos sobre o perfil do gerente nas empresas.
Neste guia, estão dispostos exercícios, indicação de leituras auxi-liares, links de vídeos, estudos de casos e outros, mas, lembre-se: o conhecimento precisa ser buscado, e quem o busca tem mais oportunidade de aprender, portanto, a responsabilidade para seu crescimento profissional é inteiramente sua. Faça todas as leituras deste guia, assista a todos os vídeos e desenvolva todos os exercícios. Uma outra recomendação: não se prenda apenas a este GE, como o próprio nome diz, ele é um guia, o aprofun-damento deve ter o guia não como um fim em si mesmo, mas como um início para novas aventuras. Para finalizar, desejamos ótimos estudos e que suas competências e habilidades sejam ba-lizadas e cimentadas por este GE.
Prof. Marcelo Augusto Mendes Barbosa
EAD-UNISL11
Competência
Ao final deste curso, você deverá diferenciar os eixos que com-põem o estudo evolutivo e histórico da Administração, através das abordagens teóricas: mecanicista, humanista e moderna. Para tanto, a competência será dividida em três unidades de en-sino: (1) Abordagem Mecanicista, (2) Abordagem Humana e (3) Abordagem Moderna da Administração.
Abordagens Mecanicista, Humanista e Moderna da Administração
Abordagem Mecanicista da Administraçã
Abordagem Humana da Administraçã
Abordagem Moderna da Administraçã
FIGURA 1
Foto montagem
Fonte: Autor
EAD-UNISL13Unidade 1 - Abordagem Mecanicista
UnidadeAbordagem Mecanicista1
Descritor:
• Analisar a importância e todos os desdobramentos da Teo-
ria Científica da Administração, em diferentes contextos que
envolvem a Administração das Organizações;
• Analisar a importância e todos os desdobramentos da Teoria
Clássica da Administração, para a compreensão dos diferentes
contextos que envolvem a Administração das Organizações;
• Analisar a importância e todos os desdobramentos da Teoria
da Burocracia da Administração, para a compreensão dos diferen-
tes contextos que envolvem a Administração das Organizações.
1.1. Administração Científica – Frederick W. TaylorAntes de iniciarmos a busca de nossas habilidades, que tal pesquisarmos so-
bre mecanicismo, qual a origem etimológica da palavra e, verdadeiramente,
saber o que significa? Uma boa dica é utilizar os mecanismos de busca na
internet. Pesquise, pelo menos, três endereços eletrônicos diferentes. Você
tem aproximadamente 10 minutos para fazer isso. Pesquisar: Mecanicismo
Porque é chamada de abordagem Mecanicista?
FIGURA 2
Professor clipart
Fonte: <https://goo.gl/f8XJ3h>
EAD-UNISL 14 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Agora sabendo o que é mecanicismo, responda à pergunta acima, com suas
palavras, lembre-se: quanto mais pesquisa, mais compreensão você terá.
Para completar sua compreensão sobre mecanicismo, assista um breve ví-
deo, no canal YouTube®: (vídeo_1).
A partir do momento que entendemos o que é mecanicismo, podemos sa-
ber o que efetivamente é a Administração Científica. A ADMINISTRAÇÃO
CIENTÍFICA nasce com o mundo moderno, mais precisamente no final do
século XIX, com as ideias de Frederick Winslow Taylor, um engenheiro norte
americano, que difundiu as técnicas da Administração Científica. De acordo
com Jones e George (2012), a Administração Científica é “[...] o estudo sis-
temático (1) das relações entre as pessoas e tarefas, com o propósito de re-
desenhar o processo (2) de trabalho, visando aumentar a eficiência (3)”, isso
se daria com a redução do esforço de cada trabalhador, para que pudesse
desempenhar sua tarefa, ou seja, estudando o trabalho do operário, Taylor
acreditava que podia ensinar aos trabalhadores, movimentos corretos, que
diferentes daqueles que eles faziam, podiam gerar mais eficiência produtiva,
movimentos desnecessários geravam desperdício de tempo, com isso, menos
produtos podiam ser produzidos, o método que Taylor ensinava, baseava-se
em otimizar (4) o trabalho do trabalhador, visando maior produtividade (5).
Premissas da Administração Científica
Além de estudar os movimentos, Taylor também difundiu o que hoje co-
nhecemos como processo seletivo. Em sua abordagem, Taylor ensinava aos
FIGURA 3
Imagem
Fonte: SILVA, 2013
Assista em:<https://www.youtube.com/
watch?v=aFYTksSVAfY>
EAD-UNISL15Unidade 1 - Abordagem Mecanicista
gerentes das fábricas, que esses deveriam selecionar cuidadosamente os
operários, a fim de que suas qualificações e habilidades (6) atendessem a
necessidade das tarefas, as quais esses selecionados iriam desempenhar.
Para Taylor, a Administração das Empresas deveria:
Taylor compreendeu que a única forma de tornar o trabalho mais eficiente
e gerar a produtividade (fazer mais com menos) necessária, era a divisão do
trabalho, ou seja, ao analisar uma tarefa na sua totalidade, a mesma deveria
ser fragmentada (7) em partes menores e, a partir daí, alocar cada trabalha-
dor, visando com isso, especializar o mesmo em um movimento, é criada
a especialização do trabalho (8), no vídeo_1, isso é explicado por meio da
metáfora (9) do relógio.
Se formos, hoje, em
um shopping center,
fazer um breve lanche,
podemos observar que,
no momento em que
estamos pagando, há
um grande número de
pessoas trabalhando
em tarefas diferentes,
há o rapaz que frita
a batata, o que faz o
hambúrguer, o que lhe entrega o sorvete, cada um deles com uma tarefa
específica, que quando somadas, lhes dão maior eficiência e, como consequ-
ência, maiores resultados financeiros. Agora, imagine uma lanchonete com
um atendente, ele seria isso tudo ao mesmo tempo, os clientes iriam reclamar
que o lanche está demorando muito, ele não conseguiria atender a todos os
pedidos e a consequência seria o fechamento das portas dessa lanchonete.
FIGURA 4
Imagem
FIGURA 5
Imagem
Fonte: SILVA 2013
Fonte: <https://goo.gl/jIZwwe>
EAD-UNISL 16 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Premissas da Administração Científica
É importante frisar que as críticas à teoria da Administração Científica foram
muitas. Taylor foi visto, pelos sindicatos das fábricas, como um homem que
pouco contribuiu para ajudar o trabalhador, foi um colaborador dos empre-
sários, de fato, isso são apenas interpretações do momento em que viviam
àquelas pessoas, Taylor entendia que, se a organização conseguisse auferir
resultados satisfatórios, provenientes da sua teoria, os trabalhadores deve-
riam ser recompensados, além daquilo que estava previsto em seus salários
base, nasce então a ideia de ganhos por produtividade, se o trabalhador “A”
fizer mais que o “B”, com as mesmas ferramentas e no mesmo tempo de-
signado, “A” teria um ganho extra e poderia ser parâmetro (10), a partir da
análise média da capacidade produtiva de “A”, os demais deveriam seguir a
nova meta de trabalho.
Premissas da Teoria Científica
ResumoNesta unidade, você aprendeu que a Administração passou a ser conside-
rada ciência, por meio dos estudos de Taylor, todas as tarefas desenvolvidas
pelo trabalho, passaram a ser estudadas, de maneira que se concluiu que,
movimentos desnecessários, geravam ineficiência no processo de produção.
FIGURA 6
Imagem
FIGURA 7
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Fonte: SILVA, 2013
Fonte: SILVA, 2013
EAD-UNISL17Unidade 1 - Abordagem Mecanicista
Significando a aprendizagemTeoria Científica de Frederick TaylorPara completar sua compreensão sobre mecanicismo, assista a um breve
vídeo, no canal YouTube®.
Para finalizar essa aula, você deve pesquisar os conceitos e os termos gri-
fados e numerados (de 1 a 10), dispostos no item 1. TEORIA DE TAYLOR E
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
1-
2-
3-
4-
5-
6-
7-
8-
9-
10-
Pesquise e responda, nas linhas acima, as críticas associadas à TEORIA DE
TAYLOR E ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA.
Assista em:<https://www.youtube.com/watch?v=aFYTksSVAfY>
EAD-UNISL 18 Guia de Estudos: Introdução à Administração
1.2. Processo de Produção de Henry FordDiferente de Taylor, Henry Ford foi um empre-
endedor (1) visionário, Ford enxergou, na ci-
ência de Taylor, uma grande oportunidade (2)
para obter resultados acima da média, pro-
duzindo veículos que antes eram produzidos
de maneira artesanal, o que por sua vez, tornava o veículo inacessível, pelo
custo que envolvia sua produção. Ford visualizava uma produção padroniza-
da, com baixos custos.
Sua capacidade de compre-
ender os processos de pro-
dução ia além do estudo
dos tempos e movimentos
de Taylor. Para Ford, era o
trabalhador que devia se
adaptar aos processos de
movimentos e velocidades
das esteiras. Ele entendia
que o estudo de tempos e
movimentos era fundamen-
tal para fragmentar a tarefa, mas discordava de que o movimento devia ser
baseado no operário, a velocidade de produção devia ser gerida pela admi-
nistração. O trabalhador, diante de sua condição, devia acompanhar a velo-
cidade das máquinas e esteiras. Ford entendia ainda que, o trabalhador na
linha de produção, devia ficar estático, as peças deviam vir até ele por meio
das esteiras e dos demais mecanismos de facilitação do processo produtivo.
Desenvolveu a ideia de esteiras rolantes, difundidas até os dias atuais, por
muitas indústrias, que são essenciais a qualquer tipo de produção manufa-
tureira (3). As ideias que cimentam a teoria do fordismo eram basicamente:
– Linha de montagem – devia apresen-
tar as condições para que os operários
pudessem realizar seu trabalho, sem
nenhum tipo de interferência, sem
paralisações, no que tange a falta de
recursos a sua atividade ou mesmo
quanto as máquinas que auxiliavam no
desenvolvimento de seu trabalho;
FIGURA 8
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FIGURA 9
Imagem
FIGURA 10
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/Km0Fb8>
Fonte: <https://goo.gl/CZKVP6>
Fonte: <https://goo.gl/bFS8ug>
EAD-UNISL19Unidade 1 - Abordagem Mecanicista
– Produtos, peças e trabalhadores padronizados – essa tríade de re-
cursos devia estar de maneira padronizada, para que não houvesse
problemas de qualidade (4), apenas de não dar a devida ênfase na pa-
dronização da tríade em questão, infere-se que se poderia ter carros
com mínimas ou quase nenhuma inconsistência de fabricação.
– Eficiência do processo produtivo – é até redundante falar, mas a efici-
ência a qual Ford se pauta é a mesma de Taylor, que está relacionada
ao que a empresa pode fazer para obter maior produtividade, ou
seja, fazer mais produtos com menos recursos, assim se obtém uma
receita tão desejada, a de ter resultados maiores de lucratividade (5)
(MAXIMIANO, 2012).
Modelo de Administração de Henry Ford
Para Silva (2013), Ford
foi um homem a frente
de seu tempo, com sua
filosofia de produção em
massa, preços baixos, al-
tos salários, organização
eficiente do trabalho,
destacando-se aí a rapi-
dez de fabricação, foi o maior exemplo de administração eficiente individual
que a história conhece. Ford foi o primeiro empresário a instituir salários
acima da média pagos por outros industriais da época, o que gerou a ira de
seus colegas, para Ford ao pagar melhores salários, o trabalhador não des-
perdiça tempo e recursos, o que não acarreta em perdas.
Muitas foram as críticas ao modelo fordista de produção, isso você deve
pesquisar e desenvolver um breve texto, resumindo essas críticas e os moti-
vos explicitados. A maior veio do mundo do cinema, com o grande Charles
FIGURA 11
Imagem
FIGURA 12
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Fonte: SILVA 2013
Fonte:< https://goo.gl/AogO8C >
EAD-UNISL 20 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Chaplin, que apresenta em um dos seus filmes, de uma maneira irônica e
irreverente, a crítica sobre o mundo moderno.
ResumoNesta unidade, você aprendeu que Ford foi um grande visionário, sua me-
todologia de produção revolucionou o mundo dos negócios, Ford foi um
homem a frente de seu tempo, soube como ninguém compreender a teoria
científica de Taylor e, fazer dela, seu mantra na produção de automóveis.
Significando a aprendizagemProcesso Produtivo de Henry Ford
Para compreender ainda mais sobre as críticas ao fordismo, você deve assis-
tir ao filme TEMPOS MODERNOS, no portal de vídeos YouTube®.
Pesquisar os conceitos e os termos grifados e numerados no texto dessa
unidade, que estão identificados entre parênteses, de 1 a 5. PROCESSO PRO-
DUTIVO DE HENRY FORD.
Assista em:<https://www.youtube.com/
watch?v=ieJ1_5y7fT8>
EAD-UNISL21Unidade 1 - Abordagem Mecanicista
1.3. Teoria Clássica – Henri FayolEnquanto Taylor e Ford se preocupavam com a administração da produção,
um engenheiro francês passava a dar a cara do que hoje entendemos como
gestão da empresa. Taylor e Ford concentravam seus esforços mais na ati-
vidade fim da empresa, Fayol passou a concentrar seus estudos a partir da
administração dos processos e da organização. O processo administrativo,
segundo Fayol, se baseia na função administrativa e no papel dos gerentes.
Assim sendo, a empresa deve ter seis atividades e cinco funções.
Atividades da Empresa e as Cinco Funções da Administração
1) Previsão é o mesmo que Planejamento – de acordo com Maximiano
(2012), isso é o mesmo que examinar o futuro e traçar um plano de
ação a médio e longo prazo;
2) Organização – significa montar uma estrutura humana e material
para realizar o empreendimento;
3) Comando – está associado a ideia de manter as pes-
soas em constante atividade em toda a empresa;
4) Coordenação – representa a ideia de reunir, unificar
e harmonizar toda a atividade e esforço necessários
para viabilizar os objetivos da empresa;
5) Controle – o gerente deve ter o cuidado para que tudo seja realizado
conforme o planejado.
Henri Fayol entendia que a administração devia ser separada das demais
funções (1) da empresa, portanto, ao pensar assim, Fayol ensinava que as
funções: técnicas, comerciais, financeiras, contábeis e de segurança, deviam
estar dissociadas daquilo que, para ele, era administração, que na verdade
era representada por Fayol nas cinco funções (MAXIMIANO, 2012).
FIGURA 13
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FIGURA 14
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Fonte: SILVA 2013
Fonte: < https://goo.gl/KLtfLi>
EAD-UNISL 22 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Folheto expedido em 1900, sobre a Teoria Administrativa de Fayol:
O papel dos gerentes era considerado por Fayol como “[...] sistema racional
(2) de regras e de autoridades, que justifica sua existência, na medida em
que atende ao objetivo primário de fornecer valor, na forma de bens e ser-
viços, a seus consumidores” (MAXIMIANO, 2012, p. 78). O empreendedor
(empresário), por sua vez, segundo Fayol, devia ser aquele que tomaria as
decisões, estabeleceria as metas (3), definiria as diretrizes (4) e atribuiria as
responsabilidades aos gerentes.
A organização, ao ser compreendida como um ente organizado, apta a en-
tregar aquilo que promete ao mercado consumidor, estando devidamente
alinhada com seus princípios gerais (planejar, organizar, comandar, coorde-
nar e controlar), precisa que os trabalhadores recebam as orientações para o
trabalho e tarefas, as quais foram incumbidos de fazer, e a partir daí, entra
a figura do gerente.
Fayol descreveu 16 deveres básicos dos gerentes frente aos subordinados:
1) Assegurar a cuidadosa preparação dos planos (5) e sua rigorosa execução
– percebe-se aqui que os gerentes devem fazer com que seus subordina-
dos compreendam a importância daquilo que devem fazer, para assegu-
rar que os planos delineados, anteriormente, possam ser atingidos;
2) Cuidar para que a organização humana e material seja coerente com
o objetivo, os recursos e os requisitos da empresa – neste caso, o ge-
rente deve envidar esforços para que os recursos sejam viabilizados a
fim de atingir os objetivos da empresa;
3) Estabelecer uma autoridade construtiva, competente, enérgica e úni-
ca – o gerente deve, de forma imparcial (6), exercer o papel de autori-
dade (7), capaz de tornar os subordinados sabedores de suas tarefas,
sendo capaz de punir e de bonificar, de forma imparcial;
FIGURA 15
Imagem
Fonte: SILVA 2013
EAD-UNISL23Unidade 1 - Abordagem Mecanicista
4) Harmonizar atividades e coordenar esforços – o gerente deve perceber a
importância de tornar o ambiente de trabalho o mais harmonioso possí-
vel, visando envidar esforços no intuito de atingir os objetivos da empresa;
5) Formular as decisões de forma simples, nítida e precisa – o gerente
deve ser o tradutor das decisões em esfera acima dele, quando os em-
presários definem objetivos e metas, o gerente deve formular estraté-
gias (8) de ações, que sejam precisas e simples, em muitos dos casos,
os subordinados executam aquilo que lhes é dito como ser feito;
6) Organizar a seleção (9) eficiente do pessoal – o gerente deve ter ca-
pacidade de selecionar os subordinados que melhor apresentem de-
sempenho em um processo seletivo;
7) Definir claramente as obrigações – o gerente deve, portanto, dizer de
forma simples o que o subordinado deve fazer, dizer dos prazos e dos
problemas que podem ocorrer, caso aquele prazo não seja cumprido;
8) Encorajar a iniciativa e o senso de responsabilidade – o gerente deve
motivar os subordinados a suplantarem suas metas, no intuito de tor-
nar seu pessoal mais competitivo (10);
9) Recompensar justa e adequadamente os serviços prestados – o ge-
rente deve ter a capacidade de ser justo naquilo que foi suplantado,
se a meta foi 10 e a equipe atingiu 15, significa dizer que a equipe
suplantou em 50% a meta definida, isso representa mais produtivida-
de, mais lucratividade;
10) Usar sanções contra faltas e erros – o gerente, além de ser justo com os
subordinados, deve também ser justo com a empresa, se a equipe gerou
prejuízos que ocasionaram erros graves, a equipe deve sofrer sanções;
11) Manter a disciplina (11) – o gerente deve manter o foco naquilo que
a equipe está proposta a entregar, com disciplina, ordem e uma pita-
da de motivação, a equipe suplantará seus objetivos;
12) Subordinar os interesses individuais ao interesse geral – o gerente
não deve sobrepor o interesse geral em detrimento do individual, não
deve ter pesos diferentes para subordinados diferentes, em nível ope-
racional todos devem ser iguais em direitos e deveres;
EAD-UNISL 24 Guia de Estudos: Introdução à Administração
13) Manter a unidade de comando (12) – o gerente deve evitar delegar
a sua responsabilidade outrem de conhecimento inferior, o gerente
deve partir do entendimento que ele é contratado pela empresa para
gerir os recursos e, a partir deles, gerar os resultados delineados no
planejamento da empresa;
14) Supervisionar a ordem material e humana – o gerente deve ficar em
constante vigilância quanto aos recursos que geram os resultados da
empresa, isso está associado aos cuidados com a maquinaria e, prin-
cipalmente, as pessoas;
15) Ter tudo sob controle – o gerente não pode deixar as coisas fugirem
ao seu comando, é importante que ele esteja sempre a par dos pro-
blemas da empresa;
16) Combater o excesso de regulamentos, burocracia (13) e papelada –
o gerente é um homem que lida diretamente com as pessoas, são elas
que efetivam os resultados esperados pela administração geral, entre-
tanto, é importante que o gerente (14) saiba o momento em que a
burocracia pode estar atrapalhando o bom andamento do trabalho
das pessoas, assim, o mesmo deverá verificar o quanto tais processos
são importantes para o fluxo (15) normal da empresa.
Fayol, para completar sua teoria sobre a Administração, desenvolveu ainda
14 princípios que devem ser seguidos pelas organizações, na intenção de
torná-las mais eficazes.
Os 14 Princípios da Administração Clássica de Fayol
FIGURA 16
Imagem
Fonte: SILVA 2013
EAD-UNISL25Unidade 1 - Abordagem Mecanicista
ResumoNesta unidade, você aprendeu que a Administração com Fayol tomou outra
concepção. Fayol, diferente de Taylor, concentrou seus esforços para enten-
der que a Administração Organizacional deixa a linha de produção e vai para
dentro do processo administrativo. Fayol foi quem primeiro pensou em fun-
ções da administração e, assim, até os dias de hoje, prevalecem suas teorias.
FIGURA 16
Imagem
Fonte: SILVA 2013
EAD-UNISL 26 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Significando a aprendizagemTeoria Clássica de Henri FayoPesquisar os conceitos e os termos grifados e numerados no texto dessa
unidade, que estão identificados entre parênteses, de 1 a 15, da TEORIA
CLÁSSICA DE HENRI FAYOL
1-
2-
3-
4-
5-
6-
7-
8-
9-
10-
11-
12-
13-
14-
15-
Recomendamos que assista ao vídeo sobre teoria clássica de Fayol, pelo ca-
nal de vídeos YouTube®.
Assista em:<https://www.youtube.
com/watch?v=rGlhvKpDPH4&index=23&list=FLbL2833s6lMZo9C-
f6fux4A>
EAD-UNISL27Unidade 1 - Abordagem Mecanicista
1.4. Burocracia – Max WeberChegamos ao fim da abordagem mecanicista, é bem ver-
dade que outros muitos estudiosos fizeram parte da cons-
trução dessa abordagem, mas preferimos trazer aqueles
que mais representaram essa abordagem, ainda tão ar-
raigada em nossos tempos. Neste último item da aborda-
gem mecanicista, iremos tratar de organizações formais
ou, comumente se fala, burocracia.
A burocracia, diferente do senso comum, é uma filosofia que está alicerça-
da em princípios que a condicionam a ser necessária em qualquer tipo de
organização, para o dito popular ter burocracia é sinônimo de coisa que
atrapalha o processo normal da empresa, diz respeito a excesso de con-
troles por parte daqueles que são incumbidos de autoridade para tal. Mas
devemos entender que a burocracia é extremamente importante para que a
organização não caia em desgraça, vejamos sua importância a partir de um
dos grandes estudiosos, Max Weber.
Max Weber foi um dos estudiosos que mais contribuiu para as ciências sociais
aplicadas, Weber, como preferia dizer, era um economista e sociólogo. É tido
como um dos três mais importantes sociólogos da humanidade. Para a admi-
nistração, Weber foi tão importante quanto para a economia (1) e a sociologia
(2). Ele apresentou estudos sobre o tipo ideal de burocracia nas organizações.
As organizações pequenas cresceram e, com isso, a necessidade de se con-
trolar melhor suas atividades. A burocracia é uma necessidade da grande
empresa, somente os grandes conglomerados precisam de organizações for-
mais, burocracia, nesse caso, é um pressuposto importante para o controle
e a gestão dos processos internos. Ela foi primeiramente usada na adminis-
tração pública (3), somente depois as suas ideias passaram a ser difundidas
nas empresas privadas.
Maximiano (2013, p. 95) diz que, de acordo
com Weber, “[...] as organizações formais/bu-
rocráticas modernas baseiam-se em leis, que as
pessoas aceitam por acreditarem que são racio-
nais, isto é, definidas em função do interesse
das próprias pessoas e não para satisfazer aos
caprichos arbitrários de um dirigente”. As pes-
FIGURA 17
Imagem
FIGURA 18
Imagem
Fonte: < https://goo.gl/Mbva8p>
Fonte: < https://goo.gl/yU7Zah>
EAD-UNISL 28 Guia de Estudos: Introdução à Administração
soas entendem que precisam de regras (4) para desempenharem suas tarefas,
elas entendem que precisam de alguém com autoridade (5) para verificar se o
que fazem está dentro daquilo que foi pensado.
Assim como muitos de seus contemporâneos, Weber idealizou princípios que
nortearam a ideia de burocracia nas organizações (JONES e GEORGE, 2012):
1) 1º Princípio - Em uma burocracia, a autoridade formal do administra-
dor deriva da posição que ele ocupa na organização – isso representa
dizer que, o cargo que o administrador está ocupando, dá a ele auto-
ridade formal sobre seus subordinados.
2) 2º Princípio – Em uma burocracia, as pessoas devem ocupar cargos
devido ao seu desempenho, e não devido a sua posição social ou
contatos pessoais – isso representa dizer que as organizações só con-
seguem o bom desempenho, quando entendem que os cargos de-
vem ser exercidos por aqueles devidamente qualificados, Weber aqui
apresenta a ideia de impessoalidade (6).
3) 3º Princípio – A extensão da autoridade formal e as responsabilidades
por tarefas de cada cargo, bem como sua relação com outros car-
gos dentro da organização, devem ser especificadas claramente, esse
princípio demonstra que a organização deve conhecer o que cada au-
toridade formal deve executar, suas responsabilidades administrativas
são pautadas, tão somente, no cargo que exercem.
4) 4º Princípio – A autoridade pode ser exercida de forma eficaz em uma
organização, quando as posições forem arranjadas de modo hierár-
quico, de sorte que os funcionários saibam a quem estão subordi-
nados – aqui Weber deixa uma contribuição que está relacionada a
hierarquia, ao comando de autoridade dentro da organização.
5) 5º Princípio – Os administradores precisam criar um sistema bem defi-
nido de regras, normas e procedimentos operacionais padronizados,
de modo a controlarem, eficazmente, a conduta dentro de uma or-
ganização – este último princípio expõe que a organização deve ter
claramente suas regras e procedimentos definidos, a fim de poder
usar isso como balizador de controle da conduta das pessoas e do
trabalho que essas pessoas desempenham.
EAD-UNISL29Unidade 1 - Abordagem Mecanicista
Além dos princípios norteadores, a burocracia tem 7 características, as quais
as organizações devem ficar atentas para sua implementação, são elas:
Os 7 Princípios da Burocracia de Max Weber
Dentro ainda da concepção burocrática weberiana, os princípios citados an-
teriormente, visam dar a organização maior capacidade de desempenhar
com precisão suas atividades administrativas. Weber volta a reforçar a ideia
de divisão do trabalho, o qual faz questão de dizer que o processo de traba-
lho é um processo social intercambiável, onde cada indivíduo é responsável
por uma tarefa específica. Weber também apresenta como pressuposto bá-
sico, a ideia de hierarquia, que serve tão somente para que sejam entendidas
as autoridades de poder dentro de uma organização.
Quanto a promoção dos trabalhadores, com base no desempenho atingi-
do, Weber chama de meritocracia, as pessoas passam a subir na hierarquia
organizacional por meio de seus méritos de trabalho, o que condiciona ao
processo imparcial. Toda e qualquer organização deve ter claramente sua
constituição, as leis que a regem internamente, as quais devem ser de co-
nhecimento dos trabalhadores, sendo necessário o cumprimento integral de
tudo o que foi preconizado como regra ou norma organizacional.
FIGURA 19
Imagem
Fonte: SILVA 2013
EAD-UNISL 30 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Max Weber ainda apresenta
a ideia de compromisso pro-
fissional, segundo ele, isso é
uma condição para que os ge-
rentes possam se comprome-
ter com as diretrizes institucio-
nais da empresa, envidando
todos os esforços possíveis para que, por meio das pessoas e dos demais
recursos, a empresa possa atingir seu objetivo. Sem registros, a empresa cai
em descrédito, o papel é a prova de que as coisas foram encaminhadas para
serem desenvolvidas, o documento, assinado e carimbado, prova que a au-
toridade deliberou que os subordinados executem uma ação. Para finalizar,
Weber diz que uma organização deve e precisa ser imparcial, não pode punir
um e outro, não pode bonificar um e outro que ajudou a contribuir com o
alcance dos resultados. As regras são provas de que a organização deve ser
imparcial em tudo que for desempenhar internamente.
Max Weber contribuiu bastante para a organização ser eficaz, entretanto,
muitas das suas ideias não são postas em prática, vemos na administração
das empresas, muitas práticas contrárias ao que Weber idealizou em sua
teoria da burocracia. A bem da verdade é que estamos aqui para aprender
aquilo que é certo, aquilo que verdadeiramente nos torna justos diante de
fatos comuns e não comuns, na administração das empresas.
ResumoWeber captou a essência de Fayol e acrescentou à administração, a burocra-
cia, que nada mais é do que determinar regras para o funcionamento das
organizações. Foi Weber quem disse que, a organização deve ter colabo-
radores escolhidos por aquilo que eles têm como competência e não pelos
relacionamentos de afinidade e parentesco com os membros superiores da
administração da organização. A isso ele deu o nome de impessoalidade.
FIGURA 20
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/y6Mnwx>
EAD-UNISL31Unidade 1 - Abordagem Mecanicista
Significando a aprendizagemTeoria da Burocracia de Max WeberPesquisar os conceitos e os termos grifados e numerados no texto dessa
unidade, que estão identificados entre parênteses, de 1 a 15, da TEORIA DA
BUROCRACIA DE MAX WEBER
1-
2-
3-
4-
5-
6-
7-
8-
9-
10-
11-
12-
13-
14-
15-
Recomendamos que assista ao vídeo sobre burocracia, pelo canal de vídeos
YouTube®.
Pesquise e responda em seu caderno: As Características e Diferenças da Au-
toridade e Poder.
Assista em:<https://www.youtube.com/watch?v=1ll_25FAzk4&index=22&list=FLbL2833s6lMZo9C-f6fux4A>
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL33
Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista da Administração
Unidade2
2.1. Origens da Teoria das Relações Huma nas nas Organizações e o Estudo de HawthorneAs teorias que fundamentam as Relações Humanas surgem em oposição
à escola clássica da Administração. Esta nova base que fundamenta as or-
ganizações, reconhece a necessidade do controle burocrático, como forma
de regulamentação social, no local de trabalho (SOBRAL e PECI, 2013). Os
pressupostos das relações humanas nas organizações estão voltados a impli-
cações psicológicas, no campo da atividade produtiva.
Descritor:
• Analisar a importância e todos os desdobramentos da Teo-
ria das Relações Humanas da Administração, para a compre-
ensão dos diferentes contextos que envolvem a Administra-
ção das Organizações.
• Analisar a importância e todos os desdobramentos da Teo-
ria Comportamentalista da Administração, para a compreen-
são dos diferentes contextos que envolvem a Administração
das Organizações.
• Analisar a importância e todos os desdobramentos da Teoria
Estruturalista da Administração, para a compreensão dos diferen-
tes contextos que envolvem a Administração das Organizações.
EAD-UNISL 34 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Agora sabendo o que é abordagem humanística, responda à pergunta aci-
ma, com suas palavras, lembre-se que: quanto mais pesquisa, mais compre-
ensão você terá.
Recomendamos que assista ao vídeo sobre Experiência de Hawthorne, pelo
canal de vídeos YouTube®.
Os dois principais precursores são: Mary Parker Folet e Chester Barnard, ape-
sar deles apresentarem enfoques mais mecanicistas, é a partir de suas ideias
que se fundamentam as Relações Humanas nas organizações. Folet mencio-
na que, no mecanicismo não houve esforço para se introduzir a psicologia na
administração, como instrumento de explicação do comportamento huma-
no e, com isso, obter melhor desempenho dos indivíduos. Barnard estimulou
a natureza dos sistemas cooperativos, para ele as pessoas não tinham bons
desempenhos isoladas, por isso adotou a ideia de cooperação (SILVA, 2013).
Teoria das Relações Humanas
Entretanto, Mary Parker Folet e Chester Barnard não foram os estudiosos
que mais marcaram a Teoria das Relações Humanas. Foi Elton Mayo, aquele
que teve maior expressividade. Isso se deu por sua experiência conhecida
Porque é chamada de abordagem Humanística?
FIGURA 21
Professor clipart
Fonte: <https://goo.gl/f8XJ3h>
FIGURA 22
Imagem
Fonte: SILVA 2013
Assista em:<https://www.youtube.com/
watch?v=KOGrcLx5W-g>
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL35
mundialmente como experimentos de Hawthorne. Basicamente, o objetivo
era verificar os efeitos da iluminação, no local de trabalho, esse estudo inicial
ocorreu na fábrica Western Eletric, no bairro de Hawthorne, na cidade de
Chicago, nos Estados Unidos.
Teoria das Relações Humanas
As conclusões iniciais não foram as esperadas pelos condutores da pesquisa.
“Durante os experimentos realizados, toda vez que se aumentava a intensi-
dade da luz, a produção aumentava. E quando se diminuía a luz, a produção
crescia também” (SOBRAL e PECI, 2013). Isso quer dizer que, tanto com a
iluminação baixa ou alta, a produção permanecia em crescimento e, nesse
momento, Elton Mayo percebe que o seu estudo daria um outro sentido.
Sentido esse, voltado a explicação psicológica no trabalho.
Teoria das Relações Humanas
FIGURA 23
Imagem
FIGURA 24
Imagem
Fonte: SILVA 2013
Fonte: SILVA 2013
EAD-UNISL 36 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Teoria das Relações Humanas
ResumoNesta unidade, aprendemos que o estudo das relações humanas nasceu a
partir das críticas ao modelo mecanicista de ver as pessoas na organização.
O estudo tem como base a Psicologia e a Sociologia.
Significando a aprendizagemOrigens das Relações Humanas nas OrganizaçõesPesquise e responda, em seu caderno, as principais contribuições de Mary
Parker Follet e Chester Barnard, para as Relações Humanas nas Organizações.
FIGURA 25
Imagem
Fonte: SILVA 2013
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL37
2.2. Premissas e Teorias sobre o Comporta mentalismo nas OrganizaçõesO comportamentalismo é um conjunto de teorias associadas ao comporta-
mento das pessoas nas organizações, que se relacionam diretamente ao pro-
cesso motivacional (1) dos trabalhadores. Trataremos neste item, sobre as teo-
rias do comportamentalismo, em especial a Teoria Comportamental, a Teoria
da Expectativa, a Teoria das Necessidades e a Teoria dos Fatores Motivacionais.
A motivação (2) é um termo usado
com múltiplos significados, acabou
virando algo tão comum aos nos-
sos dias, que até uma criança de 10
anos, mesmo sem saber do que se
trata, pode dizer: “hoje estou des-
motivado, porque errei uma coi-
sa na tarefa de matemática”, pois
bem, motivação para a maioria dos estudiosos, especialmente os psicólogos,
é algo pessoal, é inerente ao ser. Maximiano nos apresenta um bom exemplo
para sabermos o que é “inerente ao ser”, vejamos: “Uma pessoa motivada
para trabalhar, pode não ter motivos para estudar ou vice-versa. Não há um
estado geral de motivação, que leve uma pessoa a sempre ter disposição
para tudo” (MAXIMIANO, 2012, p. 254).
A motivação é algo muito parecido com a energia que um indivíduo precisa ter
para fazer alguma coisa. Essa energia faz o processo de ação da pessoa acontecer.
O comportamentalismo passa a ser explicado, nas organizações, quando o
administrador passa a entender a correlação daquilo que afeta o trabalho do
indivíduo e o grupo ao qual ele está vinculado.
Teoria Comportamental da Administração
FIGURA 26
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/UYCV4v>
FIGURA 27
Imagem
Fonte: SILVA 2013
EAD-UNISL 38 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Esse pensamento, basicamente, direciona seus estudos para a motivação e
liderança, o conjunto desses estudos reflete o que conhecemos como com-
portamento organizacional. Isso ocorre por meio do estudo correlacionado
entre a Psicologia e a Sociologia, ou seja, um estudo no campo individual
(Psicológico) e outro no campo grupal (Sociológico).
Teoria Comportamental da Administração
A motivação passa a ser o meio pelo qual os estudiosos comportamentalistas
passaram a entender as necessidades dos trabalhadores. Muitos estudiosos
desenvolveram importantes teorias e metodologias para entender o com-
portamento do indivíduo.
ResumoNesta unidade, aprendemos que a motivação é um importante combustível
para as pessoas desempenharem suas atividades. Nas próximas unidades,
descobriremos as principais abordagens que deram base de sustentação
para as conclusões sobre a motivação nas organizações.
Significando a aprendizagemComportamentalismo nas OrganizaçõesPesquisar os conceitos e os termos grifados e numerados no texto dessa uni-
dade, que estão identificados entre parênteses, de 1 a 2 – PREMISSAS SOBRE
O COMPORTAMENTALISMO NAS ORGANIZAÇÕES.
FIGURA 28
Imagem
Fonte: SILVA 2013
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL39
2.2.1 Teoria do Comportamento nas OrganizaçõesUm comportamento, de acordo com Maximiano (2012), é qualquer tipo de
ação ou manifestação dos indivíduos, que podem ser: falar, pensar, escrever,
decidir, fazer nada, esses e outros tipos de ação humana são compreendidos
como comportamento.
Comportamento disparado por estímulo
As teorias que têm base no comportamento estão fundamentadas em três
pressupostos: ESTÍMULO (1), PESSOA, OBJETIVO. Isso quer dizer que, o com-
portamento do indivíduo é motivado por um estímulo, o qual é orientado
pela busca do atingimento de um ou vários objetivos. Os objetivos, quando
não são atingidos, FRUSTRAM o indivíduo. A não realização daquilo que se
objetiva, pode estar associada a muitos fatores, os quais podem ser o próprio
indivíduo, que não soube chegar em seu objetivo e isso é algo que está asso-
ciado ao insucesso da pessoa, ou podem ser situações contingenciadas (2),
coisas que implicam no não atingimento do objetivo e que não dependem
do indivíduo, mas de fatores externos.
Vamos exemplificar as duas situações:
– Caso 1 – Quando a frustração (3) depende do indivíduoUm indivíduo resolve estudar para fazer um concurso público, ele
sabe que precisa estudar muito para fazer uma boa prova, a concor-
rência é grande. Entretanto, estudar muito é só o que ele não faz!
Neste caso, ao fazer a prova e obter o resultado, ele se depara com
a sua reprovação. O indivíduo se frustra por não atingir seu objetivo.
Estímulo Indivíduo ObjetivoFIGURA 29
Ilustração
Fonte: Adaptado - Maximiano, 2012
EAD-UNISL 40 Guia de Estudos: Introdução à Administração
– Caso 2 Quando a frustração não depende do indivíduoA mesma situação acima, só que, nesse caso, o indivíduo estuda bas-
tante, com muito afinco, fica as madrugadas estudando, porém, o edi-
tal do concurso é cancelado pela entidade que iria realizar o concurso.
Neste caso, o indivíduo também se frustrará, porém, não pelo seu insu-
cesso, mas agora por um fator externo, alheio a sua força de vontade.
A frustração pode ocorrer por meio de quatro comportamentos:
Uma frustração, de acordo com Silva (2013), pode ser a agressão, que nada
mais é que uma resposta em forma física ou verbal ao outrem, devido ao
insucesso do indivíduo. Ainda há a regressão, o indivíduo se torna imaturo,
ao ponto de descontar sua frustração por meio de ações infantis, o indivíduo
regride na escala de maturidade. O terceiro comportamento apontado por
Silva (2013) para mostrar uma forma de frustração é a fixação, o indivíduo se
torna resistente a qualquer coisa que lhe é proposta, tudo para essa pessoa
não vai dar certo, isso já foi feito antes e não adiantou nada. Para finalizar, o
retraimento, a tristeza que o indivíduo visivelmente apresenta, o mesmo passa
a não ter compromisso algum com a empresa, passa a evitar responsabilidades
e, para esse indivíduo, tudo pode ir do jeito que está indo. Todas essas caracte-
rísticas são sinais que os trabalhadores podem apresentar que, evidentemente,
o gestor de recursos humanos pode identificar e criar estratégias para que as
pessoas, em tais condições, possam alterar seu estado de frustração.
ResumoNesta unidade, aprendemos que a motivação pode ser desencadeada por
muitos tipos de comportamentos, as pessoas podem se frustrar, serem agres-
sivas, terem resistência para aceitar mudanças, ou podem adquirir doenças
graves, quando da não realização de suas motivações.
FIGURA 30
Imagem
Fonte: SILVA 2013
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL41
Significando a aprendizagemTeoria do Comportamento nas OrganizaçõesPesquisar os conceitos e os termos grifados e numerados no texto dessa
unidade, que estão identificados entre parênteses, de 1 a 3 – TEORIA DO
COMPORTAMENTO NAS ORGANIZAÇÕES.
Pesquise e responda, em seu caderno: Como as características do comporta-
mento das pessoas podem afetar o desempenho de suas atividades.
2.2.2. Teoria das Necessidades de MaslowA teoria das necessidades tem, em sua base, dois pressupostos principais,
são eles:
1) Necessidades primárias são comuns a todas as pessoas, ou seja, todos
os seres humanos necessitam, para sua sobrevivência, de:
• Alimentação;
• Reprodução;
• Abrigo;
• Segurança.
2) Necessidades secundárias, são influenciadas pela sociedade, estão re-
lacionadas a personalidade (1) e as diferenças individuais. Maximiano
(2012) nos relata que, tais necessidades são adquiridas e desenvolvi-
das por meio de treinamento e experiência, e ainda, pela convivência
com outras pessoas e pela incorporação dos valores (2).
• Necessidades Sociais (3);
• Materiais;
• Psicológicas;
• Interesses profissionais.
O psicólogo Abraham Maslow compreendeu que as necessidades das pesso-
as iam além dos dois fatores mencionados (4) anteriormente. De acordo com
Maximiano (2012), Maslow entendeu que as necessidades humanas eram
dispostas por meio de uma hierarquia, que ia de necessidades básicas (5),
mais simples, às necessidades mais estruturadas (6), que o autor denominou
de necessidades de auto realização.
EAD-UNISL 42 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Teoria das Necessidades de Maslow
Maslow utilizou uma pirâmide para demonstrar sua teoria e, com isso, che-
gou a cinco níveis na escala hierárquica das necessidades, as quais eram
atingidas por meio do ascendente processo social do indivíduo (2).
Pirâmide das Necessidades de Maslow
ResumoMaslow foi um dos mais importantes estudiosos do comportamento das
pessoas, nas organizações, seus estudos têm como base a teoria da hierar-
quia das necessidades. Para ele, uma pessoa tem necessidades que passam
a ser supridas quando o indivíduo ascende nessa escala, que são divididas
primeiro em necessidades básicas, as quais os indivíduos buscam suprir e as
necessidades de crescimento e realização.
FIGURA 31
Imagem
FIGURA 32
Imagem
Fonte: SILVA 2013
Fonte: Adaptado - Maximiano, 2012
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL43
Significando a aprendizagemTeoria das Necessidades de MaslowPesquisar os conceitos e os termos grifados e numerados no texto dessa
unidade, que estão identificados entre parênteses, de 1 a 6 – TEORIA DAS
NECESSIDADES DE MASLOW.
1-
2-
3-
4-
5-
6-
Acesse o link, leia e depois responda, em forma de um breve texto, em seu
caderno, a seguinte pergunta: Quais as conclusões que a Teoria das Necessi-
dades de Maslow apresentam para os gerentes de pessoas?
2.2.3. Teoria das Expectativas de Victor VroomA Teoria da Expectativa não é centrada nas necessidades
como estabelece Maslow e Herzberg. Essa teoria busca
dar ênfase nos resultados. De acordo com GIL (2016), os
trabalhadores se motivam quando acreditam que irão re-
ceber uma recompensa, ou seja, trabalham tendo como
incentivo algo que receberão em troca daquilo que fazem.
“[...] a motivação de uma pessoa é resultado do quanto
esta quer uma recompensa (valência), da avaliação da probabilidade de que
o esforço levará ao desempenho esperado (expectativa) e da crença de que
o desempenho vai levar à recompensa (instrumentalidade) “ (GIL. 2016, 90).
Acesse em:<http://www.portal-administracao.com/2014/09/maslow-e-hierarquia-das-necessidades.html>
FIGURA 33
Imagem
Fonte: < https://goo.gl/0ugYcu>
EAD-UNISL 44 Guia de Estudos: Introdução à Administração
A Expectativa diz respeito aquilo que os indivíduos esperam como resulta-
dos dos seus comportamentos. O indivíduo acredita que despendendo maior
esforço em seu trabalho, resultará em melhores desempenhos e, como efei-
to, a recompensa esperada.
A Instrumentalidade está relacionada ao fato do indivíduo perceber que ao
se comportar de determinada forma, irá obter uma recompensa esperada.
Essa compensação pode ser uma promoção desejada, um reconhecimento
profissional ou um aumento de salário (GIL 2016).
O terceiro elemento da teoria de Vroom é a Valência. O termo está ligado ao
valor que o indivíduo atribui a cada alternativa de desempenho. De acordo
com Vroom, isto está intimamente ligado a valores, objetivos, necessidades
e fontes de motivação. É importante destacar que o valor pode depender de
indivíduo para indivíduo, ou seja, o que para um pode ser uma vantagem
para outro pode não ser. Gil (2016) nos dá um bom exemplo disso. Um
funcionário, ao ser convidado para ser transferido, dependendo do interesse
que tem, pode entender que ser transferido pode ser uma oportunidade de
ganhar um pouco mais, conhecer outras culturas, mas pode ser uma coisa
não muito boa, pois se ele tem família, pode não desejar ser transferido por
causa de toda a estrutura familiar que já realizou em sua cidade natal.
Elementos da Teoria da Expectativa
A teoria da Expectativa de Vroom é baseada na relação econômica do indi-
víduo, vê as pessoas como tendo suas próprias necessidades e expectativas,
com base no seu trabalho. A motivação, neste caso, depende da situação
enfrentada pelas pessoas e como elas satisfazem seus desejos. As pessoas
são tomadoras de decisões, que escolhem dentre várias alternativas, selecio-
nando aquela que aparece como a mais desejável no momento. (SILVA 2013).
FIGURA 34
Imagem
Fonte: Vroom (1964)
apud in - Gil (2016)
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL45
A Teoria da Expectativa oferece subsídios satisfatórios sobre as questões re-
lacionadas a produtividade, a rotatividade e o absenteísmo, entretanto, há
críticas a respeito de suas bases, as quais pairam no campo da motivação
extrínseca, ou seja, vê que o processo motivacional está somente associado
à materialidade, em termos de recompensas.
ResumoNesta unidade, você aprendeu que a motivação está relacionada às expecta-
tivas que os indivíduos criam, enquanto incentivos que irão receber. É uma
abordagem que se concentra na necessidade do indivíduo, enquanto resul-
tados esperados por ele.
Significando a aprendizagemTeoria das Expectativas de Victor VroomCom base no que estudou, faça uma correlação entre a Teoria das Neces-
sidades de Maslow e a Teoria das Expectativas de Victor Vroom. Você deve
fazer essa correlação com um exemplo de um colaborador, de uma empresa,
que tem expectativas e, com isso, precisa considerar fatores limitantes, que
podem ser previstos na Teoria das Necessidades de Maslow.
EAD-UNISL 46 Guia de Estudos: Introdução à Administração
2.2.4. Teoria dos Fatores de Higiene e Segurança de Frederick Herzberg
Frederick Herzberg, diferente de Maslow, desenvolve uma
teoria concentrada em dois fatores, o primeiro diz respei-
to aos resultados: de acordo com Herzberg, os resultados
da organização podem elevar os níveis de motivação e satisfação das pessoas, no ambiente de trabalho. O
segundo fator está centrado na possibilidade de os re-
sultados impedirem as pessoas de ficarem desmotivadas
ou insatisfeitas com a organização, este fator é associado ao que a empresa
dispõe entre aquilo que é físico e o que é psicológico. Herzberg deu o nome
a sua teoria de NECESSIDADES DE MOTIVAÇÃO E HIGIENE.
As necessidades de motivação estão associadas ao ambiente de trabalho das
pessoas, isso representa que o resultado da motivação dos indivíduos está
intimamente relacionado a natureza do trabalho em si e com o seu nível de
dificuldade, por isso, a teoria de Herzberg procura, em resumo, identificar a
satisfação e a insatisfação no local de trabalho. Neste caso, os “Resultados
como trabalho interessante, autonomia, responsabilidade, possibilidade de
crescimento e desenvolvimento no trabalho e sensação de realização e satis-
fação, ajudam a satisfazer as necessidades de motivação” (JONES e GEORGE,
2012, p. 263). As pessoas, verdadeiramente, segundo a teoria da motivação
de Herzberg, estão preocupadas em contribuir para a empresa, para isso,
quando a administração cria condições para que as pessoas tenham autono-
mia, iniciativa e responsabilidade, o resultado são indivíduos motivados.
Fatores de Higiene (extrínsecos) e Fatores de Motivação (intrínsecos)
Como frisamos anteriormente, Herzberg defende sua teoria em duas linhas de
atuação: a motivação e os fatores de higiene. As necessidades de motivação
estão associadas àquilo que podemos dizer que seja o intangível. Entretanto,
FIGURA 35
Imagem
Fonte: <https://goo.
gl/6HFIYG>
FIGURA 36
Imagem
Fonte: SILVA 2013
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL47
os fatores de higiene são associados também aos fatores psicológicos. As ne-
cessidades de higiene estão relacionadas as próprias condições de trabalho,
agradáveis e adequadas, a segurança no emprego, aos pagamentos dos salá-
rios em dia, ao relacionamento dos níveis hierárquicos, dentre outros fatores.
Ao pensar dessa maneira, Herzberg expõe que, quando as pessoas têm suas
necessidades de higiene e motivacionais atendidas, os resultados para a em-
presa são os mais positivos. O resultado da pesquisa de Herzberg foi que,
quando as pessoas falavam sobre suas insatisfações com relação ao traba-
lho, elas falavam de fatores extrínsecos e que, quando falavam de sentir-se
bem ou satisfeitas, elas falavam de fatores intrínsecos.
ResumoA teoria dos fatores de higiene e segurança preconiza que nem sempre as
pessoas se motivam por boas condições de trabalho e salários adequados,
mas por um conjunto que engloba as responsabilidades e o próprio reconhe-
cimento pelo trabalho desempenhado.
Significando a aprendizagemTeoria dos Fatores de Higiene e Segurança de HerzbergCom base no que estudou, faça uma correlação entre a Teoria das Neces-
sidades de Maslow e a Teoria dos Fatores de Higiene e Segurança de Herz-
berg. Você deve fazer essa correlação com um exemplo de um colaborador,
de uma empresa, que tem motivações intrínsecas e extrínsecas e, com isso,
precisa considerar fatores limitantes, que podem ser previstos na Teoria das
Necessidades de Maslow.
EAD-UNISL 48 Guia de Estudos: Introdução à Administração
2.2.5. Teoria X e Y de Douglas McGregorMcGregor, diferente dos estudiosos anteriores, apresenta uma teoria sobre
o comportamento humano, centrada essencialmente no administrativo, en-
quanto Maslow, Herzberg e Vroom tratavam na motivação, do ponto de
vista do indivíduo, McGregor apresenta uma teoria que tem propósito no
processo administrativo. McGregor foi bastante influenciado por Maslow,
mas diferente deste, McGregor apresentou uma teoria da motivação para
mostrar como os administradores devem lidar com as pessoas desmotivadas,
nas organizações. Para tanto, o autor pesquisou duas espécies de trabalha-
dor, as quais ele denominou de “X” e “Y”.
O administrador deve gerir esses
dois perfis de trabalhador, de ma-
neira diferente. Tinham aqueles
que precisavam de maior controle,
porque não desempenhavam suas
atividades como deveriam fazer,
esses, para McGregor, são denomi-
nados de “X”. O trabalhador “X”,
de acordo com o autor, é um ser mediano por natureza, indolente, incapaz
de ter iniciativas para desempenhar seu trabalho, sem que tenha um chefe o
controlando. Essa pessoa não tem nenhuma ambição, é um indivíduo avesso
às responsabilidades, é egoísta, indiferente aos problemas da organização,
um indivíduo resistente a qualquer proposta de mudança necessária na em-
presa. O indivíduo “X”, para McGregor, deveria ser evitado, pois a empresa
precisava de pessoas com perfis diferenciados, que tivessem características
opostas as apresentadas para o indivíduo do tipo “X”. (GIL, 2016).
Do outro lado, temos o indivíduo do tipo “Y”, esse indivíduo é esforçado,
tem prazer naquilo que desenvolve, é propenso a aceitar qualquer desafio
imposto pela administração, é auto gerenciado e autodirigido, não neces-
sita de controle, pois sabe das responsabilidades que tem. Gil (2016, p.
65) expõe que McGregor conclui sua teoria dizendo que: “[...] a gestão
focada na direção e no controle, independentemente de ser dura ou leve,
é insuficiente para motivar, pois as necessidades humanas são fracas moti-
vadoras do comportamento. Direção e controle são rigorosamente inúteis
para motivar as pessoas, cujas as necessidades mais importantes são as
sociais e as do ego.”
FIGURA 37
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/lAKi7q>
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL49
ResumoNesta unidade, aprendemos que, segundo McGregor, existem dois tipos de
colaboradores, aqueles que trabalham porque sentem prazer por aquilo que
fazem, têm iniciativa e são motivados. Por outro lado, há aqueles que mere-
cem ser melhor gerenciados, que são os colaboradores sem motivação para
desempenhar suas atividades.
Significando a aprendizagemTeoria X e Y de Douglas McGregor e demais Teorias do ComportamentalismoPara completar seus estudos a respeito do comportamentalismo, recomen-
damos que assista ao vídeo, no Youtube ®.
Estudo de Caso 1. Transferindo o Trabalho Ingrato para o Exterior.Assista em:<https://www.youtube.com/watch?v=POhjfu-iSiw>
EAD-UNISL 50 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Transferindo o Trabalho Ingrato para o Exterior
David Cain adora seu trabalho. Bem, pelo menos a maior parte
dele. Como diretor executivo mundial de engenharia Pfizer, Cain
sente real prazer em avaliar riscos ambientais de bens imóveis, ad-
ministrar instalações industriais e supervisionar o orçamento multi-
milionário da gigante indústria farmacêutica. O que ele não gosta
tanto é de criar apresentações em Power Point e ficar correndo os
olhos por planilhas.
Para a sorte de Cain, a Pfizer agora permite que ele repasse essas
tarefas entediantes e que consomem um bom tempo, para a Ín-
dia, com apenas um clique de mouse. O Pfizer Works, lançado no
início do ano passado, possibilita que cerca de 4 mil funcionários,
repassem partes de suas tarefas para terceiros. Poderíamos chamar
isso de “terceirização pessoal”. Com trabalhadores, na Índia, tra-
tando desde projetos básicos de pesquisa de mercado a apresen-
tações, profissionais como Cain podem se concentrar em trabalho
de maior valor. “Foi realmente uma bênção”, diz Cain. “Posso
enviar algo para eles à noite e ter o trabalho pronto me esperando
na manhã seguinte, quando chego ao escritório.”
Essa mudança inesperada de terceirização vem em boa hora, pois
os outros recursos estão cada vez mais escassos. Enquanto as em-
presas degolam pessoas aos milhares - a própria Pfizer anunciou
um corte em cerca de 8 mil postos de trabalho, em janeiro –, aque-
les que restam têm de fazer cada vez mais coisas. Em uma econo-
mia recessiva, entretanto, é essencial que os executivos direcionem
suas energias na motivação de equipes, criem novos produtos e
pensem estrategicamente sobre sua próxima jogada. “Há muito
em jogo”, diz David Kreutter, vice-presidente da Pfizer para opera-
ções comerciais, nos Estados Unidos.
Originalmente apelidado de “O Escritório do Futuro”, o Pfizer
Works é, em parte, um subproduto do esforço para cortes de gas-
tos, iniciado há vários anos. Jordan Cohen, arquiteto e líder do
programa, teve a ideia depois de ler o livro “O mundo é plano”,
de Thomas L. Friedman, e observar como a sua própria equipe
trabalhava. Cohen lembra-se de ter visto um dos seus recrutados
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL51
da consultoria McKinsey & Co., que tinha sido pai recentemente,
permanecer até altas horas no escritório fazendo cálculos maçan-
tes e buscando informações na web. Segundo Cohen, não parecia
ser um tempo bem investido.
Em vez de transferir empregos para o exterior, como as empresas
vêm fazendo há anos, Cohen queria encontrar uma maneira de
transferir tarefas. Ele também achava que o programa deveria per-
mitir que os funcionários resolvessem seus problemas, a partir de
um único ponto concentrador de recursos. Em vez de ter alguns
serviços especializados implantados, os funcionários da Pfizer cli-
cam em um único botão, na área de trabalho de seus computa-
dores, que os remetem ao site do Pfizer Works. Lá, escrevem o
que precisam em um formulário online, que é enviado para uma
das empresas de terceirização de serviços, na Índia: a Genpact,
em Gurgaon, e uma unidade indiana da R.R. Donnelley, empresa
originária de Chicago.
Assim que uma solicitação é recebida, um membro da equipe
(como Bijun Kurian, da R.R. Donnelley, da Índia) faz uma ligação
para o funcionário da Pfizer para esclarecer o que é necessário e
para quando. Os custos envolvidos em cada projeto são alocados
ao departamento respectivo do funcionário. Diz Shantanu Ghosh,
vice-presidente da Genpact: “A maneira como foi construído o
modelo da Pfizer é realmente original”.
Agora, a Pfizer está procurando expandir o programa para um
número maior de funcionários e para uma gama maior de tarefas.
Cohen conta que, enquanto apresentava o serviço a um grupo
de cientistas da Pfizer, no ano passado, um deles apontou ime-
diatamente suas limitações. “Entendi, Jordan, podemos usar esse
serviço”. Disse o pesquisador. “Mas o que eu realmente preciso é
de um cara inteligente por um dia inteiro de trabalho”. Ele tinha
razão. Certas tarefas simplesmente não podem ser subdivididas
com facilidade em instruções, em um formulário online, como ad-
mite Cohen; por vezes, os funcionários precisam de um assistente
que trabalhe no mesmo fuso horário.
EAD-UNISL 52 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Ajuda local
Como resultado disso, a Pfizer está testando um acordo com uma
pequena empresa, sediada em Columbus (Ohio), chamada Pearl
Interactive Network. A Pearl emprega, em sua maioria, pessoas
deficientes que colaboram em tarefas administrativas, como or-
ganizar os documentos de pesquisa de mercado em um servidor
compartilhado ou programar reuniões. Embora a parceria seja mo-
desta e não vise suplantar os acordos na Índia ou os cargos admi-
nistrativos, Cohen espera que ela faça com que o pessoal da Pfizer
se torne ainda mais produtivo.
Embora Pfizer Works mal tenha chegado ao seu primeiro ano de
vida, Cohen estima que ele já liberou cerca de 66,5 mil horas para
os funcionários. A Pfizer acredita que agora os funcionários es-
tejam gastando menos dinheiro com outros fornecedores, como
as empresas de artes gráficas ou de pesquisa de mercado. Além
disso, a empresa pede aos funcionários que expressem qual o nível
de satisfação com o produto final. Se a pontuação não for sufi-
cientemente alta, um departamento pode se recusar a pagar, o
que aconteceu pouquíssimas vezes.
Cain, por sua vez, gosta de trabalhar com o que chama de sua
“consultoria particular”. Após obter excelentes resultados com
planilhas básicas e apresentações em PowerPoint, ele solicitou às
equipes, na Índia, ajuda em projetos mais complexos. Um deles era
garimpar “cadernos de estratégias” da empresa, que se encontra-
vam arquivados e que tratavam de aquisições feitas no passado, e
reunir quaisquer ensinamentos sobre o que funcionou ou não na
hora das fusões. Esse trabalho preliminar deve beneficiar a gigante
da indústria farmacêutica, agora que ela anunciou a aquisição da
Wyeth, por U$$ 68 bilhões.
Segundo Cain, o relatório das instalações fica pronto em um mês,
contra os seis meses que ele levaria para fazer isso sozinho. “A Pfi-
zer não me paga para trabalhar taticamente”, diz ele, “mas, sim,
para trabalhar estrategicamente”.
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL53
Perguntas:
David Cain é motivado intrinsecamente em seu trabalho? Por quê?
Como a possibilidade de terceirizar certas tarefas poderia contri-
buir para a motivação dos funcionários?
Como a possibilidade de terceirizar tarefas poderia aumentar os
níveis de expectativa dos funcionários? A possibilidade tem o po-
tencial de diminuir essa expectativa? Por quê?
Quando os administradores terceirizam certas tarefas, quais são as
possíveis implicações motivacionais para seus subordinados?Fonte:Jones e George (2012, p. 301)
2.3. Teoria EstruturalistaA Teoria Estruturalista estudada nas organizações foi iniciada por Amitai Et-
zioni. O estruturalismo nas organizações tem como pretensão de estudo,
a interação dos fenômenos (1) da organização. Por meio do pensamento
estruturalista foi possível pensar a organização de um ponto de vista mais
global, no todo, considerando que fenômenos pontuais podem afetar ou-
tras partes da organização.
O estruturalismo foi a primeira teoria que passa a reconhecer os sistemas
abertos, tratados no item anterior. Numa organização formal (2), qualquer
ela que seja, o tipo de atuação é uma burocracia, o estruturalismo tem como
base formadora a teoria da burocracia (CHIAVENATO, 2014).
Desdobramento do Estruturalismo
FIGURA 38
Imagem
Fonte: Adaptado - Chiavenato (2014)
EAD-UNISL 54 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Na teoria clássica, o que fica evidenciado é a caracte-
rização da figura do homem econômico, este, por sua
vez, é centrado em tudo aquilo que lhe rende retorno
econômico, se lembrarmos da teoria de Taylor e um
pouco das ideias de Ford, veremos que eles acreditam
que o homem trabalha mais por meio de incentivos,
o industrial, enquanto donos dos meios de produção,
para obter mais de seus trabalhadores, criavam um
programa de incentivos, visando extrair destes, mais re-
sultados quantitativos, em termos de bens produzidos.
O homem era movido por dinheiro. As teorias humanista e comportamenta-
lista surgem para refutar as ideias previstas no modelo mecanicista, ou seja,
o homem não é somente econômico, ele é social, e como tal, considera im-
portante viver em harmonia, em seu local de trabalho, ter um desempenho
centrado no respeito e na dignidade humana, vamos retomar as leituras no
item comportamentalismo, lá verificamos que o homem social (3) é um ser
que deseja viver em sociedade (4), o trabalho pode ser um local onde o mes-
mo interage com outros trabalhadores, lá, além do trabalho, eles conversam
sobre seus problemas, ansiedades e desejos de dias melhores.
Na teoria estruturalista, surge o homem organizacional. Esse novo homem é
explicado pelo fato de nascer (maternidade/hospital), viver (empresa privada
ou pública) e morrer (cemitério), em uma organização (SILVA, 2013). A teoria
estruturalista fundamenta (5) a ideia de homem organizacional como aquele
que desempenha muitos tipos de papéis nos diversos tipos de organização,
nos quais interage, ele necessita ter uma personalidade que promove a co-
operação e a coletividade. Chiavenato (2014) menciona que o homem or-
ganizacional moderno, para ter sucesso em todas as organizações nas quais
vive, precisa ter características de personalidade, as quais são:
– Flexibilidade (6) – o homem organizacional precisa estar preparado
para mudar quando for necessário, o mundo, as empresas mudam
constantemente, por isso é necessário ser flexível;
– Tolerância às frustrações – o homem organizacional moderno precisa ser
tolerante, ao ponto de entender que os interesses da empresa e, em mui-
tos casos, os seus, são conflitantes, com isso este homem deve entender
que precisa da tolerância e da flexibilidade para compreender que, neces-
sariamente, o equilíbrio entre aquilo que ele considera certo sobre seus
filtros, pode ser errado do ponto de vista das normas da empresa.
FIGURA 39
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/
UZMU9O>
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL55
As ideias da teoria estruturalista aplicadas à organização estavam centradas
no processo de dialética (7), nos antagonismos (8) de propostas e ideias. A
Teoria Estruturalista preconiza que o conflito nas organizações gera resulta-
dos mais satisfatórios do que a harmonia, essa última para os pesquisadores
do estruturalismo, faz a organização não evoluir, estagnar-se diante das ne-
cessidades de mudanças e inovação. Para Silva (2013), o conflito expõe as
verdadeiras frustrações e desinteligências das pessoas, nas organizações. O
estruturalismo, diferente das ideias das Teorias Humanistas, está preocupado
em quebrar a ideia central dessas correntes, que é a harmonia. Silva (2013,
p. 262) diz que, segundo Etzione, o conflito ocorre basicamente entre “[...]
a autoridade do especialista (conhecimento) e a autoridade administrativa
(hierarquia) “. Desta maneira, existe uma relação de reciprocidade entre o
conflito e o processo de mudança, que as organizações necessitam fazer
para se tornarem mais competitivas frente aos mercados. Qualquer tipo de
mudança organizacional gera conflito e os conflitos, provenientes das mu-
danças, trazem inovação (SILVA, 2013).
Quadro: Principais Aspectos da Teoria Estruturalista
Aspectos Teoria Estruturalista
ÊnfaseNa estrutura organizacional, nas pessoas e no
ambiente
Abordagem da organização
Organização formal e informal
Enfoque Sistema natural ou orgânico (sistema aberto)
Conceito de organizaçãoSistema social intencionalmente construído e
reconstruído para atingir objetivos
Caráter de Administração
Sociologia Organizacional (9)
Sociedade de organizações e abordagens
múltiplas
Concepção do homem Homem organizacional
Relação entre objetivos
Balanço entre objetivos organizacionais
e individuais
Conflitos inevitáveis e até desejáveis, pois
condizem à mudança e à inovação
Preocupação Eficiência e Eficácia (10)
FIGURA 40
Tabela
Fonte: Adaptado - Chiavenato (2014)
EAD-UNISL 56 Guia de Estudos: Introdução à Administração
ResumoNesta unidade, aprendemos que o estruturalismo nas organizações teve
como finalidade propor um estudo mais integral da organização, pessoas,
processos e a organização sendo pensada de maneira integrada, qualquer
impacto em um desses elementos acarretaria efeitos nos demais.
Significando a aprendizagemTeoria EstruturalistaPesquisar os conceitos e os termos grifados e numerados no texto dessa
unidade, que estão identificados entre parênteses, de 1 a 8 – TEORIA ES-
TRUTURALISTA.
1-
2-
3-
4-
5-
6-
7-
8-
Para completar seus estudos a respeito da Teoria Estruturalista, recomenda-
mos que assista ao vídeo, no Youtube ®.
Estudo de Caso 2. A virada da Goodyear
Assista em:<https://www.youtube.com/watch?v=KSTTTWWGD1A>
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL57
A Virada da GoodyearQuando assumiu o comando da Goodyear, Stanley Gault, impôs
um novo lema para toda empresa: voltar-se para o negócio e para
o cliente, 24 horas por dia. Ao sentar-se na cadeira da presidên-
cia mundial da companhia, ele encontrou uma situação caótica.
Embora a imagem e a reputação da empresa no mercado fos-
sem intocáveis, a Goodyear havia apresentado o primeiro prejuízo
em sua história e passava por forte estagnação. Gault resolveu
promover um turnaround e aplicou a velha receita: reestruturou
a companhia, vendou negócios deficitários, reduziu o quadro de
pessoal e enxugou os custos. Em resposta a uma segunda etapa, a
Goodyear deixou de ser um mero fabricante de commodities para
atuar em nichos específicos de mercado, com produtos de alta
tecnologia para atender as necessidades específicas dos clientes.
Lançou 22 modelos novos de pneus em pouco tempo, algo que
jamais fizeram. Muitos deles tornaram-se campeões de vendas. O
faturamento chegou a 11 bilhões de dólares.
O Brasil é o maior negócio da Goodyear fora dos Estados Unidos. A
subsidiária brasileira, juntamente com a da China e da Índia, foi eleita
como prioridade dentro dos planos da corporação. O motivo é sim-
ples: esses países têm muito território, muita gente e pouco carro.
Logo mais, vão comprar carros e, por tabela, vão precisar de pneus.
A Goodyear do Brasil recebeu duas missões da matriz. A primeira é
conquistar corações e mentes dos consumidores, sejam eles donos
de carros ou de caminhões. A outra é tornar a subsidiária um polo
exportador para o resto do mundo. Além disso, a empresa investiu
pesadamente na sua rede de distribuidores exclusivos e criou o
conceito de atendimento total ao cliente. Quando um motoris-
ta entra em uma loja, ele não quer apenas comprar pneus, mas
precisa também de outros serviços, como alinhamentos e balan-
ceamentos, testes de amortecedores e, principalmente, orienta-
ção técnica sobre o que comprar. O número de pontos de vendas
espalhado pelo país subiu de 400 para mais de 500, muitos deles
dotados de autocentros, que oferecem todos esses serviços. Na
busca pela excelência no atendimento, os distribuidores ganharam
autonomia. Antes, quando um cliente reclamava de um defeito de
fabricação no pneu, pois o produto era despachado da revenda
EAD-UNISL 58 Guia de Estudos: Introdução à Administração
para a empresa, um conselho de técnicos estudava pacientemente
o caso e dava o veredito. Aí, o caso fazia o caminho de volta. Ago-
ra, os técnicos da própria distribuidora dão a palavra final e, em
minutos, o cliente tem uma decisão. Para tanto, a Goodyear inves-
te pesadamente em treinamentos dos revendedores para aprimo-
rar sua capacitação técnica e melhorar o atendimento ao cliente.
Questões:
1) Em que aspectos o caso da Goodyear tem a ver com a teoria
estruturalista?
2) Como a Goodyear montou um conjunto organizacional para
ganhar mercado?
Unidade 2 - Abordagem Humanística, Comportamental e Estruturalista... EAD-UNISL59
3) Como a visão global da estrutura mudou a tarefa organizacio-
nal na Goodyear?
4) Onde foram colocados os objetivos da organização?
5) Como se poderia fazer a análise organizacional da Goodyear?
Fonte:Chiavenato(2014)
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL61
Abordagem Moderna da Administração
Unidade3Descritor:
• Analisar a importância e todos os desdobramentos da Te-
oria dos Sistemas na Administração, visando a compreensão
dos diferentes contextos que envolvem a Administração das
Organizações;
• Analisar a importância e todos os desdobramentos da Te-
oria Contingencial da Administração, visando a compreensão
dos diferentes contextos que envolvem a Administração das
Organizações;
• Analisar a importância e todos os desdobramentos do De-
senvolvimento Organizacional, visando a compreensão dos
diferentes contextos que envolvem a Administração das Or-
ganizações;
• Analisar a importância e todos os desdobramentos do Pa-
pel dos Gerentes, visando a compreensão dos diferentes con-
textos que envolvem a Administração das Organizações;
• Analisar a importância e todos os desdobramentos sobre a
Administração por Objetivos - APO para o Desenvolvimento
Organizacional, visando a compreensão dos diferentes con-
textos que envolvem a Administração das Organizações;
• Analisar a visão de Peter Ferdinand Drucker e os efeitos
da Globalização na economia em geral e em particular nas
organizações.
EAD-UNISL 62 Guia de Estudos: Introdução à Administração
3.1. Teoria dos SistemasPrezado (a) aluno (a), você já se imaginou pensando o quanto o nosso corpo
humano é complexo? Entenda que complexo (1) não quer dizer complicado,
até poderíamos pensar que fosse, mas a ideia de complexo vai muito além
do que algo complicado. Pois bem, complexo tem muitas compreensões,
digamos que complexo é aquilo que é formado por um grande número de
problemas e outro grande número de variáveis (2). Ainda assim, nosso corpo
humano é complexo porque é formado de um grande número de partes que
são relacionadas entre si, que se interdependem (3). Se um corpo humano é
algo complexo, que tem partes que se interdependem, temos que um corpo
humano é um sistema. Um sistema é nada mais, nada menos, que “um con-
junto de partes ou elementos que formam um todo unitário ou complexo”
(MAXIMIANO, 2012, p. 315), quando o autor diz que ele forma um todo
unitário, no exemplo do corpo humano, o todo é o ser, o indivíduo. O indi-
víduo é um sistema complexo de partes interagentes (4) e interdependentes,
que tem problemas (sociais, psicológicos, econômicos).
Tipos de Sistema
Uma organização ou um sistema sócio técnico empresarial, assim como um
computador, uma TV, um carro e um corpo humano, é um sistema. É sobre
essa ideia de sistema organizacional que iremos tratar nesta parte do GE.
Alguém falou em parte? Sim, nosso GE completo é um sistema e seus capí-
tulos são suas partes que se relacionam.
A teoria dos sistemas nas organizações, como metáfora (5) do mundo bio-
lógico, pensado por Ludwig Von Bertallanfy, tem seu desenrolar com dois
psicólogos sociais - Daniel Katz e Robert Kahn. Esses dois estudiosos apre-
sentaram a teoria dos sistemas abertos, conhecida como energia-produto.
Isso quer dizer que a organização empresarial se torna um sistema aberto,
pronto para receber energia e transformar essa energia em produto.
FIGURA 41
Imagem
Fonte: SILVA 2013
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL63
Quando falamos de energia, estamos nos referindo aos itens que uma em-
presa necessita, do ambiente externo para receber e processar essas energias
em outros produtos acabados. Imagine uma floresta de madeira legaliza-
da, pois bem, essa floresta precisa da terra, das mudas e dos cuidados dos
agrônomos e engenheiros florestais para se desenvolver e, a partir dela, a
empresa efetuar os cortes de madeira. Bem, uma pergunta que não quer
calar: para que uma pessoa planta mudas de árvores, espera elas crescerem
por muitos anos e depois as corta? Para, a partir de seu corte, vender para
uma madeireira ou serraria, que recebe toras de madeira, desse recebimento
o madeireiro vai beneficiar a madeira, esse beneficiamento é uma espécie de
processamento produtivo, o qual fará um cliente vir comprar tábuas, caibros,
assoalhos e outros tipos de madeira, que serão utilizados na construção de
casas, barcos e outros. A construção das casas, barcos e outros é um outro
tipo de processamento. O que Katz e Kahn dizem, quando o sistema orga-
nizacional é aberto, é isso, cada entidade organizacional tem uma ampla
cadeia de valor, que depende de outras muitas organizações.
Lembra o que é complexo? Pois é isso que queremos dizer. Imagine uma
empresa como uma madeireira, que tem a necessidade de toras de madeira
para assim processá-las em madeiras beneficiadas, internamente essa ma-
deireira precisa de pessoas, de máquinas, de equipamentos, de caminhões,
tratores e muitas outras coisas, essa mesma madeireira que compra madeira
bruta é um sistema e essas partes que foram citadas são importantes para
ela desempenhar sua atividade enquanto madeireira.
Sistema – exemplo de um processo de entrevista, seleção de candida-tos a emprego
Temos que ter em mente que até um processo seletivo de um novo funcio-
nário, acaba sendo uma espécie de sistema. Ao considerarmos que, para
desenvolver o processo seletivo, precisamos de muitos elementos, podemos
afirmar, com toda certeza, que a seleção de pessoal é um sistema.
FIGURA 42
Imagem
Fonte: SILVA 2013
EAD-UNISL 64 Guia de Estudos: Introdução à Administração
No modelo genérico de Sistemas Abertos de Katz e Kahn
Katz e Kahn perceberam que não podiam denominar toda e qualquer parte
interagente e interdependente como um sistema, as coisas conceitualmente
complicaram, era importante hierarquizar os sistemas. Para isso, os pesquisa-
dores definiram que existe uma escala ou nível para categorizar um sistema,
embora, na prática, tudo é sistema, quando entendido o objetivo.
Os pesquisadores definiram que o sistema pode ter os seguintes níveis:
Um ecossistema (6) é tudo aquilo que está envolto do sistema empresarial,
imaginemos nossa empresa que planta árvores para corte e comercialização
para as madeireiras e serrarias, pois bem, se pensarmos que o ecossistema é
a própria natureza, que faz sua parte carreando chuva e sol, faz com que os
pássaros e besouros polinizem as árvores, podemos entender isso como ecos-
sistema. O que seria o sistema nesse exemplo? A própria organização que
tem como objetivo plantar e cortar as árvores para comercialização. Para en-
tender um pouco isso, volte e reveja a imagem que retrata o modelo aberto
de sistema. E o que seria subsistema? Nesse caso, seriam os setores do siste-
ma empresarial. Uma empresa necessita de um departamento de produção,
FIGURA 43
Imagem
FIGURA 44
Ilustração
Fonte: Adaptado - GIL, 2016
Fonte: Maximiano (2012)SUBSISTEMA
SISTEMA
ECOSSISTEMA
ECOSSISTEMA
SISTEMA
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL65
de marketing, vendas, cobranças e de contratação de pessoal. Tudo o que
está entendido como partes de um sistema-empresa é, necessariamente, um
subsistema (8). Mas caro (a) aluno (a), entenda que isso é apenas pedagógico,
apenas para entender tais desdobramentos. No fundo, cada uma das partes é
um sistema que requer outras partes, que requer outras e outras.
Um sistema só pode ser considerado um sistema quando ele tem um obje-
tivo, uma finalidade, uma coisa qualquer a ser realizada. Para esse objetivo
ser atingido, o sistema precisa de recursos, imagina você correr 5Km sem um
tênis adequado, uma garrafa de água para vez ou outra hidratar-se e mais
ainda, ter tido uma boa alimentação que o condicione a não ficar tonto e
cair na sua corrida. Essa situação está em tudo, até na organização. É im-
portante entender que um sistema qualquer pode atingir seu fim (objetivo)
e pode percorrer muitos caminhos (estratégias) (9), a isso damos o nome de
equifinalidades, que nada mais é do que buscar alternativas de fazer o siste-
ma chegar ao seu objetivo final.
Um sistema precisa de componentes, isso representa os subsistemas que ali-
mentam de alguma forma o sistema. Um sistema precisa de administração,
que nada mais é do que a gestão do sistema, é a mesma coisa que não dei-
xar faltar nada ao sistema, se isso acontecer ele para de funcionar. Imagina
nossa madeireira, já pensou se ela não recebe a madeira bruta para benefi-
ciamento e posterior comercialização? Sim, ela fechará suas portas, pois o
cliente, ao procurá-la, não ficará nada contente por não encontrar o que de-
seja. A essa administração dos sistemas, podemos dar o nome de ENTROPIA
NEGATIVA (10), que nada mais é do que entender que o sistema precisa de
energias para se reproduzir e gerar os resultados esperados. Por fim, já até
comentamos sobre o ambiente, mas demos o nome de ecossistema, sim, o
ambiente é um sistema maior, em que todos nós estamos inseridos.
FIGURA 45
Imagem
Fonte: < https://goo.gl/npd8Dv>
EAD-UNISL 66 Guia de Estudos: Introdução à Administração
O Sistema
A teoria dos sistemas é de grande importância para os administradores. Toda
e qualquer compreensão que envolva a análise de problemas pontuais, na
organização, pode ser realizada por meio da reflexão dos subsistemas empre-
sariais. Se o pessoal da produção está desmotivado, o resultado são produtos
sem qualidade e isso reflete nas devoluções dos clientes, causando um rombo
no caixa, que vai impactar no pagamento dos salários em dia dos mesmos
colaboradores desmotivados. O administrador precisa compreender essa rela-
ção de interdependência que existe entre os subsistemas da empresa.
RH (PESSOAS) +MARKETING + PRODUÇÃO + FINANCEIRO + INFOR-MAÇÃO + PROCESSOS + tudo tem uma relação direta no sistema (todo)
empresarial.
ResumoNesta unidade, aprendemos que o sistema organizacional é complexo, ele
sobrevive por meio de suas entradas, as quais sofrem algum tipo de proces-
samento e, por fim, entregam um produto ou serviço pronto. Os sistemas
são qualquer tipo de situação que envolva o processamento de algo para
se tornar uma outra coisa. Um dado se transforma em informação para ser
posteriormente decidida.
FIGURA 46
Imagem
Fonte: SILVA, 2013
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL67
Significando a aprendizagemTeoria dos SistemasPesquisar os conceitos e os termos grifados e numerados no texto dessa unidade,
que estão identificados entre parênteses, de 1 a 10 – TEORIA DOS SISTEMASW
1-
2-
3-
4-
5-
6-
7-
8-
9-
10-
3.2. Teoria Contingencial da AdministraçãoEssa corrente da Administração surge na segunda metade do século XX, in-
fluenciada pela crescente conscientização do impacto do ambiente externo, nas
organizações. A Teoria Contingencial foi idealizada a partir da Teoria dos Siste-
mas. Essa teoria da administração refuta os princípios universais, construídos no
longo período de estudos da organização das empresas. Essa teoria preconiza
que uma grande variedade de fatores contingenciados (1) pelo ambiente com-
petitivo, pode afetar o desempenho da empresa. Não existe uma única ou me-
lhor abordagem da administração, especialmente quanto ao modo de planejar,
liderar, controlar e organizar uma empresa, isso porque as variáveis contingen-
ciais variam para favorecer ou desfavorecer uma organização.
EAD-UNISL 68 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Nesse tipo de teoria, o mercado competitivo passa a fazer parte do estudo
das variáveis que afetam as empresas. “O que pode parecer o fim da ciên-
cia da administração, na verdade, abre caminho para retomada do papel
do administrador e de sua formação. De fato, apenas os seres humanos
seriam capazes de enfrentar a multiplicidade (2) e a complexidade dos fa-
tos organizacionais e administrativos. A máquina organizacional não existe;
logo, não pode haver nenhum olhar mecânico sobre as organizações e sua
administração”(SOBRAL e PECI, 2013)
A teoria contingencial preco-
niza que as estratégias e os
planos não podem ser con-
siderados receitas de bolos,
possíveis de serem aplicados
em qualquer empresa facil-
mente, o momento agora é
de extrema competitividade, e tudo depende do mercado de atuação da
empresa. Uma empresa (matriz), instalada em um bairro de uma cidade, tem
muito sucesso com seus clientes, entretanto, a sua filial, instalada em outro
bairro da mesma cidade, pode não ter, porque as situações são diferentes e
o administrador não pode replicar a estratégia usada na matriz, na filial, na
esperança que aquela estratégia terá o mesmo sucesso.
Bateman e Snell (1998, p. 60) expõem que “Entender as contingências auxilia o
administrador a saber quais os conjuntos de circunstâncias que ditam as ações
administrativas” Algumas das recomendações dos autores são as seguintes:
– O administrador precisa compreender a taxa de mudança e o grau de
complexidade do ambiente competitivo (3), aos quais sua empresa
está submetida;
FIGURA 47
Imagem
FIGURA 48
Ilustração
Fonte: SILVA, 2013
Fonte: Cliparts
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL69
– O administrador precisa compreender que potenciais sua empresa
tem para enfrentar os competidores, e ainda, precisa aceitar suas pró-
prias fraquezas, ao ponto de torná-las potenciais para serem usadas
como armas contra seus principais competidores;
– O administrador precisa deixar claro internamente quais são os va-
lores, a missão, a visão da empresa e quais são os objetivos a serem
perseguidos, a fim de envolver os colaboradores no entorno do atin-
gimento de tais objetivos;
– O administrador precisa considerar que a empresa precisa de cons-
tantes evoluções, de cunho tecnológico, de processos e de estrutura
e infraestrutura física, no intuito de melhorar, cada vez mais, a sua
visibilidade frente aos clientes.
É importante frisar que, por mais que o administrador tenha informações
suficientes das contingências do mercado competidor, ele não terá em suas
mãos 100% de informação que lhe fará definir uma boa estratégia. As con-
tingências do mercado estão no ambiente externo da empresa e o admi-
nistrador não tem capacidade de dominar tudo, mesmo com ferramentas
auxiliares para ajudar a decidir sobre uma situação, o administrador, infeliz-
mente, tem apenas um percentual relativo para que sua decisão possa dar
certo. Com isso, muitos estudiosos contribuíram para criar ferramentas e
filosofias que maximizem (4) as decisões dos administradores.
Ferramentas para análise das contingências
– SWOT – é uma sigla que representa: Strengths (Forças), Weaknesses
(Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) – ou
seja: FORÇAS, FRAQUEZAS, OPORTUNIDADES E AMEAÇAS – as
forças e fraquezas são relacionadas ao ambiente interno da empresa;
e as oportunidades e ameaças ao ambiente externo.
FIGURA 49
Ilustração
Fonte: Autor
EAD-UNISL 70 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Uma outra ferramenta importante, que pode ser utilizada como comple-
mento da SWOT, são as 5 Forças Competitivas (5) de Michael Porter. Essa
ferramenta, diferente da SWOT, trabalha apenas os fatores externos, Porter
em seu estudo identificou 5 forças que podem afetar diretamente as ativi-
dades da empresa, frente ao seu mercado de atuação. As cinco forças são:
CONCORRENTES (6), NOVOS ENTRANTES (7), PRODUTOS SUBSTITUTOS (8),
CLIENTES (9) e FORNECEDORES (10).
É evidente que há outras muitas ferramentas que auxiliam o administrador
a lidar com as contingências do mercado, há ainda a própria experiência
que o administrador adquire frente às situações enfrentadas, no decorrer
FIGURA 50
Imagem
FIGURA 51
Imagem
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Disponível em:<http://boradebike.
blogspot.com.br/2011/04/analise-
estrategica.html>
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL71
de sua profissão. Por isso, essa teoria vem para dizer que, administração de
empresas é algo que depende de muitos fatores, especialmente os externos,
que em boa parte das situações, não refletem aquilo que está nas principais
obras sobre a administração de empresas.
ResumoAprendemos nessa unidade que não há fórmula exata para que uma empre-
sa tenha sucesso, essa teoria é a primeira que prevê o ambiente competitivo
como elemento importante a ser considerado. A partir dessa teoria, as orga-
nizações passaram a considerar que o ambiente externo é um influenciador
em todas as suas ações internas.
Significando a aprendizagemTeoria ContingencialPesquisar os conceitos e os termos grifados e numerados no texto dessa unidade,
que estão identificados entre parênteses, de 1 a 10 – TEORIA CONTINGENCIAL
1-
2-
3-
4-
5-
6-
7-
8-
9-
10-
EAD-UNISL 72 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Para completar seus estudos a respeito da Teoria Contingencial, recomen-
damos que assista ao vídeo, no Youtube ®.
Estudo de Caso 3. A Greyhound Está Parecendo um Cachorro
Com base no que estudou nas teorias humanas, comportamentais e estru-
turalista, disserte sobre como um administrador poderá desenvolver uma
estratégia interna para tornar uma empresa mais competitiva.
Assista em:<https://www.
youtube.com/watch?v=axp8jUIgcEI&index=16&list=FLbL2833s6lMZo9C-
f6fux4A>
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL73
A Greyhound Está Parecendo um Cachorro
No filme “Aconteceu naquela noite”, de 1934, Clark Gable teve
um romance com Claudette Colbert, em um ônibus da Greyhound,
e os frequentadores de cinema afluíram para se tornarem passa-
geiros e participarem do glamour. Atualmente, a Greyhound está
mais para compor um filme de terror. Desde meados dos anos 80,
a empresa, sediada em Dallas, tem enfrentado diversos monstros
de uma vez – competição regional feroz, substitutos nos negócios
de linhas aéreas e de carros de aluguel, greves trabalhistas, quedas
nas atividades econômicas, base de consumidores instável, ativos
hipotecados na compra de uma empresa maior e pelo menos uma
história de suspense no corte de falências.
Atualmente, as empresas de ônibus enfrentaram uma competição
acirrada de formas substitutas de transporte. Em particular, as linhas
aéreas reduziram suas estruturas de custos a um ponto em que estão
roubando uma grande fatia do negócio da Greyhound. A Southwest
Airlines, por exemplo, cobra $ 31 por uma passagem somente de ida
de Phoenix para San Diego. A Greyhound cobra $ 34 – são $ 3 a mais
para viajar de ônibus. A menos que se goste de modo especial da vista
do Death Valley, provavelmente, se tomaria um avião.
Mesmo aqueles viajantes que realmente decidem ir de ônibus, es-
tão utilizando com maior frequência um transporte local ou regio-
nal, do que viajando com a Greyhound. A Peter Pan, por exemplo,
é uma pequena empresa que tem sido bem-sucedida, servindo pe-
quenas cidades no Nordeste, que eram ignoradas pelas principais
empresas de ônibus e de transportes aéreos. A empresa iniciou
“conectando os pontos” entre Springfield, Boston e Massachuset-
ts, mas em 1986, comprou os direitos das rotas de New England
até a cidade de New York.
Agora, a Peter Pan ganhou um grande apoio numa base de con-
sumidores étnicos, de baixa renda, para viagens por cidades do
interior. Esse tem sido o esteio do negócio da Greyhound e a Peter
Pan está interferindo em sua parcela de mercado.
EAD-UNISL 74 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Além de problemas com concorrentes e substitutos, a Greyhound
tem tido dificuldades trabalhistas. Em 1990, a Amalgamated Tran-
sit Union, que representava mais de 6.000 motoristas e 3.000 me-
cânicos, fez uma greve na Greyhound. Para manter as operações
funcionando, a Greyhound assumiu uma posição dura contra o sin-
dicato e contratou 2.000 pessoas para repor os grevistas. Após um
penoso e, algumas vezes, violento período de três anos de interrup-
ção, o sindicato finalmente permitiu que seus membros retornas-
sem ao trabalho. Enquanto isso, a Greyhound entrou com pedido
de proteção à falência (concordata). Após sair da concordata, em
1991, a Greyhound embarcou num programa de reestruturação,
projetado para reduzir as despesas operacionais. O CEO Frank
Schmieder cortou a frota da Greyhound em 50%, para menos de
2.000 ônibus, e reduziu a força de trabalho em cerca de 20%.
Entretanto, à medida que a administração cortou despesas, os
serviços, em muitas rotas, foram reduzidos. Empregados com ex-
cesso de trabalho e desmotivados, frequentemente, deixavam os
telefones tocando durante as horas de pico de trabalho, evitan-
do consumidores potenciais. Para corrigir o problema e colocar as
operações na linha, a Greyhound emprestou uma ideia do setor
de linhas aéreas e abriu seu primeiro sistema nacional de reservas,
computadorizado, em 1993. O sistema, conhecido como Trips, ti-
nha um telefone para ligações gratuitas que os consumidores po-
deriam utilizar para fazer reservas, em nível nacional.
O sistema computadorizado foi um fiasco, pois requeria 45 segun-
dos para responder a cada número digitado, levando assim sete
minutos para imprimir uma passagem. Consumidores insatisfeitos
tinham que, ou desistir desse serviço ou, literalmente, perder o
ônibus. Para acabar com o êxodo de passageiros, a Greyhound
começou fechando o sistema e cortando o preço das passagens,
operando bem abaixo dos custos, em algumas regiões.
A empresa contratou Bradley Harslem, anteriormente, “guru” do
sistema de reservas Sabre, da American Airlines, para reformar
o sistema; o tempo de resposta caiu de 45 para apenas dois se-
gundos. O Trips lida agora com mais de 70% do movimento da
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL75
Greyhound, interligando cerca de 250 cidades e fornecendo o tipo
de informação que irá auxiliar a empresa a identificar quais rotas (a
Greyhound serve a 2.600 localidades) são as mais lucrativas.
Outros esforços de Schmieder para ressuscitar a Greyhound inclu-
íram um investimento de $ 184 milhões em novos ônibus, o que
trouxe a idade média da frota de onze anos e meio para seis anos
e meio. A Greyhound tentou uma promoção para melhorar a ima-
gem com o tema “eu viajo simples, eu viajo fácil, eu viajo com a
Greyhound”. Mas esse esforço revelou-se um caso de “muito pou-
co e muito tarde”. Com uma concorrência intensa e excelentes
substitutos, a capacidade utilizada da Greyhound caiu dos níveis
históricos de 80% para menos de 50%. O desempenho de pontu-
alidade caiu abaixo de 60%. É difícil ganhar dinheiro dirigindo um
ônibus com a metade de sua lotação e que chega atrasado.
Em agosto de 1994, Frank Schmieder foi forçado a demitir-se com
CEO, sendo substituído por Craig Lentzsch, um antigo executivo da
Greyhound. Muitos outros altos executivos também foram forçados
a demitirem-se, incluindo Michael Doyle, executivo-chefe de finan-
ças. O preço das ações de Greyhound caiu cerca de 90%, desde
maio de 1993, e a empresa está mais uma vez à beira da falência.
Perguntas:
1) Quais os fatores do modelo de Porter, de ambiente competitivo,
estão operando nesse exemplo? Quão atrativo é esse setor?
EAD-UNISL 76 Guia de Estudos: Introdução à Administração
2) Quais os erros que os executivos da Greyhound cometeram? O
que eles fizeram corretamente?
3) Imagine-se comandando a Greyhound. Que resposta (s) você
sugere, dada a situação ambiental da empresa?
Fonte:Bateman e Snell
(1998, p. 86 e 87)
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL77
3.3. Desenvolvimento OrganizacionalO Desenvolvimento Organizacional (DO) surge com a ideia advinda da teoria
behaviorista (1) e do próprio movimento da teoria das relações humanas. Sua
proposta é intervir na organização, com intuito de melhorar a qualidade de vida
do trabalho (2), como resultante de um melhor desempenho organizacional.
Raymundo (2003), em sua pequena, mas profunda obra “O que é Adminis-
tração”, expõe que o DO, quando do ponto de vista da estrutura da orga-
nização, contempla um processo de revisão dos manuais de procedimentos
(3), departamentos, seções, cargos (4) e processos, isso implica na revisão de
todos esses e outros pressupostos (5), associados a busca de uma gestão da
organização mais eficaz.
Fases do Processo - DO
O DO também prevê a importância das pessoas, em especial quando da
formação de equipes para buscar os objetivos da organização. Além disso, o
pensamento do DO é que esse processo ocorre como uma espécie de con-
sultoria, onde um grupo de administradores passa a compreender a organi-
zação, do ponto de vista da geração de resultados melhores do que aqueles
que a empresa vem desempenhando, no atual momento.
Um dos maiores problemas encontrados pelos administradores (consultores
do DO), na fase de diagnóstico (5), são as variáveis invisíveis. Essas variáveis
são associadas a pressupostos subjetivos da empresa. Porém, enquanto as
variáveis invisíveis são de difícil levantamento, as variáveis visíveis são mais
fáceis, pois são mais tangíveis do ponto de vista da gestão das organizações.
Na imagem ao lado, podem ser verificadas as variáveis visíveis e as invisíveis.
A representação metafórica do iceberg ilustra bem o que são as duas variá-
veis. Os administradores, em muitos dos casos, têm dificuldades em ajustar
FIGURA 52
Imagem
Fonte: SILVA 2013
EAD-UNISL 78 Guia de Estudos: Introdução à Administração
aquilo que não conseguem diag-
nosticar e que é, de certo modo,
invisível, muitos desses proble-
mas não são fáceis de diagnos-
ticar, tampouco fáceis de serem
solucionados. Suponhamos que
um grupo de funcionários é re-
sistente ao novo sistema de in-
formação implantado no setor
onde eles atuam, muitos vão reclamar, boicotar a nova proposta. O que um
administrador deve fazer nessa situação? Que atitudes eles devem tomar
diante de muitas pessoas que resistem ao novo? Em muitos dos casos, o
problema é cortado pela raiz, esses funcionários resistentes são desligados
da empresa ou até transferidos de setores. Mas, certamente haverá de ter
outra estratégia menos radical e esse é papel do administrador, encontrar
propostas menos radicais, que resolvam o problema, sem que cabeças ve-
nham a rolar na empresa.
Vamos tratar de cada uma das fases do processo de DO:
Diagnóstico, o que é um? Um diagnóstico é o resultado daquilo que al-
guém pesquisa. Se conclui então que tal coisa (1) está acontecendo, porque
tal coisa (2) está incluída na primeira tal coisa (1). Pois bem, um problema é
um fenômeno que ocorre porque uma variável ocorre, ao ocorrer essa variá-
vel há o que chamamos de efeito, que ocorre por uma causa.
Suponhamos que em uma empresa, as pessoas de um determinado setor
estão resistentes a implantação de um novo software, que dará maior agili-
dade no processamento dos dados, entretanto, as pessoas desse setor, acos-
tumadas ao sistema antigo, boicotam o novo sistema.
– O que é problema nesse caso?
O boicote das pessoas ao novo
software de gestão de dados;
– O que é a causa desse pro-
blema? Provavelmente, a cultura
internalizada das pessoas, em
favor dos comandos e caminhos
que o novo software apresenta
agora. Mas veja que digo prova-
FIGURA 53
Imagem
FIGURA 54
Imagem
Fonte: SILVA, 2013
Fonte: <https://goo.gl/J575P1>
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL79
velmente, isso quer dizer que pode não ser essa a causa, pode ser
outra, então se de bate pronto, nós, enquanto administradores, der-
mos esse diagnóstico, poderemos estar pecando contra a ciência que
preconiza que tudo que é tido como um problema deve, antes de
tudo, ser testado para saber os motivos e as causas de seus efeitos.
Um diagnóstico resulta de uma pesquisa, essa por sua vez, precede o uso de
métodos de pesquisa, que possam, efetivamente, mostrar o diagnóstico real
do problema.
Com o diagnóstico em mãos,
o administrador propõe uma
ação. Vamos fazer uma analogia
com a profissão de um médico.
Imagine que você conhece uma
pessoa que está bastante doen-
te do pulmão, essa pessoa tem
tosses intermináveis, você, como
um bom cidadão, recomenda a essa pessoa que procure um médico para
se tratar. Essa pessoa doente resolve seguir seu conselho, vai ao médico.
Chegando lá, o médico receita uma bateria de exames, a pessoa vai fazer e,
em 15 dias, retorna ao médico. O médico, de posse dos exames (diagnósti-
co), receita o melhor tratamento para a tosse interminável da pessoa. Assim
também ocorre em uma empresa, um administrador não deve receitar uma
ação, sem antes ter um bom diagnóstico em mãos, a partir dele, o adminis-
trador saberá onde atuar e o que recomendar para ser feito.
Plano de Ação é um resultado
de recomendações que o admi-
nistrador faz para a empresa,
lembrando que isso tem base
no diagnóstico. Nas ações, o
administrador recomenda o que
deve ser realizado, em que pra-
zo, quais os recursos necessários
e os objetivos a serem atingidos
com sua proposta.
A intervenção é resultado daquilo que está escrito no plano, é importante en-
fatizar que, nem todo plano de ação é uma ação, um plano de ação pode ter
FIGURA 55
Imagem
FIGURA 56
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/JhtgHB>
Fonte: <https://goo.gl/U0ibQm>
EAD-UNISL 80 Guia de Estudos: Introdução à Administração
sido desenvolvido, mas necessariamente, pode não ser uma ação. Se ele ficar
engavetado, infelizmente, não será implantado. A intervenção à prática, é a
execução daquilo que foi proposto. Imagine que o administrador diagnostica
que a empresa necessita, urgentemente, melhorar o desempenho dos cola-
boradores que atendem diretamente ao público, nesse caso, o administrador
recomenda que a empresa proporcione um programa de capacitação para
melhorar o atendimento. A empresa deve, sob pena do plano de ação ser
apenas um belo amontoado de recomendações, perder seu efeito.
O Feedback das ações implan-
tadas. O administrador deve ter
em mente, que nem sempre o
diagnóstico obtido com a pes-
quisa, lhe rende as informações
suficientes para ele concluir que
tais problemas são provenien-
tes de tais causas. E ainda, nem
sempre o plano de ação pode ser
aquilo que, ao ser implantado, gera os resultados esperados para resolver os
problemas, identificados no diagnóstico. Em muitos dos casos, tudo falha,
quer seja integralmente ou até de forma parcial. O administrador deve estar
preparado para retroagir em sua metodologia e entender onde as coisas não
deram certo, ao fazer isso, ele está realizando um feedback para correção do
diagnóstico, do plano de ação e até daquilo que foi implementado.
ResumoAprendemos que o DO é uma abordagem que trata de definir diagnósticos
para os problemas que uma organização apresenta. Essa teoria deu base
para que muitos administradores desenvolvessem atividades nas empresas,
em forma de consultorias. O DO sustenta que a organização tem proble-
mas visíveis, que são aparentemente fáceis de serem diagnosticados, mas
tem também muitos problemas que ele nomeia de invisíveis, esses requerem
muito mais desdobramentos de estudo para serem diagnosticados.
FIGURA 57
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/hXFXW3>
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL81
Significando a aprendizagemDesenvolvimento OrganizacionalPara completar seus estudos a respeito da Teoria Contingencial, recomenda-
mos que assista ao vídeo, no Youtube ®.
Pesquisar os conceitos e os termos grifados e numerados no texto dessa
unidade, que estão identificados entre parênteses, de 1 a 5 – DESENVOLVI-
MENTO ORGANIZACIONAL
1-
2-
3-
4-
5-
Pesquise e responda quais são as críticas associadas ao DESENVOLVIMENTO
ORGANIZACIONAL.
Assista em:<https://www.youtube.com/watch?v=1IROpiQc90Q>
EAD-UNISL 82 Guia de Estudos: Introdução à Administração
3.4. Administração por Objetivos - APOA APO é uma filosofia e um método de gestão e de
planejamento, realizada entre gerentes de áreas e su-
bordinados, dentro de subsistemas da empresa. Os ob-
jetivos são discutidos de maneira democrática entre os
níveis táticos e operacionais. As responsabilidades para
atingimento dos objetivos são desdobradas para cada
membro da equipe, que está ligado a um subsistema
empresarial, como exemplo, podemos mencionar que
o gerente de produção, ao alinhar metas de produção diárias e semanais,
responsabiliza tais metas ao operacional, que é encarregado de cumprir e
entregar o que foi combinado como produção diária e semanal.
Processo Participativo e Democrático da APO
A imagem anterior retrata que os gerentes e os subordinados devem reunirem-
-se, no intuito de discutirem os objetivos de desempenho para o subsistema da
empresa. A formulação dos objetivos, neste
caso, é de consenso de gerentes e subordi-
nados. O gerente, a partir desse momento, é
encarregado de viabilizar os recursos e apoiar
os subsistemas que, conjuntamente, discu-
tiu e pactuou objetivos. O gerente também
controla os resultados previamente, caso os
subsistemas não indiquem que irão atingir os
objetivos pactuados, o gerente intervém para
motivar a equipe, exercendo não um papel autocrático, cobrando aquilo que
foi combinado, mas exercendo um papel de líder, tentando entender o que
realmente está acontecendo, para que a equipe vinculada àquele subsistema
da empresa, não cumpra com o que foi pactuado.
FIGURA 59
Imagem
Fonte: Chiavenato, 2014
FIGURA 58
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/
QTrMcK>
FIGURA 60
Ilustração
Fonte: Cliparts
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL83
Os membros daquele subsistema passam a desempenhar seu trabalho e,
assim como o gerente, têm autonomia para alertar que os objetivos não se-
rão atingidos, face a necessidade de recursos que, durante o pacto, devem
ser providenciados pelos gerentes dos subsistemas. No processo da APO,
periodicamente, gerência e subordinados se reúnem, no intuito de avaliar
os resultados prévios e finais (se os objetivos foram atingidos, conforme o
pactuado). Após essa verificação, gerência e subordinados se reúnem para
reavaliar ou redimensionar os objetivos, retroalimentar os sucessos e insuces-
sos (CHIAVENATO, 2014).
Ciclo da APO
Os objetivos, de certa maneira, são hierarquizados, assim como o exemplo
anterior, em que os gerentes de níveis táticos se reúnem com subordinados
dos níveis operacionais, isso pode ocorrer em esfera hierárquica mais acima.
Os objetivos podem ser:
– Estratégicos ou Organizacionais: esses objetivos estão relacionados
ao sistema empresarial, em geral eles são definidos pelos executivos
com maiores responsabilidades, são os empresários que definem os
objetivos estratégicos, que são auxiliados pelos gerentes dos níveis
táticos da empresa.
– Táticos ou gerenciais: esses objetivos são referentes aos subsistemas
da empresa, as áreas de RH, Produção, Marketing, Finanças, Tecno-
FIGURA 61
Imagem
Fonte: Adaptado - Chiavenato, 2014
EAD-UNISL 84 Guia de Estudos: Introdução à Administração
logia de Informação e outras. Esse exemplo foi dado na figura que
ilustra o processo participativo e democrático da APO.
– Operacionais ou Base: esses objetivos estão relacionados a tarefa ou
atividades com que cada subsistema empresarial os definiu, lembre-
-se que tratamos, anteriormente, dos objetivos gerenciais, esses são
desdobrados para baixo, onde são executados pelos subordinados.
Níveis Organizacionais: Estratégico, Tático e Operacional
ResumoPeter Drucker é um dos principais estudiosos da administração, suas teorias
e ideias sobre a administração são aplicadas, atualmente, em muitas organi-
zações. Aprendemos nessa aula sobre a administração por objetivos, que ela
pode ser uma filosofia e uma técnica de gestão e planejamento, para fixação
de objetivos gerais e específicos das organizações.
FIGURA 62
Imagem
Fonte: Adaptado - Sobral e Peci
(2013)
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL85
Significando a aprendizagemTeoria Neoclássica e Administração por ObjetivosA atividade referente a essa aula é assistir a um vídeo sobre Peter Drucker e,
após isso, produzir um texto sobre a importância das ideias de Peter Drucker
para a Administração Moderna.
Outro vídeo bastante interessante sobre Peter Drucker é “Uma Jornada In-
telectual” Assista em:<https://www.youtube.com/watch?v=m42ou2SyNSU&list=FLbL2833s6lMZo9C-f6fux4A&index=2>
EAD-UNISL 86 Guia de Estudos: Introdução à Administração
3.5. Teoria NeoclássicaTrataremos da Teoria Neoclássica, neste item, enfatizando suas principais
características. Esta teoria é reação aquilo que foi preconizado pela teoria
comportamental. Os neoclássicos retomam tudo aquilo que, anteriormente,
foi tratado pelos teóricos tidos como clássicos da Administração. Entretanto,
a teoria neoclássica apresenta uma nova roupagem para o momento que a
administração vinha passando. Essa teoria enfatiza que:
– A teoria só tem valor quando adequada à prática da administração;
– Os postulados básicos - conceitos e princípios da ADMINISTRAÇÃO
CLÁSSICA foram atualizados;
– Os princípios utilizados pelos clássicos, tais como, leis científicas, são
retomados, para buscar soluções administrativas práticas;
– A organização existe para alcançar objetivos e atingir resultados;
– É uma teoria eclética, retirando o que de mais importante as demais
teorias têm.
– A teoria neoclássica define alguns princípios fundamentais para a or-
ganização formal (CHIAVENATO, 2014):
– Divisão do Trabalho, que não difere muito daquilo que foi idealizado
na Revolução Industrial;
– Especialização – consequência do processo de divisão do trabalho;
– Hierarquia – em todo tipo de organização formal existe um tipo de hie-
rarquização dos níveis da organização (estratégico, tático e operacional);
– Amplitude Administrativa – referente ao número ideal de subordina-
dos por quem um gerente pode se responsabilizar.
Estruturas Organizacionais (mais comuns)
A estrutura organizacional (EO) especifica os papéis, as relações e os proce-
dimentos organizacionais, que possibilitam uma ação coordenada de seus
membros. A Estrutura Organizacional busca implementar um modelo que
operacionalize as orientações estratégicas da organização.
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL87
Estrutura Funcional ou Linear
A estrutura linear ou funcional surgiu no século XIX e acabou sendo ampla-
mente utilizada no começo do século XX. “Essa estrutura encontrou amplo
campo de aplicação nas empresas altamente verticalizadas do período for-
dista” (SOBRAL e PECI, 2013, p. 273).
Estrutura Divisional
A estrutura divisional surge a partir da diversificação das empresas, em re-
lação a quantidade de produtos que passaram a ofertar aos mercados, o
crédito desse modelo de estrutura está balizado pelas práticas de mercado,
onde a empresa passou a olhar não somente internamente, mas para o mer-
cado consumidor. Esse é um tipo de estrutura organizada para os resultados,
diferente da funcional, que é organizada em função dos recursos para que a
organização produza (SOBRAL, e PECI, 2013).
FIGURA 64
Imagem
FIGURA 63
Imagem
Fonte: Adaptado - Sobral e Peci (2013)
Fonte: Adaptado - Sobral e Peci (2013)
EAD-UNISL 88 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Estrutura Matricial
O modelo matricial tem como finalidade agregar as ideias funcionais e di-
visionais de estrutura. Esse é um tipo de estrutura utilizado para “[...] lidar
com projetos ou negócios que precisem de equipes multidisciplinares tem-
porárias, que possam estar simultaneamente envolvidas em outros projetos”
(SOBRAL, e PECI, 2013).
Estrutura Orgânica ou em Rede
O tipo de estrutura orgânica ou em rede tem a finalidade de gerar um maior
número de interações possíveis entre os níveis, esse tipo de estrutura se sobressai,
pelo fato de ter atividades autogeridas e interdependentes umas das outras.
FIGURA 65
Imagem
FIGURA 66
Imagem
Fonte: Adaptado - Sobral e Peci (2013)
Fonte: Adaptado - Sobral e Peci (2013)
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL89
ResumoA teoria neoclássica tem como abordagem principal a ideia de que tudo o
que existiu em termos de teorias administrativas, deve ser valorizado, mas
essa valorização deve começar por uma nova roupagem. Aprendemos sobre
as concepções de tipos estruturais de hierarquias organizacionais.
Significando a aprendizagemTeoria Neoclássica e Administração por ObjetivosPara completar seus estudos a respeito da Teoria Neoclássica, recomenda-
mos que assista ao vídeo, no YouTube®.
3.6. Papel dos Gerentes Nem sempre podemos considerar que gerente é sinônimo de administrador.
Embora há algumas obras que tratam do termo como a mesma coisa. Os
gerentes são os agentes que viabilizam os trabalhos operacionais, estão hie-
rarquicamente em nível intermediário da pirâmide organizacional e atuam
em atividades táticas. Eles desdobram os planos para os níveis operacionais
executarem, que anteriormente, foram discutidos e deliberados em níveis
mais estratégicos.
Muitos estudiosos da ciência da administração, trouxeram importantes con-
tribuições para elucidar o verdadeiro papel dos gerentes nas organizações.
Desde Fayol, em 1916, passando por Chester Barnard, em 1938, Henry
Mintzberg, nos anos 70 e o próprio Peter Drucker. O que de fato é impor-
tante você saber é que a figura do gerente nas organizações sempre foi
objeto de estudos.
Neste GE, iremos tratar das teorias sobre o papel dos gerentes na perspectiva
de Chester Barnard, Henry Mintzberg, Herbert Simon e Andrew Grove.
Assista em:<https://www.youtube.com/watch?v=1HPfw4HY_m4&list=FLbL2833s6lMZo9C-f6fux4A&index=15>
EAD-UNISL 90 Guia de Estudos: Introdução à Administração
As Funções dos Gerentes de Chester Barnard
Maximiano (2012) expõe que, para Barnard, as atribui-
ções dos gerentes são basicamente em três pressupos-
tos, são eles:
– Os gerentes devem desenvolver habilidades de co-
municação com a organização informal, visando obter o
máximo da organização;
– Os gerentes devem promover a formação e a manutenção de um sis-
tema de recursos humanos, tendo como base principal a motivação
das pessoas, que deve se dar através de incentivos efetivos;
– Os gerentes devem formular os objetivos da organização, consideran-
do uma doutrina para os colaboradores de níveis mais operacionais,
visando a descentralização de algumas decisões, em níveis mais táti-
cos da organização.
Chester Barnard entendia que a empresa deveria incentivar a cooperação
das pessoas para a realização do trabalho. A cooperação, de acordo com
Barnard, apud in Maximiano (2012), depende do equilíbrio que os traba-
lhadores percebem entre o esforço que ele despende para a organização
e os benefícios advindos desse esforço. Os gerentes devem ser conscientes
que dependem diretamente dos níveis operacionais, seu trabalho, enquanto
gestor de um subsistema da empresa, depende da forma com que lida com
as pessoas. O gerente sábio não emite ordens, ele trata as pessoas com
respeito e compreende que, se der ordens, não as terá atendidas, ou ainda,
se as tiver, deverá ser de maneira condicional ou até mesmo sem o devido
zelo e compromisso para com a ação a ser desempenhada, pelo corpo de
colaboradores da organização.
De acordo com Barnard, o gerente é uma pessoa que compreende a im-
portância da comunicação no resultado que a organização precisa obter,
compreende também que a cooperação entre as pessoas é uma estratégia
importante para o processo de fortalecimento da sociabilização, na organi-
zação. Partindo disso, ele descreve o seu perfil ideal de gerente.
FIGURA 67
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/QZBcGm>
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL91
As Funções dos Gerentes de Herbert Simon
Simon foi o estudioso que apresentou a importância do
processo decisorial para os gerentes. Para este autor, admi-
nistrar é sinônimo de decidir (MAXIMIANO, 2012). Simon
apresentou o fluxo do processo de tomada de decisão.
O Processo de Tomada de Decisão
No processo e prospecção, o gerente realiza uma análise de um problema,
verifica o quão esse problema pode afetar a organização, se não for resolvi-
do de imediato. O gerente, passando da fase de prospecção, inicia o proces-
so de busca de alternativas ao problema, toda e qualquer solução pensada
deve, necessariamente, ser analisada quanto aos impactos que acarretam
na organização. A decisão ou o julgamento é a definição de uma alternativa
analisada na fase anterior.
Em muitos dos casos que envolve a decisão de um gerente, o balizamento
principal paira em questões de maximização dos próprios resultados da em-
presa, esse é um pensamento ainda mecanicista, que tem como pressupostos
principais, a eficiência da decisão e a prerrogativa do homem econômico, ou
seja, qual o menor impacto financeiro para a empresa essa decisão ou aquela
irá acarretar. Simon, ao invés disso, propõe um modelo de decisão pautado em
um modelo de homem administrativo, “que procura tomar as decisões satis-
fatórias (em lugar das decisões maximizadas) “ (MAXIMIANO, 2012, p. 139).
FIGURA 68
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/hBnFzF>
FIGURA 69
Imagem
Fonte: Adaptado - Maximiano (2012)
EAD-UNISL 92 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Simon ainda propõe que as decisões são de dois tipos, uma que ele chama de
decisões programadas, que são aquelas repetitivas, que os gerentes tomam de
imediato, sem a necessidade de análises; o outro tipo é o que ele chama de
decisões não programadas, que são aquelas que não são imediatas e reque-
rem um pouco mais de tempo para serem decididas. (MAXIMIANO, 2012).
As Funções dos Gerentes de Henry Mintzberg
Mintzberg é um autor contemporâneo, escreveu muitas obras importantes
para a administração das empresas. Esse autor inicia seus estudos sobre os
gerentes, questionando as funções de Fayol, de que os gerentes têm apenas
que: planejar, organizar, dirigir, controlar. Para Mintzberg, os gerentes têm
outras importantes responsabilidades, além dos processos administrativos.
Mintzberg definiu “um papel, como um conjunto organizado de compor-
tamentos, que pertencem a uma função ou posição identificável e agrupou
os dez papéis gerenciais em três famílias: papéis interpessoais, papéis de
informação e papéis de decisão” (MAXIMIANO, 2012, p. 140).
Os dez papéis dos gerentes, segundo Mintzberg:
As funções dos gerentes de Andrew Grove
Andrew Grove é o principal executivo na gigante Intel,
corporação que desenvolve e fabrica processadores de
computadores. Para Grove, administração de alta per-
formance, tem três ideias básicas, a saber: produção,
todos de alguma forma ou de outra produzem, Grove
enfatiza, neste caso, que não é somente a área de pro-
dução de uma empresa que é encarregada de produ-
FIGURA 70
Imagem
Fonte: Adaptado - Maximiano (2012)
FIGURA 71
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/skVKXE>
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL93
zir os produtos dela, para ele todos aqueles que, direta ou indiretamente,
estão em uma corporação, atuam produzindo alguma coisa, e isso requer
um gerente que compreenda essa relação, deixando de lado o bom e velho
pensamento funcional, para entender que a produção é algo ainda maior
que a função produção. A segunda ideia de Grove sobre a administração das
empresas é que o trabalho deve, obrigatoriamente, ser em equipe, a esse
respeito Grove já pensa na ideia de atividades por projetos, todos em uma
atividade desempenham partes de um todo como resultado. A terceira ideia
é o desempenho individual, essa ideia preconiza que uma equipe só trabalha
bem quando um de seus membros compromete-se mais, puxando os demais
membros da equipe para o trabalho conjunto, Grove enfatiza que essa ideia
depende da motivação individual.
Ideias de Andrew Grove sobre Alta Performance pela Gerência
As Funções dos Gerentes de Peter Drucker
De acordo com o pai da administração moderna, Peter
Drucker (2003), os gerentes basicamente têm cinco ati-
vidades importantes nas organizações:
1) Os gerentes, antes de mais nada, devem estabelecer
objetivos a serem alcançados. Ele estabelece quais
são as metas e objetivos diários e semanais a serem
buscados pelos níveis operacionais, desta maneira,
ele deve comunicar as pessoas, de forma que elas motivadas, desempe-
nhem suas atividades em torno daquilo que precisa ser atingido;
2) Os gerentes motivam e comunicam, e fazem isso por meio de práti-
cas, nas quais indicam aos trabalhadores aquilo que precisa ser feito,
FIGURA 72
Imagem
Fonte: Adaptado - Maximiano (2012)
FIGURA 73
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/
QTrMcK>
EAD-UNISL 94 Guia de Estudos: Introdução à Administração
consideram os incentivos e recompensas necessários, por aquilo que
foi bem desenvolvido pelos membros de sua equipe;
3) Os gerentes também são encarregados de medir os resultados e de-
terminar os padrões de medição, pois os desempenhos devem ser
medidos de maneira individual e por aquilo que a equipe efetivou
como desempenho;
4) Os gerentes devem desenvolver as pessoas para aquilo que precisam
desempenhar, o gerente deve considerar o quão as pessoas precisam
de instruções sobre aquilo que precisa ser realizado por elas, e basi-
camente, essa é uma tarefa do gerente que, necessariamente, deve
conhecer a melhor forma de desempenhar uma tarefa ou atividade;
5) Por fim, os gerentes organizam as atividades, decisões a serem tomadas e
as relações, classificam os trabalhos e os dividem em atividades possíveis
de serem administráveis por aqueles que serão selecionados a fazer.
ResumoAprendemos um pouco sobre as funções dos gerentes, sob a ótica de gran-
des estudiosos da administração, as quais, resumidamente, são: para Ches-
ter Barnard – os gerentes devem desenvolver habilidades de comunicação;
criar mecanismos para motivação das pessoas; formular objetivos a serem
alcançados; incentivar a cooperação das pessoas para realização dos objeti-
vos. Para Herbert Simon, a função básica dos gerentes é decidir, com isso os
gerentes se deparam com dois tipos de decisões (1): as programadas, que
não requerem análises profundas e as não programadas, que requerem uma
profunda verificação dos gerentes. Para Henry Mintzberg, as funções dos
gerentes são organizadas em um conjunto de comportamentos, com isso ele
agrupou esse conjunto em dez papéis, que são organizados em três eixos:
interpessoal, informação e decisão. Para Andrew Grove, a organização deve
ser de alta performance, para tanto, todos produzem, o trabalho deve ser
necessariamente em equipe e deve-se considerar o desempenho individual,
para se obter resultados de alta performance, pela equipe. Para finalizar,
Drucker define que os gerentes devem balizar suas intervenções diárias em
cinco atividades – (1) devem definir objetivos, (2) devem organizar tudo para
atingir objetivos, (3) devem criar mecanismos de incentivo para motivar as
pessoas, (4) devem medir e definir padrões de medição dos desempenhos e
resultados, (5) devem desenvolver as pessoas, no intuito de prepará-las para
atingir os objetivos.
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL95
Significando a aprendizagemPapel dos GerentesCom base no que você estudou nesta aula, faça uma análise, comparando
os papéis dos gerentes nas cinco abordagens apresentadas, após essa aná-
lise, disserte, elencando o perfil ideal de um gerente, no atual contexto em
que estamos vivendo.
EAD-UNISL 96 Guia de Estudos: Introdução à Administração
3.7. Administração em Tempos de Globalização Não iremos aqui tratar com profundidade dos impactos que a globalização
apresenta ao nosso mundo, especialmente aqueles voltados aos impactos
ao meio ambiente e a própria sociedade local; tampouco iremos tratar sobre
as questões positivas que a globalização nos apresenta. Este texto foi escrito
para lhe dar condições de abrir mais sua mente e fazer você ter a curiosi-
dade de encontrar os impactos (positivos e negativos), que a globalização
representa para o mundo atual. Além disso, iremos tratar da ideia de globa-
lização, do ponto de vista dos desafios que os administradores e gerentes
precisam enfrentar no seu dia a dia, enfocando a mudança como o único e
mais importante pressuposto necessário, para que as organizações possam
continuar atuando em mercados competitivos e sustentáveis, tanto do pon-
to de vista econômico como ambiental.
Nosso planeta, atualmente, tem 7 bilhões de pessoas consumindo, desen-
freadamente, bens descartáveis e, porque não dizer, supérfluos. O processo
que unificou o mundo em torno de uma demanda comum, padronizou pra-
ticamente tudo, estreitou as fronteiras, proporcionou um gigantesco avanço
nas áreas da saúde e fez surgir um novo consumidor. Esse consumidor, que
se preocupa em estar dentro do que preconizam as tendências globais, é o
mesmo que hoje está no Brasil, na Rússia, em qualquer lugar do planeta,
os quais se comunicam, simultaneamente, determinando novas tendências
para a grande aldeia global.
A globalização não pediu permissão a ninguém, entrou como um raio den-
tro de nossas casas, por meio de produtos, serviços e culturas. Basta abrir o
armário de nosso banheiro, que lá veremos
produtos de higiene pessoal e, 100% deles,
são produzidos por empresas nacionais, mas
essas empresas são algum tipo de subsidiá-
ria internacional, que nos disponibilizam os
bens para serem adquiridos em supermerca-
dos que, em muitos casos, também são de
algum grupo internacional.
Praticamente, bens e serviços oferecidos por organizações globalizadas, são
aqueles que utilizamos em nosso dia a dia, quer seja para lavar nosso rosto
e os cabelos, bem como também aqueles produtos com os quais nos ali-
mentamos diariamente. Entretanto, não só de produtos é compreendida a
FIGURA 74
Ilustração
Fonte: Cliparts
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL97
globalização, ela também cria novas formas de cultura, em especial a cultura
consumista, que afeta significativamente o meio ambiente, pois tudo o que
é produzido é massificado pelos canais de comunicação, por meio dessas
organizações, para que as coisas sejam descartáveis, obsoletas, de maneira
percebida e planejada.
Administração em tempos de grandes mudanças
Administração em tempos de grandes mudanças, é o título de uma obra de
Peter Drucker, evidentemente que não iremos tratar de todos os elementos
dessa obra nesse breve tópico, na verdade, Drucker inspira a todos nós, com
isso, enxergamos a possibilidade de copiar o nome de sua obra para esse
tópico, espero que ele, onde esteja, não se aborreça, mas trata-se menos de
uma cópia e mais de uma homenagem.
Se fôssemos historiar a evolução das organizações, especialmente aquelas
que objetivam a lucratividade, veremos que essa história tem um ponto bas-
tante comum entre todas essas organizações, que é a mudança. É a mudan-
ça que torna as organizações vivas ou mortas em seus mercados de atuação.
A mudança não é somente definir estrategicamente como desempenhar
internamente os processos, os produtos, mas é algo muito maior, que envol-
ve a percepção das oportunidades do mercado, quando dissemos isso, nos
referimos aquilo que as organizações estão fazendo, mas que podem deixar
de fazer, caso o mercado sinalize uma oportunidade ainda não suprida ou
até suprida de maneira parcial.
Muitos são os exemplos
a respeito do processo
que envolve a mudan-
ça nas organizações. O
caso mais enigmático é o
caso da empresa NOKIA,
que é uma organização que iniciou suas atividades no ramo de celulose e
borracha, em 1865, na Finlândia. A organização passou por muitas trans-
formações até ser a maior no ramo de telefonia móvel do mundo, nos anos
2000 a 2010, como que por um intervalo de tempo curto, a empresa deixa
de ser líder e se apaga completamente do ramo que um dia foi líder, sendo
ultrapassada pelas gigantes SAMSUNG e APPLE? Uma resposta praticamente
difícil de ser respondida, pois tecnicamente, muitos são os fatores que podem
ter contribuído para que a NOKIA deixasse de ser uma potência no ramo de
FIGURA 75
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/PTW2lg>
EAD-UNISL 98 Guia de Estudos: Introdução à Administração
telefonia móvel, mas para não deixar a pergunta sem resposta, preferimos
responder que a organização, efetivamente, como antes em sua história o fa-
zia, não acompanhou as mudanças que o mercado sinalizava como indicador.
Vejam que a mudança é a melhor e a pior amiga das organizações, se elas
buscam uma adaptação constante aquilo que o mercado sinaliza, elas sobre-
vivem, do contrário sua morte está decretada. Diferente de 100 anos atrás,
o processo de decretamento é como um raio instantâneo e eficaz. Assim,
as organizações vivem e morrem, uma metáfora darwinista, sobre a lei dos
que melhor se adaptam as contingências do mercado. Você pode estar pen-
sando que isso acontece somente com as grandes corporações, mas isso
ocorre também com o mercadinho que está instalado próximo de sua casa.
A atuação das organizações agora é global, apesar de haver correntes que
divergem disso, uma pequena rede de varejo pode adquirir o mercadinho
próximo da sua casa e dar a você outras possibilidades de comprar aquilo
que o antigo proprietário não ofertava. Tudo isso depende da sinalização
que o mercado apresenta. Há um ótimo filme que trata basicamente disso,
apesar de ter um apelo mais romântico, você pode ao assisti-lo, compreen-
der bem sobre o que tratamos neste item. Deixamos o link do filme MENSA-
GEM PARA VOCÊ, no tópico atividades de aprendizagem.
Desafios das Organizações Globais para os Gerentes e Administradores
Vejamos o seguinte, será que atualmente, os gerentes e administradores
conseguem administrar da mesma forma que os gerentes e administradores
administravam há 50, 60 ou 70 anos atrás? Certamente que não, essa é
uma resposta bem óbvia, mas se pedirmos para vocês pensarem o que se
tinha em 50, 60 ou 70 anos atrás? Não tínhamos computadores, internet,
sistemas de gestão altamente eficazes, dentre outras tecnologias que hoje
temos. Você se convenceria então que, mesmo assim, seria melhor admi-
FIGURA 76
Foto montagem
Fonte: <https://goo.gl/KmY8zn>
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL99
nistrar nesse período? Sim seria, mesmo com todas as tecnologias que hoje
temos, o momento é para pessoas que saibam, acima de tudo, entender o
que ocorre nos tempos de mudanças. Vivemos tempos em que as mudanças
são os principais elementos de manutenção e sobrevivência das organiza-
ções, e em cada tipo de segmento de mercado, há milhares de organizações
tentando se adaptar as situações do meio (Lei de Darwin- o biólogo), e com
isso, quem é que faz as organizações enxergarem as possibilidades daquilo
que as manterão vivas? São os administradores, esse profissional não precisa
ser um empreendedor visionário, mas precisa fazer o sujeito visionário do
negócio entender que não basta somente ter a visão, ele precisa acima de
tudo entender que sem a gestão disso, de nada adianta. Muitos visionários
empreendedores criaram e criam conceitos de produtos e serviços, que revo-
lucionam o mundo. Mas, se esses visionários empreendedores não compre-
enderem, que o mundo dos negócios é administrar mudanças, certamente
esse produto será meteórico, passará na vida das pessoas e marcará como
aquele produto que veio e não ficou.
Muitos são os exemplos contrários a essa ideia. Vejamos, Henry Ford, um
homem a frente de seu tempo, criou, não só a produção de veículos em
série, mas de forma estrutural, um conjunto de outros produtos que vieram
após a grande proliferação dos automóveis, ou será que antes dos muitos
veículos Ford, rodando nas cidades americanas, havia postos de combustível,
oficina mecânica, fábrica de asfalto, loja de peças? Não, nada disso existia, e
Ford foi um homem que criou o seu mercado, mas, ao mesmo tempo, abriu
portas em função de suas fragilidades para novos competidores. A General
Motors (GM), quando percebeu que as pessoas não desejavam somente um
carro que fosse preto e de um tipo só, desenvolveu um conceito de novos
modelos de carro e com outras cores, Ford não enxergou o mercado, bre-
chas (oportunidades) foram originadas da forma míope como Ford pensava.
Assim é a mudança, assim é a história das organizações.
A administração, nesse caso, estuda todas essas circunstâncias que ocorrem
nas grandes transformações das organizações, ensinam que tais situações são
passíveis de ocorrerem, mas que, de forma lógica, não é possível escrever uma
receita a partir das circunstâncias e desenhar como as coisas ocorrerão, afinal
a teoria contingencial provou isso e, felizmente, há quem duvide disso, mas
a mão invisível de Adam Smith, trazida de maneira metafórica para o mundo
corporativo é a que rege a evolução histórica desse mundo, que por ora é di-
nâmico, efêmero e volátil, onde a única certeza que há, é que as coisas sempre
estarão mudando. A única certeza que existe é que ela é incerta.
EAD-UNISL 100 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Fator humano e o seu desempenho nas organizações
Peter Drucker (2002), em uma de suas muitas contribuições para o estudo
das organizações, certa vez disse que a administração das organizações tem
três fatores a desempenhar. O primeiro é definir a missão de uma organiza-
ção, para isso a organização deve exaurir o assunto, até concluir que tem
como função social, ser aquilo que se propõe a ser. O segundo fator é fazer
com que o trabalho seja produtivo e o trabalhador se realize. O terceiro é
a condução da organização para um fim, um objetivo maior, mesmo sendo
uma entidade com fins lucrativos, a organização deve ter como fim a respon-
sabilidade social perante a sociedade a qual ela está servindo, há quem diga
que o objetivo maior de uma organização com fins lucrativos é o próprio lu-
cro, mas Drucker considera que o lucro é a consequência desses três fatores.
Vamos nos ater ao segundo fator, que trata da organização fazer com que o
trabalho seja produtivo e que esse trabalho realize o trabalhador naquilo que
ele faz e considera ser importante fazer. “A empresa privada (ou qualquer
outra entidade), possui um único recurso verdadeiro: as pessoas. ” (DRU-
CKER, 2002), assim entendemos que as pessoas, e somente elas, podem
contribuir de forma a fazer com que as organizações efetivem seus objeti-
vos. Certamente, há outros recursos que contribuirão, como o financeiro,
o tecnológico, a estrutura da empresa, as máquinas e equipamentos, mas
devemos ter em mente que, de nada adianta tais recursos, se não tivermos
as pessoas habilitadas a gerir os recursos financeiros, os tecnológicos, as
máquinas e equipamentos e outros recursos importantes, mas que não são
mais importantes que as pessoas.
FIGURA 77
Imagem
Fonte: <https://goo.gl/dEP46w>
Unidade 3 – Abordagem Moderna da Administração EAD-UNISL101
Fazer com que o trabalhador se realize, implica considerar o ser humano um
organismo possuidor de propriedades, habilitações e limitações fisiológicas e
psicológicas que lhe são peculiares. Implica considerar os recursos humanos
como pessoas e não como outra coisa, e como pessoas que – ao contrário
de qualquer outro recurso – têm personalidade, cidadania e controle sobre
quanto e quão bem trabalham, exigindo assim responsabilidade, motivação,
participação, satisfação, incentivos e recompensas, liderança, posição e fun-
ção. (DRUCKER, 2002, p. 34)
A administração da organização precisa, necessariamente, compreender que
as pessoas que diariamente contribuem para o crescimento e desenvolvi-
mento da organização, diferentes dos pressupostos mecanicistas da admi-
nistração, são dotadas de sentimentos, emoções, frustrações e, como tais,
são passíveis de não terem o mesmo desempenho, todos os dias. As pessoas
não são máquinas, assim adoecem, precisam de descansos, de lazer, de inte-
ração social e acima de tudo, precisam realizar seus sonhos. A administração
da organização precisa compreender que, diferente do que McGregor en-
tendia sobre as características das pessoas (X e Y), elas são únicas e precisam
ser gerenciadas de maneira diferenciada, um grande desafio para o gerente,
na atualidade, é cuidar individualmente de cada ser humano da organiza-
ção, de forma customizada, uma tarefa difícil, mas não impossível.
ResumoAprendemos um pouco a respeito sobre globalização, vimos que a globa-
lização é o processo que se instalou em muitos países e que, mesmo sem
perceber, está dentro de nossas casas, por meio de produtos, serviço e da
cultura. Aprendemos também que as mudanças são a mola que move as
organizações em torno daquilo que elas precisam fazer para continuarem
atuando nos mercados globais, e isso ocorre por meio dos próprios desafios
que são imputados aos gerentes, diariamente, nas organizações. Por fim,
aprendemos que as pessoas são os principais ativos das organizações, sem
elas nada acontece.
EAD-UNISL 102 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Significando a aprendizagemAssista ao filme MENSAGEM PARA VOCÊ e, a partir dele, produza um texto
enfocando tudo o que foi tratado nesta aula.
Assista em:<https://www.youtube.com/
watch?v=wRar6sFBtp4>
EAD-UNISL103
Encerramento da disciplina
Prezado (a) estudante,
É grande a satisfação que temos em lhe proporcionar uma experiência ino-
vadora de ensino. Como enfatizamos na apresentação do Guia de Estudo, é
um grande prazer tê-lo (a) conosco.
Chegamos ao fim, de quem sabe, um novo começo, esperamos que tenha
realizado todos os exercícios propostos e que este Guia de Estudo possa ter
contribuído em sua formação.
É importante que saiba que, essas um pouco mais de 70 páginas, não são
um fim em si mesmas, a administração de empresas tem um vasto campo
de conhecimentos que, a cada porta que se abre, novas portas aparecem,
incitando em você a procura incessante de saber mais e mais. Com isso, es-
peramos que essa seja a primeira de centenas de outras portas que surgirão
para você e, assim, possa abri-las, na intenção de sempre buscar aprender
um pouco mais.
Deixamos como recomendação, que as leituras, em qualquer área do conhe-
cimento, são de extrema importância, você precisa ler mais e assim ampliar
seus conhecimentos em diversas áreas. Afinal, gerir pessoas não é uma ta-
refa simples, é preciso ter muito conhecimento, além de ter a maleabilidade
de entender que estamos lidando com gente, e gente tem emoções, frustra-
ções, medos e outros sentimentos, enfim, você deve estar preparado (a) para
saber como atuar com todas as contingências que virão pela frente.
Bons estudos, sempre.
Prof. Marcelo Barbosa
EAD-UNISL105
Referências
BATEMAN, Thomas S. SNELL, Scott A. Administração: Construindo Vantagem Competitiva, Atlas, São Paulo, 1998.
BATEMAN, Thomas S. SNELL, Scott A. Administração, Série A. AMGH/Bookman, Porto Alegre, 2012.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: Ed. Compacta, 4ed. Manole, São Paulo, 2014.
DRUCKER, Peter F. Prática de Administração de Empresas. Pioneira, São Paulo, 2003.
DRUCKER Peter F. Introdução à Administração. Pioneira, São Paulo, 2002.
FAYOL, Henri. Administração Industrial e Geral: Previsão, Organização, Comando, Coordenação e Controle. Atlas, São Paulo, 1990.
GIL, A. Teoria Geral da Administração: dos Clássicos a Pós Modernidade. Atlas, São Paulo, 2016.
JONES, Gareth R. GEORGE, Jennifer M. Fundamentos da Administração Contemporânea, 4ed. Bookman/McGraw Hill, Porto Alegre, 2012.
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana a Revolução Digital. 7ed. Atlas, São Paulo, 2012.
SILVA, Reinaldo O. da. Teorias da Administração. Pearson, São Paulo, 2013.
SOBRAL, Filipe. PECI, Alketa. Administração: Teoria e Prática no Contexto Brasileiro. 2ed. Pearson, São Paulo, 2013.
RAYMUNDO, Paulo Roberto. O que é Administração. Coleção Primeiros
Passos n. 260, Brasiliense, São Paulo, 2003.
EAD-UNISL107
Sobre o autor
Prof. Marcelo Augusto Mendes Barbosa
• Graduado em Administração – UniSL - Cen-
tro Universitário São Lucas (2000- 2003).
• Graduado em Ciências Sociais (Sociologia)
- Universidade Metodista de São Paulo (2013-
2016).
• Especialização em Metodologia do Ensino
Superior – UniSL -Centro Universitário São Lu-
cas (2004-2005).
• Especialização em Gestão Empresarial Estra-
tégica – EDUCON/USP (2004-2006).
• Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente pela Unir - Universidade Federal de Rondônia (2009-
2011).
• Servidor Público Estatutário - IPAM - Instituto de Previdência e Assistên-
cia Servidores de Porto Velho - RO (1991- atual).
• Consultor de Empresas – (2003 a 2012), atuando em vários projetos
relacionados ao Turismo, na cidade de Porto Velho.
• Professor titular do UniSL - Centro Universitário São Lucas (2005- atual).
• Coordenador do Curso de Administração do UniSL - Centro Universitá-
rio São Lucas (2013 - atual).
• Membro do Grupo de Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas - DIÁLO-
GOS – UniSL -Centro Universitário São Lucas (2016 – atual).
• Experiência na área de Administração, com ênfase em: Planejamento
Empresarial, Responsabilidade Social, Gestão da Informação, Métodos
e Técnicas de Pesquisa, Estratégia de Empresas, dentre outras.
Currículo lattes:
http://lattes.cnpq.br/3672963400020295
EAD-UNISL 108 Guia de Estudos: Introdução à Administração
Tel.: 69 3211.8001 | 3211.8002R. Alexandre Guimarães, 1927 • ArealPorto Velho/RO • CEP 76.804-373
www.saolucas.edu.br ISBN 978-85-99607-47-3